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Conhecido como o Problema de Molyneux, ele reflete sobre a percepção do mundo, a partir de diferentes sentidos

<head></head><body>Ao longo da história, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121756-dilema-da-filosofia-e-possivel-separar-vida-pessoal-e-profissional.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">filósofos sempre fizeram com que as pessoas pensassem</a> em diferentes questões com o objetivo de ampliar a nossa visão sobre a vida, sobre o planeta e outros tantos temas. Embora muitos dessas "provocações" pudessem ser respondidas de maneira lógica, ou até mesmo fosse possível comprová-las, uma perdurou por mais de 300 anos sem uma resposta conclusiva.Criado pelo naturalista irlandês William Molyneux, seu objetivo era refletir sobre a percepção do mundo, a partir de diferentes sentidos. &nbsp;<h2>O Problema de Molyneux</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/05/05155114059212.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia commons)">(Fonte: Wikimedia commons)Em 1690, Molyneux enviou uma carta ao filósofo inglês <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121150-conheca-6-dos-principais-filosofos-iluministas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">John Locke</a> — conhecido ainda hoje como o "pai do liberalismo" —, apresentando um desafio mental. Molyneaux era casado com uma mulher cega, o que o inspirou a pensar sobre a maneira como nosso cérebro compreende o mundo a nossa volta. Na carta enviada a Locke, o naturalista escreveu o seguinte:Suponha um homem, nascido cego e agora adulto, que aprendeu pelo toque a distinguir entre um cubo e uma esfera do mesmo metal e do mesmo tamanho, de modo a dizer, quando ele sente uma ou outra, qual é o cubo e qual é a esfera. Suponha então que o cubo e a esfera sejam postos sobre uma mesa e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113463-ex-cego-alega-ter-recuperado-a-visao-apos-ser-atingido-por-carro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o homem cego possa agora ver</a>. Pergunta: Se apenas por sua vista, antes de tocá-las, ele poderia agora distingui-las e dizer qual é o globo e qual é o cubo?Na mesma carta, Molyneaux oferece uma resposta. Ele afirmara que ter o conhecimento prévio pelo toque, não iria permitir que uma pessoa pudesse compreender o objeto da mesma maneira pela visão.Na sua resposta ao problema, Locke afirmou que "o homem cego, à primeira vista, não seria capaz, com certeza, de dizer qual seria a esfera e qual seria o cubo, se ele apenas olhasse para eles, mesmo que ele pudesse infalivelmente nomeá-los pelo toque e certamente distingui-los pela diferença sentida em suas formas".O Problema de Molyneux, por sua dificuldade de ser respondido empiricamente, se manteve relevante nos séculos seguintes. Algumas tentativas de experimentos para solucioná-lo foram realizadas, mas sem de maneira inconclusiva. Isso mudou em 2011.<h2>Uma solução definitiva?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/05/05160108269214.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Embora a solução original para o problema de Molyneux tenha sido bem recebida por muito pensadores, ela nunca pode ser considerada definitiva. Porém, em 2011, Richard Held e Pawan Sinha, dois pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) conseguiram realizar um experimento que mudou tudo.A dupla liderou um experimento chamado Projeto Prakash. Nele, um grupo de crianças e adolescentes nascidos cegos congênitos foram operados para restaurar sua visão. Para poder avaliar o Problema de Molyneux de maneira empírica, depois da cirurgia os pacientes receberem brinquedos parecidos com LEGO para brincar.&nbsp;O teste consistia em pedir para que eles conectassem blocos que estavam diante dos seus olhos, com outros que eles poderiam encostar, mas não ver. O que foi observado é que as crianças não conseguiram transferir o conhecimento adquirido com o tato, para a visão.No artigo, publicado em 2011 na Nature Neuroscience, Held e Pawan afirmaram que “A nova pesquisa parece mostrar definitivamente que Locke estava certo. O cérebro não consegue entender imediatamente o que os olhos estão captando, e o cego que tem a capacidade de ver não consegue distinguir os dois objetos. Mas ele pode aprender muito rapidamente a fazê-lo”.</body>

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O desafio filosófico que sobreviveu por mais de 300 anos

Imagem de O mistério sobre a "explosão" do crânio de René Descartes no megacurioso

Há suspeitas de que o crânio do filósofo René Descartes tenha sido repartido para que seus pedaços fossem vendidos como relíquias

<head></head><body>No final do período do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119307-as-7-imagens-mais-estranhas-em-pinturas-renascentistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Renascimento</a>, havia uma prática relativamente comum da venda de ossos como relíquias. Os esqueletos eram divididos em pedaços e vendidos para vários compradores. E há um mistério em torno do comércio do crânio de <a href="https://www.megacurioso.com.br/personalidades/42368-7-filosofos-famosos-e-suas-estranhas-obsessoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">René Descartes</a>, o famoso filósofo francês.Aparentemente, era meio normal que uma pessoa rica tivesse um pedaço do corpo de um famoso em sua sala. “A história nos mostrou o comércio de restos humanos de pessoas famosas, que era comum abrir um caixão e roubar um osso e depois vendê-lo”, diz Per Karsten, diretor do Museu Histórico da Universidade de Lund, na Suécia.<h2 data-google-query-id="CMOv4tvmx_oCFVizlQIdCA4Cxw">A prática da "explosão do crânio"</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/05/05101103590048.jpg" alt="(Fonte: Brain Tour)">(Fonte: Brain Tour)O ritual da "<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120725-phineas-gage-o-assombroso-caso-que-revolucionou-a-neurologia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">explosão do crânio</a>" (no original, skull blasting) era bastante comum nos primórdios da medicina. Usava-se um método para desarticular os ossos do crânio a partir da implantação de sementes, como feijão, lentilha e amendoim. Mais tarde, o cirurgião francês Edmé François Chauvot de Beauchêne inventou, no século XIX, uma nova técnica que visava separar os 22 <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120546-quantos-ossos-o-corpo-humano-tem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ossos do crânio</a> para facilitar o estudo.Contudo, os ladrões de túmulos não estavam muito interessados em como fariam para separar esses ossos para vender. Para completar, os crânios tinham uma importância particular para estes comerciantes — afinal, além de serem visualmente atraentes, as caveiras representavam a própria identidade e até o espírito de uma pessoa. E talvez poucos crânios fossem tão visados pela elite como o desse homem: René Descartes, uma das mentes mais admiradas de sua época.<h2>A suposta explosão do crânio de Descartes</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Grosvenor Gallery&nbsp;" data-fonte-url="https://artlogic-res.cloudinary.com/w_2400,h_2400,c_limit,f_auto,fl_lossy,q_auto/artlogicstorage/grosvenorgallery/images/view/1b2ffefa4bbcbd00bedc64bf00c22c9b/grosvenorgallery-jim-moir-skull-of-descartes-2018.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/05/05100819113045.jpg" alt="(Fonte: Grosvenor Gallery)">(Fonte: Grosvenor Gallery)Em 1650, Descartes havia viajado para a Suécia, a convite da rainha Cristina, para apresentar suas ideias para a Corte. Ocorre que, algumas semanas depois de chegar lá, o filósofo sentiu uma dor no peito, que era sintoma de pneumonia. Ignorando o conselho dos médicos, ele tentou curar a doença com uma infusão de tabaco e tomando bebidas alcoólicas.&nbsp;Não deu certo: em poucas semanas o pensador morreu e seu corpo foi enterrado na Suécia, onde permaneceria por 16 anos. Em 1666, o cadáver foi exumado e levado para a igreja Saint-Geneviève-du-Mont, em Paris. Entretanto, o caixão foi reaberto em 1818 e notou-se que faltava o seu crânio.Um homem chamado Jöns Jakob Berzelius declarou que, na Suécia, soube de um crânio que teria supostamente sido de Descartes, sendo vendido em um leilão para um magnata. Berzelius conseguiu convencer o homem a devolver o crânio para a França.Mas logo levantou-se uma nova polêmica que aquele crânio não seria mesmo do filósofo. Esta afirmativa foi levantada por pesquisadores da Universidade de Lund, que questionaram a autenticidade da peça.<h2>O mistério sobre os pedaços do crânio</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/05/05100944011046.jpg" alt="(Fonte: Atlas Obscura)">(Fonte: Atlas Obscura)As provas desta farsa eram as seguintes: o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116521-pesquisadores-podem-ter-descoberto-novo-orgao-na-regiao-do-cranio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crânio</a> em questão (que estava partido em seis partes) tinha uma inscrição que assegurava que ele havia pertencido a Descartes, e carregava o nome de seis proprietários suecos. Ocorre que havia problemas em pelo menos quatro desses nomes.&nbsp;Os pedaços de osso desse crânio logo foram analisados e rastreados em sua origem. Alguns excertos foram considerados falsos, enquanto outros foram tidos como genuínos. Outros elementos foram contestados, como as "suturas" entre as partes da caveira, que não se encaixariam.Dentro de uma parte do osso parietal, está escrito em sueco “o crânio de Descartes, 1691, número 6”. Daí se conclui que provavelmente foi no ano de 1691 que as calotas cranianas de Descartes foram "explodidas" e seus pedaços foram separados para serem vendidos. Mas não se sabe com total certeza quantos dos trechos achados são verdadeiros.&nbsp;Por isso, não se sabe ao certo se há outros pedaços da cabeça de Descartes ainda circulando pela Suécia, ou se estão todos enterrados em sua cidade natal, Paris.</body>

