Imagem de Como a evolução determinou quanto tempo cada animal vive? no megacurioso

A quantidade máxima de anos que um animal vive está determinada em seus genes, com base na vida de seus antepassados

<head></head><body>É possível que você não acredite em destino. Mas saiba que muitos animais têm o seu futuro selado ao nascerem — e dificilmente conseguirão fugir disso. Por isso, se uma pessoa pegasse um rato de laboratório em suas mãos e afirmasse que aquele animal não chegaria aos quatro anos, pouco adiantaria ao ratinho dizer que não acredita na profecia, pois as chances dela se cumprir são altas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/03/03165131090399.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesO destino dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/oriente-bizarro/42022-mais-uma-bizarrice-do-japao-leitura-de-mamilos-para-prever-a-sorte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">animais não está escrito nas estrelas,</a> nos búzios ou na borra do café. Ele está escrito em seus genes — e foi escrito há muito tempo, pela evolução de sua espécie.Os antepassados do rato de laboratório perceberam que o mundo era um lugar cruel para eles. Considerados deliciosos pelos muitos predadores, esses ratos não costumavam durar muito na natureza. Logo, eles não evoluíram pensando em envelhecer, já que a maioria nunca chegava à avançada idade. Em vez disso, eles evoluíram para se reproduzir.Dessa forma, esses animais passaram a atingir a maturidade sexual cada vez mais cedo e terem cada vez mais filhotes. Uma ninhada desses ratos tem em média oito filhotes, mas há casos em que 16 ratinhos nascem de uma única vez.<h2>Ao contrário do rato de laboratório, o rato-toupeira-pelado pode se tornar um velhinho</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/03/03164945601397.jpg" alt="Rato-toupeira Fonte: Getty Images">Rato-toupeira Fonte: Getty ImagesNem todo roedor precisa se preocupar com a passagem do tempo. O rato-toupeira-pelado evoluiu pensando na velhice. Eles vivem até os 30 anos, o que é muito para um roedor.Esses animais são geneticamente parecidos com os ratos de laboratório, mas o ambiente em que vivem moldou a forma como os seus corpos reagem à passagem do tempo.Como são criaturas subterrâneas, os ratos-toupeiras-pelados quase não têm predadores. Dessa forma, o organismo desses bichinhos precisou se adaptar à velhice, em vez da reprodução, pois essa é a sua realidade.Essa espécie vive em colônias e uma fêmea assume o papel de rainha, como se fossem abelhas. Apenas ela se reproduz e os outros <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122814-6-curiosidades-insanas-sobre-ratos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ratos trabalham para o bem-estar do grupo</a>. A ninhada pode ter cerca de dez filhotes e ela dá à luz a cada 70 dias.Portanto, mesmo animais semelhantes podem ter uma expectativa de vida muito diferente, dependendo daquilo que for menos vantajoso sob o ponto de vista evolutivo.No caso dos ratos de laboratório, isso quer dizer que mesmo em um ambiente sem predadores, esses animais não viveriam mais do que os três anos esperados. Suas células não evoluíram para se reproduzir por tantos anos. Logo, eles iriam contrair doenças que os matariam.<h2>O que mais influencia a longevidade dos mamíferos?</h2>Além da incidência de predadores, a temperatura também pode influenciar na quantidade de anos que um animal viverá na Terra. As baleias-do-Ártico vivem dois séculos.Elas não têm problemas com predadores e evoluíram para lidar com as baixas temperaturas do Ártico. Embora existam exceções, quanto mais grande, mais lento e mais inteligente é o mamífero, mais tempo de vida ele terá.A lentidão é importante porque metabolismos acelerados exigem muito do corpo, o que contribui para problemas de saúde. Não por acaso, os répteis costumam viver mais do que os mamíferos. </body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:03.610Z

Como a evolução determinou quanto tempo cada animal vive?

Imagem de Dieta de plantas pode ter ajudado macacos a ficarem eretos, diz estudo no megacurioso

Segundo pesquisadores, os primatas acostumados a se alimentar de folhas verdes teriam sido forçados a ficarem de pé para buscar frutas nas copas de árvores

