Imagem de Como nosso cérebro conseguiu evoluir para o seu tamanho atual? no megacurioso

Por muito tempo, acreditou-se que o tamanho do nosso cérebro era o resultado da nossa corrida evolutiva; essa hipótese pode estar prestes a ser derrubada

<head></head><body>Desde a origem do ser humano, há cerca de 4 milhões de anos, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120815-6-mitos-sobre-o-cerebro-humano-que-voce-ainda-escuta-por-ai.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nosso cérebro</a> triplicou de tamanho. Se por um lado isso pode ter sido uma vantagem, por outro gera uma série de problemas, principalmente relacionados ao alto custo energético. Então, por que isso aconteceu? Essa é uma dúvida que a ciência tenta compreender há anos — e agora podemos estar próximos de uma resposta.<h2>Uma hipótese incompleta</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/30/30155541848265.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124398-cerebros-humanos-vem-diminuindo-de-tamanho-ha-3-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro</a> é o órgão que mais consome energia. Em um dia em que ele não é muito exigido, ele costuma gastar 350 calorias, o que equivale a aproximadamente 20% do consumo total do nosso corpo. Manter um órgão tão exigente hoje em dia pode não ser um desafio, mas no passado, quando nós precisávamos migrar, nos proteger de predadores e caçar, ceder tanta energia para um único órgão poderia não ser uma opção viável. Mas foi isso o que aconteceu.Até o momento, nenhuma das hipóteses oferece uma explicação precisa para explicar o tamanho do nosso cérebro. Uma das mais defendidas está relacionada à nossa corrida evolutiva, visto que esse é um fenômeno que costuma resultar em uma ampliação das capacidades cognitivas. O problema é que esta hipótese não explica como o nosso corpo evoluiu paralelamente.A conta aqui é relativamente simples. Enquanto o nosso cérebro se desenvolvia ao longo das gerações, nosso corpo também passou por mudanças significativas. Ambas as mudanças são facilmente explicadas, mas as duas ao mesmo tempo não. Fazer crescer um cérebro tem um preço e limita a quantidade de energia disponível para o desenvolvimento de outros tipos de tecido.<h2>Um subproduto do acaso</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/30/30160232949276.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Para tentar compreender esse cenário mais amplo, o biólogo Mauricio González-Forero, da Universidade de St. Andrews, na Escócia, realizou um estudo — ainda não revisado por pares —, usando um modelo de computador que integra dinâmicas evolutivas e de desenvolvimento. A ideia era tentar determinar os custos metabólicos que estariam envolvidos no crescimento de diferentes tipos de tecido — na biologia esse estudo da evolução do desenvolvimento é conhecido como “evo-devo”.O autor analisou as evoluções corporal e do cérebro de sete espécies de hominídeos, nas quais é possível ver um padrão relacionado à idade da maturação sexual. Partindo do Australopithecus afarensis — a espécie à qual <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125495-lucy-a-ancestral-de-3-2-milhoes-de-anos-andava-ereta-e-tinha-pernas-capazes-de-escalar-arvores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pertence a Lucy</a> — e continuando até o Homo sapiens, González-Forero conseguiu mostrar que, à medida que a idade do desenvolvimento sexual aumenta, também aumenta o tamanho do cérebro.No exemplo apresentado pelo autor, o início relativamente tardio de folículos ovarianos em fêmeas permite uma enorme expansão do tamanho do cérebro durante a infância. Na prática, isso significa que o cérebro humano adulto é seis vezes maior do que o esperado para um organismo do nosso tamanho corporal.A conclusão, que pode ser a resposta para compreender a evolução do nosso cérebro, é que ele não é um produto de uma corrida evolutiva para que nos tornássemos mais inteligentes. Na verdade, ele poder ser simplesmente um subproduto de nosso desenvolvimento sexual retardado.</body>

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Como nosso cérebro conseguiu evoluir para o seu tamanho atual?

Imagem de Bastão de 300 mil anos achado na Alemanha pode ser ferramenta mais antiga da Europa no megacurioso

De acordo com arqueólogos, objeto pontudo está entre as ferramentas de madeira mais antigas documentadas feitas pelos primeiros humanos