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O mistério sobre a 'explosão' do crânio de René Descartes

Imagem de 5 esquisitices sobre os maiores filósofos da história no megacurioso

Entre morrer de rir e defender a alma dos feijões, alguns filósofos tem um passado bastante curioso

<head></head><body>Alguns dos maiores filósofos da história são lembrados por pensamentos que são ensinados até hoje. <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/120612-caverna-de-platao-a-ardua-jornada-em-busca-do-conhecimento-pleno.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O mito da Caverna</a> de Platão, ou o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121195-5-vezes-que-voce-usou-o-teorema-de-pitagoras-e-nao-lembra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">teorema de Pitágoras</a>, por exemplo, sobreviveram milênios após as mortes de seus idealizadores e ainda têm um grande impacto na nossa sociedade. Porém, outras histórias sobre eles – algumas bem peculiares – se perderam, ou são menos conhecidas. Abaixo, listamos cinco delas!<h2>1. O filósofo que perdeu a vida, mas não perdeu a piada</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/29/29105538714054.jpg" alt="'A Morte de Sócrates', por Jacques-Louis David. (Fonte: Wikimedia Commons)">'A Morte de Sócrates', por Jacques-Louis David. (Fonte: Wikimedia Commons)Sócrates tinha o hábito de fazer perguntas às pessoas na rua sem nunca oferecer uma resposta. Com certa ironia, hoje ele poderia ser chamado de “troll” por alguns – e ele levou essa fama até às últimas consequências. Em 399 a.C., Sócrates foi julgado por corromper alguns jovens, e a maioria dos jurados votou pela condenação do filósofo.Em um segundo julgamento, que iria decidir sua punição, ele poderia escolher entre a pena de morte e o exílio. Considerando que ambas as opções eram injustas, ele desejou ser recompensado por seus serviços à Atenas e solicitou que recebesse refeições gratuitas às custas do governo pelo resto de sua vida. Com isso, sua punição foi a morte por envenenamento.&nbsp;<h2>2. O filósofo que morreu de rir</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/29/29105647153055.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Crisipo viveu por volta de 279 a 206 a.C., e sua morte pode ter sido causada por uma crise de riso. Ele nasceu em Solos, onde hoje é a Turquia, e foi um atleta em sua juventude, antes de se dedicar à filosofia. Quando ele se mudou para Atenas, estudou <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121180-o-que-o-estoicismo-diz-sobre-os-males-da-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estoicismo</a> com Cleantes, chefe da Escola Estóica.Mas além de um grande intelectual, Crisipo também gostava de aproveitar a vida. Em uma festa, quando tinha cerca de 73 anos, ele estava bêbado quando viu um burro comendo um figo. Em uma das versões sobre sua morte, ele teria gritado “agora, dê ao burro vinho para beber e lavar os figos”, e riu tanto da própria piada que acabou morrendo.&nbsp;<h2>3. O filósofo que inventou um reino&nbsp;</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://en.wikipedia.org/wiki/Platonic_Academy#/media/File:Plato's_Academy_mosaic_from_Pompeii.jpgademy_mosaic_from_Pompeii.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/29/29105727901056.jpg" alt="Academia de Platão. (Fonte: Wikimedia Commons)">Academia de Platão. (Fonte: Wikimedia Commons)Por volta de 360 a.C., Platão escreveu as obras Timeu e Crítias – ou Natureza&nbsp;e Atlântida,&nbsp;respectivamente. Nelas, o filósofo fala sobre um país utópico, avançado e dramaticamente perdido que desapareceu sob as ondas. E foi assim que a lenda de Atlântida teve início.Porém, enquanto a Atlântida que ficou popularmente conhecida era um país pacífico e sábio, a história de Platão tinha uma abordagem diferente. Ele escreveu sobre um país rico, tecnologicamente avançado e militarmente poderoso que foi corrompido por seu poder. Se a Atlântida de Platão existisse hoje, provavelmente tentaria conquistar e escravizar todos nós.<h2>4. O filósofo que acreditava que feijões tinham almas</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://en.wikipedia.org/wiki/Pythagoras#/media/File:The_story_of_the_greatest_nations;_a_comprehensive_history,_extending_from_the_earliest_times_to_the_present,_founded_on_the_most_modern_authorities,_and_including_chronological_summaries_and_(14783288925).jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/29/29105917246057.jpg" alt="Pitágoras ensinando uma classe de mulheres. (Fonte: Wikimedia Commons)">Pitágoras ensinando uma classe de mulheres. (Fonte: Wikimedia Commons)Pitágoras é hoje lembrado pela relação que estabeleceu sobre a hipotenusa e os catetos de um triângulo, mas ele também foi um dos grandes pensadores gregos. Porém, algumas das suas convicções não tiveram o mesmo sucesso da famosa equação. Uma delas era a de que ninguém deveria comer feijões.Pitágoras acreditava que esse legume continha as almas dos mortos. Ele chegou a essa conclusão ao desenterrar alguns feijões recém-plantados e perceber a semelhança com fetos humanos em estágio inicial.<h2>5. O filósofo romano que influenciou o Renascimento após sua morte</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/29/29110010616059.jpg" alt="Retorno de Cícero do Exílio. (Fonte: Wikimedia Commons)">Retorno de Cícero do Exílio. (Fonte: Wikimedia Commons)Marcus Tullius Cícero é considerado o maior orador de Roma. Além de filósofo, ele foi um estadista, advogado e escritor que serviu como cônsul em 63 a.C. Em 60 a.C., a influência de Cícero era tão grande, que Júlio César o convidou para ser o quarto membro de uma parceria, que acabou se tornando o Primeiro Triunvirato.Porém, o filósofo recusou e, anos mais tarde foi exilado do Império Romano. Mas o seu trabalho como pensador foi tão marcante, que a redescoberta de seus escritos – mais de um milênio depois de sua morte – influenciou todo o pensamento renascentista.</body>

