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A Idade das Luzes foi fundamental para a consolidação de uma visão de mundo centralizada na ciência ao invés do obscurantismo

<head></head><body>O <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121150-conheca-6-dos-principais-filosofos-iluministas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Iluminismo</a> — ou simplesmente a Idade da Razão ou das Luzes — é conhecido como uma era central na reorientação do pensamento humano em direção ao conhecimento da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ciência</a>, da lógica e da racionalidade. Nesta época, foram produzidos muitos livros, ensaios, descobertas científicas e revoluções. E ela nos trouxe também grandes filósofos iluministas.Por essa razão, toda compreensão da filosofia passa, necessariamente, pelo conhecimento gerado durante o "longo século XVIII" (pois apreendemos aqui o período passado entre 1685 até 1815). Neste artigo, apresentamos 5 pensadores fundamentais desta época.<h2>1. John Locke (1632–1704)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/02/02094011968082.jpg" alt="&quot;Retrato de John Locke&quot;, por Godfrey Kneller (1646 - 1723). (Fonte: Wikimedia Commons)">"Retrato de John Locke", por Godfrey Kneller (1646 - 1723). (Fonte: Wikimedia Commons)O inglês <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121756-dilema-da-filosofia-e-possivel-separar-vida-pessoal-e-profissional.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">John Locke</a> cumpriu seus estudos em Oxford, e ganhou um diploma em medicina. Mas sua carreira acabou se desdobrando para a área do pensamento. Um ensaio por ele escrito no ano de 1690 desafiou a lógica de Descartes, tornando-o um dos filósofos iluministas mais influentes.Locke é tido como o fundador do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121218-6-ideologias-politicas-ou-economicas-que-voce-deve-entender.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">liberalismo</a> (o que quer dizer que ele se opunha à monarquia absolutista e defendia a liberdade individual) e do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/120612-caverna-de-platao-a-ardua-jornada-em-busca-do-conhecimento-pleno.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">empirismo</a> (defendendo que nosso conhecimento deveria surgir da experiência prática). Suas ideias criaram muita polêmica na Igreja Católica, uma vez que ele não acreditava que Deus comandava o nosso destino.<h2>2. Voltaire (1694–1778)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/02/02094427155087.jpg" alt="&quot;Voltaire lisant L’année littéraire de Fréron&quot;, de Jacques Augustin Catherine Pajou (1811). (Fonte: Wikimedia Commons)">"Voltaire lisant L’année littéraire de Fréron", de Jacques Augustin Catherine Pajou (1811). (Fonte: Wikimedia Commons)<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/105634-estatua-de-voltaire-abriga-o-verdadeiro-coracao-do-escritor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Voltaire</a> é, provavelmente, o filósofo mais influente do Iluminismo. Filho de um advogado e educado por jesuítas, escreveu sobre inúmeros assuntos. Sua produção contém também obras que são sátiras, como o conto Cândido e o otimismo.Dentre os temas mais abordados por Voltaire em seus escritos estão a hegemonia da Igreja Católica (que era abordada pelo filósofo sempre de forma crítica), o liberalismo e a desconstrução do absolutismo.<h2>3. Jean-Jacques Rousseau (1712–1778)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/02/02094844550091.jpg" alt="Retrato de Jean-Jacques Rousseau, de Georg Friedrich Meyer (1778). (Fonte: Wikimedia Commons)">Retrato de Jean-Jacques Rousseau, de Georg Friedrich Meyer (1778). (Fonte: Wikimedia Commons)Nascido em Geneva, Rousseau passou o começo da sua vida adulta convivendo com a pobreza, educando-se e viajando. Suas ideias foram extremamente influentes na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120949-5-enganos-historicos-sobre-a-revolucao-francesa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Revolução Francesa</a>. A obra mais famosa de Rousseau é O Contrato Social,&nbsp;na qual desenvolve a sua visão sobre a soberania do povo em relação aos governos.O filósofo defendia que os indivíduos comuns deveriam ter participação ativa nas decisões políticas. E, diferente de outros filósofos iluministas, Rousseau não defendia o individualismo: para ele, a igualdade poderia ser alcançada apenas se a posse de bens deixasse de existir e todos tivessem acesso às mesmas coisas.<h2>4. Charles-Louis Secondat Montesquieu (1689–1755)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/02/02095509512094.jpg" alt="&quot;Portrait of Charles de Secondat, Baron de Montesquieu&quot;, de Jacques-Antoine Dassier. (Fonte: Wikimedia Commons)">"Portrait of Charles de Secondat, Baron de Montesquieu", de Jacques-Antoine Dassier. (Fonte: Wikimedia Commons)Montesquieu foi advogado e chegou a ser presidente da Câmara da cidade de Bordeaux. Em 1750, escreveu&nbsp;Defesa do Espírito das Leis — obra incluída no Index Proibitorium da Igreja Católica no ano seguinte. Seus escritos versavam na área da política e da psicologia.&nbsp;Este filósofo foi o criador da teoria da separação dos três poderes, que instituía as separações entre Legislativo, Executivo e Judiciário — sistema utilizado também no Brasil. Como boa parte dos filósofos iluministas, Montesquieu posicionava-se contrário à monarquia e ao poder absoluto que ela representava no sistema social.<h2>5. Mary Wollstonecraft (1759–1797)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/02/02095932671096.jpg" alt="&quot;Portrait of Mary Wollstonecraft&quot;, de John Opie. (Fonte: Wikimedia Commons)">"Portrait of Mary Wollstonecraft", de John Opie. (Fonte: Wikimedia Commons)Em um espaço ainda muito centralizado nos homens, algumas filósofas iluministas também se destacaram. <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/107651-mary-wollstonecraft-conheca-a-mae-feminista-da-autora-de-frankenstein.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mary Wollstonecraft</a> é o principal nome feminino em torno do pensamento iluminista.Ela publicou vários textos, ensaios e romances nos quais defendia a igualdade entre homens e mulheres e reivindicava o direito feminino à educação. Opunha-se também à aristocracia, à monarquia e à autoridade religiosa. Uma curiosidade: Mary Wollstonecraft era mãe de Mary Shelley, a autora de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119206-sindrome-de-frankenstein-o-medo-da-rebeliao-das-maquinas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Frankenstein</a>.</body>

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Conheça os 5 filósofos iluministas mais influentes

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A série Ruptura provoca uma reflexão sobre as relações de trabalho e sobre o quanto existimos (ou não) fora dele