<head></head><body>Dois novos estudos trouxeram novas informações não apenas sobre a evolução inicial dos hominídeos, mas também sobre como as primeiras florestas gramadas apareceram dentro do continente africano. O primeiro documento, publicado na revista Science, sugere que a vida nas florestas abertas da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126730-vestigios-de-geleira-de-2-9-bilhoes-de-anos-sao-achados-na-africa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">África</a> e uma dieta rica em folhas podem ter influenciado os macacos a ficarem de pé.&nbsp;Há algum tempo, antropólogos já acreditavam que nossos ancestrais teriam desenvolvido um torso ereto para colher frutas nas florestas. Dessa forma, primatas maiores precisariam distribuir seu peso nos galhos que brotavam dos troncos e estender as mãos para pegar uma fruta. Como a execução dessa tarefa é mais fácil se o animal estiver de pé, eles se adaptaram. Entenda mais sobre o caso!<h2>Verticalização dos primatas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/26/26173310018488.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Uma nova pesquisa feita com um macaco fossilizado de 21 milhões de anos, da espécie Morotopithecus bishopi, sugere que os primeiros primatas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126772-por-que-os-macacos-dessa-ilha-fazem-mais-sexo-com-machos-do-que-femeas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">macacos</a> realmente comiam as folhas em uma floresta sazonal, a qual possuía copas de árvores quebradas e áreas gramadas abertas. Por conta dessa paisagem, ao contrário das florestas fechadas, esses animais possivelmente foram impulsionados a adquirir uma estrutura vertical.Ambos os artigos a respeito do tema surgiram de uma colaboração de paleontólogos internacionais chamada Research on Eastern African Catarrhine and Hominoid Evolution Project (REACHE). Os estudos foram coordenados por Laura MacLatchy, paleoantropóloga da Universidade de Michigan.A pesquisa se concentrou em um lugar no leste de Uganda chamado Moroto. Nessa região, os pesquisadores encontraram fósseis em uma única camada de rocha, o que foi o suficiente para recriar o ambiente do Morotopithecus.<h2>Adaptando ao ambiente</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/26/26173344878489.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Ao observar a área de Uganda, a equipe de pesquisa descobriu que as plantas nessa paisagem sofriam de um fenômeno chamado "estresse hídrico", o que significa que elas viviam em períodos sazonais de chuva e aridez. Essas mudanças indicavam que os macacos teriam que depender de algo diferente das frutas para sobreviver.Portanto, essa descoberta sugere que o Morotopithecus&nbsp;provavelmente viveu em uma floresta aberta, pontuada por florestas de copas quebradas compostas por arbustos e árvores. "Esse contexto geral de ecossistemas abertos de florestas sazonais foram essenciais para moldar a evolução de diferentes linhagens de mamíferos, incluindo e, especialmente em nosso caso, como diferentes linhagens de macacos evoluíram", relatou o coautor do estudo John Kingston.&nbsp;Neste mesmo período histórico, a África Oriental viu uma grande mudança em sua topografia. Essa reviravolta resultou no clima regional e em sua vegetação conhecida hoje em dia. Acredita-se que essa mudança ambiental tenha favorecido animais bípedes terrestres, o que teria feito com que nossos ancestrais caminhassem no chão pelo fato das árvores estarem mais afastadas.&nbsp;Curiosamente, esses ambientes já estavam presentes pelo menos 10 milhões de anos antes da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125679-por-que-nem-todo-macaco-nao-se-transformou-em-humano-na-evolucao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">evolução</a> do bipedalismo. Na visão dos pesquisadores, isso é informação suficiente para que nós tenhamos que também repensar as origens humanas.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:02.952Z

Dieta de plantas pode ter ajudado macacos a ficarem eretos, diz estudo

Imagem de Denisovanos: quem foi esse misterioso ancestral do homem moderno? no megacurioso

Os denisovanos viveram na Ásia na mesma época que os neandertais e que os próprios Homo sapiens

<head></head><body>A gente só conhece uma espécie de humano, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118948-homo-sapiens-como-chegamos-ate-aqui.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Homo sapiens</a>. Das outras que já existiram na pré-história, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125686-qual-era-a-lingua-falada-pelos-neandertais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neandertais</a> talvez sejam os mais reconhecidos. Contudo, existiram também os denisovanos — que viveram junto com essas duas outras espécies, no período paleolítico. Pelo que tudo indica, eles eram tão desenvolvidos quanto nossos antepassados.Na verdade, eles são tão parecidos conosco que um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115533-humanos-de-hoje-tem-dna-de-neandertais-e-de-ancestral-desconhecido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estudo divulgado em 2020</a> apontou que DNA denisovano é encontrado em algumas populações do Pacífico até hoje. Ainda assim, eles são uma espécie quase desconhecida — até por ter sido descoberta recentemente.&nbsp;<h2>Uma nova espécie na caverna</h2>Os homens denisovanos receberam esse nome por conta da caverna onde foram descobertos: Denisova, no sul da Rússia. Os primeiros fósseis foram encontrados lá em 2010 e os cientistas perceberam que eles não pertenciam a nenhuma das espécies conhecidas.&nbsp;Desde então, fósseis de mais cinco indivíduos foram descobertos nessa mesma caverna, além de um sexto denisovano em outra caverna, no planalto tibetano.&nbsp;E tão incrível quanto a descoberta dessa nova espécie foi o surgimento do fóssil com DNA de mãe neandertal e pai denisovano — que aconteceu em 2018. Isso foi mais uma comprovação de que as espécies de hominídeos se relacionaram entre si.&nbsp;Porém, considerando os poucos fósseis disponíveis para análise, é difícil definir com detalhes como eles eram ou como viviam. Um estudo de 2019 usou DNA denisovano para recriar uma imagem do rosto deles. A partir de 56 características anatômicas encontradas pelos genes, os cientistas fizeram uma projeção.Como você pode ver abaixo, ele se parece bastante com um Homo sapiens, embora o estudo tenha apontado que os denisovanos tinham o rosto mais largo dos três hominídeos da época.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/01/01220812161011.jpg" alt="Fonte: IFL Science/Reprodução">Fonte: IFL Science/Reprodução<h2>Como os denisovanos surgiram e quando foram extintos?</h2>Pelo que os estudos indicam, os homens denisovanos eram tão desenvolvidos quanto nossos ancestrais Homo sapiens. Isso nos remete às perguntas desse intertítulo, sobre o surgimento e a extinção dessa espécie.A principal teoria aponta que eles, os neandertais e o próprio Homo sapiens surgiram de um só ancestral. Era o Homo heidelbergensis, que viveu na África há cerca de 700 mil anos.Em algum momento, dois grupos migraram da África para outras regiões: os neandertais para a Europa e Ásia Ocidental, enquanto os denisovanos foram ainda mais longe. Os indivíduos que permaneceram na África deram origem aos humanos modernos.&nbsp;Outro fato curioso é que os denisovanos permaneceram na Terra por mais tempo que os Homo neanderthalensis.&nbsp;Enquanto essa primeira espécie foi extinta por volta de 20 mil anos atrás, a outra já tinha desaparecido cerca de 20 mil anos antes.&nbsp;Então, você já imaginou como seria o mundo <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/104294-e-se-os-neandertais-nunca-tivessem-entrado-em-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">se todas essas espécies convivessem até hoje</a>? </body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:03.575Z