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5 esquisitices sobre os maiores filósofos da história

Imagem de 7 lições da filosofia para uma vida feliz no megacurioso

O ensaio Sobre a vida feliz, de Sêneca, traz importantes lições para quem quer ter uma vida plena

Talvez toda a discuss&atilde;o da filosofia ao longo do tempo pudesse ser resumida em algumas perguntinhas simples e enigm&aacute;ticas: qual o sentido da vida? O que &eacute; preciso para nos sentirmos&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120158-5-formas-de-ser-mais-feliz-em-seu-trabalho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">felizes</a>?
V&aacute;rios fil&oacute;sofos se debru&ccedil;aram sobre estes questionamentos. Para S&ecirc;neca, por exemplo, felicidade significava &ldquo;viver de acordo com a natureza&rdquo;. Ele escreveu sobre o tema em um ensaio chamado&nbsp;Sobre a vida feliz,&nbsp;em que discorre sobre algumas li&ccedil;&otilde;es que considera importantes para quem quer atingir algum tipo de paz de esp&iacute;rito. Neste texto, trazemos algumas de suas ideias, que podem ser importantes para n&oacute;s at&eacute; hoje!
<h2>1. Olhar para a morte ou para a com&eacute;dia com o mesmo semblante</h2>
<span data-fonte="(Fonte: iStock)" data-fonte-url="https://media.istockphoto.com/vectors/happy-people-jumping-celebrating-victory-flat-cartoon-characters-vector-id1257101256?k=20&amp;m=1257101256&amp;s=612x612&amp;w=0&amp;h=QFiIL5ovXuVnYj3NjNXeftDcXOTA505qZfHHaz6h7V8=" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/20/fonte-istock-20151402307338.jpg" alt="(Fonte: iStock)" />(Fonte: iStock)
Aqui, S&ecirc;neca n&atilde;o sugere que a gente ria com a morte ou chore com o&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122047-5-coisas-que-voce-nao-sabia-sobre-o-humor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank" style="background-color: transparent;">humor</a>, mas est&aacute; nos sugerindo a gerenciar nossos extremos emocionais para que eles n&atilde;o nos controlem.
<h2>2. Sustentar a for&ccedil;a do corpo pela for&ccedil;a de minha mente</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/20/fonte-unblast-20151438402339.jpg" alt="(Fonte: Unblast)" />(Fonte: Unblast)
S&ecirc;neca coloca aqui uma constata&ccedil;&atilde;o importante e que s&oacute; foi confirmada nos s&eacute;culos seguintes: uma boa vida &eacute; a que equivale os esfor&ccedil;os f&iacute;sicos e os esfor&ccedil;os intelectuais. Os idosos s&oacute; conseguem envelhecer bem &agrave; medida que exercitam o c&eacute;rebro (aprendem coisas novas, leem, se desafiam, etc.) e&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122296-o-que-o-excesso-de-exercicios-faz-com-o-seu-corpo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank" style="background-color: transparent;">exercitam o corpo</a>. Ler e caminhar s&atilde;o duas atividades simples que podem ser revolucion&aacute;rias.
<h2>3. Desprezar as riquezas quando n&atilde;o as temos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/20/fonte-freepik-20151525041341.jpg" alt="(Fonte: Freepik)" />(Fonte: Freepik)
Aqui, S&ecirc;neca n&atilde;o fala exclusivamente de dinheiro ou poder. Ele sugere que, se as riquezas estiverem em outro lugar, n&atilde;o deixe que isso o assombre; se estiverem ao redor, ent&atilde;o que n&atilde;o nos torne mais excitados do que dever&iacute;amos ser.&nbsp;
Sua li&ccedil;&atilde;o &eacute; sobre o apego: tanto &agrave; riqueza quanto &agrave; falta dela. Hoje j&aacute; sabemos que o&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112363-materialismo-verde-menos-e-mais-tambem-na-sustentabilidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">materialismo</a>&nbsp;em excesso causa&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122908-depressao-conheca-os-6-tipos-mais-comuns-da-doenca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">depress&atilde;o</a>, inclusive.
<h2>4. Todas as terras pertencem a mim e &agrave; humanidade</h2>
<span data-fonte="(Fonte: iStock/Getty Images Plus)" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/ilustracao/group-of-people-in-circle-from-diverse-culture-ilustracao-royalty-free/1360400024" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/20/fonte-istock-20151759241344.jpg" alt="(Fonte: iStock)" />(Fonte: iStock/Getty Images Plus)
Dentro do tema do apego, S&ecirc;neca aponta que a mis&eacute;ria n&atilde;o vem apenas de se agarrar &agrave;s coisas, mas de se segurar com muita for&ccedil;a ao que se tem. Fala-se aqui sobre a ideia de que a solidariedade &eacute; a chave de uma boa vida: todos somos irm&atilde;os e irm&atilde;s, e assim, dividir deve ser um princ&iacute;pio de vida.
<h2>5. Viver para lembrar que nascemos para os outros, e agradecer &agrave; Natureza por isso</h2>
<span data-fonte="(Fonte: iStock)" data-fonte-url="https://media.istockphoto.com/vectors/happy-woman-sits-in-lotus-pose-and-open-her-arms-to-the-rainbow-girl-vector-id1295819107?k=20&amp;m=1295819107&amp;s=612x612&amp;w=0&amp;h=1el37QkTs0i_JtsUGGNTvmvXStTj4qu2e63Z5Qn75TU=" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/20/fonte-istock-20151835856346.jpg" alt="(Fonte: iStock)" />(Fonte: iStock)
Nesta li&ccedil;&atilde;o, S&ecirc;neca nos fala sobre o poder da&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118029-artista-ajuda-caridade-com-desenhos-engracados-de-pets.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank" style="background-color: transparent;">caridade</a>&nbsp;e o quanto ela &eacute; um presente para o doador, antes de ser para quem recebe. Servir aos outros &eacute; um dos caminhos para encontrar a felicidade &ndash; e a ci&ecirc;ncia j&aacute; comprovou que a caridade e o&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/105616-5-beneficios-que-o-voluntariado-traz-para-a-sua-saude.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank" style="background-color: transparent;">voluntariado</a>&nbsp;aumentam o bem-estar.
<h2>6. N&atilde;o fazer nada pela opini&atilde;o p&uacute;blica, mas pela consci&ecirc;ncia</h2>
<span data-fonte="(Fonte: iStock/Getty Images Plus)" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/ilustracao/young-man-sits-with-cross-legged-on-the-floor-ilustracao-royalty-free/1337305923" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/20/fonte-istock-20152312321354.jpg" alt="(Fonte: iStock)" />(Fonte: iStock/Getty Images Plus)
Em tempos de hipervisibilidade nas redes sociais, esta &eacute; uma li&ccedil;&atilde;o important&iacute;ssima. Ela sugere, primeiramente, que devemos resistir &agrave; compara&ccedil;&atilde;o social. Em segundo, precisamos agir na vida privada da mesma forma que na vida p&uacute;blica.
Fazer o bem visando a aprova&ccedil;&atilde;o alheia, por exemplo, &eacute; entregar-se &agrave; hipocrisia e afastar-nos de nossa integridade.
<h2>7. Deixar esta vida com a consci&ecirc;ncia limpa</h2>
<span data-fonte="(Fonte: Wikimedia Commons)" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/84/Atelier_van_Peter_Paul_Rubens_en_opgewerkt_door_Peter_Paul_Rubens_-_De_dood_van_Seneca_-_P003048_-_Museo_del_Prado.jpg" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/20/fonte-wikimedia-commons-20152058790352.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
S&ecirc;neca aqui nos aponta que o caminho para uma boa morte &eacute; considerar o bem que fizemos ou podemos ainda fazer aos outros. Alguns estudos j&aacute; mostraram que pessoas que estavam morrendo de c&acirc;ncer tiveram um fim mais pac&iacute;fico quando viram sua doen&ccedil;a como uma oportunidade de dar aos outros - por exemplo, incentivando os amigos, ensinando li&ccedil;&otilde;es aos netos ou participando de estudos cl&iacute;nicos que poderiam vir a beneficiar mais pessoas.
Provavelmente por isso, a morte de S&ecirc;neca pintada por Peter Paul Rubens mostrou o fil&oacute;sofo (que foi for&ccedil;ado a cometer&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122954-o-que-e-suicidio-assistido-a-pratica-utilizada-por-godard.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">suic&iacute;dio</a>) morrendo em p&eacute;, com ar pac&iacute;fico.

