Imagem de Mais que internet: fibra óptica pode detectar terremotos submarinos no megacurioso

Ainda em fase de testes, a técnica foi aplicada apenas em conexões desativadas

Atualmente, uma s&eacute;rie de cabos de&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/fibra-otica/" target="_blank" title="Fibra &Oacute;tica">fibra &oacute;ptica</a> cortam os oceanos para a transmiss&atilde;o de informa&ccedil;&otilde;es. Essa cobertura internacional, como consequ&ecirc;ncia, resultou em uma nova ferramenta para cientistas estudarem terremotos e estruturas geol&oacute;gicas no fundo do mar.
A ado&ccedil;&atilde;o mundial desses cabos de fibra &oacute;ptica viabilizar&aacute; a aplica&ccedil;&atilde;o de uma t&eacute;cnica para an&aacute;lises desses fen&ocirc;menos. De acordo com a revista Science, cientistas da Universidade da Calif&oacute;rnia identificaram um terremoto de 3,5 na escala Richter somente com o uso de cabos subaqu&aacute;ticos &mdash; 20 quil&ocirc;metros deles, o equivalente a 10 mil esta&ccedil;&otilde;es s&iacute;smicas.
Contudo, os cabos n&atilde;o estavam online no per&iacute;odo dessa detec&ccedil;&atilde;o. A transmiss&atilde;o de dados, portanto, pode &mdash; ou n&atilde;o &mdash; interferir na aplica&ccedil;&atilde;o da t&eacute;cnica, impedindo o estudo.
<figure class="image"><img alt="" height="440" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/12/16/16162621565270.jpg" width="660" /> <figcaption>(Fonte: Canaltech/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<h2>Como fibra &oacute;ptica detecta terremotos?</h2>
Com um dispositivo fotoluminoso, que envia pulsos curtos de laser pelo cabo e detecta tens&otilde;es no cabo &mdash; como alongamentos, os cientistas conseguem identificar mudan&ccedil;as nanosc&oacute;picas, ou consideravelmente menores, em toda a extens&atilde;o do cabo. Portanto, toda a fibra-&oacute;ptica se torna um sensor, cobrindo vasto territ&oacute;rio.
Quando off-line, os pesquisadores conseguem utilizar a estrutura da rede para monitorar atividade s&iacute;smica, ru&iacute;dos ambientais submarinos e at&eacute; obter imagens do subsolo.
Antes de adotar a t&eacute;cnica como m&eacute;todo principal de pesquisa, os cientistas precisam entender como realizar os testes sem interferir na rede e vice-versa.
<figure class="image"><img alt="" height="414" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/12/16/16162635268271.jpg" width="660" /> <figcaption>Algumas das conex&otilde;es submarinas. (Fonte: TeleGeography/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<h2>Pr&oacute;xima etapa</h2>
Ap&oacute;s finalizar as an&aacute;lises de comportamento desses cabos, os pesquisadores esperam poder utilizar toda a extens&atilde;o da rede intercontinental para monitorar atividades s&iacute;smicas.
&ldquo;Existe uma enorme necessidade de sismologia no fundo do mar. Qualquer instrumenta&ccedil;&atilde;o que voc&ecirc; utilizar para o oceano, mesmo que seja apenas nos primeiros 50 quil&ocirc;metros da costa, ser&aacute; muito &uacute;til. Temos enormes lacunas de conhecimento sobre processos no fundo do oceano e a estrutura da crosta oce&acirc;nica, [...]&rdquo;, ressalta Michael Manga, professor da universidade.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/148620-internet-fibra-optica-detectar-terremotos-submarinos.htm">Mais que internet: fibra óptica pode detectar terremotos submarinos</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Mais que internet: fibra óptica pode detectar terremotos submarinos

Imagem de Satélite mostra devastação após erupção de vulcão na Nova Zelândia no megacurioso

Maxar Technologies divulgou imagens que comparam vulcão antes e após erupção do vulcão

