Esportes
11/05/2023 às 09:00•2 min de leitura
Um novo estudo esclareceu informações sobre a história evolutiva de mamíferos com bolsas ventral, como cangurus e coalas. Segundo a pesquisa, esses animais têm uma história evolutiva mais radical do que se pensava anteriormente, sugerindo que são mais evoluídos do que eram considerados.
Antigamente, acreditava-se que as criaturas com marsúpio eram uma espécie de trampolim evolutivo entre os ovíparos chamados monotremados, como ornitorrincos, e os placentários, como os humanos.
No entanto, a ciência moderna reconhece que marsupiais e placentários evoluíram de um ancestral comum há cerca de 160 milhões de anos. Apesar disso, os autores do estudo apontam que esses animais ainda são vistos com o mesmo estigma de quando eram classificados como um grupo intermediário.
(Fonte: Getty Images/Reprodução)
O estudo, publicado em abril na revista Current Biology, utilizou imagens 3D de 165 crânios de mamíferos em 22 espécies, variando de fetal a adulto, para determinar como se desenvolveram. Depois, os resultados foram comparados com os dos marsupiais e seu hipotético ancestral comum.
Os pesquisadores concluíram que a estratégia de desenvolvimento dos placentários é mais similar a do ascendente do que a dos marsupiais, sugerindo que o segundo grupo evoluiu mais do que o primeiro desde a divisão.
(Fonte: Getty Images/Reprodução)
A estratégia peculiar de terminar a gestação no marsúpio da mãe teria ocorrido mais tarde no processo evolutivo, levando a uma desaceleração na taxa de crescimento do crânio em comparação aos placentários, uma grande mudança em comparação com a criatura originária.
A principal autora do estudo, Heather White, pesquisadora de pós-doutorado no Museu de História Natural, observou que essa descoberta coloca os marsupiais sob uma nova luz, o que é muito empolgante.
(Fonte: Getty Images/Reprodução)
As evidências da pesquisa desafiam o equívoco histórico dos marsupiais como intermediários menos bem-sucedidos. Elas provam que esses seres são altamente especializados em seu padrão de desenvolvimento, e definitivamente não são "meio animais ou meio mamíferos". Em vez disso, eles têm uma história evolutiva muito mais extrema em comparação aos humanos, sugerindo que eles são o grupo mais evoluído ou mais divergente.
Essa novidade científica oferece um fascinante vislumbre da história evolutiva desses notáveis animais, ressaltando ainda mais a importância da pesquisa na expansão de nosso conhecimento e compreensão do mundo natural.