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Uma série de fatores ajudou a tornar os filósofos gregos mais populares ao longo da história

<head></head><body>Você já deve ter notado que ouvimos falar muito mais sobre os filósofos gregos antigos do que os de qualquer outro lugar. Isso nos induz a imaginar que eles eram muitos e que até respondiam pela maior parte do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120506-qual-e-a-diferenca-entre-platao-e-aristoteles-filosoficamente-falando.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pensamento filosófico</a>.Sem dúvidas, existiram muitos filósofos gregos, mas quando comparados ao resto do mundo e da História, eles são uma pequena parte. Mesmo que estejamos nos concentrando apenas nos tempos antigos.Também havia filósofos indianos, chineses, latinos, egípcios e outros tantos mais antigos que não conhecemos porque seus textos e pensamentos se perderam com o passar dos séculos.Então, o mais adequado é nos questionar por que os gregos são os mais conhecidos. Bom, não existe uma única explicação para isso. Há, sim, um conjunto de fatores que ajudaram a Grécia a se tornar tão influente no pensamento filosófico. Acompanhe!<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/16/16193817245551.jpg" alt="Tales de Mileto. (Fonte: Wikipedia/Reprodução)">Tales de Mileto. (Fonte: Wikipedia/Reprodução)<h2>Fundamentos da sociedade ocidental</h2>De Tales de Mileto, considerado o primeiro filósofo grego, aos estoicos e céticos, a filosofia grega ampliou os horizontes do pensamento ao abrir as portas para uma forma particular de pensar, fornecendo as bases para a produção intelectual e até para a estruturação da civilização ocidental, ou seja, a nossa.Por isso, não é estranho que os filósofos gregos antigos sejam conhecidos como alguns dos maiores pensadores do mundo.<h2>Tinham liberdade</h2>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/43368-proxima-parada-grecia-viaje-pela-historia-desse-pais-unico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Grécia Antiga</a> fornecia liberdade aos seus pensadores graças à ideia de democracia que tinham. Ou seja, era possível pensar para além do senso comum.&nbsp;Além disso, as cidades gregas tinham por costume investir em tecnologia, cultura e artes, sendo que até mesmo as regiões voltadas para o aspecto militar valorizavam isso. Outros povos, como os persas, focavam mais em agricultura, comércio e conquistas territoriais.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/16/16193338151549.jpg" alt="A morte de Sócrates. (Fonte: Gordon Johnson /Pixabay / Reprodução)">A morte de Sócrates. (Fonte: Gordon Johnson /Pixabay / Reprodução)<h2>Evolução da linguagem</h2>Após o período conhecido como Idade das Trevas Grega, que se inicia com o fim da civilização micênica e invasão dórica, em torno 1.150 a.C., e termina com a criação e ascensão das cidades-estado, por volta de 800 a.C., os gregos conseguiram desenvolver uma linguagem mais sofisticada, expressiva e complexa que outros povos da época.Com isso, passaram a ter uma educação formal melhor desenvolvida, além de uma ampla produção literária e filosófica. Sendo assim, puderam difundir esses aspectos para uma quantidade maior de pessoas, tanto localmente, quanto fora de lá.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/16/16194111370552.jpg" alt="Platão. (Fonte: Netmundi/Reprodução)">Platão. (Fonte: Netmundi/Reprodução)<h2>Transmitiam os conhecimentos</h2>As cidades-estados gregas não competiam entre si apenas no campo de batalha. A rivalidade também envolvia a cultura e arte. Basta observar que até a militar Esparta tinha certa preocupação com esses pontos.Além disso, não podemos nos esquecer que em torno de muitos <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/120534-quem-foi-platao-e-por-que-ele-e-importante-ainda-hoje.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">filósofos gregos</a>, como os sofistas e estoicos, formavam-se grupos de seguidores que ajudavam a difundir ainda mais o pensamento de seus mestres, assim como escolas, a exemplo do Epicurismo e Aristotelismo.&nbsp;Os estoicos, por exemplo, iniciados por Zenão no século III a.C., continuaram a transmitir fortemente seus pensamentos através do Império Romano. Sem contar que muitos líderes tiveram os gregos como mestres, por exemplo, Alexandre, o Grande, cujo preceptor foi Aristóteles.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/16/16194254776553.jpg" alt="Aristóteles. (Fonte: Toda Matéria/ Reprodução)">Aristóteles. (Fonte: Toda Matéria/ Reprodução)Claro, os latinos, de quem os romanos surgiram, também eram adeptos e incentivadores das artes, filosofia e cultura em geral. Mas você pode se perguntar porque não se fala tanto em pensadores romanos tanto quanto os gregos.Sobre isso, é interessante observar que o foco dos romanos estava mais no consumo do que na produção. Amavam a Grécia a ponto de adotarem parte de sua cultura. Estudavam a fundo os filósofos gregos, preservando e até transmitindo suas ideias, mas raramente acrescentavam algo as suas obras.&nbsp;Roma estava mais preocupada em expansão territorial e ter uma logística eficiente para alimentar seus milhares de soldados, enquanto dominava províncias e aumentava o império. Nisso, sim, os romanos se destacaram e se tornaram tão conhecidos quanto os filósofos gregos.</body>

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Porque que existiram tantos filósofos gregos? 

Imagem de Conheça 6 dos principais filósofos iluministas no megacurioso

Com ideias baseadas no racionalismo e no saber científico, esses pensadores tentaram trazer novas perspectivas para a sociedade europeia do século XVII

<head></head><body>Em meados do século XVII, uma nova vertente de pensamento surgiu na França: o Iluminismo, também conhecido como Século das Luzes. Esse termo, inclusive, surge a partir da ideia de trazer à luz as ideias dos pensadores da época baseadas no racionalismo e no saber científico, enquanto o restante da Europa ainda estava imersa nas crenças científicas.O movimento iluminista foi se espalhando por diversos países da região até chegar em outros continentes, e aos poucos foi dando mais espaço ao pensamento racional em detrimento do misticismo e da religião. E para que essas ideias se espalhassem pelo mundo, foi necessário o auxílio de alguns grandes pensadores. Confira só uma lista com seis dos principais filósofos iluministas que ajudaram na expansão dessa corrente de pensamento!<h2>1. Thomas Hobbes (1588-1679)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/16/16085522282032.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Durante o período do Iluminismo, Hobbes se posicionou como uma das principais figuras dos debates políticos dessa época. O pensador era totalmente contrário à intervenção do Estado na economia e foi quem estabeleceu a teoria do contrato social baseada na relação entre o soberano absoluto e a sociedade civil.&nbsp;Para o filósofo e economista inglês, contratos sociais e sociedades civis são montados para que os seres humanos evitem o caos. Segundo ele, renunciar de direitos naturais e criar obrigações morais são a única forma das pessoas encontrarem a paz.&nbsp;<h2>2. John Locke (1632-1704)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/16/16085441829031.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Locke, considerado o "pai" do liberalismo e um dos fundadores do empirismo, cuja ideia é os homens serem folhas em branco preenchidas com experiências, era um enorme defensor da liberdade de expressão e se tornou um dos <a href="http://f" rel="noopener noreferrer" target="_blank">filósofos</a> iluministas mais influentes de todos os tempos. Ao longo de sua carreira, produziu grandes trabalhos literários, sobretudo o livro Ensaio acerca do Entendimento Humano (1689).&nbsp;Foi um dos grandes desenvolvedores das noções de contrato social e direitos naturais, que acabaram influenciando Voltaire e Rousseau. Suas teorias ajudaram na formulação da Declaração de Independência dos Estados Unidos.<h2>3. Voltaire (1694-1778)</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://pt.wikipedia.org/wiki/Voltaire#/media/Ficheiro:Atelier_de_Nicolas_de_Largilliere,_portrait_de_Voltaire,_detail_(musee_Carnavalet)_-002.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/16/16085639423035.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/105634-estatua-de-voltaire-abriga-o-verdadeiro-coracao-do-escritor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Voltaire</a> era bem incisivo quanto ao que achava sobre o mundo religioso. Para o filósofo francês, Igreja e Estado deveriam se separar e defender as liberdades de religião e de expressão estava sempre em primeiro lugar. Era um dos filósofos iluministas com mais críticas à sociedade francesa e às estruturas sociais existentes.Voltaire via a burguesia como pequena e ineficaz, os aristocratas como parasitas e corruptos, os plebeus como ignorantes e supersticiosos, e a Igreja como opressora. De acordo com o pensador, apenas um monarca esclarecido poderia salvar a sociedade, uma vez que melhorar a saúde e educação de seus súditos deveria ser um interesse racional.<h2>4. Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/16/16085800158041.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Apesar de ter nascido na Suíça, as obras do filósofo, escritor e compositor francófono Jean-Jacques Rousseau influenciaram politicamente pensadores pela França e por toda a Europa. Tornou-se um nome muito relevante para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120949-5-enganos-historicos-sobre-a-revolucao-francesa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Revolução Francesa</a> e também para a forma como enxergamos política e educação em tempos modernos.Assim como outros filósofos iluministas, Rousseau tinha a concepção de que o estágio de desenvolvimento dos homens era melhor que nossa natureza "selvagem". Para ele, as pessoas deveriam praticar o autodomínio e permanecer virtuosas, mesmo que a sociedade em que vivessem fosse imperfeita e não natural.&nbsp;<h2>5. Montesquieu (1689-1755)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/16/16085724392039.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Através de seu conceito político de que deveria haver uma separação de poderes em uma sociedade, Montesquieu basicamente moldou o governo democrático moderno. O advogado francês defendia um sistema constitucional de governo, o fim da escravidão e a preservação das liberdades civis e da lei.Por fim, ele tinha em mente que as instituições políticas deveriam ser um reflexo dos aspectos sociais e geográficos de cada comunidade para melhor representar a população.<h2>6. Mary Wollstonecraft (1759-1797)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/16/16085845642044.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Talvez a filósofa mais célebre do Iluminismo, Mary Wollstonecraft acompanhou de perto as mudanças causadas pela Revolução Francesa. Ela estava na França durante a decapitação de Luís XVI e ficou espantada com a forma de agir dos jacobinos — principalmente a forma como tratavam as mulheres.Porém, isso nunca fez com que ela se tornasse uma conservadora. Wollstonecraft defendia a igualdade entre homens e mulheres, mantendo-se fiel à sua oposição à aristocracia, à monarquia e à autoridade da religião.</body>

