Imagem de Ornitorrinco e outros animais que perderam seus estômagos ao evoluir no megacurioso

Segundo estudos científicos, criaturas como os ornitorrincos abandonaram seus estômagos no processo evolutivo e 'queimaram' todas as instruções genéticas

<head></head><body>Há 450 milhões de anos, grande parte dos seres vivos em nosso planeta evoluíram para ter <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123687-4-dicas-para-evitar-problemas-de-barriga-em-viagens.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estômagos</a> — o órgão digestivo que conhecemos em nossa própria anatomia. No entanto, um estudo feito pela Universidade do Porto demonstrou que algumas criaturas "involuíram" para descartar esse órgão e viver como seus ancestrais.&nbsp;Exemplos vivos disso são os mamíferos que põem ovos, como os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116784-ornitorrincos-brilham-na-luz-negra-e-ninguem-sabe-o-porque.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ornitorrincos</a> e as equidnas espinhosas, e cerca de 25% das espécies de peixe conhecidas por nós. O estômago é um órgão responsável por decompor alimentos e foi se adaptando para digerir blocos maiores de proteína. Então, por que essas espécies regrediram de forma tão impressionante? Veja só o que se sabe até então!<h2>Abandono do estômago</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28010320391601.jpg" alt="(Fonte: Repositório de imagens NZN)">(Fonte: Repositório de imagens NZN)Em entrevista ao National Geographic, o autor do estudo, Ed Yong, destacou alguns pontos importantes que podem ter levado diversos animais a "descartarem" seus estômagos evolutivamente. "Sabemos que os animais desenvolvem conjuntos muito diferentes de genes de pepsinogênio para lidar com as proteínas em suas dietas específicas. Talvez os ancestrais das espécies sem estômago tenham mudado para uma dieta diferente que tornou essas enzimas inúteis", citou.Para Yong, essas espécies acumularam mutações debilitantes com o tempo e que simplesmente não faziam sentido. Os pepsinogênios, enzimas presentes nas proteínas, funcionam melhor em ambientes ácidos. Logo, se eles desaparecerem, esses seres não precisarão de uma câmara ácida a mais para sobreviver sem problemas de saúde.Para se manter ácido, o estômago exige um gasto de energia muito grande das bombas gástricas. A partir do momento que toda essa função não é mais necessária dentro da alimentação de um ser vivo, portar esse órgão só seria um gasto displicente de força que poderia ser usada em outras atividades — o que explica a "involução" com o tempo.<h2>Rastros no DNA</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28010337393603.jpg" alt="(Fonte: Repositório de imagens NZN)">(Fonte: Repositório de imagens NZN)Embora as justificativas dadas por Yong sejam muito plausíveis, todo esse processo ainda é fruto de muita especulação em termos científicos. Outra ideia plausível dada pelos pesquisadores é que alguns animais consomem muitos mariscos e corais, cujas conchas são ricas em carbonato de cálcio — uma substância que neutraliza o ácido no estômago.<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121802-6-dos-tipos-de-peixe-mais-lindos-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Peixes</a> que se alimentam no fundo do mar, como os bodiões, recebem bocados dessa substância quando sugam grandes quantidades de sujeira. De maneira resumida, é como se essas criaturas estivessem se empanturrando de antiácidos. Portanto, qual o sentido de acidificar o estômago se todo alimento ingerido desfaz esse trabalho? Isso seria razão para que espécies sem estômago não sofram com isso.Porém, um fato é certo: uma vez que uma espécie perde seu estômago, é consideravelmente improvável que o órgão volte através da evolução. Em todas as espécies sem estômago testadas pelos pesquisadores, exceto o baiacu, os genes que normalmente codificam esse órgão foram completamente apagados de seu genoma. Assim, é quase como se essas criaturas abandonassem o órgão como lixo evolutivo e também queimassem todas as instruções genéticas.&nbsp;</body>

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Ornitorrinco e outros animais que perderam seus estômagos ao evoluir

Imagem de 5 fósseis que ajudaram a entender a vida pré-histórica no megacurioso

Conheça os fósseis que nos permitiram compreender as peculiaridades fascinantes sobre animais do passado

