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Titanic: seriam as luzes no céu as responsáveis pelo naufrágio?


<p>Todo mundo conhece a história: na noite de 15 de abril de 1912, o grandioso navio <a rel="noopener noreferrer" href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/110193-21-fotos-fascinantes-capturadas-antes-e-logo-apos-o-titanic-afundar.htm" target="_blank">RMS Titanic</a> fazia sua viagem inaugural — que ia do porto de Southampton, na Inglaterra, à Nova York —, quando bateu em um iceberg no meio do Atlântico Norte, causando a morte de mais de 1500 pessoas por afogamento ou hipotermia, nas águas geladas.</p>



<p>Desde então, passado mais de um século, o desastre continua gerando fascinação em pessoas por todo o mundo e <a href="https://www.megacurioso.com.br/acontecimentos-historicos/55534-21-fatos-curiosos-sobre-o-naufragio-do-titanic.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">rendendo novas descobertas</a>. Agora, um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/" target="_blank" rel="noopener noreferrer">novo estudo científico</a> pode dar uma explicação muito plausível para as causas do acidente.&nbsp;</p>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><a class="fonte_imagem" href="https://en.wikipedia.org/wiki/Titanic"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/22/22151203001206.jpg" alt="Já começa a tocar Céline Dion quando a gente vê essa foto (Fonte: Wikimedia Commons)"/></a><figcaption>Já começa a tocar Céline Dion quando a gente vê essa foto. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></div>



<p>De acordo com um artigo escrito por uma pesquisadora independente e publicado pelo jornal <em>Weather</em>, a aurora que iluminava o céu naquela fatídica noite pode ser uma das principais culpadas pela colisão do Titanic com o iceberg e pela tragédia que se seguiu. Não por causa das luzes, mas sim porque ela causou uma tempestade magnética que confundiu os sistemas de navegação do navio e atrapalhou também a comunicação, minando os esforços de resgate e aumentando a dimensão da catástrofe.&nbsp;</p>



<h2>Iceberg injustiçado</h2>



<p>Se você nunca viu esse belíssimo fenômeno da natureza chamado aurora boreal (<a href="https://www.megacurioso.com.br/fenomenos-da-natureza/48170-5-fatos-curiosos-e-interessantes-sobre-as-auroras-boreais.htm">aqui</a> tem um post sobre isso), a gente explica rapidinho: elas se formam a partir de tempestades solares, quando o sol expulsa grandes quantidades de energia; quando essa energia colide com a atmosfera da Terra, surgem os brilhos multicoloridos que atraem muitos turistas às regiões próximas do Ártico. Aliás, a aurora boreal é boreal porque acontece próxima ao Polo Norte, mas também há a aurora austral, no Sul.&nbsp;</p>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter is-resized"><a class="fonte_imagem" href="https://spaceplace.nasa.gov/aurora/en/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/22/22150927609205.jpg" alt="Fonte: NASA/Reprodução" width="512" height="340"/></a><figcaption>Fonte: NASA/Reprodução</figcaption></figure></div>



<p>Enfim… Além de deixar o céu com uma aparência incrível, a aurora também inunda a região com partículas carregadas de energia — que pode causar interferências em sinais elétricos e magnéticos. É daí que surge a teoria da pesquisadora Mila Kinkova.&nbsp;</p>



<p>Segundo ela, uma tempestade solar poderosa o suficiente para produzir uma aurora boreal que foi observada em todos os barcos que passavam na região pode ter sido suficiente também para confundir os mecanismos de navegação do Titanic, causando o erro de cálculo fatal que o levou a colidir com o Iceberg — até porque um desvio pequeno teria evitado a tragédia.&nbsp;</p>



<p>Além disso, as ondas eletromagnéticas podem ter atrapalhado a comunicação do Titanic com outros navios que poderiam fazer o resgate — de fato, diversos relatos dão conta de que os sinais de rádio não estavam funcionando tão bem naquela noite, mas os efeitos da aurora boreal não eram tão conhecidos, na época.&nbsp;</p>



<p>Pois é… E esse tempo todo a gente só culpou o iceberg. Ou os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/106756-conheca-5-teorias-da-conspiracao-sobre-o-titanic.htm">aliens subaquáticos</a>.&nbsp;</p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:00.957Z

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Arqueólogos descobrem que aço inoxidável foi inventado há mil anos


<p>Um estudo publicado na última terça-feira (22) no <em>Journal of Archaeological Science</em> revelou que uma invenção que julgávamos moderna, o aço inoxidável, foi criado no século XI na <a rel="noopener noreferrer" href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115378-mumificacao-o-processo-de-embalsamar-os-mortos.htm" target="_blank">Pérsia</a>, e não no século XIX na Europa. Isso significa que o cromo passou a ser adicionado ao <a rel="noopener noreferrer" href="https://www.megacurioso.com.br/quadrinhos/44466-10-coisas-que-voce-provavelmente-nao-sabia-sobre-o-homem-de-aco.htm" target="_blank">aço</a> há pelo menos mil anos, para evitar sua oxidação.</p>



<p>Exemplares rudimentares de ligas de aço cromo foram descobertas num sítio arqueológico no sul do Irã, onde vivia o povo persa. A qualidade do metal utilizado por esta civilização ainda não possuía o nível mínimo de cromo para definir as qualidades inoxidáveis do aço (pelo menos 11%), mas era uma inovação tecnológica admirável para a época.</p>