<head></head><body>A série Ruptura, da Apple TV, tem um tema central interessante ligado à filosofia: ela discute as relações de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120158-5-formas-de-ser-mais-feliz-em-seu-trabalho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">trabalho</a> e as possibilidades de separação da vida pessoal e da profissional. Na história, os empregados de uma empresa ficcional chamada Lumon se submetem a um procedimento onde a sua consciência do trabalho e a de casa se separam.Ao entrar na empresa, os funcionários sofrem uma "ruptura" em que não lembram nada de suas vidas durante o trabalho e, quando saem, as suas memórias pessoais voltam. A discussão trazida na série provoca uma reflexão sobre a criação de uma "nova pessoa" no ambiente de trabalho, que existiria quase como se fosse um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120203-e-se-a-escravidao-nao-tivesse-existido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escravo</a> que só serve para produzir.Muita gente que a assiste começa a refletir sobre a sua própria vida e sobre as separações entre ela e o trabalho — afinal, o ambiente profissional também é um local onde fazemos amigos. Mas Ruptura levanta questões da filosofia acerca de como lidamos com as nossas diferentes relações e nossos diferentes "eus".<h2>A questão da experiência segundo John Locke</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/25/25230955488003.jpg" alt="(Fonte: Filosofia na Escola)">(Fonte: Filosofia na Escola)Ruptura discute a ideia de que a experiência <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121686-o-que-e-a-mente-inconsciente-e-como-ela-molda-nossos-habitos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">consciente</a> de cada um faz parte da constituição de sua personalidade. Ou seja, não se lembrar de algo é também estar separado de si mesmo. Em certo momento, um funcionário da empresa Lumon diz que "a história nos torna alguém" — trazendo aqui uma conexão com o pensamento do filósofo <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121150-conheca-6-dos-principais-filosofos-iluministas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">John Locke</a>, do século XVII.Locke dizia que a "consciência sempre acompanha o pensamento, e isso é o que faz com que cada um seja o que chama de si mesmo". Em outras palavras, o sujeito é aquilo sobre o qual tem consciência. Tudo o que somos e fazemos é o que lembramos — portanto, eu existo à medida que lembro conscientemente de minhas experiências.Segundo esta perspectiva de Locke, a existência de uma separação total entre vida profissional e pessoal (a proposta de Ruptura) significaria que o indivíduo só existe quando esta separação cessa de existir.&nbsp;A discussão trazida em Ruptura é sobre as consequências de "desligar" a vida pessoal no ambiente profissional, no intuito de que o estresse do trabalho não contamine a vida, e vice-versa; deste modo, ao sair do trabalho, eu poderia permanecer a mesma pessoa que eu entrei.<h2>O problema da visão de Locke</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/25/25230829957002.jpg" alt="(Fonte: Apple TV)">(Fonte: Apple TV)Os primeiros episódios da série sugerem que esta separação estrita entre o "eu do trabalho" e o "eu de casa" tende a causar problemas futuramente. Filósofos do século XVIII, como George Berkeley e Thomas Reid, apontaram que essa visão sobre a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120918-como-neurotransmissores-definem-tracos-de-personalidade-primarios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">personalidade</a> trazida por Locke pode ser problemática.Ambos responderam à questão trazida por Locke (eu sou aquilo que lembro) com algumas provocações: eu não sou o bebê que nasceu em determinada data por que não lembro desta experiência? Um sujeito velho não é quem ele é por que não consegue mais lembrar de algum evento do passado? Eu devo ser absolvido de crimes cometidos enquanto estava bêbado por que não tinha consciência deles?&nbsp;Tais questões, trazidas por estes pensadores para a filosofia, fazem levantar outras discussões: se não é minha consciência que me faz ser quem sou, o que me torna eu — a alma, talvez?Ruptura sugere que uma pessoa é mais do que ela lembra. Por isso, separar vida pessoa e do trabalho como coisas divorciadas parece algo sem sentido, uma vez que, por vezes, somos mais nós mesmos no nosso trabalho do que em nossa própria casa.</body>

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Dilema da filosofia: é possível separar vida pessoal e profissional?

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Durante a Idade Média, essas vertentes de pensamento se tornaram bastante populares e ganharam notoriedade na história

&Eacute; comum que a Idade M&eacute;dia tamb&eacute;m seja chamada de "Idade das Trevas", com predomin&acirc;ncia da barb&aacute;rie e do medo &mdash; um preconceito que acabou sendo herdado das correntes de pensamento iluministas. No entanto, muito do que conhecemos de filosofia moderna e ci&ecirc;ncia surgiu nessa &eacute;poca da hist&oacute;ria da humanidade e n&atilde;o podemos deixar isso de lado.
Em termos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121184-7-filosofos-brasileiros-que-voce-precisa-conhecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">filosofia</a>, as vertentes patr&iacute;stica e escol&aacute;stica eram as que mais se destacavam naquele per&iacute;odo e falavam muito a respeito da rela&ccedil;&atilde;o do homem com o pensamento religioso, sobretudo em uma &eacute;poca em que a Igreja Cat&oacute;lica come&ccedil;ava a se consolidar. Conhe&ccedil;a mais sobre esses estilos de pensamento nos pr&oacute;ximos par&aacute;grafos.
<h2>Patr&iacute;stica</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://pt.wikipedia.org/wiki/Agostinho_de_Hipona#/media/Ficheiro:Antonio_Rodriguez_-_Saint_Augustine_-_Google_Art_Project.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/06/06150325637259.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
No in&iacute;cio do per&iacute;odo de transi&ccedil;&atilde;o entre a Antiguidade e a Idade M&eacute;dia, surgiu a vertente filos&oacute;fica patr&iacute;stica, com seu nome fazendo refer&ecirc;ncia aos primeiros padres da Igreja Cat&oacute;lica. Foram essas pessoas que se dedicaram a desenvolver um tipo de filosofia que se aproximasse do pensamento crist&atilde;o e do conhecimento religioso.
Inclusive, pode-se dizer que toda a filosofia patr&iacute;stica &eacute; respons&aacute;vel pelo desenvolvimento do sistema teol&oacute;gico crist&atilde;o. Ela surgiu justamente no per&iacute;odo em que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119808-imperio-romano-so-1-a-cada-4-imperadores-morreram-de-causas-naturais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Imp&eacute;rio Romano</a> passou a aceitar o cristianismo como uma religi&atilde;o, por&eacute;m ainda era um per&iacute;odo em que os crist&atilde;os sofriam bastante persegui&ccedil;&atilde;o.
Por muito tempo, a filosofia patr&iacute;stica foi dividida em duas linhas de pensamento entre os padres apologistas: aqueles que viviam como Justino, misturando o cristianismo com a filosofia grega pag&atilde;; e aqueles que viviam como Tertuliano, defendendo completamente a exclus&atilde;o do paganismo desse movimento.
<h3>O que pregava a filosofia patr&iacute;stica?</h3>
A filosofia patr&iacute;stica sempre foi uma linha de pensamento que ressaltava acima de tudo o conhecimento crist&atilde;o, enquanto a filosofia grega defendia a raz&atilde;o, a l&oacute;gica e o conhecimento cient&iacute;fico &mdash; algo que causava atrito entre as duas partes. Por isso, embora a vertente de Justino tenha predominado por um tempo, o embate entre f&eacute; e raz&atilde;o era grande demais para ser ignorado.
A escola patr&iacute;stica foi respons&aacute;vel por criar importantes personagens hist&oacute;ricos, entre eles Agostinho de Hipona, um pag&atilde;o que se converteu com 32 anos e acabou canonizado pela Igreja Cat&oacute;lica como Santo Agostinho. Ao longo de sua vida, Agostinho se aventurou em v&aacute;rias correntes de pensamento, mas se apaixonou pela patr&iacute;stica.
Tornou-se um ex&iacute;mio defensor da f&eacute; crist&atilde; e lutou para combater qualquer tipo de heresia.&nbsp;
<h2>Escol&aacute;stica</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/06/06150445793262.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Logo ap&oacute;s o &aacute;pice da filosofia patr&iacute;stica, surgiu a vertente de pensamento escol&aacute;stica. Essa era uma vertente filos&oacute;fica menos restrita e que abordava as diverg&ecirc;ncias no ambiente cat&oacute;lico. Nesse esp&iacute;rito de debate sobre quest&otilde;es intelectuais, art&iacute;sticas e filos&oacute;fica, a "escola" do pensamento foi batizada.
A valoriza&ccedil;&atilde;o do saber &eacute; percept&iacute;vel sobretudo durante o s&eacute;culo XII, quando passam a surgir as primeiras universidades e existe uma ascens&atilde;o da classe letrada. A vertente escol&aacute;stica &eacute; uma articula&ccedil;&atilde;o pensamento racional e religioso. Historicamente, o primeiro escol&aacute;stico foi o monge agostiniano santo Anselmo, que logo foi seguido por Pedro Abelardo, Pedro Lombardo e Hugo de S&atilde;o V&iacute;tor.
<h3>O que pregava a filosofia escol&aacute;stica?</h3>
Ao contr&aacute;rio do que acontecia no passado, os fil&oacute;sofos escol&aacute;sticos fizeram de tudo para conciliar o impens&aacute;vel: f&eacute; e raz&atilde;o. Gra&ccedil;as &agrave; influ&ecirc;ncia &aacute;rabe dos povos que haviam migrado para a pen&iacute;nsula hisp&acirc;nica, houve uma uni&atilde;o do pensamento crist&atilde;o com a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120506-qual-e-a-diferenca-entre-platao-e-aristoteles-filosoficamente-falando.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">filosofia aristot&eacute;lica</a> &mdash; criando um novo modo de pensar.
No in&iacute;cio do s&eacute;culo XIII, Santo Agostinho deixa de ser o ponto de refer&ecirc;ncia da filosofia crist&atilde; e novos nomes passam a surgir. Alberto Magno, Santo Anselmo e S&atilde;o Tom&aacute;s de Aquino &mdash; considerado o maior nome escol&aacute;stico &mdash; apareceram como combatentes da heresia, do paganismo e da n&atilde;o aceita&ccedil;&atilde;o de Deus.
Os pensadores dessa escola tamb&eacute;m usavam conceitos cient&iacute;ficos como astronomia, f&iacute;sica e biologia para compreender o mundo natural e a fun&ccedil;&atilde;o do Criador.&nbsp;

