Imagem de Garoto de 12 anos é a pessoa mais jovem a atingir a fusão nuclear no megacurioso

Jackson Oswalt conseguiu a façanha de fundir dois átomos de deutério na sala de jogos em sua casa

Um vídeo divulgado no YouTube no início de outubro pelo Guinness World Record, o famoso &#8220;<a href="https://www.megacurioso.com.br/recordes/99979-11-dos-recordes-mais-absurdos-ja-registrados-no-guinness-book.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Livro dos Records</a>&#8220;, apresentou a pessoa mais jovem a atingir a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115564-novo-metodo-de-fusao-nuclear-pode-alimentar-espaconaves-no-futuro.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">fusão nuclear</a> no mundo. O norte-americano <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110940-um-jovem-de-14-anos-criou-seu-proprio-reator-de-fusao-nuclear.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Jackson Oswalt</a>, que completaria 13 anos algumas horas mais tarde, conseguiu o feito numa sala de jogos em sua casa.



No seu experimento doméstico, realizado na cidade de Memphis, no Tenessee, o garoto Jackson conseguiu fundir dois átomos de deutério (hidrogênio pesado) em um pequeno fusor que ele próprio construiu.&nbsp;



O fusor é um dispositivo que utiliza um campo elétrico para aquecer íons a temperaturas extremas, capazes de facilitar a fusão nuclear. O processo de construção de um mecanismo desse tipo pode ser bem complicado, devido à quantidade de energia elétrica envolvida, bem como uma temperatura absurdamente alta. Veja o vídeo:



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
https://www.youtube.com/watch?v=Wh5TUlzBwLw
</div></figure>



<h2>Não faça isso em sua casa!</h2>



Para os jovens estudantes que estejam pensando em criar uma máquina dessas em casa, é importante ressaltar que isso pode não ser uma boa ideia. Além do grande castigo que o pai irá impor quando receber a fatura da energia elétrica, existem inúmeros perigos envolvidos no processo.



O próprio Jackson, após passar uns perrengues, explicou ao site&nbsp;IFL Science: “Construir um fusor é um processo muito perigoso, principalmente por causa da alta eletricidade que é usada no reator. Certos cuidados precisam ser tomados, como usar luvas para se proteger”.



Embora os fusores nucleares sejam uma promessa de energia limpa para o futuro, esse tipo de modelo construído não tem utilidade comercial pelo seu pequeno porte. Um fusor típico, capaz de produzir o fluxo de nêutrons necessário para suprir um reator de fusão real, demandaria uma entrada de energia bem maior que a produzida, com a atual tecnologia.&nbsp;

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Garoto de 12 anos é a pessoa mais jovem a atingir a fusão nuclear

Imagem de Jon Cryer tem sua aliança de casamento localizada por profissional no megacurioso

Um pesadelo para a maioria das pessoas casadas, perder sua aliança de casamento, pode ser solucionado com um simples telefonema para um achador profi

No último dia 9 de outubro, o ator Jon Cryer, o inesquecível Alan Harper da série de TV <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/two-and-a-half-men" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Two and a Half Men</a>&nbsp;passou um aperto que é um pesadelo para a maioria dos homens casados: ele perdeu <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/40204-por-que-nos-usamos-aneis-de-casamento-.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">sua aliança</a> de casamento num parque e não conseguiu encontrá-la de jeito nenhum.&nbsp;



Em vez de se desesperar, Cryer buscou ajuda do caçador profissional de joias perdidas Chris Turner. Os dois se encontraram no lugar onde o ator havia perdido a aliança de casamento naquele domingo e, em poucos minutos, Turner localizou o precioso item, somente com a ajuda de um simples detector de metais.



<h2>Caçadores da aliança perdida</h2>



A perda da aliança de casamento de Jon Cryer tem todos os ingredientes de um filme de suspense, ou de uma comédia de TV. A aliança caiu do dedo do ator em False Creek Seawall, um ponto turístico de Vancouver numa noite chuvosa de sexta-feira. Ele tentou localizar o anel no meio da enxurrada, mas não conseguiu achar.



No dia seguinte, mandou uma mensagem para Turner, que logo respondeu, ainda sem saber que estava conversando com uma celebridade. Turner afirmou que havia “dois, talvez cinco por cento de chance” de encontrar a aliança de casamento, que poderia ter ido parar num bueiro, ou sido achada por alguém.



Na manhã de domingo, os dois homens se conheceram: Chris Turner chegou com sua jaqueta preta desbotada e um enorme anel de caveira no dedo. Cryer pensou que estava participando da gravação de um episódio de <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/sons-of-anarchy" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Sons of Anarchy</a>, quando Turner começou a busca.