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Conheça 6 dos principais filósofos iluministas

Imagem de 6 conceitos filosóficos bizarros usados na franquia Matrix no megacurioso

A trama de Matrix sempre deixou os espectadores cheios de questionamentos, e fez isso empregando conceitos filosóficos surpreendentes

Grandes atua&ccedil;&otilde;es, efeitos especiais e uma hist&oacute;ria envolvente. Com mais de 20 anos de hist&oacute;ria e 4 longas-metragens lan&ccedil;ados, a franquia Matrix faz parte da cultura pop desde seu lan&ccedil;amento, em 1999 e, sendo assim, volta e meia nos pegamos revisitando sua trama.
No entanto, muitos dos questionamentos apresentados em Matrix n&atilde;o s&atilde;o necessariamente originais, mas conceitos filos&oacute;ficos complexos e, &agrave;s vezes, com s&eacute;culos de exist&ecirc;ncia. Por isso, a seguir vamos apresentar seis&nbsp;conceitos filos&oacute;ficos que Matrix incorporou em sua hist&oacute;ria.
<h2>1. Conceito de liberdade de Kant</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/09/09121222323259.jpg" alt="(Fonte: Warner Bros/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Warner Bros/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A Cr&iacute;tica da Raz&atilde;o Pura &eacute; a principal obra da teoria do conhecimento do fil&oacute;sofo Immanuel Kant, publicada pela primeira vez em 1781. Nessa obra, Kant definiu seu conceito de liberdade, segundo o qual voc&ecirc; deveria ser livre para se tornar o que voc&ecirc; &eacute; capaz de ser.
O fil&oacute;sofo alem&atilde;o acreditava que a liberdade seria um componente necess&aacute;rio &agrave; felicidade, ingrediente sem o qual seria imposs&iacute;vel sermos felizes. Em Matrix, esse conceito &eacute; trazido &agrave; tela com frequ&ecirc;ncia: p&iacute;lula azul ou vermelha? A cruel e dura verdade ou a mentira acalentadora? Certamente, quem vivia na <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/108802-15-incriveis-provas-de-que-a-matrix-existe-de-verdade-e-as-vezes-falha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Matrix</a>&nbsp;era feliz, mas n&atilde;o era livre.
<h2>2. O construtivismo de Jean Piaget</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/07/07180408309562.jpg" alt="(Fonte: Warner Bros/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Warner Bros/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Criado no trabalho do su&iacute;&ccedil;o Jean Piaget, o construtivismo &eacute; uma tese epistemol&oacute;gica que defende o papel ativo do sujeito na cria&ccedil;&atilde;o e na modifica&ccedil;&atilde;o do conhecimento.
No longa-metragem, o construtivismo tem papel crucial quando Neo &mdash; personagem principal, interpretado por Keanu Reeves &mdash; se junta aos demais libertos da Matrix e necessita aprender realidades novas. Todas as novas possibilidades ali e as que foram elaboradas por eles s&atilde;o frutos da teoria do conhecimento em conjunto.
<h2>3. A m&aacute;quina de experi&ecirc;ncias de Nozick</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/07/07180533887563.jpg" alt="(Fonte: Warner Bros/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Warner Bros/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Robert Nozick &mdash; em sua obra Anarquia, Estado e Utopia (1974) &mdash; prop&ocirc;s uma experi&ecirc;ncia que demonstraria que o hedonismo, conceito que prega o prazer como bem supremo, finalidade e fundamento da vida moral, seria falso. Para isso, prop&ocirc;s um experimento chamado de m&aacute;quina de experi&ecirc;ncias.
Nozick diz para imaginarmos uma m&aacute;quina capaz de reproduzir experi&ecirc;ncias de prazer de maneira fiel &agrave;s reais, a ponto de n&atilde;o sermos capazes de afirmar que n&atilde;o s&atilde;o reais. O fil&oacute;sofo questionava se est&aacute;vamos dispostos a trocar uma vida "real" por essa vida de prazeres, ficando plugados na m&aacute;quina. Em Matrix podemos, novamente, retornar &agrave; cena da escolha da p&iacute;lula. E a&iacute;, qual voc&ecirc; escolheria?
<h2>4. O c&eacute;rebro no jarro de Gilbert Harman</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/07/07180810309564.jpg" alt="(Fonte: Warner Bros/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Warner Bros/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A ideia do c&eacute;rebro no jarro afirma que a realidade &eacute; falsa e ser&iacute;amos somente um c&eacute;rebro em um jarro. De acordo com essa proposta filos&oacute;fica, haveria um supercomputador respons&aacute;vel por alimentar os n&uacute;cleos sensoriais de nosso c&eacute;rebro com informa&ccedil;&otilde;es falsas e indistingu&iacute;veis das reais.
Apresentada em 1973, Gilbert Harman dizia que outra possibilidade &eacute; que f&ocirc;ssemos corpos em mesas com eletrodos que nos alimentam com informa&ccedil;&otilde;es sensoriais falsas. Bem, parece ser bem &oacute;bvia a rela&ccedil;&atilde;o com Matrix, n&atilde;o &eacute; mesmo?
<h2>5. O Mito da Caverna de Plat&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/07/07180935216569.jpg" alt="(Fonte: Warner Bros/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Warner Bros/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Presente em A Rep&uacute;blica&nbsp;(IV a.C.), de Plat&atilde;o, o Mito da Caverna narra um di&aacute;logo travado entre Glauco e S&oacute;crates. Nele, S&oacute;crates pede a Glauco para imaginar uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/120612-caverna-de-platao-a-ardua-jornada-em-busca-do-conhecimento-pleno.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">caverna</a> subterr&acirc;nea onde homens vivem como prisioneiros, acorrentados desde sempre, vendo apenas sombras projetadas do que ocorreria fora da caverna em uma parede, a partir da luz de um fogo &agrave; frente deles.
O mito seria uma alegoria sobre a forma como vemos o mundo, crendo apenas no que enxergamos e sendo facilmente distra&iacute;dos do que importa, ignorando a possibilidade de que haja uma realidade totalmente diferente da que conhecemos. Lembra da cena com a mulher de vestido vermelho no treinamento de Neo dado por Morpheus? Pois &eacute;...
<h2>6. Joseph Weizenbaum e a aus&ecirc;ncia de empatia na intelig&ecirc;ncia artificial (IA)&nbsp;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/07/07185835537653.jpg" alt="(Fonte: Warner Bros/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Warner Bros/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
"Empatia" &eacute; um conceito que evoluiu pelos caminhos da Filosofia ao longo do s&eacute;culo XX principalmente. A ideia de se colocar no lugar do outro encontrou eco na tecnologia quando Joseph Weizenbaum criou o primeiro chatbot do mundo, capaz de simpatizar um pouco com os humanos.
Weizenbaum acreditava que se computadores entendessem as emo&ccedil;&otilde;es humanas poderiam assumir cargos em que a empatia fosse elemento preponderante. Por&eacute;m, ele tamb&eacute;m pensava que isso seria desastroso para a humanidade, pois lhes faltaria sabedoria, intui&ccedil;&atilde;o e, ora vejam, empatia. &Eacute; o que vemos na Matrix, cujas m&aacute;quinas tomaram o controle de n&oacute;s e, no fim, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120572-robos-vs-ia-quem-e-quem-na-batalha-das-maquinas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">intelig&ecirc;ncia artificial</a> nos escraviza.