<head></head><body>Os fósseis são registros importantes para que possamos entender como a vida evoluiu até os dias atuais.Abaixo, você pode conferir a história por trás de cinco fósseis peculiares e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124186-fosseis-quebrados-mostram-como-esses-5-dinossauros-lutavam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">as histórias que eles revelaram sobre o passado</a>!<h2>1. Tartarugas gigantes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/23/23082808265405.jpg" alt="Réplica de um fóssil de Stupendemys geograficus. (Fonte: Wikimedia Commons)">Réplica de um fóssil de Stupendemys geograficus. (Fonte: Wikimedia Commons)A Stupendemys geograficus&nbsp;foi uma espécie de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124074-especie-de-tartaruga-gigante-e-descoberta-600-anos-apos-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tartaruga pré-histórica gigante</a> que poderia ser bastante ameaçadora. Ela habitou a região da Venezuela há cerca de 10 milhões de anos e é conhecida principalmente por seu tamanho. Podendo chegar a impressionantes 3 metros de comprimento, elas eram répteis capazes de se defender de predadores ferozes e protagonizar batalhas épicas entre si.Um recente estudo revelou que em alguns fósseis é possível ver marcas que coincidem com mordidas de Purussaurus&nbsp;— um grupo de crocodilos que podiam chegar a 13 metros de comprimento. Além disso, essas tartarugas possuíam mandíbulas bastante poderosas, que as ajudava na defesa e na alimentação. Apesar do tamanho avantajado, elas provavelmente eram caçadoras eficientes, se alimentando de tartarugas menores, peixes e moluscos.<h2>2. Um pterodáctilo com polegares opositores</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/23/23082937223406.png" alt="(Fonte: Chuang Zhao/University of Birmingham/Reprodução)">(Fonte: Chuang Zhao/University of Birmingham/Reprodução)Os pterodáctilos são um grupo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124294-nova-especie-de-pterossauro-com-500-dentes-e-descoberto-na-alemanha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pterossauro</a> — répteis voadores — que viveram há cerca de 150 milhões de anos. Porém, diferente dos pássaros modernos, eles não eram capazes de pousar em árvores. Então, em 2021, paleontólogos descobriram um fóssil que mudou a compreensão sobre esses animais: eles tinham polegares opositores, como um primata.Essa característica estranha fez com que ele recebesse o apelido de Monkeydactyl — algo como Macacodáctilo. Um estudo escaneou os fósseis desses animais e criou um modelo 3D da estrutura física deles, a fim de confirmar se eles tinham condições para se agarrar em galhos. A conclusão é que esses répteis realmente podem ter utilizado os polegares opositores para se sustentar e eliminar a competição com outros pterossauros por comida.<h2>3. Macacos da Escuridão</h2><span class="img-fc" data-fonte="Kristen Miller/Biodiversity Institute/University of Kansas" data-fonte-url="https://today.ku.edu/2023/01/25/arctic-monkeys-52-million-year-old-fossils-prove-near-primates-were-cool-colder-climate"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/01/01172540093233.jpg" alt="(Fonte: Kristen Miller/Biodiversity Institute/University of Kansas)">(Fonte: Kristen Miller/Biodiversity Institute/University of Kansas)O Ártico é uma das regiões mais inóspitas da Terra. Embora existam algumas espécies de mamíferos capazes de suportar o frio intenso — como o urso-polar, a raposa-do-ártico, o elefante-marinho, baleias, entre outros —, não existe nenhuma espécie de primata endêmica da região... atualmente.Porém, um estudo divulgado no início de 2023 revelou que o Círculo Polar Ártico tinha pelo menos duas espécies de primatas que habitavam as terras do norte há 52 milhões de anos. Esses animais eram parecidos com esquilos e pesavam pouco mais de 2 kg. Embora o Ártico fosse pantanoso e quente naquela época, eles ainda precisavam resistir aos seis meses de noite.Para conseguir sobreviver nesta condição, seus fósseis revelaram que as mandíbulas deles eram incrivelmente poderosas. Isso permitia que eles mastigassem a vegetação dura que crescia em um ambiente sem sol.<h2>4. O 'passarossauro'</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/23/23083450439413.jpg" alt="(Fonte: ZHAO Chang/Chinese Academy of Science/Reprodução)">(Fonte: ZHAO Chang/Chinese Academy of Science/Reprodução)Todas as aves modernas são descendentes dos dinossauros. Porém, por muitos anos os paleontólogos não tinham um fóssil que ajudasse a entender em que momento houve a separação entre répteis e aves. Isso mudou no início de 2023, quando um grupo de pesquisadores anunciou um estranho fóssil que pode ser o elo entre esses dois grupos.Chamado de Cratonavis zhui, a criatura viveu na China há cerca de 120 milhões de anos. O mais curioso é que ele possui todas as características de uma ave, exceto por um detalhe: o crânio, que é muito semelhante ao de um T-Rex.Por se tratar de um descoberta recente, ainda não é possível afirmar de qual grupo ele descende e como ocorreu a mudança. Porém, a expectativa é que ele se torne a chave para desvendar o mistério da transformação dinossauro-pássaro.<h2>5. Os elefantes da Sicília</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/23/23083653224414.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Há algumas dezenas de milhares de anos, a Sicília foi o lar de duas espécies de pequenos elefantes — o menor deles era do tamanho de um pônei. Embora ambos sejam bem conhecidos, por muito tempo não se sabia como eles haviam chegado na ilha. Para tentar responder esta pergunta, foi realizado um estudo com DNA presente nos fósseis desses animais.O resultado mostrou que eles eram descendentes de Paleoloxdon antiquus, elefantes gigantes que com mais de 4 metros de altura e 14 toneladas. Eles migraram para a Sicília entre 70.000 e 200.000 anos atrás, e como o local tinha poucos recursos, os animais começaram a diminuir de tamanho.A cada geração, os indivíduos menores tinham um sucesso evolutivo maior e em apenas 40 gerações, eles perderam 85% de sua massa original e passaram de um dos maiores mamíferos terrestres que já existiram a pequenos elefantes.</body>

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5 fósseis que ajudaram a entender a vida pré-histórica

Imagem de Aproximação facial revela rosto de brasileiro de 9.600 anos no megacurioso

Zuzu, como foi batizado o esqueleto, foi descoberto em 1997, mas somente agora sua idade foi confirmada com mais precisão