<head></head><body>Recentemente, um grupo de arqueólogos encontrou um bastão afiado entre outras ferramentas de madeira em Schöningen, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125491-espada-da-idade-do-bronze-que-parece-nova-e-encontrada-na-alemanha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alemanha</a>, o qual potencialmente teria sido usado pelos primeiros humanos para caçar há centenas de milhares de anos. Em comunicado oficial, a principal autora do estudo, Dra. Annemieke Milks, comentou que "as descobertas de ferramentas de madeira revolucionaram a compreensão dos primeiros humanos".Na visão da pesquisadora, os primeiros humanos demonstraram capacidade de planejar com bastante antecedência um forte conhecimento das propriedades da madeira e muitas habilidades sofisticadas de marcenaria que ainda usamos hoje.&nbsp;<h2>Passado de madeira</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/27/27202923960002.jpg" alt="(Fonte: Peter Pfarr/Reprodução)">(Fonte: Peter Pfarr/Reprodução)Encontrada pela primeira vez em 1994, a vara pontiaguda estava entre ouras ferramentas de madeira em Schöningen. Embora o artefato tenha sido descoberto há quase 30 anos, só recentemente ele pode ser realmente estudado. Pesquisadores informam que esta coleção é considerada a mais antiga coleção de ferramentas de madeira do mundo, embora ferramentas individuais de madeira de 400 mil anos terem sido descobertas no passado.Usando tecnologias como a microscopia 3D, os arqueólogos conseguiram decifrar novas informações sobre a peça. As medições e maças de corte do bastão indicam que ele foi feito com madeira de um galho de abeto, o que o diferencia de outros objetos de madeira encontrados na região — os quais eram feitos dos troncos de abeto.Os pesquisadores também acreditam que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127152-quando-os-primeiros-humanos-chegaram-nas-americas.htm#:~:text=O%20melhor%20registro%20j%C3%A1%20encontrado,mais%20antiga%20entre%20as%20aceitas." rel="noopener noreferrer" target="_blank">primeiros humanos</a>, provavelmente o Homo heidelbergensis ou o Homo neanderthalensis, usavam essas armas como uma espécie de bumerangue para caçar animais. "Essa arma pode ter sido usada para atingir estrategicamente criaturas localizadas até 30 metros de distância", explicaram os arqueólogos em comunicado oficial.Para Milks, os primeiros humanos usavam bastões de arremesso para atordoar animais como veados, coelhos e pássaros, antes de usar lanças para matá-los. O objeto também apresenta algumas manchar escuras na madeira, as quais podem ser sinais de sangue ou gordura de animais.<h2>Importância histórica</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/27/27203156420003.jpg" alt="(Fonte: Volker Minkus/Reprodução)">(Fonte: Volker Minkus/Reprodução)Com idade estimada de 300 mil anos, o bastão encontrado na Alemanha é considerado um objeto raro. Isso porque ferramentas feita de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123514-kynam-a-madeira-mais-cara-do-mundo-e-criada-por-envenenamento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">madeira</a> com centenas de milhares de anos são consideradas extremamente difíceis de encontrar, visto que a maioria foi degradada por bactérias ou fungos com o passar do tempo.As ferramentas achadas em Schöningen, porém, foram submersas em água, o que ajudou a preservá-las. "Caso a madeira estivesse em níveis flutuantes de água, ela teria facilmente apodrecido muito rapidamente, durando apenas alguns anos", observou Milks. Sendo assim, o achado científico também foi uma incrível obra do acaso.Felizmente, esses artefatos conseguiram sobreviver aos milênios, permitindo que fossem estudados séculos mais tarde. Tal tipo de objeto lança uma luz fascinante sobre como os primeiros humanos fabricavam armas e caçavam animais. Os pesquisadores também acreditam que esse tipo de descoberta possa fornecer informações importantes até mesmo sobre como crianças daquele tempo desenvolveram suas próprias habilidades de caça.&nbsp;</body>

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Bastão de 300 mil anos achado na Alemanha pode ser ferramenta mais antiga da Europa

Imagem de Quando os primeiros humanos chegaram nas Américas? no megacurioso

Uma das evidências mais recentes foi encontrada no Brasil e sugere que os humanos podem estar aqui há mais de 20 mil anos

<head></head><body>A chegada dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127105-primeiros-humanos-da-europa-podem-ter-sido-congelados-e-desaparecido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">primeiros humanos</a> no continente americano ainda é motivo de muitas dúvidas para a ciência. Oficialmente, a chamada cultura Clóvis representa o grupo mais antigo reconhecido.Porém, isso não significa que eles tenham sido os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115276-fezes-pre-historicas-mostram-primeiras-pessoas-na-america-do-norte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">primeiros a chegar aqui</a>: existem registros anteriores da presença de humanos no Novo Continente, mas que ainda não podem ser consideradas provas conclusivas.<h2>Primeiros imigrantes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/24/24062924547003.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)A cultura Clóvis é particularmente significativa para compreender a chegada dos humanos na América. Isso porque eles deixaram uma série de evidências — que datam de até 13 mil anos — que podem ser encontradas do Canadá até o norte da Venezuela. Isso significa que eles não apenas estiveram por aqui, como tiveram sucesso para espalhar seu modo de vida por todo o continente.&nbsp;Existiram grupos de humanos que chegaram antes, mas não há qualquer evidência de que eles tenham se dado tão bem assim.As ferramentas atribuídas à cultura Clóvis são tão comuns que até 1975 era um consenso que eles foram os primeiros humanos por aqui. Isso só mudou quando um sítio arqueológico foi descoberto no sul do Chile e datado com cerca de 14 mil anos. Como a hipótese mais aceita da chegada no continente americano é da Ponte Terrestre de Bering, para que eles tenham saído do norte do continente e chegado ao extremo sul, a presença deles na América deveria ser de muito tempo antes. Mas quanto tempo, exatamente?O melhor registro já encontrado sugere que há 16 mil anos os humanos já estavam vivendo por aqui. Em 2009, uma escavação encontrou ferramentas que foram submetidas a datação por radiocarbono, o que resultou nessa estimativa, atualmente a mais antiga entre as aceitas.&nbsp;Existe também um estudo — ainda não revisado por pares — sobre ferramentas de pedra ao lado de dentes de animais datados de 18 mil anos. Essas são as estimativas com evidências aceitas pela comunidade científica. Porém, estudos mais recentes sugerem que a migração para a América pode ter acontecido muito antes.<h2>Até no Brasil</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/24/24062839491002.jpg" alt="Preguiça-gigante. (Fonte: Getty Images)">Preguiça-gigante. (Fonte: Getty Images)Em 2020, durante uma escavação na Caverna Chiquihuite, no México, foram encontrados quase dois mil artefatos de pedra, cuja datação por radiocarbono e luminescência estimulada opticamente sugeriu que os humanos podem ter ocupado a área de 31 a 33 mil anos atrás. Porém, os cientistas — incluindo os que participaram da escavação — reconhecem que faltam evidências que comprovem que os artefatos foram realmente feitos por humanos, podendo ser apenas geofatos — rochas normais que parecem artificiais.Mais tarde, em 2021, um estudo buscou estimar a origem de 60 pegadas humanas que estavam incorporadas em um leito de lago, no sul do Novo México. Para isso, foram usados métodos de datação por carbono em sementes que estavam nos sedimentos, dentro das pegadas. A estimativa indicou que elas estariam por ali há pelo menos 21 mil anos, porém, especialistas questionam a precisão do método utilizado para isso.Até mesmo no Brasil já foram encontrados ossos de preguiças gigantes, datados de 27 mil anos, que teriam sido <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126867-humanos-ja-habitavam-a-america-do-sul-ha-25-mil-anos-sugere-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">transformados em um pingente</a>. O estudo foi publicado em julho deste ano, mas ainda precisa de outras evidências da presença de humanos para que possa ser validado — não foi localizado nenhum esqueleto humano nas proximidades, por exemplo.Embora pareça claro que trata-se de algo que somente seres humanos poderiam fazer, não há outros indícios que sustentem a presença de pessoas em uma região tão isolada do litoral — a descoberta foi feita no estado do Mato Grosso — tantos anos atrás.</body>

