Imagem de Buraco negro 'acende' e vira um dos objetos mais brilhantes já vistos no megacurioso

De acordo com pesquisadores, o buraco negro localizado a 10 bilhões de anos-luz de distância adquiriu um brilho impressionante

<head></head><body>Enquanto vasculhavam no cosmos por um sinal de uma explosão rara, um grupo de cientista acabou se deparando com uma descoberta impressionante: um gigantesco <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116627-o-que-e-um-buraco-negro-e-as-principais-descobertas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">buraco negro</a> que se 'acendeu' e transformou sua incrível escuridão num brilho impressionante em um piscar de olhos.Estima-se que o buraco negro em questão, apelidado de J221951, esteja a cerca de 10 bilhões de anos-luz da Terra, o que significaria que o momento enxergado pelos pesquisadores agora teria ocorrido quando o Universo ainda tinha um quarto de sua idade atual.<h2>Brilho colossal</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/10/10025719256006.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Embora a distância entre a Terra e o buraco negro J221951 seja completamente absurda, o objeto teria brilhado de maneira tão intensa que os pesquisadores inicialmente o confundiram com uma explosão estelar a menos de 1 bilhão de anos-luz de distância.&nbsp;Contudo, o fato de um buraco negro ser capaz de brilhar dessa forma e ainda ser visto de uma distância tão grande assim o torna um dos transientes mais brilhantes — objetos que se iluminam rapidamente e depois desaparecem — já detectados. O estudo foi publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.&nbsp;“Nossa compreensão das diferentes coisas que os buracos negros supermassivos podem fazer se expandiu muito nos últimos anos”, afirmou o coautor do estudo Matt Nicholl em declaração oficial. Segundo os cientistas, o objeto só pode ser identificado por meio de um caminho de onda gravitacional detectado no espaço, que nada mais é do que uma ondulação rápida no espaço-tempo gerada pelas colisões cósmicas mais massivas.&nbsp;<h2>Perspectivas para o futuro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/10/10025745066009.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Durante a fase de análise, os pesquisadores levantaram a hipótese de que a onda gravitacional teria sido liberada durante a colisão de duas estrelas mortas e densas, conhecidas como estrelas de nêutrons, a uma distância muito menor da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/105979-7-formas-de-voce-mesmo-provar-que-a-terra-nao-e-plana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Terra</a>. Contudo, a ondulação no espaço-tempo fez com que eles se deparassem com outro objeto brilhante.O buraco negro J221951 permaneceu com uma coloração azul brilhante no céu por meses seguidos — um período muito maior do que uma explosão estelar poderia apresentar. Observações feitas com vários telescópios, incluindo o Telescópio Espacial Hubble da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125445-missao-da-nasa-revela-detalhes-sobre-as-origens-do-vento-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">NASA</a> revelaram que o objeto estava localizado no centro de uma galáxia distante e escuta.Após 10 meses de brilho, o buraco negro finalmente começou a desaparecer. Caso os estudos sejam confirmados, a súbita explosão do J221951 teria duas explicações possíveis. Em primeiro lugar, o buraco negro poderia ter puxado uma estrela em órbita para suas garras, esticando e a despedaçando por completo.No segundo cenário, existe a possibilidade dele ter mudado de estado de dormência para um de alimentação ativa, pois rapidamente começou a devorar o disco de gás em movimento que o cerca. Para atingir tais respostas, os pesquisadores precisarão observar o objeto por mais tempo. Caso ele volte a clarear, isso confirmaria a segunda hipótese do estudo.</body>

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Buraco negro 'acende' e vira um dos objetos mais brilhantes já vistos

Imagem de Cientistas descobrem planeta semelhante a Tatooine, de Star Wars no megacurioso

Trata-de uma planeta que orbita ao redor de duas estrelas. Sua descoberta contou com a ajuda de um aluno do Ensino Médio

<head></head><body>Em dias quentes de verão, muitas pessoas olham zangadas para o <a href="https://www.megacurioso.com.br/sol/68375-confira-alguns-fatos-e-curiosidades-sobre-o-sol-o-nosso-astro-rei.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sol</a>. Contudo, existem planetas não só com um, mas com dois sóis. Os chamados “sistemas circumbinários” são aqueles em que os planetas orbitam em torno de duas estrelas — o que lembra o planeta fictício <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113813-tatooine-de-star-wars-pode-ser-mais-real-do-que-parece.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tatooine</a>, da franquia Star Wars.Neste ano, cientistas britânicos descobriram um novo planeta com essas características. A descoberta foi publicada na revista científica Nature Astronomy. Esse sistema circumbinário pode ser chamado de BEBOP-1 ou de TOI-1338. Já um de seus planetas, em que foi possível compreender a influência de dois sóis, recebeu o nome de BEBOP-1c.Em 2020, astrônomos descobriram a existência de um possível planeta desse sistema graças às imagens obtidas pelo telescópio TESS, da NASA. Ele recebeu o nome de TOI-1338b. Naquela época, os pesquisadores compreenderam que o objeto fotografado orbitava duas estrelas, mas não conseguiram calcular a sua massa, então, não havia certeza de que se tratava de um planetaNeste ano, cientistas foram ao deserto do Atacama, no Chile, e conseguiram calcular a massa de outro planeta desse sistema, o BEBOP-1c, citado no início desta matéria.<h2>Como é o BEBOP-1c?</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reprodução: Nasa&nbsp;" data-fonte-url="https://s2-galileu.glbimg.com/6GtZ8aykMztjpffUgT1fwk-ihNI=/0x0:1200x675/640x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_fde5cd494fb04473a83fa5fd57ad4542/internal_photos/bs/2023/a/S/znJ4TvSkiXP9gUmflabA/dgpfjqeuv22jrdn5zeb9fj-1200-80.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/03/03123213686163.jpg" alt="Ilustração do planeta descoberto feita pela NASA">Ilustração do planeta descoberto feita pela NASAAlém de ter dois sóis para chamar de seu, o BEBOP-1c é gigantesco quando comparado à Terra. Ele tem 65 vezes o tamanho do nosso planeta e é cinco vezes menor que Júpiter, o gigante do nosso sistema solar.Trata-se de um planeta gasoso. Ele orbita as suas duas estrelas a uma distância de 79% de uma Unidade Astronômica (UA). Uma UA equivale à distância média entre a Terra e o Sol. Sendo assim, um ano em BEBOP-1c tem mais ou menos 215 dias.<h2>Aluno do ensino médio ajudou a descobrir o sistema TOI-1338</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/8FrlhrtVEW8" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Wolf Cukier, aluno do Ensino Médio nos EUA, ajudou os pesquisadores da NASA a descobrirem o sistema, que na época era considerado um planeta.“Eu estava procurando nos dados tudo o que os voluntários haviam sinalizado como um binário eclipsante, um sistema em que duas estrelas circulam uma em torno da outra e, de nossa visão, se eclipsam a cada órbita”, disse Cukier. “Cerca de três dias em meu estágio, vi um sinal de um sistema chamado TOI 1338. A princípio pensei que fosse um eclipse estelar, mas o momento estava errado. Acabou sendo um planeta.”, contou o estudante em comunicado divulgado à época pela NASA.Essa não é a primeira vez que os astrônomos encontram planetas que orbitam duas estrelas. Atualmente, sabe-se que cerca de 12 sistemas estelares têm essa característica.“Planetas circumbinários, aqueles que orbitam em torno de ambas as estrelas de um sistema estelar binário central, desafiam nossa compreensão da formação planetária. Com apenas 12 sistemas binários conhecidos por hospedar planetas circumbinários, a identificação de mais desses planetas, juntamente com suas propriedades físicas, pode ajudar a discernir alguns dos processos físicos que governam a formação dos planetas”, diz o estudo sobre BEPOP-1c.</body>

