Imagem de Nova espécie de peixe vive fora d'água para escapar de predadores no megacurioso

Encontrado em uma região da Bolívia, o 'killifish Juan Deriba' pula fora d'água para sobreviver

<head></head><body>No verão de 1996, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119638-e-verdade-que-o-brasil-roubou-o-estado-do-acre-da-bolivia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bolívia</a> Central, um curioso peixe foi avistado vivendo em uma poça rasa ao redor da Fazenda Juan Deriba. Com menos de 5 centímetros de comprimento, o animal parecia vestir lantejoulas, apresentando escamas brilhantes nas tonalidades de vermelho, verde e dourado. Por 25 anos, no entanto, tal animal seguiu sem ser estudado por cientistas.Foi preciso Heinz Drawert, um adolescente quando encontrou o anfíbio, tornar-se pesquisador do Museu de História Natural Noel Kempff Mercado para que o interesse em analisar tal espécie surgisse. Assim surgiu a nova espécie de peixe, chamada "killifish Juan Deriba" (Moema juanderibaensis), conhecida por optar viver fora d'água para fugir de seus predadores.<h2>Conhecendo a nova espécie</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Heinz Drawert/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://img.atlasobscura.com/LF9JWvg8FcLjTiEQVbZKRI1-e2xR8Cv5V_GX8fVHVdU/rt:fill/w:1200/el:1/q:81/sm:1/scp:1/ar:1/aHR0cHM6Ly9hdGxh/cy1kZXYuczMuYW1h/em9uYXdzLmNvbS91/cGxvYWRzL2Fzc2V0/cy8wNzdjMjU0YjEx/ZjQ1NGJmMzdfSnVh/bl9EZXJpYmFfS2ls/bGlmaXNoLmpwZw.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/25/25011415127046.jpg" alt="(Fonte: Heinz Drawert/Divulgação)">(Fonte: Heinz Drawert/Divulgação)Em 2021, Drawert recebeu a oportunidade de se juntar a um projeto de registro de espécies de água doce em toda a Bolívia. Foi quando pôde voltar à floresta, refazer seus passos de adolescente ao longo das trilhas lamacentas até encontrar outro peixe brilhante. A partir deste momento, o pesquisador passou a registrar o comportamento incomum da criatura.Como dito anteriormente, os cientistas notaram algo estranho no "killifish Juan Deriba": ele vivia fora d'água por escolha própria. O animal passou a ser descrito como uma nova espécie de peixe de água doce rivulídeo, pequeno e colorido, encontrado principalmente na América do Sul.O habitat natural desse peixe é um trecho ensolarado de alguns quilômetros quadrados de floresta de transição, que se estende pela úmida floresta amazônica boliviana e uma floresta seca conhecida como Chiquitano. Nessa região, o anfíbio vive grande parte de sua breve vida de três meses em poças rasas que geralmente têm apenas alguns centímetros de profundidade.<h2>A vida do killifish</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Heinz Drawert/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://img.atlasobscura.com/JrLq0gdjwxyawvr980t1CIPYkoj5SX8XdfwaVcjnrxo/rt:fill/w:1200/el:1/q:81/sm:1/scp:1/ar:1/aHR0cHM6Ly9hdGxh/cy1kZXYuczMuYW1h/em9uYXdzLmNvbS91/cGxvYWRzL2Fzc2V0/cy8wNzdjMjU0YjEx/ZjQ1NGJmMzdfS2ls/bGlmaXNoIHByZWRh/dG9ycy5qcGVn.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/25/25011441504047.jpg" alt="(Fonte: Heinz Drawert/Divulgação)">(Fonte: Heinz Drawert/Divulgação)A pequena trajetória de vida dos killifish começa quando as chuvas chegam à floresta seca. Nesse período, milhares de ovos que foram enterrados sob solo queimado passam a emergir. O comportamento canibal e as lutas nos primeiros momentos de vida fazem com que os números desses <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121802-6-dos-tipos-de-peixe-mais-lindos-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peixes</a> diminuam rapidamente.Entre os machos, por exemplo, somente os mais agressivos se reproduzem. Porém, o preço pela capacidade de reprodução é alto: os machos dominantes mantêm suas cores chamativas, o que os tornam um alvo visível para predadores, incluindo cobras, lagartos, pássaros e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121398-conheca-7-animais-que-sao-onivoros-e-o-que-eles-comem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">quatis</a>.&nbsp;Segundo o estudo de Drawert, os "killifish Juan Debida" desenvolveram o intrigante comportamento de mover-se sobre a terra, entre poças durante a estação de seca, para escapar de predadores e de outros machos agressivos. Como próximos passos, a equipe de pesquisa pretende continuar avaliando o comportamento desses peixes de perto, assim como trabalhar para conservar a espécie.&nbsp;Embora a floresta nas imediações permaneça protegida de invasores, a indústria agrícola em rápida expansão na Bolívia já destruiu grandes áreas de ecossistemas semelhantes, potencialmente eliminando outras espécies de killifish antes mesmo delas serem descobertas.&nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:54.924Z

Nova espécie de peixe vive fora d'água para escapar de predadores

Imagem de 5 ideias erradas que temos sobre a evolução no megacurioso

Embora o conceito de evolução esteja no centro sobre tudo que entendemos sobre a vida na Terra, nem tudo que sabemos está completamente certo