<head></head><body>Em 1997, o esqueleto de um homem foi descoberto na Toca dos Coqueiros, um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122061-5-sitios-arqueologicos-que-foram-campos-de-batalha-pre-historicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sítio arqueológico</a> no Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí. Ele estava enterrado em posição fetal e foi identificado como uma mulher que viveu há 11 mil anos. Na ocasião, a equipe de arqueólogos responsável pela descoberta, batizou o esqueleto de Zuzu.Agora, com novas técnicas de análise, foi possível fazer uma estimativa mais precisa da idade. Além disso, um estudo que envolveu aproximação facial — um método forense que busca criar uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123992-cranio-de-9-mil-anos-tem-rosto-reconstruido-por-brasileiros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">expressão facial a partir de um crânio</a> — fez com que os pesquisadores considerassem a possibilidade de Zuzu ter sido um homem.<h2>Um brasileiro muito antigo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/17/17025408427002.png" alt="Esqueleto de Zuzu quando foi descoberto, em 1997. (Fonte: Revista Pesquisa FAPESP)">Esqueleto de Zuzu quando foi descoberto, em 1997. (Fonte: Revista Pesquisa FAPESP)Quando Zuzu foi descoberto, não havia colágeno e outros tecidos que permitissem <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114129-cranio-de-crianca-pode-ser-o-fossil-mais-antigo-de-homo-erectus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">determinar a sua idade.</a> Isso fez com que a equipe optasse por estabelecer a idade a partir de um pedaço de carvão embutido no calcanhar direito do esqueleto. O material tinha aproximadamente 11 mil anos e essa foi a primeira idade atribuída ao esqueleto.&nbsp;Existem poucos esqueletos encontrados no Brasil com essa idade. Atualmente, o mais antigo é o de Luzia, uma mulher adulta que morreu entre 12,5 mil e 13 mil anos atrás no que hoje é o município de Lagoa Santa, na região central de Minas Gerais.“Com exceção de Luzia e mais um ou dois casos, quase todo o material humano encontrado em Lagoa Santa tem entre 9 mil e 10 mil anos, a mesma idade agora atribuída a Zuzu”, explica o bioantropólogo Walter Neves, do Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos da USP.&nbsp;Para conseguir estabelecer com mais precisão o período que Zuzu viveu, foi feita a datação direta de íons de carbonato (CO3) do esmalte dentário. A partir de isótopos radioativos de carbono encontrados em dois molares, os cientistas conseguiram afirmar que o esqueleto tem algo entre 9.526 e 9.681 anos. Essa data também é uma aproximação, uma vez que o carbonato de material do ambiente mais recente que o esqueleto pode ter se integrado aos dentes após a morte.<h2>Aproximação facial</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/17/17025514165003.png" alt="(Fonte: Revista Pesquisa FAPESP)">(Fonte: Revista Pesquisa FAPESP)Desde a descoberta do esqueleto, muitos arqueólogos questionaram a definição de Zuzu como mulher. Para tentar responder essa questão, os pesquisadores tiraram dezenas de fotos de diferentes ângulos do crânio de Zuzu. Usando uma técnica conhecida como fotogrametria, foi possível juntar as imagens para criar um modelo 3D virtual do crânio para revelar sua possível face.“Embora o crânio tenha afinidade com uma população asiática, entre os indivíduos de tal ancestralidade há um grande número de diferenças estruturais, que são contornadas fechando as pálpebras”, escreveram os pesquisadores no estudo. "A imagem também foi renderizada em tons de cinza (preto e branco), pois não há informações precisas sobre a cor da pele. Portanto, essa imagem seria a mais próxima do que o rosto real poderia ser".</body>

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Aproximação facial revela rosto de brasileiro de 9.600 anos

Imagem de Cérebros humanos vêm diminuindo de tamanho há 3 mil anos? no megacurioso

Novos estudos apontam para uma diminuição significativa do cérebro há cerca de 3 mil anos, mas nem todos concordam com isso

<head></head><body>Segundo algumas estimativas científicas, desde a última vez que o Homo compartilhou um ancestral em comum com os chimpanzés, as dimensões de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124205-radiacao-gama-pode-causar-problemas-no-cerebro-de-passageiros-de-avioes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nosso cérebro</a>&nbsp;praticamente quadruplicaram, sendo que isso aconteceu&nbsp;no decorrer de 6 milhões de anos.Contudo, algumas pesquisas recentes sugerem que nossos cérebros tenham diminuído de tamanho desde o fim da última Era do Gelo. Para muitos cientistas, o momento exato e as razões para isso ter ocorrido permanecem um mistério. Mas, segundo o referido estudo, que chamou muito a atenção do meio científico, o cérebro acabou por reduzir seu tamanho&nbsp;pelo simples fato de termos nos tornado mais civilizados.O cérebro é o órgão mais enigmático e sofisticado do corpo humano. Segundo a pesquisa citada, ele começou a diminuir há cerca de 3 mil anos. A título de curiosidade, tal descoberta foi possível graças as formigas, usadas como modelo para demonstrar porque os cérebros podem diminuir ou aumentar de tamanho.<h2>Inteligência coletiva e a diminuição do cérebro humano</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/12/12200311169004.png" alt="(Fonte: holdendrils / Pixabay/ Reprodução)">(Fonte: holdendrils / Pixabay/ Reprodução)Como dissemos anteriormente, um grupo de cientistas concluiu que o nosso cérebro passou por uma redução em suas dimensões no decorrer do período de transição para sociedades humanas modernas, algo que aconteceu a mais ou menos 3 mil anos atrás.Segundo o coautor dessa pesquisa, James Traniello, da Universidade de Boston, o estudo foi conduzido por uma equipe multidisciplinar: um neurobiólogo evolutivo, um ecologista comportamental e um antropólogo biológico.&nbsp;Os três pesquisadores começaram a investigar a evolução do cérebro humano e descobriram um fato curioso: pesquisas sobre humanos e formigas poderiam ajudar a entender o é que possível na natureza com relação ao cérebro. Isso, segundo James.O estudo foi publicado na revista eletrônica especializada Frontiers in Ecology and Evolution, e lança uma nova perspectiva sobre nossa "massa cinzenta".<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/12/12200508996005.png" alt="(Fonte: OpenClipart-Vectors / Pixabay/ Reprodução)">(Fonte: OpenClipart-Vectors / Pixabay/ Reprodução)De acordo com os pesquisadores, a capacidade de nossos ancestrais de guardar informações externamente por meio de grupos sociais, fez com que nós&nbsp;perdêssemos a necessidade de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124221-nosso-cerebro-e-capaz-de-apagar-memorias-ruins.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">manter cérebros grandes</a>.A hipótese relatada no estudo, teve como base fósseis humanos e uma comparação feita com os padrões evolutivos observados em colônias de formigas.Traniello explica que, embora as sociedades das formigas e a humana sejam significativamente diferentes e tenham seguido caminhos diversos quanto a evolução social, as formigas compartilham com o ser humano aspectos importantes de sua vida social. Alguns exemplos são a tomada de decisões em conjunto, produção do próprio alimento e repartição do trabalho.Conforme o especialista, as semelhanças entre essas duas “sociedades” completamente distintas, pode contribuir de forma significativa para estudos que buscam entender o que pode causar alterações no tamanho do cérebro.De forma geral, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124184-cientistas-descobrem-nova-camada-na-anatomia-do-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebros tendem a consumir muita energia</a>. Sendo assim, o processo de externalização do conhecimento feito pelos humanos, fez com que o cérebro necessitasse de menos energia, resultando em um favorecimento para sua diminuição.<h2>Nem todo mundo concorda</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/12/12200653900006.jpg" alt="(Fonte: Pete Linforth/ Pixabay/ Reprodução)">(Fonte: Pete Linforth/ Pixabay/ Reprodução)Já Brian Villmoare, antropólogo da UNLV, assim como o cientista Mark Grabowski, da Universidade John Moores de Liverpool, não concordam muito com as conclusões de James e sua equipe.Villmore diz haver uma série de implicações aqui. Ele destaca que a redução cerebral apontada no estudo citado, ocorreu em uma era em que muitas inovações importantes aconteceram no mundo, bem como eventos históricos. Por exemplo, o surgimento da civilização olmeca, o desenvolvimento da escrita chinesa, o surgimento do Novo Reino do Egito, entre muitos outros casos.&nbsp;De acordo com Villmoare, ao reexaminar os dados da pesquisa, não é possível afirmar categoricamente que as dimensões do cérebro humano sofreram alterações. O antropólogo vai além: ele afirma que, com base no conjunto de dados em questão, não foi possível notar nenhuma diminuição&nbsp;do cérebro dos humanos modernos.</body>