<p>Alguns documentos antigos referiam-se a Chanak, na Pérsia, como um grande centro de fabricação do aço. A autora do estudo atual, dra. Rahil Alipour da University College London, e membros da sua equipe descobriram pedaços de aço abandonados em escórias de cadinhos usados para fundir metais na antiga aldeia persa.</p>



<p>Para saber sobre as técnicas de fundição, os pesquisadores utilizaram um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/116192-textos-que-nao-foram-incluidos-na-biblia-falam-de-magos-e-demonios.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">antigo manuscrito</a> persa chamado al-Jamahir fi Marifah al-Jawahi ("Um Compêndio para Conhecer as Gemas") do século X ou XI, que mostra uma receita para fazer aço em cadinhos, utilizando um ingrediente secreto.</p>



<h2>Conclusões</h2>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/25/25004435415051.jpg" alt="Fonte: Rahil Alipou/UCL/Reprodução)"/><figcaption>Criança sobre a camada arqueológica onde foram encontrados restos de fabricação do aço (Fonte: Rahil Alipou/UCL/Reprodução)</figcaption></figure></div>



<p>A dra. Alipour assegura, no <em>Journal of Archaeological Science</em>, que o ingrediente secreto descrito por Abu-Rayhan Biruni, o autor do manuscrito, era a cromita que, como indica o próprio nome, é um derivado do cromo. “Nossa pesquisa fornece a primeira evidência da adição deliberada de um mineral de cromo na produção de aço”, afirma a arqueóloga.</p>



<p>As amostras de aço encontradas em Chanak revelaram um teor de 1 a 2% de cromo, inferior ao que é usado no aço inoxidável atual, mas suficiente para atrasar a oxidação. Porém, a mistura também continha fósforo, que deixava os materiais, como espadas, mais frágeis.</p>



<p>Alipour conclui que o material descoberto em peças milenares foi muito importante, pois esta assinatura única de aço cromo pode ser utilizada em um trabalho realizado com especialistas de museus, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/radiacao/85339-afinal-como-funciona-o-processo-de-datacao-atraves-do-carbono-14.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">datação</a> e identificação de objetos.</p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:01.374Z

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Estudo mostra que dá para viajar no tempo, só falta saber como fazer


<p>Um release publicado nesta quinta-feira (24) no site da Universidade de Queensland na Austrália traz duas surpresas. Primeiramente, porque apresenta uma modelagem matemática que prova ser teoricamente possível <a href="https://www.megacurioso.com.br/fisica-e-quimica/44478-viagem-no-tempo-por-um-buraco-de-minhoca-seria-possivel-mas-so-para-fotons.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">viajar no tempo</a>. E em segundo lugar porque esse novo modelo foi elaborado por um acadêmico do 4º ano do Bacharelado em Ciências Avançadas.</p>



<p>O aluno Germain Tobar vem investigando a possibilidade de viagem no tempo, juntamente com seu orientador, o dr. Fabio Costa. No artigo “<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116110-astronomos-avistam-planeta-que-sobreviveu-a-morte-de-sua-estrela.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Gravidade</a> clássica e quântica”, Tobar utiliza as equações que Einstein criou para descrever os famosos loops de tempo, no qual um observador poderia interagir com seu próprio eu passado.</p>



<p>No entanto, isso traz à tona a questão se essa viagem poderia criar o chamado "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/103621-estes-exemplos-sobre-paradoxo-vao-bugar-sua-cabeca.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">paradoxo</a> do avô", no qual o observador interage de forma a evitar sua própria viagem no tempo.</p>



<p>Os dois matemáticos recusam-se a aceitar a inconsistência lógica atribuída a uma viagem no tempo, e propõem dinâmicas complexas nas quais é teoricamente possível que alguém possa viajar dessa forma e mudar a realidade. Porém, alertam que o resultado disso pode ser frustrante.</p>



<h2>Exemplos de viagem no tempo</h2>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/24/24212650710040.jpg" alt="Fonte: UQ News/Divulgação" /><figcaption>Costa e Tobar (Fonte: UQ News/Divulgação)</figcaption></figure></div>



<p>O professor Costa dá um exemplo atual: “Digamos que você viajou no tempo na tentativa de impedir que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113745-coronavirus-china-pode-ter-identificado-paciente-zero.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">paciente zero da covid-19</a> fosse exposto ao vírus. No entanto, se você impedisse esse indivíduo de ser infectado, isso eliminaria a motivação inicial para você voltar e parar a pandemia”.</p>



<p>A dupla concorda que o universo se ajustaria. Embora o modelo descrito por eles envolva um mundo simplificado, onde causa e efeito são representados por bolas de bilhar quicando umas nas outras, aluno e professor asseguram que ambientes humanos mais complexos operam exatamente da mesma maneira.</p>



<p>Tobar afirma que: “No exemplo do paciente zero com coronavírus, você pode tentar impedir que o paciente zero seja infectado, mas, ao fazer isso, você pegaria o vírus e se tornaria o paciente zero, ou outra pessoa o faria”.&nbsp;</p>



<p>Ou seja, embora você possa mudar a história, teria que ser de tal forma que você ainda existisse e desejasse fazer essa viagem, evitando qualquer paradoxo.</p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:01.364Z