<head></head><body>Se você já estudou sobre <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120288-charles-darwin-e-sua-obra-sobre-psicologia-que-poucos-conheceram.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Charles Darwin</a> e evolução natural, provavelmente já formou alguma ideia pronta a respeito de como a vida evoluiu em nosso planeta. Afinal, o conceito de "sobrevivência dos mais fortes" é algo altamente difundido em nossa sociedade e uma das ideias científicas mais propagadas por todos os lados.O problema, no entanto, é que muito do que sabemos sobre a Teoria da Evolução não está completamente certo — considerando que algumas informações foram sendo perdidas ao longo do caminho. Então, para sanar diversas dúvidas, nos trouxemos uma lista com cinco ideais erradas sobre o <a href="https://www.megacurioso.com.br/religiao/72991-9-vezes-que-o-criacionismo-bater-o-evolucionismo-para-explicar-o-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">evolucionismo</a>. Entenda!<h2>1. Aleatoriedade da evolução</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/08/08014225427040.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Quando falamos sobre evolução das espécies, é muito comum que busquemos motivo para o porquê das coisas terem acontecido no passado. Logo, frases como "a girafa tem pescoço longo para que..." ou "as tartarugas têm cascos para..." se tornam altamente difundidas nos lugares de aprendizado.A verdade, contudo, é que não existe um grande plano ou projeto da natureza. Cada um de nós é um pouco diferente por conta de múltiplas aleatoriedades a respeito da vida na Terra, que podem ser úteis para tal forma de vida ou não. Portanto, deduzir que o evolucionismo existe para o sucesso das espécies é o mesmo que acreditar que o big bang aconteceu somente para produzir vida em nosso mundo.<h2>2. Sobrevivência dos mais fortes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/08/08014446198049.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Como dito anteriormente, a ideia de "sobrevivência dos mais fortes" acabou se tornando um grande pilar da Teoria da Evolução. Mas quando entramos nesse tópico, precisamos entender que nem tudo tem um propósito e muitas mutações genéticas não têm absolutamente nenhum efeito positivo ou negativo na sobrevivência — sendo simplesmente transmitidos com o tempo.Seleção natural, adaptação e sobrevivência do mais apto são aspectos claramente demonstráveis em uma variedade de formas de vidas. Mas há muito mais na história, e muitos efeitos acontecendo ao mesmo tempo, para levarmos isso como uma verdade absoluta em todas as hipóteses.<h2>3. Velocidade da evolução</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/08/08014356040048.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Quando pensamos em evolução de espécies, automaticamente imaginamos um processo que dura milhões de anos para apresentar a menor das mudanças que seja. Porém, será que é assim que a banda toca de verdade? Não em todos os casos e algumas mudanças podem ser vistas em tempo real, se tivermos sorte.Por exemplo, sabemos que a maioria dos roedores passou por uma rápida evolução entre três e seis milhões de anos atrás, que os definiu para serem as criaturas que conhecemos hoje. Pulgões, por sua vez, precisam de apenas uma ou duas gerações para obter uma mutação aleatória que os impediria de morrer para determinado pesticida. Logo, nem sempre as coisas são tão devagares.<h2>4. Grau de intensidade das evoluções</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/08/08014503445052.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Por mais que os humanos gostem de se considerar o centro do universo, como uma espécie que evoluiu mais do que as outras, esse é um conceito muito ultrapassado que temos sobre a vida. Basta olharmos rapidamente para a natureza, despidos de nossas crenças, para entendermos que não somos "mais evoluídos" que ninguém.Para se ter ideia, os humanos tiveram exatamente a mesma quantidade de tempo para evoluir desde o início da vida na Terra como qualquer outro organismo — inclusive dividindo características com outras espécies bem diferentes de nós. Sendo assim, obviamente temos nossas particularidades, mas isso apenas representa uma adaptação diferente ao ambiente em que fomos criados.<h2>5. Evolução e complexidade</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/08/08014514950054.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Um pensamento comum a respeito do evolucionismo é que espécies que tiveram mais tempo para evoluir se tornam cada vez mais complexas em sua existência — algo longe de ser verdade. Os humanos, com 39 trilhões de células, parecem ser mais complexos que uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124503-ameba-comedora-de-cerebros-mata-pessoa-na-florida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ameba</a> que sobrevive com uma única célula, correto?No entanto, uma ameba pode ter um genoma medindo mais de 600 bilhões de pares de bases de comprimento, algo que beira 300 vezes mais que o genoma humano. Logo, quem é mais complexo? Esse é um tópico abstrato. Formas de vida podem passar bilhões de anos evoluindo para serem mais simples que seus antepassados, o que não exclui a complexidade de sua existência.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:52.232Z

5 ideias erradas que temos sobre a evolução

Imagem de Estudo aponta que marsupiais são "mais evoluídos" que humanos no megacurioso

Um novo estudo apontou que marsupiais podem ter passado por um processo evolutivo maior do que considerado anteriormente

<head></head><body>Um novo estudo esclareceu informações sobre a história evolutiva de mamíferos com bolsas ventral, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121842-7-fatos-que-provam-como-o-canguru-e-um-animal-excentrico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cangurus</a> e coalas. Segundo a pesquisa, esses animais têm uma história evolutiva mais radical do que se pensava anteriormente, sugerindo que são mais evoluídos do que eram considerados.<h2>Ancestral comum, estratégia diferente</h2>Antigamente, acreditava-se que as criaturas com marsúpio eram uma espécie de trampolim evolutivo entre os ovíparos chamados monotremados, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124535-ornitorrinco-e-outros-animais-que-perderam-seus-estomagos-ao-evoluir.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ornitorrincos</a>, e os placentários, como os humanos.No entanto, a ciência moderna reconhece que marsupiais e placentários evoluíram de um ancestral comum há cerca de 160 milhões de anos. Apesar disso, os autores do estudo apontam que esses animais ainda são vistos com o mesmo estigma de quando eram classificados como um grupo intermediário.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/03/03115657329122.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)O estudo, publicado em abril na revista Current Biology, utilizou imagens 3D de 165 crânios de mamíferos em 22 espécies, variando de fetal a adulto, para determinar como se desenvolveram. Depois, os resultados foram comparados com os dos marsupiais e seu hipotético ancestral comum.Os pesquisadores concluíram que a estratégia de desenvolvimento dos placentários é mais similar a do ascendente do que a dos marsupiais, sugerindo que o segundo grupo evoluiu mais do que o primeiro desde a divisão.<h2>Os grandes divergentes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/03/03123156701150.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)A estratégia peculiar de terminar a gestação no marsúpio da mãe teria ocorrido mais tarde no processo evolutivo, levando a uma desaceleração na taxa de crescimento do crânio em comparação aos placentários, uma grande mudança em comparação com a criatura originária.A principal autora do estudo, Heather White, pesquisadora de pós-doutorado no Museu de História Natural, observou que essa descoberta coloca os marsupiais sob uma nova luz, o que é muito empolgante.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/03/03123917411157.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)As evidências da pesquisa desafiam o equívoco histórico dos marsupiais como intermediários menos bem-sucedidos. Elas provam que esses seres são altamente especializados em seu padrão de desenvolvimento, e definitivamente não são "meio animais ou meio <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121672-5-fatos-sobre-animais-mamiferos-que-voce-nao-conhecia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mamíferos</a>". Em vez disso, eles têm uma história evolutiva muito mais extrema em comparação aos humanos, sugerindo que eles são o grupo mais evoluído ou mais divergente.Essa novidade científica oferece um fascinante vislumbre da história evolutiva desses notáveis animais, ressaltando ainda mais a importância da pesquisa na expansão de nosso conhecimento e compreensão do mundo natural.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:52.663Z

