Voos espaciais longos aceleram o envelhecimento, apontou estudo

12/10/2020 às 02:002 min de leitura

Os voos espaciais prolongados podem provocar importantes mudanças fisiológicas nos corpos dos astronautas, que contribuem diretamente para acelerar o envelhecimento dos viajantes. É o que aponta um estudo feito por pesquisadores do Instituto Politécnico de Turim, na Itália, publicado no início de outubro, no jornal npj Microgravity.

A pesquisa, baseada em um modelo matemático, permitiu investigar mecanismos dos voos espaciais que induzem uma série de problemas, entre os quais o descondicionamento vascular. Como a vida em gravidade zero exige um menor esforço físico, o coração acaba se tornando menos tolerante aos exercícios, situação semelhante a uma versão acelerada do envelhecimento.

Na comparação da resposta cardiovascular em condições de zero gravidade com o que acontece na Terra, os autores notaram que vários parâmetros hemodinâmicos foram reduzidos, incluindo o consumo de oxigênio, trabalho cardíaco, índices de contrabilidade e pressão arterial. Alterações significativas no nível capilar-venoso também foram notadas.

O estudo comparou as condições fisiológicas em gravidade zero e na Terra.O estudo comparou as condições fisiológicas em gravidade zero e na Terra.

Dessa forma, eles chegaram à seguinte conclusão: o condicionamento físico de quem passa um longo tempo participando de missões espaciais, sob os efeitos prolongados da ausência de gravidade, pode ser comparável à situação das pessoas que nunca se exercitaram, levando a uma vida sedentária. Diante do rigor dos testes físicos pelos quais os astronautas passam, antes de embarcarem, o estudo afirma se tratar de uma mudança impressionante.

Descoberta pode provocar mudanças nas missões futuras

Com a NASA e outras agências espaciais se preparando para explorar cada vez mais o espaço, as missões de longa duração das próximas décadas, como uma possível expedição a Marte, precisarão passar por algumas adaptações, baseadas no resultado desse estudo. Isso é o que pensa a engenheira aeroespacial Stefania Scarsoglio, autora principal da pesquisa.

“As descobertas atuais são úteis para projetar futuros voos espaciais de longo prazo, individualizar contramedidas ideais, compreender o estado de saúde dos astronautas e solicitar a capacidade física imediata, no momento da restauração da gravidade parcial, quando for necessária”, comentou Scarsoglio.

Voos espaciais longos aceleram o envelhecimento, apontou estudo via TecMundo

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