Denisovanos: quem foi esse misterioso ancestral do homem moderno?

Imagem de Por que as aranhas têm 8 patas? no megacurioso

As aranhas, assim como outros quelicerados, são facilmente identificáveis por terem oito patas, tudo fruto de anos de evolução

<head></head><body>As aranhas são animais fascinantes, ao mesmo tempo que geram medo em muita gente. Só de pensar naquele pequeno animal (nem sempre!) cheio de patas, algumas pessoas podem entrar em desespero. E por falar em patas, enquanto nós, humanos, nos contentamos com nossas duas pernas e os gatos com suas quatro, por que as aranhas têm logo oito patas? Elas precisam mesmo de tudo isso?<h2 style="text-align: justify;">Passos evolutivos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/24/24161506583342.jpg" alt="A evolução desenhou as aranhas com 8 patas. (Fonte: GettyImages / Reprodução)">A evolução desenhou as aranhas com 8 patas. (Fonte: GettyImages / Reprodução)Desvendar esse mistério nos leva a uma jornada no túnel do tempo da evolução. Lá atrás, há cerca de 500 milhões de anos, durante o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116778-estranho-especime-do-cambriano-pode-ser-o-elo-perdido-dos-artropodes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Período Cambriano</a>, nossas amigas aranhas tinham uns ancestrais meio esquisitos chamados lobópodes oceânicos. Imagine algo parecido com um verme, mas com o corpo segmentado e muitas, mas muitas pernas.Mas os lobópodes resolveram evoluir, como todo bom ser vivo faz quando precisa perpetuar a espécie. Eles começaram a fundir segmentos corporais, unindo as pernas à cabeça e ao tórax. Nascia assim o plano corporal das aranhas, com as oito patas ligadas ao cefalotórax, mas nenhuma ligada ao abdome.&nbsp;Essa "moda" aracnídea fez tanto sucesso no palco evolutivo que atravessou os tempos e chegou até nós, tanto que nossas aranhas atuais herdaram essa estrutura corporal que já tem uns 150 milhões de anos de estrada.<h2 style="text-align: justify;">A deficiência não as impede</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/24/24161342149339.jpg" alt="As aranhas são excelentes construtoras. (Fonte: GettyImages / Reprodução)">As aranhas são excelentes construtoras. (Fonte: GettyImages / Reprodução)As aranhas sabem se virar tranquilamente com suas oito patinhas, mas sabia que elas conseguem ser igualmente eficientes quando não têm todas as patas? Pois é, essa deficiência não as limitam. Esse fato foi observado em laboratório.Cientistas fizeram um teste para tirar a prova dos nove: selecionaram 123 aranhas, algumas com oito patas (60 delas), outras com sete ou menos (63 ao todo), e as colocaram para <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/36972-como-e-que-as-aranhas-nao-se-enroscam-nas-proprias-teias-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">construir teias.</a>&nbsp;O resultado é que não teve muita diferença entre aquelas que tinham todas as patas e aquelas que, por alguma razão, perderam algumas das suas. As aranhas que não tinham as oito patas se saíram super bem na arte de tecer teias e até na hora da alimentação, comendo suas presas de forma bastante voraz e em velocidade praticamente igual às aranhas octópodes (espécies de animais que possuem oito membros).Contudo, a pesquisa mostrou que aranhas com cinco patas, quando colocadas em <a href="https://www.megacurioso.com.br/desastres-naturais/69405-conheca-7-laboratorios-que-simulam-as-forcas-destrutivas-da-natureza.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">laboratório</a> para construir as teias, produziam tipos de qualidade inferior, mostrando que há um limite para a perda de patas das aranhas sem impactar em sua produção.&nbsp;Logo, ao dar de cara com uma aranha, nada de querer tirar uma perna dela por "diversão" ou qualquer razão parecida. Além de ser uma crueldade, pode impactar muito a dinâmica diária desses bichos, levando-os às vezes até à morte. Lembre-se que cada animal tem sua importância no equilíbrio do ambiente, sendo os aracnídeos responsáveis por devorar muitos insetos e evitar que eles se propaguem.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:03.077Z

Por que as aranhas têm 8 patas?

