Imagem de Osso de 1,45 milhão de anos pode comprovar canibalismo primitivo no megacurioso

O pedaço de tíbia de um hominídeo contém marcas de corte supostamente feitas por ferramentas de pedra

<head></head><body>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120747-5-coisas-que-voce-provavelmente-nao-sabia-sobre-canibalismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">prática do canibalismo</a> pode ser mais antiga do que se imaginava, de acordo com um novo estudo publicado na revista Scientific Reports no final de junho. Para chegar a esta conclusão, foi examinado um osso de 1,45 milhão de anos, pertencente a um hominídeo.Essa tíbia fossilizada, analisada por pesquisadores do Museu Nacional de História Natural da Instituição Smithsoniana, nos Estados Unidos, foi encontrada em Turkana, no Quênia, em 1970. Ela&nbsp;contém marcas de cortes que podem se tornar as evidências mais antigas de ancestrais humanos comendo uns aos outros.No pedaço da canela esquerda de um parente desconhecido do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118948-homo-sapiens-como-chegamos-ate-aqui.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Homo sapiens</a>, há nove marcas orientadas na mesma direção, na área em que o músculo da panturrilha se liga ao osso, além de mais duas. Tais características podem indicar uma metodologia para remover carne.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/07/07102525050060.jpg" alt="(Fonte: Scientific Reports/Divulgação)">(Fonte: Scientific Reports/Divulgação)As marcas foram comparadas a outras incluídas em um banco de dados com registros de quase 900 ossos, dentes e cortes, utilizados como referência em investigações. O estudo encontrou correspondências entre os danos causados por cortes feitos usando ferramentas de pedra em nove delas, enquanto as duas restantes representavam mordidas de um grande felino, possivelmente.<h2>Dúvidas</h2>Embora haja evidências de que o canibalismo envolvendo o primata ao qual este osso de 1,45 milhão de anos pertencia tenha ocorrido, as marcas de corte, por si só, não comprovam a prática. Ou seja, não é possível afirmar que quem arrancou a carne a utilizou como refeição.Mas para a paleoantropóloga Briana Pobiner, o cenário do canibalismo é o mais provável. “Essas marcas de corte se parecem muito com o que vi em fósseis de animais que estavam sendo processados para consumo”, observou a especialista em evolução da dieta humana, em comunicado.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/07/07102816080067.jpg" alt="(Fonte: Scientific Reports/Divulgação)">(Fonte: Scientific Reports/Divulgação)A coautora do estudo explicou ainda que a espécie capaz de manipular a pedra como ferramenta possivelmente usou a carne do hominídeo apenas para se alimentar e não em rituais. Também não se sabe se este “açougueiro pré-histórico” é mesmo o responsável pela morte do dono da tíbia.Não se descarta a possibilidade de a vítima ter sido atacada primeiro por um felino, como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124736-5-projetos-ambiciosos-para-ressuscitar-animais-extintos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tigre dente-de-sabre</a> ou outra espécie já extinta. Neste caso, o hominídeo canibal teria se deparado com os restos mortais posteriormente e aproveitado a oportunidade para saciar sua fome.<h2>Prática comum?</h2>Considerado um tabu na modernidade, o canibalismo entre humanos (<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120690-qual-e-a-diferenca-entre-canibal-e-antropofago.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antropofagia</a>) pode ter sido comum no passado. Segundo a antropóloga do Museu de História Natural de Londres, Silvia Bello, marcas como as achadas neste osso nem sempre são visíveis, além da chance de os corpos terem sido totalmente devorados.Ela também acredita que a prática de se alimentar de outros indivíduos da mesma espécie possa ter se tornado mais do que uma refeição há cerca de 100 mil anos, com o desenvolvimento dos rituais funerários.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:00.186Z

Osso de 1,45 milhão de anos pode comprovar canibalismo primitivo

Imagem de 6 descobertas que mudam muito do que sabemos sobre o passado da humanidade no megacurioso

Saiba mais sobre o estudo publicado por pesquisadora que aponta diversas novidades interessantes sobre o passado do ser humano 