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Cientistas descobrem planeta semelhante a Tatooine, de Star Wars

Imagem de Cientistas detectam evidências de ondas gravitacionais de baixa frequência no megacurioso

Recente descoberta reforça previsão das ondas gravitacionais publicada por Albert Einstein na Teoria da Relatividade

<head></head><body>Cientistas parecem estar cada vez mais perto de&nbsp;confirmar uma previsão publicada por Albert Einstein na&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/teoria-da-relatividade/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Teoria da Relatividade</a>. Nesta quinta-feira (29), o North American Nanohertz Observatory for Gravitational Waves (NANOGrav), um observatório focado no tema, divulgou a informação de que foram encontradas significantes evidências de ondas gravitacionais de baixa frequência.Utilizando equipamentos de ponta, os cientistas foram capazes de pela primeira vez na história, detectar este fenômeno, formado por&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120503-ondas-gravitacionais-fenomeno-previsto-por-einstein-quebra-recorde.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ondas gravitacionais</a>&nbsp;de frequência ultrabaixa e acredita-se permear o universo.<h2>Ondas gravitacionais de baixa frequência são detectadas no espaço</h2>A descoberta foi feita utilizando um detector de ondas chamado Pulsar Timing Array, capaz de analisar dados emitidos por&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113345-estrela-e-observada-arrastando-tecido-espaco-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pulsares</a>, um tipo especial de estrela de nêutrons. Segundo o time do NANOGrav, quando um pulsar interage com outro, atraídos por suas respectivas gravidades, esta interação libera ondas gravitacionais que até não haviam sido devidamente capturadas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/29/29150236826200.jpg" alt="O impacto da fusão entre duas estrelas de nêutrons libera ondas gravitacionais capazes de gerar ondulações no tecido espaço-tempo">O impacto da fusão entre duas estrelas de nêutrons libera ondas gravitacionais capazes de gerar ondulações no tecido espaço-tempoSegundo reportagem do IFLScience, as ondas identificadas até o momento foram todas provenientes de eventos específicos. Porém, o pano de fundo destas ondas não tem origem em um único evento: na verdade, acredita-se que sejam originados de pares de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123543-qual-e-o-buraco-negro-mais-proximo-da-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">buracos negros</a>. Como teorizou Einstein, as evidências coletadas corroboram que a interação entre a gravidade de objetos massivos — como por exemplo os buracos negros supermassivos — seja capaz de gerar ondulações no tecido espaço-tempo.E não apenas isso: existe ainda a possibilidade de que algumas destas ondas datem do&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114348-o-que-havia-antes-do-big-bang.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Big Bang</a>&nbsp;ou até mesmo do período de inflação cósmica. Este última, uma teoria proposta inicialmente por Alan Guth, afirma que no momento de seu surgimento, o universo passou por uma fase de crescimento exponencial. Nestes casos, a imensa quantidade de energia e movimentação poderia ter gerado parte destas ondas gravitacionais de baixa frequência.<h3>Pulsar, o farol do universo</h3>Utilizar especificamente pulsares de milissegundos como ponto de observação facilitou o trabalho, já que estas estrelas emitem um pulso eletromagnético&nbsp;— composto em sua maioria por elétrons — em&nbsp;intervalos muito, muito regulares.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/29/29145311262193.jpg" alt="Considerados &quot;faróis do universo&quot;, quando em pares, os Pulsares emitem pulsos eletromagnéticos que podem gerar ondulações no espaço-tempo">Considerados "faróis do universo", quando em pares, os Pulsares emitem pulsos eletromagnéticos que podem gerar ondulações no espaço-tempoAlém de servirem como verdadeiros faróis nos céus para os cientistas, os pulsares de milissegundos possibilitaram ao time criar equipamentos sensíveis o suficiente para capturarem estas ondas. Por terem frequência tão baixa, outros detectores utilizados pela comunidade científica não são capazes de observar o fenômeno.Tão precisa quanto um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/104236-o-relogio-atomico-mais-preciso-do-mundo-pode-funcionar-por-bilhoes-de-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">relógio atômico</a>, uma estrela pulsar emite estes pulsos em intervalos incrivelmente regulares. Quando observados aqui da Terra, estes pulsos são influenciados por vários fatores determinantes: por exemplo, a posição do nosso planeta e até mesmo outras estrelas próximas à pulsar influenciam o tipo de informação coletada pelo NANOGrav.Desta forma, os cientistas são capazes de não apenas determinar a região da qual estes pulsos se originaram, mas também de&nbsp;observar o efeito do espaço-tempo sendo alterado pelas ondas gravitacionais.</body>

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Cientistas detectam evidências de ondas gravitacionais de baixa frequência

Imagem de 5 grandes curiosidades sobre Saturno e seus anéis no megacurioso

O segundo maior planeta do sistema solar tem várias curiosidades bem interessantes