Imagem de A curiosa e fétida origem do sabão no megacurioso


<p>A origem exata do sabão é meio confusa e incerta. Durante uma escavação nas terras onde se estabeleceu a antiga Babilônia foram encontrados indícios de que os povos babilônios produziam uma substância similar por volta de 2800 a.C., feita com gorduras fervidas e cinzas e usada para limpar lã e algodão na fabricação de têxteis. Pesquisadores também conseguiram determinar que o sabão foi um componente medicinal no combate a doenças por pelo menos 5 mil anos.</p>



<p>Cozinhando ácidos graxos, como a gordura de vacas ou cabras, com água e soda cáustica, uma mistura derivada das cinzas de madeira, os antigos mesopotâmios conseguiram produzir uma gosma gordurosa que fedia muito e era destinada para a mesma função que a dos babilônios. No <em>Papiro Ebers</em>, um dos tratados médicos mais antigos e relevantes da história, consta que por volta de 1550 a.C. egípcios já misturavam óleos animais e vegetais com sais alcalinos para produzir uma paste que depois de seca servia para limpeza.</p>



<p>Acredita-se que os romanos foram os primeiros a fazerem o sabão, no século I, por meio da combinação de urina e sebo de cabra com cinzas de faia. Por volta de 77, o naturalista romano Plínio, o Velho, mencionou em seu livro <em>Naturalis Historia&nbsp;</em>uma pomada feita de sebo de madeira derivada da gordura da carne e misturada com cinzas que era aplicada nos cabelos para dar uma tonalidade avermelhada.</p>



<p>Uma fábrica de sabão foi descoberta nas ruínas de Pompeia após a cidade ser destruída pela erupção do lendário Vesúvio, o que sugere que o produto era amplamente conhecido no Império Romano.</p>



<h2>Lavando a sujeira</h2>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/11/11185630522501.jpg" alt="(Fonte: Oliversity/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Oliversity/Reprodução)</figcaption></figure></div>



<p>Acredita-se que a palavra <em>sabão</em> tenha nascido com os celtas, pois foram os primeiros a batizar um produto feito com gordura animal, cinzas e plantas, o qual chamaram de <em>saipo</em>. Existem histórias de que o nome veio após uma descoberta no Monte Sapo, uma montanha provavelmente fictícia citada em um conto romano de acordo com o qual a gordura do corpo de animais sacrificados no local escorria para o rio logo abaixo; com o tempo, os povos perceberam que os itens lavados naquelas águas ficavam mais limpos.</p>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/11/11190830543512.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Pinterest/Reprodução)</figcaption></figure></div>



<p>Ainda que o sabonete tenha se tornado popular para higiene pessoal nos últimos séculos da Era Romana, marcada pelos famosos banhos públicos, a história deu um passo para trás entre 1500 e 1700. Na época, muitos povos, principalmente os europeus, abandonaram o hábito de tomar banho devido ao nível de insalubridade da água, que mais propagava doenças do que limpava.</p>



<p>Em meados de 1775, há registros de mulheres pobres das antigas colônias que costumavam armazenar gordura do açougue, graxa da cozinha e cinzas de madeira durante o inverno. Quando chegava a primavera, elas faziam soda cáustica com as cinzas e a ferviam com a gordura e a graxa em um caldeirão. Depois de seca e fracionada, essa substância virava uma espécie de sabão em pedra macio, apesar de fedido, que elas usavam para lavar as camisas de linho que os colonos usavam como peças íntimas.</p>



<h2>A revolução de Leblanc</h2>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/11/11190721699511.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Pinterest/Reprodução)</figcaption></figure></div>



<p>Só no fim do século 17 os europeus readquiriram o hábito de tomar banho. Com isso, perceberam que uma boa higiene pessoal reduzia a propagação de doenças, portanto a demanda por sabão aumentou. Até 1791, muitas taxas eram colocadas em um pequeno pedaço de sabão devido à dificuldade de confecção, por isso a maioria da população não tinha acesso ao produto, o que inviabilizava um padrão linear de comportamento higiênico.</p>



<p>Isso só mudou quando o químico francês Nicolas Leblanc patenteou um processo que transformava carbonato de sódio em uma substância alcalina que combinada com gordura formava o sabão. Com o passar dos anos, esse avanço permitiu que em 1850 acontecesse a fabricação em massa do produto junto aos avanços das fábricas na América do Norte.</p>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/11/11190939778513.jpg" alt="(Fonte: FraganceX/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: FraganceX/Reprodução)</figcaption></figure></div>



<p>Em 1879, a Procter &amp; Gamble (P&amp;G) lançou o Ivory, um dos primeiros sabonetes perfumados da USBJ Johnson Soap Company. Após mais de 2 décadas de experimentos laboratoriais, a empresa chegou a uma mistura de óleo de coco e palma importada com óleo de algodão produzido internamente que levou à descoberta de gorduras hidrogenadas.</p>



<p>Em 1900 foi lançado o sabonete Palmolive, um dos mais vendidos do mundo. A sua base de gorduras sólidas de origem vegetal fez com que o sabão se tornasse menos dependente de subprodutos de derivação animal.</p>



<h2>Um método mais eficiente</h2>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter is-resized"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/11/11191549283514.jpg" alt="(Fonte: Flickriver/Reprodução)" width="370" height="506" /><figcaption>(Fonte: Flickriver/Reprodução)</figcaption></figure></div>



<p>O período de 1914 a 1939, durante as duas grandes Guerras Mundiais, foi marcado pela escassez de gorduras e óleos animais e vegetais usados na fabricação de sabão, uma vez que o produto se tornou o elemento principal para ajudar a limpar os ferimentos de soldados e vítimas dos conflitos.</p>