<head></head><body>O <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120858-os-6-piores-anos-para-se-viver-na-historia-da-humanidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">passado da humanidade</a> é algo que nos fascina há várias gerações. Ao longo de séculos, historiadores vêm pesquisando, aprendendo e descobrindo cada vez mais sobre como viviam nossos antepassados. Agora, um novo estudo aponta diversas novidades interessantes sobre o passado do ser humano.No livro Hidden Depths: The Origins of Human Connection ("profundidades ocultas: as origens das conexões humanas", em tradução livre), Penny Spikins aponta uma porção de novidades sobre nosso passado descobertas nos últimos cinco anos.&nbsp;<h2>Ser humano: muito além do Homo sapiens</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/06/06112950600566.jpg" alt="A evolução humana pode ter sido mais complexa e diversa do que imaginávamos">A evolução humana pode ter sido mais complexa e diversa do que imaginávamosSpikins, que é professora de arqueologia de origens humanas da Universidade de York, destacou em uma publicação no site The Conversation seis descobertas que se destacaram entre as demais. Segundo ela, estes pontos nos ajudam a compreender melhor o passado dos&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122402-nossos-primeiros-ancestrais-podem-ser-ate-1-milhao-de-anos-mais-velhos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nossos ancestrais</a>, até hoje tidos vastamente como simplesmente pessoas peludas e de inteligência muito limitada.<h3>1. Existiram diversas espécies humanas diferentes</h3>Quando se pensa no passado da humanidade, nossa mente vai montando uma linha evolutiva bem retinha, partindo do macaco, passando por versões primitivas do ser humano até chegar no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118948-homo-sapiens-como-chegamos-ate-aqui.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Homo sapiens</a>. Em seguida, vem o Homo sapiens sapiens — ou, em outras palavras, o homem moderno.Porém, segundo o livro publicado pela professora Spikins, existiram pelo menos 21 espécies humanas diferentes no passado. Além dos neandertais — que não apenas criaram a arte simbólica como podem ter tido adaptações biológicas que incluíam a hibernação — e os denisovanos, ela cita por exemplo o Homo longi, espécie identificada há poucos anos, em 2018.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/06/06113121720567.jpg" alt="Além da arte simbólica, o neandertal pode ter tido adaptações biológicas que incluíam a hibernação">Além da arte simbólica, o neandertal pode ter tido adaptações biológicas que incluíam a hibernaçãoJá o Homo naledi, segundo a autora, eram seres humanos baixos, com menos de 1,50 m de altura, e tinham cérebros pequenos. Porém, mesmo com cérebro menor do que o de um chimpanzé, eram esta espécie humana era culturalmente complexa.<h3>2. Humanos híbridos eram mais comuns do que o que pensávamos</h3>A ideia de diferentes espécies humanas se relacionando sexualmente e gerando filhos e filhas híbridos pode parecer estranha e até improvável em um primeiro momento, mas a coisa parece ter sido bem diferente do que o que imaginávamos até então. Uma prova disto é Denny, a ossada de uma jovem menina encontrada em uma caverna na Sibéria. Análises de seu DNA mostraram que a criança era filha de mãe neandertal e pai denisovano, comprovando a existência de humanos híbridos no passado.As evidências vão ainda mais longe — ou mais perto — quando analisamos o nosso próprio DNA, que carrega&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115533-humanos-de-hoje-tem-dna-de-neandertais-e-de-ancestral-desconhecido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">genes herdados dos neandertais</a>, e não apenas do Homo sapiens.<h3>3. A "sorte" teve papel fundamental na nossa evolução</h3>Spikins explica que, embora em muitos casos a evolução das espécies se dê de forma a adaptá-la às condições do mundo ao seu redor, nem sempre este é o caso. Nos humanos, por exemplo, diversas características físicas e genéticas podem ser mero fruto do acaso. Até mesmo os traços físicos dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/106948-por-que-os-neandertais-tinham-um-rosto-tao-diferente-do-nosso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neandertais, de fisionomia bruta</a>, não necessariamente se tratavam de características físicas causadas por necessidades para a evolução da espécie.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/06/06115914208592.jpg" alt="Características físicas mais brutas do neandertal podem ter sido obra do acaso, e não necessariamente para garantir vantagens evolutivas">Características físicas mais brutas do neandertal podem ter sido obra do acaso, e não necessariamente para garantir vantagens evolutivasSegundo o estudo publicado pela professora, certas características de uma espécie podem ser passadas adiante sem necessariamente servirem como uma vantagem evolutiva. Em alguns casos, pode ser até mesmo uma desvantagem, como a predisposição para casos de depressão ou esquizofrenia, por exemplo.<h3>4. Importante vínculo com a natureza</h3>Se estamos aqui hoje, eu escrevendo e você lendo, é porque assim ditou a natureza. Spikins explica que nossa existência é correlacionada a eventos naturais, como mudanças climáticas, que no passado extinguiram outras espécies humanas, mas não afetaram tão significativamente o Homo sapiens.Há 42 mil anos, por exemplo, o campo magnético da Terra foi interrompido temporariamente no evento conhecido como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117798-o-que-e-a-inversao-dos-polos-magneticos-da-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Laschamp</a>. Com isso, os neandertais sofreram as consequências das mudanças no planeta e foram levados à extinção.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/06/06120015994595.jpg" alt="Os neandertais foram levados à extinção após evento que interrompeu temporariamente o campo magnético da Terra">Os neandertais foram levados à extinção após evento que interrompeu temporariamente o campo magnético da TerraOutras espécies, como o Homo erectus e o Homo heidelbergensis, também tiveram seus dias encerrados em consequência de alterações naturais.<h3>5. Ser gentil contribuiu com a evolução da nossa espécie</h3>Você já deve ter ouvido hoje em dia que <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/104532-mais-9-cenas-impactantes-que-descrevem-o-sentido-de-empatia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gentileza gera gentileza</a>, mas saiba que esta máxima também valia lá atrás, milhares de anos no passado. Por mais que muitos historiadores apontem que a violência tenha sido um importante fator para a evolução humana, novas descobertas apontam que ser gentil com o próximo pode ter contribuído bastante para a sobrevivência da nossa espécie.A professora aponta, por exemplo, a descoberta de esqueletos com sinais sobrevivência após lesões e doenças, algo que não aconteceria naturalmente, sem a ajuda de terceiros com conhecimentos básicos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medicina</a>. Cuidar dos companheiros feridos e dos membros mais velhos do grupo garantia não apenas mais mãos para caçar, mas também mais conhecimento e sabedoria a serem passados para as gerações seguintes.&nbsp;<h3>6. Humanos são sensíveis por natureza</h3>Conforme fomos evoluindo, nossa espécie foi se tornando mais e mais sociável. E a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123276-a-sociedade-se-tornou-menos-empatica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vida em sociedade</a> veio com um custo: a necessidade da convivência com o próximo. Com isso, o ser humano se tornou mais sensível não apenas aos próprios sentimentos, mas também aos daqueles à sua volta.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/06/06122735494611.jpg" alt="A necessidade de viver em grupo nos tornou mais sociáveis e muito mais sensíveis aos nossos sentimentos e aos das pessoas ao nosso redor">A necessidade de viver em grupo nos tornou mais sociáveis e muito mais sensíveis aos nossos sentimentos e aos das pessoas ao nosso redorDiferente de nossos antepassados, hoje somos muito dependentes da vida em grupo. Precisamos pertencer, conviver, compartilhar, coexistir. Precisamos nos encaixar, ser aceitos e apreciados. E na esteira disto tudo vem uma imensa&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120104-por-que-nos-choramos-entenda-a-ciencia-por-tras-do-choro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vulnerabilidade emocional</a>, que nas palavras da professora Spikins, nos deixa "mais propensos a distúrbios emocionais, solidão e depressão que nossos antepassados".<h2>O que vem adiante</h2>Por mais que muito do que foi dito acima possa parecer ruim, a coisa na verdade é bem diferente: conviver em sociedade, mesmo com suas desvantagens no campo emocional, também oferece vantagens à humanidade. O individualismo, ainda muito presente em nossa sociedade atual, e a ideia de que somos superiores a todas as demais espécies, por outro lado, não tem nos levado em uma direção exatamente das melhores.Como aponta a autora, pode até não ser muito agradável conviver com nossos sentimentos complexos, mas eles são de grande importância na criação de nossas comunidades, hoje grandes e conectadas. "Nossas emoções são essenciais para as colaborações humanas," afirma a Spikins, que finaliza dizendo que o "passado indica que o nosso futuro não será melhor, a menos que façamos alguma coisa a respeito."</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:00.072Z