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7 lições da filosofia para uma vida feliz

Imagem de As 3 figuras históricas mais esquisitas de todos os tempos no megacurioso

Algumas pessoas conhecidas pelos seus feitos históricos em várias áreas eram bem estranhas em suas vidas pessoais

<head></head><body>Algumas pessoas escreveram seus nomes na história por conta de seus feitos incríveis desempenhados em áreas como física, matemática, literatura, filosofia e <a href="https://www.megacurioso.com.br/politica/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">política</a>. Contudo, suas conquistas escondem o fato de que muitas delas eram, em sua vida pessoal, sujeitos com hábitos bem estranhos. Neste texto, contamos três exemplos de figuras históricas que tinham ideias e comportamentos bem peculiares.<h2>1. Pitágoras, o filósofo assassino que não comia feijão</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Hulton Archive/Handout/Getty Images&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornalistica/circa-530-bc-philosopher-sage-and-mathematician-foto-jornalistica/51242185"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/12/12135217512169.jpg" alt="(Fonte: Hulton Archive/Handout/Getty Images)">(Fonte: Hulton Archive/Handout/Getty Images)O filósofo e matemático Pitágoras viveu na Grécia Antiga entre 570 e 495 a.C., e você provavelmente lembra dele por conta do famoso <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121195-5-vezes-que-voce-usou-o-teorema-de-pitagoras-e-nao-lembra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">teorema de Pitágoras</a> (aquele que diz que, em qualquer triângulo retângulo, o quadrado do comprimento da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos comprimentos dos catetos).Talvez você nem imagine que Pitágoras era conhecido por todos como um homem estranho que fundou um culto (seus seguidores, inclusive, acreditavam que ele era filho do deus <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121251-os-12-deuses-mais-importantes-do-olimpo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Apolo</a>). O filósofo que amava a matemática também dizia conseguir prever o futuro e falar com os animais.Além disso, Pitágoras era <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/111933-famosos-vegetarianos-conheca-10-deles.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vegetariano</a>, mas havia uma planta em que ele não tocava: feijão. Para ele, comer feijão equivaleria a praticar o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120747-5-coisas-que-voce-provavelmente-nao-sabia-sobre-canibalismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">canibalismo</a>, como se estivesse comendo seus pais.A "religião" fundada por Pitágoras baseava-se no culto aos números, sua grande paixão. Contudo, isso levou que ele praticasse assassinato: quando um homem chamado Hippasus demonstrou a existência dos números irracionais, o que desafiava toda a sua visão de mundo, em um dia em que ambos estavam em um barco no meio do mar, Pitágoras lutou contra Hippasus e acabou afogando-o de propósito na frente dos seus súditos.<h2>2. Heráclito de Éfeso, o filósofo que morreu coberto de esterco de vaca</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Hulton Archive/Getty Images&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornalistica/circa-500-bc-greek-philosopher-heraclitus-who-foto-jornalistica/51243745"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/12/12135507762172.jpg" alt="(Fonte: Hulton Archive/Getty Images)">(Fonte: Hulton Archive/Getty Images)Pelo visto os filósofos gregos não eram muito normais. Heráclito de Éfeso (535 – 475 a.C.) — o filósofo que cunhou a famosa frase "nenhum homem jamais entra no mesmo rio duas vezes" — também tinha suas estranhices.&nbsp;Diferente de outros filósofos, educados por professores, Heráclito era autodidata e tinha visões bastante obscuras sobre a humanidade. Ele, por exemplo, detestava a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118764-qual-e-a-diferenca-entre-democracia-direta-e-indireta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">democracia</a> e acreditava que o governo deveria estar nas mãos de alguns poucos homens sábios.Outra coisa que Heráclito odiava era a riqueza, que ele acreditava ser uma forma de punição. Por isso, desejava aos seus inimigos que eles ficassem ricos como forma de castigo por seus <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122160-devorador-de-pecados-6-fatos-ingratos-sobre-essa-profissao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pecados</a>.Em resumo, Heráclito não era muito habituado a pessoas. Por isso, costumava vagar sozinho entre montanhas e desertos, e sobrevivia comendo gramas e ervas. Ele ainda tinha uma fobia de desenvolver uma condição chamada hidropisia, que significa o acúmulo anormal de líquidos nas cavidades do corpo.Os médicos não conseguiam oferecer-lhe qualquer alívio desse medo, por isso, Heráclito desenvolveu seu próprio tratamento: resolveu se cobrir de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118722-indianos-usam-esterco-de-vaca-para-se-proteger-da-covid-19.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esterco de vaca</a>. O raciocínio era que o calor do esterco tiraria dele os fluidos acumulados na pele. O filósofo então se cobriu de cocô e se deitou ao sol para secar, deixando seu corpo "engessado". O que ele jamais preveria é que uma matilha de cães chegaria e o devoraria vivo.<h2>3. Lord Byron, o poeta que teve uma filha com a própria irmã</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Hulton Archive/Getty Images&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornalistica/george-gordon-byron-the-6th-baron-byron-of-rochdale-foto-jornalistica/3276155"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/12/12135716246173.jpg" alt="(Fonte: Hulton Archive/Getty Images)">(Fonte: Hulton Archive/Getty Images)O poeta inglês Lord Byron (1788-1824) foi um dos grandes nomes do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121797-o-que-e-ser-romantico-de-acordo-com-a-literatura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Romantismo</a>. Ele é conhecido até hoje como um dos grandes poetas da humanidade e deixou escritos impecáveis, estudados pelo uso brilhante que fizeram da língua inglesa. No entanto, Lord Byron também se tornou conhecido por conta de suas extravagâncias.Byron teve muitos casos amorosos com homens e mulheres. Mas sua aventura mais escandalosa foi o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/107885-famosos-casos-historicos-mostram-porque-o-incesto-e-um-tabu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">relacionamento incestuoso</a> que manteve por anos com sua irmã, Augusta. Em 1814, inclusive, Byron teve uma filha com ela — o que o tornava pai e tio da criança.O poeta também gostava de guardar lembranças de seus tantos amantes. Na época, havia um hábito de guardar uma mecha de cabelo amarrado em uma fita, mas Lord Byron queria ser original: ele guardava tufos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estetica/79118-a-extincao-dos-pelos-pubianos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pelos pubianos</a> de seus amores, que eram catalogados e rotulados dentro de envelopes.</body>

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As 3 figuras históricas mais esquisitas de todos os tempos