Imagem de Após 40 mil anos, os neandertais ainda vivem em nosso DNA no megacurioso

O DNA dos neandertais, extintos há 40 mil anos, nunca esteve tão presente na Terra

<head></head><body>Embora os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125686-qual-era-a-lingua-falada-pelos-neandertais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neandertais</a> tenham se extinguido há cerca de 40 mil anos, a quantidade de seu DNA presente na Terra nunca foi tão grande. Estudos sugerem que 99,7% do material genético dos ancestrais e dos humanos modernos é idêntico, tornando-os nossos parentes extintos mais próximos.Os membros da espécie Homo neanderthalensis, que evoluíram há mais de 400 mil anos, foram extremamente bem-sucedidos e se espalharam por uma área que se estende do Mediterrâneo à Sibéria. Eles eram altamente inteligentes, com cérebros em média maiores do que os dos Homo sapiens.<h2>A vida e os hábitos dos neandertais</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/24/24151520582258.jpg" alt="">Esses antigos hominídeos caçavam grandes animais, coletavam plantas, fungos e frutos do mar, controlavam o fogo para cozinhar, faziam ferramentas compostas, roupas de peles de animais, contas de conchas e eram capazes de esculpir símbolos nas paredes das cavernas. Eles cuidavam de seus jovens, idosos e fracos, criavam abrigos para proteção, viviam por invernos rigorosos e verões quentes, e enterravam seus mortos.&nbsp;Os membros dessa espécie encontraram nossos ancestrais em várias ocasiões ao longo de dezenas de milhares de anos e as duas linhas de evolução compartilharam o continente europeu por pelo menos 14 mil anos, chegando até a se acasalarem.<h2>A extinção dos neandertais</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/24/24151846984262.jpg" alt="">A extinção dos neandertais, no entanto, ainda é um mistério. Acredita-se que tenha sido o resultado de uma combinação de fatores, incluindo as mudanças climáticas da última era do gelo, que pressionaram as fontes de alimentos animais e vegetais e exigiram que eles se adaptassem constantemente às mudanças ambientais.&nbsp;Além disso, nunca houve muitos, com a população total nunca excedendo dezenas de milhares. Eles viviam em grupos de cinco a 15 indivíduos, em comparação com os Homo sapiens que tinham grupos de até 150. Essas pequenas populações isoladas podem ter se tornado geneticamente insustentáveis.&nbsp;Outro fator que pode ter contribuído para a extinção foi a competição com outros predadores, particularmente os grupos de humanos modernos que emergiram da África cerca de 60 mil anos atrás. Especula-se que muitos deles podem ter sido assimilados pelos grupos maiores de Homo sapiens.&nbsp;<h2>O legado</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/24/24152033500264.jpg" alt="">Os neandertais deixaram <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125649-6-descobertas-que-mudam-muito-do-que-sabemos-sobre-o-passado-da-humanidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">numerosos vestígios</a> para nós examinarmos dezenas de milhares de anos depois. Ao longo dos últimos 150 anos, coletamos ossos fósseis, ferramentas de pedra e madeira, encontramos bugigangas e joias que deixaram para trás, descobrimos sepultamentos e agora mapeamos seu genoma a partir de DNA antigo.&nbsp;Talvez o fato mais surpreendente seja a evidência de cruzamento que deixou vestígios de material genético em humanos vivos hoje. Muitos europeus e asiáticos carregam entre 1% e 4% de sequência genética neandertal, enquanto as pessoas africanas ao sul do Saara têm quase nenhuma. De forma surpreendente, considerando a atual população mundial de cerca de 8 bilhões, podemos dizer que a presença do genoma deles nunca foi tão ampla no planeta.O genoma desses <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125520-cientistas-tem-nova-hipotese-sobre-origem-dos-humanos-uma-avancada-miscigenacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antigos hominídeos</a> também nos ajuda a entender mais sobre sua aparência, pois há evidências de que alguns deles desenvolveram pele pálida e cabelo ruivo muito antes dos Homo sapiens. A vasta quantidade de genes compartilhados entre esses hominídeos e os humanos modernos estão ligados a uma variedade de características, desde a capacidade de provar alimentos amargos até a de falar.<h2>O impacto do DNA neandertal na saúde humana moderna</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/24/24152237413265.jpg" alt="">Também aumentamos nosso conhecimento sobre a saúde humana. Por exemplo, algum DNA neandertal que pode ter sido benéfico dezenas de milhares de anos atrás, agora parece causar problemas quando combinado com um estilo de vida ocidental moderno.Existem associações para alcoolismo, obesidade, alergias, coagulação do sangue e depressão. Recentemente, cientistas sugeriram que esta herança pode aumentar o risco de complicações graves ao contrair covid-19.Enquanto continuamos a explorar o legado genético deixado por esses antigos hominídeos, é importante lembrar que eles não são apenas uma parte distante de nossa história evolutiva, mas também uma parte integral de quem somos hoje.&nbsp;À medida que enfrentamos desafios globais, desde mudanças climáticas até pandemias, a extinção dessa espécie nos lembra que nunca devemos dar nossa existência como garantida. Se não quisermos acabar da mesma forma, é preciso esforço para criar um futuro mais sustentável.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:02.252Z

Após 40 mil anos, os neandertais ainda vivem em nosso DNA

Imagem de 5 mecanismos estranhos que os insetos usam para sobreviver no megacurioso

Alguns insetos são capazes de fazer coisas bem bizarras para não morrer.