6 descobertas que mudam muito do que sabemos sobre o passado da humanidade

Imagem de Cabelos cacheados ajudaram na evolução humana, revela estudo no megacurioso

Mais que um simples estilo, cachos podem ter ajudado a proteger o cérebro humano das radiações solares ao longo do tempo

<head></head><body>Cabelos existem <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/45403-10-curiosidades-muito-interessantes-sobre-cabelos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nos mais diversos estilos e formatos</a>, funcionando literalmente como uma forma de identidade para muitas pessoas. Entretanto, em um determinado momento da evolução humana, uma das variedades funcionou com uma vantagem evolutiva: os cabelos cacheados.Essa comprovação ganhou a atenção do mundo após a publicação de um estudo divulgado na revista&nbsp;Proceedings of the National Academy of Sciences, onde foi mencionado que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125011-cabelos-de-3-mil-anos-revelam-uso-de-alucinogenos-na-idade-do-bronze.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cabelos</a> cacheados podem ter ajudado nossos ancestrais a evitar que seus cérebros acabassem superaquecendo por conta dos raios solares."O cérebro é um órgão grande e muito sensível ao calor, e que também gera muito calor. Portanto, concluímos que, evolutivamente, isso poderia ser importante, especialmente em um período em que o tamanho do cérebro da nossa espécie cresceu", comentou Tina Lasisi, pesquisadora de pós-doutorado em antropologia biológica na Universidade Estadual da Pensilvânia, dos Estados Unidos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/26/26234440919018.jpg" alt="Cabelos cacheados foram um marco importante na evolução humana. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Cabelos cacheados foram um marco importante na evolução humana. (Fonte: GettyImages/Reprodução)<h2>Comprovação por meio de estudo</h2>Para comprovar essa teoria, Lasisi e seus colegas fizeram uma experiência utilizando um "manequim térmico" com perucas de estilos diferentes para compreender como os cabelos cacheados podem ter auxiliado nossos ancestrais no processo evolutivo.O manequim em questão foi aquecido à temperatura corporal de 35 graus e depois colocado numa câmara climatizada com um túnel de vento, o que ajudou os pesquisadores a entender a quantidade de calor transferida entre a pele e o ambiente.No próximo passo, o time usou três perucas feitas de cabelo humano preto, sendo uma lisa, uma moderadamente cacheada e outra predominantemente encaracolada, além de considerar uma cabeça "careca". A cada peruca testada, eles puderem observar elementos como a perda de calor em diferentes modalidades de vento após molhar os fios de cabelo.<blockquote class="twitter-tweet">4/8 We ran a series of experiments involving a thermal manikin that looked more like a prop from a sci-fi movie than a research tool (plugs that go into the eye sockets were certainly a *choice* ??). This is Newton: <a href="https://t.co/CCGHB4KTJG">pic.twitter.com/CCGHB4KTJG</a>— Tina Lasisi, PhD (@TinaLasisi) <a href="https://twitter.com/TinaLasisi/status/1667171499508129793?ref_src=twsrc%5Etfw">June 9, 2023</a></blockquote>Após utilizar a água para simular a transpiração do corpo humano, foi criado um modelo de perda de calor para simular condições da África equatorial (ponto em que provavelmente os primeiros hominídeos evoluíram) e detectar que, das três possibilidades, a peruca com cabelos cacheados ofereceu mais proteção e diminuiu a necessidade de suar.<ul><li>Veja também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124937-5-coisas-que-o-cabelo-nos-ensinou-sobre-figuras-historicas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 coisas que o cabelo nos ensinou sobre figuras históricas</a></li></ul>"O cabelo do couro cabeludo é um possível mecanismo passivo que nos poupa do custo fisiológico da transpiração. Ela não é gratuita, você perde água e eletrólitos. E, para nossos ancestrais hominídeos, isso pode ter sido importante", continuou a pesquisadora. <h2>Seleção natural</h2>Outro ponto indicado pelo estudo é que, apesar de os manequins não serem o modelo que adapta de maneira eficaz a fisiologia humana, outros estudos baseados em modelos próximos a esse podem ajudar a entender quando os diferentes tipos de cabelo evoluíram e os motivos que levaram a isso."Talvez, quando tivemos esses cérebros maiores, também tivemos todas essas adaptações culturais para evitar o superaquecimento, como melhores fontes de água. E, nesse momento, talvez não houvesse tanta pressão seletiva para os cabelos cacheados", concluiu Lasisi.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:59.274Z

Cabelos cacheados ajudaram na evolução humana, revela estudo

Imagem de Lucy, a ancestral de 3,2 milhões de anos, andava ereta e tinha pernas capazes de escalar árvores no megacurioso

Estudo indica que a espécie à qual ela pertencia conseguia esticar as articulações dos joelhos, estender os quadris e ficar ereta 