Imagem de 7 curiosidades sobre a filósofa Simone de Beauvoir no megacurioso

Simone de Beauvoir é um grande nome da filosofia e dos estudos feministas, conheça alguns fatos curiosos sobre a sua vida

<head></head><body>A filósofa, escritora e professora francesa <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/85566-quem-foi-simone-de-beauvoir-que-causou-polemica-no-enem-2015.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Simone de Beauvoir</a>&nbsp;é um nome conhecidíssimo na história do feminismo. Seus estudos versaram temas diversos da <a href="https://www.megacurioso.com.br/filosofia/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">filosofia</a>, mas ela se tornou mundialmente célebre por conta da publicação do livro O segundo sexo&nbsp;(1949). Nele, Beauvoir expõe, por meio da contextualização histórica, como o gênero masculino foi culturalmente consolidado com um valor superior ao feminino.Neste texto, contamos sete curiosidades sobre a vida desta importante intelectual que talvez você nem imagine.<h2>1. Foi muito religiosa</h2><span class="img-fc" data-fonte="Charles Hewitt/PicturePost/Getty Images" data-fonte-url="https://www.gettyimages.pt/detail/fotografia-de-not%C3%ADcias/feminist-writer-simone-de-beauvoir-who-was-a-fotografia-de-not%C3%ADcias/3252426?"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/14/14194714394002.jpg" alt="(Fonte: Charles Hewitt/PicturePost/Getty Images)">(Fonte: Charles Hewitt/PicturePost/Getty Images)Simone era filha de pais burgueses, mas que eram diferentes entre si no que tange à religiosidade: seu pai era ateu e sua mãe era uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121451-6-fatos-curiosos-sobre-a-igreja-catolica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">católica</a> fervorosa, que queria educar seus filhos dentro da igreja.Por conta disso, Simone e sua irmã estudaram em uma escola católica para meninas que era bem rigorosa. O resultado é que ela se tornou tão católica que até cogitou virar freira. Mas, aos 14 anos, a jovem Simone abandonou a crença em Deus e se tornou <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/105389-13-paises-onde-ser-ateu-e-motivo-para-pena-de-morte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ateia</a>.<h2>2. Ela foi fortemente influenciada pela literatura</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Casa Vogue&nbsp;" data-fonte-url="https://casavogue.globo.com/LazerCultura/Livros/noticia/2019/06/muito-alem-de-o-segundo-sexo-5-livros-de-simone-de-beauvoir-para-ler-nas-ferias.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/14/14194910521003.jpg" alt="(Fonte: Denise Bellon/Reprodução)">(Fonte: Denise Bellon/Reprodução)Desde criança, Simone foi uma leitora voraz: lia um livro atrás do outro. Ela era grande fã de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118923-gato-sem-rabo-conheca-a-livraria-dedicada-a-literatura-feminina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Virginia Woolf</a> e a considerava uma grande intelectual. Também tinha apreço pelo livro Mulherzinhas (1868),&nbsp;de Louisa May Alcott, e adorava a personagem Jo March, que se recusava a casar porque queria seguir carreira literária.<h2>3. Ela não teve uma carreira bem sucedida como professora</h2><span class="img-fc" data-fonte="Gamma-Keystone/Getty Images" data-fonte-url="https://www.vanityfair.fr/culture/voir-lire/story/simone-de-beauvoir-des-correspondances-intimes-entre-lauteure-et-ses-lecteurs-retrouvees/12265"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/14/14195050851004.jpg" alt="(Fonte: Gamma-Keystone/Getty Images)">(Fonte: Gamma-Keystone/Getty Images)Mesmo que estivesse vocacionada para a vida acadêmica, Simone de Beauvoir não se deu muito bem em suas passagens por instituições de ensino. Por ter ideias radicais para a época, sobre o quão autônomas as mulheres deveriam ser, ela foi demitida várias vezes. Em 1943, ela foi acusada de seduzir uma aluna e nunca mais voltou a atuar como professora.<h2>4. Sua relação com Jean-Paul Sartre foi pouco convencional</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/14/14195144555005.jpg" alt="(Fonte: AFP/Getty Images)">(Fonte: AFP/Getty Images)O grande parceiro de vida de Simone foi o filósofo <a href="https://www.megacurioso.com.br/personalidades/42368-7-filosofos-famosos-e-suas-estranhas-obsessoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jean-Paul Sartre</a>. Embora eles nunca tenham se casado (ela dizia que o casamento era "fundamentalmente imoral", por ser definido como algo eterno, o que é contrário às vontades humanas) nem vivido juntos, eles cultivaram uma relação que durou mais de 50 anos, até a morte dele, em 1980. Ambos chegaram a adotar uma filha.O casal sempre foi muito transparente entre eles e com seu público sobre a natureza aberta de sua relação. Ambos acreditavam no amor livre e tinham romances com outras pessoas.<h2>5. Ela foi referida como a mulher a quem "as mulheres devem tudo"</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/14/14195751261010.jpg" alt="(Fonte: Sipa Press/Rex Features)">(Fonte: Sipa Press/Rex Features)Simone de Beauvoir foi referida muitas vezes como uma mulher que tinha "a inteligência de um homem". Talvez não seja por acaso que suas pesquisas acadêmicas se direcionaram para a teoria feminista, buscando explicar como e porque as mulheres foram oprimidas pelo patriarcado ao longo da história.Suas contribuições aos estudos feministas são considerados fundamentais às pesquisadoras que vieram após ela. Quando Simone faleceu, em 1986, os jornais franceses estamparam manchetes que diziam: "Mulheres, vocês devem tudo a ela!".<h2>6. Ela foi apaixonada pelo escritor americano Nelson Algren</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/14/14195544776007.jpg" alt="(Fonte: Literary Hub)">(Fonte: Literary Hub)Em uma viagem para Chicago, Simone de Beauvoir se apaixonou pelo escritor Nelson Algren, e o sentimento foi recíproco. Quando ela voltou para a França, eles continuaram se correspondendo. Algren chegou a propor casamento a ela, mas Simone se recusou e optou por ficar ao lado de Sartre. Ainda assim, ela usou um anel mexicano que recebera do escritor até o fim da sua vida.<h2>7. Ela esteve no Brasil</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/14/14195345712006.jpg" alt="(Fonte: Fundação Casa de Jorge Amado/Reprodução)">(Fonte: Fundação Casa de Jorge Amado/Reprodução)Simone de Beauvoir e Jean-Paul Sartre estiveram no Brasil em 1960. Eles ficaram dois meses aqui e conheceram Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Ouro Preto, Fortaleza e Manaus. Quem organizou esta viagem foi <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115599-o-sapo-bode-e-suas-duas-esposas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jorge Amado</a> e Zelia Gattai.</body>

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7 curiosidades sobre a filósofa Simone de Beauvoir

Imagem de Conheça os 5 filósofos iluministas mais influentes no megacurioso

A Idade das Luzes foi fundamental para a consolidação de uma visão de mundo centralizada na ciência ao invés do obscurantismo