<h2>Achador dos anéis</h2>



<pre class="wp-block-preformatted"><blockquote class="twitter-tweet">I’m still beside myself. This is Chris. He is awesome. <a href="https://t.co/kdBM9MVqqm">pic.twitter.com/kdBM9MVqqm</a>&mdash; Jon Cryer (@MrJonCryer) <a href="https://twitter.com/MrJonCryer/status/1315388673660133376?ref_src=twsrc%5Etfw">October 11, 2020</a></blockquote></pre>



Segundo Turner, a área de pesquisa era muito pequena. Longa, mas muito estreita. Ele explica: “Comecei minha busca na grade e Jon estava olhando em volta das rachaduras e fendas nos tijolos do Seawall [uma muralha de pedra do parque] para o caso de cair.”



Para surpresa de ambos, a aliança foi encontrada por Turner em poucos minutos. Turner gravou a descoberta e a reação de Cryer no celular e postou no YouTube. O ator, que está interpretando Lex Luthor na série <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/supergirl" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Supergirl</a>, contou a aventura em seu Twitter.



Chris Turner é membro de um grupo de pessoas que encontram joias perdidas, chamado The Ring Finders.

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Jon Cryer tem sua aliança de casamento localizada por profissional

Imagem de Cientistas descobrem novo limite para a velocidade do som no megacurioso

Se propagadas por meio do hidrogênio atômico sólido, as ondas sonoras podem viajar a até 36 km/s

Qual a velocidade máxima que o som pode alcançar? Partindo deste questionamento, cientistas da Queen Mary University of London e da Universidade de Cambridge, ambas na Inglaterra, e do Institute for High Pressure Physics, na Rússia, conseguiram calcular esse limite.



Até agora, não se sabia se as ondas sonoras possuíam um limite de velocidade, independente do meio, como acontece com a luz — as teorias de <a href="https://www.megacurioso.com.br/personalidades/85654-de-espiao-sovietico-a-mulherengo-7-fatos-curiosos-sobre-a-vida-de-einstein.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Einstein</a> mostram que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/fisica-e-quimica/42048-voce-sabe-como-e-quando-a-velocidade-da-luz-foi-medida-.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">velocidade máxima da luz no vácuo</a> é de 300 mil km/s.



No caso da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110982-nasa-captura-imagens-incriveis-de-cacas-quebrando-a-barreira-do-som.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">velocidade do som</a>, ela varia conforme o tipo de material por meio do qual as ondas se propagam. Geralmente, ela é mais lenta nos gases, um pouco mais rápida nos líquidos e bem mais veloz nos sólidos, chegando a 18 km/s no diamante, material mais duro conhecido.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/14/14213938573379.jpg" alt="Velocidade do som em diferentes sólidos, em função da massa. (Fonte: Science Advances/Reprodução)" /><figcaption>Velocidade do som em diferentes sólidos, em função da massa. (Fonte: Science Advances/Reprodução)</figcaption></figure>



Em vez de calcula-la para cada material, os pesquisadores queriam saber se era possível fazer um cálculo geral, independente do meio em que as ondas viajam. No estudo publicado na revista Science Advances, no último domingo (9), eles mostraram ser possível estimar tal velocidade.



<h2>Qual é o limite?</h2>



Segundo os autores da pesquisa, a velocidade do som máxima é de 36 km/s, o dobro da velocidade das ondas sonoras propagadas nos diamantes e mais de 100 vezes a velocidade medida no ar.



Para chegar ao resultado, o professor de física da Queen Mary University of London Kostya Trachenko e seus colegas revisaram a fórmula padrão, expandindo-a para um caso idealizado. Na nova versão, a fórmula leva em conta três constantes físicas: a velocidade da luz no vácuo, a razão entre a massa dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/eletrons" target="_blank" rel="noopener noreferrer">elétrons</a> e dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112784-protons-sao-ainda-menores-do-que-se-pensava.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">prótons</a> e a constante de estrutura fina.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/14/14214226169380.jpg" alt="Velocidade do som em sólidos, representados pelos círculos, e líquidos, pelos losangos. (Fonte: Science Advances/Reprodução)" /><figcaption>Velocidade do som em sólidos, representados pelos círculos, e líquidos, pelos losangos. (Fonte: Science Advances/Reprodução)</figcaption></figure>



De acordo com a equipe, essa fórmula idealizada possibilita prever o limite superior da velocidade do som, sem levar em conta as propriedades do material como um todo e suas imperfeições.



Outro detalhe revelado por eles é que o som viaja mais rápido em hidrogênio atômico sólido, com o material na fase metálica e em condições de pressão comparáveis às registradas no núcleo de planetas como <a href="https://www.megacurioso.com.br/jupiter/" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Júpiter</a>.