Podemos ter s&oacute; 47 ossos do total de 207 que faziam parte do esqueleto dessa figura incr&iacute;vel chamada Lucy, o Australopithecus afarensi&nbsp;de 3,18 milh&otilde;es de anos. Mas, esses ossos j&aacute; renderam descobertas incr&iacute;veis &mdash; e at&eacute; algumas pol&ecirc;micas &mdash; que ajudaram a entender a evolu&ccedil;&atilde;o humana. A &uacute;ltima delas, inclusive, veio direto da Universidade de Cambridge!&nbsp;
Recentemente, a pesquisadora Ashleigh Wiseman&nbsp;criou uma vers&atilde;o digital em 3D do tecido macio de nossa ancestral. Ao recriar os m&uacute;sculos da perna e da pelve, as imagens confirmam a teoria de que esse homin&iacute;deo, al&eacute;m de adorar escalar em &aacute;rvores, andava de p&eacute;! Continue a leitura e descubra mais sobre o novo segredo revelado da "vov&oacute;" Lucy!
<h2>Como foi feita a descoberta?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/20/20001515200000.jpg" alt="(Fonte: University of Texas at Austin via AP/AP Photo/Pat Sullivan/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: University of Texas at Austin/AP Photo/Pat Sullivan/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Come&ccedil;ando com resson&acirc;ncias magn&eacute;ticas e tomografias computadorizadas de humanos para descobrir como os m&uacute;sculos funcionavam, Wiseman embarcou em uma aventura virtual reconstruindo os ossos e articula&ccedil;&otilde;es de Lucy. E, para juntar todas as pe&ccedil;as do quebra-cabe&ccedil;a, ela investigou at&eacute; mesmo as marcas musculares nos ossos.
O modelo resultante revelou que a nossa "parente" mais antiga tinha habilidades incr&iacute;veis: conseguia andar de forma ereta, e suas pernas eram t&atilde;o musculosas que garantiam uma total adapta&ccedil;&atilde;o ao estilo de vida meio-terrestre, meio-arb&oacute;reo. Os pesquisadores acreditam que toda essa for&ccedil;a nas pernas &mdash; representando 74% do peso total, enquanto n&oacute;s, humanos, temos apenas 50% &mdash; permitia que o&nbsp;Australopithecus afarensis explorasse tanto a terra firme quanto as &aacute;rvores. Uma verdadeira aventureira do mundo animal!
Para Wiseman, a habilidade de Lucy de andar ereta s&oacute; poderia ser desvendada reconstruindo o caminho e o espa&ccedil;o que um m&uacute;sculo ocupa dentro do corpo. "Atualmente, somos os &uacute;nicos animais que conseguem ficar de p&eacute; com os joelhos retos. Os m&uacute;sculos de Lucy indicam que ela era t&atilde;o boa no bipedalismo quanto n&oacute;s, e talvez tamb&eacute;m se sentisse em casa nas &aacute;rvores. Lucy provavelmente caminhava e se movia de um jeito que n&atilde;o vemos em nenhuma esp&eacute;cie viva hoje", explica a arque&oacute;loga em nota oficial.
<h2>A hist&oacute;ria de Lucy</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/20/20002410249001.jpg" alt="(Fonte: Carlos Lorenzo/Flickr)" />(Fonte: Carlos Lorenzo/Flickr)
Em 1974, o paleoantrop&oacute;logo norte-americano Donald Johanson encontrou os ossos de Lucy em Hadar, na Eti&oacute;pia. Inicialmente, os pesquisadores acreditavam que ela pertencia ao g&ecirc;nero <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124815-pesquisadores-brasileiros-recriam-rosto-de-homem-que-viveu-ha-30-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Homo</a>. Por&eacute;m, quatro anos depois, a esp&eacute;cie recebeu a sua pr&oacute;pria classifica&ccedil;&atilde;o como AL 288-1. Desde ent&atilde;o, os pesquisadores conseguiram juntar as pe&ccedil;as e descobriram que o Australopithecus afarensis, uma esp&eacute;cie incrivelmente bem-sucedida, viveu por cerca de 900 mil anos, entre 3,9 e 2,8 milh&otilde;es de anos atr&aacute;s.
Batizada em homenagem &agrave; m&uacute;sica Lucy In the Sky with Diamonds, dos Beatles, an&aacute;lises &oacute;sseas revelaram que Lucy provavelmente era uma jovem adulta, gra&ccedil;as a um dente do siso nascendo e alguns ossos se fundindo. E olha s&oacute; &mdash; ela tinha por volta de 1,5 metro de altura!
<h2 style="text-align: justify;">Ficando em p&eacute;&nbsp;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/20/20153714416293.jpg" alt="(Fonte: Andrew Bardwell/Wikimedia Commons)" />(Fonte: Andrew Bardwell/Wikimedia Commons)
Apesar de muitos debates sobre como ela caminhava, esse novo estudo revela detalhes das articula&ccedil;&otilde;es dos joelhos e dos m&uacute;sculos que fortalecem a teoria mais popular: Lucy andava em p&eacute; &mdash; nada de se arrastar ou caminhar apoiada nas m&atilde;os &mdash;, e ainda tinha habilidades f&iacute;sicas para se aventurar nas &aacute;rvores. "O Australopithecus afarensis provavelmente explorava &aacute;reas de florestas abertas e matagais na &Aacute;frica Oriental h&aacute; uns tr&ecirc;s ou quatro milh&otilde;es de anos", conta Wiseman.&nbsp;
Al&eacute;m de descobrir a idade dos f&oacute;sseis, agora tamb&eacute;m podemos investigar os movimentos espec&iacute;ficos desses antigos seres humanos. Isso nos d&aacute; um panorama completo de como, tr&ecirc;s milh&otilde;es de anos depois, n&oacute;s, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125354-arqueologos-acham-as-mais-antigas-pegadas-de-homo-sapiens-na-africa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Homo sapiens</a>, aparecemos e conquistamos o mundo. E assim, seguimos desvendando os mist&eacute;rios do passado e entendendo cada vez melhor como nos tornamos os seres humanos que somos hoje. A evolu&ccedil;&atilde;o &eacute; realmente uma hist&oacute;ria incr&iacute;vel!

thumb-image-2024-02-29T14:06:58.148Z

Lucy, a ancestral de 3,2 milhões de anos, andava ereta e tinha pernas capazes de escalar árvores

Imagem de Cientistas têm nova hipótese sobre origem dos humanos: uma avançada miscigenação no megacurioso