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Cérebros humanos vêm diminuindo de tamanho há 3 mil anos?

Imagem de Quais animais têm mais chance de sobreviver às mudanças climáticas? no megacurioso

Veja quais seres devem sobreviver às mudanças no clima causadas pelo aquecimento global e a destruição de habitats

<head></head><body>Dias cada vez mais quentes, geleiras derretendo, incêndios graves queimando tudo em seu caminho,... Fica cada vez mais claro que, embora ainda haja quem duvide, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/aquecimento-global" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aquecimento global</a> é real e vem causando mudanças climáticas que ameaçam o futuro do planeta.Essas alterações no clima impactam a vida na Terra de diferentes formas, com algumas espécies sentindo uma pancada muito maior do que outras — e cientistas já estimam quais animais devem sobreviver às transformações nos padrões climáticos e de temperatura em todo o globo.<h2>O impacto das mudanças climáticas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/03/03223726355019.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Em um relatório da World Wildlife Fund (WWF) liberado no ano passado, a instituição reportou um declínio de quase 70% na quantidade relativa de espécies monitoradas desde o ano de 1970. A razão para tamanha redução reside, na verdade, em dois aspectos: as <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119621-mudancas-climaticas-incendios-graves-no-mediterraneo-ligam-alerta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudanças climáticas</a> e a destruição de habitat, ambos causados por seres humanos.O documento afirma ainda que cerca de 1 milhão de espécies agora correm perigo de serem extintas em um futuro próximo, sugerindo a possibilidade de estarmos enfrentando a sexta extinção em massa do planeta. O aumento da temperatura da Terra resulta em mudanças no clima que, por sua vez, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120674-6-lugares-que-nao-existem-por-conta-das-mudancas-climaticas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alteram o ambiente</a> do qual dependem incontáveis vidas que pouco (ou nada) podem fazer para se salvar.Esta verdadeira luta pela sobrevivência, na qual alguns seres vão simplesmente desaparecer enquanto outros se adaptam à nova realidade, resultou em um fenômeno que vem sendo descrito por cientistas como os "vencedores e perdedores das mudanças climáticas." &nbsp;Segundo um estudo liderado por Giovanni Strona, pesquisador da Comissão Europeia, caso as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124062-como-paises-estao-trabalhando-para-limitar-emissoes-de-carbono.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">emissões de carbono</a> na atmosfera sejam mantidas em níveis intermediários, cerca de 20% da biodiversidade vertebrada do planeta deve desaparecer. A pesquisa, publicada no ano passado no periódico Science Advances, aponta que a situação pode piorar ainda mais se os níveis dessas emissões forem maiores, chegando à extinção de quase 30% de seres vertebrados existentes hoje na Terra.<h2>Quais animais devem sobreviver ao aquecimento global?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/03/03224200083024.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Os dados publicados mostram que as mudanças climáticas podem causar um efeito cascata, fazendo com que diversas espécies sejam <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116729-quanto-tempo-uma-especie-leva-para-ser-extinta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extintas</a> em consequência do desaparecimento de outros animais — a chamada coextinção. Como parte do estudo, cientistas montaram simulações da vida no planeta com dados referentes a mais de 15 mil cadeias alimentares encontradas na natureza.Os resultados mostraram um verdadeiro "efeito dominó," com animais sendo extintos, por exemplo, porque suas presas já não existem mais ou sua quantidade diminuiu consideravelmente. Porém, os pesquisadores descobriram outra informação interessante nos dados coletados: espécies maiores ou em níveis mais altosda cadeia alimentar devem sofrer mais com mudanças ambientais.Portanto, conforme os dados revelados pelo estudo, provavelmente animais menores como roedores e insetos devem se adaptar mais facilmente às alterações no clima, que deve apresentar temperaturas cada vez mais altas. Um dos fatores identificados pelos pesquisadores foi a velocidade de reprodução, que é muito mais lenta em espécies maiores — enquanto ratos, por exemplo, se reproduzem muito mais rápido.Já seres de porte maior, como elefantes, devem sentir muito mais a pancada em consequência do aquecimento global. Quem também deve sofrer são os bichos que dependem demais de características do ambiente, como os que vivem em locais muito frios ou em recifes de corais, correndo risco de serem extintos com a elevação da temperatura do planeta.</body>

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Quais animais têm mais chance de sobreviver às mudanças climáticas?