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Cientistas descobrem novo limite para a velocidade do som

Imagem de Panelas antiaderentes são tóxicas? no megacurioso

O teflon não é uma substância tóxica em si, mas pode liberar gases prejudiciais ao organismo quando é superaquecido

Com mais pessoas cozinhando durante o período de isolamento social, a grande preocupação passou a ser a melhor forma de preparar refeições saudáveis. Porém, um fator muitas vezes passa despercebido quando nos preocupamos com a saúde: as panelas. Será que elas são totalmente seguras?&nbsp;



Quando se fala em segurança de panelas, as pessoas normalmente estão pensando no <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/106761-voce-sabe-como-funciona-o-teflon.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Teflon</a>, afirma ao site Live Science, Suzanne Fenton, endocrinologista reprodutiva do National Institutes of Environmental Healt Sciences, na Carolina do Norte.



Sob essa denominação comercial, o antiaderente é o politrafluoroetileno (PTFE), um plástico transparente normalmente utilizado para revestir potes e panelas de metal, dando-lhes uma superfície cerosa e fácil de limpar. Mas, é seguro?



Parece que há um consenso entre os especialistas que o teflon, em si, é uma substância segura e não-tóxica. Ainda que, por acidente, ingeríssemos pequenos pedacinhos do revestimento, ele com certeza passaria direto pelo estômago.



<h2>Qual o problema do Teflon?</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/09/09203246673310.jpg" alt="Fonte: Location Gardemeuble/Reprodução" /><figcaption>Fonte: Location Gardemeuble/Reprodução</figcaption></figure>



Porém, esse não é o problema. A grande preocupação dos cientistas é o que acontece quando o Teflon começa a ficar muito quente. Fenton explica que: “Quando as <a href="https://www.megacurioso.com.br/fisica-e-quimica/69528-voce-sabe-por-que-nunca-devemos-jogar-agua-sobre-oleo-pegando-fogo.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">panelas</a> são superaquecidas, o revestimento de PTFE começa a se desintegrar&#8221;, e, nesse processo de decomposição, afirma a médica, ele libera gases tóxicos.



Embora seja raro, algumas vezes respirar esses vapores químicos pode causar a chamada febre dos vapores do polímero, uma doença caracterizada por febre alta, falta de ar e fraqueza. Esses gases são mortais para aves. Há registros de lâmpadas revestidas de Teflon que eliminaram aviários inteiros.&nbsp;



Conforme Fenton, um elemento em particular deve merecer atenção: o ácido perfluorooctanóico (PFOA), uma substância tóxica liberada quando as panelas de Teflon superaquecem. A exposição ao PFOA durante um longo período de tempo está ligada a diversos tipos de enfermidades, desde câncer a doenças da tireoide.



<h2>Quando devo descartar minhas panelas de Teflon?</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/09/09203921644311.jpg" alt="Fonte: Babyology/Reprodução" /><figcaption>Fonte: Babyology/Reprodução</figcaption></figure>



Embora alguns cientistas minimizem a questão, afirmando que ninguém cozinha em temperaturas altas o suficiente para que essas <a href="https://www.megacurioso.com.br/fisica-e-quimica/37428-7-reacoes-quimicas-que-voce-nao-pode-deixar-de-ver.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">reações químicas</a> aconteçam, o fato é que existem, segundo Fenton, algumas situações em que o melhor é descartar suas panelas de Teflon.



Uma das principais situações é se você estiver grávida, amamentando ou tiver crianças pequenas em casa. Isso porque o PFOA está diretamente relacionado com problemas de desenvolvimento infantil. O produto é considerado um desregulador endócrino, ou seja, interfere no sistema hormonal do corpo.

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Panelas antiaderentes são tóxicas?

Imagem de Cobalto e outros metais poluentes são achados na placenta humana no megacurioso

Em 2019, uma pesquisa publicada na revista científica Nature Communications mostrou que partículas de carbono negro (a popular fuligem) podem atraves

Em 2019, uma pesquisa publicada na revista científica&nbsp;Nature Communications&nbsp;mostrou que partículas de carbono negro (a popular fuligem) podem atravessar a placenta. Agora, pesquisadores da Queen Mary University, em Londres, descobriram que outras partículas resultantes da poluição (incluindo metais) também podem contaminar a estrutura que dá suporte de vida ao feto.