A devasta&ccedil;&atilde;o causada pela erup&ccedil;&atilde;o do vulc&atilde;o Whakaari, em Ilha Branca, na Nova Zel&acirc;ndia, foi registrada por sat&eacute;lites da Maxar Technologies e mostra a pluma vulc&acirc;nica na ilha, al&eacute;m de detritos frescos ao redor da caldeira, pedregulhos e cinzas lan&ccedil;adas pela explos&atilde;o. A erup&ccedil;&atilde;o do vulc&atilde;o aconteceu no dia 8 de dezembro, 18 pessoas morreram e outras 26 est&atilde;o internadas em hospitais do pa&iacute;s. Al&eacute;m deles, duas pessoas s&atilde;o consideradas desaparecidas, mas as autoridades n&atilde;o acreditam que estejam vivas.
O vulc&atilde;o entrou em erup&ccedil;&atilde;o inesperadamente por volta das 14h11 no hor&aacute;rio local e, no momento, de acordo com autoridades, 47 pessoas estavam visitando a ilha, entre turistas e neozelandeses.
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<figure class="image"><img alt="" height="518" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/12/13/13112456256392.jpg" width="650" /> <figcaption>(Fonte: Maxar Technologies) </figcaption></figure>
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A Maxar afirmou, em comunicado, que essa &eacute; &ldquo;a primeira imagem de sat&eacute;lite de alta resolu&ccedil;&atilde;o que documenta visualmente as consequ&ecirc;ncias da erup&ccedil;&atilde;o&rdquo;. Apesar disso, a empresa n&atilde;o informou qual sat&eacute;lite foi o respons&aacute;vel pelos dados e imagens, mas garantiu que continuar&aacute; monitorando a atividade ao redor do vulc&atilde;o, atualizando conforme necess&aacute;rio.
Segundo a publica&ccedil;&atilde;o&nbsp;The Washington Post, especialistas da GeoNet alertaram, em comunicado no dia 3 de desembro, para atividades vulc&acirc;nicas. &ldquo;Agita&ccedil;&atilde;o vulc&acirc;nica moderada continua em Whakaari / White Island, com substanciais explos&otilde;es de g&aacute;s, vapor e lama observadas na abertura localizada na parte de tr&aacute;s do lago da cratera. Observa&ccedil;&otilde;es e dados at&eacute; o momento sugerem que o vulc&atilde;o pode estar entrando em um per&iacute;odo em que a atividade eruptiva &eacute; mais prov&aacute;vel do que o normal&rdquo;, disse. Mesmo assim, visitantes ainda estavam sendo permitidos na ilha.
<blockquote class="twitter-tweet">
Terrified onlookers captured the New Zealand White Island eruption minute by minute. <a href="https://twitter.com/_esaliba?ref_src=twsrc%5Etfw">@_esaliba</a> pieced together available footage from the closest witnesses to understand how it all unfolded. <a href="https://twitter.com/hashtag/VERIFIED?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#VERIFIED</a> <a href="https://t.co/stYAF7nM4o">pic.twitter.com/stYAF7nM4o</a>
&mdash; NBC News NOW (@NBCNewsNow) <a href="https://twitter.com/NBCNewsNow/status/1204570662679056385?ref_src=twsrc%5Etfw">December 11, 2019</a></blockquote>
Para o professor de ci&ecirc;ncias da Terra na Universidade de Auckland, Shane Cronin, a explos&atilde;o aconteceu repentinamente devido &agrave; natureza do magma na ilha que, de acordo com ele &eacute; superficial. &ldquo;O calor e os gases afetam as &aacute;guas superficiais e subterr&acirc;neas para formar sistemas hidrot&eacute;rmicos vigorosos&rdquo;, disse.
Por isso, explica ele, qualquer processo externo, seja um terremoto, entrada de g&aacute;s ou altera&ccedil;&atilde;o do n&iacute;vel da &aacute;gua pode gerar desequil&iacute;brio e liberar a press&atilde;o sobre o solo. &ldquo;A erup&ccedil;&atilde;o resultante causada pelo vapor, tamb&eacute;m chamada de erup&ccedil;&atilde;o hidrot&eacute;rmica ou fre&aacute;tica, pode acontecer de repente e com pouco ou nenhum aviso. A expans&atilde;o da &aacute;gua no vapor &eacute; supers&ocirc;nica em velocidade e o l&iacute;quido pode se expandir para 1.700 vezes. Isso produz impactos catastr&oacute;ficos&rdquo;, complementou.
A Maxar liberou ainda uma imagem para compara&ccedil;&atilde;o. Feita de 12 de maio, ela mostra a pluma menos densa e com vegeta&ccedil;&atilde;o verde nas bordas da ilha.
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<figure class="image"><img alt="" height="518" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/12/13/13112624162394.jpg" width="650" /> <figcaption>(Fonte: Maxar Technologies)</figcaption></figure>
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Satélite mostra devastação após erupção de vulcão na Nova Zelândia

Imagem de Erupção no vulcão Kilauea divide a opinião de especialistas no megacurioso

A erupção foi a maior do vulcão havaiano nos últimos 200 anos

A erup&ccedil;&atilde;o do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109215-18-fatos-interessantes-sobre-vulcoes.htm">vulc&atilde;o</a>&nbsp;Kilauea, situado no Parque Nacional de Vulc&otilde;es do Hava&iacute;, &eacute; uma das maiores dos &uacute;ltimos 200 anos, durando cerca de 5 meses e atingindo pontua&ccedil;&otilde;es de 6,9 na escala Richter. Ocorrido em 2018, o evento do colapso das caldeiras ainda &eacute; objeto de estudo de diversos pesquisadores, que buscam entender, de forma mais concreta, os motivos que levaram &agrave; erup&ccedil;&atilde;o atrav&eacute;s de pesquisas dos seus resqu&iacute;cios.
O longo e lento evento, respons&aacute;vel por causar um preju&iacute;zo estimado em mais de US$ 800 milh&otilde;es, teve seus estudos divulgados no jornal Science, em um artigo proposto por&nbsp;Freysteinn Sigmundsson, da Universidade da Irlanda, esbo&ccedil;ando an&aacute;lises de outros tr&ecirc;s estudos de times diferentes que trabalharam de forma independente no caso. As pesquisas foram realizadas por pesquisadores do <a href="https://www.megacurioso.com.br/lugares-surpreendentes/99510-voce-teria-coragem-de-viver-na-cratera-de-um-vulcao-ativo.htm">Jap&atilde;o</a> e Estados Unidos.
O primeiro grupo de pesquisadores, do instituto de Pesquisa Geol&oacute;gica dos EUA, reportou que o agente causador&nbsp;do colapso vulc&acirc;nico foi a erup&ccedil;&atilde;o, e n&atilde;o o contr&aacute;rio, como muitos estudos haviam sugerido. Foi fundamentado em uma pequena quantidade de magma encontrado, derivado dos est&aacute;gios inciais da erup&ccedil;&atilde;o, que resultou no intenso colapso que se seguiu logo ap&oacute;s o derramamemento da lava, caracterizando cerca de 4% do magma total acumulado no lago de lava.
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<figure class="image"><img alt="http://hawaiiecodivers.com/pt-br/kilauea-o-vulcao-mais-ativo-hawaii-e-o-turismo-local/" height="401" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/12/10/10171152285016.jpg" width="534" /> <figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
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O segundo&nbsp;foi proposto pela Universidade do Hava&iacute; sob tutela do instituto de Pesquisa Geol&oacute;gica dos Estados Unidos, baseado em pequenas quantidades de diferentes tipos de magma que foram encontrados ap&oacute;s o colapso, que ajudaram a construir uma esp&eacute;cie de dique, ou reservat&oacute;rio, compondo um avan&ccedil;ado sistema subterr&acirc;neo. O encontro do sistema tornou-se importante para a perspectiva de transforma&ccedil;&atilde;o do terreno, podendo ser previsto, atrav&eacute;s de mecanismos sensoriais, se o magma corrente que se desloca lentamente pode vir a se deslocar rapidamente, evidenciando perigos iminentes para a geografia local.
Por fim, o terceiro e &uacute;ltimo estudo sobre o vulc&atilde;o&nbsp;Kilauea teve origem em uma parceria entre o instituto&nbsp;de Pesquisa Geol&oacute;gica dos EUA, a Universidade de Hiroshima e Universidade de Kanazawa, que encontrou resqu&iacute;cios de magma&nbsp;movimentando-se rapidamente&nbsp;em locais distantes da caldeira, aparentemente relacionados &agrave;s intensas mudan&ccedil;as de press&atilde;o no vulc&atilde;o. As pesquisas ainda seguem e encontram-se em choque com outra proposta, sugerindo que a rela&ccedil;&atilde;o n&atilde;o &eacute; estritamente ligada &agrave; mudan&ccedil;a de press&atilde;o, mas sim &agrave; quantidade de lava drenada do vulc&atilde;o.