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Quando os primeiros humanos chegaram nas Américas?

Imagem de Nova 'linhagem de humanos modernos' de 40 mil anos é descoberta na França no megacurioso

A partir de um osso de quadril de 40 mil anos, pesquisadores identificaram fóssil que não é exatamente humano moderno e nem totalmente neandertal

<head></head><body>A partir do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126884-fossil-de-aranha-de-310-milhoes-de-anos-e-encontrado-na-alemanha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fóssil</a> de osso ilíaco encontrado na França, pesquisadores acreditam terem descoberto uma linhagem inicial do Homo sapiens sutilmente diferente dos humanos modernos atuais. A ossada sugere que um grupo frequentemente considerado exclusivamente neandertal que vagava pela Europa pode ter coexistido com humanos e neandertais verdadeiros ao mesmo tempo, observaram os cientistas.Pesquisas anteriores feitas na região sugerem que a fase final da cultura neandertal pode ter sido vivida por um grupo chamado chatelperronense. Além do osso de quadril analisado pelo estudo, artefatos chatelperronianos, que datam de 44,5 mil a 41 mil anos atrás, também foram achados na área que se estende do norte da Espanha até a Bacia de Paris.<h2>Controvérsia de estudos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/23/23013958352000.jpg" alt="(Fonte: Scientific Reports/Divulgação)">(Fonte: Scientific Reports/Divulgação)Por muitos anos, a existência dos chatelperronenses inspirou muita controvérsia no meio científico, tendo em vista que uma parcela de pesquisadores argumentava que seus artefatos eram, na realidade, de natureza moderna humana. Inclusive, alguns estudos asseguram que os humanos modernos chegaram à Europa Ocidental há cerca de 42 mil anos.Nessa nova pesquisa, no entanto, os pesquisadores se concentraram em um local chave para investigar a identidade desse misterioso grupo: a caverna Grotte du Renne, localizada em Arcy-sur-Cure. O sítio arqueológico está a apenas 200 km de distância de Paris. Anteriormente, vários restos mortais de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126820-apos-40-mil-anos-os-neandertais-ainda-vivem-em-nosso-dna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neandertais</a> foram achados nos vários níveis da caverna.O osso do quadril de um recém-nascido achado no local é um ílio, um dos três ossos que compõem a cintura pélvica. Medindo cerca de 2,5 centímetros de largura, o artefato foi encontrado em uma camada anteriormente datada de cerca de 40.680 a 42.335 anos. Outros restos mortais também foram achados na mesma camada, mas estudos de DNA mostram que eram de origem neandertal.<h2>Comparação de espécies</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/23/23014038172003.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Os paleontólogos envolvidos no estudo compararam o osso de quadril recém-descoberto com ossos de dois bebês neandertais e 32 recém-nascidos humanos modernos. Através dessa análise, foi possível constaram que o fóssil descoberto na Grotte du Renne era claramente diferente dos ossos neandertais.Contudo, por mais semelhante que a ossada fosse de bebês humanos modernos, algumas diferenças também foram perceptíveis. “É muito surpreendente ter em mãos um fóssil de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118948-homo-sapiens-como-chegamos-ate-aqui.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Homo sapiens</a> de um contexto chatelperronense”, disse Chris Stringer, paleoantropólogo do Museu de História Natural de Londres que esteve envolvido no estudo.O grupo de pesquisas acredita que esse osso de quadril pertencia a uma linhagem humana moderna que diferia ligeiramente da nossa linhagem. Sendo assim, a maior hipótese criada pelos pesquisadores para compreender o contexto no qual o osso estava inserido é a forte possibilidade de neandertais e humanos terem dividido no mesmo espaço de vida por alguns anos — dando origem a uma linhagem "intermediária".&nbsp;No entanto, ainda serão necessários novos estudos para entender mais sobre a origem dos chatelperronenses e como essa mistura de seres pode ter realmente acontecido nesse período histórico.</body>

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Nova 'linhagem de humanos modernos' de 40 mil anos é descoberta na França

Imagem de Primeiros humanos da Europa podem ter sido congelados e desaparecido no megacurioso

