6 filosofias da Grécia Antiga que você precisa conhecer

25/03/2022 às 04:003 min de leitura

O período helenístico é um dos momentos mais cruciais na história da humanidade, caracterizado pelo período entre a morte de Alexandre, o Grande (323 a.C.) e a batalha de Áccio (31 a.C.), que deu início ao Império Romano. Entre tantas coisas que aconteceram durante esses 300 anos, diversas escolas de pensamento nasceram e houve uma grande exportação da cultura grega por todo o mundo mediterrâneo.

Durante o Helenismo, também observamos mais espaço para diversidade cultural, novos cultos, novas religiões. E se desejamos entender um pouco mais sobre esse período histórico, precisamos compreender quais eram as principais escolas filosóficas que vigoraram na época. Preste bem atenção nessa lista!

1. Cinismo

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Embora "ser cínico" hoje em dia esteja associado ao fato de alguém ser imprudente, insensível, ou simplesmente não ligar para o sentimento daqueles ao seu redor, a origem dessa palavra não tinha o mesmo significado. O cinismo nasceu por volta de 400 a.C. pelas mãos de Antístenes, aluno de Sócrates.

Em sua visão, o filósofo defendia que um ser humano não precisava se apegar aos bens materiais ou as vaidades criadas pela sociedade para ser feliz. Para Antístenes, as vaidades humanas dizem muito mais a respeito das nossas posições sociais do que de quem realmente somos.

2. Estoicismo

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Por volta de 300 a.C., Zenão criou o estoicismo. Esta corrente filosófica partia da ideia do direito natural, onde as pessoas seriam uma espécie de "microcosmo" inseridas em uma parte do cosmos ainda maior: o Universo. Dessa forma, todos os seres humanos, independente de raça ou credo, seria por natureza igual.

Ao contrário dos filósofos cínicos, os estoicos acreditavam que a política deveria exigir ética e moral para uma vida correta e austera. Para os pensadores dessa escola, os seres humanos não deveriam se preocupar com os acontecimentos da vida, pois tudo é estabelecido pela própria natureza e nós não controlamos o Universo.

3. Epicurismo

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Na mesma época que nasceu o estoicismo, Epicuro tornou-se o responsável por criar a filosofia epicurista. Para esse pensador, a felicidade da vida estava relacionada diretamente aos prazeres humanos. Porém, Epicuro acreditava que esses prazeres não estavam relacionados apenas aos nossos cinco sentidos — também sendo considerado o intelecto.

Seguidores dessa vertente filosófica achavam que deuses não deviam ser temidos, tal como a morte. Além disso, existia a visão de que o mal sempre poderia ser vencido se mantivéssemos a felicidade em mente.

4. Ceticismo

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Pirro de Élis, por volta de 270 a.C., foi o fundador do ceticismo, uma escola de pensamento que duvidava da capacidade de governo dos sistemas políticos existentes na época — um reflexo de instabilidade após a morte de Alexandre, o Grande. O ceticismo diz que não devemos confiar em nossos sentidos e que a dúvida está sempre presente.

Por esse motivo, o ceticismo é um contraponto a chamada "verdade absoluta", sempre questionando a validade de determinado posicionamento.

5. Neoplatonismo

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Inspirado em Platão, o neoplatonismo foi a grande corrente filosófica que concorreu diretamente com o cristianismo. Plotino, um dos maiores defensores desse pensamento, acreditava na existência de um único Deus e que ele seria a luz. Dessa forma, qualquer lugar com trevas seria uma representação da ausência de Deus.

Sendo assim, as sombras não guardariam uma representação de macabro, mas sim um distanciamento do caminho certo. Quanto mais perto da luz, mais perto de Deus. Os seres humanos, por sua vez, estariam todos ligados pela partícula mínima do criador existente em nossos corpos: a nossa alma.

6. Misticismo

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

No misticismo, viver significa simplicidade. Para isso, a pessoa precisaria buscar a purificação e a iluminação da alma. Nessa escola de pensamento, não há separação entre a alma, Deus e o Universo, estando tudo ligado. A experiência mística é o auge da purificação humana. 

Nesse momento, o indivíduo se sentiria Deus, o universo e ele mesmo ao mesmo tempo tudo de uma só vez, elevando seu espírito para a condição de divindade.

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