Pesquisadores acreditam que o Homo sapiens é o fruto de uma grande mistura de outras espécies de hominídeos

<head></head><body>A origem da espécie humana segue sendo um mistério. A hipótese científica mais aceita é a de que o Homo sapiens tenha surgido no continente africano,&nbsp;fruto da evolução natural de uma única espécie ancestral de hominídeo. Contudo, novas pesquisas incluem peças nesse quebra-cabeça que ainda não existiam, como a existência de outras populações de hominídeos na origem dos primeiros humanos.Novas hipóteses sugerem que o Homo sapiens teria surgido do cruzamento de várias espécies ancestrais, como criaturas semelhantes aos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109045-conheca-7-fatos-surpreendentes-sobre-os-neandertais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">homens de neandertal,</a> que habitavam o hemisfério norte. Assim, teria acontecido no continente africano um processo de miscigenação semelhante ao que ocorreu na Eurásia.<h2>Somos resultado de uma grande miscigenação?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/13/13122609476167.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesBrenna Henn, geneticista populacional do Departamento de Antropologia e do Centro de Genoma da Universidade da Califórnia em Davis e coautora principal da pesquisa explicou o tema em entrevista à revista da Universidade McGill: "Em diferentes épocas, as pessoas que adotaram o modelo clássico de uma única origem para o Homo sapiens sugeriram que os humanos surgiram pela primeira vez na África Oriental ou Austral"."Mas tem sido difícil reconciliar essas teorias com os registros fósseis e arqueológicos limitados da ocupação humana de locais tão distantes quanto Marrocos, Etiópia e África do Sul, que mostram que o Homo sapiens foi encontrado vivendo em todo o continente desde pelo menos 300 mil anos atrás", explicou Henn.Sendo assim, tanto a ocupação do continente pela espécie quanto suas origens podem ser diferentes das hipóteses mais aceitas atualmente.<h2>Algoritmos computacionais têm ajudado cientistas a entenderem o passado</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/13/13122652265168.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesO professor associado do Departamento de Genética Humana na Universidade McGill e coautor sênior do artigo Simon Gravel explica que sua equipe tem usado algoritmos para calcular e analisar diferentes cenários possíveis para o surgimento da espécie humana no continente africano: "Usamos um novo algoritmo para testar rapidamente centenas de cenários possíveis. Aqueles com fluxo gênico entre populações em várias partes do continente ao longo de centenas de milhares de anos forneceram uma explicação muito melhor da variação genética que vemos hoje".Ele concluiu: "Escrevemos esse algoritmo para entender como o risco de doenças genéticas varia entre as populações e isso nos levou a um mergulho profundo nas origens humanas. Tem sido muito divertido unir a pesquisa aplicada e fundamental dessa maneira".Dessa forma, os cientistas analisaram dados genéticos de diversos grupos que já haviam sido catalogados, como os nama (coissãs da África do Sul); os mende (da Serra Leoa); os gumuz (descendentes recentes de um grupo de caçadores-coletores da Etiópia); e os amhara e oromo (agricultores da África oriental). A esses grupos de análise também foi incluído material genético de hominídeos da Eurásia para identificar possíveis interações entre os hominídeos da antiguidade.Até agora, não há uma conclusão do estudo. O que se sabe é que há uma nova linha de investigação sobre a origem da humanidade na Terra. Nela, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/107127-fosseis-de-pegadas-indicam-que-homens-cacavam-preguicas-gigantes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Homo sapiens</a> seria o resultado do cruzamento de hominídeos que já foram extintos — e, talvez, a população de Homo sapiens só tenha prosperado graças a essa grande herança genética, que ainda pode estar em nosso DNA.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:58.471Z

Cientistas têm nova hipótese sobre origem dos humanos: uma avançada miscigenação

Imagem de As "falhas" do corpo humano que mostram que ele não foi tão bem projetado assim no megacurioso

Se pararmos para pensar, o corpo humano poderia ser atualizado com melhorias que salvariam nossas vidas

<head></head><body>Em muitas matérias aqui do Mega Curioso, nós exaltamos as façanhas do corpo humano e suas capacidades incríveis de se adaptar e se regenerar. Mas isso não quer dizer que não reconheçamos que nossos frágeis corpos tenham sérios problemas de design.Se o corpo humano tivesse sido criado por um projetista profissional, é muito provável que ele não fosse como o conhecemos, pois, sim, nós temos algumas falhas muito curiosas — e depois de ler este artigo, até você concordará que poderíamos ter um upgrade.<h2>O órgão reprodutor masculino é exposto</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/13/13133154274200.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesPara que a humanidade se perpetue, foi fundamental que alguns casais se rendessem à paixão e gerassem filhos. Contudo, se pararmos para pensar, é estranho que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/39697-voce-sabe-tudo-sobre-o-seu-penis-confira-10-fatos-sobre-ele-a-seguir.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">testículos e o pênis</a> fiquem tão expostos, correndo o risco de serem facilmente feridos, principalmente quando lembramos que a humanidade viveu milênios apenas em ambientes hostis.Em outros animais, esses órgãos são bem escondidos e ficam expostos apenas no momento do acasalamento. O problema é que, no nosso caso, se eles fossem internos, todos os homens seriam inférteis, pois os espermatozoides não sobreviveriam à temperatura interna do nosso corpo.Então, o jeito que a natureza encontrou para resolver esse problema foi "resfriá-los" do lado de fora, expondo os testículos a todos os tipos de pancadas.<h2>Nossa garganta e a asfixia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/13/13133221209201.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesVocê já deve ter se engasgado enquanto comia ou bebia algo, certo? Isso ocorre porque os canais que levam comida ao estômago e ar aos pulmões são incrivelmente próximos.Sendo assim, é comum que pessoas se engasguem e passem verdadeiros sustos tentando se desafogar — o que demonstra que nosso corpo poderia ser mais funcional se esse sistema fosse mais bem projetado, até porque, é possível que nos engasguemos até com a nossa saliva.No ano passado, 223 crianças brasileiras morreram após se engasgarem com comida, segundo a Universidade Veiga de Almeida (UVA). Pensando por esse ponto, não parece inteligente que a natureza tenha nos feito tão vulneráveis à comida, não é mesmo?Isso faz com que precisemos prestar muita atenção enquanto comemos, principalmente se o alimento for grande ou tiver uma estrutura complexa, como é o caso dos peixes.<h2>Nossa incapacidade de produzir vitamina C</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/13/13133251824202.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesVocê já deve saber que nosso corpo, com a ajuda do Sol, é capaz de produzir a vitamina D — e isso é ótimo. Mas os gatos têm uma capacidade ainda mais legal: eles produzem vitamina C.Se as pessoas pudessem produzir essa vitamina em seus corpos, a humanidade teria se livrado de uma série de doenças, como o escorbuto. O escorbuto é uma doença que já foi muito comum, principalmente entre marinheiros, pois eles ficavam muito tempo sem comer alimentos frescos.<h2>O canal do parto humano</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/13/13133326648205.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesBem, se existisse um SAC da natureza, toda mulher ligaria para lá reclamando das fortes dores do parto. Essas dores são causadas por uma falha de design muito grave que faz os bebês serem incrivelmente maiores do que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123738-natural-ou-cesarea-tipo-de-parto-influencia-resposta-as-vacinas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">canal de parto</a>.Contudo, verdade seja dita, existem outros animais em situação tão ruim quando, ou pior, nesse quesito. A fêmea do Kiwi, por exemplo, carrega um ovo que é quase do mesmo tamanho do próprio corpo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/13/13133725809210.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty Images </body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:57.617Z