<head></head><body>Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120282-os-7-insetos-mais-surpreendentemente-irados-do-reino-animal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">insetos</a> estão entre os animais mais fascinantes e assustadores que conhecemos. Eles são famosos por terem uma imensa adaptabilidade: muitos deles foram capazes de desenvolver em seus corpos mecanismos de defesa que garantiram a sua sobrevivência ao longo de muitos séculos e até milênios.Neste texto, contamos o exemplo de 5 insetos que fizeram adaptações bem impressionantes em seus organismos.<h2>1. O fedor dos percevejos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/23/23180831222006.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Alguns percevejos — como o popular "fede-fede" ou "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125250-maria-fedida-4-fatos-curiosos-sobre-os-percevejos-fedorentos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">maria-fedida</a>" — soltam um cheiro bem ruim quando se sentem ameaçados. O odor é projetado justamente para defendê-los: tente tocar em um e provavelmente o cheiro grudará na sua mão.Mas este mecanismo não é exclusivo deles. Os gambás e alguns outros insetos também usam estratégias semelhantes. Mas os percevejos talvez sejam especiais porque desenvolveram uma espécie de "experiência coletiva", já que há muitas espécies desse inseto e a maior parte delas se defende dessa mesma forma.<h2>2. As formigas espalham veneno em seus filhotes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/23/23181728534008.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)As <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121468-6-coisas-incriveis-que-as-formigas-fazem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">formigas</a> são conhecidas por serem trabalhadoras e capazes de funcionar bem em equipe. Mas há outra característica delas que talvez você não conheça: elas limpam seus filhotes usando um veneno. Os biólogos acreditam que este comportamento sirva para evitar surtos de doenças — já que uma única formiga contaminada possivelmente destruiria um formigueiro inteiro.O comportamento é o seguinte: elas sugam o veneno das costas direto de um acidoporo (orifício presente no abdômen das formigas) e "cospe" essa substância em cima dos seus filhotes, para evitar que fungos se espalhem. Pode parecer meio nojento, mas dá certo.<h2>3. O mel é o "vômito" que garante a sobrevivência das abelhas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/23/23182050390012.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Talvez você já tenha ouvido alguma vez a frase de que o "mel é o vômito das abelhas". Isso é parcialmente verdade: o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124940-conheca-o-mel-mais-puro-do-mundo-feito-na-ilha-de-pascoa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mel</a> não vem do estômago das abelhas, mas sim de um órgão separado que regurgita a substância.Mas você sabe por que as abelhas produzem mel? E a resposta é: para sobreviverem. Isto porque o mel é um alimento que dura quase para sempre, já que ele não é uma substância favorável a ataque de bactérias. Por isso, nos meses em que as flores não estão disponíveis, as abelhas usam o mel armazenado durante o ano para poderem se alimentar e garantir que chegarão sãs e salvas na próxima estação.<h2>4. A lagarta que imita uma cobra</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/23/23182517427014.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Todos nós costumamos aprender, na infância, que não devemos tocar nas <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123461-como-uma-lagarta-se-transforma-em-borboleta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lagartas</a> porque elas são venenosas. E essa informação é importante porque este inseto costuma chamar bastante a atenção das crianças por causa de suas cores e linhas bem desenhadas.Mas o que nem todo mundo sabe é que a lagarta da mariposa-falcão tem uma razão incrível que explica seu "design": ela mimetiza a aparência e o comportamento de uma cobra venenosa.&nbsp;Isso envolve vários aspectos: ela pode apresentar uma variedade de cores, que vão do marrom ao verde e, quando é ameaçada, esta lagarta incha como se fosse uma víbora venenosa. O "disfarce" funciona bem e garante que ela sobreviva a ataques de pássaros e outros predadores.<h2>5. A fêmea do louva-a-deus come o macho depois do acasalamento</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/23/23183109193015.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)A fêmea do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109247-6-fatos-fascinantes-sobre-os-louva-a-deus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">louva-a-deus</a> tem um comportamento que pode ser considerado meio antissocial. Ela simplesmente devora o companheiro depois que ocorreu a cópula. Por mais cruel que possa parecer, esta é uma estratégia de sobrevivência.Estudos mostram que apenas metade dos machos sobrevive ao acasalamento. E as fêmeas que comeram esses machos não apenas puderam se alimentar do corpo deles, mas também colocaram uma quantidade bem maior de ovos do que a média.&nbsp;Isso levou os biólogos a concluírem que a nutrição obtida neste banquete bizarro não vai para a mãe, mas sim para a prole. Por isso, pois mais violento que pareça ser o comportamento, ele parece ser bem justificável em termos de sobrevivência da espécie. </body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:02.095Z

5 mecanismos estranhos que os insetos usam para sobreviver

Imagem de Por que os peixes do fundo do mar parecem alienígenas? no megacurioso

Presas gigantes, anatomia bizarra e luz própria fazem os peixes das profundezas parecerem ameaças vindas do espaço