<head></head><body>Dentre todos os planetas do nosso sistema solar, Saturno é definitivamente um dos mais fascinantes. Além dos seus lindos anéis, Saturno também desperta curiosidades pela quantidade de luas em sua órbita, por ser o segundo maior planeta do sistema e ainda por consistir quase inteiramente de gases. Se saber disso só deixou mais intrigado pelo planeta, confira os detalhes completos das 5 maiores curiosidades sobre Saturno!<h2>1. Não é possível pisar em Saturno</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/p2JdLhHAmkY" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Um dos fatos mais curiosos sobre Saturno é que ele não tem uma superfície sólida, então mesmo se um de nós conseguisse viajar até lá, seria impossível pisar no planeta. Isso acontece porque Saturno é um planeta que consiste inteiramente em gases, sendo que a maior parte é composta por hidrogênio e hélio. Mesmo os anéis em volta do planeta não possuem uma superfície única, como veremos no próximo tópico.<h2>2. Os anéis são uma mistura de gelo, pedras e poeira</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/27/27215658884009.jpg" alt="Mesmo que não pareça de longe, os anéis de Saturno constituem de vários pedaços soltos">Mesmo que não pareça de longe, os anéis de Saturno constituem de vários pedaços soltosComo acabamos de mencionar, você não teria como pisar nos anéis de Saturno, mas não é porque ele consiste em gases como o planeta. Embora pareçam ter uma superfície lisa quando vistos de longe, os anéis são feitos de diversos pedaços de gelo, pedras e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124702-escudo-de-poeira-lunar-poderia-reduzir-o-aquecimento-global.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">poeira</a> de tamanhos bem diferentes, sendo que alguns podem chegar à altura de prédios bem grandes.&nbsp;Ainda há discussões sobre como os anéis foram formados, mas uma das teorias é que uma das luas de Saturno sofreu uma colisão (que pode ter sido com outra lua ou contra o próprio planeta) e os seus restos continuaram a orbitar em volta do planeta. Um fato interessante é que parte desses pedaços caem continuamente, o que significa que Saturno deixará te ter seus anéis atuais nos próximos 100 a 300 milhões de anos.<h2>3. Um ano em Saturno equivale a trinta anos na Terra</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/HvOEyvxRfNI" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Apesar de parecer algo óbvio para alguns, muita gente não sabe é que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125560-terra-ja-teve-dias-com-apenas-19-horas-durante-1-bilhao-de-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tempo não passa da mesma maneira</a> em todos os planetas do sistema solar. Como sabemos, um ano equivale a uma volta inteira do planeta ao redor do Sol e alguns simplesmente demoram mais tempo para completar essa volta. No caso de Saturno, um ano equivale a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124505-quanto-dura-um-ano-e-um-dia-em-cada-planeta-do-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">trinta anos normais da Terra</a>. Além de estar dez vezes mais distante do Sol do que a Terra, Saturno ainda realiza sua viagem pelo espaço de forma bem mais devagar, o que causa essa grande diferença entre os dois planetas.<h2>4. Saturno é nove vezes mais largo que a Terra</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/Wxis-uUt9pE" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Quem já viu qualquer ilustração dos planetas do nosso sistema solar deve ter percebido que a Terra é bem pequena. O que talvez você não saiba é que Saturno é nada menos do que nove vezes maior que o nosso planeta, com um raio de 58.232 quilômetros. Uma boa comparação que a NASA fez é que se a Terra fosse uma moeda de cinco centavos, Saturno teria o mesmo tamanho de uma bola de voleibol. Se é demorado para viajar para diferentes países e continentes em nosso planeta, imagine o tempo que levaria se fosse possível fazer uma volta ao mundo em Saturno.<h2>5. O planeta tem dezenas de luas em sua órbita</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/27/27220004149010.jpeg" alt="Enquanto temos apenas uma lua por aqui, Saturno conta mais de oitenta satélites naturais">Enquanto temos apenas uma lua por aqui, Saturno conta mais de oitenta satélites naturaisAnteriormente, falamos que uma das luas de Saturno pode ter dado origem aos seus anéis e isso pode ter te deixado curioso com a quantidade de satélites naturais que o planeta possui em sua órbita. Se nós temos apenas uma lua (muito bonita, por sinal), Saturno conta com nada menos do que 83 luas ao seu redor.&nbsp;De acordo com a NASA, 63 dessas luas são confirmadas e já foram nomeadas, enquanto o restante ainda aguarda o processo para serem consideradas oficiais pela União Astronômica Internacional. Caso outra colisão dessas luas ocorra nos próximos milhões de anos, talvez Saturno nem fique sem seus característicos anéis.</body>

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5 grandes curiosidades sobre Saturno e seus anéis

Imagem de Como os perfumes são feitos? Conversamos com perfumistas sobre a arte do cheiro no megacurioso

Os perfumistas criam fragrâncias não apenas para perfumes, mas para todo tipo de produto que precisa ter um cheiro específico