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Patrística e escolástica: conheça as duas filosofias medievais

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Conheça as principais mentes pensantes da nossa geração e porque eles se tornaram relevantes no mundo da filosofia

Quando pensamos em filosofia, logo temos em mente nomes do passado como Arist&oacute;teles, Plat&atilde;o, Adorno, Nietzsche e por a&iacute; vai. Por&eacute;m, continuamente esquecemos que a sociedade segue produzindo nomes relevantes at&eacute; os dias de hoje e o que n&atilde;o falta no mundo s&atilde;o fil&oacute;sofos contempor&acirc;neos.
Ent&atilde;o, independente de estarmos no s&eacute;culo XXI, ainda temos v&aacute;rios pensadores relevantes que permanecem vivos em tempos modernos e precisamos valoriz&aacute;-los. Ser&aacute; que voc&ecirc; tem algum nome em mente? Pensando nisso, n&oacute;s separamos uma lista com seis <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121184-7-filosofos-brasileiros-que-voce-precisa-conhecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fil&oacute;sofos</a> relevantes que seguem nos banhando com conhecimento at&eacute; hoje ou que tiveram grandes contribui&ccedil;&otilde;es nesse s&eacute;culo. Olha s&oacute;!
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/120534-quem-foi-platao-e-por-que-ele-e-importante-ainda-hoje.htm" target="_blank">Quem foi Plat&atilde;o e por que ele &eacute; importante at&eacute; hoje?</a>
<h2>1. Christina Hoff Sommers</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/30/30145042316371.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Nascida nos Estados Unidos, Christina Hoff Sommers &eacute; uma escritora e doutora em filosofia bastante conhecida por suas cr&iacute;ticas ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/85566-quem-foi-simone-de-beauvoir-que-causou-polemica-no-enem-2015.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">feminismo</a> antigo, com ideias revolucion&aacute;rias sobre o assunto e a respeito dos direitos das mulheres. Sua vis&atilde;o contempor&acirc;nea traz uma vis&atilde;o mais moderna para o movimento.
Seus livros Quem matou o feminismo? Como mulheres tra&iacute;ram as mulheres&nbsp;(1995) e A guerra contra os meninos&nbsp;(2000) s&atilde;o as obras que fizeram maior sucesso. Para alguns, Sommers pode ser vista at&eacute; mesmo como antifeminista, mas a pr&oacute;pria autora se declara uma feminista racional com a capacidade de discernir que os g&ecirc;neros s&atilde;o iguais, mas possuem suas especificidades.&nbsp;
<h2>2. Marshall Berman</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/30/30145140739372.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Apesar de ter morrido em 2013, Marshall Berman foi um importante fil&oacute;sofo do s&eacute;culo XXI. Nascido em 1940, o escritor e fil&oacute;sofo norte-americano seguia a linha marxista de pensamento. Em seu livro Tudo que &eacute; s&oacute;lido desmancha no ar&nbsp;(1982), ele referencia <a href="https://www.megacurioso.com.br/politica/43169-sera-que-karl-marx-odiava-mesmo-o-capitalismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Karl Marx</a> e Friedrich Engels com an&aacute;lises a respeito do pensamento de outros fil&oacute;sofos e a &eacute;poca em que estavam inseridos.&nbsp;
Vale ressaltar que o pensador tamb&eacute;m desenvolveu in&uacute;meros artigos ao longo da sua vida e obteve grande sucesso atrav&eacute;s de outros dois livros &mdash; Aventuras no Marxismo&nbsp;(2001) e Um s&eacute;culo em Nova York&nbsp;(2009).
<h2>3. Antonio Negri</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/30/30145240177374.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Atualmente com 88 anos, o fil&oacute;sofo e militante pol&iacute;tico italiano Antonio Negri ganhou fama no in&iacute;cio do s&eacute;culo com seu livro Imp&eacute;rio&nbsp;(2000). Essa obra foi interpretada como um movimento antiglobalista e inclusive recebeu uma sequ&ecirc;ncia em outro livro denominado Multid&atilde;o&nbsp;(2005).
Negri, assim como Berman, era um estudioso de diversas correntes de pensamento que inclu&iacute;am Marx, Descartes, Kant, etc. No entanto, seus estudos mais famosos entre universit&aacute;rios est&atilde;o ligados a obra de Baruch Espinoza, um fil&oacute;sofo holand&ecirc;s relevante dentro do racionalismo.
<h2>4. J&uuml;rgen Habermas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/30/30145329224375.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Entre todos os fil&oacute;sofos vivos at&eacute; hoje, J&uuml;rgen Habermas provavelmente &eacute; o mais importante de todos. O alem&atilde;o focou os seus estudos na Teoria da A&ccedil;&atilde;o Comunicativa, em que gerou v&aacute;rias reflex&otilde;es sobre a democracia e a pol&iacute;tica contempor&acirc;nea.
Habermas &eacute; um importante nome da segunda gera&ccedil;&atilde;o da Escola de Frankfurt &mdash; essencial para o contexto de uma nova filosofia. Atualmente com 92 anos, Habermas j&aacute; foi diretor do Instituto Max Planck de Ci&ecirc;ncias Sociais e construiu uma grande carreira desde a d&eacute;cada de 1960.&nbsp;
<h2>5. Thomas Nagel</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/30/30145441241376.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Professor de filosofia e direito na Universidade de Nova York, onde estabeleceu um "lar" intelectual desde 1980, Thomas Nagel se firmou como um nome influente atrav&eacute;s da sua obra Como &eacute; ser um morcego?&nbsp;(1974) e abriu novas maneiras pelas quais os fil&oacute;sofos veem a mente humana.
Suas principais cr&iacute;ticas s&atilde;o voltadas ao chamado "reducionismo", a vis&atilde;o de que os estados mentais s&atilde;o, de uma forma ou de outra, apenas c&eacute;rebro e estados f&iacute;sicos.&nbsp;
<h2>6. Noam Chomsky</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/30/30145545804377.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Considerados por muitos o "pai da lingu&iacute;stica", Noam Chomsky &eacute; autor de mais de 100 livros sobre temas variados, como pol&iacute;tica, lingu&iacute;stica e guerra. Nascido nos Estados Unidos, ele se moldou como uma personalidade multitalentosa e bastante popular na filosofia anal&iacute;tica.
Al&eacute;m de influenciar uma ampla gama de campos acad&ecirc;micos, ele tamb&eacute;m contribuiu para o desenvolvimento do cognitivismo.