<p>A indústria ainda não estava preparada para esse tipo de fabricação em massa e em tão pouco tempo, então o produto parou de chegar a todos os lugares. A solução que os químicos encontraram para que o mercado não entrasse em colapso total foi usar outras obras-primas e as submeter a um processo de sintetização. Cientistas alemães criaram um tipo de sabão a partir de derivados do petróleo que era mais fácil de ser produzido; foi assim que nasceram os detergentes que conhecemos hoje.</p>



<p>Os sabões comercializados atualmente têm aditivos químicos que hidratam, conferem aromas, têm propriedades condicionadoras e são o principal aliado no combate aos microrganismos. No cenário pandêmico que o mundo enfrenta, o seu significado comum no cotidiano de bilhares de pessoas adquiriu um caráter de salvação.</p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:01.232Z

A curiosa e fétida origem do sabão

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Novo tipo de 'bóson escuro' pode ter sido encontrado por cientistas


<p>Uma nova pesquisa publicada na <em>Physics Review Letters</em> pode indicar as primeiras evidências experimentais de bósons escuros no universo. Segundo especialistas do MIT, responsáveis por conduzir os estudos, as partículas fundamentais candidatas à <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116048-materia-escura-observacoes-apontam-lacunas-em-estudos-espaciais.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">matéria escura</a> ainda não possuem comprovações teóricas mais embasadas, mas os poucos dados obtidos durante o projeto já sugerem um certo entusiasmo para a comunidade científica.</p>



<p>Os resultados obtidos pela equipe do MIT concorreram com um estudo liderado por pesquisadores da Aarhus University, na Dinamarca, ambos procurando diferenças sutis no posicionamento de um elétron em um isótopo a medida que ele saltava por diferentes níveis de energia. O Massachusetts Institute of Technology ficou responsável por estudar cinco variantes de itérbio, enquanto os dinamarqueses ficaram com cinco variantes de cálcio.</p>



<p>O estudo teve como base o modelo teórico do intercâmbio entre os quarks que formam os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116076-universo-teria-se-formado-a-partir-dos-escombros-de-outro.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">nêutrons</a> e elétrons de um átomo, onde as partículas escuras seriam "virtualmente" substituídas pelas unidades, interferindo em sua frequência e, consequentemente, na disposição linear a partir de desvios ocasionados por uma pequena força de interação com a considerada "matéria comum" (no caso, cálcio e itérbio).</p>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><a class="fonte_imagem" href="https://www.livescience.com/new-type-of-dark-boson.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/22/22100821143018.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock/Reprodução)"/></a><figcaption>(Fonte: Shutterstock/Reprodução)</figcaption></figure></div>



<p>Ambos os experimentos representaram os devidos dados em gráficos pré-estabelecidos, especializados em medições isotópicas. Os resultados, então, mostraram o padrão esperado para a disposição dos isótopos de cálcio, que seguiram o modelo previsto de "linha reta", porém o padrão dos isótopos de itérbio apresentou ligeiras distorções, indicando a possível influência dos bósons escuros.</p>



<h2>Entusiasmo contido dos cientistas</h2>



<p>Apesar dos resultados favoráveis à influência de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116005-nasa-detalha-comportamento-nunca-observado-do-asteroide-bennu.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">partículas</a> fundamentais nas estruturas de isótopos de itérbio, cientistas do MIT tratam a situação com cautela, especialmente por ser um estudo recente ainda sem muita comprovação. Assim como a matéria escura, que há décadas vem sido estudada e, mesmo assim, ainda é de pouco entendimento científico, os bósons escuros estão sendo tratados da mesma forma.</p>



<p>Da mesma forma que o caso da distorção linear tem muito a ser estudado, os experimentos da universidade dinamarquesa também possuem respostas a ser obtidas, especialmente por conta de nada ter sido identificado. O modelo padrão, baseado na correção conhecida como "quadratic field shift", pode ter sido um dos motivos para os padrões encontrados, mas são necessárias novas análises para entender os misteriosos bósons escuros.</p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:00.925Z

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Conheça a bactéria que expira eletricidade (e como ela faz isso)


<p>Puxe o ar pelo nariz e encha seus pulmões, depois solte o ar pela boca... Não, isso não é um <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/98672-este-simples-gif-pode-acabar-com-a-sua-ansiedade-agora-mesmo.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">vídeo de meditação</a>. A gente só está refletindo sobre como os seres humanos – e outros animais, como nós — <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/110457-voce-sabe-por-que-nao-precisa-lembrar-de-respirar.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">respiram</a>. Tudo isso para dizer que as bactérias <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113575-cientistas-descobrem-animal-que-nao-precisa-respirar.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">respiram de uma forma bem diferente</a>. Algumas, inclusive, exalam eletricidade quando fazem isso.&nbsp;</p>



