Imagem de Mapa do céu noturno mais antigo do mundo é incrivelmente preciso  no megacurioso

Datado de 2.200 anos, mapa criado por astrônomo grego Hiparco ajudou a entender como ocorre os movimentos das estrelas

<head></head><body>Há 2.200, o astrônomo grego Hiparco desenvolveu uma ferramenta que logo surgiria como uma das maiores contribuições para os estudos espaciais. Isso porque seu mapa do céu noturno, criado com a intenção de reimaginar um sistema de coordenadas semelhante à latitude e à longitude, soube medir com precisão as posições de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estrelas/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estrelas</a> e ajudou a quebrar teses que colocavam o planeta Terra como o centro do universo.Estudiosos acreditam que os estudos de Hiparco o levaram ao ápice da <a href="https://www.megacurioso.com.br/astronomia/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">astronomia</a> antiga. Seu catálogo de estrelas é a tentativa mais antiga de reestruturar a ordem espacial e marcou época como a primeira vez em que duas coordenadas foram utilizadas como referência de objetos. Apesar disso, esse documento acabou se perdendo no tempo e foi substituído pelas teses de Ptolomeu, que criou seu próprio registro por volta de 150 d.C.Agora, um projeto apresentado por Victor Gysembergh, historiador da ciência do Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica, revela evidências sobre a precisão do mapa por meio do poema Fenômenos, originalmente escrito pelo grego Arato no século III a.C. O documento foi recuperado graças ao uso de imagens multiespectrais, que se aproveitam de diferentes comprimentos de onda de luz para destacar o texto removido.Segundo a pesquisa, as coordenadas das quatro estrelas mais distantes ao norte, sul, leste e oeste da constelação Corona Borealis estão incluídas — tudo com uma compatibilidade surpreendentemente semelhante se comparada a de graus modernos. E embora os historiadores não saibam como Hiparco mediu o local das estrelas, acredita-se que o astrônomo tenha utilizado uma esfera armilar, recurso com anéis rotativos que representam as diferentes partes do globo celeste.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/06/06012303883008.jpg" alt="(Fonte: National Geographic / Reprodução)">(Fonte: National Geographic / Reprodução)Aparentemente, Hiparco foi influenciado pelo trabalho de astrônomos babilônicos que mediam distâncias de constelações elípticas. Eles podiam medir as estações e prever eventos espaciais por meio de conceitos particulares de observação regular, que ao se fundirem com a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109635-15-fatos-legais-e-divertidos-sobre-matematica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">matemática</a> e a geometria grega impulsionaram o surgimento de conquistas sem precedentes no campo da ciência.<h2>As pistas no palimpseto</h2>As coordenadas recém-descobertas catalogam uma pequena fração de quase 800 estrelas identificadas por Hiparco. E apesar de apenas uma pequena parte desses registros terem sido cedidos aos estudos do astrônomo, seu trabalho parece ter sido mais preciso do que o de Ptolomeu. Essa conclusão foi possível graças a estudos comparativos e também registra pequenas discrepâncias ocasionadas, possivelmente, por mudanças de transcrição com o passar do tempo.O documento, que contém vestígios de escrita removida, faz parte do Codex Climaci Rescriptus, coleção de pergaminhos datada de algum momento entre os séculos X e XI. Esse material, escrito em uma língua antiga da Ásia Ocidental, foi encontrado pela primeira vez em 2012, quando um aluno do estudioso bíblico Peter Williams, da Universidade de Cambridge, notou a escrita grega visível abaixo do texto siríaco.&nbsp;Segundo a pesquisa, Hiparco também foi o primeiro cientista a descrever o movimento de precessão. Esse fenômeno consiste na oscilação da Terra em torno de seu eixo à medida que ocorre sua rotação natural. Com isso, foi possível detectar que as coordenadas correspondem a posições de estrelas situadas na Corona Borealis, região do cosmos visível da ilha de Rodes por volta de 130 a.C.“Essas tecnologias de imagem multiespectral foram aplicadas apenas a uma fração muito pequena dos palimpsestos existentes. Existem literalmente milhares e milhares. Muitos deles têm conteúdo completamente não identificado”, conclui Gysembergh. “Podemos razoavelmente esperar ter muitas outras descobertas nos próximos anos.”</body>

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Mapa do céu noturno mais antigo do mundo é incrivelmente preciso 

Imagem de 5 fatos históricos tão estranhos que parecem mentira no megacurioso

Relembre alguns acontecimentos tão surreais na história da humanidade que simplesmente soam como informações falsas