Foram examinadas as placentas doadas por 15 parturientes saudáveis, internadas no Hospital Real de Londres. Em 13 mulheres, os pesquisadores encontraram evidências de exposição à poluição acima do limite médio anual determinado pela Organização Mundial da&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/saude/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Saúde</a>&nbsp;(OMS).&nbsp;



<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/06/06131302618371.jpg" alt="Partículas de fuligem podem ser vistas na imagem (pontos brancos) em uma varredura de tecido da placenta materna.">Partículas de fuligem podem ser vistas na imagem (pontos brancos) em uma varredura de tecido da placenta materna.



Elas apareceram em 1% das células analisadas, em todas as placentas. O que se descobriu é que partículas suspensas em ambientes altamente poluídos, quando inaladas, viajam dos pulmões para órgãos distantes, sendo aglutinadas por certas células da placenta humana e, potencialmente, a do feto.&nbsp;



“Sempre pensamos que a inalação da mãe poderia resultar em partículas de poluição viajando até a placenta materna, mesmo sabendo que existem mecanismos de defesa no pulmão que impedem as partículas estranhas de migrarem para outro lugar. Por isso, foi surpreendente identificá-las nas células da placenta de todas as 15 participantes”, disse a bióloga molecular Lisa Miyashita.



<h2>Restos de gasolina</h2>



Além das já esperadas partículas baseadas em carbono, os pesquisadores acharam na placenta traços de metais, como sílica, fósforo, cálcio, ferro, cromo e, mais raramente, titânio, cobalto, zinco e cério.&nbsp;



<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/06/06132452097381.jpg" alt="Na imagem é possível ver inclusões negras nas células da placenta, semelhantes a matéria particulada inalada.">Na imagem, é possível ver inclusões negras nas células da placenta, semelhantes à matéria particulada inalada.



O estudo, publicado na revista&nbsp;Science of The Total Environment, aponta como fonte dos elementos o tráfego pesado da capital inglesa – eles são resíduos da combustão de combustível fóssil, além do uso de aditivos acrescentados à gasolina e ao óleo, bem como o desgaste do asfalto, por conta dos freios dos&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/veiculos/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">veículos</a>.



Para o grupo de estudos da Queen Mary University, ainda é preciso avançar nas pesquisas para determinar que efeitos essas partículas de poluição podem ter diretamente no desenvolvimento do feto. Segundo a pediatra e pesquisadora Norrice Liu, “sabemos que há uma ligação entre a exposição materna a altos níveis de poluição e problemas com o feto, incluindo risco de baixo peso ao nascer, mas, até agora, tínhamos uma visão limitada de como isso pode ocorrer”.



<h2>Comida contaminada</h2>



A placenta é composta por duas partes: a fetal, do mesmo tecido que forma o feto, e a materna, do mesmo tecido do útero da mãe. Oxigênio e nutrientes passam para o feto via cordão umbilical; as excreções do bebê fazem o caminho inverso. Enquanto os médicos recomendam que substâncias nocivas (como alguns medicamentos, álcool e nicotina) que passam pela placenta sejam evitadas, isso não é possível em relação à poluição do ar.



<figure class="mt-2 size-large"><img loading="lazy" width="1" height="1" src="https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2020/10/5f7f2c971dc65.gif" alt="" class="wp-image-123362" /></figure>



No estudo de 2019, pesquisadores da Hasselt University examinaram a placenta de 5 bebês prematuros e de 23 nascidos a termo; havia partículas de fuligem em todas elas. Houve 10 grávidas que viviam perto de ruas movimentadas que passaram mais partículas para a placenta do feto do que 10 grávidas que moravam a pelo menos 500 metros de vias congestionadas.



À época, Jonathan Grigg, o principal autor do estudo publicado e atualmente pneumologista pediátrico e especialista em Medicina Ambiental, afirmou que “há evidências epidemiológicas de que a exposição materna à poluição do ar está associada a resultados adversos, como aborto espontâneo. Isso precisa ser tratado a níveis de&nbsp;<a rel="noreferrer noopener" href="http://www.tecmundo.com.br/governo/" target="_blank">governo</a>&#8220;.



<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/204870-cobalto-outros-metais-poluentes-achados-placenta-humana.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/204870-cobalto-outros-metais-poluentes-achados-placenta-humana.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Cobalto e outros metais poluentes são achados na placenta humana</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a>

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Cobalto e outros metais poluentes são achados na placenta humana

Imagem de Voos espaciais longos aceleram o envelhecimento, apontou estudo no megacurioso

Os astronautas podem sofrer importantes mudanças fisiológicas durante as missões prolongadas, reduzindo sua capacidade física

Os voos espaciais prolongados podem provocar importantes mudanças fisiológicas nos corpos dos astronautas, que contribuem diretamente para acelerar o envelhecimento dos viajantes. É o que aponta um estudo feito por pesquisadores do Instituto Politécnico de Turim, na Itália, publicado no início de outubro, no jornal&nbsp;npj Microgravity.



