Ciência
27/12/2023 às 02:00•3 min de leitura
À medida que os anos passam, a tecnologia humana tem se tornado cada vez mais eficaz e a nossa espécie tem aumentado o desejo de desbravar o universo ao nosso redor. Por conta disso, inúmeras missões estão sendo realizadas ao redor do nosso Sistema Solar para tentar descobrir mais dados relevantes sobre planetas, luas e outros corpos celestes que nos cercam.
Em 2023, os cientistas lançaram mais luz sobre a nossa vizinhança cósmica e algumas descobertas realmente incríveis foram feitas, desde planetas cada vez menores e luas novas até um supervulcão gelado. Veja só seis coisas que aprendemos nesse ano!
(Fonte: GettyImages)
Um estudo realizado em outubro relevou que o planeta mais ínfimo do Sistema Solar pode estar ficando ainda mais pequeno. De acordo com os especialistas, Mercúrio encolheu de tamanho significantemente desde que se formou, o que gerou rachaduras gigantes, conhecidas como escarpas, na superfície do planeta.
Novas investigações mostram que algumas dessas escarpas tinham apenas 300 milhões de anos, o que sugere que o planeta vem encolhendo durante a maior parte da sua vida e isso pode estar acontecendo ainda nos dias atuais.
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Outra pesquisa publicada em outubro de 2023 afirmou que a Lua pode ser pelo menos 40 milhões de anos mais velha do que pensávamos anteriormente. A conclusão foi obtida depois que os pesquisadores examinaram minúsculos cristais de impacto em amostras de rochas lunares trazidas pela missão Apollo 17 da NASA.
A nova análise revelou que esses cristais, que foram deixados para trás por uma colisão colossal entre a Terra e um planeta do tamanho de Marte que deu origem à Lua, eram mais antigos do que cristais semelhantes encontrados anteriormente em amostras lunares. Sendo assim, a cronologia lunar pode estar equivocada.
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Este também foi o ano em que cientistas confirmaram a existência de 12 novas luas em torno de Júpiter, elevando a contagem de satélites do planeta para 92. As recém-descobertas luas jupiterianas são pequenas, variando de 1 a 3,2 km de largura, e a maioria delas tem órbitas que levam mais de 550 dias para dar uma volta completa no planeta.
Essas luas foram mesmo descobertas entre 2021 e 2022, mas só foram confirmadas este ano pelo Minor Planet Center da União Astronômica Internacional.
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Novas imagens mostraram um gigantesco "vórtice polar" em Urano, girando em torno do polo norte do gigante gelado. Essas informações sugerem que a atmosfera do planeta não é tão inerte quanto pensávamos anteriormente. Um vórtice polar nada mais é do que um anel giratório de ar quente ou frio que circunda a região polar de um planeta.
Em 1986, a sonda Voyager 2 da NASA já havia avistado um vórtice polar em torno do polo sul de Urano na sua viagem para fora do Sistema Solar. Acredita-se que esses anéis giratórios sejam causados por correntes de jato atmosféricos de alta altitude.
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Este ano, astrônomos capturaram a primeira imagem nítida de uma das misteriosas manchas escuras de Netuno e, ao mesmo tempo, fotografaram uma mancha brilhante nunca antes vista. Essas manchas escuras temporárias foram documentadas no planeta mais distante do Sistema Solar em 1989 e por muito tempo permaneceram sem explicação.
Cientistas acreditam que elas são provavelmente tempestades gigantescas, mas ainda não sabem ao certo porque são tão escuras. O ponto brilhante, por sua vez, nunca foi visto antes e durou apenas poucas semanas. Contudo, os pesquisadores acreditam que as duas manchas estão interligadas.
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Embora não seja mais um planeta, Plutão segue surpreendendo a todos. Em 2023, pesquisadores descobrirão um criovulcão gigantesco do tamanho do supervulcão existente do Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos. Os criovulcões, também chamados de vulcões de gelo, entram em erupção com criomagma — gelo, água e vários gases — em vez de rocha derretida.
O vulcão recém-descoberto de Plutão, chamado Kiladze Caldera, foi originalmente identificado como uma cratera em imagens capturadas pela missão New Horizons da NASA. Porém, depois de uma segunda análise, os cientistas detectaram vestígios de criomagma ao redor da depressão, o que é uma amostra de que ele já entrou em erupção várias vezes.