Estudo aponta que marsupiais são 'mais evoluídos' que humanos

Imagem de Mamíferos terrestres podem crescer tanto quanto os dinossauros? no megacurioso

Cientistas são céticos quanto à possibilidade dos mamíferos terrestres chegarem a tamanhos exagerados, mas a natureza tem suas surpresas.

<head></head><body>Os mamíferos terrestres possuem um tamanho relativamente pequeno em comparação com os dinossauros que habitaram a Terra há milhões de anos. Embora alguns mamíferos tenham atingido tamanhos impressionantes, como o paraceratério, que viveu durante o período Oligoceno, eles ainda não eram tão grandes quanto os maiores dinossauros.&nbsp;Pensando nisso, será que é possível que algum mamífero terrestre, como o seu pet, venha a evoluir ao ponto de chegar próximo ao tamanho de um dinossauro? E por que isso não aconteceu até hoje?<h2 style="text-align: justify;">Uma questão de temperatura</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/18/18205730721304.jpg" alt="Os mamíferos terrestres precisam regular a temperatura, o que gasta mais energia. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Os mamíferos terrestres precisam regular a temperatura, o que gasta mais energia. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Os mamíferos precisam usar muita energia para manter seus corpos aquecidos, cerca de dez vezes mais que um réptil do mesmo tamanho, de acordo com a pesquisadora Felisa Smith, que foi uma das líderes de um estudo feito em 2010 que analisava a evolução do tamanho corporal dos mamíferos terrestres.&nbsp;De acordo com os cientistas, essa necessidade de energia se deve à biologia dos mamíferos, que precisam regular a temperatura do corpo. Por exemplo, seres humanos precisam manter uma temperatura de 37 graus Celsius para se manterem vivos. Essa capacidade de autorregulação é chamada de endotermia.&nbsp;O mesmo não ocorre com os répteis, que não precisam adequar a temperatura corpórea.<iframe width="1268" height="713" src="https://www.youtube.com/embed/M8V8WgOLm8g" title="Animal Size Comparison (150+ Animals) | 3d Animation Comparison" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Tanto que os dinossauros, por não precisarem regular a temperatura, estavam livres para crescer mais do que os mamíferos, já que toda a energia fornecida pela alimentação se transformava em mecanismo de crescimento.Apesar disso, existem mamíferos que já habitaram a Terra e possuíam um tamanho avantajado, como o Indricotherium transouralicum, um herbívoro semelhante a um rinoceronte sem chifres que pesava aproximadamente dezessete toneladas e tinha cerca de cinco metros e meio de altura.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">E no futuro?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/18/18210032714305.jpg" alt="Será que termos mamíferos terrestres maiores que girafas e elefantes no futuro? (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Será que termos mamíferos terrestres maiores que girafas e elefantes no futuro? (Fonte: GettyImages/Reprodução)Segundo os especialistas, a conclusão do estudo capitaneado por Felisa Smith é de que seja improvável que os mamíferos evoluam ao ponto de atingir o tamanho dos maiores dinossauros que já viveram no planeta, graças ao fato de que boa parte da comida ingerida vai para garantir energia para os bichos, e não para promover grandes crescimentos.Contudo, a evolução é imprevisível, e novas descobertas podem mudar nossa compreensão sobre a evolução dos mamíferos terrestres, afinal, temos grandes espécies que já passaram pela Terra. &nbsp;Os mamíferos já provaram que podem crescer e evoluir rapidamente em resposta a mudanças ambientais e outros fatores evolutivos.Mesmo que os mamíferos terrestres nunca cheguem a ser tão grandes quanto os dinossauros, eles continuam a evoluir e se adaptar ao mundo.&nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:50.508Z

Mamíferos terrestres podem crescer tanto quanto os dinossauros?

Imagem de Pepinos-do-mar atacam predadores atirando órgãos grudentos do traseiro no megacurioso

Mecanismo de defesa eficaz destas criaturas do mar é conhecido como evisceração e se destaca por ativar um processo via caminho duvidoso

