Imagem de Núcleo da Terra oscila a cada 8 anos e meio, sugere estudo no megacurioso

Por não estar exatamente alinhado com o seu manto, o núcleo do planeta acaba sofrendo algumas oscilações cíclicas, diz uma nova investigação

<head></head><body>Cientistas na China fizeram recentemente uma descoberta no coração da Terra: a cada 8 anos e meio, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128183-o-centro-da-terra-e-mais-jovem-que-o-resto-do-planeta-mas-por-que.htm#:~:text=primeiro%20a%20compartilhar-,O%20centro%20da%20Terra%20%C3%A9%20mais%20jovem%20que,do%20planeta%2C%20mas%20por%20qu%C3%AA%3F&amp;text=Aqui%20vai%20uma%20curiosidade%20para,a%20superf%C3%ADcie%20do%20nosso%20planeta." rel="noopener noreferrer" target="_blank">núcleo interno</a> do planeta oscila em torno do seu eixo de rotação. Essa mudança provavelmente é causada por um pequeno desalinhamento entre o núcleo interno e o manto terrestre — a camada abaixo da crosta terrestre —, de acordo com os investigadores.O núcleo da Terra é dividido em um limite externo líquido e uma camada interna principalmente sólida, numa divisão que se inicia a 2,9 mil km abaixo da superfície. Essa região é parcialmente responsável por uma série de dinâmicas geofísicas do nosso planeta, desde a duração dos dias até o campo magnético do mundo que ajuda a proteger a humanidade dos raios nocivos emitidos pelo Sol.<h2>Influência da inclinação do núcleo</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/29/29015551673005.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)A recém-descoberta inclinação do núcleo da Terra poderia eventualmente levar a uma mudança na forma e no movimento do seu núcleo líquido. Por sua vez, isso causaria uma mudança potencial no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128363-cientistas-descobrem-mapa-historico-do-campo-magnetico-da-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">campo magnético</a> do planeta, é o que diz o estudo publicado na revista Nature Communications no dia 8 de dezembro.&nbsp;Para compreender melhor o funcionamento interno desse núcleo, os investigadores geofísicos, analisaram o movimento do eixo de rotação da Terra em relação à sua crosta em 2019, também conhecido como rotação polar. Os cientistas liderados por Hao Ding, da Universidade de Wuhan, detectaram um ligeiro desvio no movimento polar que ocorre aproximadamente a cada 8 anos e meio. Esses dados indicam a presença potencial de uma "oscilação do núcleo interno".Em seu último estudo, Ding e seus coautores confirmaram ainda mais este ciclo medindo pequenas mudanças na duração dos dias ao redor do mundo e comparando-as com as variações no movimento polar anteriormente identificadas. Os números sugerem que esta oscilação é provavelmente causada por uma inclinação de 0,17 graus entre o núcleo interno da Terra e o manto.&nbsp;<h2>Importância científica da descoberta</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/29/29015617342008.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Essa inclinação do planeta pode indicar que o hemisfério noroeste do núcleo interno pode ser ligeiramente mais denso que o resto desta camada. Logo, também existiria uma diferença de densidade entre o núcleo interno e externo da Terra. O novo estudo ajuda a discernir a diferença na composição entre o metal no núcleo interno sólido e no núcleo externo líquido, bem como estima a direção e a velocidade da oscilação do núcleo interno.De acordo com os pesquisadores, os dados obtidos não fornecem qualquer vislumbre sobre algo que possa mudar o curso da humanidade, mas acrescenta novas informações para compreendermos o funcionamento do nosso planeta. Ao longo da pesquisa, a equipe de investigação também descartou influências atmosféricas, oceânicas e hidrológicas que pudessem ter causado o desvio no movimento polar e na oscilação do núcleo interno.No futuro, essa descoberta poderá ajudar os investigadores a entender melhor a dinâmica entre o núcleo interno da Terra e os processos que impactam a humanidade, desde <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118142-terremoto-o-que-e-as-suas-causas-e-como-e-medido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">terremotos</a> a mudanças no campo magnético.&nbsp;</body>

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Núcleo da Terra oscila a cada 8 anos e meio, sugere estudo

Imagem de 5 curiosidades sobre a água que desafiam a ciência no megacurioso

Da água com memória ao gelo superiônico, muito coisa ainda precisa de mais explicação