<head></head><body>É verdade que a vida humana não é tão preto no branco quanto se imagina, mas às vezes alguns acontecimentos são tão surreais que parecem roteiro de algum filme de ficção muito ruim. Ao longo da história, não são poucos os casos de fatos tão estranhos que fica até mesmo difícil acreditar que possam ter realmente acontecido.Porém, para a nossa sorte e para o completo choque dos nossos cérebros, temos muitos documentos que comprovam algumas das histórias mais absurdas da humanidade. Ficou curioso para saber sobre do que estamos falando? Então, veja só essa lista que separamos com cinco fatos tão inacreditáveis que parecem mais ser fake news!<h2>1. Universidade mais antiga que o Império Asteca</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/12/12042948397006.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Quando você pensa em Império Asteca, provavelmente pensa em uma civilização muito mais velha do que qualquer estrutura moderna encontrada na nossa sociedade, certo? Porém, é preciso ressaltar que a Universidade de Oxford, no Reino Unido, passou a lecionar muito antes da construção da cidade de Tenochtitlán, capital asteca.&nbsp;As primeiras aulas ocorreram em 1096 e, em 1249, Oxford já era uma universidade completa com salas residenciais e vários prédios escolares — isso que ela nem é a universidade mais velha do mundo. Tenochtitlán foi fundada apenas em 1325, sendo capturada pelos espanhóis em 1521. Loucura, né?<h2>2. Agentes da CIA fingiram ser vampiros</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/12/12171648445290.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Durante a Guerra Fria, as Filipinas eram aliadas dos Estados Unidos. No entanto, havia uma facção rebelde comunista conhecida como Exército do Povo, que lutava para livrar a região da influência capitalista. Para combater esses rebeldes, agentes da CIA — central de inteligência do governo norte-americano — tomaram uma estratégia peculiar: fingir serem <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123975-5-fatos-sobre-o-candiru-o-peixe-vampiro-que-penetra-orificios-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vampiros</a>.A ideia surgiu baseada na lenda local dos "aswang", um monstro sugador de sangue muito semelhante aos vampiros. Após a CIA capturar um dos membros do Exército do Povo, deixaram apenas dois furos em seu pescoço morto e o penduraram de cabeça para que o sangue drenasse. Quando os rebeldes o encontraram, o medo tomou conta de todos, fazendo-os a se render em 1954.<h2>3. Estação meteorológica nazista no Canadá</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/12/12042812555003.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Em 1943, os alemães decidiram montar uma estação meteorológica no norte de Labrador, no Canadá — quando o país ainda fazia parte do domínio britânico. Inclusive, essa estrutura ajudou a afundar diversos navios de guerra inimigos dos nazistas e navios de abastecimento no Oceano Atlântico Norte.A construção da estação, no entanto, não é o problema. Enquanto várias dessas estações meteorológicas foram destruídas após a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122424-7-principais-e-datas-acontecimentos-da-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>, a de Labrador permaneceu desconhecida até 1977. Por ser um local pouco povoado, ninguém se preocupou em derrubá-la e ninguém sequer descobriu que pertencia aos nazistas até 1981.<h2>4. Destino cruel</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/12/12042711831002.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Desde 1850, mais de 5 mil pessoas morreram caindo nas Cataratas do Niágara, entre o Canadá e os Estados Unidos — por suicídio ou puro azar. Logo, quando o artista circense Bobby Leach sobreviveu após se aventurar nas águas do local, muitas pessoas foram pegas de surpresa.&nbsp;Leach desceu as cataratas em 1911 dentro de um barril. Quando ele emergiu da queda, ele estava sangrando e machucado, mas ficou perfeitamente bem. Ironicamente, ele acabou morrendo anos depois por ter escorregado em uma casca de laranja e machucado uma de suas pernas. O membro do corpo infeccionou e precisou ser amputado — mas a infecção continuou corroendo sua vida.<h2>5. Tubarões são extremamente velhos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/12/12171650132291.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Que os tubarões são uma das espécies mais antigas da Terra não é novidade. Inclusive, o fóssil mais antigo de um tubarão data para 400 milhões de anos atrás. Isso é tanto tempo de existência que fica até mesmo difícil colocar esse período em perspectiva. Mas você quer ter uma ideia do que 400 milhões de anos representam?&nbsp;Esse número indica que essas criaturas são mais velhas que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122473-por-que-os-aneis-de-saturno-estao-desaparecendo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">anéis de Saturno</a>, que se formaram apenas cerca de 100 milhões de anos atrás. A maioria dos tubarões foram extintos há 20 milhões de anos, quando a população total dessas criaturas caiu para 90%. Caso todos eles tivessem sumido de uma vez, nós pensaríamos neles da mesma forma como vemos os dinossauros. Dá para acreditar?&nbsp;</body>

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5 fatos históricos tão estranhos que parecem mentira