Evento climático catastrófico teria ocorrido há cerca de 1,1 milhão de anos

<head></head><body>Um novo estudo indica que os primeiros humanos que habitaram a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/126880-europa-perdida-5-cidades-antigas-que-sao-um-misterio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Europa</a> foram extintos repentinamente devido a um evento de resfriamento extremo que ocorreu por volta de 1,1 milhão de anos atrás, muito antes do que se imaginava.Tratavam-se possivelmente de membros da espécie <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108643-treta-na-ciencia-pesquisador-propoe-que-homo-erectus-morreu-de-preguica.htm#:~:text=erectus%20indicam%20que%20esses%20homin%C3%ADdeos,criaturas%20fizessem%20uso%20do%20fogo." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Homo erectus</a>, que desapareceram do continente no mesmo período da nevasca até então desconhecida. Enquanto fósseis e ferramentas de pedra indicam que essa espécie chegou à Europa entre 1,8 milhão e 1,4 milhão de anos atrás, eles aparentemente desapareceram cerca de 1,1 milhão de anos atrásA próxima evidência de presença humana arcaica na Europa data de cerca de 900 mil anos atrás, após a chegada do Homo antecessor, uma espécie mais robusta, vinda da África ou Ásia. Ou seja, a nova pesquisa pode modificar um pouco a cronologia humana.<h2>Era Glacial ainda mais antiga?</h2>A pesquisa foi recentemente publicada na revista Science com evidências encontradas em amostras de sedimentos marinhos do fundo do oceano próximo à costa de <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/42430-proxima-parada-portugal-conheca-as-belezas-da-terra-dos-desbravadores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Portugal</a>. Ao analisar isótopos elementares em restos de plâncton marinho e grãos de pólen de vegetação terrestre, os pesquisadores identificaram um resfriamento abrupto por volta de 1,15 milhão de anos atrás.&nbsp;A temperatura da água perto de Lisboa caiu de uma média atual de cerca de 21 °C para aproximadamente 6 °C, enquanto a massa de terra europeia experimentou uma fase fria semelhante, possivelmente contribuindo para a expansão das geleiras. Além disso, os cientistas também observaram um fluxo contínuo de água fria a partir de cerca de 1,13 milhão de anos atrás. Ou seja, isso deve ter sido o resultado do derretimento das espessas camadas de gelo acumuladas nos séculos anteriores.&nbsp;Embora pesquisas indiquem um pico da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120156-5-fatos-que-voce-provavelmente-nao-sabia-sobre-a-era-do-gelo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Era Glacial</a> por volta de 900 mil anos atrás, existem evidências concretas de um período de resfriamento ainda mais antigo, localizado há cerca de 1,1 milhão de anos. Ainda são necessárias mais evidências para uma compreensão maior desse período.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/21/21233100112002.jpg" alt="Júpiter: &quot;O que eu tenho a ver com isso?&quot; (Foto: Pixabay)">Júpiter: "O que eu tenho a ver com isso?" (Foto: Pixabay)<h2>A culpa é dos planetas!</h2>O estudo ainda sugere que a principal causa do resfriamento foi astronômica, relacionada à influência gravitacional de Júpiter! Na época, a órbita da Terra ao redor do Sol era aproximadamente circular, uma circunstância associada a outras fases de resfriamento climático.&nbsp;Além disso, durante esse período, houve uma redução significativa nos níveis de dióxido de carbono na atmosfera. No entanto, os cientistas ainda não têm certeza se esse foi o fator desencadeante do resfriamento ou uma consequência dele.A pesquisa também oferece uma reconstrução detalhada do clima da época, evidenciando que o resfriamento extremo teria tornado a Europa imprópria para os humanos arcaicos. Isso teria dificultado a busca por alimentos, uma vez que menos plantas e animais sobreviveriam a condições tão rigorosas. Além disso, os próprios Homo erectus não eram adaptados para o frio, carecendo de isolamento de gordura e meios eficazes para produzir fogo, roupas ou abrigos.</body>

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Primeiros humanos da Europa podem ter sido congelados e desaparecido

Imagem de Neandertais-denisovanos: sexo entre espécies diferentes é explicado no megacurioso

Embora separados em diferentes habitats, neandertais e denisovanos se encontravam durante período interglaciais quentes

<head></head><body>Há muito pesquisadas por paleobiólogos, as circunstâncias sobre quando, onde e com que frequência as relações sexuais <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126820-apos-40-mil-anos-os-neandertais-ainda-vivem-em-nosso-dna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">entre espécies de hominídeos diferentes</a> ocorreram no Pleistoceno parecem ter sido finalmente explicadas em um estudo publicado neste mês por uma equipe de pesquisadores da Universidade Nacional de Pusan, na Coreia do Sul, e Universidade de Nápoles Federico II, na Itália.&nbsp;De acordo com o estudo, variações no movimento orbital da Terra em torno do Sol e alterações no dióxido de carbono atmosférico resultaram em mudanças no clima e na vegetação, "que influenciaram o tempo e a intensidade de possíveis eventos de cruzamento". O resultado — <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108786-descobriram-uma-filha-de-neandertal-com-denisovano-na-russia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma filha de pai denisovano e mãe neandertal</a> — foi descoberta por cientistas em 2018. &nbsp;&nbsp;Chamada de Denny, essa pessoa que viveu há 90 mil anos, além de outros indivíduos de ascendência mista encontrados na mesma caverna, são provas de que o intercruzamento entre espécies era não só possível, como também comum entre os hominídeos da época, não se limitando apenas à nossa própria espécie Homo sapiens como ocorre hoje.&nbsp;<h2>Como ocorriam os encontros íntimos entre espécies diferentes?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/17/17170028588354.jpg" alt="(Timmermann et al.)">(Timmermann et al.)A grande dificuldade para determinar quando e onde essa hibridização humana ocorreu é a precarização das análises paleogenômicas, geralmente dependentes de evidências fósseis extremamente raras ou DNA antigo ainda mais exíguo. No novo estudo, especialistas em clima sul-coreanos e paleobiólogos napolitanos adotaram uma abordagem totalmente nova.&nbsp;Usando achados paleoantropológicos, dados genéticos e simulações de supercomputadores do clima passado, os pesquisadores descobriram que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126929-denisovanos-quem-foi-esse-misterioso-ancestral-do-homem-moderno.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os denisovanos eram mais adaptados a ambientes frios</a> (florestas boreais e tundras), ao passo que os neandertais preferiam florestas temperadas e pastagens.No entanto, simulações de computador realistas mostraram que esses habitats eventualmente se sobrepunham geograficamente, durante períodos interglaciais quentes, quando o verão do hemisfério norte ocorria mais perto do Sol. Segundo o professor Axel Timmermann, da Pusan,&nbsp;"quando neandertais e denisovanos compartilhavam um habitat comum", o clima literalmente esquentava entre eles.&nbsp;<h2>Uma história de amor única e duradoura</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/17/17185447912418.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Nas simulações climáticas, a equipe se deteve sobre alterações no padrão da vegetação na Eurásia durante os últimos 400 mil anos. De acordo com o estudo, o aumento de CO2 na atmosfera e as condições interglaciais amenas expandiram a floresta temperada da Eurásia central para o leste, criando corredores de dispersão para os neandertais em terras denisovanas. &nbsp;Mas, determinar as condições climáticas preferidas pelos denisovanos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126963-linhagem-humana-desconhecida-pode-ter-sido-encontrada-na-franca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">foi um grande desafio para os pesquisadores,</a> devido à escassez de dados disponíveis, segundo o coautor Pasquale Raia, da Federico II. Criando novas ferramentas estatísticas, eles foram surpreendidos com a descoberta de que,&nbsp;"além de áreas na Rússia e na China, também o norte da Europa seria um ambiente adequado para eles",&nbsp;concluiu.Em comunicado, o primeiro autor do artigo, professor Jiaoyang Ruan, da Busan, explica: “É como se as mudanças glaciais-interglaciais do clima tivessem criado o cenário para uma história de amor humana única e duradoura, cujos traços genéticos ainda hoje são visíveis”.&nbsp;</body>