A pesquisa, baseada em um modelo matemático, permitiu investigar mecanismos dos voos espaciais que induzem uma série de problemas, entre os quais o descondicionamento vascular. Como a vida em gravidade zero exige um menor esforço físico, o coração acaba se tornando menos tolerante aos exercícios, situação semelhante a uma versão acelerada do envelhecimento.



Na comparação da resposta cardiovascular em condições de zero gravidade com o que acontece na Terra, os autores notaram que vários parâmetros hemodinâmicos foram reduzidos, incluindo o consumo de oxigênio, trabalho cardíaco, índices de contrabilidade e pressão arterial. Alterações significativas no nível capilar-venoso também foram notadas.



<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/08/08194451722442.jpg" alt="O estudo comparou as condições fisiológicas em gravidade zero e na Terra.">O estudo comparou as condições fisiológicas em gravidade zero e na Terra.



Dessa forma, eles chegaram à seguinte conclusão: o condicionamento físico de quem passa um longo tempo participando de missões espaciais, sob os efeitos prolongados da ausência de gravidade, pode ser comparável à situação das pessoas que nunca se exercitaram, levando a uma vida sedentária. Diante do rigor dos testes físicos pelos quais os astronautas passam, antes de embarcarem, o estudo afirma se tratar de uma mudança impressionante.



<h2>Descoberta pode provocar mudanças nas missões futuras</h2>



Com a&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/nasa" rel="noreferrer noopener" target="_blank">NASA</a>&nbsp;e outras agências espaciais se preparando para explorar cada vez mais o espaço, as missões de longa duração das próximas décadas, como uma possível expedição a Marte, precisarão passar por algumas adaptações, baseadas no resultado desse estudo. Isso é o que pensa a engenheira aeroespacial Stefania Scarsoglio, autora principal da pesquisa.



“As descobertas atuais são úteis para projetar futuros voos espaciais de longo prazo, individualizar contramedidas ideais, compreender o estado de saúde dos astronautas e solicitar a capacidade física imediata, no momento da restauração da gravidade parcial, quando for necessária”, comentou Scarsoglio.



<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205025-voos-espaciais-longos-aceleram-envelhecimento-aponta-estudo.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205025-voos-espaciais-longos-aceleram-envelhecimento-aponta-estudo.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Voos espaciais longos aceleram o envelhecimento, apontou estudo</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a>

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Voos espaciais longos aceleram o envelhecimento, apontou estudo

Imagem de Nobel de Química: descobridoras da edição de genes CRISPR ganham prêmio no megacurioso

Técnica revolucionou a manipulação genética, possibilitando a melhoria de genomas

Em 2011, a microbiologista e imunologista francesa Emanuelle Charpentier se encontrou fortuitamente com a bioquímica e bióloga molecular norte-americana Jennifer Doudna em um café em Porto Rico. As duas estavam participando de uma conferência, e ali nasceu a parceria que, 1 ano depois, apresentou ao mundo a tesoura genética CRISPR-Cas 9 e deu às duas o Nobel de <a rel="noreferrer noopener" href="http://www.tecmundo.com.br/quimica/" target="_blank">Química</a> de 2020 anunciado pelo comitê sueco do prêmio nesta quarta-feira (07).



<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/07/07132115000168.jpg" alt="Emmanuelle Charpentier (à esquerda) e Jennifer Doudna (à direita), as descobridoras do CRISPR.">Emmanuelle Charpentier (à esquerda) e Jennifer Doudna (à direita), descobridoras do CRISPR.



Há 8 anos, a descoberta das duas pesquisadoras revolucionou a&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">ciência</a>&nbsp;e, a reboque, a&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/medicina/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">medicina</a>, a agricultura, a farmacologia e tantas outras áreas do conhecimento humano, tornando real desde&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/177160-manipulacao-dna-base-nova-revolucao-alimentar.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">tomates mais nutritivos</a>&nbsp;até&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/177466-teremos-embrioes-humanos-genes-editados.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">bebês melhorados geneticamente</a>.



Esta é a primeira vez que um Nobel de ciência é concedido a duas mulheres, as quais transformaram um pouco conhecido e compreendido mecanismo imunológico bacteriano (uma maneira de deter invasores cortando em pedaços seu código genético) em uma ferramenta simples e barata para editar genomas.



<h2>Defesa imunológica</h2>



A descoberta de que o CRISPR (Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats ou Repetições Palindrômicas Curtas com Espaçamento Regular Agrupado) podia ser guiado para editar sequências de DNA foi rapidamente repetida em laboratórios do mundo todo, sendo hoje largamente usado.