<head></head><body>O <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121150-conheca-6-dos-principais-filosofos-iluministas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Iluminismo</a> — ou simplesmente a Idade da Razão ou das Luzes — é conhecido como uma era central na reorientação do pensamento humano em direção ao conhecimento da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ciência</a>, da lógica e da racionalidade. Nesta época, foram produzidos muitos livros, ensaios, descobertas científicas e revoluções. E ela nos trouxe também grandes filósofos iluministas.Por essa razão, toda compreensão da filosofia passa, necessariamente, pelo conhecimento gerado durante o "longo século XVIII" (pois apreendemos aqui o período passado entre 1685 até 1815). Neste artigo, apresentamos 5 pensadores fundamentais desta época.<h2>1. John Locke (1632–1704)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/02/02094011968082.jpg" alt="&quot;Retrato de John Locke&quot;, por Godfrey Kneller (1646 - 1723). (Fonte: Wikimedia Commons)">"Retrato de John Locke", por Godfrey Kneller (1646 - 1723). (Fonte: Wikimedia Commons)O inglês <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121756-dilema-da-filosofia-e-possivel-separar-vida-pessoal-e-profissional.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">John Locke</a> cumpriu seus estudos em Oxford, e ganhou um diploma em medicina. Mas sua carreira acabou se desdobrando para a área do pensamento. Um ensaio por ele escrito no ano de 1690 desafiou a lógica de Descartes, tornando-o um dos filósofos iluministas mais influentes.Locke é tido como o fundador do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121218-6-ideologias-politicas-ou-economicas-que-voce-deve-entender.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">liberalismo</a> (o que quer dizer que ele se opunha à monarquia absolutista e defendia a liberdade individual) e do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/120612-caverna-de-platao-a-ardua-jornada-em-busca-do-conhecimento-pleno.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">empirismo</a> (defendendo que nosso conhecimento deveria surgir da experiência prática). Suas ideias criaram muita polêmica na Igreja Católica, uma vez que ele não acreditava que Deus comandava o nosso destino.<h2>2. Voltaire (1694–1778)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/02/02094427155087.jpg" alt="&quot;Voltaire lisant L’année littéraire de Fréron&quot;, de Jacques Augustin Catherine Pajou (1811). (Fonte: Wikimedia Commons)">"Voltaire lisant L’année littéraire de Fréron", de Jacques Augustin Catherine Pajou (1811). (Fonte: Wikimedia Commons)<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/105634-estatua-de-voltaire-abriga-o-verdadeiro-coracao-do-escritor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Voltaire</a> é, provavelmente, o filósofo mais influente do Iluminismo. Filho de um advogado e educado por jesuítas, escreveu sobre inúmeros assuntos. Sua produção contém também obras que são sátiras, como o conto Cândido e o otimismo.Dentre os temas mais abordados por Voltaire em seus escritos estão a hegemonia da Igreja Católica (que era abordada pelo filósofo sempre de forma crítica), o liberalismo e a desconstrução do absolutismo.<h2>3. Jean-Jacques Rousseau (1712–1778)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/02/02094844550091.jpg" alt="Retrato de Jean-Jacques Rousseau, de Georg Friedrich Meyer (1778). (Fonte: Wikimedia Commons)">Retrato de Jean-Jacques Rousseau, de Georg Friedrich Meyer (1778). (Fonte: Wikimedia Commons)Nascido em Geneva, Rousseau passou o começo da sua vida adulta convivendo com a pobreza, educando-se e viajando. Suas ideias foram extremamente influentes na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120949-5-enganos-historicos-sobre-a-revolucao-francesa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Revolução Francesa</a>. A obra mais famosa de Rousseau é O Contrato Social,&nbsp;na qual desenvolve a sua visão sobre a soberania do povo em relação aos governos.O filósofo defendia que os indivíduos comuns deveriam ter participação ativa nas decisões políticas. E, diferente de outros filósofos iluministas, Rousseau não defendia o individualismo: para ele, a igualdade poderia ser alcançada apenas se a posse de bens deixasse de existir e todos tivessem acesso às mesmas coisas.<h2>4. Charles-Louis Secondat Montesquieu (1689–1755)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/02/02095509512094.jpg" alt="&quot;Portrait of Charles de Secondat, Baron de Montesquieu&quot;, de Jacques-Antoine Dassier. (Fonte: Wikimedia Commons)">"Portrait of Charles de Secondat, Baron de Montesquieu", de Jacques-Antoine Dassier. (Fonte: Wikimedia Commons)Montesquieu foi advogado e chegou a ser presidente da Câmara da cidade de Bordeaux. Em 1750, escreveu&nbsp;Defesa do Espírito das Leis — obra incluída no Index Proibitorium da Igreja Católica no ano seguinte. Seus escritos versavam na área da política e da psicologia.&nbsp;Este filósofo foi o criador da teoria da separação dos três poderes, que instituía as separações entre Legislativo, Executivo e Judiciário — sistema utilizado também no Brasil. Como boa parte dos filósofos iluministas, Montesquieu posicionava-se contrário à monarquia e ao poder absoluto que ela representava no sistema social.<h2>5. Mary Wollstonecraft (1759–1797)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/02/02095932671096.jpg" alt="&quot;Portrait of Mary Wollstonecraft&quot;, de John Opie. (Fonte: Wikimedia Commons)">"Portrait of Mary Wollstonecraft", de John Opie. (Fonte: Wikimedia Commons)Em um espaço ainda muito centralizado nos homens, algumas filósofas iluministas também se destacaram. <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/107651-mary-wollstonecraft-conheca-a-mae-feminista-da-autora-de-frankenstein.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mary Wollstonecraft</a> é o principal nome feminino em torno do pensamento iluminista.Ela publicou vários textos, ensaios e romances nos quais defendia a igualdade entre homens e mulheres e reivindicava o direito feminino à educação. Opunha-se também à aristocracia, à monarquia e à autoridade religiosa. Uma curiosidade: Mary Wollstonecraft era mãe de Mary Shelley, a autora de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119206-sindrome-de-frankenstein-o-medo-da-rebeliao-das-maquinas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Frankenstein</a>.</body>

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Conheça os 5 filósofos iluministas mais influentes

Imagem de Dilema da filosofia: é possível separar vida pessoal e profissional? no megacurioso

A série Ruptura provoca uma reflexão sobre as relações de trabalho e sobre o quanto existimos (ou não) fora dele