<head></head><body>A água pode ter propriedades fascinantes e muitas vezes desconhecidas. Ao longo dos anos, cientistas têm dedicado esforços para desvendar os mistérios por trás do comportamento único da água, desde suas características físicas até seu papel na sustentação da vida.&nbsp;Por isso, confira algumas das propriedades mais curiosas da água, que oferecem uma visão mais ampla e profunda sobre a complexidade e importância desse líquido vital para a existência.<h2>1. Água quente pode congelar mais rápido</h2>Normalmente, para a água congelar, é necessário que ela atinja 0 °C. Então, o normal é pensar que a água fria chegue a essa temperatura muito mais rápido do que a água quente, certo? Bem, nem sempre isso acontece.Na adolescência, o físico Erasto Mpemba, da Tanzânia, fez experimentos que provam que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/fisica-e-quimica/25858-voce-sabia-que-a-agua-quente-congela-mais-depressa-que-a-fria-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">água quente pode congelar primeiro</a>. Isso depende de uma série de fatores, como taxa de evaporação, cristais de gelo e taxa de resfriamento, mas até hoje não se sabe exatamente quais as condições exatas.&nbsp;<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/19/19141549311148.jpg" alt="Água quente. (Imagem: Pixabay)">Água quente. (Imagem: Pixabay)<h2>2. Líquida e geladíssima</h2>Acima, falamos que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127534-as-diferentes-temperaturas-em-que-a-agua-congela-e-ferve-no-nosso-planeta-vao-te-surpreender.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">água congela a 0 °C</a>, mas isso também não é uma regra absoluta. Sabia que é possível ter água líquida mesmo em temperaturas negativas? A condição é chamada de super-resfriamento e pode fazer com que a água não congele mesmo a -48 °C.Isso acontece porque, para congelar, as moléculas de água precisam se fixar em outras moléculas em estado sólido. Quando a pureza da água é extrema, as moléculas de água podem não encontrar nenhum outro componente (poeira ou sujeiras, por exemplo) para iniciar o congelamento e desencadear o efeito dominó.&nbsp;<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/19/19141903414157.jpg" alt="Água gelada. (Imagem: Pixabay)">Água gelada. (Imagem: Pixabay)<h2>3. O gelo que desafia as leis</h2>O gelo superiônico é um estado muito peculiar da água, comportando-se tanto como um sólido quanto um líquido. Esse tipo exótico de gelo pode ser encontrado nos planetas gasosos – Urano e Netuno – e ainda é muito intrigante para os cientistas.Para formar o gelo superiônico, são necessárias condições extremas de pressão e temperatura. Esse gelo é uma estrutura sólida e cristalina, mas com íons de hidrogênio se comportando como se ele fosse líquido e movendo-se entre os íons de oxigênio. Agora, resta saber o que isso significa para o funcionamento do Universo.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/19/19142047661160.jpg" alt="Gelo. (Imagem: Pixabay)">Gelo. (Imagem: Pixabay)<h2>4. Gelado e doce</h2>Seria normal pensar que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126962-o-que-esta-escondido-por-baixo-de-todo-o-gelo-da-groenlandia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">grandes gelos marinhos</a> – incluindo os icebergs – são blocos congelados de água salgada, certo? Bem, na verdade, não é isso que acontece. Afinal, quando a água do mar congela, ocorre um processo chamado depressão do ponto de congelamento que acaba “purificando” o líquido.Os sais na água marinha diminuem o seu ponto de congelamento. Porém, à medida que isso acontece, apenas a água pura fica sólida, eliminando os sais no processo. Assim, a água em torno dos icebergs costumam ser até mais salgadas que o normal.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/19/19141802928153.jpg" alt="Água congelada. (Imagem: Pixabay)">Água congelada. (Imagem: Pixabay)<h2>5. A água pode ter memória</h2>Esse é um dos temas mais controversos quando se fala da água. Segundo o escritor e pseudocientista japonês Masaru Emoto, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119198-o-que-e-memoria-da-agua-e-qual-a-relacao-com-homeopatia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">água teria memória</a>! Sua teoria é que o líquido apresenta diferentes estruturas cristalinas conforme o estímulo externo, tais como palavras, músicas e até pensamentos!De maneira geral, a comunidade científica rejeita tais alegações. Porém, algumas experiências parecem comprovar que a estrutura molecular da água, feita de ligações de hidrogênio, poderia reagir a diferentes estímulos. Na prática, se isso for comprovado, haverá uma revolução na área da homeopatia.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/19/19142145831163.jpg" alt="Água. (Imagem: Pixabay)">Água. (Imagem: Pixabay) </body>

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5 curiosidades sobre a água que desafiam a ciência

Imagem de O campo magnético da Terra está mesmo invertendo seus polos? no megacurioso

Entenda o que é a inversão dos polos magnéticos e como tal evento pode impactar nossa tecnologia e, consequentemente, nosso cotidiano