<p>É isso aí. Assim como a gente exala gás carbônico cada vez que solta o ar, há bactérias que soltam eletricidade. São espécies do gênero <em>Geobacter</em>, relativamente comuns em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109128-este-peixe-derrete-na-superficie.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">águas subterrâneas</a>. Claro que, sendo uma bactéria muito pequena, não é como se ela fosse um gerador da <a href="https://www.megacurioso.com.br/astronomia/42012-a-maior-hidroeletrica-do-planeta-e-capaz-de-alterar-a-rotacao-da-terra-.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">usina de Itaipu</a>... Mas, sim, ela inspira o material orgânico do ambiente em que vive e expira elétrons, que formam uma minúscula corrente elétrica.&nbsp;</p>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><a class="fonte_imagem" href="https://www.livescience.com/electron-breathing-geobacter-microbes.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/21/21195502247079.jpg" alt="Uma bactéria que emite eletricidade? Sim, isso existe! (Fonte: LiveScience/Reprodução)"/></a><figcaption>Uma bactéria que emite eletricidade? Sim, isso existe! (Fonte: LiveScience/Reprodução)</figcaption></figure></div>



<h2>Um microgerador da natureza</h2>



<p>O que mais interessa os cientistas, contudo, é entender como a&nbsp;<em>Geobacter</em> produz e emite eletricidade. Assim, quem sabe, seria possível aproveitar a bactéria como um gerador biológico e natural. Nesse sentido, um estudo publicado recentemente por pesquisadores da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/112807-universidades-de-yale-e-harvard-recriam-receitas-de-4-mil-anos.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Universidade de Yale</a> e divulgado na revista <em>Nature Chemical Biology</em><em>,&nbsp;</em>fez descobertas bem interessantes.&nbsp;</p>



<p>A ciência já sabia que a&nbsp;<em>Geobacter</em> exalava seus elétrons por estruturas chamadas de "nanofios": filamentos 100 mil vezes menores que um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113136-a-menor-casa-do-mundo-e-mais-fina-que-um-fio-de-cabelo.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">fio de cabelo humano</a>, mas muito maiores do que o próprio micróbio. Esses nanofios são capazes de enviar os elétrons para distâncias equivalentes ao tamanho de milhares de bactérias — é como se você conseguisse soprar por mais de um quilômetro.&nbsp;</p>



<p>A bactéria "sopra" tão longe para que esses elétrons possam ser absorvidos por algum mineral (geralmente óxido de ferro), que pode não estar tão próximo. Quando ela está em ambientes especialmente inóspitos, surgem adaptações para "soprar" elétrons ainda mais longe. E aí que surgem ideias para tentar aproveitar essa eletricidade.</p>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><a class="fonte_imagem" href="https://www.livescience.com/electron-breathing-geobacter-microbes.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/21/21195214542078.jpg" alt="As bactérias e seus nanofios (Fonte: LiveScience/Reprodução)"/></a><figcaption>As bactérias e seus nanofios (Fonte: LiveScience/Reprodução)</figcaption></figure></div>



<h2>Uma combinação eletrizante</h2>



<p>Se você assistia ou jogava <a href="https://www.megacurioso.com.br/desenhos-animados/99894-como-usar-os-pokemons-para-ensinar-biologia-as-criancas.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Pokémon</a>, você deve lembrar do Magnemite, uma espécie que lembrava um imã. Quando ele se juntava com outros Magnemites, ele evoluía para Magneton, que era mais forte e tinha mais eletricidade. Por que estamos contando isso?&nbsp;</p>



<p>Bom, porque é mais ou menos isso que algumas espécies do gênero <em>Geobacter</em> fazem.&nbsp;</p>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><a class="fonte_imagem" href="https://bulbapedia.bulbagarden.net/wiki/File:Clemont_Magneton.png"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/21/21195909998082.png" alt="Lembra disso? Então..."/></a><figcaption>Lembra disso? Então...</figcaption></figure></div>



<p>Quando expostas à eletricidade, bactérias <em>Geobacter sulfurreducens</em> se "grudam" em grupos com centenas de indivíduos. Assim, elas conseguem expirar seus elétrons para distâncias ainda maiores do que poderiam sozinhas. Na natureza, isso funciona como uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/fenomenos-da-natureza/43030-como-os-insetos-se-adaptam-para-sobreviver-ao-inverno.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">estratégia de sobrevivência</a>. Para nós, pode significar o uso desses micróbios como baterias biológicas.&nbsp;</p>



<p>Isso porque as bactérias emitem muito pouca energia, naturalmente. Uma célula de combustível de <em>Geobacter&nbsp;</em>feita em 2008 emitiu apenas 36 miliwatts. Um miliwatt é um milésimo de watt e qualquer carregador de celular tem pelo menos 5 watts, então dá para fazer as contas e entender que 36 miliwatts é bem pouco, né?&nbsp;</p>



<p>Portanto, os cientistas precisam entender esses mecanismos — e saber como amplificar a geração de energia das bactérias — antes que seu celular possa vir com uma bateria feita de micróbios dentro dele. De qualquer forma, a pesquisa publicada agora deu um grande passo nesse sentido.&nbsp;</p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:00.894Z

Imagem de 'Imprudência': astrofísica critica anúncio de vida em Vênus no megacurioso