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Neandertais-denisovanos: sexo entre espécies diferentes é explicado

Imagem de 5 animais que usam mimetismo para escapar de predadores no megacurioso

Na natureza, o mimetismo é uma notável estratégia de sobrevivência que envolve imitar a aparência ou comportamento de outras espécies

Para verem o sol nascer mais um dia, muitos animais na natureza precisam desenvolver as mais variadas estrat&eacute;gias para escapar de seus predadores. No entanto, uma das mais curiosas entre todas &eacute; o mimetismo, uma t&aacute;tica de sobreviv&ecirc;ncia caracterizada pela imita&ccedil;&atilde;o da apar&ecirc;ncia e do comportamento de outros animais ou objetos presentes no habitat natural da presa.
Essa t&aacute;tica de ilus&atilde;o &eacute; uma adapta&ccedil;&atilde;o evolutiva bastante usada por v&aacute;rias criaturas, permitindo-lhes enganar seus predadores ou at&eacute; mesmo capturar presas. E quais s&atilde;o as esp&eacute;cies mais conhecidas por fazer uso dessa artimanha? Para responder essa pergunta, n&oacute;s separamos uma lista com cinco esp&eacute;cies especialistas no mimetismo.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126808-5-animais-que-amputam-partes-do-seu-corpo-quando-necessario.htm" target="_blank" rel="sponsored">5 animais que amputam partes do seu corpo quando necess&aacute;rio</a>
<h2>1. Tartaruga-alig&aacute;tor</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/31/31185459911483.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
As sorrateiras tartarugas-alig&aacute;tor s&atilde;o uma das maiores especialistas no mimetismo. Essas criaturas possuem uma l&iacute;ngua muito semelhante a uma esp&eacute;cie de verme, delicioso para outros animais em seu habitat. Isso faz com que muitas presas inocentes sejam atra&iacute;das para o golpe final.
A tartaruga espera quieta em seu lugar, fingindo ser um verme, at&eacute; que um azarado peixe morde a isca e acaba se tornando o jantar. Atrav&eacute;s dessa poderosa habilidade, essas tartarugas n&atilde;o precisam fazer nenhum esfor&ccedil;o para ficarem de barriga cheia.
<h2>2. Jaguatirica</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/31/31185516895485.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Tamb&eacute;m conhecidas como ocelotes, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117273-onca-pintada-mata-jaguatirica-em-disputa-por-agua-veja-o-video.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">jaguatiricas</a> s&atilde;o felinos carn&iacute;voros com uma travessa estrat&eacute;gia de mimetismo. Esses gatos selvagens sabem perfeitamente como atrair suas refei&ccedil;&otilde;es: imitando o som de um macaco beb&ecirc;. No Brasil, pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) presenciaram esse espet&aacute;culo de perto.
Ao imitar o som dos macaquinhos, a jaguatirica permaneceu escondida esperando que macacos adultos viessem ao resgate do potencial "filhote em perigo". Embora a estrat&eacute;gia n&atilde;o tenha dado certo nessa ocasi&atilde;o espec&iacute;fica, os cientistas afirmam que esse &eacute; um dos truques mais curiosos usados por esses felinos.&nbsp;
<h2>3. P&aacute;ssaro-lira</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/31/31185543362487.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Em uma tentativa desesperada de frear seus predadores, os p&aacute;ssaros-lira imitam os chamados das aves de rapina, levando-os a acreditar que o perigo est&aacute; pr&oacute;ximo e mantendo uma dist&acirc;ncia entre as esp&eacute;cies. Durante a &eacute;poca de acasalamento, os machos dessa esp&eacute;cie podem imitar uma grande variedade de sons para criar uma cena cheia de predadores
O motivo? Essa t&aacute;tica evita que as f&ecirc;meas interrompam ou v&atilde;o embora antes do acasalamento, aumentando as chances de uma c&oacute;pula bem-sucedida. Al&eacute;m disso, os p&aacute;ssaros-lira podem at&eacute; mesmo imitar sons de &aacute;gua corrente ou vento soprando nas &aacute;rvores para se misturar com o meio ambiente.&nbsp;
<h2>4. Cobra hognose</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/31/31185606614489.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Para quem n&atilde;o possui um olho treinado, as cobras hognose possuem um padr&atilde;o de pele muito semelhante ao das <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/59874-confira-alguns-fatos-e-curiosidades-sobre-as-cobras-cascaveis.htm#:~:text=As%20cascav%C3%A9is%2C%20assim%20como%20outras,que%20a%20do%20ambiente%20circundante." rel="noopener noreferrer" target="_blank">cascav&eacute;is</a>. Inclusive, essa esp&eacute;cie &eacute; capaz de abrir uma regi&atilde;o do pesco&ccedil;o para fazer seus predadores pensarem que ela &eacute; muito mais perigosa do que realmente &eacute;.
Por fim, quando confrontadas por uma amea&ccedil;a real, uma hognose costuma realizar um assobio para ludibriar seus rivais. Combinada com sua estrat&eacute;gia f&iacute;sica para crescer de tamanho, a exibi&ccedil;&atilde;o auditiva transmite uma mensagem de perigo para quem est&aacute; perto.&nbsp;
<h2>5. Polvo-m&iacute;mico</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/31/31185645058493.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Para fechar a lista, talvez nenhum animal na natureza utilize o mimetismo t&atilde;o bem quanto o polvo-m&iacute;mico. Quando o assunto &eacute; se defender, esse engenhoso cefal&oacute;pode sabe como ludibriar seus oponentes. Em v&aacute;rios cen&aacute;rios, &eacute; comum que esses <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125318-octlantis-a-cidade-subaquatica-construida-por-comunidade-de-polvos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">polvos</a> se transformem em um encantador caranguejo para seduzir presas inocentes.
Al&eacute;m disso, o polvo-m&iacute;mico &eacute; basicamente capaz de imitar todos os tipos de criaturas t&oacute;xicas e venenosas em seu habitat para amedrontar qualquer tipo de predador potencial. De linguados a cobras, eles n&atilde;o somente personificam a apar&ecirc;ncia dessas criaturas, como tamb&eacute;m seu comportamento.&nbsp;