<head></head><body>O ser humano atual é bastante dependente de <a href="https://www.tecmundo.com.br/tecnologia" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tecnologia</a>: diariamente utilizamos aparelhos eletrônicos, internet e energia elétrica para realizar todo tipo de atividade. E dificilmente paramos para pensar em como as coisas seriam se, do nada, tudo parasse de funcionar.É justamente esta a preocupação de alguns cientistas que vêm acompanhando atentamente as mudanças no&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115156-como-o-campo-magnetico-da-terra-se-origina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">campo magnético da Terra</a>. Afinal, mudanças neste campo podem impactar direta e catastroficamente muito do que hoje damos como garantido, como o funcionamento de aparelhos celulares, tablets, computadores, redes de distribuição de energia e até mesmo a internet.<h2>Os polos do campo magnético do planeta estão realmente se invertendo?</h2>Pesquisadores vêm acompanhando a movimentação dos polos magnéticos da Terra e descobriram que, desde 1831, quando tais medições começaram a ser feitas, o polo norte do campo magnético do nosso planeta já se movimentou bastante. De lá para cá, o polo se moveu cerca de 965 quilômetros.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/26/26170100894058.jpg" alt="Imagem ilustra a localização dos polos norte e sul geográficos e magnéticos (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Imagem ilustra a localização dos polos norte e sul geográficos e magnéticos (Fonte: GettyImages/Reprodução)Segundo o físico Ofer Cohen, em matéria publicada no site Science Alert, nos últimos anos essa movimentação passou de cerca de 16 quilômetros para 54 quilômetros por ano. Este <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115251-terra-esta-acelerando-a-inversao-de-seus-polos-magneticos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aumento na velocidade</a> com que o polo norte magnético vem se movendo pode ser um indicativo de que os polos podem, sim, estar sendo invertidos, com o norte migrando para o sul e vice-versa. A medição da migração dos polos magnéticos — que não tem qualquer relação com os polos norte e sul do planeta — é feita por cientistas usando a datação do magma expelido por vulcões subaquáticos.De acordo com Cohen, as rochas vulcânicas geradas por erupções debaixo d'água registram não apenas a orientação dos polos magnéticos, mas também a força campo magnético do planeta. Porém, apesar de todo o acompanhamento feito até agora, seria necessário coletar dados de pelos 200 anos para ter uma noção mais correta sobre uma possível inversão dos polos.<h3>Campo magnético, o "escudo" da Terra</h3>O movimento do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127203-99-do-ouro-existente-na-terra-esta-no-nucleo-do-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">núcleo da Terra</a>, rico em metais como ferro e níquel, é responsável pela existência do campo magnético que envolve nosso planeta. Conforme os metais em forma líquida giram no núcleo, cargas elétricas são geradas e, por sua vez, geram o nosso precioso "escudo" espacial.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/26/26170259479059.jpg" alt="Campo magnético envolve e protege o planeta de ventos solares, jatos de plasma e radiação cósmica (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Campo magnético envolve e protege o planeta de ventos solares, jatos de plasma e radiação cósmica (Fonte: GettyImages/Reprodução)Afinal, o campo magnético protege nosso planeta de radiação cósmica, como a gerada por explosões de estrelas, que se move constantemente pelo espaço. A bolha criada pelo campo também nos mantém seguros dos ventos solares e ejeções de massa coronal, jatos de plasma que, quando atingem o planeta, podem criar espetáculos como as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109035-5-melhores-destinos-para-assistir-a-aurora-boreal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">auroras boreais</a> mas também são bastante nocivos a astronautas e satélites.<h3>O impacto de uma inversão dos polos magnéticos</h3>O deslocamento dos polos magnéticos pode tornar certas áreas do campo magnético mais fortes ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115723-buraco-no-campo-magnetico-da-terra-esta-se-dividindo-em-dois.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mais fracas</a>, tornando alguns locais mais seguros ou mais suscetíveis à radiação que vem do espaço. Por exemplo, se atingida, uma área mais fraca do campo magnético pode ser afetar grandes sistemas de energia, causando apagões.E se apenas o movimento dos polos pode afetar o planeta desta forma, imagine então uma inversão completa dos polos magnéticos da Terra. Um evento desta escala poderia impactar diretamente no funcionamento de nossa tecnologia, tornando-a obsoleta. Porém, para a nossa sorte, algo como a inversão dos polos não acontece da noite para o dia.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/26/26170454788060.jpg" alt="Em caso de inversão, o polo norte magnético vai para o sul e vice-versa (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Em caso de inversão, o polo norte magnético vai para o sul e vice-versa (Fonte: GettyImages/Reprodução)"A inversão do campo [magnético] acontece de maneira rápida do ponto de vista geológico, mas é lenta do ponto de vista dos seres humanos", explica Cohen. Segundo o físico, uma inversão dos polos pode levar "alguns milhares de anos" para ser concluída, mas durante este período a orientação do campo magnético pode tornar o planeta mais exposto à <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128222-segundo-raio-cosmico-mais-intenso-da-historia-veio-de-vazio-no-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">radiação cósmica</a>.Ou seja: embora já estejamos vendo uma aceleração no deslocamento dos polos, dificilmente nossa geração verá a inversão dos polos ocorrer. O mais provável é que vejamos alguns impactos em decorrência desta movimentação, mas é possível que estejamos seguros de um apagão digital, por exemplo. </body>

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O campo magnético da Terra está mesmo invertendo seus polos?

Imagem de Como as antigas TVs revelaram os vestígios do Big Bang no megacurioso

Conheça a intrigante história da Radiação Cósmica de Fundo em Micro-ondas (RCFM), uma janela temporal para o Big Bang que redefine nossa compreensão do cosmos