As 'falhas' do corpo humano que mostram que ele não foi tão bem projetado assim

Imagem de Crocodilo-fêmea tem 1º caso registrado de filhote gerado sem macho no megacurioso

Casos já aconteceram com outros animais, mas com crocodilo o primeiro foi registrado em um zoológico da Costa Rica

Um caso acontecido nessa semana chamou a aten&ccedil;&atilde;o de pesquisadores ao redor do globo: um crocodilo-f&ecirc;mea gerou por conta pr&oacute;pria um feto 99,9% geneticamente igual a ela. Segundo alguns cientistas, essa caracter&iacute;stica pode ser herdada por alguns animais de um ancestral evolutivo, indicando que possivelmente <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125393-estudo-revela-dinossauro-brasileiro-que-comia-como-pelicano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dinossauros</a> tamb&eacute;m tinham essa "facilidade" &mdash;&nbsp;que inclusive j&aacute; foi verificada em p&aacute;ssaros, peixes e alguns outros r&eacute;pteis.
<ul>
<li>Veja tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121785-5-fatos-sobre-o-crocodilo-do-nilo-o-maior-predador-africano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 fatos sobre o crocodilo do Nilo, o maior predador africano</a></li>
</ul>
<h2>Como o caso aconteceu?</h2>
O caso em quest&atilde;o envolvendo o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118628-crocodilos-de-chifres-cientistas-resolvem-misterio-apos-150-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crocodilo</a> foi registrado no Parque Reptiliana. A f&ecirc;mea de 18 anos foi obtida pela equipe do parque quando tinha dois anos, e desde ent&atilde;o nunca teve contato com nenhum macho da esp&eacute;cie.
Segundo as informa&ccedil;&otilde;es divulgadas, ela botou 14 ovos, e sete deles poderiam ser utilizados em uma incubadora na tentativa de gerar uma nova vida. O conte&uacute;do de seis deles n&atilde;o foram identificados, mas um deles continha um filhote totalmente formado que foi dado natimorto, por isso n&atilde;o tinha possibilidades de eclodir sua "casinha" e vir ao mundo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/09/09142252181214.jpg" alt="Partenog&ecirc;nese pode ser uma heran&ccedil;a adquirida dos dinossauros, e comum em esp&eacute;cies que se encontram em extin&ccedil;&atilde;o. (Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Partenog&ecirc;nese pode ser uma heran&ccedil;a adquirida dos dinossauros, e comum em esp&eacute;cies que se encontram em extin&ccedil;&atilde;o. (Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Falando ao site da BBC, Warren Booth, especialista em nascimentos virginais (conhecidos como partenog&ecirc;nese), confirmou que n&atilde;o ficou surpreso com a descoberta, pois isso acontece dentro do mundo animal.
"Vemos isso em tubar&otilde;es, p&aacute;ssaros, cobras e lagartos, &eacute; algo notavelmente comum e difundido", explicou Booth.
Ele comentou ainda que esses casos come&ccedil;aram a se tornar mais comuns em cobras criadas em casa. Al&eacute;m disso, algumas esp&eacute;cies que se encontram em extin&ccedil;&atilde;o se mostram capazes de realizar a partenog&ecirc;nese.
"O fato de o mecanismo da partenog&ecirc;nese ser o mesmo em tantas esp&eacute;cies diferentes sugere que &eacute; uma caracter&iacute;stica muito antiga, herdada ao longo do tempo. Portanto, isso refor&ccedil;a a ideia de que os dinossauros tamb&eacute;m eram capazes de se reproduzir dessa maneira", complementou o especialista.
<h2>Novos rumos para pesquisas</h2>
Com esse caso registrado na Costa Rica, pesquisadores est&atilde;o tentando encontrar mais esp&eacute;cies na natureza capazes de realizar a partenog&ecirc;nese. Um exemplo foi o visto com uma tubar&atilde;o-zebra no &uacute;ltimo ano em um aqu&aacute;rio em Chicago, j&aacute; que ela gerou v&aacute;rios filhotes que n&atilde;o tinham o DNA de nenhum dos machos presentes no mesmo ambiente.
Outro ponto &eacute; que gesta&ccedil;&otilde;es "singulares" s&atilde;o mais comuns em seres vivos assexuados, tendo em vista que eles n&atilde;o necessitam das informa&ccedil;&otilde;es de um espermatozoide para gerar vida - por isso a necessidade das pesquisas adicionais.