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5 animais que usam mimetismo para escapar de predadores

Imagem de Linhagem humana desconhecida pode ter sido encontrada na França no megacurioso

Analises feitas com restos mortais de um bebê de 45 mil anos em uma caverna neandertal indicam que criança pode ser de uma linhagem desconhecida do Homo sapiens

<head></head><body>Enquanto analisavam os restos mortais de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121181-neandertais-fosseis-desafiam-teorias-sobre-seu-desaparecimento.htm#:~:text=A%20teoria%20atual%20que%20consta,Homo%20sapiens%20ao%20continente%20africano." rel="noopener noreferrer" target="_blank">neandertais</a> na caverna Grotte du Renne, na França, pesquisadores descobriram um quadril pertencente a um bebê humano moderno. No entanto, após uma série de estudos mais profundos, os cientistas passaram a notar diferenças entre o osso ilíaco encontrado e o existente em recém-nascidos mais recentes.Os autores do estudo acreditam que a criança encontrada na região pode representar uma linhagem inicial desconhecida dos Homo sapiens. A Grotte du Renne está entre os locais paleolíticos mais intrigantes da Europa, pois acredita-se ter sido habitada no mesmo período em que os humanos modernos substituíram os neandertais no mundo. Entenda mais sobre esse caso!<h2>Descoberta intrigante</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/08/08170205944297.png" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Enquanto observavam a Grotte du Renne, os pesquisadores descobriram um grande número de ferramentas de pedra que são representativas do complexo tecnocultural chatelperronense, o qual surgiu durante o período de transição entre espécies. Dentro do campo científico, estudiosos estão divididos sobre quais espécies inventaram essa indústria.Enquanto alguns acreditam que os próprios neandertais inventaram essas ferramentas sozinhos, outros pesquisadores alegam que elas foram obra de humanos anatomicamente modernos. Outra vertente de pensamento, no entanto, especula que as duas espécies de hominídeos podem ter trabalhado juntas.Curiosamente, até agora apenas <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124917-reliquias-sagradas-os-restos-mortais-de-santos-acumulados-pela-igreja.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">restos mortais</a> neandertais foram encontrados na camada chatelperronense da Grotte du Renne, embora fósseis humanos modernos também tenham sido observados em outras cavernas associadas a esses itens. Portanto, o que realmente levantou essa discussão foi o recém-descobrimento da pelve infantil no local.<h2>Indústria chatelperronense</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/08/08170239654299.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Ao compararem o quadril infantil encontrado na caverna com dois ossos do quadril de neandertais conhecidos e os de 32 recém-nascidos humanos falecidos recentemente, os autores do estudo observaram que a ossada está muito mais próxima de um humano anatomicamente moderno do que de um neandertal.No entanto, o quadril também não se encaixa perfeitamente dentro dos limites de variação observados em bebês humanos modernos. Dessa forma, os pesquisadores acreditam que os ossos pertençam a uma linhagem humana moderna cuja morfologia difere ligeiramente dos humanos atuais. Essa criança, sendo assim, fazia parte das populações de humanos anatomicamente modernos que coexistiram com os últimos neandertais há 41 mil a 45 mil anos.Além disso, a presença desses humanos modernos na Grotte du Renne sugere que eles podem ter vivido ao lado dos neandertais na época em que surgiu a indústria chatelperronense, colaborando para a criação de um complexo arsenal de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108782-10-maquinas-e-ferramentas-que-facilitam-muito-o-trabalho-manual.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ferramentas</a>.Logo, esse período também pode ter sido o resultado de inúmeros processos de difusão cultural, com possível mistura populacional entre os dois grupos. Em outras palavras, os neandertais podem ter atualizado suas tecnologias depois de observar como seus vizinhos humanos se comportavam — resultando em uma indústria híbrida que passou a dominar partes da Europa até o desaparecimento da espécie.</body>