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Os 6 principais filósofos do século XXI

Imagem de 6 filosofias da Grécia Antiga que você precisa conhecer no megacurioso

Conheça as características mais marcantes da Filosofia Helenística, o conjunto de escolas filosóficas que ganhou projeção no período do Helenismo

O per&iacute;odo helen&iacute;stico &eacute; um dos momentos mais cruciais na hist&oacute;ria da humanidade, caracterizado pelo per&iacute;odo entre a morte de Alexandre, o Grande (323 a.C.) e a batalha de &Aacute;ccio (31 a.C.), que deu in&iacute;cio ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119808-imperio-romano-so-1-a-cada-4-imperadores-morreram-de-causas-naturais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Imp&eacute;rio Romano</a>. Entre tantas coisas que aconteceram durante esses 300 anos, diversas escolas de pensamento nasceram e houve uma grande <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/120603-qual-a-influencia-do-alfabeto-grego-na-ciencia-e-na-comunicacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">exporta&ccedil;&atilde;o da cultura grega</a> por todo o mundo mediterr&acirc;neo.
Durante o Helenismo, tamb&eacute;m observamos mais espa&ccedil;o para diversidade cultural, novos cultos, novas religi&otilde;es. E se desejamos entender um pouco mais sobre esse per&iacute;odo hist&oacute;rico, precisamos compreender quais eram as principais escolas filos&oacute;ficas que vigoraram na &eacute;poca. Preste bem aten&ccedil;&atilde;o nessa lista!
<h2>1. Cinismo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/24/24161958408351.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Embora "ser c&iacute;nico" hoje em dia esteja associado ao fato de algu&eacute;m ser imprudente, insens&iacute;vel, ou simplesmente n&atilde;o ligar para o sentimento daqueles ao seu redor, a origem dessa palavra n&atilde;o tinha o mesmo significado. O cinismo nasceu por volta de 400 a.C. pelas m&atilde;os de Ant&iacute;stenes, aluno de S&oacute;crates.
Em sua vis&atilde;o, o fil&oacute;sofo defendia que um ser humano n&atilde;o precisava se apegar aos bens materiais ou as vaidades criadas pela sociedade para ser feliz. Para Ant&iacute;stenes, as vaidades humanas dizem muito mais a respeito das nossas posi&ccedil;&otilde;es sociais do que de quem realmente somos.
<h2>2. Estoicismo</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Zeno_of_Elea#/media/File:Diogenis_Laertii_De_Vitis_(1627)_-_Zenon_of_Elea_or_Zenon_of_Citium.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/24/24162041001352.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Por volta de 300 a.C., Zen&atilde;o criou o estoicismo. Esta corrente filos&oacute;fica partia da ideia do direito natural, onde as pessoas seriam uma esp&eacute;cie de "microcosmo" inseridas em uma parte do cosmos ainda maior: o Universo. Dessa forma, todos os seres humanos, independente de ra&ccedil;a ou credo, seria por natureza igual.
Ao contr&aacute;rio dos fil&oacute;sofos c&iacute;nicos, os estoicos acreditavam que a pol&iacute;tica deveria exigir &eacute;tica e moral para uma vida correta e austera. Para os pensadores dessa escola, os seres humanos n&atilde;o deveriam se preocupar com os acontecimentos da vida, pois tudo &eacute; estabelecido pela pr&oacute;pria natureza e n&oacute;s n&atilde;o controlamos o Universo.
<ul>
<li style="font-weight: bold;">Leia mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121180-o-que-o-estoicismo-diz-sobre-os-males-da-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que o estoicismo diz sobre os males da vida?</a></li>
</ul>
<h2>3. Epicurismo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/24/24162140970353.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Na mesma &eacute;poca que nasceu o estoicismo, Epicuro tornou-se o respons&aacute;vel por criar a filosofia epicurista. Para esse pensador, a felicidade da vida estava relacionada diretamente aos prazeres humanos. Por&eacute;m, Epicuro acreditava que esses prazeres n&atilde;o estavam relacionados apenas aos nossos cinco sentidos &mdash; tamb&eacute;m sendo considerado o intelecto.
Seguidores dessa vertente filos&oacute;fica achavam que deuses n&atilde;o deviam ser temidos, tal como a morte. Al&eacute;m disso, existia a vis&atilde;o de que o mal sempre poderia ser vencido se mantiv&eacute;ssemos a felicidade em mente.
<ul>
<li style="font-weight: bold;">Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121371-epicuristas-no-que-acreditam-as-pessoas-que-seguem-essa-filosofia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Epicuristas: no que acreditam as pessoas que seguem essa filosofia?</a></li>
</ul>
<h2>4. Ceticismo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/24/24162249689354.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Pirro de &Eacute;lis, por volta de 270 a.C., foi o fundador do ceticismo, uma escola de pensamento que duvidava da capacidade de governo dos sistemas pol&iacute;ticos existentes na &eacute;poca &mdash; um reflexo de instabilidade ap&oacute;s a morte de Alexandre, o Grande. O ceticismo diz que n&atilde;o devemos confiar em nossos sentidos e que a d&uacute;vida est&aacute; sempre presente.
Por esse motivo, o ceticismo &eacute; um contraponto a chamada "verdade absoluta", sempre questionando a validade de determinado posicionamento.
<h2>5. Neoplatonismo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/24/24162338845355.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Inspirado em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120506-qual-e-a-diferenca-entre-platao-e-aristoteles-filosoficamente-falando.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Plat&atilde;o</a>, o neoplatonismo foi a grande corrente filos&oacute;fica que concorreu diretamente com o cristianismo. Plotino, um dos maiores defensores desse pensamento, acreditava na exist&ecirc;ncia de um &uacute;nico Deus e que ele seria a luz. Dessa forma, qualquer lugar com trevas seria uma representa&ccedil;&atilde;o da aus&ecirc;ncia de Deus.
Sendo assim, as sombras n&atilde;o guardariam uma representa&ccedil;&atilde;o de macabro, mas sim um distanciamento do caminho certo. Quanto mais perto da luz, mais perto de Deus. Os seres humanos, por sua vez, estariam todos ligados pela part&iacute;cula m&iacute;nima do criador existente em nossos corpos: a nossa alma.
<h2>6. Misticismo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/24/24162411892356.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
No misticismo, viver significa simplicidade. Para isso, a pessoa precisaria buscar a purifica&ccedil;&atilde;o e a ilumina&ccedil;&atilde;o da alma. Nessa escola de pensamento, n&atilde;o h&aacute; separa&ccedil;&atilde;o entre a alma, Deus e o Universo, estando tudo ligado. A experi&ecirc;ncia m&iacute;stica &eacute; o auge da purifica&ccedil;&atilde;o humana.&nbsp;
Nesse momento, o indiv&iacute;duo se sentiria Deus, o universo e ele mesmo ao mesmo tempo tudo de uma s&oacute; vez, elevando seu esp&iacute;rito para a condi&ccedil;&atilde;o de divindade.