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Erupção no vulcão Kilauea divide a opinião de especialistas

Imagem de Queda de asteroide pode ter causado Era do Gelo e extinções na Terra no megacurioso

Evento se deu há quase 13 mil anos e gerou o resfriamento do planeta por mais de 1 milênio

Apesar de a extin&ccedil;&atilde;o dos dinossauros desencadeada h&aacute; cerca de 65 milh&otilde;es de anos pela colis&atilde;o de um imenso asteroide na regi&atilde;o que hoje corresponde ao Yucatan, no M&eacute;xico, ser a mais conhecida, ela n&atilde;o foi a &uacute;nica. Segundo um crescente corpo de evid&ecirc;ncias, outro evento semelhante &ndash; mas de propor&ccedil;&otilde;es menores &ndash; ocorreu h&aacute; quase 13 mil anos e levou n&atilde;o s&oacute; ao resfriamento da Terra por cerca de 1,4 mil anos, como tamb&eacute;m ocasionou o desaparecimento de v&aacute;rias esp&eacute;cies de animais e at&eacute; ao colapso de uma das primeiras culturas a se estabelecerem na Am&eacute;rica do Norte.

<h2>Era do Gelo</h2>

A queda de temperaturas na Terra e in&iacute;cio de per&iacute;odo de glacia&ccedil;&atilde;o ficou conhecido entre os cientistas como &ldquo;Evento Younger Dryas&rdquo; &ndash; uma Era do Gelo que teve in&iacute;cio por volta de 12,8 mil anos atr&aacute;s e se estabeleceu em apenas um par de anos. Ao longo do quase 1,5 mil&ecirc;nio de dura&ccedil;&atilde;o, ele teria propiciado a extin&ccedil;&atilde;o de pelo menos 35 g&ecirc;neros de animais, como mastodontes, mamutes, tigres-dente-de-sabre e pregui&ccedil;as gigantes, bem como causado o desaparecimento da cultura Clovis, povo pr&eacute;-hist&oacute;rico a partir do qual a maioria das sociedades ind&iacute;genas das Am&eacute;ricas parece ter se originado.

De acordo com a teoria mais popular sobre o que provocou o Evento Younger Dryas, o resfriamento repentino do planeta teria acontecido depois de barreiras de gelo glacial n&atilde;o conseguirem mais conter as &aacute;guas de gigantescos lagos que existiam no interior do que hoje corresponde &agrave; Am&eacute;rica do Norte, fazendo com que uma quantia imensa de &aacute;gua doce fosse parar no Atl&acirc;ntico e interferisse na circula&ccedil;&atilde;o oce&acirc;nica e afetasse o clima do planeta.

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<figure class="image"><img alt="" height="625" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/11/17/17200819538010.jpg" width="1000" />
<figcaption>(Fonte: Astronomy / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
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Contudo, segundo uma crescente quantidade de evid&ecirc;ncias, por volta de 12,8 mil anos atr&aacute;s, o nosso mundo foi alvo da colis&atilde;o de um grande asteroide ou cometa fragmentado. O impacto teria lan&ccedil;ado grandes quantidades de part&iacute;culas na atmosfera e causado extensos inc&ecirc;ndios florestais, cujas cinzas e fuma&ccedil;a teriam impedido a passagem da luz solar e feito as temperaturas despencarem.

Vest&iacute;gios desse acontecimento j&aacute; foram encontrados em camadas de sedimentos na Am&eacute;rica do Norte &ndash; os &uacute;ltimos foram descobertos no White Pond, um lago com pouco mais de 600 mil metros quadrado que se encontra na Carolina do Sul, EUA &ndash;, bem como em algumas partes da Europa e na Groel&acirc;ndia. Al&eacute;m disso, apesar de muitos cientistas acreditarem que o Evento Younger Dryas consistiu em uma trag&eacute;dia que teria ficado restringida ao Hemisf&eacute;rio Norte, novos achados indicam fortemente que se tratou de algo que teve consequ&ecirc;ncias globais.