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6 conceitos filosóficos bizarros usados na franquia Matrix

Imagem de Como Henry D. Thoreau influenciou Martin Luther King Jr. no megacurioso

Considerado um filósofo à frente do seu tempo, Henry David Thoreau se tornou 'manual de apoio' às resistências de Gandhi, Luther King Jr. e outros

Mesmo com pouco reconhecimento durante sua vida, Henry David Thoreau (1817-1862) foi um "divisor de &aacute;guas" da filosofia moderna, sendo classificado como um ente social que escreveu em defesa da antiguerra e da antiescravid&atilde;o. Os ensaios dele se tornaram refer&ecirc;ncias nas esferas pol&iacute;ticas e sociais, inspirando in&uacute;meros s&iacute;mbolos pelo apoio &agrave;s resist&ecirc;ncias passivas, como ocorreu com Martin Luther King Jr.
Lan&ccedil;ado em 1849, Desobedi&ecirc;ncia Civil foi a obra mais importante da vida de Thoreau e do p&uacute;blico leitor. O livro foi escrito pelo autor enquanto estava na cadeia por n&atilde;o pagar impostos para evitar financiamentos da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120630-tanques-de-guerra-voadores-a-ambicao-dos-sovieticos-durante-a-guerra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">guerra</a> dos Estados Unidos (EUA) contra o M&eacute;xico, sendo um texto de n&iacute;vel profundo que funcionou como um protesto geral contra qualquer forma de injusti&ccedil;a pol&iacute;tica, tornando-se uma afirma&ccedil;&atilde;o da obriga&ccedil;&atilde;o de manifesta&ccedil;&otilde;es n&atilde;o violentas, incentivando os indiv&iacute;duos a desobedecer qualquer lei considerada injusta.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/18/18085825371044.jpg" alt="(Fonte: Wikipedia / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Wikipedia / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Al&eacute;m disso, as ideias transcendentalistas do autor, que apontavam o livre desenvolvimento de emo&ccedil;&otilde;es como solu&ccedil;&atilde;o para os maiores problemas e a express&atilde;o religiosa e intelectual da democracia americana como a mais perfeita forma de express&atilde;o divina humana, enfatizaram a autoconfian&ccedil;a, a individualidade e o antimaterialismo, questionando fortemente os pressupostos b&aacute;sicos da maneira como os homens viviam e afirmando que "o melhor governo &eacute; o que governa menos".
Apesar de pouco se preocupar com movimentos reformistas organizados, Thoreau teve papel fundamental no apoio &agrave;s causas abolicionistas. Em 1850, o fil&oacute;sofo entregou o&nbsp;Apelo ao Capit&atilde;o John Brown&nbsp;e denunciou o governo por sancionar a institui&ccedil;&atilde;o da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120450-luiz-gama-o-advogado-que-conduziu-a-liberdade-escravos-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escravid&atilde;o</a>, Lei do Escravo Fugitivo, elogiando a moralidade de uma resist&ecirc;ncia agressiva contra as propostas desiguais e desumanas aprovadas pelas autoridades.
<h2 class="uk-text-justify">Inspira&ccedil;&atilde;o para Martin Luther King Jr.</h2>
Quando o jovem Martin Luther King Jr. teve acesso ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120852-como-o-livro-de-edgar-allan-poe-amaldicoou-um-nome.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">livro</a> de Thoreau em meados de 1940, a vida dele mudou completamente. Por meio da leitura de Desobedi&ecirc;ncia Civil, o ativista teve o "primeiro contato com a teoria da resist&ecirc;ncia n&atilde;o violenta" e chegou a reler o material "v&aacute;rias vezes", encontrando um caminho para lutar a favor da justi&ccedil;a racial e dos direitos civis.
"Fiquei convencido de que a n&atilde;o coopera&ccedil;&atilde;o com o mal &eacute; uma obriga&ccedil;&atilde;o moral tanto quanto a coopera&ccedil;&atilde;o com o bem. Nenhuma outra pessoa foi mais eloquente e apaixonada em transmitir essa ideia do que Henry David Thoreau", comentou Martin Luther King. "Os ensinamentos de Thoreau ganharam vida em nosso movimento pelos direitos civis; na verdade, eles est&atilde;o mais vivos do que nunca", disse Luther King.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/18/18085529573041.jpg" alt="(Fonte: Smithsonian Magazine / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Smithsonian Magazine / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Coincidentemente, King tamb&eacute;m passou um tempo encarcerado por contrariar o poder "maligno" das institui&ccedil;&otilde;es e atuar na lideran&ccedil;a de protestos em restaurantes, servi&ccedil;os de transporte p&uacute;blico e em vias de tr&aacute;fego. No total, o pastor batista norte-americano foi preso mais de 30 vezes por delitos justificados por suas manifesta&ccedil;&otilde;es, mas em nenhum momento parou de estimular os cidad&atilde;os comuns a se voltarem contra leis abusivas.
"Receio que seja muito longo para tomar seu precioso tempo. Posso assegurar-lhe que teria sido muito mais curto se eu estivesse escrevendo de uma mesa confort&aacute;vel, mas o que mais h&aacute; para fazer quando voc&ecirc; est&aacute; sozinho h&aacute; dias na monotonia de uma cela estreita, al&eacute;m de escrever longas cartas, ter pensamentos estranhos e rezar longas ora&ccedil;&otilde;es?", escreveu Luther King em trecho retirado da Carta da Pris&atilde;o de Birmingham, em 1963.

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Como Henry D. Thoreau influenciou Martin Luther King Jr.

Imagem de Ubuntu: qual a importância dessa filosofia africana para a vida? no megacurioso

Criada como contraponto da cultura individualista ocidental, a filosofia ubuntu defende as relações humanas e a importância delas para nossa existência