O processo demanda programar um &#8220;RNA guia&#8221; para transportar uma enzima bacteriana (Cas) para que o DNA produza as sequências desejadas, atingindo genes específicos. A Cas então corta a fita dupla do DNA. O método é usado tanto para &#8220;sabotar&#8221; o mecanismo de reparo do DNA da célula quanto para desativar um gene ou inserir um novo trecho de DNA onde a fita foi cortada.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/07/07131655210164.jpg" alt="."/></figure>



Emanuelle Charpentier, diretora da Unidade Max Planck para a Ciência de Patógenos em Berlim, e Jennifer Doudna, professora da Universidade da Califórnia em Berkeley, são a terceira e a quarta mulheres a receber o Prêmio Nobel de Química no século 21 entre mais de 50 contemplados.



<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/204910-descobridoras-edicao-genes-crispr-ganham-nobel-quimica.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/204910-descobridoras-edicao-genes-crispr-ganham-nobel-quimica.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Nobel de Química: descobridoras da edição de genes CRISPR ganham prêmio</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a>

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Nobel de Química: descobridoras da edição de genes CRISPR ganham prêmio

Imagem de Explosão no porto de Beirute foi uma das maiores já registradas no megacurioso

Estudo sugere que a explosão teve potência equivalente à detonação de 500 a 1,1 mil toneladas de TNT

A <a rel="noopener noreferrer" href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/115512-5-imagens-de-satelite-mostram-beirute-antes-e-depois-da-explosao.htm" target="_blank">explosão na região do porto de Beirute</a>, ocorrida em agosto, deixando centenas de mortos, milhares de feridos e um enorme estrago na capital do Líbano, foi uma das maiores explosões não nucleares já registradas. É o que revela o estudo feito por engenheiros da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, publicada na revista Shock Waves, em 22 de setembro.



Para chegar à conclusão, eles analisaram vídeos do desastre compartilhados nas redes sociais. Foram usadas 16 gravações, feitas em diferentes pontos ao redor do porto, revelando uma visão desobstruída do evento e as suas consequências.



Em seguida, eles coletaram 38 pontos de dados das filmagens. Isso permitiu identificar, por exemplo, a chegada da onda da explosão, com base nos sons registrados pelos celulares e câmeras, e o tamanho da <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/114878-misteriosa-bola-de-fogo-cruza-o-ceu-da-australia-veja-o-video.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">bola de fogo</a>, por meio de uma análise detalhada, quadro a quadro.



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><a class="fonte_imagem" href="https://www.sheffield.ac.uk/news/nr/beirut-explosion-what-happened-impact-force-analysis-investigation-engineering-blast-study-1.916971"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/07/07140807472182.jpg" alt="Pontos de onde foram feitas as imagens usadas no estudo. (Fonte: Universidade de Sheffield/Reprodução)"/></a><figcaption>Pontos de onde foram feitas as imagens usadas no estudo. (Fonte: Universidade de Sheffield/Reprodução)</figcaption></figure></div>



Com essas evidências em mãos, os engenheiros foram capazes de fazer um cálculo estimado da força da detonação, causada pelo aquecimento de 2,7 mil toneladas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115478-nitrato-de-amonio-o-que-e-a-substancia-que-explodiu-em-beirute.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">nitrato de amônio</a>, material altamente inflamável e que estava armazenado na região do porto.



<h2>Potência devastadora</h2>



De acordo com o estudo, a explosão na capital libanesa foi equivalente à detonação de 550 a 1,1 mil toneladas de trinitrotolueno (TNT). Essa quantidade representa 5% da força da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115482-bomba-de-hiroshima-completa-75-anos-e-ameaca-nuclear-ainda-assombra.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">bomba atômica lançada pelos Estados Unidos em Hiroshima</a>, em 1945.



A pesquisa também calculou que o desastre liberou, em questão de milissegundos, cerca de 1 GWh de energia. Essa quantidade é a mesma produzida em uma hora por 400 turbinas eólicas ou 3 milhões de painéis solares, sendo suficiente para abastecer mais de 100 casas durante um ano.



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><a class="fonte_imagem" href="https://visualhunt.com/f4/photo/50218711986/c3e1b4efd2/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/07/07144051134211.jpg" alt="A cidade foi sacudida pela detonação ocorrida no dia 4 de agosto. (Fonte: Visualhunt)"/></a><figcaption>A cidade foi sacudida no dia 4 de agosto. (Fonte: Visualhunt)</figcaption></figure></div>



“O desastre que atingiu Beirute neste verão foi devastador e esperamos que nada parecido volte a acontecer”, comentou o professor de Engenharia de Explosão e Impacto da Universidade de Sheffield Sam Rigby.