Mais especificamente, um time de cientistas da Universidade da Carolina do Sul descobriu &iacute;ndices elevados de ir&iacute;dio e platina no White Pond, elementos normalmente encontrados em rochas espaciais que colidem no planeta. E estudos anteriores identificaram a presen&ccedil;a de ir&iacute;dio e platina na Groel&acirc;ndia e na Europa, como mencionamos, mas tamb&eacute;m no Chile e na &Aacute;frica do Sul, materiais que, ao que tudo indica, se acumularam no mesmo per&iacute;odo em que se deu o Evento Younger Dryas.

Embora muitas das amostras tenham sido devidamente analisadas e datadas, as que foram coletadas na Groenl&acirc;ndia n&atilde;o foram ainda. No entanto, ademais de conter altos &iacute;ndices de ir&iacute;dio e platina, o material foi obtido a partir de camadas de sedimentos de uma cratera de impacto medindo mais de 30 quil&ocirc;metros de di&acirc;metro que foi descoberta em meados de 2015 e foi produzida h&aacute; aproximadamente 12,8 mil anos. Essa forma&ccedil;&atilde;o est&aacute; entre as 25 maiores crateras de impacto da Terra e a rocha espacial que a causou deve ter provocado um estrago e tanto &ndash; e, ao que parece, o in&iacute;cio de uma Era do Gelo devastadora para muitas criaturas do nosso planeta.
<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/147842-queda-asteroide-ter-causado-gelo-extincoes-terra.htm">Queda de asteroide pode ter causado Era do Gelo e extinções na Terra</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Queda de asteroide pode ter causado Era do Gelo e extinções na Terra

Imagem de Caverna de cristal continua intrigando pesquisadores no megacurioso

O Geodo de Pulpí é uma das maiores cavernas de cristal já descobertas, porém, cientistas apontam que ainda falta muito para entender como tudo começou

Em Pulp&iacute;, na prov&iacute;ncia de Almer&iacute;a, Espanha, est&aacute; situado o maior geodo da Europa. Essas estruturas naturais s&atilde;o cavidades formadas nas rochas e, geralmente, s&atilde;o revestidas por incr&iacute;veis e belas forma&ccedil;&otilde;es de cristal. Por&eacute;m, os pesquisadores ainda n&atilde;o sabem explicar exatamente a origem de todo o processo, apesar de v&aacute;rios estudos esclarecerem alguns aspectos.

O Geodo de Pulp&iacute; foi descoberto h&aacute; 20 anos. Em termos de dimens&otilde;es, ele conta com 2 metros de altura, 3 de largura e 8 de comprimento. Os cristais tem at&eacute; dois metros de comprimento, sendo muito transparentes como se fossem feitos de gelo.

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<figure class="image" style="display:inline-block"><img alt="" height="469" src="https://www.sciencealert.com/images/2019-10/012-geode-pulpi-2.jpg" width="700" />
<figcaption>(Fonte: ScienceAlert/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
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No trabalho mais recente para descobrir mais sobre essa forma&ccedil;&atilde;o, a equipe do pesquisador Juan Manuel Garc&iacute;a-Ruiz, tentou definir uma linha para reconstru&ccedil;&atilde;o da hist&oacute;ria geol&oacute;gica do cristal da caverna.

O que se conseguiu saber foi que o selenito (cristal que recobre as paredes) se desenvolveu e se espalhou gra&ccedil;as a grande presen&ccedil;a de sal que vinha da dissolu&ccedil;&atilde;o da anidrita. Todo o processo de forma&ccedil;&atilde;o acontecia a uma temperatura em torno dos 20 &deg;C.

Como o cristal da caverna estava em um profundidade relativamente pequena, as varia&ccedil;&otilde;es do clima ainda podiam ser sentidas e foram exatamente as flutua&ccedil;&otilde;es da temperatura que impulsionaram o processo de dissolu&ccedil;&atilde;o e recristaliza&ccedil;&atilde;o.

De acordo com Garcia, a idade do cristal que comp&otilde;e o Geodo de Pulp&iacute; ainda &eacute; muito imprecisa, mas ela &eacute; estimada entre 2 milh&otilde;es e 60.000 anos, sendo que o in&iacute;cio da forma&ccedil;&atilde;o foi poss&iacute;vel gra&ccedil;as a desseca&ccedil;&atilde;o do Mar Mediterr&acirc;neo &mdash; algo muito mais antigo, situado a 5,6 milh&otilde;es de anos.

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Caverna de cristal continua intrigando pesquisadores

Imagem de Fotógrafo captura últimos momentos de menina presa em lamaçal no megacurioso

O registro foi feito por Frank Fournier, durante uma devastadora erupção vulcânica. Segundo o fotógrafo, Omarya encarou a morte com coragem e dignidade