Imagem de Vida primitiva pode ser a chave para encontrarmos planetas habitáveis no megacurioso

Mesmo planetas com condições extremas podem se transformar com o tempo, desde que haja condições mínimas para o surgimento dos primeiros seres vivos

Por muitos anos, astr&ocirc;nomos trabalharam com o conceito de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121752-como-e-possivel-haver-vida-nas-profundezas-dos-oceanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">zona habit&aacute;vel</a> ao buscar por planetas capazes de suportar algum tipo de vida. Mas o par&acirc;metro para a zona habit&aacute;vel costumava se basear nas condi&ccedil;&otilde;es necess&aacute;rias para a vida como n&oacute;s a conhecemos.
No planeta Terra, esse par&acirc;metro tem uma s&eacute;rie de exig&ecirc;ncias bastante r&iacute;gidas. Um deles &eacute; a presen&ccedil;a de &aacute;gua l&iacute;quida, que s&oacute; pode existir em uma faixa relativamente estreita de temperatura e press&atilde;o atmosf&eacute;rica.
Quando os astr&ocirc;nomos buscam vida em outros planetas, eles olham para aqueles que estavam em uma zona habit&aacute;vel, semelhante &agrave; da Terra &mdash; orbitando uma estrela onde a &aacute;gua l&iacute;quida poderia existir na superf&iacute;cie. Se o planeta estiver pr&oacute;ximo demais da estrela, a &aacute;gua vai evaporar com o calor. Por outro lado, se estiver muito longe da estrela, a &aacute;gua pode congelar.&nbsp;
As exig&ecirc;ncias deixavam a busca muito seletiva, e mesmo assim n&atilde;o serviam como uma garantia da exist&ecirc;ncia de vida &mdash; Marte e V&ecirc;nus est&atilde;o dentro da zona habit&aacute;vel do nosso sol, por exemplo. Pensando nisso, Rudy Arthur e Arwen Nicholson, dois pesquisadores da Universidade de Exeter, publicaram um artigo (ainda em preprint, sem revis&atilde;o por pares) sugerindo que a atual defini&ccedil;&atilde;o de zona habit&aacute;vel pode ser muito restrita por n&atilde;o incluir um elemento fundamental na forma&ccedil;&atilde;o de um planeta habit&aacute;vel: a vida.
<h2>Um mundo em mudan&ccedil;a</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/01/01111240890133.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
A ideia de que um planeta precisa ter alguma forma de vida para se tornar habit&aacute;vel pode parecer redundante. Mas a sugest&atilde;o proposta pelos pesquisadores se baseia nas mudan&ccedil;as que a evolu&ccedil;&atilde;o pode influenciar em diferentes ambientes. E eles se fundamentam pela pr&oacute;pria transforma&ccedil;&atilde;o da Terra, para se tornar um planeta habit&aacute;vel.
As condi&ccedil;&otilde;es existentes hoje seriam completamente divergentes sem a presen&ccedil;a de seres vivos. Um exemplo disso &eacute; o oxig&ecirc;nio, um g&aacute;s fundamental para a nossa sobreviv&ecirc;ncia, mas que por muito havia na Terra, principalmente na forma de di&oacute;xido de sil&iacute;cio.&nbsp;
O oxig&ecirc;nio gasoso tem um tempo de vida relativamente curto, porque a radia&ccedil;&atilde;o ultravioleta do sol o decomp&otilde;e. A situa&ccedil;&atilde;o come&ccedil;ou a mudar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/41777-confira-5-teorias-sobre-a-origem-da-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">quando surgiram os primeiros seres fotossintetizantes</a>. Mas essa equa&ccedil;&atilde;o fica ainda mais complexa porque &mdash; por um per&iacute;odo &mdash; a vida primitiva produziu tanto oxig&ecirc;nio que quase tornou a sobreviv&ecirc;ncia na Terra imposs&iacute;vel.&nbsp;
Por&eacute;m, antes que o nosso planeta se tornasse invi&aacute;vel para a vida, surgiram seres vivos que utilizam o oxig&ecirc;nio para respirar e para produzir energia. Essas criaturas ajudaram a colocar o ecossistema primitivo em equil&iacute;brio e neste ponto estamos n&oacute;s.
Mas a quest&atilde;o vai muito al&eacute;m do oxig&ecirc;nio. As criaturas vivas tamb&eacute;m emitem grandes quantidades de metano, um g&aacute;s de efeito estufa que em concentra&ccedil;&otilde;es ideais ajuda a manter nosso planeta aquecido. H&aacute; ainda a maneira como a vida interfere na fertilidade dos solos, na manuten&ccedil;&atilde;o de ciclos biol&oacute;gicos e at&eacute; mesmo na press&atilde;o atmosf&eacute;rica.
A conclus&atilde;o discutida por Arthur e Nicholson, &eacute; que se os astr&ocirc;nomos encontrassem um planeta com as mesmas condi&ccedil;&otilde;es da Terra, assim que surgiram os primeiros seres vivos fotossintetizantes, esse planeta n&atilde;o estaria na zona habit&aacute;vel.&nbsp;
<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121261-as-bacterias-deram-origem-a-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Uma vez que a vida come&ccedil;a em um planeta</a>, a tend&ecirc;ncia &eacute; que ela torne o ambiente cada vez mais habit&aacute;vel, mesmo que em um primeiro momento as condi&ccedil;&otilde;es n&atilde;o pare&ccedil;am muito favor&aacute;veis. De um modo ou de outro, a vida apenas insiste em n&atilde;o acabar.