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6 filosofias da Grécia Antiga que você precisa conhecer

Imagem de Ética e moral: o que são e qual é a diferença? no megacurioso

Comumente confundidos, ética e moral são conceitos construídos na cultura para estudar e regrar a vida em sociedade

<head></head><body>Ética e moral são palavras que remetem a conceitos complexos, mas que costumam ser usadas sem muita reflexão. É comum que algumas pessoas se declarem "éticas" ou então se coloquem na defesa da "moral", sem parar para pensar de fato o que significa manter tais posturas.&nbsp;Por isso, é importante entender o que cada termo quer dizer e de onde surgiram tais ideias, para então compreender qual a diferença entre os dois conceitos.<h2>Ética versus moral</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/17/17120542159049.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)A melhor forma de se aproximar ao verdadeiro sentido dessas palavras é observar suas raízes etimológicas. Ética deriva da palavra grega ethos, que quer dizer "morada", "refúgio", ou seja, o local onde um sujeito habita. Na filosofia, ethos&nbsp;é compreendida também como "caráter" e "índole".Neste sentido, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121371-epicuristas-no-que-acreditam-as-pessoas-que-seguem-essa-filosofia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ética</a> representa o estudo sobre os modos de agir de uma pessoa, observando as razões que a levam a tomar tais ações ou comportamentos. Ela compreende, portanto, a análise da postura individual de um sujeito, observando se ela reflete aquilo que se entende como um tipo de comportamento ético.A ética também diz respeito ao estudo <a href="https://www.megacurioso.com.br/filosofia/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">filosófico</a> sobre a <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/20959-a-moral-pode-ser-decidida-pelos-seus-genes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">moral</a>, que vem da palavra latina morales,&nbsp;e também indica "morada". O conceito de moral é um pouco diferente: ela compreende os códigos de conduta e os hábitos dentro de uma sociedade em particular. Por isso, a moral costuma ser associada a certos grupos específicos, como as religiões ou as ideologias.A moral, portanto, tende a ditar um conjunto de regras que os membros de um grupo social devem seguir, o que inclui as proibições (o que não deve ser feito) e os tabus (o que não deve ser tocado). Um exemplo são as formas que as sociedades encararam ao longo dos séculos temas como a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120139-voce-sabe-o-que-e-sexualidade-positiva.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sexualidade</a>, por conta da atuação dos códigos morais vigentes em determinadas épocas - influenciadas, sobretudo, pelos discursos religiosos.Por tudo isso, podemos pensar que a moral estuda normas específicas dentro de uma cultura, enquanto a ética pretende ter uma função mais generalista: tenta refletir sobre regras mais amplas e absolutas sobre o que é bom ou mau, ou então certo ou errado, dentro das possibilidades da vida humana.<h2>É possível ser ético sem ser moral?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/17/17120839206051.jpg" alt="(Fonte: Lifeder)">(Fonte: Lifeder)É preciso esclarecer aqui que ninguém é ético ou moral naturalmente. Isto porque tais posturas são culturais, ou seja, construídas coletivamente dentro do ambiente em que se vive.Por isso, o que é ético ou moral vai depender de vários fatores. A moralidade, por exemplo, se opõe à imoralidade - e a pessoa imoral é compreendida como aquela que desobedece os códigos morais da sociedade. Vale lembrar que moralidade não se relaciona necessariamente a regras ou leis: por exemplo, furar fila não é ilegal, mas é considerado imoral dentro de boa parte das culturas. Já uma postura amoral seria aquela que é tomada por não ter conhecimento das regras de moralidade.Já a ética pressupõe, inclusive, o questionamento dos códigos morais vigentes. Por exemplo, a moral determina que roubar é errado. Mas se uma pessoa rouba comida porque está faminta, isto seria justificado eticamente? Por isso, podemos dizer que a ética, em algumas vezes, pressupõe a reflexão e o movimento que irá renovar os códigos morais.</body>

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Ética e moral: o que são e qual é a diferença?