Se Ren&eacute; Descartes (1596-1650) ficou famoso pela frase "Penso; logo, existo", que define nosso senso de autoconhecimento, a filosofia africana ubuntu oferece uma vis&atilde;o mais coletiva a respeito da viv&ecirc;ncia humana: "Eu sou porque voc&ecirc; &eacute;". E o que isso quer dizer e como podemos usar esse conceito na vida?
A verdade &eacute; que mesmo ap&oacute;s 2 d&eacute;cadas do fim do <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/42784-voce-conhece-a-verdadeira-origem-do-simbolo-da-paz-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">apartheid</a> na &Aacute;frica do Sul o ubuntu ainda &eacute; bastante cultuado na regi&atilde;o. Esse &eacute; um termo compacto das l&iacute;nguas Nguni do Zulu e Xhosa que carrega uma defini&ccedil;&atilde;o bastante ampla sobre "as virtudes humanas essenciais da compaix&atilde;o e da humanidade".
<h2>A import&acirc;ncia das rela&ccedil;&otilde;es</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/17/17115727736173.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />Est&aacute;tua de Nelson Mandela, na Inglaterra. (Fonte: Wikimedia Commons)
Na vis&atilde;o do ubuntu, nosso senso de identidade &eacute; moldado por nossas rela&ccedil;&otilde;es com outras pessoas. Para os estudiosos do tema, essa seria uma forma de balancear o individualismo desenfreado que tem sido difundido nas &uacute;ltimas d&eacute;cadas.
Na pr&aacute;tica, ubuntu quer dizer que os la&ccedil;os em comum que temos com determinado grupo s&atilde;o mais importantes para n&oacute;s do que qualquer argumento individual ou motiva&ccedil;&atilde;o por tr&aacute;s disso. O que n&atilde;o quer dizer que as pessoas n&atilde;o possam debater ou argumentar, e sim que o senso de comunidade n&atilde;o deixa que isso crie tens&atilde;o entre os membros.
Essa &eacute; uma filosofia sobre se juntar para construir um consenso que beneficie a todos. Logo, o debate &eacute; essencial para que um grupo entenda quais s&atilde;o as maiores necessidades entre si, mas tamb&eacute;m &eacute; preciso que todos comprem a ideia para crescerem como indiv&iacute;duos junto aos outros.
<h2>A origem do ubuntu</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/23/23155735395352.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />Bandeira da &Aacute;frica do Sul. (Fonte: Shutterstock)
Ubuntu est&aacute; longe de ser uma filosofia nova, podendo ter origem em 1846, apesar de somente no s&eacute;culo XX o termo ter sido de fato reconhecido como um conceito mais amplo. Antes de 1950, a palavra "ubuntu" era vista somente como uma qualidade humana, quando passou a ser definida por autores como uma filosofia e pr&aacute;tica do humanismo.
O termo ganhou proemin&ecirc;ncia principalmente em pa&iacute;ses como a <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/67249-proxima-parada-africa-do-sul-viaje-por-esse-lindo-pais-cheio-de-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&Aacute;frica do Sul</a> e o Zimb&aacute;bue, que sofreram uma repress&atilde;o hist&oacute;rica muito grande e estavam passando pela transi&ccedil;&atilde;o de deixar de ser comandados por uma minoria branca para serem representados pela maioria negra. Antes desses per&iacute;odos de mudan&ccedil;a pol&iacute;tica, a busca pela dignidade africana se refletia no pensamento de muitos l&iacute;deres africanos p&oacute;s-coloniais influentes, o que estaria mais ligado &agrave; retomada da consci&ecirc;ncia do povo depois que os colonizadores partiram.&nbsp;
<h2>S&iacute;mbolos do ubuntu</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/17/17115928251176.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />Desmond Tutu. (Fonte: Wikimedia Commons)
<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/107359-conheca-8-casos-do-efeito-mandela.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nelson Mandela</a> (1918-2013), ex-presidente da &Aacute;frica do Sul e s&iacute;mbolo hist&oacute;rico de luta racial, uma vez disse: "Um viajante para em uma aldeia e n&atilde;o precisa pedir comida ou &aacute;gua. Assim que ele para, as pessoas d&atilde;o-lhe comida, entret&ecirc;m-no. Esse &eacute; um aspecto do ubuntu, mas n&atilde;o o &uacute;nico".
Esse &eacute; um exemplo de como o ubuntu pode surgir em sociedade e como Mandela era um transmissor dessa filosofia. Com d&eacute;cadas de luta contra o apartheid, o l&iacute;der sul-africano se tornou uma "entidade humanit&aacute;ria" reconhecida no mundo todo.
Por&eacute;m, o maior respons&aacute;vel por difundir esse conceito foi o arcebispo anglicano Desmond Tutu (1931-2021), que lutou contra a divis&atilde;o racial da &Aacute;frica do Sul e presidiu a Comiss&atilde;o de Verdade e Reconcilia&ccedil;&atilde;o do pa&iacute;s, sob o princ&iacute;pio da justi&ccedil;a restaurativa. Tutu se baseou nos princ&iacute;pios do ubuntu para guiar a abordagem reconciliat&oacute;ria do pa&iacute;s ap&oacute;s o apartheid, dando in&iacute;cio a uma nova era.&nbsp;

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Ubuntu: qual é a importância dessa filosofia africana para a vida?

Imagem de Caverna de Platão: a árdua jornada em busca do conhecimento pleno no megacurioso

Conheça a história e a metáfora por trás da alegoria da Caverna, um dos maiores pilares da filosofia

Descrito no cap&iacute;tulo 6 do livro A Rep&uacute;blica, originalmente por Plat&atilde;o no s&eacute;culo IV a.C., o "mito da caverna" foi registrado como um dos pilares da filosofia antiga, entregando as bases para a evolu&ccedil;&atilde;o da hist&oacute;ria humana e sua rela&ccedil;&atilde;o com a import&acirc;ncia de se obter conhecimento. Atrav&eacute;s de um di&aacute;logo entre Glauco e S&oacute;crates, o autor revela as proje&ccedil;&otilde;es distorcidas pelo aprisionamento, de forma a mostrar ao homem apenas o que seus olhos s&atilde;o capazes &mdash; ou querem &mdash; enxergar.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/10/10133908939265.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
A alegoria da caverna usa a met&aacute;fora dos prisioneiros acorrentados no escuro para explicar as dificuldades de alcan&ccedil;ar e manter um esp&iacute;rito justo e intelectual, baseando-se em condutas e conjunturas sociais. Como resultado, pessoas presas na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119353-caverna-com-obras-de-arte-neandertais-e-descoberta-na-alemanha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">caverna</a> tendem a confundir o conhecimento sensorial com a verdade, estabelecendo convic&ccedil;&otilde;es muitas vezes equivocadas sobre uma realidade que difere significativamente do que de fato ocorre no mundo exterior.
Durante a conversa, S&oacute;crates pede para Glauco imaginar uma caverna subterr&acirc;nea que cont&eacute;m presos acorrentados desde seu nascimento, capazes de observar apenas paredes. A &uacute;nica luz na sala seria uma pequena chama estrategicamente posicionada atr&aacute;s dos prisioneiros e fora de suas vistas, que exibe apenas sombras de gestos, corpos e objetos projetados por pessoas que passam por uma passarela elevada, ao lado de sons inconclusivos e gritos representados por ecos abafados.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/24/24103425886098.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A partir disso, os prisioneiros passam a brincar de um jogo de adivinha&ccedil;&atilde;o onde devem dar palpites sobre o que estaria por tr&aacute;s de cada uma das sombras; quem adivinhasse corretamente &mdash; baseado em crit&eacute;rios aleat&oacute;rios e subjetivos &mdash; seria eleito como o mais inteligente do grupo e considerado "mestre da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118171-sapo-folha-da-malasia-o-mestre-da-camuflagem-na-natureza.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">natureza</a>".
Certo dia, um prisioneiro conseguiu escapar e foi capaz de ver, pela primeira vez na vida, a luz em si e o exterior. Ap&oacute;s dias de explora&ccedil;&atilde;o do mundo e de aquisi&ccedil;&atilde;o de conhecimento sobre a vida para al&eacute;m da caverna, quando aceita enfrentar uma jornada intelectual para alcan&ccedil;ar a verdade, o fugitivo retorna para sua antiga clausura e decide contar o que aprendeu para seus colegas, mas &eacute; desacreditado por todos e passa a ser amea&ccedil;ado de morte caso n&atilde;o os liberte.
<h2 class="uk-text-justify">A met&aacute;fora por tr&aacute;s da hist&oacute;ria</h2>
A caverna de Plat&atilde;o surge como uma poderosa met&aacute;fora sobre a aquisi&ccedil;&atilde;o e compartilhamento de conhecimento, j&aacute; que ensina que a sabedoria individualizada em um &uacute;nico ser n&atilde;o corresponde ao alcance da verdade. Para isso, o narrador da hist&oacute;ria afirma que o prisioneiro liberto teve que retornar para as trevas &mdash; a caverna &mdash; para aplicar a bondade e justi&ccedil;a, espalhando a representa&ccedil;&atilde;o do mundo identificada no meio exterior mesmo que n&atilde;o seja bem aceita pelas pessoas "aprisionadas".
Na tese de Plat&atilde;o, a caverna representaria o corpo humano, fonte de engano e d&uacute;vida que se restringe ao conhecimento relacionado apenas ao que &eacute; visto ou escutado, resultando na ignor&acirc;ncia. Enquanto isso, as sombras seriam as percep&ccedil;&otilde;es daqueles que acreditam que as evid&ecirc;ncias emp&iacute;ricas s&atilde;o os &uacute;nicos fundamentos de um conhecimento genu&iacute;no; se voc&ecirc; acredita que o que v&ecirc; deve ser considerado verdade, ent&atilde;o voc&ecirc; est&aacute; apenas vendo uma sombra da <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120432-sincronizacao-menstrual-mito-ou-verdade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">verdade</a>.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/24/24103716761104.jpeg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s a&ccedil;&otilde;es, o jogo seria uma esp&eacute;cie de ferramenta de admira&ccedil;&atilde;o de um mestre que joga verdades sem justificativa, baseadas apenas em suas pr&oacute;prias experi&ecirc;ncias e em achismos. J&aacute; a fuga da caverna indicaria o of&iacute;cio real de um fil&oacute;sofo em si, com o Sol &mdash; a ilumina&ccedil;&atilde;o natural &mdash; sendo a verdade e o mundo das ideias, para al&eacute;m do empirismo, e a jornada como a busca pela sabedoria.
Assim, Plat&atilde;o sugere que os seres humanos atravessem um &aacute;rduo e doloroso caminho em busca da ilumina&ccedil;&atilde;o, passando pelo est&aacute;gio da pris&atilde;o da caverna (mundo imagin&aacute;rio) para escapar das correntes (mundo real), encontrar o exterior (mundo das ideias) e retornar para ajudar os outros com os novos conhecimentos.