<head></head><body>Tradicionalmente conhecida como pepino-do-mar-negro, a espécie Holothuria leucospilota&nbsp;vive em águas rasas no Indo-Pacífico e se destaca como um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122608-opabinia-um-dos-mais-esquisitos-animais-extintos-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">invertebrado</a> marinho com grande poder de reação a ameaças. Seu mecanismo de defesa é bastante incomum e chama a atenção por ser um dos mais eficientes do filo Echinodermata, afetando o movimento — e até a vida — de predadores através de uma "pistola de órgãos" acionada pelo seu traseiro.Apesar de se esconder comumente em regiões cobertas por rochas, o indivíduo da espécie H. leucospilota não se acovarda em situações mais temerosas. Quando relaxado, ele pode atingir um máximo de 40 centímetros de comprimento, chegando a aproximadamente um metro em posição estendida. Seus vinte tentáculos orais, dotados de pontas ramificadas, se combinam como papilas carnudas em um sistema digestório "fantasmagórico", mas também podem estar cercando a própria <a href="https://www.megacurioso.com.br/evolucao/69674-confira-algumas-curiosidades-sobre-a-possivel-origem-do-anus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cavidade anal</a>, segundo a percepção de alguns cientistas.Essa estrutura foi descrita pelo zoólogo francês Georges Cuvier, o primeiro a traçar detalhes aprofundados do chamado "órgão cuveriano". Basicamente, essa região é ejetada pelos indivíduos da espécie quando se sentem ameaçados por predadores e tem a capacidade de prender fatalmente ou de repelir criaturas consideradas inimigas. O processo, conhecido como evisceração, seria possível graças a seus fundamentos genéticos, que incluem proteínas fibrosas no tecido conjuntivo semelhantes às existentes em na seda da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120844-a-maior-aranha-do-mundo-tem-o-tamanho-de-um-filhote-de-cachorro.htm#:~:text=A%20aranha-golias%20(Theraphosa%20blondi,chegando%20até%20os%2025%20anos." rel="noopener noreferrer" target="_blank">aranha</a> e do bicho-da-seda.Via microscopia eletrônica, pesquisadores do departamento de ciências biológicas da Universidade Stanford, Estados Unidos, observaram que essas proteínas contêm longas repetições com capacidade elevada de enredar predadores em locais intrincados. Esse mecanismo seria acionado através de uma pressão física, que espalharia o órgão cuveriano em uma via molecular regulada pela acetilcolina para gerar um impacto explosivo.<h2>Traseiro multifuncional do pepino-do-mar</h2>Além de ativar um mecanismo de defesa poderoso contra potenciais armadilhas vivas, o traseiro do pepino-do-mar se destaca por ser uma estrutura altamente versátil. Enquanto se alimentam pelo fundo do mar, eles chegam a despejar toneladas de cocô anualmente pelos recifes de corais; algo em torno das dimensões de volume da própria Torre Eiffel, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123759-franca-x-marrocos-como-a-historia-ja-viu-esse-embate.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">França</a>. Esse orifício também favorece a respiração dos animais, pois seus esfíncteres regularmente abrem e fecham com o objetivo de trazer água oxigenada para o reto.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/17/17001903185002.jpeg" alt="(Fonte: Wikipedia / Reprodução)">(Fonte: Wikipedia / Reprodução)De acordo com Ting Chen, oceanógrafo da Academia Chinesa de Ciências, em Guangzhou, o órgão cuveriano surgiu como um processo evolutivo baseado em "eventos inovadores", onde sua diferenciação foi determinante para que ele se desacoplasse da "árvore respiratória para uma estrutura de defesa letal contra predadores". Isso também seria resultado de um efeito colateral baseado no comportamento protetor a outras espécies, quando os pepinos ainda eram considerados abrigos para peixes-pérolas e outros seres do mar.Os próximos planos dos pesquisadores indicam mais estudos sobre as propriedades bioadesivas do órgão cuveriano, com a intenção de obter novos insights sobre o ecossistema marinho e a evolução de seres considerados, por muito tempos, plenamente sésseis.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:49.198Z

Pepinos-do-mar atacam predadores atirando órgãos grudentos do traseiro

Imagem de Espécies de pássaros venenosos são descobertas na Nova Guiné no megacurioso

Um novo estudo revelou duas aves da Nova Guiné que apresentam a mesma toxina de rãs venenosas

<head></head><body>Um novo estudo realizado nas florestas da Nova Guiné por uma equipe de pesquisadores da Universidade de Copenhague e do Museu de História Natural da Dinamarca revelou dois tipos de pássaros que desenvolveram a habilidade de armazenar um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118293-4-coisas-que-voce-nao-sabia-sobre-venenos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">veneno</a> poderoso em suas penas.Os perigosos penudos em questão são das espécies Pachycephala schlegelii e Aleadryas rufinucha, que possivelmente conseguem gerar a substância por meio de uma dieta envolvendo alimentos com toxinas, como alguns tipos de besouros.“Ficamos realmente surpresos ao descobrir que essas aves são venenosas, pois nenhuma nova espécie de ave venenosa foi descoberta em mais de duas décadas. Particularmente, porque essas duas espécies de aves são tão comuns nesta parte do mundo”, explica Knud Jonsson, coautor do estudo.<h2>Semelhança com anfíbios venenosos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/06/06132531729181.jpg" alt="Um Aleadryas rufinucha. (Fonte: Robert Lewis/Birds of the World/Reprodução)">Um Aleadryas rufinucha. (Fonte: Robert Lewis/Birds of the World/Reprodução)A substância gerada pelas duas espécies é a batracotoxina, uma neurotoxina comum em rãs da família Dendrobatidae. Incrivelmente poderosa, ela pode causar cãibras, paralisia e até mesmo parada cardíaca em altas concentrações.Nos anfíbios, a presença desse <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124531-curare-veneno-usado-em-flechas-na-amazonia-revolucionou-a-medicina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">veneno</a> se deve a uma forma de proteção contra possíveis predadores. E embora no caso dos pássaros da Nova Guiné — que apresentam concentrações menores — o propósito ainda não esteja claro, talvez possa ser muito semelhante.“Os habitantes locais não gostam de comida apimentada e evitam essas aves porque, segundo eles, a carne arde na boca como pimenta. Na verdade, foi assim que os pesquisadores começaram a tomar conhecimento delas. E a toxina pode ser sentida ao segurar uma delas. É meio desagradável, e ficar com uma por muito tempo não é uma opção atraente. Isso pode indicar que o veneno serve como dissuasor daqueles que gostariam de comê-las em algum grau”, explicou Jonsson.<h2>Como os pássaros sobrevivem à toxina?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/06/06132401414180.jpg" alt="O fofinho e letal Pachycephala schlegelii. (Fonte: Bradley Hacker/Birds of the World/Reprodução)">O fofinho e letal Pachycephala schlegelii. (Fonte: Bradley Hacker/Birds of the World/Reprodução)Na natureza, alguns <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124739-6-animais-que-nao-parecem-mas-sao-muito-venenosos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">animais são capazes de produzir toxinas</a> em seus corpos, enquanto outros a absorvem de seus arredores. Esses pássaros da Nova Guiné se incluem na segunda categoria, porém mesmo com a presença de besouros venenosos em seus estômagos, a origem da batracotoxina em seus organismos em si ainda precisa ser determinada.Quanto ao motivo de serem capazes de sobreviver com essa perigosa substância em suas penas, os pesquisadores decidiram avaliar utilizando como base os anfíbios tóxicos, que possuem modificações genéticas que impedem a neurotoxina de passar pelos canais de sódio e causar cãibras.“Era natural investigar se as aves tinham mutações nos mesmos genes. Curiosamente, a resposta é sim e não. As aves têm mutações na área que regula os canais de sódio, o que esperamos que lhes dê essa capacidade de tolerar a toxina, mas não exatamente nos mesmos lugares que os sapos”, explica Kasun Bodawatta, o outro autor do estudo.<h2>Conexão com outras intoxicações</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/06/06132706722183.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Além de auxiliar na compreensão das espécies da Nova Guiné, o estudo também pode ter potencial para a população em geral. Isso porque a toxina vista nos pássaros é muito similar a outras, como, por exemplo, a que está ligada com a intoxicação por frutos-do-mar.“Obviamente, não estamos em posição de afirmar que esta pesquisa descobriu o Santo Graal da intoxicação por frutos-do-mar ou problemas semelhantes, mas, no que diz respeito à pesquisa básica, é uma pequena peça de um quebra-cabeça que pode ajudar a explicar como essas toxinas funcionam nas células e no corpo. E como certos animais evoluíram para tolerá-las”, afirma Jonsson.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:48.391Z