Imagem de Amor platônico: entenda o que é — e descubra se você já o viveu no megacurioso

A ideia de amor foi debatida por filósofos gregos na obra clássica O Banquete. Com o passar dos séculos, muitos desses conceitos passaram a fazer parte da nossa vida

Traduzir os sentimentos em palavras pode ser uma tarefa complicada. &Eacute; por isso que os gregos tinham oito palavras diferentes para se referir a algo que, atualmente, n&oacute;s <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121118-5-fatos-sobre-o-amor-que-a-ciencia-consegue-explicar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">resumimos como &ldquo;amor&rdquo;.</a> Entre esses conceitos, talvez o chamado &ldquo;amor plat&ocirc;nico&rdquo; seja o mais difundido na nossa cultura, ainda que muita gente o interprete de forma equivocada.
Quem cunhou o termo &ldquo;amor plat&ocirc;nico&rdquo; foi o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121180-o-que-o-estoicismo-diz-sobre-os-males-da-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fil&oacute;sofo</a> italiano Marsilio Ficino, no s&eacute;culo XV. Na &eacute;poca, ele usou essas palavras como sin&ocirc;nimo para o &ldquo;amor socr&aacute;tico&rdquo;. Esse amor seria focado no car&aacute;ter de algu&eacute;m, na sua intelig&ecirc;ncia e n&atilde;o nas suas atribui&ccedil;&otilde;es f&iacute;sicas. O fil&oacute;sofo grego Plat&atilde;o acreditava que esse era o amor que existia entre S&oacute;crates e seus disc&iacute;pulos.
No livro O Banquete, Plat&atilde;o narra as v&aacute;rias defini&ccedil;&otilde;es do amor. Essas defini&ccedil;&otilde;es teriam sido dadas por diferentes fil&oacute;sofos durante um jantar. S&oacute;crates, o convidado de honra desse encontro, disse que o amor estava atrelado ao desejo por aquilo que falta, pois ningu&eacute;m desejaria aquilo que tem.
J&aacute; Eriximaco disse que o amor estava presente em tudo, bastando que as pessoas se permitissem observ&aacute;-lo. Arist&oacute;fanes, por outro lado, abordou um tema que faz parte da nossa cultura e est&aacute; presente em filmes, novelas e s&eacute;ries: a ideia da &ldquo;cara-metade&rdquo;. A ideia geral defendida por ele &eacute; que as pessoas teriam sido amaldi&ccedil;oadas, perdendo metade de si. O amor estaria atrelado &agrave; busca pela parte que falta, sendo essa parte um homem ou uma mulher.
<h2>O amor plat&ocirc;nico</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/18/18122826225210.jpg" alt="Fonte: Shutterstock" />Fonte: Shutterstock
Os textos presentes em O Banquete foram e s&atilde;o objetos de estudo h&aacute; s&eacute;culos. Isso vem moldando a forma como vemos os conceitos abordados na obra e como eles s&atilde;o inseridos na nossa cultura.
Atualmente, o &ldquo;amor plat&ocirc;nico&rdquo; se tornou sin&ocirc;nimo de amor n&atilde;o correspondido, mas isso n&atilde;o est&aacute; certo. O chamado &ldquo;mundo plat&ocirc;nico&rdquo; seria o mundo idealizado, ou seja, aquele mundo que s&oacute; existe na nossa imagina&ccedil;&atilde;o. Ele &eacute; perfeito.
Portanto, resumidamente, o amor plat&ocirc;nico seria um <a href="https://www.megacurioso.com.br/datas-comemorativas/102852-voce-conhece-a-fantastica-historia-de-amor-de-cupido-e-psique.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">amor</a> que &eacute; idealizado. O problema &eacute; que esse amor idealizado n&atilde;o existe no mundo real, pois a pessoa amada &eacute; diferente daquela que habita nossa imagina&ccedil;&atilde;o &mdash; quem sabe isso explique a decep&ccedil;&atilde;o que muitas pessoas sentem ao conhecer de perto as pessoas que amam.
<h2>Os outros tipos de amor</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/18/18122828616211.jpg" alt="Fonte: Shutterstock" />Fonte: Shutterstock
Os gregos gostavam das coisas muito bem explicadas, por isso tinham v&aacute;rias categorias de amor. Ent&atilde;o, se voc&ecirc; &eacute; daquelas pessoas que acredita nunca ter vivido um amor, preste aten&ccedil;&atilde;o nessas defini&ccedil;&otilde;es. Certamente, voc&ecirc; j&aacute; viveu alguma delas.
<ul>
<li>Eros: parecido com o que chamamos de &ldquo;paix&atilde;o&rdquo;. &Eacute; f&iacute;sico, intenso e d&aacute; aquele &ldquo;frio na barriga&rdquo;.</li>
<li>Pagam: &eacute; o amor duradouro, pr&aacute;tico e &uacute;til. Como o de um casal de idosos que aprendeu a gostar da companhia um do outro.</li>
<li>Ludus: &eacute; um amor divertido, atrelado a risadas e aventuras. &Eacute; como se os adultos que amam se parecessem com crian&ccedil;as.</li>
<li>&Aacute;gape:&nbsp;&eacute; o amor universal, dado a todos. Pode ser entendido como amor que as religi&otilde;es dizem que temos que ter pelos nossos semelhantes.</li>
<li>Philia: &eacute; o amor dos amigos.</li>
<li>Philautia: amor-pr&oacute;prio.</li>
<li>Storge: amor familiar, independentemente de quem voc&ecirc; considera fam&iacute;lia.</li>
<li>Mania: amor obsessivo, que hoje consideramos &ldquo;t&oacute;xico&rdquo;.</li>
</ul>

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Amor platônico: entenda o que é — e descubra se você já o viveu

Imagem de Epicuristas: no que acreditam as pessoas que seguem essa filosofia? no megacurioso

Saiba como o filósofo Epicuro apresentou a ideia de equilíbrio, moderação e satisfação pessoal para o pensamento humano