Imagem de Por que os relógios se movem no sentido horário? no megacurioso

O movimento do Sol e algumas convenções explicam esse costume

<head></head><body>Você já parou para pensar por que os relógios se movem para direita, no sentido horário? Se você é como a maioria das pessoas, provavelmente nem deu muita atenção a isso e simplesmente aceitou o movimento dos ponteiros como um fato da vida. Mas, a verdade é que existe uma razão bem interessante para isso!Primeiramente, é importante lembrar que o sentido horário dos relógios é apenas uma convenção. Isso significa que não há motivo científico ou natural determinando que os ponteiros devem se mover nesse sentido.<h2>Os primeiros relógios</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/12/12174106179302.jpg" alt="Os primeiros relógios eram baseados na sombra produzida pela luz solar. (Fonte: Shutterstock)">Os primeiros relógios eram baseados na sombra produzida pela luz solar. (Fonte: Shutterstock)Há muitos séculos, quando <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123475-museu-do-relogio-exibe-peca-rara-em-homenagem-a-independencia-do-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os primeiros relógios foram criados</a>, eles eram muito diferentes dos que conhecemos hoje e eram usados principalmente para medir o tempo durante o dia. Chamados de "horas solares", eles eram basicamente quadrantes graduados colocados no solo que marcavam o tempo baseado na posição do sol no céu.&nbsp;Com o tempo, os relógios evoluíram e começaram a ser feitos com ponteiros e, mais tarde, com o surgimento da mecânica, foram equipados com rodas e engrenagens que permitiam que eles <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122601-a-solucao-atomica-para-padronizar-o-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">funcionassem de forma mais precisa</a>.&nbsp;Vale lembrar que os primeiros relógios, como os que conhecemos atualmente, foram criados no hemisfério norte – e isso faz toda a diferença. Se você estiver no hemisfério norte e observar o caminho do sol através do céu, verá que ele descreve um arco no sentido horário enquanto viaja do leste para o sul e, finalmente, para o oeste, onde se põe.Então, mesmo que os relógios já não usassem a luz solar para medir as horas, o movimento solar ainda era a inspiração por trás do movimento adotado para os ponteiros.&nbsp;<h2>Nada além de costume</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/12/12174108817303.jpg" alt="Para facilitar o uso dos relógios, costumes antigos foram mantidos. (Fonte: Shutterstock)">Para facilitar o uso dos relógios, costumes antigos foram mantidos. (Fonte: Shutterstock)Em algum momento da história, os relógios foram uma novidade tecnológica, mas mesmo que fosse disruptiva, os seus criadores buscaram manter costumes que as pessoas já tinham adotado com os relógios solares. Por isso não foi mudado o sentido em que os ponteiros caminham, afinal, todo mundo já estava acostumado com a forma como as horas eram mostradas. Além disso, a maioria das pessoas é destra e, assim, é mais natural olhar para a direita do que para a esquerda.É interessante pensar que, se os relógios tivessem sido inventados em outro lugar do mundo, talvez eles girassem no sentido oposto ao que estamos acostumados. De qualquer forma, mesmo que a razão para o sentido horário dos relógios seja apenas uma convenção, ela é um <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123477-por-que-o-horario-de-verao-existia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">costume tão enraizado em nossa sociedade</a> que é difícil imaginar os ponteiros funcionando de outro modo.</body>

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Por que os relógios se movem no sentido horário?