Voc&ecirc; j&aacute; tomou banho hoje? Seu sabonete e xampu tinham cheiro de qu&ecirc;? E as roupas que voc&ecirc; vestiu ainda estavam com aquele cheirinho de amaciante? Ah, e o aromatizador do seu carro era de pinho ou lavanda?
Quando falamos nos perfumistas, os profissionais especializados em desenvolver fragr&acirc;ncias, a gente costuma pensar apenas na perfumaria fina &mdash; <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120533-qual-a-diferenca-entre-perfume-colonia-e-eau-de-toilette.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">as col&ocirc;nias e eaux de parfum</a>. Por&eacute;m, a realidade &eacute; que essas pessoas trabalham com todo tipo de produto que precisa de um aroma especial, como os que mencionamos acima.
A lista &eacute; gigantesca: aromatizadores de ambientes, velas perfumadas, pap&eacute;is higi&ecirc;nicos, sab&atilde;o, detergentes, produtos de beleza (n&atilde;o apenas para humanos, mas tamb&eacute;m para animais!). Isso sem falar nos projetos de assinatura olfativa que muitas empresas solicitam: voc&ecirc; j&aacute; entrou em uma loja que tinha um cheirinho s&oacute; dela? Isso tamb&eacute;m envolve o trabalho de um perfumista.
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<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124882-infuencer-brasileira-vende-perfume-com-seu-proprio-suor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Influencer brasileira vende perfume com seu pr&oacute;prio suor</a> </li>
</ul>
No meio disso, eles podem se envolver em diversos projetos megacuriosos &mdash; e usar mat&eacute;rias-primas mais curiosas ainda, como vamos contar at&eacute; o fim deste artigo. Mas antes, vamos contar como funciona a rotina desses profissionais e como eles criam as fragr&acirc;ncias.&nbsp;
<h2>A cria&ccedil;&atilde;o de perfumes come&ccedil;a pelo briefing</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/27/a-27164116990320.jpg" alt="a" />(Fonte: Getty Images)
Entender que o trabalho desses profissionais vai muito al&eacute;m da perfumaria fina foi a primeira descoberta importante da conversa com os perfumistas Carolina Monteiro e Fabiano Ramos. Eles trabalham na casa de fragr&acirc;ncias Ginger e compartilharam diversas curiosidades sobre o seu trabalho.&nbsp;
A segunda descoberta importante foi perceber que o trabalho deles tem um lado art&iacute;stico &mdash; de cria&ccedil;&atilde;o, com a assinatura pessoal do perfumista &mdash; e outro lado muito mais "pr&aacute;tico". A come&ccedil;ar pelo fato que a maioria dos projetos precisa atender a um briefing com pedidos do cliente.
Geralmente, quem contrata casas de fragr&acirc;ncias como a Ginger s&atilde;o ind&uacute;strias que v&atilde;o vender os produtos com esses aromas. E as ind&uacute;strias t&ecirc;m vis&otilde;es bem espec&iacute;ficas do que elas querem em um perfume: algo c&iacute;trico, amadeirado, suave, quente, com cheiro de lavanda ou pinho.
Tamb&eacute;m &eacute; importante compreender em qual base esse produto ser&aacute; aplicado &mdash; um sabonete, um xampu para crian&ccedil;as ou pets, etc. &mdash; para entender como a f&oacute;rmula de fragr&acirc;ncia vai interagir com os outros componentes. Afinal, n&atilde;o adianta s&oacute; ter aroma de capim-lim&atilde;o: isso precisa aparecer no produto final.
Carolina e Fabiano contam, por exemplo, que sua equipe na Ginger j&aacute; precisou dar banho em cachorrinhos para testar o resultado de um produto. Ali&aacute;s, dentro de uma mesma linha, cada produto precisa de uma f&oacute;rmula espec&iacute;fica para resultar no mesmo aroma &mdash; um xampu de jasmim e um sabonete de jasmim, por exemplo.
Mas saber a base tamb&eacute;m &eacute; importante por outros motivos: os perfumistas n&atilde;o podem utilizar certas mat&eacute;rias primas em alguns produtos, por quest&otilde;es de seguran&ccedil;a, alergias ou sa&uacute;de... E quest&otilde;es de custo, tamb&eacute;m, afinal, um produto acess&iacute;vel precisa ter uma fragr&acirc;ncia acess&iacute;vel, com mat&eacute;rias-primas mais simples. Isso nos leva ao pr&oacute;ximo ponto.
<h2>Mais de 2.500 mat&eacute;rias-primas &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/27/a-27164257219321.jpg" alt="a" />(Fonte: Getty Images)
Como j&aacute; foi citado, o trabalho do perfumista tem um lado art&iacute;stico e um lado pr&aacute;tico. Quando questionados sobre como desenvolvem suas f&oacute;rmulas, Carolina e Fabiano compararam seu trabalho ao dos m&uacute;sicos.
"Cada mat&eacute;ria prima &eacute; uma nota diferente. Se voc&ecirc; juntar tr&ecirc;s notas diferentes, voc&ecirc; tem um acorde", explica Carolina. Como na m&uacute;sica, formada pela uni&atilde;o de notas e acordes, os perfumes tamb&eacute;m s&atilde;o criados pela uni&atilde;o de v&aacute;rias mat&eacute;rias-primas.
Segundo os perfumistas da Ginger, &eacute; dif&iacute;cil falar em quantidades, mas uma fragr&acirc;ncia pode ter entre 20 e 120 mat&eacute;rias-primas, dependendo do projeto. Um perfume fino tem cerca de 30, por exemplo, enquanto um amaciante chega at&eacute; 60.&nbsp;
Mas um perfume n&atilde;o &eacute; mais caro? Ent&atilde;o como ele tem menos mat&eacute;rias-primas?&nbsp;
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117257-10-perfumes-com-aromas-totalmente-inusitados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">10 perfumes com aromas totalmente inusitados</a></li>
</ul>
A quest&atilde;o &eacute; que nos produtos mais baratos, os perfumistas usam outros materiais sint&eacute;ticos para reproduzir o aroma, sem usar &oacute;leos essenciais &mdash; que s&atilde;o caros. Inclusive, Carolina e Fabiano contam que seus laborat&oacute;rios t&ecirc;m mais de 2.500 mat&eacute;rias-primas &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o, um n&uacute;mero que s&oacute; aumenta conforme a ind&uacute;stria se desenvolve. 
Eles precisam de muito repert&oacute;rio, criatividade &mdash; e um faro bem afiado &mdash; para decidir quais aromas de seu estoque ser&atilde;o utilizados em um projeto, segundo as demandas do briefing. A&iacute; entra tamb&eacute;m o lado pr&aacute;tico: misturar esses ingredientes com perfei&ccedil;&atilde;o, na medida exata.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/27/a-27164915607330.jpg" alt="a" />(Fonte: Getty Images)