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Caverna de Platão: a árdua jornada em busca do conhecimento pleno

Imagem de Quem foi Platão e por que ele é importante ainda hoje? no megacurioso

Platão foi um dos filósofos mais importantes da Grécia Antiga

Plat&atilde;o nasceu por volta do ano 428 a.C., era de linhagem nobre e cresceu vivenciando alguns dos momentos mais importantes da Gr&eacute;cia Antiga. Na juventude, viu a Guerra do Peloponeso (431-404 a.C.) e, quando atingiu a maior idade, Atenas sofria sua dram&aacute;tica e fatal derrota para Esparta.
Suas ideias filos&oacute;ficas, consideradas ainda atuais, s&atilde;o utilizadas como inspira&ccedil;&atilde;o, base e estudo at&eacute; hoje. Mas por que um fil&oacute;sofo que viveu e construiu seu trabalho h&aacute; tanto tempo ainda &eacute; relevante?&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/01/01161645054435.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
<h2>A educa&ccedil;&atilde;o de Plat&atilde;o</h2>
O autor da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120177-basilisco-de-roko-e-se-nossa-realidade-fosse-uma-simulacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alegoria da Caverna&nbsp;</a>estudou filosofia, gin&aacute;stica e poesia com os mais importantes professores atenienses, entre eles, o fil&oacute;sofo Cr&aacute;tilo. Al&eacute;m disso, tudo o que sabemos sobre os ensinamentos de S&oacute;crates chegou at&eacute; n&oacute;s por meio dos escritos de Plat&atilde;o.
Plat&atilde;o dedicou sua vida a um objetivo muito claro: auxiliar as pessoas a alcan&ccedil;ar um estado de realiza&ccedil;&atilde;o, especialmente por meio do que &eacute; a consci&ecirc;ncia. &nbsp;At&eacute; hoje, suas ideias permanecem importantes, atraentes e provocativas. Para ele, a filosofia era uma das mais eficientes ferramentas para ajudar o mundo.
<h2>Plat&atilde;o e a sua import&acirc;ncia</h2>
Plat&atilde;o se tornou muito famoso por escrever em forma de di&aacute;logos. Essa t&eacute;cnica permitiu tornar sua <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119288-anaxagoras-foi-banido-por-declarar-que-a-lua-nao-era-um-deus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">filosofia mais acess&iacute;vel.</a> Ao usar discursos curtos e r&eacute;plicas bem embasadas, inteligentes e racionais, ele conseguiu explorar complexos t&oacute;picos filos&oacute;ficos sem precisar submeter os interessados a longos e exaustivos ensaios.
Ali&aacute;s, seu m&eacute;todo de buscar a verdade por meio do debate, n&atilde;o pela afirma&ccedil;&atilde;o, parece ser muito adequado aos dias atuais, visto que muitas discuss&otilde;es importantes para a sociedade s&atilde;o polarizadas e opini&otilde;es sem fundamentos tratadas como verdades.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/01/01161647758436.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
<h3>1. A democracia deveria dar &ldquo;um tempo&rdquo;</h3>
Calma, Plat&atilde;o n&atilde;o queria acabar com a democracia ateniense. O que ele avaliava era que as pessoas n&atilde;o sabiam votar. Por isso, os governantes eram muito abaixo do padr&atilde;o ideal.&nbsp;
Al&eacute;m disso, ele n&atilde;o pretendia que Atenas virasse uma ditadura, mas desejava que as pessoas fossem impedidas de votar at&eacute; que conseguissem pensar racionalmente, ou seja, at&eacute; se tornarem fil&oacute;sofos. Inclusive, fundou uma escola chamada &ldquo;A Academia&rdquo; para ajudar com isso.
Ap&oacute;s sua morte, Arist&oacute;teles, seu aluno, continuou seu trabalho, apesar de ser um cr&iacute;tico intenso das teorias de seu mestre. Curiosamente, saber ou n&atilde;o votar &eacute; uma discuss&atilde;o que nunca saiu de moda.
<h3>2. Reforma da sociedade</h3>
Plat&atilde;o refletia muito sobre o que seria uma sociedade e um governo ideal. Ali&aacute;s, ele &eacute; considerado o primeiro pensador ut&oacute;pico do mundo por isso. Esse pensamento foi inspirado pela maior rival de Atenas: Esparta. Mas ele n&atilde;o estava interessado em descobrir como transformar todo mundo em soldados eficientes e disciplinados.&nbsp;
Na verdade, ele queria saber como melhorar a sociedade para a felicidade. Aqui cabe uma distin&ccedil;&atilde;o dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/humor/99606-11-primeiras-versoes-de-frases-filosoficas-que-todo-mundo-compartilha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fil&oacute;sofos modernos</a>. Para Plat&atilde;o, a felicidade n&atilde;o se op&otilde;e &agrave; raz&atilde;o, mas &eacute; a sua finalidade natural. J&aacute; alguns pensadores modernos consideram que a felicidade &eacute; obtida pelo prazer, seja ele qual for.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/01/01161650664437.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
<h3>3. A mensagem da beleza</h3>
Dificilmente vamos encontrar algu&eacute;m que n&atilde;o goste de coisas bonitas. Todavia, Plat&atilde;o foi o primeiro a questionar porque gostamos delas. E ele achou um motivo muito interessante para isso: para o fil&oacute;sofo grego, coisas belas inspiram nos homens verdades importantes sobre eles mesmos e sobre a vida.&nbsp;
Achamos coisas bonitas porque percebemos nelas qualidades que n&atilde;o temos e que faltam frequentemente em nossas vidas como, por exemplo, paz, harmonia e for&ccedil;a. No final das contas, objetos bonitos tem a fun&ccedil;&atilde;o essencial de ajudar a educar a alma humana.
<h3>4. Devemos pensar mais</h3>
Se havia algo que Plat&atilde;o n&atilde;o gostava era do bom senso. Ao longo dos seus 36 livros, ele demonstrou como boa parte do bom senso &eacute; carregado de supersti&ccedil;&otilde;es, falhas e preconceitos.&nbsp;
Fica f&aacute;cil entender os motivos do fil&oacute;sofo grego quando observamos que muitas opini&otilde;es populares e amplamente aceitas acabam levando ao surgimento de mais ignor&acirc;ncia. Plat&atilde;o sugeria <a href="https://www.megacurioso.com.br/personalidades/42368-7-filosofos-famosos-e-suas-estranhas-obsessoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">apostar na filosofia</a> para n&atilde;o cair em armadilhas. Ou seja, as pessoas deveriam submeter seus pensamentos a um exame detalhado, em vez de agir por impulso.&nbsp;

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Quem foi Platão e por que ele é importante até hoje?