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Linhagem humana desconhecida pode ter sido encontrada na França

Imagem de Como os homens das cavernas conseguiam ter dentes alinhados? no megacurioso

Crânios encontrados em escavações mostram que, mesmo com pouca ou nenhuma higiene, nossos antepassados ainda conseguiam ter uma dentição quase perfeita

<head></head><body>Atualmente, é comum encontrar pessoas que tenham um ou outro dente torto e precisem de aparelhos para contornar a situação. Tais intervenções são processos recentes que datam do século XVIII para cá, o que pode levar muitos a imaginar como as coisas funcionavam na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115145-pre-historia-morte-impulsionou-revolucao-artistica-no-neolitico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pré-história</a>.Acredite ou não, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120076-dentes-podres-ja-foram-padrao-de-riqueza.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dentição</a> de nossos antepassados era melhor que a vista atualmente, já que muitos crânios encontrados por arqueólogos geralmente apresentam dentes retos e aparentemente bem cuidados. E aí mora uma pergunta: como isso era possível?<h2>Dentes e mandíbulas em forma</h2>Um dos primeiros pontos a se observar é que o problema na dentição não é algo exclusivo de anos mais recentes, visto que alguns poucos séculos atrás já era possível encontrar falhas no alinhamento dos dentes, além de outros pontos que demandavam um pouco mais de atenção.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/02/02225620799031.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages) “O museu em que trabalho tem milhares de crânios antigos de todo o mundo. A maioria dos crânios dos últimos cem anos é o pesadelo de um dentista: eles estão cheios de cáries e infecções, os dentes estão apinhados na mandíbula e cerca de um quarto deles tem dentes impactados”, explica o biólogo evolucionista Daniel Lieberman, em seu livro A História do Corpo Humano.&nbsp;“Os crânios dos agricultores pré-industriais também estão cheios de cáries e abscessos de aparência dolorosa, mas menos de 5% deles afetaram os dentes do siso. Em contraste, a maioria dos caçadores-coletores tinha saúde dental quase perfeita. Aparentemente, ortodontistas e dentistas raramente eram necessários na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123047-5-fatos-misteriosos-sobre-a-idade-da-pedra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade da Pedra</a>”, continua o estudioso.<h2>Problemas que já existem há alguns séculos</h2>Tal fato foi confirmado pelos ortodontistas Sandra Kahn e Paul R. Ehrlich, da Universidade de Stanford, nos EUA. Em um artigo publicado no Stanford Univeristy Press, eles explicam que, após a análise de 146 crânios encontrados em cemitérios noruegueses e uma comparação com crânios modernos, foi possível perceber que parcelas da população antiga já precisavam da ajuda de dentistas.Ao fazer esse levantamento, os profissionais perceberam que 36% dos crânios medievais e 65% das amostras mais recentes apresentavam uma necessidade "grande" ou "óbvia" de tratamento dentário, algo que não acontecia entre aqueles que habitavam a Terra há milhares de anos. E a resposta para isso está no tamanho das mandíbulas.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/02/02225704101032.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages) “Para um desenvolvimento saudável, as mandíbulas devem ser capazes de fornecer espaço suficiente para todos os trinta e dois dentes que crescem na boca. Com o tempo, nossos dentes ficaram tortos porque nossas mandíbulas ficaram menores”, diz o artigo.&nbsp;“As raízes da epidemia estão em mudanças culturais em ações cotidianas importantes sobre as quais raramente pensamos; coisas como mastigação, respiração ou a posição de nossas mandíbulas em repouso, e essas mudanças, por sua vez, foram provocadas por desenvolvimentos sócio-históricos muito maiores – a saber, a industrialização”, continua o texto.<ul><li>Veja também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123886-as-pessoas-realmente-tinham-dentes-podres-na-idade-media.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">As pessoas realmente tinham dentes podres na Idade Média?</a></li></ul><h2>Hábitos antigos que caíram no esquecimento</h2>A descoberta de alguns recursos, como a possibilidade de produzir fogo com o auxílio de duas pedras, foi um dos fatores que fez com que exercitássemos menos a nossa mandíbula.&nbsp;Com a possibilidade de cozinhar os alimentos, perdeu-se a necessidade de termos uma mordida mais forte para conseguir rasgar carnes cruas e até mesmo diminuiu o número de mastigadas nesse processo.O advento da agricultura também tem influência nesse processo, já que a popularização de outros alimentos mais leves que a carne fizeram nossas bocas perderem parte de suas funções, como triturar os alimentos. Porém, isso nem de longe significa que devemos voltar a comer alimentos crus para termos dentes mais alinhados.</body>

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Como os homens das cavernas conseguiam ter dentes alinhados?