Imagem de As profecias do Oráculo de Delfos eram induzidas por gases alucinógenos no megacurioso

Estudos científicos confirmaram testemunho de Plutarco, que foi desacreditado durante anos

Na Gr&eacute;cia Antiga, quando algu&eacute;m precisava de orienta&ccedil;&atilde;o, geralmente recorria &agrave;s previs&otilde;es proferidas por P&iacute;tia, a sacerdotisa do Or&aacute;culo de Delfos. Localizado dentro do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121594-7-deusas-gregas-vitimas-de-machismo-e-misoginia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">templo dedicado a Apolo</a>, o or&aacute;culo tornou a cidade de Delfos uma das mais importantes do mundo grego. Reis, nobres, militares e fazendeiros iam at&eacute; o local para receber conselhos divinos quando precisavam tomar decis&otilde;es importantes.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/04/04154828798164.jpg" alt="Ilustra&ccedil;&atilde;o de como era a cidade de Delfos no seu auge. (Fonte: Wikimedia Commons)" />Ilustra&ccedil;&atilde;o da cidade de Delfos em seu auge. (Fonte: Wikimedia Commons)
De acordo com o historiador grego Plutarco, que foi sacerdote do templo, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123366-6-mulheres-poderosas-demonizadas-pela-mitologia.ht" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os poderes prof&eacute;ticos das P&iacute;tias</a> derivavam da inala&ccedil;&atilde;o dos vapores que subiam de falhas geol&oacute;gicas da regi&atilde;o. Por&eacute;m, em 1927, cientistas franceses estudaram o local e n&atilde;o encontraram evid&ecirc;ncias dessas fendas. Assim, eles descartaram a hip&oacute;tese.
Al&eacute;m disso, na &eacute;poca, os cientistas acreditavam que vapores e gases s&oacute; eram produzidos por atividade vulc&acirc;nica, e como n&atilde;o h&aacute; vulc&otilde;es na regi&atilde;o de Delfos, a conclus&atilde;o foi de que Plutarco estava enganado. Mas pesquisas recentes mostram o oposto.
<h2>Geografia grega contribuiu para a exist&ecirc;ncia dos gases</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/04/04154948289170.jpg" alt="Pintura Sacerdotisa de Delfos (1891), de John Collier representa a P&iacute;tia aspirando os gases antes de fazer suas previs&otilde;es. (Fonte: Wikimedia Commons)" />Pintura Sacerdotisa de Delfos (1891), de John Collier, representa P&iacute;tia aspirando os gases antes de fazer suas previs&otilde;es. (Fonte: Wikimedia Commons)
Segundo o ge&oacute;logo da Universidade de Middletown, Jelle De Boer, a Gr&eacute;cia fica sobre o encontro de tr&ecirc;s placas tect&ocirc;nicas, o que gera muitas falhas geol&oacute;gicas. O Or&aacute;culo ficava em um local onde duas dessas falhas se cruzavam e, por isso, a &aacute;gua subterr&acirc;nea e os gases podiam subir at&eacute; onde as P&iacute;tias faziam suas previs&otilde;es.
Ainda de acordo com Boer, os gases presentes na regi&atilde;o s&atilde;o compostos por etileno, um g&aacute;s com cheiro adocicado e efeito narc&oacute;tico. Para a professora da Universidade George Washington, Diane Harris-Cline, a inala&ccedil;&atilde;o desse g&aacute;s, combinada com as expectativas da sociedade e o treinamento que as P&iacute;tias recebiam, certamente as fazia proferir as previs&otilde;es.
Quando o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123612-5-rituais-antigos-e-tradicionais-que-voce-nunca-ouviu-falar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cristianismo come&ccedil;ou a ser a religi&atilde;o dominante</a>, o Or&aacute;culo de Delfos viu o seu poder ruir. Al&eacute;m disso, segundo Boer, &eacute; prov&aacute;vel que nesse mesmo per&iacute;odo tenham ocorrido menos terremotos, fazendo com que as falhas geol&oacute;gicas gregas produzissem menos gases e, por consequ&ecirc;ncia, o estado de transe das P&iacute;tias j&aacute; n&atilde;o fosse mais poss&iacute;vel.