Nascido em 341 a.C., Epicuro foi um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121184-7-filosofos-brasileiros-que-voce-precisa-conhecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fil&oacute;sofo</a> grego que baseou suas cren&ccedil;as nos conceitos do conforto e &eacute;tica de vida. Nascido na ilha de Samos e filho de pais atenienses, ele determinou um pensamento inspirado na no&ccedil;&atilde;o de felicidade, explorando as propostas da infinitude e do equil&iacute;brio humano para dar raz&atilde;o a uma vida simples e sem qualquer tipo de excesso.&nbsp;
Para fundar sua escola, Epicuro caracterizou sua filosofia a partir das ideias de atomismo, causalidades e santifica&ccedil;&atilde;o divina estranha aos acontecimentos no mundo. Em princ&iacute;pio, sua &eacute;tica aplicada fugiu do estoicismo &mdash; harmonia com a natureza &mdash; e colocou o indiv&iacute;duo como centro das principais reflex&otilde;es, reduzindo a express&atilde;o humana com o princ&iacute;pio da utilidade e encontrando seu ponto m&aacute;ximo na amizade, espa&ccedil;o comum onde a vida deveria ser levada tranquilamente.
<ul>
<li style="font-weight: bold;">Leia mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121180-o-que-o-estoicismo-diz-sobre-os-males-da-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que o Estoicismo diz sobre os males da vida?</a></li>
</ul>
Sistem&aacute;tico, Epicuro foi amplamente influenciado por <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120506-qual-e-a-diferenca-entre-platao-e-aristoteles-filosoficamente-falando.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Arist&oacute;teles</a>, assumindo o essencial de suas doutrinas e buscando solu&ccedil;&otilde;es para os problemas que eram colocados. Sua escola, posteriormente conhecida como O Jardim, foi instalada em Atenas e possu&iacute;a um ensino de car&aacute;ter dogm&aacute;tico, educando os mais jovens a viver pelas virtudes e honrar as obriga&ccedil;&otilde;es referentes ao princ&iacute;pio da amizade.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/15/15093510878061.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Epicuro manteve pensamentos sobre prazer, desejos, estilo de vida e o caminho para alcan&ccedil;ar a felicidade, considerando a tranquilidade, liberdade do medo e aus&ecirc;ncia da dor corporal entre os pilares b&aacute;sicos. Essa combina&ccedil;&atilde;o de fatores permitiria, ent&atilde;o, que as pessoas experimentassem a felicidade no mais alto n&iacute;vel, atravessando obst&aacute;culos como a ansiedade pelo futuro e a "mastiga&ccedil;&atilde;o" de mem&oacute;rias desagrad&aacute;veis respons&aacute;veis por causar dor.
Segundo o fil&oacute;sofo, os desejos s&atilde;o divididos entre naturais e necess&aacute;rios (de imposs&iacute;vel elimina&ccedil;&atilde;o), naturais e n&atilde;o necess&aacute;rios (coisas dif&iacute;ceis de satisfazer e "elimin&aacute;veis") e desejos vazios (projetados apenas para agradar em n&iacute;veis superficiais ou materiais). Saber separar cada um desses conceitos e trat&aacute;-los em est&aacute;gios de import&acirc;ncia ou relev&acirc;ncia seria importante para fundamentar uma ess&ecirc;ncia individual por meio da simplicidade e do amor-pr&oacute;prio, evitando a infelicidade e outras frustra&ccedil;&otilde;es.
<h2>A cura da infelicidade na vida moderna</h2>
Epicuro ensina que <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121270-ordalia-a-pratica-medieval-bizarra-de-julgar-aos-olhos-de-deus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Deus</a> n&atilde;o &eacute; tem&iacute;vel, a morte n&atilde;o &eacute; preocupante, as coisas boas da vida s&atilde;o de f&aacute;cil aquisi&ccedil;&atilde;o e as coisas terr&iacute;veis s&atilde;o suport&aacute;veis. Por meio desses conceitos, o autor esclarece que a felicidade plena pode ser evocada a qualquer hora, sendo capaz de superar as adversidades em estado de equil&iacute;brio e por meio t&eacute;cnicas de autoan&aacute;lise, como a medita&ccedil;&atilde;o.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/15/15094001409066.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Os epicuristas acreditam que deve ser realizado um esfor&ccedil;o para se viver positivamente, livrando consequ&ecirc;ncias causadas pela expectativa e reformulando as cren&ccedil;as limitantes. Para isso, &eacute; importante agir de forma minimalista &mdash; viver com menos &eacute; viver em paz &mdash;, desapegar-se do dinheiro por meio da modera&ccedil;&atilde;o, experi&ecirc;ncia e economia de planejamento, e reformulando pensamentos, j&aacute; que a observa&ccedil;&atilde;o por outras &oacute;ticas pode colaborar com um maior sentido nas tomadas de decis&atilde;o e comportamento diante de encruzilhadas.
Focar um ambiente positivo, praticar a gratid&atilde;o e desacelerar o ritmo das coisas, considerando os princ&iacute;pios de felicidade humana e da pr&oacute;pria sobreviv&ecirc;ncia, s&atilde;o meios importantes de se alcan&ccedil;ar o equil&iacute;brio e a gra&ccedil;a plena, implementando estrat&eacute;gias importantes no desenvolvimento pessoal e em uma forma mais leve de encarar as adversidades.

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Epicuristas: no que acreditam as pessoas que seguem essa filosofia?

Imagem de 7 filósofos brasileiros que você precisa conhecer no megacurioso

O Brasil já tem uma tradição na filosofia. Conheça alguns dos nomes mais importantes nesta área do conhecimento

<head></head><body>Embora a <a href="https://www.megacurioso.com.br/filosofia/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Filosofia</a> tenha sido criada na <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/101049-15-fatos-sobre-a-grecia-antiga-que-voce-precisa-conhecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Grécia Antiga</a>, no século VI a.C., ela se desenvolveu no mundo inteiro pela reflexão de pensadores oriundos de diversas culturas e com olhares diferentes. O Brasil também é um campo rico para o pensamento filosófico, e há vários pesquisadores que são destaque e referência, inclusive, para outros países.Preparamos neste texto uma lista de 7 filósofas e filósofos brasileiros que continuam expandindo as questões nascidas na Grécia, e que você certamente precisa conhecer.<h2>1. Marilena Chauí (1941)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/19/19202133657006.jpg" alt="(Fonte: UFT)">(Fonte: UFT)Marilena Chauí é considerada por muitos como o maior nome contemporâneo da filosofia brasileira. Ela é mestre e doutora em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), onde também leciona.&nbsp;Chauí é uma grande especialista no filósofo Baruch Espinoza, e também atua na historiografia da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121173-porque-que-existiram-tantos-filosofos-gregos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">filosofia</a>. A professora costuma ser lembrada por sua forte atuação política: ela, inclusive, participou da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT).<h2>2. Bento Prado Júnior (1937-2007)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/19/19202304720007.jpg" alt="(Fonte: Divulgação)">(Fonte: Divulgação)Bento Prado Júnior foi doutor em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP) e professor titular da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Antes disso, havia sido professor da USP, mas teve sua ocupação cassada, junto a outros colegas, durante o governo militar devido a um decreto presidencial.É considerado um dos principais personagens na construção da filosofia brasileira. Era um grande especialista no filósofo francês Henri Bergson e na fenomenologia francesa do século XX.<h2>3. Djamila Ribeiro (1980)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/19/19201908063003.jpg" alt="(Fonte: Veja)">(Fonte: Veja)Djamila Ribeiro é mestre em Filosofia Política pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e é vista um dos grandes nomes da nova filosofia brasileira, que direciona suas reflexões para questões bastante urgentes, como o racismo e o ativismo digital. Suas pesquisas envolvendo questões de raça e gênero se popularizaram a partir de três obras suas: “O que é lugar de fala?” (2017), “Quem tem medo do <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/85566-quem-foi-simone-de-beauvoir-que-causou-polemica-no-enem-2015.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">feminismo</a> negro?” (2018) e “Pequeno manual antirracista” (2019).<h2>4. Miguel Reale (1910-2006)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/19/19202624891010.jpg" alt="(Fonte: Academia Notarial Brasileira)">(Fonte: Academia Notarial Brasileira)Miguel Reale foi um jurista e filósofo brasileiro. Como professor, exerceu toda a sua carreira na USP, onde também assumiu a função de reitor. O professor Reale coordenou e elaborou em 2002 o Código Civil Brasileiro, e é considerado um nome importantíssimo tanto na Filosofia quanto no Direito.<h2>5. Mario Sergio Cortella (1954)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/19/19202732719012.jpg" alt="(Fonte: SESC)">(Fonte: SESC)É filósofo e doutor em <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Educação</a> pela PUC-SP, onde é professor titular. Seus trabalhos na filosofia são voltados principalmente às questões da ética e da educação. Além de professor e palestrante, já foi Secretário Municipal de Educação de São Paulo. Tem mais de 30 livros publicados.<h2>6. Leandro Konder (1936-2014)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/19/19203951485013.jpg" alt="(Fonte: Teoria e Debate)">(Fonte: Teoria e Debate)Leandro Konder foi bacharel em Direito e doutor em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Como professor, foi titular no Departamento de Educação da PUC-Rio.Foi um nome forte na filosofia <a href="https://www.megacurioso.com.br/politica/43169-sera-que-karl-marx-odiava-mesmo-o-capitalismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">marxista</a>, e teve anos de atuação nas causas trabalhistas durante a época da ditadura brasileira. Dentre as suas principais obras, estão “Introdução ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109748-mas-afinal-o-que-e-o-fascismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fascismo</a>”, “O que é dialética” e “As ideias socialistas no Brasil”.<h2>7. Márcia Tiburi (1970)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/19/19204146861014.jpg" alt="(Fonte: Divulgação)">(Fonte: Divulgação)É mestre em Filosofia pela PUCRS e doutora em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É um dos rostos e mentes mais conhecidos na filosofia contemporânea, escrevendo especialmente sobre temas ligados à filosofia do conhecimento, ética e feminismo.Ela é especialista no pensamento do filósofo alemão Theodor Adorno e na Escola de Frankfurt. Embora ainda atue como professora, Tiburi começou recentemente uma carreira política no Partido dos Trabalhadores (PT).</body>