<head></head><body>A série Ruptura, da Apple TV, tem um tema central interessante ligado à filosofia: ela discute as relações de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120158-5-formas-de-ser-mais-feliz-em-seu-trabalho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">trabalho</a> e as possibilidades de separação da vida pessoal e da profissional. Na história, os empregados de uma empresa ficcional chamada Lumon se submetem a um procedimento onde a sua consciência do trabalho e a de casa se separam.Ao entrar na empresa, os funcionários sofrem uma "ruptura" em que não lembram nada de suas vidas durante o trabalho e, quando saem, as suas memórias pessoais voltam. A discussão trazida na série provoca uma reflexão sobre a criação de uma "nova pessoa" no ambiente de trabalho, que existiria quase como se fosse um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120203-e-se-a-escravidao-nao-tivesse-existido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escravo</a> que só serve para produzir.Muita gente que a assiste começa a refletir sobre a sua própria vida e sobre as separações entre ela e o trabalho — afinal, o ambiente profissional também é um local onde fazemos amigos. Mas Ruptura levanta questões da filosofia acerca de como lidamos com as nossas diferentes relações e nossos diferentes "eus".<h2>A questão da experiência segundo John Locke</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/25/25230955488003.jpg" alt="(Fonte: Filosofia na Escola)">(Fonte: Filosofia na Escola)Ruptura discute a ideia de que a experiência <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121686-o-que-e-a-mente-inconsciente-e-como-ela-molda-nossos-habitos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">consciente</a> de cada um faz parte da constituição de sua personalidade. Ou seja, não se lembrar de algo é também estar separado de si mesmo. Em certo momento, um funcionário da empresa Lumon diz que "a história nos torna alguém" — trazendo aqui uma conexão com o pensamento do filósofo <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121150-conheca-6-dos-principais-filosofos-iluministas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">John Locke</a>, do século XVII.Locke dizia que a "consciência sempre acompanha o pensamento, e isso é o que faz com que cada um seja o que chama de si mesmo". Em outras palavras, o sujeito é aquilo sobre o qual tem consciência. Tudo o que somos e fazemos é o que lembramos — portanto, eu existo à medida que lembro conscientemente de minhas experiências.Segundo esta perspectiva de Locke, a existência de uma separação total entre vida profissional e pessoal (a proposta de Ruptura) significaria que o indivíduo só existe quando esta separação cessa de existir.&nbsp;A discussão trazida em Ruptura é sobre as consequências de "desligar" a vida pessoal no ambiente profissional, no intuito de que o estresse do trabalho não contamine a vida, e vice-versa; deste modo, ao sair do trabalho, eu poderia permanecer a mesma pessoa que eu entrei.<h2>O problema da visão de Locke</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/25/25230829957002.jpg" alt="(Fonte: Apple TV)">(Fonte: Apple TV)Os primeiros episódios da série sugerem que esta separação estrita entre o "eu do trabalho" e o "eu de casa" tende a causar problemas futuramente. Filósofos do século XVIII, como George Berkeley e Thomas Reid, apontaram que essa visão sobre a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120918-como-neurotransmissores-definem-tracos-de-personalidade-primarios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">personalidade</a> trazida por Locke pode ser problemática.Ambos responderam à questão trazida por Locke (eu sou aquilo que lembro) com algumas provocações: eu não sou o bebê que nasceu em determinada data por que não lembro desta experiência? Um sujeito velho não é quem ele é por que não consegue mais lembrar de algum evento do passado? Eu devo ser absolvido de crimes cometidos enquanto estava bêbado por que não tinha consciência deles?&nbsp;Tais questões, trazidas por estes pensadores para a filosofia, fazem levantar outras discussões: se não é minha consciência que me faz ser quem sou, o que me torna eu — a alma, talvez?Ruptura sugere que uma pessoa é mais do que ela lembra. Por isso, separar vida pessoa e do trabalho como coisas divorciadas parece algo sem sentido, uma vez que, por vezes, somos mais nós mesmos no nosso trabalho do que em nossa própria casa.</body>

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Dilema da filosofia: é possível separar vida pessoal e profissional?

Imagem de Patrística e escolástica: conheça as duas filosofias medievais no megacurioso

Durante a Idade Média, essas vertentes de pensamento se tornaram bastante populares e ganharam notoriedade na história

&Eacute; comum que a Idade M&eacute;dia tamb&eacute;m seja chamada de "Idade das Trevas", com predomin&acirc;ncia da barb&aacute;rie e do medo &mdash; um preconceito que acabou sendo herdado das correntes de pensamento iluministas. No entanto, muito do que conhecemos de filosofia moderna e ci&ecirc;ncia surgiu nessa &eacute;poca da hist&oacute;ria da humanidade e n&atilde;o podemos deixar isso de lado.
Em termos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121184-7-filosofos-brasileiros-que-voce-precisa-conhecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">filosofia</a>, as vertentes patr&iacute;stica e escol&aacute;stica eram as que mais se destacavam naquele per&iacute;odo e falavam muito a respeito da rela&ccedil;&atilde;o do homem com o pensamento religioso, sobretudo em uma &eacute;poca em que a Igreja Cat&oacute;lica come&ccedil;ava a se consolidar. Conhe&ccedil;a mais sobre esses estilos de pensamento nos pr&oacute;ximos par&aacute;grafos.
<h2>Patr&iacute;stica</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://pt.wikipedia.org/wiki/Agostinho_de_Hipona#/media/Ficheiro:Antonio_Rodriguez_-_Saint_Augustine_-_Google_Art_Project.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/06/06150325637259.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
No in&iacute;cio do per&iacute;odo de transi&ccedil;&atilde;o entre a Antiguidade e a Idade M&eacute;dia, surgiu a vertente filos&oacute;fica patr&iacute;stica, com seu nome fazendo refer&ecirc;ncia aos primeiros padres da Igreja Cat&oacute;lica. Foram essas pessoas que se dedicaram a desenvolver um tipo de filosofia que se aproximasse do pensamento crist&atilde;o e do conhecimento religioso.
Inclusive, pode-se dizer que toda a filosofia patr&iacute;stica &eacute; respons&aacute;vel pelo desenvolvimento do sistema teol&oacute;gico crist&atilde;o. Ela surgiu justamente no per&iacute;odo em que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119808-imperio-romano-so-1-a-cada-4-imperadores-morreram-de-causas-naturais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Imp&eacute;rio Romano</a> passou a aceitar o cristianismo como uma religi&atilde;o, por&eacute;m ainda era um per&iacute;odo em que os crist&atilde;os sofriam bastante persegui&ccedil;&atilde;o.
Por muito tempo, a filosofia patr&iacute;stica foi dividida em duas linhas de pensamento entre os padres apologistas: aqueles que viviam como Justino, misturando o cristianismo com a filosofia grega pag&atilde;; e aqueles que viviam como Tertuliano, defendendo completamente a exclus&atilde;o do paganismo desse movimento.
<h3>O que pregava a filosofia patr&iacute;stica?</h3>
A filosofia patr&iacute;stica sempre foi uma linha de pensamento que ressaltava acima de tudo o conhecimento crist&atilde;o, enquanto a filosofia grega defendia a raz&atilde;o, a l&oacute;gica e o conhecimento cient&iacute;fico &mdash; algo que causava atrito entre as duas partes. Por isso, embora a vertente de Justino tenha predominado por um tempo, o embate entre f&eacute; e raz&atilde;o era grande demais para ser ignorado.
A escola patr&iacute;stica foi respons&aacute;vel por criar importantes personagens hist&oacute;ricos, entre eles Agostinho de Hipona, um pag&atilde;o que se converteu com 32 anos e acabou canonizado pela Igreja Cat&oacute;lica como Santo Agostinho. Ao longo de sua vida, Agostinho se aventurou em v&aacute;rias correntes de pensamento, mas se apaixonou pela patr&iacute;stica.
Tornou-se um ex&iacute;mio defensor da f&eacute; crist&atilde; e lutou para combater qualquer tipo de heresia.&nbsp;
<h2>Escol&aacute;stica</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/06/06150445793262.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Logo ap&oacute;s o &aacute;pice da filosofia patr&iacute;stica, surgiu a vertente de pensamento escol&aacute;stica. Essa era uma vertente filos&oacute;fica menos restrita e que abordava as diverg&ecirc;ncias no ambiente cat&oacute;lico. Nesse esp&iacute;rito de debate sobre quest&otilde;es intelectuais, art&iacute;sticas e filos&oacute;fica, a "escola" do pensamento foi batizada.
A valoriza&ccedil;&atilde;o do saber &eacute; percept&iacute;vel sobretudo durante o s&eacute;culo XII, quando passam a surgir as primeiras universidades e existe uma ascens&atilde;o da classe letrada. A vertente escol&aacute;stica &eacute; uma articula&ccedil;&atilde;o pensamento racional e religioso. Historicamente, o primeiro escol&aacute;stico foi o monge agostiniano santo Anselmo, que logo foi seguido por Pedro Abelardo, Pedro Lombardo e Hugo de S&atilde;o V&iacute;tor.
<h3>O que pregava a filosofia escol&aacute;stica?</h3>
Ao contr&aacute;rio do que acontecia no passado, os fil&oacute;sofos escol&aacute;sticos fizeram de tudo para conciliar o impens&aacute;vel: f&eacute; e raz&atilde;o. Gra&ccedil;as &agrave; influ&ecirc;ncia &aacute;rabe dos povos que haviam migrado para a pen&iacute;nsula hisp&acirc;nica, houve uma uni&atilde;o do pensamento crist&atilde;o com a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120506-qual-e-a-diferenca-entre-platao-e-aristoteles-filosoficamente-falando.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">filosofia aristot&eacute;lica</a> &mdash; criando um novo modo de pensar.
No in&iacute;cio do s&eacute;culo XIII, Santo Agostinho deixa de ser o ponto de refer&ecirc;ncia da filosofia crist&atilde; e novos nomes passam a surgir. Alberto Magno, Santo Anselmo e S&atilde;o Tom&aacute;s de Aquino &mdash; considerado o maior nome escol&aacute;stico &mdash; apareceram como combatentes da heresia, do paganismo e da n&atilde;o aceita&ccedil;&atilde;o de Deus.
Os pensadores dessa escola tamb&eacute;m usavam conceitos cient&iacute;ficos como astronomia, f&iacute;sica e biologia para compreender o mundo natural e a fun&ccedil;&atilde;o do Criador.&nbsp;