Espécies de pássaros venenosos são descobertas na Nova Guiné

Imagem de A Criança de Lapedo: uma descoberta fascinante na evolução humana no megacurioso

Fóssil encontrado no século passado tem nos ajudado a compreender a evolução humana

<head></head><body>Em 1998, arqueólogos fizeram uma descoberta impressionante no Vale do Lapedo, em Portugal: um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124463-esqueleto-de-vampira-do-seculo-xvii-e-encontrado-na-polonia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esqueleto</a> de criança que, apesar de ter as proporções de um neandertal, apresentava características de humanos modernos. Esse achado intrigante desafiou a noção de que neandertais e humanos modernos eram espécies diferentes e impossíveis de cruzar.A criança foi enterrada no local há cerca de 29 mil anos e pertencia a uma comunidade de caçadores-coletores nômades. Ainda hoje, há poucas pistas sobre a causa da morte. Desde então, o esqueleto, conhecido como Criança de Lapedo, tem sido objeto de estudos e controvérsias na comunidade científica.&nbsp;A descoberta pode ajudar a entender melhor a evolução humana e como os diferentes grupos se relacionavam entre si.<h2 style="text-align: justify;">A origem do esqueleto</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Munício de Leiria&nbsp;" data-fonte-url="https://www.cm-leiria.pt/municipio/gabinete-de-comunicacao/noticias/noticia-3/menino-do-lapedo-reconhecido-como-tesouro-nacional"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/02/02192534363020.jpg" alt="Esqueleto foi encontrado em Portugal. (Fonte: Município de Leiria/Divulgação)">Esqueleto foi encontrado em Portugal. (Fonte: Município de Leiria/Divulgação)O esqueleto da criança revela que ela foi enterrada em uma cova rasa com bastante cuidado e carinho. O ritual feito no enterro é perceptível graças aos adornos encontrados no túmulo, como um gorro adornado com dentes de veado e um colar feito com conchas de caramujo do mar.A Criança de Lapedo possuía membros inferiores com a proporção semelhante a um neandertal, porém com o crânio e a mandíbula parecidos com os de um Homo sapiens&nbsp;moderno.Os pesquisadores responsáveis pelo estudo levantaram duas hipóteses sobre a origem do esqueleto: a criança era resultado de um raro cruzamento entre um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121181-neandertais-fosseis-desafiam-teorias-sobre-seu-desaparecimento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neandertal</a> e um humano moderno ou os neandertais e os sapiens mantinham relações sexuais regulares entre si.&nbsp;A análise do DNA mostrou que a criança era resultado de um cruzamento entre humanos modernos e neandertais, indicando que houve um fluxo genético entre as duas espécies, desafiando as crenças antigas de que humanos modernos e neandertais eram espécies distintas e que não eram capazes de procriar.<h2 style="text-align: justify;">O que isso implica?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/02/02192834253021.jpg" alt="Criança de Lapedo é importante artefato para entendermos a evolução da nossa espécie. (Fonte: Região de Leiria/Divulgação)">Criança de Lapedo é importante artefato para entendermos a evolução da nossa espécie. (Fonte: Região de Leiria/Divulgação)Isso pode indicar que a mistura de espécies humanas era mais comum do que se pensava. Milênios depois, ainda há evidências dessa população ancestral dos neandertais em pessoas que vivem na região.A Criança de Lapedo é tão intrigante quanto importante, pois pode ajudar a entender como se deu o processo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121815-evolucao-humana-problemas-modernos-com-origem-no-passado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">evolutivo</a> que nos levou até aqui.&nbsp;Desde a descoberta, o esqueleto tem sido objeto de intensa pesquisa e controvérsias na comunidade científica. Algumas teorias sugerem que os neandertais e os humanos modernos eram capazes de se comunicar e trocar ideias, enquanto outras afirmam que a mistura de espécies era um resultado da violência ou coerção sexual.&nbsp;De qualquer forma, o esqueleto abriu novas perspectivas sobre a evolução humana e como diferentes espécies se relacionavam entre si.O esqueleto pode ser visto atualmente no Museu Nacional de Arqueologia em Lisboa, e atrai muitos turistas. Visitá-lo é ver de perto como a evolução humana se desenvolveu e saber um pouco sobre nossos ancestrais.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:47.024Z

A Criança de Lapedo: uma descoberta fascinante na evolução humana

Imagem de Por que os humanos não têm o corpo coberto por pelos? no megacurioso

Diferente da maioria dos mamíferos, nosso corpo perdeu a maior parte do pelo durante a evolução