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Vida primitiva pode ser a chave para encontrarmos planetas habitáveis

Imagem de Evolução: é possível voltar a um estágio anterior da espécie? no megacurioso

Veja o que cientistas descobriram sobre as possibilidades de se desfazer aspectos da evolução, levando espécies a voltar a estágios pré-evolutivos

<head></head><body>A gente aprende na escola que há muito tempo, em 1859, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120570-darwin-realmente-disse-que-o-homem-veio-do-macaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Charles Darwin</a>&nbsp;apresentou a Teoria da Evolução que é até hoje aceita e usada como base por cientistas em todo o mundo. Darwin nos ensinou que espécies podem se adaptar a mudanças no ambiente, muitas vezes passando por grandes mudanças em sua fisiologia.Mas será que é possível "voltar atrás" e retornar a estágios pré-evolutivos? Já se perguntou se uma espécie pode se adaptar para voltar a um estágio antes de sua evolução?<h2>É possível evoluir "ao contrário"?</h2>Há anos, cientistas vêm se perguntando e estudando tais possibilidades. Em 2003, por exemplo, foi descoberta uma espécie de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120282-os-7-insetos-mais-surpreendentemente-irados-do-reino-animal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inseto</a> que precisou se adaptar às alterações no meio onde vivia e, ao longo de milhões de anos,&nbsp;ganhou, perdeu e ganhou novamente um par de asas. Teria a evolução sido feita, desfeita e refeita?Por outro lado, alguns anos depois, um outro grupo de cientistas descobriu que uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122673-como-a-ativacao-de-uma-proteina-pode-desencadear-o-cancer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">proteína</a> que auxilia a resposta ao estresse nas células de controle as&nbsp;impede de retornar à sua forma original. Ou seja: uma vez alterada, a célula não pode voltar ao estado que estava anteriormente. Como podemos ver, as informações descobertas pelos diferentes times de estudiosos parecem desencontradas.A verdade é que talvez estejamos olhando a coisa toda pelo ângulo errado. Pelo menos é isto o que sugere Jeff Gore, professor assistente de física no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109362-sabia-que-um-programa-criado-pelo-mit-previu-o-fim-do-mundo-para-2040.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Massachusetts Institute of Technology (MIT)</a>. Segundo ele, não deveríamos estar nos perguntando se é ou não possível reverter a evolução, mas sim em quais circunstâncias tal alteração seria possível.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/24/24180205434538.jpg" alt="A evolução ocorre quando há necessidade de adaptação ao meio, mas será que é possível reverter o processo?">A evolução ocorre quando há necessidade de adaptação ao meio, mas será que é possível reverter o processo?Em um artigo publicado no site do MIT, Gore disse que "é de nosso conhecimento que a evolução pode ser irreversível," mas também sabemos que "é possível reverter a evolução em alguns casos." Percebe como a afirmação do professor bate com as descobertas citadas nos parágrafos anteriores?Vale lembrar que o termo "evolução" tem origem em uma palavra latina que significa "desenrolar". Ou seja, essa concepção que temos de que "evoluir" é sempre avançar, melhorar, não é necessariamente correta.Gore prossegue então com um novo questionamento: em qual espaço de tempo é possível reverter a evolução?<h2>Evolução reversa</h2>Utilizando equipamento de ponta, Gore e seus alunos realizaram diversos experimentos em <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121443-6-doencas-causadas-por-bacterias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bactérias</a>. A intenção era verificar a evolução de sua resistência a drogas e se era possível de alguma forma fazer a imunidade desses seres aos medicamentos voltar a cair.O professor e seus estudantes conseguiram então calcular a probabilidade de uma adaptação evolutiva específica voltar atrás, revertendo a si mesma, mas que isto só era possível se quatro mutações genéticas específicas estivessem envolvidas no processo. O experimento girava em torno do fortalecimento de bactérias a uma substância chamada cefotaxima, forçando sua evolução.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/24/24180207594539.jpg" alt="Cientistas do MIT testaram a capacidade de bactérias evoluírem e retornarem ao seu estado anterior">Cientistas do MIT testaram a capacidade de bactérias evoluírem e retornarem ao seu estado anteriorPara se tornar <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120312-exposicao-a-sujeira-aumenta-nossa-imunidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">imune</a> à droga, a bactéria precisaria de cinco etapas evolutivas específicas que só são alcançadas quando o organismo percebe se tratar de uma vantagem para a espécie capaz de preservar sua sobrevivência. Então os cientistas do MIT inseriram a bactéria em um ambiente hostil, onde precisaram evoluir para se proteger da cefotaxima. Em seguida, estas mesmas bactérias foram retiradas dali e inseridas imediatamente em um ambiente onde a resistência à substância na verdade era prejudicial à sua chance de sobreviver. Como esperado, a adaptação foi revertida.Eles descobriram então que as mutações genéticas de apenas um estágio sempre podem ser revertidas se o organismo perceber isto como uma vantagem. Já quando há mais e uma mutação, o potencial de perda de adaptações vai diminuindo. Ou seja, é possível reverter a evolução, mas as chances para que isto aconteça vão caindo quando o organismo já passou por várias adaptações.Segundo Gore,&nbsp;a reversão à forma original só é impossível após quatro adaptações evolutivas. "Percebemos que uma vez que o sistema passa por quatro mutações ele fica impossibilitado de voltar ao seu estado inicial".</body>

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Evolução: é possível voltar a um estágio anterior da espécie?

Imagem de Cérebros de lulas e humanos evoluíram da mesma maneira, diz estudo no megacurioso

Apesar da divergência de 500 milhões de anos entre as espécies, modelo de desenvolvimento complexo do cérebro parece o mesmo