<head></head><body>Quem é um pouco mais velho, certamente lembra das televisões analógicas, as famosas <a href="https://www.megacurioso.com.br/invencoes/101392-invencao-transforma-o-seu-celular-em-uma-antiga-televisao-de-tubo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">TVs de tubo</a>. Enquanto exploravam as diferentes programações, os telespectadores frequentemente se deparavam com misteriosas ondas que dançavam entre os canais. O que muitas pessoas não imaginavam é que esses ruídos eletromagnéticos eram uma evidência da teoria que mudaria nossa percepção sobre o início do Universo.<h2>O eco do Big Bang: do sonho teórico à descoberta marcante da RCFM</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/21/21230247090002.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)Na efervescência da década de 1940, mentes visionárias como as de George Gamow, Ralph Alpher e Robert Herman desenharam os contornos da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/104523-15-informacoes-interessantes-que-voce-talvez-nao-saiba-sobre-o-big-bang.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">teoria do Big Bang</a>, lançando as bases para uma audaciosa previsão: a Radiação Cósmica de Fundo em Micro-ondas (RCFM). Para esses teóricos, se o Universo tivesse nascido de uma explosão primordial, uma radiação eletromagnética remanescente, na forma de micro-ondas, impregnaria o cosmos.Avançando duas décadas, em 1964, enquanto realizavam observações com um radiotelescópio para estudar sinais de micro-ondas provenientes do espaço sideral, Arno Allan Penzias e Robert Woodrow Wilson, inconscientes da teoria da RCFM, fizeram uma descoberta notável. O que inicialmente parecia ser uma interferência persistente, como acontecia com as televisões analógicas, logo se revelou um eco do Universo primordial.Ao eliminar possíveis interferências locais e a presença de satélites, Penzias e Wilson perceberam que estavam testemunhando a confirmação tangível da teoria da RCFM. Esse sinal constante, como um sussurro cósmico, tornou-se a evidência observacional que conectava diretamente a teoria do Big Bang à nossa compreensão do Universo. A descoberta acidental desses cientistas não apenas validou a teoria da RCFM, mas abriu uma nova era de exploração cósmica.<h2>Além dos picos de micro-ondas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/21/21230702303003.jpeg" alt="Mapa da RCFM, mostrando flutuações de temperaturas. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)">Mapa da RCFM, mostrando flutuações de temperaturas. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)A RCFM não é apenas um eco distante do passado, mas uma ferramenta essencial para compreendermos o presente e o futuro do Universo. Sua análise detalhada apoia não apenas a teoria do Big Bang, mas também fornece suporte empírico para os modelos cosmológicos em constante evolução.As flutuações na temperatura da RCFM desempenham um papel central no estudo das condições iniciais do Universo e na compreensão da formação de estruturas cósmicas. Além disso, ela é utilizada para mapear a distribuição tridimensional da matéria no universo, facilitando a identificação de superaglomerados e vazios cósmicos.A descoberta de Penzias e Wilson não apenas validou uma teoria, mas abriu portas para uma exploração mais profunda do Universo. A geração mais antiga, que sintonizava televisões analógicas, já experimentou indiretamente a energia cósmica enquanto ajustava os canais e se deparava com o padrão de "neve" na tela. Contudo, com a transição para <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/105286-historia-assista-a-primeira-transmissao-de-tv-digital-em-hd-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">TVs digitais</a>, essa experiência única se perdeu para as gerações mais jovens, ilustrando como as tecnologias modernas alteram nossa conexão com os vestígios do Universo primordial.</body>

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Como as antigas TVs revelaram os vestígios do Big Bang

Imagem de 6 descobertas incríveis sobre o nosso Sistema Solar feitas em 2023 no megacurioso

Desde Mercúrio a Plutão, aqui estão algumas das descobertas mais intrigantes feitas sobre planetas, luas e outros corpos celestes do nosso Sistema Solar neste ano

<head></head><body>À medida que os anos passam, a tecnologia humana tem se tornado cada vez mais eficaz e a nossa espécie tem aumentado o desejo de desbravar o universo ao nosso redor. Por conta disso, inúmeras missões estão sendo realizadas ao redor do nosso <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119161-6-grandes-segredos-do-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sistema Solar</a> para tentar descobrir mais dados relevantes sobre planetas, luas e outros corpos celestes que nos cercam.Em 2023, os cientistas lançaram mais luz sobre a nossa vizinhança cósmica e algumas descobertas realmente incríveis foram feitas, desde planetas cada vez menores e luas novas até um supervulcão gelado. Veja só seis coisas que aprendemos nesse ano!<h2>6. Mercúrio diminuindo</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/24/24182923956010.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Um estudo realizado em outubro relevou que o planeta mais ínfimo do Sistema Solar pode estar ficando ainda mais pequeno. De acordo com os especialistas, Mercúrio encolheu de tamanho significantemente desde que se formou, o que gerou rachaduras gigantes, conhecidas como escarpas, na superfície do planeta.&nbsp;Novas investigações mostram que algumas dessas escarpas tinham apenas 300 milhões de anos, o que sugere que o planeta vem encolhendo durante a maior parte da sua vida e isso pode estar acontecendo ainda nos dias atuais.<h2>5. Idade da Lua</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/24/24182907441009.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Outra pesquisa publicada em outubro de 2023 afirmou que a Lua pode ser pelo menos 40 milhões de anos mais velha do que pensávamos anteriormente. A conclusão foi obtida depois que os pesquisadores examinaram minúsculos cristais de impacto em amostras de rochas lunares trazidas pela missão Apollo 17 da NASA.A nova análise revelou que esses cristais, que foram deixados para trás por uma colisão colossal entre a Terra e um planeta do tamanho de Marte que deu origem à Lua, eram mais antigos do que cristais semelhantes encontrados anteriormente em amostras lunares. Sendo assim, a cronologia lunar pode estar equivocada.&nbsp;<h2>4. Novas luas em Júpiter</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/24/24182832822007.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Este também foi o ano em que cientistas confirmaram a existência de 12 novas luas em torno de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121061-luas-de-jupiter-quantas-existem-no-maior-planeta-do-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Júpiter</a>, elevando a contagem de satélites do planeta para 92. As recém-descobertas luas jupiterianas são pequenas, variando de 1 a 3,2 km de largura, e a maioria delas tem órbitas que levam mais de 550 dias para dar uma volta completa no planeta.Essas luas foram mesmo descobertas entre 2021 e 2022, mas só foram confirmadas este ano pelo Minor Planet Center da União Astronômica Internacional.<h2>3. Vórtice polar</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/24/24182812982005.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Novas imagens mostraram um gigantesco "vórtice polar" em Urano, girando em torno do polo norte do gigante gelado. Essas informações sugerem que a atmosfera do planeta não é tão inerte quanto pensávamos anteriormente. Um vórtice polar nada mais é do que um anel giratório de ar quente ou frio que circunda a região polar de um planeta.Em 1986, a sonda Voyager 2 da NASA já havia avistado um vórtice polar em torno do polo sul de Urano na sua viagem para fora do Sistema Solar. Acredita-se que esses anéis giratórios sejam causados por correntes de jato atmosféricos de alta altitude.<h2>2. Manchas em Netuno</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/24/24182751225003.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Este ano, astrônomos capturaram a primeira imagem nítida de uma das misteriosas manchas escuras de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127214-as-nuvens-de-netuno-sumiram-mas-para-onde-foram.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Netuno</a> e, ao mesmo tempo, fotografaram uma mancha brilhante nunca antes vista. Essas manchas escuras temporárias foram documentadas no planeta mais distante do Sistema Solar em 1989 e por muito tempo permaneceram sem explicação.Cientistas acreditam que elas são provavelmente tempestades gigantescas, mas ainda não sabem ao certo porque são tão escuras. O ponto brilhante, por sua vez, nunca foi visto antes e durou apenas poucas semanas. Contudo, os pesquisadores acreditam que as duas manchas estão interligadas.<h2>1. Supervulcão gelado em Plutão</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/24/24182720514000.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Embora não seja mais um planeta, Plutão segue surpreendendo a todos. Em 2023, pesquisadores descobrirão um criovulcão gigantesco do tamanho do supervulcão existente do Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos. Os criovulcões, também chamados de vulcões de gelo, entram em erupção com criomagma — gelo, água e vários gases — em vez de rocha derretida.O vulcão recém-descoberto de Plutão, chamado Kiladze Caldera, foi originalmente identificado como uma cratera em imagens capturadas pela missão New Horizons da NASA. Porém, depois de uma segunda análise, os cientistas detectaram vestígios de criomagma ao redor da depressão, o que é uma amostra de que ele já entrou em erupção várias vezes.&nbsp;</body>