Uma das caracter&iacute;sticas mais marcantes dos mam&iacute;feros &eacute; a presen&ccedil;a de pelos no corpo. Por&eacute;m, com os humanos, essa caracter&iacute;stica foi sendo reduzida ao longo do tempo, se tornando apenas um vest&iacute;gio evolutivo.
N&oacute;s n&atilde;o somos a &uacute;nica esp&eacute;cie a perder os pelos. Por&eacute;m, n&oacute;s somos a &uacute;nica que perdeu de maneira isolada. Enquanto cet&aacute;ceos e outros mam&iacute;feros aqu&aacute;ticos t&ecirc;m a aus&ecirc;ncia de pelo compartilhada com grupos pr&oacute;ximos, nenhuma outra esp&eacute;cie de primata seguiu essa mesma tend&ecirc;ncia evolutiva que n&oacute;s. Por que isso aconteceu? E por que mantivemos pelos em algumas partes do corpo?
<h2>Resposta evolutiva</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/23/23112715427148.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)" />(Fonte: GettyImages)
At&eacute; o momento, a ci&ecirc;ncia ainda n&atilde;o encontrou uma resposta que consiga explicar como ou por que perdemos os nossos pelos ao longo da nossa evolu&ccedil;&atilde;o. Assim como tamb&eacute;m n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel afirmar em qual momento isso aconteceu.
O que existe &eacute; uma s&eacute;rie de teorias, das quais a hip&oacute;tese do resfriamento do corpo &eacute; uma das mais aceitas. Tamb&eacute;m conhecida como hip&oacute;tese da savana, ela sugere que a necessidade crescente dos primeiros humanos de termorregular seus corpos serviu como um fator para a perda de pelo.
Em uma &eacute;poca em que era necess&aacute;rio perseguir presas por longas dist&acirc;ncias e em um ambiente de temperatura elevada, a aus&ecirc;ncia de pelo permitiria suar com mais efici&ecirc;ncia e esfriar o corpo mais rapidamente sem precisar de pausas. E existem evid&ecirc;ncias para essa hip&oacute;tese.
Alguns estudos correlacionam a presen&ccedil;a de interruptores para alguns genes respons&aacute;veis por determinar se certas c&eacute;lulas se desenvolvem em gl&acirc;ndulas sudor&iacute;paras ou fol&iacute;culos pilosos. Essa diferencia&ccedil;&atilde;o come&ccedil;ou a aparecer em algum momento entre&nbsp;2 milh&otilde;es e 1,5 milh&otilde;es de anos no passado, e tamb&eacute;m convergem para o momento em que os genes que aumentaram a pigmenta&ccedil;&atilde;o da pele humana apareceram.
<h2>Cabelo, axilas e pelos pubianos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/23/23111853416144.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
Mas o que explica n&oacute;s mantermos os pelos em regi&otilde;es bastante espec&iacute;ficas do nosso corpo? Uma teoria bastante aceita est&aacute; diretamente relacionada com a hip&oacute;tese do resfriamento do corpo. A ideia &eacute; que conforme n&oacute;s ficamos mais eretos, a presen&ccedil;a de pelo para <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118970-por-que-a-exposicao-ao-sol-deixa-o-cabelo-mais-claro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nos proteger da radia&ccedil;&atilde;o solar s&oacute; se tornou necess&aacute;ria na cabe&ccedil;a</a>.
Ela estaria relacionada com outra teoria sobre o momento em que passamos a ter <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/115218-como-se-formam-os-cachos-dos-cabelos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cabelo encaracolado</a>. De acordo com alguns estudos, esse padr&atilde;o de cabelo ajuda a minimizar o ganho de calor da radia&ccedil;&atilde;o solar. Quanto mais encaracolado o cabelo, com mais facilidade ele consegue criar bolsas de ar abertas, dissipando e minimizando a quantidade de calor que desce para o couro cabeludo. Enquanto ele n&oacute;s protege da radia&ccedil;&atilde;o, tamb&eacute;m controla a temperatura da nossa cabe&ccedil;a.
Quanto aos pelos pubianos e nas axilas, a principal hip&oacute;tese &eacute; que eles sejam apenas um subproduto da evolu&ccedil;&atilde;o. Alguns estudos sugerem ainda que eles podem ser uma maneira de proteger a nossa pele do atrito causada pelo movimento dos nossos bra&ccedil;os ou pernas.

thumb-image-2024-02-29T14:06:45.722Z

Por que os humanos não têm o corpo coberto por pelos?

Imagem de Qual é o maior tamanho que os animais podem atingir? no megacurioso

Será possível que animais gigantes como elefantes e baleias-azuis fiquem ainda maiores?