A expectativa dos pesquisadores é que os dados da pesquisa sejam usados no planejamento de resposta a emergências futuras, ajudando a prever danos estruturais em edifícios e os tipos de lesões provocadas a diferentes distâncias do ponto zero.

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Explosão no porto de Beirute foi uma das maiores já registradas

Imagem de Alquimia sideral: quantia de ouro no Universo ainda não tem explicação no megacurioso

Por séculos, alquimistas tentaram, de diversas maneiras, criar ouro a partir da combinação de substâncias, sem sucesso, e a tarefa chegou a ser concr

Por séculos, alquimistas tentaram, de diversas maneiras, criar ouro a partir da combinação de substâncias, sem sucesso, e a tarefa <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108473-voce-sabia-possivel-transformar-chumbo-ouro.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">chegou a ser concretizada</a> com o auxílio de um acelerador de partículas, mas não é nada simples – já que se trata de um elemento único, formado pela combinação de 79 prótons e 118 nêutrons ao redor de um núcleo atômico. Hoje em dia, cientistas concordam que o surgimento do metal é resultado de um poderoso processo de fusão nuclear, entretanto, mesmo com o conhecimento científico adquirido nesse tempo todo, ainda existe um mistério difícil de desvendar: como é possível que haja tanto no Universo?



Pesquisadores do Reino Unido buscaram essa resposta e, com base em 341 outros estudos, criaram modelos robustos de como a galáxia evolui e dá origem a novos produtos químicos, visando entender a frequência com que colisões de estrelas de nêutrons são capazes de estabelecer um verdadeiro &#8220;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108168-cientistas-criam-ouro-sintetico-com-qualidade-superior-a-do-natural.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">toque de Midas</a>&#8221; espacial. Esta é uma teoria amplamente divulgada por teóricos. Os resultados, infelizmente, não forneceram a receita ideal para entendermos o montante daquilo que vale mais do que dinheiro espalhado por aí.



Ainda que esses encontros sejam capazes de lançar diversas riquezas pelas galáxias, para que o ouro surja, os corpos celestiais precisam ter massa suficiente para fundi-lo antes de morrerem – e aqueles que apresentam as características ideais geralmente se tornam <a href="https://www.megacurioso.com.br/astronomia/55567-nasa-explica-o-que-e-um-buraco-negro.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">buracos negros</a> quando explodem, sugando todo o material novamente.



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/05/05132053290270.jpg" alt="Afinal, de onde vem todo o ouro do Universo?" /><figcaption>Afinal, de onde vem todo o ouro do Universo? (Fonte: Unsplash)</figcaption></figure></div>



<h2>Quando o raro é raro mesmo!</h2>



Chiaki Kobayashi, astrofísica da Universidade de Hertfordshire, e sua equipe, então, lançaram uma nova hipótese: tudo pode ocorrer com a ajuda das chamadas supernovas magneto-rotacionais, que, segundo ela, giram rápido demais e são destruídas por poderosos campos gravitacionais, lançando jatos de matéria incandescente no espaço – incluindo ouro. Mesmo aqui, um porém não deixou de aparecer: aquelas que criam o metal são raras; aquelas que o desenvolvem e, também, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115789-terra-e-polvilhada-por-fragmentos-de-supernova-afirmam-cientistas.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">espalham</a> são mais raras ainda.



Resumindo, ainda que se some processos convencionais de colisão de estrelas de nêutrons e os propostos, não se sabe de onde veio a quantidade do elemento existente até mesmo na Terra. Felizmente, a dedicação não foi em vão.



Os responsáveis pelo método conseguiram explicar a formação de átomos leves, como o carbono-12, e tão pesados quanto o urânio-238 – o que é considerada uma ampla gama de elementos. A matemática, neste caso, não falhou. Já a alquimia permanece tão obscura quanto sempre o foi – e nem toda tecnologia atual é capaz de revelá-la.

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Alquimia sideral: quantia de ouro no Universo ainda não tem explicação

Imagem de Cientistas conseguem medir a distância entre nós e um magnetar no megacurioso

No departamento de objetos estelares esquisitos, estranhos ou inexplicáveis, as Fast Radio Bursts ("Rajadas Rápidas de Rádio", ou FRBs) estão hoje no

No departamento de objetos estelares esquisitos, estranhos ou inexplicáveis, as&nbsp;Fast Radio Bursts&nbsp;(<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/149143-cientistas-rastreiam-pulsos-radio-misteriosos-vindos-cosmos.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">"Rajadas Rápidas de Rádio", ou FRBs</a>) estão hoje no topo da lista. Magnetares podem ser as possíveis fontes dessas emissões, e a primeira medição geométrica direta da distância entre um deles e a Terra é o primeiro passo nessa direção.