<head></head><body>Se você já assistiu a Procurando Nemo ou gosta de documentários sobre vida selvagem, provavelmente vai se lembrar das estranhas criaturas que vivem no fundo dos oceanos. Lá embaixo, peixes com presas gigantes, luz própria e corpo esquisito se tornam cada vez mais comuns. Mas você sabe por que isso acontece?<h2>A estranha vida das profundezas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/20/20105704257108.png" alt="Peixe diabo-negro. (Fonte: BBC/Reprodução)">Peixe diabo-negro. (Fonte: BBC/Reprodução)O que chamamos de oceano profundo é tudo o que está a 200 metros de profundidade ou mais. A partir daí, a pressão se torna cada vez maior e a temperatura cada vez menor. A luz do sol não chega e, com condições tão extremas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121752-como-e-possivel-haver-vida-nas-profundezas-dos-oceanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">são poucos os seres vivos que conseguem sobreviver ali</a>.E é justamente essa somatória de fatores que faz com que os animais que habitam o oceano profundo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123921-as-10-criaturas-mais-bizarras-do-fundo-do-mar-encontradas-em-2022.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sejam tão peculiares</a>. Um exemplo bem conhecido é o peixe-diabo-negro (Melanocetus johnsonii), que aparece em Procurando Nemo e hipnotiza a personagem Dori com a luz que emite. Além das presas enormes, esse peixe emite uma luz na ponta de um apêndice que fica na sua cabeça. Ele utiliza a bioluminescência para atrair suas presas para perto e poder se alimentar com mais facilidade.Em um ambiente onde a luz do sol não chega, ter uma fonte de luz própria acabou se tornando bastante comum. Em 2017, a revista Nature publicou um estudo que diz que mais de 75% dos peixes de águas profundas possuem bioluminescência. Em vários casos ela serve para ajudar na caça, mas ela também pode ter outras finalidades. O peixe-pai-velho (Argyropelecus gigas), por exemplo, utiliza a luz para se camuflar de predadores. A sua “lanterna” pisca da mesma maneira que a luz ao seu redor — quando um predador com bioluminescência se aproxima, por exemplo —, fazendo com que seja mais difícil de encontrá-lo.<h2>Presas gigantes e anatomia bizarra</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/20/20110113140115.png" alt="Enguia-pelicano. (Fonte: Wikimedia Commons)">Enguia-pelicano. (Fonte: Wikimedia Commons)Mas não é apenas uma “lanterna” que faz os animais das profundezas do oceano parecerem ameaças alienígenas. O peixe-víbora (Chauliodus sloani) tem presas tão grandes que não consegue fechar a boca sem perfurar o cérebro. Já a enguia-pelicano (Eurypharynx pelecanoides) possui uma boca que, quando aberta, é maior que o seu próprio corpo.Todas essas características são resultados de como a evolução age em lugares extremos. Quando há pouco alimento disponível, nenhum ser vivo pode se dar o luxo de perder uma presa. Presas grandes e um corpo esquisito ajudam esses peixes a ter um maior sucesso na hora da caça.Mas ter que sobreviver em profundidades tão extremas também tem outra consequência. O corpo desses animais deve ser adaptado para aguentar uma pressão que pode ser mais de 100 vezes maior que na superfície. É o caso do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123474-7-curiosidades-sobre-o-peixe-bolha-o-animal-mais-feio-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peixe-bolha</a> (Psychrolutes marcidus), que vive em profundidades entre 600 e 1.200 metros. Sobreviver nesta pressão esmagadora tem um custo e o peixe-bolha adaptou-se com um corpo excepcionalmente flácido, sem depender de um esqueleto forte. A consequência é que se ele subir para a superfície, além de morrer, seu corpo murcha e ele se transforma em uma criatura gelatinosa com uma cara feia.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:01.766Z

Por que os peixes do fundo do mar parecem alienígenas?

Imagem de Chimpanzé e bonobo: quais semelhanças eles possuem com o ser humano? no megacurioso

Apesar de apresentar DNA bastante similar ao do ser humano, pesquisadores apontam que há diferentes tendências comportamentais entre as espécies

<head></head><body>Em meio à evolução das espécies, muitas características permanecem sendo comuns entre diferentes grupos, o que permite tanto estabelecer comparações, quanto especular sobre como determinados traços teriam sido transmitidos ao longo de bilhões de anos.E isso se torna especialmente verdadeiro quando paramos para pensar que existem dois símios africanos com um altíssimo nível de similaridade com o DNA humano, alcançando os 98,7%. Estamos falando do chimpanzé (Pan troglodytes), que ganhou fama justamente por isso, e também do bonobo (Pan paniscus), que teria alcançado o mesmo percentual.Entenda, agora, quais pontos são levantados por especialistas nesse tema e conheça um pouco mais sobre ambas as espécies.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/10/10001017714001.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Analisando as similaridades</h2>Nesse sentido, um estudo genético publicado na revista Nature em 2012 trouxe muitos dados importantes: o primeiro aponta que genoma humano está relacionado com o dos chimpanzés e bonobos em mais de 3%. Além disso, enquanto a diferenciação genética entre o homem e as outras duas espécies seria de 1,3%, entre chimpanzés e bonobos, esse valor seria de 0,4%.&nbsp;Fato é que, indo além da capacidade de resolver problemas mais complexos, e da própria anatomia, algumas das emoções e tendências comportamentais que vemos nestas outras espécies também se manifestam no ser humano.Nos chimpanzés, temos o humor, e mesmo uma significativa dose de competitividade, que em dados momentos se reflete na busca por hierarquia e domínio territorial. Inclusive, em contextos mais extremos, esses últimos elementos acabam se desdobrando em ações mais agressivas, como quando se unem para atacar outros grupos.Apesar de ser compreendido que por serem racionais, os homens são perfeitamente capazes de justificar seus atos, estudiosos ainda tentam delimitar o quanto das tendências seriam intrínsecas à espécie humana, e ainda quais traços teriam sido compartilhados entre um <a href="https://www.megacurioso.com.br/evolucao/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ancestral comum</a>. Como o próprio estudo aponta, nesse último cenário, se trataria de um mosaico bastante complexo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/12/12094553399059.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Conhecendo os bonobos</h2>Já entre os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111356-conheca-os-primatas-que-recebem-ajuda-materna-para-fazerem-mais-sexo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bonobos</a>, por outro lado, é o lado amistoso que mais chama a atenção, de modo que sejam apontados como animais com uma melhor capacidade de resolver conflitos, quando em comparação com os chimpanzés.Cientistas apontam que mesmo o comportamento sexual da espécie e a forma como interagem em contextos mais descontraídos chega a lembrar a maneira como os humanos estabelecem suas relações. Não se sabe, ainda, se eles teriam uma inteligência social superior.Inclusive, essa postura mais harmoniosa fez a espécie receber alguns apelidos, como a de "macacos feministas". O motivo para isso seriam determinadas dinâmicas observadas, como a de fêmeas liderarem grupos sem que os machos apresentem grande resistência.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/10/10001055051002.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Outro fato bastante interessante diz respeito à tendência dos bonobos compartilharem alimentos. Curiosamente, o mesmo padrão se mantém com animais que não pertençam ao próprio grupo, ou mesmo quando não há benefícios envolvidos na tarefa de ajudar outro bonobo a se alimentar, o que demonstra grande empatia e surpreende.Com isso, observar os animais pode até levantar a questão sobre qual espécie, afinal, estaria mais próxima dos humanos. Talvez seja cedo para apontar que qualquer semelhança seja suficiente para justificar determinados comportamentos, já que mesmo sendo expressivas, elas não explicam sobre a forma como os homens agem, pensam e se relacionam.Mas ainda assim, entender melhor sobre o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119260-ham-o-chimpanze-da-nasa-que-foi-o-1-primata-no-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">chimpanzé</a> e o bonobo não deixa de ser uma forma bastante efetiva de demonstrar o quanto o mundo animal é bastante complexo — talvez muito mais do que aparenta ser —, o que pode ser usado para tornar o olhar humano mais atento e empático.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:00.922Z