Segundo Fabiano, 5 g de uma determinada mat&eacute;ria-prima podem fazer muita diferen&ccedil;a em um tonel com 500 kg de uma fragr&acirc;ncia. Para ajudar nesses ajustes, os perfumistas t&ecirc;m toda uma equipe que testa as ideias, pesa amostras e os ajuda a chegar no resultado ideal.
Contudo, tamb&eacute;m existem os projetos de contratipo, que seguem um processo diferente. Os contratipos s&atilde;o pedidos para reproduzir uma fragr&acirc;ncia &mdash; se uma empresa n&atilde;o est&aacute; satisfeita com seu fornecedor, por exemplo. Ent&atilde;o, h&aacute; um profissional no laborat&oacute;rio que examina quais componentes formam essa fragr&acirc;ncia e passa para os perfumistas &mdash; que buscam criar uma f&oacute;rmula melhor para aquele mesmo cheiro.
<h2>Como avaliar uma fragr&acirc;ncia &mdash; e como limpar o olfato</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/27/a-27164323177322.jpg" alt="a" />(Fonte: Getty Images)
Uma casa de fragr&acirc;ncias como a Ginger &mdash; e outras que existem pelo mundo &mdash; conta com v&aacute;rios profissionais especializados para avaliar as fragr&acirc;ncias e decidir se elas atendem ao pedido da ind&uacute;stria. Al&eacute;m disso, s&atilde;o feitos testes com os clientes. Na maioria dos projetos, os perfumistas oferecem duas, tr&ecirc;s e at&eacute; mais ideias de fragr&acirc;ncia para que a ind&uacute;stria e seus clientes avaliem. E que ven&ccedil;a a melhor!
Mas &eacute; claro que pessoas como Carolina e Fabiano t&ecirc;m um faro bem apurado para ajudar nessas avalia&ccedil;&otilde;es. E como &eacute; trabalhar cheirando tanta coisa todos os dias?&nbsp;
Carolina conta que, realmente, seu olfato fica saturado ao longo do dia. "Eu cheiro tudo que eu preciso cheirar de manh&atilde; e trabalho com outras coisas &agrave; tarde", afirma a perfumista. E ela &eacute; contra macetes, como cheirar caf&eacute; para "limpar" o olfato, pois o caf&eacute; &eacute; mais um cheiro que voc&ecirc; coloca na sua cabe&ccedil;a. Para ela, "a melhor forma de limpar o olfato &eacute; cheirar sua pele".&nbsp;
Fabiano argumenta que o caf&eacute; at&eacute; tem propriedades que contribuem para acalmar os sensores olfativos, que podem inflamar depois de muitos perfumes. Mas um copo de &aacute;gua tamb&eacute;m pode ajudar nesse sentido. De qualquer forma, empresas n&atilde;o costumam marcar testes de perfumes importantes no hor&aacute;rio da tarde.
Dito isso, outra quest&atilde;o que ajuda os perfumistas &eacute; a mem&oacute;ria olfativa. "Eu n&atilde;o preciso cheirar algumas coisas para saber que eu posso us&aacute;-las naquela f&oacute;rmula", conta Carolina.
<h2>Os projetos e as mat&eacute;rias-primas mais curiosas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/27/a-27164727217326.jpg" alt="a" />(Fonte: Getty Images)
Para voc&ecirc; entender como o trabalho dos perfumistas n&atilde;o &eacute; simples: eles precisam usar certas mat&eacute;rias-primas bem estranhas, com cheiros horr&iacute;veis, para chegar naquele perfume delicioso que voc&ecirc; usa para sair. Ali&aacute;s, Carolina e Fabiano dizem que o laborat&oacute;rio dos perfumistas n&atilde;o cheira nada bem.&nbsp;
Existem as mat&eacute;rias-primas fen&oacute;licas, que t&ecirc;m cheiro de fezes, mas s&atilde;o importantes para criar fragr&acirc;ncias florais, como de jasmim. Uma das mais fedidas era retirada da civeta, um pequeno mam&iacute;fero asi&aacute;tico cujas fezes tamb&eacute;m s&atilde;o <a href="https://www.megacurioso.com.br/nojento/28243-cafe-mais-caro-do-mundo-vem-de-fezes-de-animais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">usadas para fazer caf&eacute;</a>.&nbsp;
H&aacute; ainda o castorium, que era retirado de castores e tem um cheiro monstruoso, segundo Carolina. Eles usam bem pouquinho, para ajustar o resultado final das fragr&acirc;ncias. Mas imagina abrir o recipiente cheio de castorium para pingar essa gotinha?&nbsp;
Al&eacute;m disso, existem outras mat&eacute;rias-primas estranhas: o &acirc;mbar cinza, que vinha do v&ocirc;mito das baleias; e o alm&iacute;scar, que exigia matar um cervo-almiscarado para extrair as gl&acirc;ndulas que secretam a subst&acirc;ncia usada nos perfumes. Mas observe que todos os verbos est&atilde;o no passado, j&aacute; que a ind&uacute;stria descobriu como sintetizar essas secre&ccedil;&otilde;es de animais sem explor&aacute;-los.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/27/a-27164656503324.jpg" alt="4" />(Fonte: Getty Images)
Ah, e &eacute; claro que questionamos os profissionais da Ginger sobre quais foram os <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117257-10-perfumes-com-aromas-totalmente-inusitados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">perfumes mais inusitados</a> que eles j&aacute; desenvolveram.
Carolina lembra de um restaurante que pediu um "cheiro de tomate" para agu&ccedil;ar o paladar dos clientes &mdash; ela usou &oacute;leo essencial de manjeric&atilde;o para lembrar o molho de tomate. Outro projeto desafiador foi uma fragr&acirc;ncia que remetesse a um curral de cavalos, que precisou de muitas mol&eacute;culas diferentes para um resultado satisfat&oacute;rio.
J&aacute; Fabiano conta sobre uma linha de produtos masculinos que precisava cheirar como um charuto famoso &mdash; n&atilde;o o cheiro do tabaco, mas do charuto especificamente. Ele n&atilde;o fuma, mas deu um jeito de atender ao pedido desse cliente.&nbsp;
Ali&aacute;s, voc&ecirc; sabia que encontrar um perfumista &eacute; raro? Dizem que existem mais astronautas que perfumistas. Embora essa afirma&ccedil;&atilde;o seja um tanto exagerada &mdash; apenas cerca de 500 pessoas foram ao espa&ccedil;o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118352-o-voo-de-yuri-gagarin-60-anos-do-primeiro-homem-no-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desde Yuri Gagarin</a> &mdash;, a profiss&atilde;o de Carolina e Fabiano tamb&eacute;m &eacute; bem seleta: no mundo todo, h&aacute; somente em torno de 1 mil especialistas como eles, sendo apenas 40 no Brasil, que &eacute; o segundo maior mercado para perfumaria no mundo.