Imagem de Qual é a diferença entre Platão e Aristóteles filosoficamente falando? no megacurioso

Mestre e discípulo discordavam em vários aspectos

Plat&atilde;o (c. 428 a.C.-347 a.C.) e Arist&oacute;teles (384 a.C.-322 a.C.) s&atilde;o dois dos mais conhecidos e&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/personalidades/42368-7-filosofos-famosos-e-suas-estranhas-obsessoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">importantes fil&oacute;sofos</a> da hist&oacute;ria. Plat&atilde;o foi disc&iacute;pulo de S&oacute;crates e, posteriormente, professor de Arist&oacute;teles.
O mestre deve ter ensinado bem, j&aacute; que Arist&oacute;teles n&atilde;o deixou de apontar as falhas nas teorias de seu professor e at&eacute; se tornou um de seus principais cr&iacute;ticos. Mas isso n&atilde;o o impediu de ser influenciado por Plat&atilde;o, visto que suas obras abordam os mesmos&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/111883-o-mito-de-icaro-como-a-falta-ou-excesso-de-seguranca-nos-atinge-hoje.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aspectos filos&oacute;ficos</a> e s&atilde;o facilmente compar&aacute;veis em v&aacute;rios pontos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/26/26181005201685.jpg" alt="Plat&atilde;o foi aluno de S&oacute;crates e professor de Arist&oacute;teles. (Imagem: Shutterstock)" />Plat&atilde;o foi aluno de S&oacute;crates e professor de Arist&oacute;teles. (Fonte: Shutterstock)
<h2>As vis&otilde;es de mundo de Plat&atilde;o e Arist&oacute;teles</h2>
Os pensamentos de Plat&atilde;o e Arist&oacute;teles s&atilde;o parecidos no que diz respeito &agrave; exist&ecirc;ncia do ser humano contemplando o mundo e ao significado de sua exist&ecirc;ncia. Ambos se dedicaram a refletir e tentar compreender o que &eacute; ter consci&ecirc;ncia de uma exist&ecirc;ncia e como ela se relacionaria com a consci&ecirc;ncia dos outros.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/26/26181007920686.jpg" alt="Arist&oacute;teles e Plat&atilde;o tinham diverg&ecirc;ncias em v&aacute;rios aspectos. (Imagem: Shutterstock)" />Arist&oacute;teles e Plat&atilde;o tinham diverg&ecirc;ncias em v&aacute;rios aspectos. (Fonte: Shutterstock)
Todavia, mesmo que Arist&oacute;teles discordasse das ideias de Plat&atilde;o em v&aacute;rios pontos centrais, &eacute; ineg&aacute;vel que boa parte de sua obra apresenta uma evolu&ccedil;&atilde;o dos pensamentos formulados por seu mestre.
Ainda assim, &eacute; interessante observar que Plat&atilde;o voltava seu racioc&iacute;nio mais para preocupa&ccedil;&otilde;es com a "alma". J&aacute; Arist&oacute;teles se concentrou na linha pol&iacute;tica, tentando inserir suas ideias em um contexto social. Em termos filos&oacute;ficos, para Plat&atilde;o, ser era ser. Para seu aluno, observar era ser.
<h2>Principais diferen&ccedil;as entre Arist&oacute;teles e Plat&atilde;o</h2>
O que mais diferencia o pensamento desses dois grandes fil&oacute;sofos s&atilde;o suas cren&ccedil;as sobre o que h&aacute; de mais real e aut&ecirc;ntico na exist&ecirc;ncia humana. Plat&atilde;o partia do princ&iacute;pio de que a realidade em sua ess&ecirc;ncia n&atilde;o est&aacute; presente nas experi&ecirc;ncias do cotidiano. Por outro lado, Arist&oacute;teles considerava que o mundo cotidiano era mais aut&ecirc;ntico que o chamado mundo das ideias de seu professor.
A pintura do mestre renascentista Rafael, A Escola de Atenas, deixa clara a diferen&ccedil;a entre as prioridades de pensamento por meio da postura dos dois fil&oacute;sofos. Arist&oacute;teles foi retratado com uma c&oacute;pia de &Eacute;tica nas m&atilde;os. Al&eacute;m disso, sua m&atilde;o est&aacute; virada para baixo, o que sinaliza a Terra e a ampla variedade de ensinamentos morais.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/22/22103151468108.jpg" alt="A Escola de Atenas, de Rafael. (Fonte: Wikipedia/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />A Escola de Atenas, de Rafael. (Fonte: Wikipedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Plat&atilde;o, por outro lado, aponta para cima em uma alus&atilde;o &agrave; sua cren&ccedil;a de que a realidade est&aacute; al&eacute;m do presente, se encontra no mundo das formas ou mundo das ideias. Ele tamb&eacute;m segura uma c&oacute;pia de Timeu, tratado que descreve sua filosofia sobre as origens do mundo f&iacute;sico.
Tanto um quanto o outro se debru&ccedil;aram sobre uma s&eacute;rie de assuntos diferentes, tais como formas ideais de governo, a natureza da realidade e a defini&ccedil;&atilde;o do que &eacute; beleza est&eacute;tica. Al&eacute;m disso, parte das ideias de Arist&oacute;teles funciona como um casamento entre os pensamentos de Plat&atilde;o e S&oacute;crates.
Os dois fundaram escolas para difundir suas teorias. Plat&atilde;o chamou a sua de "A Academia", onde Arist&oacute;teles estudou. J&aacute; a escola de Arist&oacute;teles foi batizada de "Liceu" e, como ficou respons&aacute;vel por ensinar Alexandre, o Grande, recebeu apoio e financiamento do conquistador da Maced&ocirc;nia.
Arist&oacute;teles e Plat&atilde;o s&atilde;o dois nomes de peso na Filosofia. A maneira como viam o mundo e o que defendiam formaram as bases de conhecimento para muitos pensadores. Da&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/43368-proxima-parada-grecia-viaje-pela-historia-desse-pais-unico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Gr&eacute;cia Antiga</a> aos dias atuais, suas ideias atravessaram os s&eacute;culos a tal ponto que as mesmas divis&otilde;es que havia entre eles ainda s&atilde;o notadas em fil&oacute;sofos modernos.

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Qual é a diferença entre Platão e Aristóteles filosoficamente?

Imagem de Basilisco de Roko: e se nossa realidade fosse uma simulação? no megacurioso

Publicado em 2010 em um blog de filosofia, o exercício mental causou transtornos na cabeça de muita gente