Ao observar c&eacute;lulas nervosas se conectando dentro dos olhos de lulas, um grupo de cientistas descobriu um segredo not&aacute;vel: o <a href="https://www.megacurioso.com.br/produto/124083-microbios-no-cerebro-bacterias-causam-doencas-neuropsiquiatricas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">c&eacute;rebro</a> desses cefal&oacute;podes evolu&iacute;ram independentemente para se desenvolver da mesma forma que o nosso, seres humanos. A descoberta foi feita por meio de c&acirc;meras de alta resolu&ccedil;&atilde;o focadas nas retinas de embri&otilde;es de lulas longfin (Doryteuthis pealeii).
Segundo os pesquisadores, mesmo que a evolu&ccedil;&atilde;o das duas esp&eacute;cies tenha uma diverg&ecirc;ncia de 500 milh&otilde;es de anos, o modelo b&aacute;sico de como c&eacute;rebros complexos e sistemas nervosos evoluem pode ser o mesmo em uma ampla gama de esp&eacute;cies. Por esse motivo, a intelig&ecirc;ncia dos cefal&oacute;podes &mdash; como polvos, lulas e chocos &mdash; tem sido um assunto de fasc&iacute;nio entre os bi&oacute;logos.
<h2>Evolu&ccedil;&atilde;o dos cefal&oacute;podes</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/23/23121809366150.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Ao contr&aacute;rio da maioria dos invertebrados, os cefal&oacute;podes s&atilde;o conhecidos por serem animais com mem&oacute;rias not&aacute;veis, conseguirem usar ferramentas para resolver problemas, excelentes em desenvolverem sistemas de camuflagem e criaturas extremamente curiosas. Al&eacute;m disso, esses animais s&atilde;o capazes de sonhar.
Publicado no dia 5 de dezembro de 2022 na revista Current Biology, o novo estudo conduzido pela Universidade de Harvard, dos Estados Unidos, sugere que as partes principais da f&oacute;rmula para <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123502-estamos-ficando-mais-burros-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">intelig&ecirc;ncia</a> avan&ccedil;ada, ao menos no planeta Terra, permanecem as mesmas. &ldquo;Nossas conclus&otilde;es foram surpreendentes, porque muito do que sabemos sobre o desenvolvimento do sistema nervoso em vertebrados h&aacute; muito se pensa ser especial para essa linhagem&rdquo;, afirmou a autora do estudo, Kristen Koenig.&nbsp;
Para analisar de perto os c&eacute;rebros em desenvolvimento dos embri&otilde;es de lula, os cientistas usaram corantes fluorescentes para marcar um tipo especial de c&eacute;lula-tronco chamado c&eacute;lulas progenitoras neurais. As c&acirc;meras examinaram as retinas dessas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123921-as-10-criaturas-mais-bizarras-do-fundo-do-mar-encontradas-em-2022.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">criaturas</a>, onde cerca de dois ter&ccedil;os do tecido neural de uma lula pode ser encontrado.
<h2>Organiza&ccedil;&atilde;o celular</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/23/23121811538151.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Assim como acontece com os vertebrados, os pesquisadores notaram que as c&eacute;lulas progenitoras das lulas se organizam em uma estrutura chamada epit&eacute;lio pseudoestratificado &mdash; uma estrutura longa e compacta que se forma como uma etapa crucial no crescimento de tecidos grandes e complexos.
Os cientistas tamb&eacute;m notaram que o tamanho, a organiza&ccedil;&atilde;o e o movimento do n&uacute;cleo dessa estrutura era notavelmente semelhante aos mesmos epit&eacute;lios neurais dos vertebrados, algo que j&aacute; foi considerado previamente como uma caracter&iacute;stica &uacute;nica que permitia animais com espinhas dorsais desenvolverem c&eacute;rebros e olhos sofisticados.
Essa n&atilde;o &eacute; a primeira vez que cientistas observaram cefal&oacute;podes compartilhando projetos neurol&oacute;gicos com os seres humanos. Assim como n&oacute;s, polvos e lulas tamb&eacute;m possuem uma grande variedade de microRNAs, pequenas mol&eacute;culas que controlam como os genes s&atilde;o expressos, encontrados dentro de seu tecido neural.
Para as pr&oacute;ximas etapas, a equipe pretende observar como e quando diferentes tipos de c&eacute;lulas das lulas emergem &agrave; medida que o tecido epitelial cresce e comparar esse processo com o observado em embri&otilde;es vertebrados. Caso o plano de crescimento seja o mesmo, &eacute; bem poss&iacute;vel que o cronograma tamb&eacute;m possa ser.

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Cérebros de lulas e humanos evoluíram da mesma maneira, diz estudo

Imagem de Paradoxo de Peto: a evolução e o câncer em grandes animais no megacurioso

Segundo o Paradoxo de Peto, seres vivos com um corpo maior ou que vivem por mais tempo, tem menos chances de desenvolver câncer devido a um mecanismo evolutivo

<head></head><body><a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/103793-25-dados-interessantes-e-assustadores-relacionados-com-o-cancer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Câncer</a> é o termo genérico utilizado para diferentes doenças causadas por um crescimento descontrolado de células. Isso acontece porque sempre que ocorre o processo de divisão celular, um grande número de pares de bases de DNA precisam ser copiados — em humanos são cerca de 6 bilhões de pares.&nbsp;Assim, é relativamente comum que alguns erros ocorram durante a divisão, criando mutações nas nossas células. Na maioria dos casos, esses erros afetam genes que não impactam diretamente na nossa vida. Porém, em algumas situações, podem ocorrer mutações em genes que controlam a proliferação celular, reparo do DNA ou apoptose (morte celular).&nbsp;Nesses casos, <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122673-como-a-ativacao-de-uma-proteina-pode-desencadear-o-cancer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a consequência pode ser o desenvolvimento de um tumor</a> (benigno ou maligno). E foi isso que fez com que alguns cientistas decidissem observar se havia alguma relação entre tamanho corporal e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115136-prevencao-do-cancer-chave-pode-estar-no-rato-toupeira-pelado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tempo de vida</a> com a incidência de câncer em diferentes espécies. Por mais que em um primeiro momento essa associação possa fazer sentido, na prática isso ela não é observada.<h2>O Paradoxo de Peto</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/17/17093523083031.jpg" alt="Richard Peto. (Fonte: BBC)">Richard Peto. (Fonte: BBC)Richard Peto é um epidemiologista britânico que decidiu verificar a relação entre o tempo e o câncer quando estudava tumores em camundongos. Toda a ideia por trás do paradoxo é que, na teoria, espécies que vivem mais, teriam mais tempo para desenvolver câncer. A mesma lógica deveria ser observada em animais maiores, que por possuírem mais células, também poderiam ter mais chance de ter algum tipo de câncer.Peto se perguntou por que os humanos contêm 1.000 vezes mais células e tem uma média de vida 30 vezes maior que a dos camundongos, mas não sofrem probabilidades muito maiores de desenvolver câncer. Foi esse questionamento que deu origem ao Paradoxo de Peto, e a sua explicação tem a ver com a evolução das espécies.Ao longo da evolução, os animais desenvolveram alguns mecanismos para <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122016-primeiro-humano-recebe-injecao-experimental-para-matar-cancer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">impedir — ou dificultar — o surgimento ou o desenvolvimento de câncer</a>. Um desses mecanismos é a proteína P53 (também conhecido como TP53 ou proteína de tumor). Ela possui um gene que ajuda a controlar todo o processo de divisão celular e pode inibir o crescimento descontrolado.O genoma humano contém apenas uma cópia da P53, sendo que os dois alelos precisam ser funcionais para acontecer uma verificação adequadas da progressão do câncer. Já um elefante africano contém 20 cópias da proteína P53. Isso significa que a genética desses animais é muito mais eficaz no combate a erros celulares que podem resultar em um câncer. E esse é um padrão que se repete em outros animais.&nbsp;<h2>Por que não acontece com todos os seres vivos?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/17/17093247683030.jpg" alt="Baleia-da-groelândia. (Fonte: Wikimedia Commons)">Baleia-da-groelândia. (Fonte: Wikimedia Commons)A baleia-da-groelândia, por exemplo, é capaz de viver mais de 200 anos e pode chegar a 18 metros de comprimento. Esses mamíferos — assim como a maior parte dos cetáceos — desenvolveram diferentes recursos genéticos para poder combater o câncer, assim como aconteceu com os elefantes.O problema é que esses mecanismos naturais cobram um preço. O funcionamento desses genes demanda um gasto energético considerável. Baleias são seres vivos que possuem um metabolismo lento, e isso ajuda a compensar a energia necessária para a ativação de mais genes que podem combater um câncer.Para pequenos mamíferos, que vivem menos ou possuem menos células, desenvolver vários genes com essa capacidade não seria vantajoso. Ou seja, há uma certa compensação evolutiva para que animais possam crescer ou viver mais. Mas no caso de animais que consomem mais energia por outros motivos, o risco de desenvolver um câncer não justificaria ter mais genes para evitar essas doenças.</body>