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Como os perfumes são feitos? Conversamos com perfumistas sobre a arte do cheiro

Imagem de Kamala Sohonie: a bioquímica indiana pioneira na ciência no megacurioso

Kamala Sohonie foi homenageada recentemente com um Doodle por sua contribuição à ciência e à luta das mulheres

<head></head><body>O Google recentemente homenageou Kamala Sohonie com um tradicional <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/109161-veja-20-doodles-historicos-escolhidos-pela-google.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Doodle</a> na sua página inicial. Ela foi a primeira mulher indiana a obter um PhD em ciência, e tem uma forte importância na luta pelos direitos das mulheres.Kamala nasceu em 1911, em Indore, Madhya Pradesh. Seu pai, Shri Narayanarao Bhagvat, e seu tio se tornaram químicos renomados, e estavam entre os primeiros alunos a se formar no Instituto Indiano de Ciências (IISc) em Bangalore. Ela conquistou seu primeiro diploma, como bacharel em física e química, pela então Universidade de Bombay.Em seguida, Kamala Sohonie tentou entrar no instituto de Bangalore, onde haviam estudado seu pai e seu tio, para cursar um mestrado. Mas ela acabou discriminada por ser mulher. O físico indiano Chandrasekhara Venkata Raman, que ganhou o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123208-a-origem-explosiva-do-premio-nobel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">prêmio Nobel</a> em 1930, indeferiu sua inscrição pois era contra a entrada de estudantes mulheres na escola.<h2>A luta de Kamala</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/21/21151519634226.jpg" alt="(Fonte: Eduvast)">(Fonte: Eduvast)Kamala Sohonie não se conformou. Ela foi até o escritório de Raman e fez uma Satyagraha (um tipo de protesto civil não violento que significa "insistir pela verdade", e que <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120302-de-racista-a-abusador-as-acusacoes-feitas-sobre-a-vida-de-gandhi.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Gandhi</a> costumava praticar). Raman cedeu a contragosto, mas impôs condições: ela ficaria sob uma "condicional" por um ano, e ele só seria reconhecida quando o físico visse qualidade no seu trabalho. Ela também teve que prometer que não criaria "distrações" no laboratório.Mais tarde, Kamala declarou sobre esse período: “embora Raman fosse um grande cientista, ele era muito tacanho. Nunca poderei esquecer a maneira como ele me tratou só porque eu era mulher. Mesmo assim, Raman não me admitiu como aluno regular. Isso foi um grande insulto para mim. O preconceito contra as mulheres era tão ruim naquela época. O que se pode esperar se até mesmo um prêmio Nobel se comporta dessa maneira?”Depois de admitida, Kamala passou a trabalhar com o professor Sreenivasayya, tido como bastante rigoroso. Sua dedicação foi tanta que ela acabou se tornando aluna regular e convencendo Raman de que as mulheres tinham competência para estudar ciência.Isso levou a mudanças importantes no instituto. A partir do ano seguinte, as estudantes começaram a poder se candidatar às vagas.<h2>As contribuições da pesquisadora</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/21/21151622637227.gif" alt="(Fonte: Medium)">(Fonte: Medium)Seus trabalhos de pesquisa logo começaram a se destacar. Ela realizou estudos que ajudaram a entender e a potencializar a nutrição das crianças a partir da compreensão das proteínas do leite.&nbsp;No doutorado, realizado na Universidade de Cambridge, Kamala Sohonie descobriu a universalidade de uma enzima chamada Citocromo C, presente em todas as reações bioquímicas nas <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125313-quais-sao-as-5-especies-animais-e-as-12-plantas-que-alimentam-o-ser-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">plantas</a>. Ela terminou seu PhD de forma muito rápida, em apenas 14 meses, tornando-se assim a primeira mulher indiana a obter este título.&nbsp;Depois de terminar o doutorado em 1939, Kamala retornou para a Índia, e começou a trabalhar como chefe de departamento de Bioquímica no Lady Hardinge College, em Nova Delhi. Mais tarde, ela ingressou no Royal Institute of Science em Mumbai, onde realizou pesquisas bioquímicas que mapeava as <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/103868-quais-vitaminas-tomar-e-quais-evitar-para-ficar-mais-saudavel.htm#:~:text=De%20vitaminas%20A%2C%20B%20e%20C&amp;text=Acontece%20que%20n%C3%B3s%20j%C3%A1%20obtemos,em%20excesso%20pode%20fazer%20mal." rel="noopener noreferrer" target="_blank">vitaminas</a> presentes nos alimentos mais consumidos na Índia. Deste modo, seus estudos serviram para criar diretrizes de atuação para diminuir a desnutrição do país.Outro projeto importante foi o estudo da "neera", uma bebida feita de extrato de palmeira e que, conforme ela descobriu, é uma boa fonte de vitamina C. Em seguida, Kamala ajudou na popularização da bebida entre a população mais pobre da Índia, incluindo crianças e mulheres grávidas. Por este trabalho, ela recebeu um prêmio do presidente, e até hoje a neera é usada na Índia com essa função.Por fim, Kamala Sohonie também atuou bastante como escritora de livros de ciência. Ela produziu várias obras que ajudavam a difundir conhecimento científico e assim colaboram com muito mais pessoas.Kamala Sohonie faleceu em 1998, aos 86 anos, mas deixou um legado incrível para as novas gerações — e, em especial, a todas as mulheres que até hoje precisam lutar para ocupar mais lugares. </body>

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Kamala Sohonie: a bioquímica indiana pioneira na ciência

Imagem de Qual é o gosto da água mais antiga da Terra, de 2 bilhões de anos? Cientista responde no megacurioso

A descoberta de uma fonte de água datada de mais de 1,5 bilhão de anos em uma mina canadense permitiu a investigação da biodiversidade microbiana

<head></head><body>Em 2013, uma equipe liderada por geólogos da Universidade de Toronto, no Canadá, fez uma descoberta revolucionária sobre a manutenção de formas de vida em ecossistemas remotos. A três quilômetros de profundidade, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125422-de-onde-vem-a-agua-que-existe-sobre-o-planeta-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">eles encontraram água corrente</a>, cujos testes mostraram uma idade entre 1,5 bilhão a 2,64 bilhões de anos, além de mostrar vestígios de vida.Falando à BBC News, a líder da pesquisa, Barbara Sherwood Lollar, explicou: “Fomos capazes de indicar que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125189-6-misterios-escondidos-abaixo-da-superficie-da-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o sinal que estamos vendo nos fluidos</a> deve ter sido produzido pela microbiologia, e, mais importante, deve ter sido produzido em uma escala de tempo muito longa. Os micróbios que produziram essa assinatura não poderiam ter feito isso da noite para o dia".Para a geóloga, que hoje leciona no Departamento de Ciências Físicas e Ambientais na Universidade de Toronto, não se trata de um pequeno poço aprisionado nas rochas, mas uma verdadeira torrente de água, “fluindo a taxas de litros por minuto”.<h2>A biodiversidade em fluidos profundos</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;B. Sherwood Lollar et al.&nbsp;" data-fonte-url="http://thescienceexplorer.com/sites/thescienceexplorer.com/files/styles/content_image__large/public/blog/imageedit_1_3665162287.jpg?itok=CvUKOgQs&amp;timestamp=1481749812"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/20/20153626731292.jpg" alt="Fonte: B. Sherwood Lollar et al./Divulgação.">Fonte: B. Sherwood Lollar et al./Divulgação.Em dezembro de 2016, Barbara Sherwood Lollar apresentou sua pesquisa no Encontro de Outono da União Geofísica Americana realizado em São Francisco, nos EUA. Após estudar com sua equipe a hidrosfera profunda por várias décadas em diversas minas ao redor do mundo, a professora afirmou que a descoberta de novos sistemas ambientais tem facilitado a investigação da biodiversidade microbiana e sua adaptação a condições extremas.A indicação da presença de organismos vivos "nesses fluidos em uma escala de tempo geológica", diz Sherwood Lollar, é um exemplo de adaptação da vida a condições extremas. Para sobreviver, esses microrganismos usaram substratos produzidos a partir da radiação.&nbsp;Coautor da pesquisa, o professor Long Li, atualmente na Universidade de Alberta, explicou em um release que "o sulfato, como o hidrogênio, é realmente produzido no local por reação entre a água e a rocha". E essa reação poderá continuar de forma natural, e "pode persistir enquanto a água e a rocha estiverem em contato, potencialmente bilhões de anos”.<h2>Afinal, qual é o sabor da água mais antiga do mundo?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/20/20153455728291.jpg" alt="Fonte: CBC Canada.">Fonte: CBC Canada.Mais do que a natural implicação da pesquisa na descoberta de vida em outros locais remotos da Terra (e até mesmo em outros planetas), a professora Sherwood Lollar foi à CNN falar sobre uma questão muito formulada na internet: o sabor da água abissal. A questão não abalou a cientista, que lembrou ao público que, “se você é um geólogo que trabalha com rochas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110799-os-cientistas-tem-um-truque-bem-curioso-para-diferenciar-fosseis-de-rochas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">provavelmente já lambeu muitas delas</a>”.Para quem esperava um sabor salgado, a "degustação" de Sherwood Lollar revelou que a água era "muito mais salgada que a água do mar" e "muito mais amarga". A revelação não surpreendeu os sommeliers: afinal, o líquido envelheceu por mais de dois bilhões de anos.</body>