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6 descobertas incríveis sobre o nosso Sistema Solar feitas em 2023

Imagem de Youtubers registram velocidade da luz a 10 trilhões de FPS no megacurioso

Experiência do canal The Slow Mo Guys contou com apoio da Caltech

<head></head><body>Youtubers do canal The Slow Mo Guys fizeram uma experiência para visualizar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128222-segundo-raio-cosmico-mais-intenso-da-historia-veio-de-vazio-no-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">velocidade da luz</a>. Com um equipamento especializado da Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia), o resultado foi uma filmagem de&nbsp;10 trilhões de quadros por segundo.&nbsp;"Isso é 20 milhões de vezes mais rápido do que as filmagens mais rápidas que já fizemos no canal", disse Dan Gruchy, um dos apresentadores. De acordo com Peng Wang, cientista óptico da Caltech que auxiliou o teste, o equipamento é suficiente para visualizar a luz atravessar uma garrafa por 2 mil picosegundos. Para se ter noção, 1 picosegundo equivale à trilionésima parte de 1 segundo.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/19/19005308533003.jpg" alt="Vídeo que captou a velocidade da luz durou menos de 1 segundo">Vídeo que captou a velocidade da luz durou menos de 1 segundo<h2>A experiência</h2>Considerando que a velocidade da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128001-via-lactea-coracao-da-galaxia-esta-pulsando-um-sinal-misterioso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">luz</a> é de aproximadamente 300 mil quilômetros por segundo, foi necessário fazer algumas adaptações. Segundo Gav e Dan, a impressão que se tinha durante a filmagem era de que a garrafa estava sempre "acesa": não havia como enxergar a trajetória do laser utilizado.A garrafa de água utilizada na filmagem foi então fotografada e sobreposta depois. A ideia era ter uma referência para melhor visualização do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128216-buraco-negro-da-via-lactea-esta-girando-loucamente-dizem-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">movimento</a>. O material final levou oito horas&nbsp;para ser processado. A experiência completa está no vídeo a seguir:<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/7Ys_yKGNFRQ?si=nNnsqf14Ba6UMD3o" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe> Enquanto o vídeo da garrafa foi feito de lado, outro teste dos youtubers envolveu capturar a luz de frente, passando um feixe de laser entre dois bonecos. Nesse caso, a filmagem foi feita a&nbsp;500 bilhões de quadros por segundo.&nbsp;<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/19/19003322344002.jpg" alt="Experiência de filmar a velocidade da luz envolveu equipamento avançado da Caltech">Experiência de filmar a velocidade da luz envolveu equipamento avançado da Caltech<h2>The Slow Mo Guys</h2>O canal The Slow Mo Guys possui diversos vídeos com experiências peculiares de filmagem em câmera lenta. Os próprios apresentadores afirmam já terem utilizado cerca de "meio milhão" de equipamentos diferentes. Entre seus vídeos mais acessados, estão registros envolvendo um balão d'água de 2 metros e até mesmo mil ratoeiras sobre uma cama elástica.Mais recentemente, Gavin Free testou filmar a pistola de luz Nintendo Zapper em câmera lenta. Com o auxílio de uma câmera de alta velocidade, o youtuber demonstrou o momento em que a arma detecta um disparo. O jogo utilizado para o teste foi o <a href="https://www.tecmundo.com.br/video-game-e-jogos/79910-adolescentes-reagiriam-duck-hunt-pistola-zapper.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Duck Hunt</a>, do console NES (Nintendo Entertainment System).</body>