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Patrística e escolástica: conheça as duas filosofias medievais

Imagem de Os 6 principais filósofos do século XXI no megacurioso

Conheça as principais mentes pensantes da nossa geração e porque eles se tornaram relevantes no mundo da filosofia

Quando pensamos em filosofia, logo temos em mente nomes do passado como Arist&oacute;teles, Plat&atilde;o, Adorno, Nietzsche e por a&iacute; vai. Por&eacute;m, continuamente esquecemos que a sociedade segue produzindo nomes relevantes at&eacute; os dias de hoje e o que n&atilde;o falta no mundo s&atilde;o fil&oacute;sofos contempor&acirc;neos.
Ent&atilde;o, independente de estarmos no s&eacute;culo XXI, ainda temos v&aacute;rios pensadores relevantes que permanecem vivos em tempos modernos e precisamos valoriz&aacute;-los. Ser&aacute; que voc&ecirc; tem algum nome em mente? Pensando nisso, n&oacute;s separamos uma lista com seis <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121184-7-filosofos-brasileiros-que-voce-precisa-conhecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fil&oacute;sofos</a> relevantes que seguem nos banhando com conhecimento at&eacute; hoje ou que tiveram grandes contribui&ccedil;&otilde;es nesse s&eacute;culo. Olha s&oacute;!
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/120534-quem-foi-platao-e-por-que-ele-e-importante-ainda-hoje.htm" target="_blank">Quem foi Plat&atilde;o e por que ele &eacute; importante at&eacute; hoje?</a>
<h2>1. Christina Hoff Sommers</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/30/30145042316371.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Nascida nos Estados Unidos, Christina Hoff Sommers &eacute; uma escritora e doutora em filosofia bastante conhecida por suas cr&iacute;ticas ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/85566-quem-foi-simone-de-beauvoir-que-causou-polemica-no-enem-2015.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">feminismo</a> antigo, com ideias revolucion&aacute;rias sobre o assunto e a respeito dos direitos das mulheres. Sua vis&atilde;o contempor&acirc;nea traz uma vis&atilde;o mais moderna para o movimento.
Seus livros Quem matou o feminismo? Como mulheres tra&iacute;ram as mulheres&nbsp;(1995) e A guerra contra os meninos&nbsp;(2000) s&atilde;o as obras que fizeram maior sucesso. Para alguns, Sommers pode ser vista at&eacute; mesmo como antifeminista, mas a pr&oacute;pria autora se declara uma feminista racional com a capacidade de discernir que os g&ecirc;neros s&atilde;o iguais, mas possuem suas especificidades.&nbsp;
<h2>2. Marshall Berman</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/30/30145140739372.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Apesar de ter morrido em 2013, Marshall Berman foi um importante fil&oacute;sofo do s&eacute;culo XXI. Nascido em 1940, o escritor e fil&oacute;sofo norte-americano seguia a linha marxista de pensamento. Em seu livro Tudo que &eacute; s&oacute;lido desmancha no ar&nbsp;(1982), ele referencia <a href="https://www.megacurioso.com.br/politica/43169-sera-que-karl-marx-odiava-mesmo-o-capitalismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Karl Marx</a> e Friedrich Engels com an&aacute;lises a respeito do pensamento de outros fil&oacute;sofos e a &eacute;poca em que estavam inseridos.&nbsp;
Vale ressaltar que o pensador tamb&eacute;m desenvolveu in&uacute;meros artigos ao longo da sua vida e obteve grande sucesso atrav&eacute;s de outros dois livros &mdash; Aventuras no Marxismo&nbsp;(2001) e Um s&eacute;culo em Nova York&nbsp;(2009).
<h2>3. Antonio Negri</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/30/30145240177374.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Atualmente com 88 anos, o fil&oacute;sofo e militante pol&iacute;tico italiano Antonio Negri ganhou fama no in&iacute;cio do s&eacute;culo com seu livro Imp&eacute;rio&nbsp;(2000). Essa obra foi interpretada como um movimento antiglobalista e inclusive recebeu uma sequ&ecirc;ncia em outro livro denominado Multid&atilde;o&nbsp;(2005).
Negri, assim como Berman, era um estudioso de diversas correntes de pensamento que inclu&iacute;am Marx, Descartes, Kant, etc. No entanto, seus estudos mais famosos entre universit&aacute;rios est&atilde;o ligados a obra de Baruch Espinoza, um fil&oacute;sofo holand&ecirc;s relevante dentro do racionalismo.
<h2>4. J&uuml;rgen Habermas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/30/30145329224375.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Entre todos os fil&oacute;sofos vivos at&eacute; hoje, J&uuml;rgen Habermas provavelmente &eacute; o mais importante de todos. O alem&atilde;o focou os seus estudos na Teoria da A&ccedil;&atilde;o Comunicativa, em que gerou v&aacute;rias reflex&otilde;es sobre a democracia e a pol&iacute;tica contempor&acirc;nea.
Habermas &eacute; um importante nome da segunda gera&ccedil;&atilde;o da Escola de Frankfurt &mdash; essencial para o contexto de uma nova filosofia. Atualmente com 92 anos, Habermas j&aacute; foi diretor do Instituto Max Planck de Ci&ecirc;ncias Sociais e construiu uma grande carreira desde a d&eacute;cada de 1960.&nbsp;
<h2>5. Thomas Nagel</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/30/30145441241376.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Professor de filosofia e direito na Universidade de Nova York, onde estabeleceu um "lar" intelectual desde 1980, Thomas Nagel se firmou como um nome influente atrav&eacute;s da sua obra Como &eacute; ser um morcego?&nbsp;(1974) e abriu novas maneiras pelas quais os fil&oacute;sofos veem a mente humana.
Suas principais cr&iacute;ticas s&atilde;o voltadas ao chamado "reducionismo", a vis&atilde;o de que os estados mentais s&atilde;o, de uma forma ou de outra, apenas c&eacute;rebro e estados f&iacute;sicos.&nbsp;
<h2>6. Noam Chomsky</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/30/30145545804377.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Considerados por muitos o "pai da lingu&iacute;stica", Noam Chomsky &eacute; autor de mais de 100 livros sobre temas variados, como pol&iacute;tica, lingu&iacute;stica e guerra. Nascido nos Estados Unidos, ele se moldou como uma personalidade multitalentosa e bastante popular na filosofia anal&iacute;tica.
Al&eacute;m de influenciar uma ampla gama de campos acad&ecirc;micos, ele tamb&eacute;m contribuiu para o desenvolvimento do cognitivismo.

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