Aos treze anos de idade, a colombiana Omarya S&aacute;nchez ficou soterrada&nbsp;na pequena cidade de Armero. Isso aconteceu em novembro de 1985&nbsp;devido a um deslizamento causado pela erup&ccedil;&atilde;o de um vulc&atilde;o em uma regi&atilde;o pr&oacute;xima. A menina ficou coberta de lama e destro&ccedil;os at&eacute; a altura do pesco&ccedil;o. Apesar do esfor&ccedil;o das equipes de resgate, ap&oacute;s tr&ecirc;s dias soterrada, Omarya n&atilde;o resistiu.
<figure class="image"><img alt="" height="812" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/09/09172812323225.jpg" width="1200" /> <figcaption>Fonte:&nbsp;Frank Fournier</figcaption></figure>
Frank Fournier, um fot&oacute;grafo franc&ecirc;s, acompanhou a menina colombiana at&eacute; seu &uacute;ltimo suspiro e capturou seus &uacute;ltimos momentos em tempo real. Fournier chegou em Bogot&aacute; dois dias ap&oacute;s a erup&ccedil;&atilde;o. Seu objetivo era registrar as equipes de resgate em a&ccedil;&atilde;o. Mas ao chegar ao local do desastre, se deparou com o caos e o desespero.
<figure class="image"><img alt="" height="557" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/09/09172929587226.jpg" width="768" /> <figcaption>Fonte:&nbsp;Frank Fournier</figcaption></figure>
<h2 dir="ltr">A trag&eacute;dia da pequena cidade de Armero</h2>
Armero &eacute; uma cidade de 31 mil habitantes&nbsp;localizada a&nbsp;aproximadamente 48 quil&ocirc;metros a leste do vulc&atilde;o Nevado del Ruiz, que fica na Col&ocirc;mbia, a 5.300 metros acima do n&iacute;vel do mar. O vulc&atilde;o&nbsp;j&aacute; mostrava sinais de atividade desde a d&eacute;cada de 1840.
<figure class="image"><img alt="" height="871" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/09/09173006445227.jpg" width="600" /> <figcaption>Fonte:&nbsp;Frank Fournier</figcaption></figure>
No ano do desastre, 1985, os tremores ficaram t&atilde;o fortes&nbsp;que assustaram habitantes de cidades pr&oacute;ximas, como os moradores de Armero. No dia 13 de novembro do mesmo ano, Nevado del Ruiz entrou em erup&ccedil;&atilde;o. A explos&atilde;o derreteu cerca de 10% da calota de gelo que cobria a cratera de Arenas. Isso foi o suficiente para desencadear um deslizamento de um intenso fluxo de lava e lama.
Calcula-se que os destro&ccedil;os correram a 40 km/h, em m&eacute;dia. A lama atingiu a pequena cidade de Armero e&nbsp;cobriu 85% de sua &aacute;rea, destruindo estradas, pontes e casas.
<figure class="image"><img alt="" height="518" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/09/09173042585228.jpg" width="768" /> <figcaption>Fonte:&nbsp;Frank Fournier</figcaption></figure>
Embora alguns habitantes tenham tido a sorte de escapar com apenas leves ferimentos, muitos moradores ficaram presos na lama e, n&atilde;o conseguiram sobreviver. O desastre do Nevado del Ruiz contabiliza cerca de 25 mil mortos&nbsp;e apenas um quinto da popula&ccedil;&atilde;o de Armero sobreviveu.

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Fotógrafo captura últimos momentos de menina presa em lamaçal

Imagem de Projeção 3D mostra estrutura de montanhas espalhadas pelo planeta no megacurioso

O trabalho de Peter Atwood tinha como objetivo comparar montanhas de diferentes regiões