thumb-image-2024-02-29T14:06:57.019Z

Crocodilo fêmea tem 1º caso registrado de filhote gerado sem macho

Imagem de Por que as moreias estão ficando cegas com o tempo? no megacurioso

Estudos mostram que moreias que vivem nas profundezas sombrias de cavernas subaquáticas estão ficando perdendo a visão aos poucos

<head></head><body>As moreias, uma família de peixe de corpo longo e cilíndrico, que moram em cavernas subaquáticas sombrias parecem estar se adaptando à escuridão do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122354-vida-nas-profundezas-5-fatos-incriveis-sobre-o-mar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fundo do oceano</a> com o tempo, é o que mostra um novo estudo feito por pesquisadores da Universidade de Taiwan. Conforme observado, essas criaturas estão deixando crescer pele sobre seus olhos.A moreia-de-olhos-de-feijão (Uropterygius cyamommatus), por exemplo, é a primeira espécie de moreia conhecida por habitar cavernas anquialinas — esculpidas em rocha vulcânica. Em expedições feitas na Austrália e nas Filipinas, os cientistas encontraram dois espécimes que não tinham olhos esquerdos visíveis. Mas por que isso está acontecendo?<h2>Processo evolutivo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/02/02013603262001.jpg" alt="(Fonte: Universidade de Taiwan/Divulgação)">(Fonte: Universidade de Taiwan/Divulgação)Na visão dos pesquisadores, o fato de diversos espécimes de moreias estarem sendo encontrados sem visão em apenas um dos seus olhos mostra que esses <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/46865-conheca-8-peixes-com-habilidades-curiosas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peixes</a> podem estar se adaptando ao ambiente sombrio que vivem — tornando-se cegos com o tempo de um olho de cada vez.&nbsp;"Apenas dois espécimes da Ilha Christmas reduziram os olhos esquerdos e não podemos saber se é natural ou se apenas danificaram os olhos depois de nascer", afirmou o autor do estudo publicado na revista Raffles Bulletin of Zoology, Wen-Chien Huang. Segundo ele, no entanto, a proporção de olhos encontrados nessa espécie sugere que isso tudo faça parte de uma adaptação natural ao ambiente de pouca luz.Os primeiros espécimes de moreias-de-olhos-de-feijão foram capturadas pela primeira vez na Ilha de Panglao, nas Filipinas, em 2001. Os pesquisadores ainda não sabem ao certo quando essas criaturas decidiram migrar para cavernas sombrias, mas estimam que esse processo de transição esteja relacionado ao seu apetite voraz.<h2>Caça nas profundezas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/02/02013634230003.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Um dos grandes motivos para as moreias-de-olhos-de-feijão potencialmente terem se mudado para o fundo do mar é o fato de várias dessas cavernas profundas carregarem consigo quantidades abundantes de deliciosos crustáceos — os quais são peça fundamental na dieta das moreias. Logo, esse apetite ganancioso fez com que decidissem se mudar de vez para um ambiente mais escuro.O reflexo dessa mudança de habitat passou a ser espelhado em seus próprios corpos, uma vez que os espécimes analisados pela Universidade de Taiwan apresentavam um olho esquerdo reduzido embutido na pele, mas sem alteração na estrutura óssea subjacente. Os pesquisadores acham que podem ter capturado a evolução em ação e que, na ausência de luz, a pele cobrindo os olhos das moreias poderia salvá-las do custo energético que a visão possui.Cientificamente falando, inclusive, não é nem um pouco anormal que peixes vivendo em cavernas acabem ficando totalmente <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123265-deficiencia-visual-entenda-o-amplo-espectro-da-cegueira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cegos</a> no processo evolutivo. Segundo os registros científicos, quase todas as 300 espécies de peixes cavernosos passaram por isso. Portanto, não seria nenhuma loucura se as moreias-de-olhos-de-feijão perdessem completamente seus olhos com mais alguns anos de evolução pela frente.Contudo, como nenhum teste genético ou molecular foi feito na espécie, os cientistas ainda não sabem ao certo se essa potencial adaptação realmente está crescendo entre a população da espécie ou se a perda de visão entre alguns indivíduos foi um mero acaso.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:56.286Z

Por que as moreias estão ficando cegas com o tempo?

Imagem de Por que humanos vivem no frio mesmo sem um organismo adaptado? no megacurioso

A trajetória evolutiva da espécie humana não nos preparou para temperaturas muito baixas, mas nós conseguimos dominar estes locais mesmo assim