<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/23/23153305739023.jpg" alt="Concepção artística de um magnetar emitindo uma explosão de radiação.">Concepção artística de um magnetar emitindo uma explosão de radiação.



Magnetares são cadáveres de estrelas supermassivas que explodiram em supernovas – estrelas de nêutrons com campos magnéticos gigantescos (até agora, os maiores do Universo). Como emitem fortes rajadas de raios X e gama, tornaram-se candidatos naturais a fontes de FRBs. E foi para um deles, o XTE J1810-197, que as antenas do Very Long Baseline Array (VLBA) se voltaram.



De janeiro a novembro de 2019 e, depois, entre março e abril deste ano, astrônomos observaram regularmente o magnetar descoberto em 2003, coletando dados de lados opostos da órbita da Terra ao redor do Sol. Com isso, conseguiram registrar uma ligeira mudança em sua posição em relação a objetos de fundo mais distantes – o efeito paralaxe (a diferença na posição aparente de um objeto visto por observadores em locais diferentes).



<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/23/23153542396028.jpg" alt="O efeito paralaxe permitiu calcular a distância até um magnetar dentro da Via Láctea.">O efeito paralaxe permitiu calcular a distância até um magnetar dentro da Via Láctea.



<h2>Poder para emitir FRBs</h2>



“Nossa medição mostrou que esse magnetar está entre os mais próximos conhecidos, cerca de 8,1 mil anos-luz. Futuramente, ele será alvo principal de estudos”, disse o astrônomo&nbsp;Hao Ding, da Universidade Swinburne de Tecnologia, na Austrália.



A pista que levou os astrônomos a considerar magnetares como fontes de FRBs veio com a observação de outra dessas estrelas mortas, o&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155686-estrela-morta-revela-origem-fenomeno-espacial-misterioso.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">SGR 1935 + 2154</a>. Em 28 de abril, foi registrada uma breve explosão de rádio – a maior já registrada em nossa galáxia.



Na véspera do evento, radiotelescópios espalhados pelo planeta detectaram um aumento na atividade do magnetar. Assim, no dia seguinte, quando a rajada foi captada na Terra, o telescópio canadense Canadian Hydrogen Intensity Mapping Experiment (CHIME) capturou uma explosão de rádio tão intensa que não foi possível, na hora, quantificá-la.



<h2>Pulsares no páreo</h2>



A astronomia hoje se divide quanto à origem das FRBs. A explicação mais aceita é que o responsável por elas são os pulsares, substituindo a ideia anterior de que as rajadas seriam consequência de catástrofes estelares, como supernovas (essa ideia mudou quando se descobriu que há&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154307-rajadas-radio-misteriosas-tem-periodicidade-confirmada.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">rajadas que são regulares</a>&nbsp;e não&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154123-sinal-intergalactico-cuja-fonte-misterio-repete-ciclos.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">eventos únicos</a>).



<figure class="mt-2 size-large"><img src="https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2020/09/5f71f68385134.gif" alt="" class="wp-image-122238" /></figure>



Os dados conseguidos com a definição da paralaxe do magnetar XTE J1810-197 serão usados na busca por explicações sobre FRBs. Sendo assim, a imensa força gravitacional de magnetares formam as condições extremas que podem gerar essas explosões de rádio.



<h2>O primeiro de uma série</h2>



“Determinar a distância precisa entre nós e esse magnetar significa que podemos calcular com precisão a força dos pulsos de rádio vindos dele. Os FRBs variam de intensidade; seremos capazes de medir se um pulso originado em um magnetar tem força parecida ou superior à de FRBs conhecidos”, disse o astrônomo Adam Deller, também da Universidade Swinburne.



<figure class="mt-2 size-large"><img src="https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2020/09/5f71f68387431.gif" alt="" class="wp-image-122239" /></figure>



O trabalho agora será incluir mais magnetares no estudo. “Precisamos obter mais distâncias para expandir nossa amostra e obter mais dados”, disse o astrônomo Walter Brisken.



Para Ding, “determinar as distâncias entre nós e os magnetares nos ajudará não só a entender esse fenômeno como aprender se talvez os FRBs sejam o exemplo mais extremo das rajadas gigantes desses corpos”.



<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/204202-cientistas-distancia-magnetar-rajadas-radio.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/204202-cientistas-distancia-magnetar-rajadas-radio.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Cientistas conseguem medir a distância entre nós e um magnetar</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a>

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