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As profecias do Oráculo de Delfos eram induzidas por gases alucinógenos

Imagem de Guglielmo Marconi: o inventor do rádio que se envolveu com o fascismo no megacurioso

Qual sua opinião sobre homenagear pessoas que revolucionaram a modernidade, mas patrocinaram ideologias assassinas?

<head></head><body>Em 25 de maio de 2020, em Minneapolis, Estados Unidos, quando o policial Derek Chauvin causou a morte de George Floyd, ficando sobre seu pescoço por 8 minutos e 46 segundos, o movimento <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119768-agitacao-racial-nos-eua-por-que-a-revolta-dos-negros-nao-tem-fim.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Black Lives Matter</a> surgiu como um protesto a nível global para discutir a violência policial motivada pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123385-por-que-o-racismo-nao-e-considerado-uma-doenca-mental.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">racismo estrutural</a> que devasta os bairros periféricos norte-americanos há séculos.Os protestos em busca de justiça e um pouco de reparação histórica, pela quantidade de crime e violência sistemática da qual a comunidade negra é vítima diariamente, atingiram todos os aspectos da sociedade no país.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/06/06130239707153.jpg" alt="(Fonte: Kacper Pempel/Reuters/Reprodução)">(Fonte: Kacper Pempel/Reuters/Reprodução)Em vários estados, manifestantes <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119470-simbolos-escravagistas-por-que-so-nos-importamos-com-os-dos-outros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">derrubaram estátuas</a> de confederados, responsáveis por torturar e matar escravos que, mesmo assim, foram ilustrados como "heróis de guerra". Pessoas como o prefeito de Birmingham, no Alabama, que pediu para remover do centro da cidade a estátua de Raphael Semmens, oficial da marinha confederada, compartilha da ideia de que "isso não vai mudar o passado" – enquanto os manifestantes só pedem, na verdade, que responsáveis pelo genocídio do povo negro parem de ser exaltados de alguma forma.O mesmo teor controverso aconteceu quando o Conselho de Cardiff, uma cidade portuária na costa sul do País de Gales, quis erguer uma estátua em homenagem ao italiano Guglielmo Marconi, responsável pela invenção do rádio. No entanto, os planos foram questionados quando descobriram que o inventor foi um fascista fervoroso e seguidor de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117913-violet-gibson-a-mulher-que-tentou-matar-benito-mussolini.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Benito Mussolini</a>.<h2>Mudando a história</h2><span class="img-fc" data-fonte="Hulton Archive/Getty Images" data-fonte-url="https://www.gettyimages.pt/detail/fotografia-de-noticias/italian-physicist-and-inventor-guglielmo-fotografia-de-noticias/3277730"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/06/06130323591154.jpg" alt="Guglielmo Marconi. (Fonte: Hulton Archive/Getty Images)">Guglielmo Marconi. (Fonte: Hulton Archive/Getty Images)Nascido em 25 de abril de 1874, em Bolonha, na Itália, Marconi começou a fazer experiências com o envio de sinais elétricos aos 22 anos, quando ainda morava na casa de seu pai. Ele teve como inspiração o trabalho de Heinrich Hertz, que descobriu as ondas de rádio em 1888, e continuou suas descobertas de onde ele parou.Em meados de 1896, Marconi decidiu se mudar para a Inglaterra ao perceber que não havia nenhum interesse por sua invenção por parte do governo italiano, apesar de conseguir enviar e receber mensagens em um raio de 3 quilômetros com seu novo aparelho.<span class="img-fc" data-fonte="The Print Collector/Heritage Images/Science Photo Library" data-fonte-url="https://www.sciencephoto.com/media/958017/view/guglielmo-marconi-italian-physicist-and-radio-pioneer"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/06/06130805587156.jpg" alt="(Fonte: The Print Collector/Heritage Images/Science Photo Library)">(Fonte: The Print Collector/Heritage Images/Science Photo Library)Três anos após aterrissar na Terra da Rainha, Marconi teve sucesso em fazer sua primeira transmissão sem fios do Código Morse por meio do Canal de Bristol, de Lavernock Point para a Ilha de Flat Holm. Ele teve a ajuda do engenheiro George Kemp, de Cardiff, que o instruiu como enviar essas mensagens em águas abertas. Ali nascia um novo sistema de comunicação que revolucionaria, a princípio, a máquina do período da guerra, e também a transmissão de informes e notícias.Em 1909, Marconi atingiu o ápice do reconhecimento de seu trabalho para a humanidade ao ganhar o Prêmio Nobel de Física. Vinte anos depois, ele foi nomeado para o senado italiano, tornando-se presidente da Academia Real da Itália, em 1930. Isso tudo sob o poder considerado demoníaco de Benito Mussolini, responsável por disseminar e inflamar a ideologia do fascismo por toda a Europa.<h2>Pária da própria história</h2><span class="img-fc" data-fonte="Granger/Historical Picture Archive/Alamy" data-fonte-url="https://www.alamyimages.fr/photo-image-marconi-et-mussolini-1927-nitalian-ingenieur-et-inventeur-guglielmo-marconi-a-gauche-et-leader-politique-italien-benito-mussolini-photographies-ensemble-en-1927-95791166.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/06/06130903693157.jpg" alt="(Fonte: Granger/Historical Picture Archive/Alamy)">(Fonte: Granger/Historical Picture Archive/Alamy)Documentos divulgados em 2002 pelo The New York Times indicam que Marconi não tinha nada a dizer além de elogios e uma paixão dedicada a Mussolini e sua ideologia destruidora, que matou mais de 15 milhões de pessoas ao longo de 12 anos.Em 1930, no aniversário de 10 anos da ascensão de Mussolini ao poder, Marconi afirmou em seu discurso que a Itália prosperava e se modernizava graças ao comando de Mussolini. Para endossar ainda mais essa aliança, existe uma foto dos dois homens lado a lado, capturada no aniversário da Marcha sobre Roma, o momento em que o fascismo ascendeu ao poder na Itália.Até a divulgação desses documentos, havia a ideia de que Marconi teve que apoiar o movimento por não ter outra alternativa, mas depois que alcançaram o público, tudo ficou claro – inclusive que ele praticava políticas discriminatórias contra o povo judeu enquanto presidente da Academia Real, cuja missão era promover a "genialidade da raça italiana" e favorecer sua expansão no exterior.O Conselho de Cardiff se pronunciou alegando desconhecer o passado nefasto de Marconi e cancelou qualquer tipo de homenagem ao inventor, alegando que encontraria uma maneira de celebrar a história de Flat Holm de maneira respeitosa.Morto em 1937, aos 63 anos, Guglielmo Marconi se tornou um pária da própria história.</body>

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Guglielmo Marconi: o inventor do rádio que se envolveu com o fascismo

Imagem de Autor brasileiro traz à tona a sangrenta realidade da Guerra de Canudos no megacurioso

Romance histórico de R. Colini retrata a fragilidade humana em uma jornada de sobrevivência do protagonista vivendo dos dois lados da batalha