Montanhas oferecem uma vista&nbsp;indescrit&iacute;vel em termos de beleza e magnitude, mas al&eacute;m disso, elas tamb&eacute;m comportam informa&ccedil;&otilde;es sobre a hist&oacute;ria geol&oacute;gica das regi&otilde;es, ajudando&nbsp;pesquisadores a compreender&nbsp;como o clima e vegeta&ccedil;&atilde;o de eras passadas se comportavam.
Percebendo como era dif&iacute;cil ter uma no&ccedil;&atilde;o mais ampla da altura e extens&atilde;o das montanhas, Peter Atwood selecionou algumas delas&nbsp;e ap&oacute;s um esfor&ccedil;o que envolveu trabalhar&nbsp;com diferentes tipos de dados, desenvolveu representa&ccedil;&otilde;es&nbsp;que ofereceram&nbsp;uma&nbsp;perspectiva&nbsp;mais realista delas.
Nesse experimento, todas&nbsp;as montanhas analisadas foram medidas a partir do n&iacute;vel do mar.&nbsp;O&nbsp;resultado tamb&eacute;m proporcionou&nbsp;uma nova oportunidade de observar alguns detalhes que se tornam ainda mais chamativos quando elas s&atilde;o comparadas tridimensionalmente.
<figure class="image"><img alt="Reprodu&ccedil;&atilde;o: Peter Atwood Projects" height="2363" src="https://peteratwoodprojects.files.wordpress.com/2019/02/summits-updated.png" width="1296" /> <figcaption>Reprodu&ccedil;&atilde;o:&nbsp;Peter Atwood Projects</figcaption></figure>
Procurando pelas estruturas mais famosas, &eacute; poss&iacute;vel visualizar o&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/geologia/100756-o-monte-vesuvio-que-destruiu-pompeia-pode-acordar-de-novo-sabia.htm">Ves&uacute;vio</a>, conhecido&nbsp;vulc&atilde;o cuja &uacute;ltima erup&ccedil;&atilde;o ocorreu em 1944. Localizado na It&aacute;lia, ele possui 1.281 metros de altura.
No Jap&atilde;o, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/109249-10-fatos-desconhecidos-sobre-o-monte-fuji.htm">Monte Fuji</a>&nbsp;possui 3.776 metros de altura e&nbsp;tamb&eacute;m faz parte da amostra. Localizado em &aacute;rea geologicamente inst&aacute;vel, tem como origem o processo de encontro das placas&nbsp;Euroasi&aacute;tica, Okhotsk e das Filipinas.
Algumas estruturas, naturalmente, j&aacute; sofreram um processo mais intenso de eros&atilde;o&nbsp;e perderam altura, mas ainda assim contam com&nbsp;uma vasta extens&atilde;o.
O&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/106397-16-curiosidades-incriveis-sobre-o-everest.htm">Monte Everest</a>, localizado na Cordilheira do Himalaia, entre a China e o Nepal, tamb&eacute;m n&atilde;o foi deixado de fora, obviamente.
Confira a proje&ccedil;&atilde;o 3D:
<div class="sketchfab-embed-wrapper"><iframe width="640" height="480" allow="autoplay; fullscreen; vr" frameborder="0" mozallowfullscreen="mozallowfullscreen" src="https://sketchfab.com/models/2f4813906a4e47d9b8d022827a8d2e57/embed" title="A 3D model" webkitallowfullscreen="webkitallowfullscreen"></iframe>
<a href="https://sketchfab.com/3d-models/summits-of-the-world-2f4813906a4e47d9b8d022827a8d2e57?utm_medium=embed&amp;utm_source=website&amp;utm_campaign=share-popup" style="font-weight: bold; color: #1caad9;" target="_blank">Summits of The World</a> by <a href="https://sketchfab.com/PeterAtwood?utm_medium=embed&amp;utm_source=website&amp;utm_campaign=share-popup" style="font-weight: bold; color: #1caad9;" target="_blank">PeterAtwood</a> on <a href="https://sketchfab.com?utm_medium=embed&amp;utm_source=website&amp;utm_campaign=share-popup" style="font-weight: bold; color: #1caad9;" target="_blank">Sketchfab</a>
</div>
Neste v&iacute;deo &eacute; poss&iacute;vel visualizar uma incr&iacute;vel compara&ccedil;&atilde;o entre as montanhas,&nbsp;de acordo com sua altura.
<iframe width="560" height="315" allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" src="https://www.youtube.com/embed/-QBq5sOWy4M"></iframe>
<h3 dir="ltr">Curiosidade</h3>
Voc&ecirc; sabia que&nbsp;a dist&acirc;ncia entre a&nbsp;base e o cume do Everest &eacute; de aproximadamente 3.500 metros? Tendo em vista que&nbsp;o seu processo geol&oacute;gico envolveu o encontro da placa tect&ocirc;nica indiana com a asi&aacute;tica, uma imensa regi&atilde;o&nbsp;foi elevada acima do n&iacute;vel do mar ao longo desse processo, que&nbsp;ocorreu na Era Cenozoica. O Everest possui&nbsp;incr&iacute;veis&nbsp;8.848 metros de altura.
Isso tamb&eacute;m explica, de certa forma, o porqu&ecirc; da Cordilheira do Himalaia se constituir como uma verdadeira barreira geogr&aacute;fica e atuar de forma t&atilde;o incisiva sobre o clima, impedindo que as massas formadas na Regi&atilde;o &Aacute;rtica&nbsp;a atravessem e ao mesmo tempo barrando a passagem das mon&ccedil;&otilde;es provenientes do Oceano &Iacute;ndico.

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Projeção 3D mostra estrutura de montanhas espalhadas pelo planeta

Imagem de Novo mineral é achado dentro de um minúsculo diamante no megacurioso

Com a espessura de um fio de cabelo, ele é o registro do que aconteceu no interior do planeta há bilhões de anos

Chama-se goldschmidtita&nbsp;o novo mineral descoberto no interior de um min&uacute;sculo diamante extra&iacute;do de uma mina da &Aacute;frica do Sul. Com apenas 100 micr&ocirc;metros (aproximadamente a largura de um cabelo humano), ele mostrou uma assinatura qu&iacute;mica muito incomum, diferente do que se&nbsp;esperava de um mineral&nbsp;criado nas profundezas do&nbsp;manto da Terra.

&quot;A&nbsp;goldschmidtita&nbsp;possui altas concentra&ccedil;&otilde;es de ni&oacute;bio, pot&aacute;ssio e dos elementos de terras raras lant&acirc;nio e c&eacute;rio, enquanto o restante do manto &eacute; dominado por outros elementos, como magn&eacute;sio e ferro&quot;, explica a doutoranda da Universidade de Alberta Nicole Meyer,&nbsp;que liderou o estudo.

A amostra foi nomeada em homenagem ao geoqu&iacute;mico noruegu&ecirc;s Victor Moritz Goldschmidt, pai da geoqu&iacute;mica moderna. 

<figure class="image"><img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/25/25152909872283.jpg" width="960" />
<figcaption>O pequenino gr&atilde;o de&nbsp;goldschmidtite foi achado no interior de um diamante min&uacute;sculo, extra&iacute;do de uma mina sul-africana. (Fonte:&nbsp;American Mineralogist/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
</figure>

<h2 style="margin-bottom: 13px;">Um min&uacute;sculo gr&atilde;o de uma gigantesca mina</h2>

Achar a&nbsp;goldschmidtita&nbsp;foi como abrir uma bonequinha Matrioska: ele estava dentro de um diamante extra&iacute;do de um kimberlito (a rocha que cont&eacute;m diamantes)&nbsp;da mina Koffiefontein, localizada no Cr&aacute;ton Kaapvaal, na &Aacute;frica do Sul. Cr&aacute;tons,&nbsp;partes da crosta terrestre com&nbsp;camadas antigas e espessas,&nbsp;s&atilde;o o lar de algumas das rochas mais&nbsp;velhas&nbsp;do planeta.