'Imprudência': astrofísica critica anúncio de vida em Vênus

<p style="text-align: justify;">O recente anúncio do <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/177722-cientistas-detectam-possivel-sinal-vida-microbiana-venus.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">sinal de vida alienígena em Vênus</a> chamou a atenção de toda comunidade científica internacional. Foi nesse contexto que Duília de Mello, astrônoma e astrofísica brasileira associada à <a title="NASA" href="http://www.tecmundo.com.br/nasa/" target="_blank" rel="noopener noreferrer">NASA</a>, criticou a possível descoberta em entrevista à BBC News Brasil. Para a cientista, o anúncio é "precipitado" e "imprudente" por carecer de confirmações.</p>
<p style="text-align: justify;">A descoberta foi divulgada pela revista Nature Astronomy e pela Sociedade Astronômica Real, de Londres, na última segunda-feira (14) e relata a possível presença de gás que contém fosfina. Essa molécula, bastante comum na natureza terrestre, é resultante da ação de micróbios que vivem nos organismos de animais e em locais com pouco oxigênio, como os pântanos.</p>
<p style="text-align: justify;">Dessa maneira, a falta de quaisquer outras explicações para a origem da substância na atmosfera venusiana levou os cientistas responsáveis pela descoberta a relatá-la como um possível sinal de vida no planeta. O caráter repentino do estudo dividiu opiniões da comunidade científica: "As pessoas, às vezes, na ansiedade de mostrar resultados, acabam cometendo erros", comenta a astrofísica Duílla de Mello, em entrevista à BBC News Brasil.</p>
<span class="img-fc" data-fonte=" ESO/M.KORNMESSER/L.CALCADA/NASA " data-fonte-url="https://www.bbc.com/portuguese/geral-54185816"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/17/17133030970217.jpg" alt="Molécula de fosfina em simulação. (Fonte: ESO /M. Kornmesser / L.Calcada / NASA / Reprodução)" /><span class="desc">Molécula de fosfina em simulação. (Fonte: ESO /M. Kornmesser / L.Calcada / NASA / Reprodução)</span></span>
<p style="text-align: justify;">A descoberta foi feita por cientistas da Universidade de Cardiff, no País de Gales — em parceria com pesquisadores dos Estados Unidos, Japão e Reino Unido — por meio de ondas de rádio do telescópio James Clerk Maxwell, no Havaí. Posteriormente, foi confirmada por 45 das 66 antenas — que operam de maneira semelhante a um grande telescópio — do observatório Alma, no deserto do Atacama, Chile.</p>
<p style="text-align: justify;">Para a astrônoma brasileira, o método da descoberta deve ser reavaliado: "São dois instrumentos completamente diferentes," comenta. "Era preciso que fosse feita uma reconfirmação com o próprio Alma."</p>
<p style="text-align: justify;">Em conclusão, Duília ressalta a importância do estudo: "Um resultado desse tipo motiva missões," comenta, quando questionada sobre as possíveis próximas missões à Vênus. Contudo, pede prudência na análise e divulgação dos dados do estudo recente:"Vênus não vai sair de lá, né?"</p>
<p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/185509-imprudencia-astrofisica-critica-anuncio-vida-venus.htm">'Imprudência': astrofísica critica anúncio de vida em Vênus</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

thumb-image-2024-02-29T14:05:00.214Z

Imagem de Datação por radiocarbono ganha melhorias importantes no megacurioso

Método utiliza isótopo de carbono radioativo para determinar cronologia de materiais arqueológicos com 55 mil anos de precisão

<p>O International Calibration Working Group<em>&nbsp;</em>(IntCal20) anunciou a t&atilde;o esperada atualiza&ccedil;&atilde;o na data&ccedil;&atilde;o por radiocarbono para 2020. O trabalho divulgado na edi&ccedil;&atilde;o de agosto da <em>Radiocarbon&nbsp;</em>trabalha para estender em duas vezes a &uacute;ltima curva cronol&oacute;gica elaborada em 2013.</p>
<p>A data&ccedil;&atilde;o por radiocarbono &eacute; um m&eacute;todo voltado a identificar o per&iacute;odo hist&oacute;rico em que materiais encontrados nos s&iacute;tios arqueol&oacute;gicos existiram na Terra. A t&eacute;cnica usa o is&oacute;topo radioativo do <a href="https://www.megacurioso.com.br/radiacao/85339-afinal-como-funciona-o-processo-de-datacao-atraves-do-carbono-14.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">carbono-14</a> &mdash; que deixa sua marca na superf&iacute;cie durante a decomposi&ccedil;&atilde;o da mat&eacute;ria org&acirc;nica &mdash; &nbsp;para determinar a idade de um objeto.</p>
<h2>Prim&oacute;rdios da data&ccedil;&atilde;o por radiocarbono</h2>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Pixabay&nbsp;" data-fonte-url="https://pixabay.com/pt/photos/cinzas-vulcao-erupcao-paisagem-1867440/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/14/14003819666077.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" /><span class="desc">(Fonte: Pixabay)</span></span></p>
<p>As primeiras pesquisas envolvendo data&ccedil;&atilde;o por radiocarbono foram realizadas na Gr&eacute;cia durante a d&eacute;cada de 1960, quando arqueologistas das ilhas de Santorini descobriram os resqu&iacute;cios da antiga Civiliza&ccedil;&atilde;o Minoica de Tera enterrada em meio a destro&ccedil;os vulc&acirc;nicos.</p>
<p>H&aacute; 3,5 mil anos, a cidade de Tera foi atingida por uma catastr&oacute;fica erup&ccedil;&atilde;o de um vulc&atilde;o, que espalhou fuma&ccedil;a e rochas vulc&acirc;nicas pelo Mediterr&acirc;neo. A explos&atilde;o tamb&eacute;m provocou ondas de tsunami que atingiram a costa de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/112660-conheca-o-mito-de-europa-a-rainha-de-creta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Creta</a>.</p>
<p>Essa foi uma das explos&otilde;es vulc&acirc;nicas mais expressivas nos &uacute;ltimos 10 mil anos, deixando uma marca hist&oacute;rica a respeito da Idade do Bronze no <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/111373-nova-ilha-se-formou-no-mediterraneo-e-ela-e-feita-de-toneladas-de-lixo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mediterr&acirc;neo</a>. Entretanto, esse &eacute; um t&oacute;pico muito controverso na arqueologia, visto que os pesquisadores ainda n&atilde;o haviam chegado a um consenso sobre a data exata do acontecimento.</p>
<p>De toda forma, a nova curva de data&ccedil;&atilde;o por radiocarbono feita pela IntCal20 pode ser determinante para que os cientistas fa&ccedil;am novas descobertas n&atilde;o s&oacute; sobre o fim de Tera, mas tamb&eacute;m sobre a cronologia de outros lugares, artefatos e eventos no mundo todo.</p>
<h2>Calibrando as medidas radiocarb&ocirc;nicas</h2>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Pixabay&nbsp;" data-fonte-url="https://pixabay.com/pt/photos/carvao-vegetal-cinzas-churrasco-2396754/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/14/14003851151078.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" /><span class="desc">(Fonte: Pixabay)</span></span></p>
<p>Segundo a equipe da IntCal20, toda mat&eacute;ria viva na Terra absorve o carbono-14, que se decomp&otilde;e com o tempo. Isso faz com que ossos, conchas, carv&atilde;o e outras mat&eacute;rias org&acirc;nicas deixem uma marca temporal impressa na superf&iacute;cie do planeta.</p>
<p>Entretanto, o novo documento entende que a data&ccedil;&atilde;o carb&ocirc;nica precisa ser ajustada conforme a localiza&ccedil;&atilde;o do objeto em an&aacute;lise e de maneira independente, gra&ccedil;as &agrave; flutua&ccedil;&atilde;o da atividade solar e de outros fen&ocirc;menos, como as bombas at&ocirc;micas e a queima de combust&iacute;vel f&oacute;ssil.</p>
<p>Os pesquisadores acreditam que a an&aacute;lise atual de extratos de madeiras antigas, n&uacute;cleos de geleiras, sedimentos de lagos sazonais e estalagmites de caverna cont&eacute;m mat&eacute;ria suficiente para rastrear o passado da Terra em at&eacute; 55 mil anos, o que seria praticamente a medida m&aacute;xima que a data&ccedil;&atilde;o por radiocarbono pode atingir.</p>