&Eacute; ineg&aacute;vel que, quando h&aacute; conflito, s&atilde;o imensas as chances de haver <a href="https://www.megacurioso.com.br/historias-macabras/95844-10-metodos-de-execucao-mais-terriveis-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">brutalidade</a>. Independente do n&iacute;vel de maldade infligida no inimigo, o ponto &eacute; que h&aacute; &mdash; e infelizmente sempre haver&aacute; &mdash; sofrimento em toda e qualquer disputa que envolva dois lados com ideais e interesses muito distintos.
E foi exatamente seguindo nesta linha que rolou a sangrenta da Guerra de Canudos, realidade esta que hoje &eacute; desconhecida por uma parcela bastante consider&aacute;vel do p&uacute;blico brasileiro. Agora, este problema parece estar sendo sanado com o lan&ccedil;amento do livro&nbsp;Entre as Chamas, Sob a &Aacute;gua, do escritor R. Colini.
<h2>O retrato da brutalidade da Guerra de Canudos</h2>
Em sua nova obra, Colini convida o leitor a conhecer um pouco mais sobre a barb&aacute;rie da famosa Guerra de Canudos, um conflito armado que durou de novembro de 1896 at&eacute; outubro de 1897 e via o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118579-quais-sao-as-funcoes-do-exercito-brasileiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ex&eacute;rcito Brasileiro</a> combatendo membros de uma comunidade s&oacute;cio-religiosa liderada pela figura conhecida como Ant&ocirc;nio Conselheiro.
O livro descreve as dificuldades enfrentadas pelo protagonista, um jovem combatente do ex&eacute;rcito brasileiro que "perde a empatia, a f&eacute; e o prop&oacute;sito." Ao lado dos colegas do pelot&atilde;o, o rapaz precisa enfrentar o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119911-por-que-o-calor-nos-deixa-mais-cansados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sol escaldante</a> para enfrentar jagun&ccedil;os que tinham uma grande vantagem: eles conheciam muito bem a geografia local e estavam bastante acostumados ao clima da regi&atilde;o. Os soldados, por outro lado, sofriam de desidrata&ccedil;&atilde;o, fome e feriadas que mal podiam ser tratadas no campo de batalha.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/12/12161637497257.jpg" alt="24&ordm; Batalh&atilde;o de Infantaria se preparando para encarar os jagun&ccedil;os na Guerra de Canudos" />24&ordm; Batalh&atilde;o de Infantaria se preparando para encarar os jagun&ccedil;os na Guerra de Canudos
&Eacute; nesse ambiente de total hostilidade que Colini leva o leitor a acompanhar ambos os lados da disputa, incluindo acontecimentos t&atilde;o brutais que nos levam a questionar at&eacute; onde vai a humanidade de uma pessoa. O romance hist&oacute;rico busca retratar a Guerra de Canudos de forma nua e crua, relatando todo o banho de sangue e o clima de total desespero vivido naquele per&iacute;odo.
<h3>Entre as Chamas, Sob a &Aacute;gua e &agrave; beira da sangrenta realidade</h3>
Neste livro, Colini tem o papel de guiar o leitor durante um combate "onde a dignidade &eacute; arrancada e a humanidade se esvai," enquanto acompanhamos o jovem e desacreditado protagonista. Aqui, nada do que ele aprendeu nos treinamentos do ex&eacute;rcito &eacute; certeza de vit&oacute;ria: na realidade, o que se percebe &eacute; "o despreparo e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/104649-por-que-pessoas-incompetentes-se-acham-a-ultima-bolacha-do-pacote.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">incompet&ecirc;ncia</a> do ex&eacute;rcito para aquele cen&aacute;rio."
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/12/12161348140256.jpg" alt="Livro retrata a brutalidade vivida na Guerra de Canudos, no interior do estado da Bahia" />Livro retrata a brutalidade vivida na Guerra de Canudos, no interior do estado da Bahia
Como mostra o livro de R. Colini, o ex&eacute;rcito brasileiro entrou em um combate brutal sem qualquer conhecimento ou "instru&ccedil;&atilde;o acerca do comportamento dos jagun&ccedil;os na guerra," sendo basicamente surpreendido por um "inimigo invis&iacute;vel." O combate foi repleto de epis&oacute;dios de tortura, com alguns casos descritos at&eacute; mesmo como "churrasco de gente," onde os jagun&ccedil;os usavam todo tipo de t&eacute;cnica para amedrontar e espantar os inimigos, incluindo o uso de torturas com brasas e at&eacute; mesmo decapita&ccedil;&otilde;es.
<h3>O soldado convertido em jagun&ccedil;o</h3>
Com tantos perigos rondando a todo instante e o total despreparo dos membros do ex&eacute;rcito, o protagonista precisa lutar a guerra pelos dois lados: para sobreviver, o jovem precisa n&atilde;o apenas se proteger dos jagun&ccedil;os, mas praticamente se tornar um deles ao lutar contra seus pr&oacute;prios colegas enquanto "sucumbe &agrave; solid&atilde;o e ao odor podre da guerra."
Para os interessados na hist&oacute;ria dos conflitos de nosso pa&iacute;s, <a href="https://amzn.to/3QGb4Bh" target="_blank" rel="sponsored">saiba mais sobre&nbsp;Entre as Chamas, Sob a &Aacute;gua</a>,&nbsp;uma obra publicada pela Editora Labrador.