<head></head><body>Os animais são uma parte fascinante do mundo natural, e uma questão que frequentemente pode surgir na mente de muitas pessoas é qual é o tamanho máximo que eles poderiam atingir? Seria possível vermos um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124480-execucao-por-elefante-a-pena-capital-que-assombrou-a-india.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">elefante</a> gigantesco ou outra criatura imensa como aquelas apresentadas em muitos filmes de ficção científica?A resposta para essas perguntas é complexa, pois a dimensão máxima de um ser é influenciada por diversos fatores, incluindo sua biologia, ambiente e as leis da física.<h2>Nutrientes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/09/09135652084221.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Acredita-se que o maior ser a habitar a Terra foi o Argentinosaurus, um titanossauro com cerca de 77 toneladas que viveu há cerca de 90 milhões de anos, durante o período Cretáceo Superior. Em comparação a ele, até mesmo o elefante africano – com suas meras sete toneladas – parece minúsculo, mas os dois claramente se curvam à baleia-azul, a grande campeã com 165 toneladas.Uma das principais causas para essas diferenças é a disponibilidade de recursos e nutrientes. "Animais que vivem em ambientes mais produtivos com alimentos de alta qualidade geralmente conseguem apresentar tamanhos corporais máximos maiores. Baleias, elefantes e outras megabiotas tendem a viver em ambientes produtivos e ricos em nutrientes", explicou Jordan Okie, biólogo quantitativo da Universidade do Estado do Arizona, nos EUA.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/09/09135801621222.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)As necessidades nutricionais também ajudam a entender porque os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124186-fosseis-quebrados-mostram-como-esses-5-dinossauros-lutavam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dinossauros</a> seriam tão maiores do que nossos gigantes atuais. Afinal, mamíferos de sangue quente possuem metabolismos acelerados, precisando de 10 vezes mais alimento para sustentar seus corpos em comparação com os répteis, que crescem com uma quantidade bem menor de calorias.As baleias-azuis devem seu porte à megafauna marinha, que oferta quilômetros de oceano disponíveis para a busca de comida e zooplâncton de forma eficiente.<h2>Física e lei do quadrado-cubo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/09/09135348440218.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Outro fator importante que impede os animais de extrapolarem seus tamanhos atuais está relacionado à física, mais especificamente à lei do quadrado-cubo, um princípio matemático descrito por Galileu Galilei como "a razão de dois volumes é maior do que a razão de suas superfícies".Sendo assim, um corpo ampliado terá volume que crescerá mais rápido do que a área superficial, necessitando de membros maiores e mais largos para sustentar todo esse peso. De acordo com Felisa Smith, professora de paleoecologia na Universidade do Novo México, o limite seria 120 toneladas para seres terrestres, pois mais do que isso faria suas pernas terem que ser muito largas, o que tornaria o simples ato de caminhar completamente ineficiente."Os maiores animais no registro <a href="https://www.megacurioso.com.br/dinossauros-e-fosseis/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fóssil</a> têm apenas cerca de 100 toneladas, o que suporta esse máximo teórico. Não está claro que animais ainda maiores seriam biologicamente viáveis", acrescentou Smith ao Live Science.Já as baleias, devido à sua flutuabilidade, podem aumentar de tamanho sem forçar sua musculatura e ossos, atingindo assim proporções imensas que fariam criaturas terrestres desmoronarem.<h2>Metabolismo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/09/09134954492211.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Porém, se a lei do quadrado-cubo permitiria um peso tão gigantesco, por que não temos mais criaturas tão enormes quanto <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122299-por-que-elefantes-estao-se-vingando-e-matando-pessoas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">elefantes</a>?Como mencionado antes, animais grandes precisam de mais alimento para se sustentarem, mas a quantidade energética e nutrientes absorvidos ainda é limitada pela sua superfície corporal, algo que se torna muito desfavorável conforme o corpo aumenta. Ou seja, seria inviável que um animal gigante consumisse tudo o que precisaria para sobreviver.Além disso, a taxa máxima de bombeamento sanguíneo do coração é limitada, então, se um mamífero apresentasse um surto absurdo de crescimento, a quantidade de sangue a ser bombeada seria bem maior, o que excederia facilmente a capacidade cardíaca.<h2>Seres humanos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/09/09134623970210.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Embora nosso planeta consiga conter <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116404-cientistas-revelam-as-causas-do-desaparecimento-da-megafauna-asiatica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">megafaunas</a>, ou seja, conjuntos de animais de grandes proporções, elas vêm desaparecendo há 20 mil anos, com vários grupos, como as baleias, correndo risco de extinção.Um grande motivo por trás disso é a evolução da humanidade, o que nos coloca como outro grande impedimento para que outras criaturas atinjam tamanhos maiores.“Seria preciso não ter humanos antes que a megafauna pudesse retornar. Somos a espécie dominante e nenhum animal vai crescer sob nossa hegemonia. As chances de conseguir algo tão grande quanto um dinossauro do período Cretáceo novamente são improváveis", afirmou Geerat Vermeji, professor de geobiologia e paleobiologia da Universidade da Califórnia em Davis, ao Live Science.Então, por mais que a ideia de um elefante gigantesco seja fascinante, a realidade biológica, física e ambiental sugere que uma criatura desse tamanho seria impossível de sustentar. Em vez disso, o importante é admirar esses animais magníficos pelo tamanho que já atingiram e garantir que possam habitar o planeta ao nosso lado por muitos e muitos anos.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:45.342Z

Qual é o maior tamanho que os animais podem atingir?

Imagem de Como a camuflagem ajudou na evolução das espécies? no megacurioso

Considerado um recurso essencial de sobrevivência, a camuflagem é uma das melhores técnicas na natureza para escapar de predadores