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Youtubers registram velocidade da luz a 10 trilhões de FPS

Imagem de Cientistas descobrem 'mapa histórico' do campo magnético da Terra no megacurioso

Tijolos milenares da Mesopotâmia demonstram anomalia no campo magnético de 3 mil anos atrás

<head></head><body>Um grupo de pesquisadores descobriu 32 tijolos de argila milenares da <a href="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127898-6-lugares-misteriosos-que-nao-existem-mais.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwif3oKByp6DAxUNpZUCHUT2Dp8QFnoECAkQAg&amp;usg=AOvVaw0JogIggX-j7oByMOPgGASD" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mesopotâmia</a> que podem contribuir para conhecer melhor o campo magnético&nbsp;da Terra há 3 mil anos. O estudo, que envolve profissionais da University College London (UCL), analisa os materiais em busca de respostas sobre uma anomalia misteriosa.Durante a Idade do Ferro, entre 1050 a.C. e 550 a.C., o campo magnético da Terra era particularmente mais forte na região que hoje abriga o <a href="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127671-5-coisas-que-sao-muito-mais-antigas-do-que-voce-imagina.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwiwt4Geyp6DAxU6lZUCHTcoDNMQFnoECAQQAg&amp;usg=AOvVaw2m_yu0tsdXrGv3FEDeI44t" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Iraque</a> — e que um dia já foi a Mesopotâmia. Isso pode ser observado nas impressões nos&nbsp;grãos de óxido de ferro dentro dos tijolos encontrados pelo grupo de pesquisa.&nbsp;As evidências do comportamento incomum também foram encontradas na China, Bulgária e nos Açores, mas a área do Oriente Médio possui menos dados. Os materiais foram fabricados com o nome dos reis vigentes na época. Com isso, aliado às alterações no <a href="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127788-5-descobertas-incriveis-feitas-em-marte.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwi7ju3-yp6DAxVQq5UCHdsnCvcQFnoECAkQAg&amp;usg=AOvVaw21lp6ATRvaZ5Sr4nu6FyfA" rel="noopener noreferrer" target="_blank">óxido de ferro</a>, os cientistas agora possuem um "mapa histórico"&nbsp;do campo magnético terrestre.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20151043484268.jpg" alt="Tijolos da Mesopotâmia forneceram informações relevantes sobre campo magnético terrestre">Tijolos da Mesopotâmia forneceram informações relevantes sobre campo magnético terrestre<h2>Sobre a pesquisa</h2>Segundo o professor Mark Altaweel, do Instituto de Arqueologia da UCL, o auxílio desse "arqueomagnetismo" é um avanço para a ciência. Ele explicou que vestígios culturais, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127924-comunidade-recria-pratos-mesopotamicos-de-5-mil-anos-atras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tijolos e cerâmicas</a>, são mais difíceis de serem datados por não conterem material orgânico (ou seja, moléculas de carbono).&nbsp;Com esse novo método, a datação de vestígios não depende apenas de estratégias como medida de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128310-caverna-de-16-mil-anos-com-sinais-impressionantes-de-habitacao-e-descoberta-na-espanha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">radiocarbono</a>, que analisa a deterioração de substâncias orgânicas. "Este trabalho agora ajuda a criar uma importante base de datação que permite que outros se beneficiem da datação absoluta usando o arqueomagnetismo", comentou Altaweel.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20152751328276.jpg" alt="Arqueomagnetismo pode ajudar cientistas a datar mais vestígios culturais">Arqueomagnetismo pode ajudar cientistas a datar mais vestígios culturaisO professor Matthew Howland, principal autor do estudo, também celebra a conquista. "Ao comparar artefatos antigos com o que sabemos sobre as condições antigas do campo magnético, podemos estimar as datas de quaisquer artefatos forjados nos tempos antigos", disse.Para uma análise mais profunda dos tijolos, a equipe extraiu pequenas lascas dos tijolos e utilizou um magnetômetro&nbsp;nos fragmentos. Essa ferramenta é utilizada para medir a direção, força ou mudança relativa de um campo magnético em uma determinada amostra, ou local. A pesquisa foi publicada na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).&nbsp;</body>

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Cientistas descobrem 'mapa histórico' do campo magnético da Terra

Imagem de Por que nunca existiu avião movido a energia nuclear? no megacurioso

Os submarinos e mísseis usaram energia nuclear em larga escala a partir dos anos 1950 e esse é o motivo pelo qual as aeronaves ficaram de fora