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Qual é o gosto da água mais antiga da Terra, de 2 bilhões de anos? Cientista responde

Imagem de Estrela anã branca está virando um diamante gigante no megacurioso

A estrela HD 190412 C fica a apenas 104 anos-luz de distância da Terra

<head></head><body>Uma estrela anã branca recém-descoberta parece estar se cristalizando à medida que esfria, se transformando em um “diamante celestial”, como revela um artigo publicado no dia 5 de junho na plataforma arXiv. O trabalho conta com especialistas internacionais e é liderado por uma equipe de astrônomos da Universidade do Sul de Queensland, na Austrália.Localizada a 104 anos-luz de distância da Terra, a estrela denominada HD 190412 C faz parte de um sistema estelar quádruplo conhecido como HD 190412. Composta principalmente de oxigênio metálico e carbono, ela tem idade estimada em 4,2 bilhões de anos.Os dados usados na pesquisa, aproveitados da missão Gaia da Agência Espacial Europeia (ESA), indicam que a estrela apresenta temperatura de aproximadamente 6.300 graus Celsius. Tal detalhe permite incluí-la na faixa de anãs brancas se cristalizando, conforme os autores.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/15/15111039855101.jpg" alt="(Fonte: Centro de Astrofísica de Harvard/Reprodução)">(Fonte: Centro de Astrofísica de Harvard/Reprodução)Além disso, o sistema do qual ela faz parte, cuja idade foi calculada em 7,3 bilhões de anos, possui outras estrelas que não iniciaram o colapso que as transformará em anãs brancas. Esta informação, junto com a sua localização em relação ao nosso planeta, foi crucial para estimar a quantidade de metal presente no núcleo da HD 190412 C.<h2>Processo demorado</h2>Quando esgotam o combustível necessário para a fusão nuclear, as estrelas com massa oito vezes inferior à do Sol se transformam em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115826-descoberta-a-ana-branca-vampira-mais-veloz-ja-observada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">anãs brancas</a>. Altamente densos, estes objetos celestes passam por um resfriamento após o colapso, resultando na cristalização.Como o processo de cristalização demora em torno de 1 quatrilhão de anos e o universo tem 13,8 bilhões de anos, os astrônomos ainda não conseguiram observar uma estrela totalmente transformada em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116066-estudo-sugere-a-existencia-de-exoplanetas-feitos-de-diamantes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">diamante</a>. No momento, é possível somente identificar sinais do início da transição.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/15/15111238002105.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Vem daí a importância da descoberta, pois foi identificada uma estrela nos estágios iniciais da cristalização, como sugerem suas propriedades. O que os pesquisadores ainda não sabem é se a HD 190412 C realmente possui diamante em seu interior.A existência de outros sistemas com características semelhantes às do HD 190412, entre os quais o que abriga a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123789-as-6-estrelas-mais-brilhantes-do-nosso-ceu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estrela Sirius</a>, sugere que há outras anãs brancas se transformando em diamante mais próximas da Terra do que se imaginava. “Concluímos que a descoberta do sistema HD 190412 abriu um novo caminho para a compreensão das anãs brancas cristalizadas”, disseram os autores.<h2>Sol terá o mesmo destino?</h2>No <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116936-sistema-solar-pode-chegar-ao-fim-antes-do-previsto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">final da sua existência</a>, quando queimar todo o seu combustível, o Sol deverá passar por um processo semelhante ao observado na estrela deste estudo. O lançamento de material ao espaço, o colapso e o resfriamento são algumas das fases de transição, até o astro se tornar uma anã branca.O processo de transformação do Sol em uma bola de cristal celeste deve ser iniciado em cerca de 10 bilhões de anos, conforme as estimativas mais recentes.</body>

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Estrela anã branca está virando um diamante gigante

Imagem de 1º raio-X de átomo único do mundo é registrado no megacurioso

Equipamento fruto de colaboração internacional pode ser usado para observar elementos químicos em seu menor nível possível