Surgiu em meados da d&eacute;cada de 1820 o medo dos perigos que uma&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119206-sindrome-de-frankenstein-o-medo-da-rebeliao-das-maquinas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">intelig&ecirc;ncia artificial</a>&nbsp;(IA) poderia causar &agrave; humanidade, e isso ganhou for&ccedil;a por volta de 1990. Inclusive, durante um discurso na confer&ecirc;ncia de tecnologia South by Southwest em 2018, nos Estados Unidos, o bilion&aacute;rio <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113706-elon-musk-teme-nao-estar-vivo-quando-a-humanidade-chegar-em-marte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Elon Musk</a> disse que a IA &eacute; muito mais perigosa do que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119983-holocausto-nuclear-como-seria-a-aniquilacao-da-civilizacao-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">armas nucleares</a>, pela falta de regulamentos que medem a rela&ccedil;&atilde;o entre o homem e a m&aacute;quina.
Em 1942, durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/118129-criancas-lobo-os-orfaos-quase-esquecidos-da-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>,&nbsp;&nbsp;o escritor Isaac Asimov, em sua Trilogia da Funda&ccedil;&atilde;o, descreveu regras de rob&oacute;tica sobre como os humanos deveriam codificar as m&aacute;quinas para se protegerem delas. Pouco tempo depois, em 1950, o matem&aacute;tico ingl&ecirc;s <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111413-ha-65-anos-morria-alan-turing-o-pai-da-computacao-e-da-ia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alan Turing</a> desenvolveu seu Teste de Turing para detectar IA em uma conversa, partindo do princ&iacute;pio de que elas n&atilde;o "soariam como humanas".
D&eacute;cadas mais tarde, em 2003, o fil&oacute;sofo sueco Nick Bostrom, da Universidade de Oxford, revolucionou tudo com sua teoria da simula&ccedil;&atilde;o: e se nossa atual realidade fosse tudo parte de uma IA?
<h2>IA: &uacute;nica e soberana</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/14/14182150440407.jpg" alt="(Fonte: Martin Stellinga/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Martin Stellinga/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
No artigo &ldquo;Are You Living in a Computer Simulation?&rdquo;, publicado no peri&oacute;dico cient&iacute;fico Philosophical Quarterly, Bostrum discutiu a probabilidade de uma civiliza&ccedil;&atilde;o avan&ccedil;ada criar uma IA capaz de reproduzir a totalidade da realidade. Ele sugeriu que poder&iacute;amos estar vivendo em uma simula&ccedil;&atilde;o de uma IA gerada por n&oacute;s mesmos no futuro.
A quest&atilde;o que surgiu foi: se somos apenas jogadores vivendo uma realidade artificial e a IA &eacute; uma esp&eacute;cie de "deus" que conhece e sabe de tudo, o que aconteceria se nos opus&eacute;ssemos a seu controle?
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/14/14182711846408.jpg" alt="(Fonte: Salon/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Salon/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em 2010, uma postagem no blog de filosofia e racionalidade Less Wrong, chamada Basilisco de Roko, foi alvo de tanta controv&eacute;rsia e tantos gatilhos de ansiedade nos usu&aacute;rios da plataforma que o criador do site, Eliezer Yudkowsky, excluiu o t&oacute;pico inteiro e baniu discuss&otilde;es futuras sobre o assunto.
A ideia central do exerc&iacute;cio mental proposto no t&oacute;pico do usu&aacute;rio Roko era: e se uma IA toda-poderosa, que acreditamos estar programada para otimizar vidas humanas, come&ccedil;asse sua otimiza&ccedil;&atilde;o garantindo sua pr&oacute;pria sobreviv&ecirc;ncia? Para isso, ela discerniria quem sabia de sua exist&ecirc;ncia no passado (quando foi criada), mas que n&atilde;o a tenha criado diretamente.
Al&eacute;m disso, ela saberia quem se op&ocirc;s &agrave; sua cria&ccedil;&atilde;o e, para todos esses indiv&iacute;duos, ela decretaria uma vida infernal em sua simula&ccedil;&atilde;o da realidade. Ou seja, esse seria o motivo de haver problemas nas vidas das pessoas. Por fim, Roko indagou se essa simula&ccedil;&atilde;o iria acontecer ou se, de fato, j&aacute; estava acontecendo.
<h2>Hip&oacute;tese da simula&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/14/14182043409401.jpg" alt="(Fonte: NBC News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: NBC News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O Basilisco de Roko ent&atilde;o determina que voc&ecirc; j&aacute; est&aacute; condenado s&oacute; por saber dessa possibilidade. A l&oacute;gica funciona como a vis&atilde;o do cristianismo de um ind&iacute;gena nunca abordado por um mission&aacute;rio: a ignor&acirc;ncia n&atilde;o &eacute; apenas felicidade, mas literalmente salva&ccedil;&atilde;o.
A ideia de viver em um "sonho" faz paralelo com uma s&eacute;rie de tradi&ccedil;&otilde;es mundiais, como a necessidade de as pessoas se "agarrarem" a uma cren&ccedil;a religiosa para lidar melhor com a pr&oacute;pria vida. No s&eacute;culo XVII, o fil&oacute;sofo Ren&eacute; Descartes apresentou o Dem&ocirc;nio do Mal, um experimento mental que visava remover as falsidades da realidade, o mesmo proposto na Alegoria da Caverna de Plat&atilde;o.
A teoria de Roko cruza com a Teoria da Simula&ccedil;&atilde;o, uma hip&oacute;tese moderna que cogita a possibilidade de realmente estarmos vivendo em uma constru&ccedil;&atilde;o digital muito avan&ccedil;ada, como uma simula&ccedil;&atilde;o de computador, supervisionada por alguma forma de intelig&ecirc;ncia superior.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/14/14182917737412.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Autor de The Simulation Hypothesis, Rizwan Virk complementa que o fato de percebermos o mundo como real e material n&atilde;o significa que estamos vivendo em algo digital. &ldquo;Na verdade, as descobertas da f&iacute;sica qu&acirc;ntica podem lan&ccedil;ar algumas d&uacute;vidas sobre o fato de que o Universo material &eacute; real. Quanto mais os cientistas procuram o material no mundo material, mais eles descobrem que ele n&atilde;o existe&rdquo;, pontua Virk.
Para embasar seu ponto, Virk chega a mencionar o f&iacute;sico John Wheeler, que em vida dizia que a f&iacute;sica evoluiu a partir da premissa de que toda a informa&ccedil;&atilde;o se resumiu em uma part&iacute;cula de dado &mdash; o famoso "it from bit".
Para David Chalmers, professor de Filosofia da Universidade de Nova York, essa simula&ccedil;&atilde;o hiper-realista em que podemos estar ou n&atilde;o vivendo, pode ser culpa de um programador no pr&oacute;ximo Universo, talvez um que n&oacute;s, mortais, possamos considerar um "deus" de alguma forma. Ou tamb&eacute;m pode ser apenas um adolescente hackeando um computador e executando cinco universos em segundo plano.
<h2>Realidade: uma quest&atilde;o de perspectiva</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The Guardian&nbsp;" data-fonte-url="https://i.guim.co.uk/img/media/8332238d4a29e99c25c3e248233774c61c5ba524/80_0_2400_1440/master/2400.jpg?width=1200&amp;height=1200&amp;quality=85&amp;auto=format&amp;fit=crop&amp;s=4858e680b17d154c5bc2de7123871fbd"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/14/14183137393413.jpg" alt="(Fonte: The Guardian/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: The Guardian/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
&ldquo;A realidade &eacute; o que consideramos ser verdade. O que consideramos ser verdade &eacute; o que acreditamos. O que acreditamos &eacute; baseado em nossas percep&ccedil;&otilde;es. O que percebemos depende do que procurar. O que procuramos depende do que pensamos. O que pensamos depende do que percebemos. O que percebemos determina o que acreditamos. O que acreditamos determina o que consideramos verdade. O que consideramos verdade &eacute; a nossa realidade&rdquo;, uma vez prop&ocirc;s o f&iacute;sico te&oacute;rico David Bohm.
Musk acredita que as chances de n&atilde;o sermos simulados s&atilde;o de uma em bilh&otilde;es, e isso pode agora ou algum dia ser apenas o efeito de c&eacute;rebros simulados e sistemas nervosos processando um mundo de mentira.
N&atilde;o foi por acaso que Roko colocou o basilisco, uma serpente mitol&oacute;gica que petrifica tudo o que olha, como a "cabe&ccedil;a" de sua reflex&atilde;o. Entende-se pela analogia do nome que olhar nos olhos de uma verdade t&atilde;o horr&iacute;vel e existencialmente condenat&oacute;ria &eacute; como ser transformado em pedra.

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Basilisco de Roko: e se nossa realidade fosse uma simulação?

Imagem de Como o Gato de Schrödinger sobrevive na ciência e cultura modernas? no megacurioso

O tal gato só existiu na cabeça do físico Erwin Schrödinger, mas sua influência no mundo é bastante real