Chimpanzé e bonobo: quais semelhanças eles possuem com o ser humano?

Imagem de Por que nem todo macaco não se transformou em humano na evolução? no megacurioso

O processo evolutivo mostra que humanos e macacos compartilham um ancestral em comum, responsável pelo surgimento dos primatas no nosso planeta

<head></head><body>E se eu te disser que somos todos parte de uma grande família de primatas? Note bem que eu falei "primatas" e não "macacos". Quando falamos sobre evolução e a coexistência de humanos e macacos, a resposta não é tão simples quanto se imagina.&nbsp;Pense na evolução como um quebra-cabeça gigante. Nós, seres humanos, não somos descendentes diretos dos macacos que conhecemos hoje, como chimpanzés, gorilas e orangotangos. Na verdade, somos primos distantes deles. Nossa história está entrelaçada com a deles desde um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125495-lucy-a-ancestral-de-3-2-milhoes-de-anos-andava-ereta-e-tinha-pernas-capazes-de-escalar-arvores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ancestral</a> comum que viveu há milhões de anos.<h2 style="text-align: justify;">A árvore da vida</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/09/09122617762003.jpg" alt="Humanos e chimpanzés compartilham mais de 98% do mapa genético. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Humanos e chimpanzés compartilham mais de 98% do mapa genético. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Esqueça aquela imagem clássica da evolução que começa com um primata primitivo curvado e termina com um Homo sapiens ereto. A melhor maneira de entender as divisões que ocorrem durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/125111-5-ideias-erradas-que-temos-sobre-a-evolucao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">evolução das espécies</a> é visualizar em clados — uma forma de agrupar ancestrais em comum —, algo que se parece uma árvore, com seus múltiplos galhos.&nbsp;Imagine que, em algum ponto desse emaranhado de galhos, houve um ancestral que deu origem tanto aos humanos quanto aos macacos atuais. Esse ancestral foi se transformando lentamente ao longo do tempo, adaptando-se às pressões do ambiente e gerando diferentes espécies ao longo do caminho.Por mais que os pesquisadores não tenham encontrado o fóssil desse ancestral comum, sua existência é dada como certa, já que exames de DNA revelaram que compartilhamos impressionantes 98,8% de nosso material genético com os chimpanzés, nossos parentes mais próximos nessa árvore evolutiva.Os chipanzés são nossos irmãos de evolução, com os quais compartilhamos um ancestral comum há cerca de 6 milhões de anos. Já os chimpanzés também têm seus próprios irmãos, os bonobos, com quem compartilham um ancestral que divergiu há aproximadamente um milhão de anos. Ou seja, todos têm alguma conexão evolutiva durante os milhões de anos que os separaram.<h2 style="text-align: justify;">Somos todos primatas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/09/09122853693004.jpg" alt="Somos todos primatas. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Somos todos primatas. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Sim, somos todos primatas. Podemos dizer também que somos macacos se usarmos o termo "macaco" de forma ampla, englobando todas as espécies de primatas. Mas, quando nos referimos a nós mesmos como macacos, é importante especificar que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118054-10-partes-do-corpo-que-os-humanos-perderam-durante-a-evolucao.htm#:~:text=Caudas&amp;text=Os%20humanos%20modernos%20desenvolvem%20caudas,a%20andar%20sobre%20duas%20pernas." rel="noopener noreferrer" target="_blank">não possuímos mais cauda</a>, o que nos diferencia de outros primatas.Mesmo que tenhamos perdido algumas características ao longo do tempo, nosso DNA nos mostra nossa ancestralidade. Um estudo de 2012 publicado na revista Nature demonstrou que humanos e bonobos dividem 98,7% do mesmo mapa genético. Ou seja, somos praticamente irmãos.A evolução é uma dança complexa, que envolve tempo, adaptação e diversificação. Os macacos que conhecemos hoje não são nossos ancestrais diretos, mas compartilhamos uma história em comum. Somos parte dessa grande família de primatas — ou macacos —, conectados por elos evolutivos de milhões de anos, cheios de curiosidades e mistérios.&nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:00.466Z

Por que nem todo macaco não se transformou em humano na evolução?