thumb-image-2024-02-29T14:04:59.581Z

Datação por radiocarbono ganha melhorias importantes

Imagem de Por causa da microgravidade, cérebro se reorganiza no espaço no megacurioso

Pesquisa faz parte de uma série de estudos sobre efeitos das viagens espaciais

<p>Os longos per&iacute;odos vividos em ambiente de microgravidade fazem o c&eacute;rebro se reorganizar dentro da caixa craniana &ndash; essa foi a conclus&atilde;o da mais nova etapa no trabalho de uma equipe de pesquisadores da B&eacute;lgica, da R&uacute;ssia e da Alemanha que, desde 2014, estuda os <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/156227-traje-gravidade-movel-viabilizar-longas-viagens-espaciais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">efeitos das longas miss&otilde;es no espa&ccedil;o</a> nos tecidos do c&eacute;rebro.</p>
<p>Segundo o trabalho publicado no jornal <em>Science Advances</em>, onze cosmonautas participantes de miss&otilde;es de longa dura&ccedil;&atilde;o (em m&eacute;dia, 171 dias) na Esta&ccedil;&atilde;o Espacial Internacional (ISS) se submeteram a centenas de varreduras cerebrais entre fevereiro de 2014 e mar&ccedil;o de 2019, tanto antes do lan&ccedil;amento quanto 9 dias depois do retorno. Oito ainda foram examinados 7 meses depois, para analisar se as mudan&ccedil;as percebidas haviam sumido.</p>
<p>As varreduras revelaram que o c&eacute;rebro, em longos per&iacute;odos de microgravidade, migra dentro da caixa craniana; o l&iacute;quido cefalorraquidiano (ou LCR, uma solu&ccedil;&atilde;o salina pobre em prote&iacute;nas e c&eacute;lulas, que age como um amortecedor para o c&oacute;rtex cerebral e a medula espinhal), por sua vez, aumenta de volume, acabando por se acumular ao redor dos olhos (o que provoca danos &agrave; vis&atilde;o, mas de maneira revers&iacute;vel). </p>
<p>A reorienta&ccedil;&atilde;o do c&eacute;rebro fez surgir novas habilidades motoras, al&eacute;m de equil&iacute;brio e coordena&ccedil;&atilde;o mais apurados. O c&eacute;rebro dos cosmonautas voltou &agrave; posi&ccedil;&atilde;o normal depois de 7 meses em Terra.</p>
<h2>Normalidade ou dem&ecirc;ncia</h2>
<p>Em um estudo publicado em 2019, os mesmos pesquisadores descobriram que o aumento do volume de LCR tamb&eacute;m fazia com que os ventr&iacute;culos cerebrais (um sistema de 4 cavidades interconectadas) aumentassem em m&eacute;dia 11,6%.</p>
<p>Passados os 7 meses, todos os cosmonautas tinham ventr&iacute;culos cerebrais 6,4% maiores, em m&eacute;dia, do que antes de serem expostos &agrave; microgravidade.</p>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/11/11115920352262.jpg" alt="." /> <a class="fonte_imagem" href="https://www.pnas.org/content/116/21/10531">&nbsp;Angelique Van Ombergen et al/Divulga&ccedil;&atilde;o</a></figure>
<p>Ainda n&atilde;o se sabe quais s&atilde;o os efeitos de longo prazo sobre o c&eacute;rebro no espa&ccedil;o. Durante o acompanhamento, n&atilde;o foram detectados sintomas da chamada hidrocefalia de press&atilde;o normal (os ventr&iacute;culos tamb&eacute;m aumentam, causando dificuldade para andar, problemas de bexiga e dem&ecirc;ncia). N&atilde;o h&aacute; dados depois do per&iacute;odo de observa&ccedil;&atilde;o.</p><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/177667-causa-microgravidade-cerebro-reorganiza-espaco.htm">Por causa da microgravidade, cérebro se reorganiza no espaço</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