A evolu&ccedil;&atilde;o das esp&eacute;cies &eacute; algo bastante relativo entre elas. A lei dos mais fortes n&atilde;o necessariamente precisa ser uma verdade, visto que os mais inteligentes saem ganhando em in&uacute;meras situa&ccedil;&otilde;es. Um grande exemplo disso &eacute; a base de animais ao longo da nossa hist&oacute;ria que sobreviveram realizando uma &uacute;nica a&ccedil;&atilde;o: esconder-se.&nbsp;
Fugir dos predadores &eacute; algo t&atilde;o instintivo dos seres vivos que muitos deles desenvolveram um gene de mudan&ccedil;a de cor apenas para conseguirem se misturar &agrave; natureza e enganar seus rivais. Sendo assim, vamos entender um pouco mais sobre a importante fun&ccedil;&atilde;o que o processo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/46916-ninjas-corujas-provam-que-sao-mestres-na-camuflagem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">camuflagem</a> cumpre no mundo selvagem.
<h2>Evolu&ccedil;&atilde;o em cores</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/14/14104905813134.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Um simples detalhe como a cor de um animal pode definir se ele vai viver por mais tempo ou morrer rapidamente. Caso ele seja muito f&aacute;cil de ver pelos predadores, fatalmente se tornar&aacute; um alvo mais f&aacute;cil de uma nova refei&ccedil;&atilde;o. Por isso, muitas criaturas acabam desenvolvendo outros reflexos de defesa em detrimento da cor.
De qualquer forma, a camuflagem &eacute; um dos mais efetivos entre todos. As cores de um animal costumam ser provenientes dos genes de seus pais, ou seja, esse &eacute; um aspecto dentro das esp&eacute;cies que &eacute; altamente direcionado por meio da sele&ccedil;&atilde;o natural. Esp&eacute;cimes com cores mais discretas sobreviver&atilde;o mais e, consequentemente, espalhar&atilde;o seus genes em maior n&uacute;mero.
Por&eacute;m, isso n&atilde;o significa que o mundo animal tenha-se contentado em desenvolver uma palheta de cores padronizada para todas as esp&eacute;cies. Diversas esp&eacute;cies apresentam discrep&acirc;ncia de cores entre si, o que acaba gerando uma disparidade de n&uacute;meros entre os mesmos animais, mas com cores diferentes.
<h2>Sele&ccedil;&atilde;o natural</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/14/14104723405130.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
A sele&ccedil;&atilde;o natural &eacute; um conceito aplicado por Charles Darwin desde 1859, o qual argumentava que a alta fecundidade e a briga por sobreviv&ecirc;ncia na natureza faziam as esp&eacute;cies se moldarem conforme as suas necessidades, e um grande exemplo disso pode ser visto na d&eacute;cada de 1950.
Com o avan&ccedil;o cada vez maior do industrialismo, a fuma&ccedil;a de carv&atilde;o havia escurecido as &aacute;rvores na Inglaterra. Sendo assim, as mariposas apimentadas (Biston betularia), que antes se misturavam bem &agrave; colora&ccedil;&atilde;o da casca das &aacute;rvores, passaram a ficar mais destacadas contra o tom acinzentado que tomou conta da natureza local.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/14/14104805046133.jfif" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Isso foi o suficiente para que a vers&atilde;o mais escura dessa esp&eacute;cie, que era considerada extremamente rara, acabasse se tornando comum. Um estudo feito pela Universidade de Chicago comprova que as mariposas de cor clara se tornaram um alvo muito mais f&aacute;cil para p&aacute;ssaros nos tempos modernos. Sendo assim, a sele&ccedil;&atilde;o natural mais uma vez se demonstrou poderosa.&nbsp;
Por&eacute;m, isso n&atilde;o parara por a&iacute;. No fim do s&eacute;culo, os processos de purifica&ccedil;&atilde;o do ar no Reino Unido fizeram as &aacute;rvores adquirirem uma colora&ccedil;&atilde;o mais clara outra vez. E o resultado? As mariposas apimentadas de tom mais escuro voltaram a ser consideradas mais raras do que as demais. Agora, estudos indicam que elas t&ecirc;m 9% menos chances de sobreviver na natureza do que suas irm&atilde;s de cor clara.
<h2>Adapta&ccedil;&atilde;o ao ambiente</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/14/14104639888129.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Apesar de a distin&ccedil;&atilde;o de cores entre uma esp&eacute;cie poder fazer determinada colora&ccedil;&atilde;o ser mais rara do que outra, a disparidade de cores pode ser um benef&iacute;cio para alguns animais. Por exemplo, os diferentes padr&otilde;es de cores podem fazer uma mesma esp&eacute;cie sobreviver bem em dois tipos de ambientes.
Um exemplo claro disso &eacute; o que ocorre com o Timema cristinae,&nbsp;uma esp&eacute;cie de bicho-pau que vive nas montanhas de Santa B&aacute;rbara, nos Estados Unidos. Segundo os estudos conduzidos por pesquisadores da Universidade de Sheffield, esses insetos t&ecirc;m duas vers&otilde;es: uma de cor verde s&oacute;lida e outra com pequenas listras brancas pelo corpo.
Dependendo do tipo de arbusto que os cientistas analisavam, era poss&iacute;vel identificar uma predomin&acirc;ncia de determinada colora&ccedil;&atilde;o. Como o bicho-pau n&atilde;o tem asas, eles tendem a passar a vida em um mesmo arbusto. Entretanto, novas crias podem acabar migrando para um novo h&aacute;bitat. Em suma, a variedade de cores aumenta as chances de sobreviv&ecirc;ncia de uma esp&eacute;cie desde que estejam no arbusto correto.
<h2>Mudan&ccedil;a de cor</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/14/14104049638121.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Se algumas criaturas dependem de uma palheta fixa de cores para sobreviver na natureza, vale destacar que alguns animais levam a camuflagem muito a s&eacute;rio, como &eacute; o caso dos camale&otilde;es. Para se disfar&ccedil;ar em seus h&aacute;bitats, essas criaturas desenvolveram um mecanismo involunt&aacute;rio que lhes permite simplesmente mudar de cor de acordo com o espa&ccedil;o onde est&aacute; inserido.
Dessa forma, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/40118-8-curiosidades-sobre-os-camaleoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">camale&atilde;o</a> n&atilde;o teria necessariamente uma colora&ccedil;&atilde;o fixa. Mas como esse processo funciona? No caso do camale&atilde;o, essa pode ser uma estrat&eacute;gia tanto de ca&ccedil;a quanto de defesa. Seja para fugir de um predador, seja para n&atilde;o despertar suspeitas em suas v&iacute;timas, eles conseguem controlar a movimenta&ccedil;&atilde;o dos pigmentos que d&atilde;o cores &agrave;s c&eacute;lulas da pele.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/14/14104350951124.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Por&eacute;m, esse processo todo &eacute; involunt&aacute;rio. O c&eacute;rebro do camale&atilde;o recebe a luz que incide na retina e passa a comparar essa luminosidade com aquela refletida no ambiente. Ent&atilde;o, o &oacute;rg&atilde;o transmite horm&ocirc;nios para que as c&eacute;lulas da pele assumam uma cor diferente para o local onde est&aacute;. Dependendo da esp&eacute;cie de camale&atilde;o, as cores que ele pode assumir podem variar entre verde, rosa, amarelo, azul, vermelho, preto e marrom.
<h2>Ca&ccedil;adores camuflados</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/14/14103903935115.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Como citado, a camuflagem n&atilde;o necessariamente &eacute; tida como um mecanismo de defesa. Na realidade, muitas esp&eacute;cies de predadores natos utilizam essa t&eacute;cnica para conseguir pegar suas presas desprevenidas. Isso &eacute; facilmente visto em ambientes mais extremos e que sofrem com a escassez de recursos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/14/14104015341119.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Os ursos, por exemplo, s&atilde;o criaturas que fazem isso com certa habilidade. Principalmente o <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/54516-conheca-alguns-fatos-e-curiosidades-sobre-os-ursos-polares.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">urso polar</a>, que vive em um h&aacute;bitat em constante evolu&ccedil;&atilde;o e que sofre com a a&ccedil;&atilde;o humana; ent&atilde;o, a colora&ccedil;&atilde;o esbranqui&ccedil;ada, que se confunde com o gelo, torna-se uma importante aliada na busca por alimentos.&nbsp;

Evolução

Novidades