<head></head><body>Tirando o ser humano, todas as outras espécies de primatas vivem em regiões quentes. A nossa própria espécie, inclusive, se originou no calor do continente africano. E apesar de existirem algumas pessoas — doidas, na minha opinião — que dizem amar frio, nossa natureza sempre foi se adaptar melhor ao calor.&nbsp;Nenhum ser humano consegue sobreviver ao frio "<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122229-5-maneiras-como-alguns-paises-lidam-com-a-nudez.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como veio ao mundo</a>". Ainda assim, nossa espécie se espalhou por quase todos os cantos da Terra, incluindo os locais mais gelados da Sibéria, Escandinávia e do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114272-oceano-artico-ficara-sem-gelo-ate-2050-aponta-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ártico</a>.Os hominídeos que se aventuraram pelas latitudes mais altas dessas regiões tiveram que caçar em condições bem menos favoráveis, com dias mais curtos e muita neve. Isso sem falar, é claro, na temperatura e no vento congelante, que gerava ainda mais perda de calor corporal.&nbsp;E desde o neandertal até o Homo sapiens sapiens de hoje, os hominídeos não desenvolveram tantas adaptações físicas para o frio. Pelo menos não como outras espécies que vivem nessas regiões, que têm uma pelagem espessa e grandes reservas de gordura.&nbsp;Entretanto, nós temos outra maneira bem interessante de nos adaptar ao frio: usando a nossa inteligência. Em resumo, foi com adaptações "culturais" — muito mais do que físicas — que nós conseguimos dominar os lugares mais gelados do planeta.&nbsp;<h2>As adaptações culturais dos hominídeos</h2>Evidências dessas adaptações podem ser encontradas desde os tempos mais remotos: há 850 mil anos, em Happisburg, região leste da Inglaterra, por exemplo. Na época, essa região tinha o clima semelhante ao da Escandinávia e nossos ancestrais viveram bem por lá.Isso porque eles faziam fogueiras e produziam roupas bem quentinhas — roupas como outros hominídeos só fariam milhares de anos depois.&nbsp;Em outro sítio arqueológico — em Boxgrove, também na Inglaterra — foram encontradas várias evidências de caçadas. Isso vai ao encontro do que observamos hoje em dia: pessoas vivendo em locais muito frios comem mais carne animal do que aquelas que vivem no calor. Até porque a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123615-comer-carne-foi-importante-para-a-evolucao-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">carne</a> tem mais calorias e gordura para preservar o calor do corpo no frio.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/25/25130610968171.jpg" alt="Hominídeos que viviam na neve dependiam mais das caças (Fonte: Getty Images)">Hominídeos que viviam na neve dependiam mais das caças (Fonte: Getty Images)<h2>E algumas adaptações físicas</h2>Dito isso, é possível observar que os humanos que foram viver no frio também desenvolveram algumas adaptações físicas. A pele mais clara, por exemplo, ajuda a absorver melhor a vitamina D, já que a luz solar é menos presente em latitudes altas.&nbsp;Além disso, a silhueta desses povos tende a ser mais baixa e atarracada, com membros mais curtos, já que isso deixa menos espaço para perder o pouco calor que eles conseguem absorver.Ainda assim, são adaptações muito menores do que as que observamos em outras espécies que vivem nas mesmas regiões, com corpos bem mais arredondados (a forma ideal para não perder calor) e uma cobertura de pelos e gordura bem mais robusta.&nbsp;De forma alguma há um hominídeo que consiga viver no frio, naturalmente. Se nós dominamos a Sibéria ou o Ártico, foi por causa das adaptações culturais, como roupas e alimentação.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:55.867Z

Por que humanos vivem no frio mesmo sem um organismo adaptado?

Imagem de 4 animais com incríveis habilidades de adaptação no megacurioso

Saiba mais sobre espécies que se destacam no reino animal graças às suas características únicas

<head></head><body>No mundo animal, não é raro nos depararmos com espécies que apresentam características singulares. Ao darem uma amostra interessante do processo de adaptação ocorrido na natureza, essas particularidades fazem com que alguns animais se tornem verdadeiros mestres na arte de sobreviver.Pensando nisso, confira quatro casos que ilustram como essas habilidades exclusivas podem se manifestar!<h2>1. Cigana</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/18/18125927752199.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Começando por uma espécie nativa da região norte da América do Sul, temos a cigana. O grande diferencial dessa ave é seu sistema digestivo mais elaborado, muito bem adaptado a uma dieta herbívora que propicia a fermentação das folhas, frutos e flores ingeridos.Vale lembrar que o odor exalado por esse processo de digestão não é dos melhores. Mas, por outro lado, ele favorece uma melhor absorção dos nutrientes. Além disso, essa característica permite que a cigana tenha uma trituração mais eficaz mesmo dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122647-5-vegetais-conhecidos-e-voce-nao-sabia-que-sao-flores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vegetais</a> mais difíceis de se digerir.&nbsp;<h2>2. Pangolim</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/18/18130624328203.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)O Pangolim, que ganhou fama ao ser associado à transmissão do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119356-afinal-qual-a-relacao-do-morcego-e-a-pandemia-da-covid-19.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">novo coronavírus</a>, é um mamífero encontrado na Ásia e na África. Em se tratando de resistência, é com ele mesmo. E não estamos falando apenas da sua capacidade de se enrolar quando se sente ameaçado por algo, mas também das suas escamas, que são compostas por um material especial também presente nas unhas humanas: a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125094-5-fatos-sobre-a-sua-pele-que-talvez-voce-nao-saiba.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">queratina</a>.Essa combinação fornece uma vantagem poderosa, de modo que o pangolim possa resistir a picadas de formigas e de outros insetos que fazem parte da sua dieta. Ao mesmo tempo, essa proteção é útil contra predadores de uma maneira geral. Para completar o combo, a espécie ainda conta com garras afiadas para auxiliar na tarefa de escavar a terra.<h2>3. Esquilo-voador</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/18/18131616457215.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Esse intrigante e pequeno animal pode ser encontrado na América do Norte, Europa e Ásia. Seu grande destaque se dá pela anatomia incomum, que permite com que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/106671-voce-sabia-que-existem-esquilos-voadores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esquilo-voador</a> se mova pelo ar e pareça voando estar ao estender as patas. Atingindo distâncias que superam os 45 metros, sua calda, inclusive, atua como uma espécie de freio.Essas adaptações, que ajudam o esquilo a evitar predadores, não são as únicas que merecem atenção. Pois, além de olhos maiores que oferecem uma visão apurada em ambientes noturnos, a audição bastante sensível garante que o esquilo-voador localize alimentos com uma facilidade surpreendente. Com todas essas particularidades, não fica difícil entender como a espécie se adaptou tão bem ao seu meio, não é mesmo?<h2>4. Axolote</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/18/18131846454218.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Representando o time dos anfíbios e dos animais ameaçados de extinção, temos aqui o axolote, uma espécie de salamandra que habita as áreas mais escuras das águas doces. Nativo do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119998-cidade-do-mexico-entenda-por-que-a-cidade-esta-afundando.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">México</a>, ele se destaca pela sua capacidade de regenerar partes do próprio corpo, sejam elas feridas ou mesmo amputadas.Assim, ele se tornou objeto de estudo e ainda hoje intriga pesquisadores ao exibir essas adaptações tão cobiçadas. Além disso, o axolote é um animal neotênico – isso significa que ele preserva características da sua forma larval mesmo depois de adulto – e capaz de se reproduzir, como aponta a presença de brânquias externas.</body>

Evolução

Novidades