Imagem de Silurianos: espécie avançada pode mesmo ter existido antes de nós? no megacurioso

Veja o que sugere nova hipótese publicada em artigo acadêmico sobre a possibilidade de vida inteligente ter existido na Terra antes da humanidade

<head></head><body>Não é de agora que mentes brilhantes vêm ponderando a possibilidade de que&nbsp;vida inteligente e tecnologicamente avançada possa&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121871-estamos-sozinhos-no-universo-veja-o-que-diz-a-ciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">existir em outros planetas</a>. Hoje levado com muito mais seriedade do que no passado, o tema tem ganhados proporções globais com novas descobertas apontando que mais e mais planetas têm condições para habitar vida neste imenso e misterioso universo em que vivemos. Mas e quanto ao planeta Terra?Há muito tempo o consenso é que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125649-6-descobertas-que-mudam-muito-do-que-sabemos-sobre-o-passado-da-humanidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">seres humanos</a> foram a primeira espécie inteligente a pisar no nosso planeta, dando origem à humanidade como a conhecemos hoje. Mas será que milhões e milhões de anos no passado pode ter existido uma espécie tecnologicamente avançada aqui na Terra?<h2>A hipótese dos silurianos: existiu vida inteligente na Terra antes dos humanos?</h2>Criada com inspiração na espécie fictícia <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120478-hipotese-siluriana-existiu-uma-antiga-civilizacao-avancada-na-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">siluriana</a>, vista série cult <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/doctor-who-2005" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Doctor Who</a>, uma pesquisa de 2018 publicada no Journal of Astrobiology por dois cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, levanta a questão sobre a possível existência de uma civilização avançada bem antes da nossa.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;BBC/Reprodução&nbsp;" data-fonte-url="https://www.cambridge.org/core/journals/international-journal-of-astrobiology/article/silurian-hypothesis-would-it-be-possible-to-detect-an-industrial-civilization-in-the-geological-record/77818514AA6907750B8F4339F7C70EC6"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/04/04095142854033.jpg" alt="Na série Doctor Who, que inspirou o artigo, os Silurianos são uma raça reptiliana humanoide que viveu na terra Milhões de anos atrás (Fonte: BBC/Reprodução)">Na série Doctor Who, que inspirou o artigo, os Silurianos são uma raça reptiliana humanoide que viveu na terra Milhões de anos atrás (Fonte: BBC/Reprodução)O artigo, intitulado "The Silurian hypothesis: would it be possible to detect an industrial civilization in the geological record?" ("A hipótese siluriana: seria possível detectar uma civilização industrial nos registros geológicos", em tradução livre), questiona se teríamos capacidade de identificar rastros de uma possível raça tecnologicamente avançada existente antes da nossa.O texto, escrito pelos cientistas Gavin A. Schmidt e Adam Frank, pondera sobre questões bastante relevantes, como o impacto do desenvolvimento de espécies inteligentes no meio-ambiente de qualquer planeta, com base na nossa própria relação com o planeta Terra. A sugestão é de que, para se tornar tecnologicamente avançada, primeiro a tal suposta espécie passaria por estágios similares aos nossos, com&nbsp;grandes&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/aquecimento-global/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">impactos negativos no ecossistema</a>&nbsp;até ser necessário tomar medidas que tornassem a sobrevivência no planeta sustentável.Os cientistas não sugerem que uma civilização realmente existiu antes da nossa, mas sim questionam se seríamos capazes de detectar rastros da existência de raças avançadas aqui ou em quaisquer outros planetas com base no que chamaram de "impressões digitais geológicas". No texto, eles apontam como nossa civilização industrial data de aproximadamente 300 anos no passado, sendo "uma pequena fração do tempo que existimos como espécie". Sem contar que esta fração é ainda menor quando levada em conta o tempo de existência de vida complexa na superfície da Terra.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/04/04095640122039.jpg" alt="Hipóteses levantadas no artigo podem auxiliar na busca por vestígios de civilizações antigas em outros planetas (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Hipóteses levantadas no artigo podem auxiliar na busca por vestígios de civilizações antigas em outros planetas (Fonte: Getty Images/Reprodução)As ponderações publicadas no artigo podem realmente ajudar em nossa busca por evidências de vida inteligente fora da Terra, nos chamados&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/exploracao-espacial/37285-afinal-o-que-sao-exoplanetas-e-o-que-sabemos-sobre-eles-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">exoplanetas</a>. A ideia é utilizar nossa própria história e a forma como interagimos e impactamos o planeta e seu ecossistema, tanto em questão geográfica quanto climática, como uma espécie de padrão a ser procurado. Porém, um dos problemas apontados é que essa lógica pode ser falha, já que quaisquer traços como estes podem ter desaparecido ao longo de milênios.De qualquer forma, a sugestão dos cientistas é válida e pode ser útil no campo científico no que diz respeito à astrobiologia e busca de vida inteligente, seja ela atual ou tenha ela existido milhares, ou milhões, de anos atrás em planetas fora do nosso sistema solar.<h3>Quem são os Silurianos?</h3><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/04/04095940683040.jpg" alt="Protagonista da série Doctor Who viaja no tempo e encontra SIlurianos em episódios da série cult britânica (Fonte: BBC/Reprodução)">Protagonista da série Doctor Who viaja no tempo e encontra SIlurianos em episódios da série cult britânica (Fonte: BBC/Reprodução)Presentes em diferentes produtos da cultura pop,&nbsp;os silurianos são uma espécie fictícia, geralmente de aparência humanoide e reptiliana, que teria vivido na Terra durante o Período Siluriano, entre 443,7 milhões e 416 milhões de anos atrás. Uma de suas versões mais famosas é a vista na série britânica Doctor Who, da BBC.No seriado, o Doutor <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116205-estudo-mostra-que-da-para-viajar-no-tempo-so-falta-saber-como-fazer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">viaja no tempo</a> em sua famosa nave em forma de cabine telefônica azul e visita não apenas outros planetas, mas também diferentes períodos históricos aqui mesmo da Terra. Em alguns episódios do seriado, o titular personagem volta ao passado e interage com os Silurianos, uma raça de visual humanoide e características reptilianas, como pele verde e coberta de escamas.</body>

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