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Autor brasileiro traz à tona a sangrenta realidade da Guerra de Canudos

Imagem de O segredo que faz as construções romanas serem tão duráveis no megacurioso

O segredo para a durabilidade das construções romanas estaria tanto no processo de construção das obras quanto no material utilizado

<head></head><body>A arquitetura romana, ainda hoje, é lembrada pelo seu valor simbólico, sendo considerada uma das manifestações artísticas mais importantes da história da humanidade. E esse alto valor atribuído decorre da presença de diversos elementos que caracterizam as obras.Um das principais diz respeito ao seu teor prático, voltado para as necessidades da população. A durabilidade, por sua vez, também é destaque, fazendo com que, cerca de 2 mil anos depois ainda possamos observar com nossos próprios olhos parte dos monumentos erguidos no período. Como exemplo, temos o Panteão e os famosos aquedutos, que ainda hoje são utilizados.Em busca de entender o que teria tornado as obras tão resistentes à passagem do tempo, pesquisadores do MIT, da Universidade de Harvard, em conjunto com laboratórios presentes na Suíça e na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122246-por-que-e-tao-dificil-fazer-construcoes-em-roma.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Itália</a>, foram investigar como se deu o processo de fabricação dos materiais utilizados e sua aplicação.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/12/12175457784307.jpg" alt="Estudo desvenda como se deu o processo de construção das obras romanas. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)">Estudo desvenda como se deu o processo de construção das obras romanas. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)<h2>Segredos das construções romanas</h2>As descobertas, publicadas na revista Science neste mês de janeiro, ajudam a desvendar parte do enigma. Um primeiro aspecto interessante diz respeito à estratégia adotada pelos <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122527-conheca-as-esquisitices-da-vida-cotidiana-dos-romanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">romanos</a> durante o processo de construção, consistindo no emprego de altas temperaturas no preparo da argamassa. Isso seria o que possibilitava que as obras ficassem prontas com maior rapidez.Quanto ao material utilizado, os pesquisadores identificaram, além do já conhecido material proveniente de cinzas vulcânicas, a presença de pequenos pedaços de cal (carbonato de cálcio), conferindo ao concreto romano uma funcionalidade única de autorregeneração.&nbsp;Isso porque, segundo a análise, a mistura disse material em altas temperaturas tornaria o cálcio ativo, fazendo com que ele espontaneamente curasse eventuais rachaduras que surgissem na obra, impedindo sua expansão e comprometimento. A partir disso, um segundo benefício seria ainda mais evidente, segundo o estudo: o de tornar o concreto romano mais resistente.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/12/12175500159308.jpg" alt="Apesar de apresentarem influência da arquitetura grega, as construções romanas se destacam pela presença de elementos próprios. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)">Apesar de apresentarem influência da arquitetura grega, as construções romanas se destacam pela presença de elementos próprios. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)<h2>Atenção voltada para o passado</h2>A teoria foi comprovada por meio de um experimento realizado que, em duas semanas, atribuiu a presença de cal na mistura essa característica surpreendente, elevando consideravelmente o período de vida útil.Essa última constatação, em particular, confere um caráter ainda mais intrigante às construções, principalmente quando consideramos o quanto contrastam com as construções erguidas na modernidade, que são mais frágeis.Conjuntamente, essas descobertas também reforçam o quanto os romanos se dedicaram a desenvolver um processo de construção cuidadoso tanto na escolha do material utilizado quanto na sua forma de aplicação, o que não seria possível sem muito experimento.&nbsp;Ou seja, o legado deixado por esses povos ainda nos permite aprender bastante coisa! E isso pode ser especialmente eficaz no desenvolvimento de um concreto que seja usado nos tempos atuais e que demande um menor gasto com manutenção, o que já tem sido considerado por especialistas da área.</body>

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O segredo que faz as construções romanas serem tão duráveis

Imagem de Pedra de Roseta: o encontro casual que decifrou os hieróglifos no megacurioso

Um dos objetos mais importantes de toda a história, a Pedra de Roseta permitiu decodificar hieróglifos egípcios