Para come&ccedil;ar, &eacute; importante observar que o Gato de Schr&ouml;dinger surgiu em uma discuss&atilde;o sobre mec&acirc;nica qu&acirc;ntica. E, quando o assunto &eacute; qu&acirc;ntica, sempre &eacute; bom lembrar da frase de Richard Feynman: "Se voc&ecirc; acha que entendeu a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113322-fisica-quantica-pode-explicar-dificuldade-de-humanos-em-tomar-decisoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">f&iacute;sica qu&acirc;ntica</a>, &eacute; porque voc&ecirc; n&atilde;o entendeu".&nbsp;
Muita gente resume a hist&oacute;ria do Gato de Schr&ouml;dinger &agrave; parte sobre o animal poder estar vivo e morto ao mesmo tempo, dependendo do observador (&eacute; claro que nunca existiu nenhum gato vivo e morto ao mesmo tempo, diferente do que algumas pessoas pensam). Tudo isso foi um exerc&iacute;cio mental proposto pelo f&iacute;sico Erwin Schr&ouml;dinger em suas cartas com Einstein.
Por&eacute;m, por mais que o tal bicho s&oacute; tenha existido na cabe&ccedil;a de Erwin Schr&ouml;dinger, a influ&ecirc;ncia dele no mundo &eacute; bastante real. Neste texto, buscamos explicar mais a fundo como essa ideia surgiu e at&eacute; onde ela chegou.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/15/15160745495405.jpg" alt="Eu podia ilustrar essa mat&eacute;ria s&oacute; com fotos de gatinhos, n&eacute;? Awwwnnn... (Imagem: Pexels)" />Eu podia ilustrar essa mat&eacute;ria s&oacute; com fotos de gatinhos, n&eacute;? Awwwnnn... (Imagem: Pexels)
<h2>Schr&ouml;dinger: cientista, mas tamb&eacute;m piadista</h2>
Erwin Schr&ouml;dinger foi um grande f&iacute;sico austr&iacute;aco, ganhador do <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/39433-8-coisas-que-talvez-voce-nao-saiba-sobre-o-premio-nobel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pr&ecirc;mio Nobel</a> de F&iacute;sica em 1933 e considerado o "pai da mec&acirc;nica qu&acirc;ntica". Naquela &eacute;poca, os pesquisadores ainda tentavam explicar os comportamentos estranhos das part&iacute;culas subat&ocirc;micas. Ent&atilde;o, o dinamarqu&ecirc;s Niels Bohr prop&ocirc;s sua interpreta&ccedil;&atilde;o de Copenhagen.
De forma bem resumida, essa interpreta&ccedil;&atilde;o diz que part&iacute;culas subat&ocirc;micas n&atilde;o t&ecirc;m estados definidos at&eacute; serem medidas: elas ficam em uma "superposi&ccedil;&atilde;o de estados" e podem ficar em um estado ou outro, quando observadas, 50% para cada uma. Einstein n&atilde;o gostou dessa teoria, e Schr&ouml;dinger a achou absurda. Ent&atilde;o, ele escreveu a historinha do gato para ilustrar como essa interpreta&ccedil;&atilde;o lhe parecia absurda.&nbsp;
Schr&ouml;dinger podia ter escrito argumentos ou ter feito qualquer coisa, mas o cara inventou uma historinha com um gato. Al&eacute;m de um g&ecirc;nio, ele era criativo!
<h2>A verdadeira hist&oacute;ria do gatinho</h2>
Assim como as hist&oacute;rias infantis, que s&atilde;o passadas de gera&ccedil;&atilde;o em gera&ccedil;&atilde;o e muita gente nunca teve contato com a vers&atilde;o original, aconteceu com o Gato de Schr&ouml;dinger. A ideia faz parte do artigo&nbsp;A Situa&ccedil;&atilde;o Atual da Mec&acirc;nica Qu&acirc;ntica, publicado em 1935, dizendo que: "qualquer um pode mesmo montar casos bem rid&iacute;culos". Pois &eacute;.&nbsp;
Na descri&ccedil;&atilde;o original, Schr&ouml;dinger prop&otilde;e trancar o gato em uma c&acirc;mara de a&ccedil;o, junto de um frasco de veneno, um martelo, um contador Geiger (que mede radia&ccedil;&atilde;o) e uma por&ccedil;&atilde;ozinha de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113426-o-kit-cientifico-para-criancas-que-continha-radiacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">subst&acirc;ncia radioativa</a>. A caixa &eacute; fechada por 1 hora e, nesse tempo, a subst&acirc;ncia pode emitir ou n&atilde;o radia&ccedil;&atilde;o, acionando o contador, que aciona o martelo e quebra o frasco de veneno, matando o gato.&nbsp;
Pela interpreta&ccedil;&atilde;o de Copenhagen, os &aacute;tomos da subst&acirc;ncia radioativa permanecem em um estado de superposi&ccedil;&atilde;o at&eacute; que algu&eacute;m os observe. Se o &aacute;tomo est&aacute; em dois estados &mdash; emitir e n&atilde;o emitir&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110883-atracao-radioativa-descobriram-baldes-com-uranio-em-museu-no-grand-canyon.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">radia&ccedil;&atilde;o</a> &mdash;, ent&atilde;o o sistema foi e n&atilde;o foi acionando, deixando o gato vivo e morto ao mesmo tempo. O neg&oacute;cio &eacute; absurdo, porque gatos s&oacute; podem estar vivos ou mortos, n&eacute;?
Exatamente! Essa foi a maneira que Schr&ouml;dinger utilizou para mostrar que ele n&atilde;o acreditava na interpreta&ccedil;&atilde;o de Copenhagen. "Isso previne-nos de t&atilde;o ingenuamente aceitarmos como v&aacute;lido um 'modelo impreciso' para representar a realidade", escreveu ele.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/15/15160624917404.svg" alt="O gato est&aacute; vivo E morto! (Imagem: Wikimedia Commons)" />O gato est&aacute; vivo E morto! (Imagem: Wikimedia Commons)
<h2>O gato est&aacute; vivo!</h2>
Ent&atilde;o, isso quer dizer que, depois dessa surra argumentativa, o mundo inteiro se curvou &agrave; genialidade de Erwin Schr&ouml;dinger e jogou fora a interpreta&ccedil;&atilde;o de Copenhagen? N&atilde;o &eacute; bem assim. Como dito, Mec&acirc;nica (ou F&iacute;sica) Qu&acirc;ntica &eacute; um assunto que confunde at&eacute; quem &eacute; da &aacute;rea, ent&atilde;o imagine uma pessoa de Humanas, como este redator aqui...
Schr&ouml;dinger queria demonstrar que a interpreta&ccedil;&atilde;o de Copenhagen era absurda, mas ela ainda &eacute; uma teoria muito aceita para explicar fen&ocirc;menos subat&ocirc;micos. Mesmo assim, a hist&oacute;ria do gato demonstrou algumas incoer&ecirc;ncias da teoria (que rendem debate at&eacute; hoje) e levantou a hip&oacute;tese de existir algum limite entre o "mundo qu&acirc;ntico" e o "mundo real".&nbsp;
Os cientistas ainda n&atilde;o sabem qual &eacute; esse limite nem o que impede que a superposi&ccedil;&atilde;o dos estados n&atilde;o seja observada em objetos maiores (como um gato). O dia que descobrirem isso, objetos e at&eacute; seres humanos poderiam entrar em um estado qu&acirc;ntico de estar em dois lugares ao mesmo tempo ou vivos e mortos em simult&acirc;neo. A ci&ecirc;ncia j&aacute; chegou ao ponto de fazer isso com alguns milhares de &aacute;tomos, mas n&atilde;o com objetos maiores formados por v&aacute;rios tipos de &aacute;tomo (como um gato).&nbsp;
Al&eacute;m disso, foi a partir de seus escritos sobre o gato "vivo-morto" e debates que se seguiram, que Schr&ouml;dinger ajudou a criar o conceito de entrela&ccedil;amento qu&acirc;ntico. Em resumo, part&iacute;culas que necessariamente t&ecirc;m uma contraparte que est&aacute; no estado oposto: se uma est&aacute; viva, a outra est&aacute; morta, e as duas est&atilde;o sempre ligadas, por exemplo. Essas ideias s&atilde;o muito importantes para a &aacute;rea de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/computacao-quantica/novidades/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Computa&ccedil;&atilde;o Qu&acirc;ntica</a>. J&aacute; a quest&atilde;o da observa&ccedil;&atilde;o, proposta no problema do Gato de Schr&ouml;dinger, ajudou a desenvolver tecnologias de fibra &oacute;ptica.
O debate, na Ci&ecirc;ncia, continua; e o gato est&aacute; mais vivo do que nunca!
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/15/15160905854407.jpg" alt="Esse gatinho est&aacute; morto &mdash; de sono (Imagem: Pexels)" />Esse gatinho est&aacute; morto &mdash; de sono (Imagem: Pexels)
<h2>O gato tamb&eacute;m &eacute; cultura</h2>
Para terminar, &eacute; interessante observar que o Gato de Schr&ouml;dinger, diferente de outras ideias da F&iacute;sica Qu&acirc;ntica, acabou entrando na cultura popular. Desde os anos 1930, surgiram obras de fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica com esse gato como personagem, al&eacute;m de refer&ecirc;ncias em v&aacute;rias outras (Dirk Gently's Holistic Detective Agency,&nbsp;de Douglas Adams, por exemplo).&nbsp;
O problema &mdash; ou suas vers&otilde;es aned&oacute;ticas resumidas &mdash; serviram aos roteiros de muitas s&eacute;ries, de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/110932-big-bang-theory-ja-vai-acabar-mas-ainda-da-tempo-de-comprar-esses-produtos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">The Big Bang Theory</a>, passando por Futurama, Phineas &amp; Ferb, Rick &amp; Morty, at&eacute; o sucesso recente Dark, da Netflix. Tamb&eacute;m h&aacute; v&aacute;rios exemplos em jogos, como Portal e Ghost Trick.
As teorias da Mec&acirc;nica Qu&acirc;ntica tamb&eacute;m inspiraram um monte de coaches que falam de "pensamento positivo" e metem umas men&ccedil;&otilde;es &agrave; "f&iacute;sica" no meio do texto para tentar colocar um pouco de ci&ecirc;ncia no seu "bl&aacute;-bl&aacute;-bl&aacute;", mas esses a gente desconsidera.&nbsp;
E se esse texto sobre o Gato de Schr&ouml;dinger est&aacute; bom ou n&atilde;o tamb&eacute;m &eacute; algo que depende do observador. Espero que, na observa&ccedil;&atilde;o dos leitores, esteja tudo certo e, ent&atilde;o, a minha carreira no Mega Curioso continue viva!

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