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7 filósofos brasileiros que você precisa conhecer

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Filosofia surgida na Grécia prega a busca por uma postura racional, mas sem ser passivo diante da vida

Imagine o seguinte: voc&ecirc; est&aacute; andando pela rua e encontra um cachorro abandonado; ent&atilde;o, decide lev&aacute;-lo para a sua casa. D&aacute; &aacute;gua, comida e uma cama para o c&atilde;o e, mesmo assim, quando voc&ecirc; tenta fazer um carinho nele, ele morde.
Voc&ecirc; sente dor. V&ecirc; sangue na sua m&atilde;o. Nesse cen&aacute;rio, existem infinitas possibilidades de rea&ccedil;&otilde;es. Uma delas &eacute; revidar a agress&atilde;o, talvez, batendo no cachorro. Outra &eacute; voc&ecirc; se deixar levar por uma profunda m&aacute;goa, pois o animal demonstrou ingratid&atilde;o contigo, quando voc&ecirc; s&oacute; deu amor a ele.&nbsp;Contudo, uma das possibilidades &eacute; buscar ser racional. Entendendo que h&aacute; uma gigantesca dist&acirc;ncia entre a capacidade cognitiva de um c&atilde;o e de um homem &mdash; e que aquele animal s&oacute; agiu por instinto e por medo.
&Eacute; prov&aacute;vel que a terceira rea&ccedil;&atilde;o seja a de um estoico. Algu&eacute;m que entendeu que ter uma postura mais racional sobre a vida pode retirar o fardo de existir.
<h2 class="uk-text-justify">Estoicismo: uma postura racional diante da vida</h2>
Na <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/101049-15-fatos-sobre-a-grecia-antiga-que-voce-precisa-conhecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Gr&eacute;cia Antiga</a>, um grupo de fil&oacute;sofos definiu que uma pessoa feliz era aquela que n&atilde;o se abalava diante dos revezes da vida. Segundo eles, existe um fluxo natural dos acontecimentos cotidianos, sejam bons, sejam ruins. Diante deles, nos resta ter uma atitude pr&aacute;tica e racional. Se conseguirmos isso, teremos uma vida boa.
&Eacute; claro que n&atilde;o se trata de algo f&aacute;cil. Nossas emo&ccedil;&otilde;es s&atilde;o parte do que somos, e cientistas de diversas &aacute;reas buscam entend&ecirc;-las.
Mesmo assim, voltando ao exemplo inicial do texto, qual seria a atitude pr&aacute;tica para lidar com a mordida do c&atilde;o adotado? Provavelmente, lavar o ferimento e ir tomar uma vacina antirr&aacute;bica. Chutar o c&atilde;o n&atilde;o resolveria o problema, certo?
<h2 class="uk-text-justify">Estoicismo e cristianismo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/15/15223320534008.jpg" alt="(Fonte: Pexels)" />(Fonte: Pexels)
Se voc&ecirc; achou esse comportamento semelhante aos <a href="https://www.megacurioso.com.br/personalidades/99352-o-que-sabemos-sobre-a-existencia-de-jesus-cristo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">conselhos dados por Cristo</a> e seus disc&iacute;pulos, saiba que h&aacute; uma raz&atilde;o para isso. O estoicismo pode ter influenciado o cristianismo, pois os primeiros crist&atilde;os surgiram no per&iacute;odo greco-romano, sugestionados pela cultura da &eacute;poca.
Ali&aacute;s, outras religi&otilde;es, como o budismo, tamb&eacute;m t&ecirc;m semelhan&ccedil;as com os ensinamentos estoicos.
<h2 class="uk-text-justify">Estoicismo n&atilde;o prega a passividade</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/15/15222858065001.jpg" alt="(Fonte: Pexels)" />(Fonte: Pexels)
Buscar uma sa&iacute;da racional diante das adversidades e aceitar que algumas coisas s&atilde;o imut&aacute;veis n&atilde;o quer dizer ser passivo diante delas, o&nbsp;que o estoicismo prega &eacute; que se retire o emocional da equa&ccedil;&atilde;o e se busque compreender os fen&ocirc;menos cotidianos.
Por exemplo: diante da <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120998-hamsters-estao-sendo-sacrificados-por-conta-da-covid-19.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pandemia de covid-19</a>, um comportamento passivo seria n&atilde;o se cuidar, j&aacute; que &ldquo;todo mundo vai pegar o v&iacute;rus&rdquo;. Um comportamento estoico seria aceitar que a pandemia existe e, diante disso, buscar viver de forma coerente com o momento, usando m&aacute;scaras e se vacinando, pois h&aacute; argumentos l&oacute;gicos que defendem essas a&ccedil;&otilde;es.
<h2 class="uk-text-justify">S&ecirc;neca e o estoicismo</h2>
O fil&oacute;sofo romano S&ecirc;neca &eacute; um dos nomes mais famosos do estoicismo. Em seu livro Sobre a Brevidade da Vida, o romano filosofa sobre a exist&ecirc;ncia humana. Voc&ecirc; pode procurar o livro na internet e ler os conselhos desse pensador, que viveu em um mundo t&atilde;o diferente do nosso, mas ainda assim cheio de situa&ccedil;&otilde;es confusas. Voc&ecirc; tamb&eacute;m pode ver o v&iacute;deo animado abaixo produzido pelo TED legendado em portugu&ecirc;s.
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