O novo mineral oferece um registro qu&iacute;mico &uacute;nico&nbsp;do passado distante da Terra &mdash;&nbsp;segundo os pesquisadores, &eacute; como olhar dentro das por&ccedil;&otilde;es mais antigas e profundas do planeta. Estima-se que a pequena amostra, de cor verde escuro, tenha se formado a 170 quil&ocirc;metros de profundidade, a uma temperatura de 1.190&deg; C e h&aacute; bilh&otilde;es de anos.

<figure class="image"><img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/25/25153401494001.jpg" width="960" />
<figcaption>Vista a&eacute;rea da&nbsp;Mina Koffiefontei, de onde foi extra&iacute;do o diamante onde se encontrava a amostra de&nbsp;goldschmidtite. (Fonte: Wikipedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
</figure>

Sabe-se pouco sobre essa parte do nosso planeta, uma vez que o manto avan&ccedil;a 1.800 quil&ocirc;metros&nbsp;para o interior da Terra. O&nbsp;recorde de perfura&ccedil;&atilde;o da crosta terrestre &eacute; de 12,2&nbsp;quil&ocirc;metros de profundidade: o Po&ccedil;o Superprofundo de Kola, na R&uacute;ssia.

&quot;Para que o pot&aacute;ssio e o ni&oacute;bio constituam uma propor&ccedil;&atilde;o importante desse mineral, ele deve ter se formado sob processos excepcionais que concentraram esses elementos incomuns. Diamantes podem preservar os minerais dentro deles por bilh&otilde;es de anos e, assim, nos dizer muito sobre as regi&otilde;es profundas do manto terrestre&quot;, diz o trabalho resultante da descoberta.

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Novo mineral é achado dentro de um minúsculo diamante

Imagem de Detector de terremotos funciona 2 mil anos depois de criado no megacurioso

Usando um pêndulo e bolas de bronze, o sismoscópio de Zhang Heng foi reconstruído por cientistas e conseguiu registrar tremores de terra simulados

Quem visita o Museu da Hist&oacute;ria da China em Pequim se depara com o que parece ser um caldeir&atilde;o ornamentado com drag&otilde;es e cercado de sapos, todos de boca aberta. O ex&oacute;tico objeto, considerado o primeiro sismosc&oacute;pio da hist&oacute;ria, foi projetado h&aacute; mais de 1.800 anos por aquele que pode ser considerado um precursor de Leonardo da Vinci: o poeta, escritor, astr&ocirc;nomo, matem&aacute;tico, cientista, cart&oacute;grafo, ge&oacute;grafo, engenheiro, f&iacute;sico e inventor chin&ecirc;s Zhang Heng.
<figure class="image"><img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/24/24182620947453.jpg" width="960" /> <figcaption>As descri&ccedil;&otilde;es do sismosc&oacute;pio de Heng falam de oito drag&otilde;es que deixariam cair na boca do sapo &agrave; sua frente uma bola, ao menor tremor indicando um terremoto. (Fonte:&nbsp;Science &amp; Society Picture Library/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Ele apresentou seu dispositivo &agrave; corte imperial na capital de Luoyang, em 132 dC. &nbsp;O dispositivo consistia em um gigantesco vaso de bronze com cerca de dois metros de di&acirc;metro; a adorn&aacute;-lo, oito drag&otilde;es rastejantes. Acredita-se que, dentro do corpo oco do sismosc&oacute;pio, havia um p&ecirc;ndulo flanqueado por mecanismos de alavanca conectados a cada um dos drag&otilde;es. As ondas de choque de um terremoto levariam o p&ecirc;ndulo a balan&ccedil;ar, ativando o&nbsp;mecanismo&nbsp;interno. 
<figure class="image"><img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/24/24182651822454.jpg" width="960" /> <figcaption>Nada restou do projeto do sismosc&oacute;pio al&eacute;m da descri&ccedil;&atilde;o externa; hoje, cisntistas tentam reproduzir seu mecanismo interno. (Fonte: Science &amp; Society Picture Library/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
O drag&atilde;o&nbsp;correspondente, ent&atilde;o, soltaria sua bola diretamente dentro da boca do sapo &agrave; sua frente, informando &agrave; corte que n&atilde;o apenas ocorrera um terremoto, mas de qual dire&ccedil;&atilde;o viriam os tremores. Cada par de drag&atilde;o e seu sapo correspondente estava relacionado a um ponto da b&uacute;ssola, para que o governo soubesse para onde enviar ajuda.
<figure class="image"><img alt="" height="960" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/24/24183351957458.jpg" width="640" /> <figcaption>Selo em homenagem a Zhang Heng (Fonte: Servi&ccedil;o Postal da Rep&uacute;blica Popular da China/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Em&nbsp;138 d.C., segundo relatos da &eacute;poca, quando se ouviu o som de uma bola caindo na boca de um sapo, muitos no pal&aacute;cio real duvidaram que o dispositivo pudesse realmente fazer o que prometia.&nbsp;Dias depois, um mensageiro chegou com a not&iacute;cia de que a regi&atilde;o onde hoje se encontra a prov&iacute;ncia de Gansu tinha sido sacudida por um grande tremor de terra&nbsp;&ndash; exatamente a dire&ccedil;&atilde;o para a qual apontava o drag&atilde;o que cuspira sua bola.
<h2 style="margin-bottom: 13px;">R&eacute;plicas n&atilde;o&nbsp;registraram nenhum&nbsp;terremoto</h2>
Embora existam documentos explicando parcialmente o funcionamento do sismosc&oacute;pio, o original jamais foi encontrado. Por isso, seu&nbsp;mecanismo interno&nbsp;ainda &eacute; alvo de debates. Em 2006, sete cientistas em sismologia, arqueologia e engenharia mec&acirc;nica da Academia Chinesa de Ci&ecirc;ncias, do Museu Nacional e da Administra&ccedil;&atilde;o de Terremotos da China replicaram o sismosc&oacute;pio de Heng para detectar terremotos simulados (foram usados registros das ondas de choque de sismos ocorridos na China e no Vietn&atilde;). Os resultados surpreenderam: o mecanismo detectou todos.
Reconstru&ccedil;&otilde;es&nbsp;t&ecirc;m sido feitas desde 1875. Nenhuma das r&eacute;plicas conseguiu detectar um terremoto&nbsp;n&atilde;o simulado &ndash; nem mesmo o&nbsp;modelo atualmente conhecido,&nbsp;recriado&nbsp;pelo pesquisador chin&ecirc;s Wang Zhenduo em 1951. 
<figure class="image"><img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/24/24183759392463.jpg" width="960" /> <figcaption>Nenhuma das r&eacute;plicas do dispositivo de Heng conseguiu prever o terremoto de 7,8 de magnitude que devastou a cidade de Tangshan, deixando 255 mil mortos e 800 mil feridos. (Fonte:&nbsp;USGS/Science Source/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
A fama e a onipresen&ccedil;a desse&nbsp;modelo (at&eacute; em museus) preocupam os sism&oacute;logos, principalmente porque ele n&atilde;o foi capaz nem de detectar o terremoto de 1976 que matou 250 mil pessoas e deixou feridas outras 800 mil, entre&nbsp;civis e equipes de resgate, na cidade de Tangshan. Agora, eles tentam convencer o governo&nbsp;a remover sua imagem dos livros escolares.&nbsp;