<head></head><body>Uma equipe de pesquisadores internacionais, liderados por cientistas na Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, conseguiu desenvolver uma tecnologia completamente revolucionária para a ciência: o primeiro raio-X de um único <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119192-veja-como-e-um-atomo-em-alta-resolucao.htm#:~:text=O%20%C3%A1tomo%20%C3%A9%20uma%20unidade,el%C3%A9trons%20que%20formam%20a%20eletrosfera." rel="noopener noreferrer" target="_blank">átomo</a> no mundo todo. Segundo o estudo, tal inovação pode revolucionar a maneira como pesquisadores conseguem enxergar o universo ao nosso redor.Desde que o raio-X foi descoberto por Wilhelm Roentgen em 1895, a ferramenta tem sido usada em todos os lugares, desde exames médicos até triagens de segurança em aeroportos. Agora, o desenvolvimento de uma nova técnica pode trazer descobertas sem precedentes em nanoescala. Entenda mais nos próximos parágrafos!<h2>Tecnologia do raio-X</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/07/07005059823005.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Desde que foi descoberto, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123187-raio-x-como-sao-tiradas-as-fotografias-do-nosso-esqueleto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">raio-X</a> passou a ser muito importante na ciência para identificar qual o tipo de material existente em uma amostra orgânica. Ao longo dos anos, a quantidade mínima de material presente dentro de uma amostra para ser identificado pelo raio-X foi bastante reduzida graças ao desenvolvimento de novos instrumentos.Até então, a menor quantidade que se pode radiografar uma amostra é um attograma, que seria o equivalente a 10 mil átomos ou mais. Isso acontece porque o sinal de raio-X produzido por um único átomo é extremamente fraco, de modo que detectores tradicionais não podem ser usados para detectar quantias menores que isso.Com a nova tecnologia sendo desenvolvida, no entanto, esse cenário está prestes a mudar. A humanidade se tornaria capaz de detectar exatamente o tipo de um átomo específico — sendo um de cada vez —, e medir simultaneamente seu estado químico. Ao realizar isso, poderemos rastrear qualquer tipo de material até o limite máximo de apenas um átomo. Tal estudo teria um grande impacto nas ciências ambientais e médicas, uma vez que poderia encontrar a cura até para as <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120679-6-doencas-raras-capazes-de-mudar-a-sua-aparencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doenças</a> mais improváveis.<h2>Experimentos em laboratório</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/07/07005114636006.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O artigo, publicado na revista Nature em 31 de maio de 2023, explica que a equipe de pesquisadores escolheu um átomo de ferro e um átomo de térbio para análise e os colocaram em seus respectivos hospedeiros moleculares. Para detectar o sinal de raio-X desses átomos, a equipe então complementou os detectores convencionais com uma ponta de metal afiada capaz de coletar elétrons excitados por raio-X.&nbsp;Essa técnica é conhecida como sincrotron microscopia de tunelamento por varredura de raio-X (SX-STM). Ela é desencadeada pela fotoabsorção de elétrons no nível do núcleo, que nada mais são do que impressões digitais elementares dos elementos e eficazes na identificação direta do tipo elementar dos materiais. Essa conquista abre muitas possibilidades dentro do campo de pesquisa sobre propriedades quânticas.&nbsp;Foram mais de 12 anos de estudo para chegar a tal avanço tecnológico que será capaz de revolucionar a ciência global. No futuro, o grupo internacional de pesquisadores espera continuar usando os raios-X para detectar propriedades de apenas um átomo e encontrar novas maneiras revolucionárias para suas aplicações, sobretudo em relação a coleta de materiais críticos, pesquisas e muito mais.</body>

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1º raio-X de átomo único do mundo é registrado

Imagem de O Universo está fadado a evaporar? Teoria de Hawking pode estar correta no megacurioso

Nova revisão feita sobre a teoria dos buracos negros de Stephen Hawking prevê que todos os objetos com massa podem eventualmente desaparecer

<head></head><body>Em 1974, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121765-como-funcionava-o-dispositivo-de-fala-de-stephen-hawking.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Stephen Hawking</a> entrou para a história da física por propor que os buracos negros eventualmente evaporam, perdendo algo batizado de "radiação de Hawking" — uma drenagem de energia na forma de partículas de luz através de seus campos gravitacionais. No entanto, uma nova revisão feita sobre esse estudo tem sugerido algo ainda mais poderoso.Segundo o trabalho desenvolvido por pesquisadores da Universidade Radboud, na Holanda, a radiação de Hawking não seria criada apenas pelo roubo de energia dos buracos negros, mas de todos os objetos com massa suficiente. Dessa forma, caso essa teoria fosse confirmada, tudo no Universo acabaria desaparecendo um dia.<h2>Fim de tudo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/06/06022412710004.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Em comunicado oficial, o principal autor da revisão, Heino Falcke, tentou elucidar alguns pontos sobre como a radiação de Hawking funcionaria. "Qualquer objeto sem um horizonte de eventos, como os restos de estrelas mortas e outros grandes objetos no Universo possuem esse tipo de radiação", iniciou sua fala.De acordo com Falcke, isso indicaria que, após um período muito longo, tudo que existe no Universo eventualmente evaporaria — com suas energias "sangrando" lentamente em forma de luz. Logo, não só os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116627-o-que-e-um-buraco-negro-e-as-principais-descobertas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">buracos negros</a> poderiam sumir de uma hora para outra, mas todas as coisas que conhecemos sobre a existência ao nosso redor.Sendo assim, a revisão publicada na revista Physical Review Letters, no dia 2 de junho, não só desafia a compreensão da radiação de Hawking, como também traz uma nova perspectiva sobre a realidade do Universo e seu futuro. Por mais que tudo ainda seja especulação, é muito provável que a humanidade não esteja por perto para ver nada disso acontecer.<h2>Distorção do espaço-tempo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/06/06022440855007.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Em 1974, Stephen Hawking já previa que a imensa força gravitacional sentida na boca dos buracos negros era responsável por criar minúsculas vibrações que explodiam aleatoriamente em partículas virtuais produtoras de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125254-por-que-os-insetos-sao-atraidos-por-luzes-artificiais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">luz</a> com energia muito baixa, também chamados de fótons.&nbsp;À medida que essas forças se aproximam de um grande puxão gravitacional da singularidade dos buracos negros, os campos quânticos tendem a ficar mais distorcidos. Isso traria mudanças na percepção do espaço-tempo — a qual dita a nossa compreensão sobre o Universo e tudo ao seu redor.Essas deformações fazem com que os buracos negros vazem energia em forma de partículas (radiação de Hawking), o que significa que eles eventualmente acabariam perdendo sua energia e desaparecendo completamente no futuro longínquo. Porém, se um campo gravitacional é tudo o que é necessário para esse fenômeno acontecer, o que impede qualquer objeto com uma massa de distorção no espaço-tempo de também "vazar"?Segundo a revisão holandesa, a resposta é nada. Os cientistas ainda não sabem ao certo o que essa informação significa na realidade. Contudo, é possível que, à medida que a matéria que compõe as estrelas e planetas envelheça, ela passará por uma intensa transição de energia até colapsar em buracos negros. Estes, por sua vez, continuarão "pingando" luz lentamente até sumirem sem deixar vestígios para trás.&nbsp;</body>

Física e Química

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