<head></head><body>Em uma sala da Universidade de Berlim, nos idos anos de 1938, os cientistas Otto Hahn, Fritz Strassman e Lise Meitner fizeram a descoberta que mudaria a história: como gerar <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122675-por-que-usinas-nucleares-sao-uma-ameaca-constante-para-o-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">energia nuclear</a>. Os químicos bombardearam átomos de urânio grandes e instáveis com nêutrons minúsculos e descobriram que o processo poderia produzir bário, um elemento muito mais leve do que o urânio. Sendo assim, eles concluíram que era possível dividir os núcleos de urânio em componentes quimicamente distintos e menos massivos.O descobrimento da energia nuclear não só otimizou seu uso para armas e causou mudanças drásticas no pensamento sociopolítico mundial, quanto significou o início do progresso para a modernidade e a evolução da indústria global de exportação. Além disso, o armamento bélico foi aprimorado quando a Marinha dos EUA lançou o USS Nautilus, em meados de 1954, o primeiro submarino a propulsão nuclear. Depois dele, vieram os navios e, de repente, a energia se tornou o centro das atenções.Mas por que nunca existiram aviões movidos a energia nuclear?<h2>Uma ideia revolucionária</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/13/13163000561327.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Não foi por falta de tentativa. A União Soviética e os EUA lideraram a corrida para desbloquear o poder do átomo e inaugurar um capítulo de realizações na história humana moderna – o que, de fato, aconteceu.Antes do míssil balístico intercontinental (ICBM) ou dos submarinos a propulsão nuclear, as aeronaves eram responsáveis por carregar armas nucleares o tempo todo nos primeiros dias da Guerra Fria, na esperança de entregar suas cargas úteis nos pontos focais de cada país. Porém, manter esses bombardeiros constantemente no ar exigia muita infraestrutura de apoio e planejamento, sobretudo, no que diz respeito ao reabastecimento, que limitava o alcance e resistência das aeronaves.Esse problema, no entanto, poderia ser resolvido se os bombardeiros fossem a propulsão nuclear, porque, em teoria, teriam a capacidade de voar por longos períodos sem a necessidade de fazer paradas. Apenas comida, água e resistência a bordo seriam as únicas limitações. A princípio, substituir a alimentação convencional das aeronaves parecia uma tarefa fácil, porém, tanto não foi quanto foi amplamente rejeitada.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/13/13163104393329.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Em uma aeronave normal, o ar entra em um motor a jato, onde é comprimido, injetado com combustível e inflamado. Dessa forma, é criado uma explosão controlada forçada para trás, gerando empuxo e empurrando o aparelho para frente.No caso de um avião movido a energia nuclear, o ar seria absorvido e comprimido, empurrado para fora da parte traseira do motor, criando empuxo e empurrando a aeronave para frente. A diferença é que, no que o ar fosse absorvido, ele atuaria como um refrigerador do reator, fluindo ao redor do próprio ou de um elemento de aquecimento dele. Esse ar superquente e comprimido esguicharia da parte traseira do motor, criando empuxo e empurrando o avião para frente. O ar não fluiria através do núcleo do reator em si, pois isso contaminaria o escapamento com radiação que seria ejetada para o ar.<h2>Os problemas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/13/13163152416331.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Nada era prático sobre um avião movido a energia nuclear. A começar pelo peso, para evitar que os pilotos e a tripulação fossem contaminados pela Síndrome Aguda de Radiação, foi necessário várias toneladas de chumbo no meio da fuselagem dos aviões testes para reduzir a exposição à radiação. Somado ao peso dos reatores, isso tornava os aparelhos mais lentos e, consequentemente, alvos mais fáceis para os inimigos.Além disso, havia um perigo enorme em caso dos bombardeiros serem atingidos, podendo liberar material radioativo, ou até mesmo vazá-lo ainda no ar, prejudicando a todos. Com isso, havia a aceitação popular de ter nos ares uma ameaça como essa, que mais representava uma arma para a própria nação do que um benefício. Apesar de todo o projeto ter corrido em sigilo, havia o receio de que o público pudesse questioná-lo.Se aeronaves movidas a propulsão nuclear saíssem da área militar e chegassem no mercado da aviação civil, havia a possibilidade de os passageiros não embarcarem em aviões comerciais equipados com reatores nucleares ativos, dada a preocupação com a segurança.Isso e a criação dos ICBMs lançaram a ideia ao esquecimento conforme os anos foram se passando.</body>

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Por que nunca existiu avião movido a energia nuclear?

Imagem de Cientistas explicam o que provocou a perda de brilho de Betelgeuse em 2020 no megacurioso

Cientistas publicaram um trabalho que oferece mais detalhes sobre a redução do brilho emitido por Betelgeuse, observada entre 2019 e 2020