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Paradoxo de Peto: a evolução e o câncer em grandes animais

Imagem de 'Ferramentas' de 50 mil anos descobertas no Piauí eram de macacos no megacurioso

Os primatas usavam as pedras para quebrar nozes e castanhas, entre outros alimentos, conforme pesquisadores

<head></head><body>Ferramentas de pedras que teriam pelo menos 50 mil anos de idade, encontradas em sítios arqueológicos no Piauí, provavelmente foram feitas por macacos-prego. É o que sugere um estudo a respeito deste material, publicado na revista The Holocene em novembro do ano passado.Conduzida por especialistas do Conselho Nacional de Pesquisa Científica e Técnica da Argentina (CONICET), a investigação comparou as <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/46780-estudo-contesta-evolucao-das-ferramentas-de-pedra-na-pre-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ferramentas pré-históricas</a> com objetos de quartzo e quartzito produzidos pelos macacos que atualmente vivem na região. Semelhanças consideráveis entre os materiais foram notadas.Segundo o artigo, as peças, cuja construção havia sido anteriormente atribuída a humanos que viveram no Paleolítico, são bastante parecidas com as criadas pelos <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/143024-macacos-prego-idade-pedra-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">macacos-prego</a> do Parque Nacional da Capivara, também no Piauí. Elas são utilizadas em várias atividades realizadas pelos animais.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/10/10202753209694.jpg" alt="(Fonte: Tiago Falótico/IP-USP)">(Fonte: Tiago Falótico/IP-USP)As ferramentas analisadas nesta nova investigação foram descobertas durante escavações ocorridas em cerca de 800 sítios pré-históricos do período Pleistoceno. Elas estavam em locais como os sítios de Pedra Furada, Vale da Pedra Furada, Sítio do Meio e Toca da Tira Peia, no território piauiense.<h2>Facilitando a alimentação</h2>As&nbsp;ferramentas de pedra simples que provavelmente pertenciam aos macacos-prego que habitavam a região há milhares de anos servem, principalmente, para facilitar a alimentação. Conforme o estudo, os animais escolhem pedaços específicos de rochas e os usam como uma espécie de martelo para quebrar nozes e castanhas, parte da sua dieta diária.Os primatas também têm o costume de bater uma rocha contra a outra e lamber a poeira, fruto do impacto, para adicionar minerais ao cardápio, e usam as pedras em escavações. Outra utilidade do material é na hora de acasalar, pois as fêmeas atiram as pedras em potenciais parceiros, como uma maneira de demonstrar interesse sexual.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/10/10202901600695.jpg" alt="(Fonte: Tiago Falótico/IP-USP)">(Fonte: Tiago Falótico/IP-USP)Todas essas atividades podem levar à quebra das rochas em pedaços menores, que acabaram confundidos com as ferramentas de pedra construídas pelos primeiros humanos a habitar o continente. Somente uma análise mais minuciosa permitiu distinguir as versões.A possibilidade de que o material era usado por macacos e não pelos humanos foi levantada em outros estudos, como o realizado por primatólogos da Universidade de São Paulo (USP) em parceria com arqueólogos ingleses. Na pesquisa, divulgada em 2019, os especialistas afirmaram que o tamanho das peças era escolhido pelos animais conforme a finalidade do trabalho.<h2>Ocupação humana recente</h2>As descobertas dos pesquisadores argentinos reforçam a ideia de que a presença do homem nas Américas pode não ser tão antiga quanto se imaginava. Com a indicação de que o material encontrado nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122061-5-sitios-arqueologicos-que-foram-campos-de-batalha-pre-historicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sítios arqueológicos</a> do Pleistoceno do Brasil eram de macacos, a teoria anterior perdeu ainda mais força.De acordo com o arqueólogo Agustín M. Agnolín, coautor do estudo, esta parte do continente foi ocupada em uma época bem mais recente do que o especulado, por volta de 13 mil a 14 mil anos.</body>

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