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Detector de terremotos funciona 2 mil anos depois de criado

Imagem de Navio será preso no gelo em maior excursão científica da História no megacurioso

Mar de gelo que se forma todos os anos no Pólo Norte é o destino do navio de pesquisa que vai realizar estudos sobre mudanças climáticas como nunca vimos antes

Devido &agrave; curvatura da Terra e&nbsp;&agrave;&nbsp;incis&atilde;o da luz solar nela, todos os anos,&nbsp;ao longo do inverno, em&nbsp;regi&otilde;es polares, n&atilde;o h&aacute; luz do&nbsp;sol &mdash; &eacute; sempre&nbsp;noite. O fen&ocirc;meno chama-se "noite polar".&nbsp;Nesta &eacute;poca, parte do mar l&iacute;quido&nbsp;do Oceano <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111687-quando-o-gelo-do-artico-vai-desaparecer.htm">&Aacute;rtico</a> congela e aumenta o&nbsp;grande mosaico de placas de gelo flutuantes.
Navegadores do &Aacute;rtico&nbsp;geralmente mant&eacute;m seus navios longe de certas regi&otilde;es&nbsp;durante o outono e inverno,&nbsp;visto o risco de ficarem presos no gelo em forma&ccedil;&atilde;o, mas uma nova expedi&ccedil;&atilde;o pretende fazer justamente o que costuma ser evitado: propositalmente colocar&atilde;o seu navio em um local onde a &aacute;gua&nbsp;vai congelar, fixando a embarca&ccedil;&atilde;o e permitindo que ela navegue sem os motores, seguindo&nbsp;um caminho natural com a corrente enquanto atravessa&nbsp;o gigante gelado.
O P&oacute;lo Norte &eacute; o lugar onde observa-se a mais brusca mudan&ccedil;a clim&aacute;tica no planeta.&nbsp;Nele,&nbsp;o processo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111925-gelo-derrete-no-artico-e-novas-ilhas-sao-descobertas-na-russia.htm">aquecimento da temperatura</a> &eacute; duas vezes mais r&aacute;pido&nbsp;em compara&ccedil;&atilde;o a outras latitudes.
Cerca de trezentas&nbsp;pessoas far&atilde;o parte da&nbsp;excurs&atilde;o cient&iacute;fica multidisciplinar, cuja dura&ccedil;&atilde;o ser&aacute; de um ano. Ser&aacute; a primeira vez que cientistas poder&atilde;o observar a regi&atilde;o por um per&iacute;odo de tempo t&atilde;o longo, o que gera a esperan&ccedil;a de serem realizadas muitas descobertas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/23/a-23154306901269.png" alt="a" />(Fonte: Amanda Monta&ntilde;ez para Scientific American)
A rota exata a ser realizada pelo navio e as datas em que vai atingir cada ponto da rota n&atilde;o s&atilde;o completamente previs&iacute;veis, assim como a quantidade de gelo formado na regi&atilde;o. A imagem acima mostra os dados mais prov&aacute;veis para a viagem, que come&ccedil;ar&aacute; no fim de setembro deste ano.
Os cientistas usar&atilde;o bal&otilde;es de h&eacute;lio para estudar o clima, ir&atilde;o perfurar o gelo e coletar amostras, voar&nbsp;drones para monitorar a atmosfera, soltar redes no gelo e no oceano para observar o ecossistema presente, escanear as nuvens com radares e muito mais.
Esta viagem ser&aacute; extremamente desafiadora em muitos sentidos. Al&eacute;m de todas as dificuldades t&eacute;cnicas envolvidas em algo t&atilde;o grande, os tripulantes do navio ter&atilde;o acesso restrito &agrave; internet e pouqu&iacute;ssimo contato com o mundo exterior. Um avi&atilde;o visitar&aacute; a embarca&ccedil;&atilde;o ap&oacute;s alguns meses para reestocar comida e combust&iacute;vel, e passageiros ser&atilde;o trocados ao longo do ano.

Geologia

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