<head></head><body>Betelgeuse é uma das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123789-as-6-estrelas-mais-brilhantes-do-nosso-ceu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estrelas</a> que mais chama a atenção no céu noturno. Pertencente à constelação de Órion, trata-se de uma supergigante vermelha que apresenta um raio de aproximadamente 617 milhões de quilômetros.Betelgeuse volta e meia é assunto no mundo astronômico. Isso não apenas porque ela foi <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274178-betelgeuse-fenomeno-astronomico-raro-ocultar-estrela-dezembro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">eclipsada por um asteroide</a> no último dia 11 e chegou a "desaparecer" por 15 segundos, mas principalmente em virtude de variações no seu brilho. Apesar de se tratar de uma característica própria dela, ainda que ocorra por uma razão incerta, quando seu brilho diminuiu de uma forma que nunca havia sido observada antes, a comunidade científica ficou alerta.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/16/16183538459002.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>De olho no brilho de Betelgeuse</h2>Ao longo de 2019, e mais especificamente em 2020, esse fenômeno, apelidado de "grande escurecimento", gerou dúvida se Betelgeuse estaria perdendo seu brilho em virtude do processo de envelhecimento estelar. No entanto, essa mudança não foi uniforme, já que o hemisfério sul da estrela ficou mais apagado que o norte.Futuramente, se fosse o caso dela estar realmente morrendo, isso poderia resultar numa grande explosão, mas depois que seu brilho voltou a dar as caras, algumas teorias para explicar o ocorrido apareceram. Uma delas apontava que tudo não passou de efeito de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/156276-hubble-descobre-betelgeuse-escureceu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nuvens de poeira</a> que estavam ofuscando a estrela.Fato é que se trata de um astro acompanhado por muitos cientistas, e como resultado de mais de 15 anos de observações, foi publicado um artigo no jornal Astronomy &amp; Astrophysics.&nbsp;O trabalho tem como base dados obtidos por meio do telescópio robótico STELLA.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/16/16183620199003.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Considerações do artigo</h2>O telescópio robótico STELLA é capaz de explorar a camada visível de Betelgeuse, bem como de detalhes sobre as pulsações e ondas de choque emitidas pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127210-estrela-mais-brilhante-do-universo-carrega-varios-misterios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estrela</a> no decorrer do tempo.Ao todo, cinco camadas da fotosfera foram analisadas nessa estrela gigante vermelha. A partir de projeções, os autores do artigo apontaram que as variações na mais interna, chamada de C1, seriam consistentes com as percebidas no campo visual da estrela. As mudanças que foram alvo da observação, por sua vez, teriam ocorrido devido a ondas de choque.Ao tratar desse fenômeno, a onda de choque teria gerado um grande fluxo de material expelido, afetando todas as camadas da estrela. Mas uma segunda onda, por sua vez, ocorreu quando a primeira estaria em sua velocidade máxima, e sido ainda mais expressiva, ao menos nas camadas externas. Com isso, houve um novo episódio de saída de material do interior de Betelgeuse.Ou seja, duas ondas de choque teriam ocorrido em Betelgeuse, uma antes e outra depois do "desaparecimento", e não simultaneamente, estando a primeira relacionada ao escurecimento, cujo pico foi observado em fevereiro de 2020. A estrela só voltou a apresentar brilho com uma maior intensidade em 2022.</body>

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Cientistas explicam o que provocou a perda de brilho de Betelgeuse em 2020

Imagem de Tempestades solares podem afetar sinais de trânsito ferroviários no megacurioso

Estudo conduzido por cientistas do Reino Unido alerta para os problemas que as tempestades solares podem causar no sistema eletrônico da ferrovia

<head></head><body>Quando se fala em problemas naturais ocorridos com trem, é comum pensarmos automaticamente em chuva. Porém, cientistas da Universidade de Lancaster, no Reino Unido, alertaram o mundo para outra variante: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112248-tempestade-solar-cataclismica-pode-atingir-a-terra-em-100-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tempestades solares</a>.Tempestades solares são eventos relativamente comuns, sendo que o último aconteceu na semana passada, depois que um buraco coronal no Sol passou a apontar para a Terra no dia 8 de dezembro. Há previsões de que esses eventos aumentem em 2024, o que deve causar ainda mais interferências nos sinais de trânsito ferroviário.<ul><li>Veja também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128223-tempestade-solar-de-1977-revela-despreparo-humano-para-o-futuro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tempestade solar de 1977 revela despreparo humano para o futuro</a></li></ul><h2>Interferências variadas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/15/15093226572046.jpg" alt="Sinais de trem são importantes para indicar quando há outra composição em um raio próximo. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Sinais de trem são importantes para indicar quando há outra composição em um raio próximo. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Segundo o estudo divulgado pelos cientistas e publicado na edição deste mês da revista Space Weather, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120704-evento-carrington-a-tempestade-solar-que-hoje-pode-nos-destruir.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tempestades solares</a> podem fazer com que sinais de trânsito mudem de vermelho para verde de uma hora para outra. Esses sinais são importantes para indicar se há outra composição na ferrovia naquele momento, e em caso de falha podem provocar acidentes.Essas interferências acontecem pelo fato de que a malha ferroviária é guiada por um sistema de semáforo com apenas duas luzes, verde e vermelha. Eles ficam em cruzamentos, e alteram suas cores conforme detectam a corrente elétrica vinda dos trens. Quando uma tempestade solar acontece, esses sistemas sofrem uma pane temporária."Interferências nos sinais presentes nos trilhos podem acontecer quando distúrbios geomagnéticos induzem correntes elétricas nos trilhos, o que interfere nos circuitos elétricos utilizados para detectar a presença de trens", explica o time no estudo."Crucialmente, nossa pesquisa sugere que o espaço climático consegue alterar os sinais em qualquer direção, fazendo o sinal vermelho ficar verde e vice-versa", continua o relato dos pesquisadores.<h2>Atrasos no sistema viário</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/15/15093508612051.jpg" alt="Interferências em sinais podem causar atrasos e até mesmo acidentes entre trens. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Interferências em sinais podem causar atrasos e até mesmo acidentes entre trens. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Com essas interferências, os possíveis acidentes não são os únicos problemas que podem acontecer no transporte com trens. A depender da intensidade da corrente, ela pode indicar a presença de um trem que não está lá e ocasionar atrasos nas viagens.Em casos mais fortes, essas tempestades podem afetar até mesmo redes de fornecimento de energia e sistemas de comunicação.“Também é importante ressaltar que, em caso de mau tempo espacial, a sinalização ferroviária não será o único sistema afetado”, acrescenta a equipe. “Redes de fornecimento de energia, comunicações, Sistemas Globais de Navegação por Satélite (GNSS) são todos suscetíveis, muitos dos quais também afetarão o funcionamento seguro e suave da rede ferroviária, independentemente dos inúmeros impactos em outras áreas”.</body>

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