thumb-image-2024-02-29T14:04:59.391Z

Por causa da microgravidade, cérebro se reorganiza no espaço

Imagem de Como é o processo de nomeação ao Prêmio Nobel da Paz? no megacurioso

Os nomes indicados são mantidos em segredo por até 50 anos

<p>O Pr&ecirc;mio Nobel &eacute; a maior honraria intelectual do mundo. Este conjunto de pr&ecirc;mios homenageia os trabalhos mundiais mais relevantes na F&iacute;sica, Literatura, Qu&iacute;mica, Medicina, Economia e Paz.</p>
<p>Esta &uacute;ltima categoria &eacute; uma das que mais chamam a aten&ccedil;&atilde;o e despertam a curiosidade. Desde 1901, foram mais de 100 pessoas homenageadas com esse pr&ecirc;mio, incluindo nomes como Madre Teresa de Calcut&aacute;, Martin Luther King Jr., Nelson Mandela e <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/114912-vencedora-do-nobel-da-paz-malala-yousafzai-se-forma-em-oxford.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Malala Yousafzai</a>.</p>
<p>A pessoa que vence essa categoria &eacute; agraciada com uma medalha, o t&iacute;tulo do Pr&ecirc;mio Nobel da Paz, um diploma pessoal e o equivalente a US$ 1,2 milh&atilde;o (o que seria algo em torno de R$ 6,5 milh&otilde;es). Nada mal, n&atilde;o &eacute;?</p>
<h2>Como os nomes s&atilde;o indicados ao pr&ecirc;mio</h2>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/09/09231607581241.jpg" alt="Cerim&ocirc;nia do Pr&ecirc;mio Nobel em 2010. (Fonte: Wikimedia Commons)" /><figcaption style="text-align: center;">Cerim&ocirc;nia do Pr&ecirc;mio Nobel em 2010. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure>
<p>De acordo com o site do Pr&ecirc;mio Nobel, as indica&ccedil;&otilde;es v&ecirc;m de um grupo selecionado de pessoas, incluindo membros de governos nacionais, membros da Corte Permanente de Arbitragem e da Corte Internacional de Justi&ccedil;a de Haia, al&eacute;m de professores universit&aacute;rios e ex-ganhadores da categoria.&nbsp;</p>
<p>Para indicar um nome, a pessoa que se encaixar nos pr&eacute;-requisitos, como os citados acima, precisa preencher um formul&aacute;rio com informa&ccedil;&otilde;es pessoais b&aacute;sicas no site do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112375-como-mudar-o-mundo-atraves-do-premio-nobel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pr&ecirc;mio Nobel.</a> A p&aacute;gina tamb&eacute;m tem a lista completa das categorias contempladas que podem receber uma indica&ccedil;&atilde;o.&nbsp;</p>
<p>Feito isso, um e-mail ser&aacute; enviado contendo as instru&ccedil;&otilde;es de como submeter a nomea&ccedil;&atilde;o. As regras s&atilde;o claras: n&atilde;o pode nomear a si mesmo, nem fazer campanha para algu&eacute;m ganhar.</p>
<h2>Como os vencedores s&atilde;o escolhidos</h2>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/09/09231658904242.jpg" alt="Malala Yousafzai na cerim&ocirc;nia do Nobel da Paz em 2014. (Fonte: Wikimedia Commons)" /><figcaption style="text-align: center;">Malala Yousafzai na cerim&ocirc;nia do Nobel da Paz em 2014. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure>
<p>O Comit&ecirc; Noruegu&ecirc;s do Nobel cria uma lista com 20 a 30 candidatos e a repassa aos conselheiros do Instituto Nobel, que produzem relat&oacute;rios sobre cada pessoa.&nbsp;</p>
<p>O <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/112353-conheca-abiy-ahmed-o-ganhador-do-premio-nobel-da-paz-em-2019.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nome vencedor</a> &eacute; escolhido no in&iacute;cio de outubro, ap&oacute;s an&aacute;lises e discuss&otilde;es sobre os relat&oacute;rios. O voto &eacute; decidido pela maioria, embora sempre haja uma tentativa de obter consenso.&nbsp;</p>
<p>Uma curiosidade &eacute; que o p&uacute;blico nunca fica sabendo quem est&aacute; na lista dos indicados. Como os registros s&atilde;o mantidos em segredo por at&eacute; 50 anos, n&atilde;o h&aacute; a frustra&ccedil;&atilde;o de saber que foi nomeado e rejeitado.&nbsp;&nbsp;</p>

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