Imagem de Revelando o 'Hobbit': arqueólogos recriam rosto de antigo Homo Floresiensis no megacurioso

Conheça o Homo Floresiensis, nosso 'Hobbit' ancestral

<head></head><body>Em 2003, arqueólogos descobriram restos esqueléticos semelhantes aos humanos em uma caverna na Indonésia. Uma análise mais detalhada revelou que o indivíduo possuía uma cabeça anormalmente pequena e uma estatura baixa, com apenas 1,06 metros de altura.Os pesquisadores classificaram o indivíduo como Homo floresiensis, uma ramificação menor do Homo erectus, um ancestral extinto dos seres humanos. Porém, devido às suas características, o corpo foi apelidado de "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121894-hobbit-humano-ancestral-pode-estar-vivendo-na-indonesia-diz-antropologo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hobbit</a>", que são criaturas fictícias do universo de O Senhor dos Anéis conhecidas por serem pequenas.<h2>Reconstruindo o rosto do 'Hobbit'</h2><iframe src="https://www.youtube.com/embed/lLUV6MCl8sQ" title="YouTube video player" allowfullscreen="" width="560" height="315" frameborder="0"></iframe>Agora, uma nova aproximação facial oferece uma visão de como esse ser pode ter se parecido quando vivia na ilha indonésia de Flores, há aproximadamente 18 mil anos.&nbsp;Para concretizar tais reconstruções, peritos forenses frequentemente aplicam um mix de varreduras do osso cepálico singular e pontos de informação recolhidos de ossos cranianos de doadores. Contudo, como o espécime pertence à espécie H. floresiensis e não a um Homo sapiens contemporâneo, a variedade de estruturas comparáveis para seleção é limitada.&nbsp;Os cientistas, então, compararam tomografias computadorizadas do espécime com digitalizações de um crânio masculino de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125495-lucy-a-ancestral-de-3-2-milhoes-de-anos-andava-ereta-e-tinha-pernas-capazes-de-escalar-arvores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Homo sapiens</a> e de um chimpanzé. "Nós deformamos ambos para adaptá-los à estrutura do crânio de H. floresiensis e interpolamos os dados para ter uma ideia de como o rosto do hobbit poderia parecer", disse o co-pesquisador do estudo e especialista gráfico brasileiro, Cícero Moraes, ao Live Science.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/04/04020437385001.jpg" alt="O &quot;hobbit&quot; do mundo real com certeza difere muito daqueles que vimos nos filmes. (Fonte: Warner Bros./Reprodução)">O "hobbit" do mundo real com certeza difere muito daqueles que vimos nos filmes. (Fonte: Warner Bros./Reprodução)Os estudiosos criaram duas aproximações faciais finais. A primeira é uma imagem neutra em preto e branco de um indivíduo semelhante a um macaco, e a segunda é uma versão mais estilizada com pelos faciais.&nbsp;"Falando de forma geral, o H. floresiensis provavelmente tinha um nariz menos saliente do que os homens modernos, a região da boca era um pouco mais projetada que a nossa e o volume do cérebro era significativamente menor. A aparência final nos surpreendeu muito, porque ao olhar para o rosto, podemos ver uma série de compatibilidades com os homens modernos, mas não o suficiente para considerá-la como um do grupo", disse Moraes.<h2>Uma Ferramenta para a compreensão pública</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/04/04020018516000.jpg" alt="(Fonte: Cícero Moraes/Reprodução)">(Fonte: Cícero Moraes/Reprodução)Gregory Forth, professor aposentado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124203-como-era-a-fala-dos-seres-humanos-na-idade-da-pedra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antropologia</a> da Universidade de Alberta, que não esteve envolvido na nova pesquisa, acredita que a aproximação facial é uma boa maneira de ajudar o público a entender melhor um parente humano antigo.&nbsp;"Eles não apenas fornecem um método para criar imagens mais realistas do hominídeo morfologicamente primitivo para envolver o público em geral; como potencialmente revelam novas informações sobre a espécie e sua relação com outros hominídeos", disse Forth ao Live Science.A descoberta e reconstrução do rosto do "hobbit" nos oferece uma visão fascinante de um parente humano extinto. Através da combinação de técnicas modernas de digitalização e interpretação de dados, os pesquisadores foram capazes de "reviver" um ser que viveu há milhares de anos.&nbsp;Embora a aparência final possa ter nos surpreendido, ela nos lembra que a evolução humana é um caminho complexo e diversificado, cheio de ramificações e espécies que não sobreviveram até os dias atuais. A pesquisa sobre o Homo floresiensis&nbsp;continua, com a esperança de que possamos aprender ainda mais sobre nossa própria história e evolução.</body>

Evolução

Novidades