<head></head><body>Até o século XVIII, uma parte significativa da vida no Egito Antigo era pouco ou nada conhecida. Por maiores que fossem os esforços de historiadores e arqueólogos, era impossível compreender o significado dos hieróglifos usados pelos egípcios. E como eles ajudavam a descrever processos culturais, sociais e religiosos, havia uma grande lacuna para compreender aquela sociedade.Isso mudou em 1799, quando uma pedra foi encontrada por acaso por Pierre-François Bouchard, um homem que até pouco tempo estava esquecido pela história — apesar de ter feito uma das descobertas mais importantes da história.<h2>Um feliz acaso</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/12/12140558175204.jpg" alt="Pintura da cidade de Roseta na época da descoberta da pedra. (Fonte: British Museum/Reprodução)">Pintura da cidade de Roseta na época da descoberta da pedra. (Fonte: British Museum/Reprodução)Bouchard nasceu em uma família pobre e aos 22 anos decidiu ingressar no exército em 1793. Sua jornada até chegar à <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122595-por-que-a-pedra-de-roseta-tem-3-tipos-de-escrita.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pedra de Roseta</a> foi relativamente curta, mas essencial para que ele percebesse a importância daquele objeto.Em 1974, Bouchard conheceu Nicolas Jacques Conté, diretor da Escola Nacional de Dirigíveis. Napoleão pretendia criar uma espécie de força aérea e Conté ficou responsável por criar uma equipe para tentar viabilizar o plano. Bouchard era um dos cientistas especializados do grupo.Ainda antes de embarcar para o Egito, outros dois fatores foram fundamentais para que Bouchard reconhecesse a importância da Pedra de Roseta. Em novembro de 1796, ele entrou para a Escola de Ciências e Arte. Além disso, ele estava se especializando em técnicas de fortificação.A ida para o Egito envolve ainda um acaso relacionado ao Napoleão. Em maio de 1798, antes de ser nomeado cônsul, Bonaparte foi eleito membro da Academia Francesa de Ciências, o que permitiu que ele criasse uma expedição para o Egito — algo que ele já vinha planejando há algum tempo. Nesta expedição, além dos militares, embarcou também um grupo de 167 cientistas — e entre eles estava Bouchard.<h2>Decifrando os hieróglifos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/12/12043035983009.jpg" alt="A transcrição à mão feita por Champollion. (Fonte: British Museum/Reprodução)">A transcrição à mão feita por Champollion. (Fonte: British Museum/Reprodução)Cerca de um ano após desembarcar no Egito, Bouchard foi até a cidade Rasheed onde seria responsável por construir uma fortificação. Enquanto sua equipe trabalhava na remoção de uma antiga ruína, eles encontraram uma pedra estranha que havia sido utilizada na antiga fortaleza egípcia que existia no local.Bouchard provavelmente não demorou para perceber que aquela não era uma pedra comum. Não é possível saber como ela foi parar ali, mas não fosse a presença de uma pessoa com conhecimento em artes e história, a pedra poderia ter sido descartada ou até mesmo destruída.Para a nossa sorte, Bouchard era a pessoa certa na hora certa, no lugar certo. Porém, sua história sofreu uma reviravolta inesperada. Em 1800, a Pedra de Roseta já era conhecida na França, assim como seu descobridor. Porém, Bouchard acabou sendo capturado pelos otomanos e ficou preso por pouco mais de um mês.No ano seguinte, Bouchard foi capturado novamente, mas desta vez pelos britânicos. Desta vez foram 4 meses até ser liberado junto de outros soldados, em troca da Pedra de Roseta. <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115709-7-artefatos-roubados-famosos-exibidos-em-museus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ela foi levada da Academia Científica Egípcia para o British Museum</a>, em Londres, em 1801 e permanece lá até hoje.Por esse motivo, a transcrição foi feita usando cópias dos textos da pedra, feitas pela equipe da Academia Científica Egípcia. Quem fez a decodificação foi o cientista Jean-François Champollion. Ele percebeu que dois dos três idiomas da pedra coincidiam: o demótico e o grego. O terceiro texto estava escrito em hieróglifos e Champollion deduziu que deveria ser uma terceira cópia.No dia 27 de setembro de 1822, Champollion revelou ao mundo o resultado do seu trabalho. Ele ficou conhecido na história como o responsável pela compreensão de uma das línguas mais antigas da humanidade. Já Bouchard voltou ao exército e participou de outras guerras napoleônicas, mas jamais foi reconhecido. Ele morreu pobre em 5 de agosto de 1822.</body>

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Pedra de Roseta: o encontro casual que decifrou os hieróglifos

Imagem de Mapa do tesouro nazista gera busca frenética por riquezas na Holanda no megacurioso

Documento sugere que soldados alemães em fuga teriam enterrado ouro, prata, joias, relógios e outras riquezas em algum lugar perto da vila de Ommeren

<head></head><body>Recentemente, os Arquivos Nacionais da Holanda divulgaram mais de 1,3 mil documentos históricos. Porém, um chamou mais atenção do que os demais: um mapa do tesouro nazista feito em 1945. Ansiosos para encontrar todas as riquezas escondidas, a informação fez com que diversos caçadores de tesouro inundassem o interior holandês em busca do prêmio final.Segundo especialistas, a chance do tesouro permanecer guardado no mesmo local mesmo após 70 anos é extremamente pequena, mas isso não desanima os mais empolgados. Até onde se sabe, o tesouro foi originalmente enterrado na vila de Ommeren por soldados nazistas em fuga após o fim da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118108-3-curiosidades-sobre-elizabeth-ii-na-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>. Entenda mais sobre o caso!<h2>Riquezas enterradas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/12/12031125011003.jpeg" alt="(Fonte: Zumapress.com/Divulgação)">(Fonte: Zumapress.com/Divulgação)Os historiadores suspeitam que os soldados alemães teriam enterrado um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123677-portugal-anuncia-planos-de-devolver-tesouros-as-suas-ex-colonias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tesouro</a> contendo moedas, relógios, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123068-koh-i-noor-a-historia-das-joias-britanicas-e-de-seu-sangrento-passado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">joias</a>, diamantes e outros objetos de valor — todos provenientes de um banco próximo de Arnhem, no interior da Holanda. Os nazistas provavelmente pegaram os objetos de valor após um bombardeio e atearam fogo no local para conseguir roubar as riquezas.Estima-se que o total dos itens possa valer cerca de US$ 19 milhões. Anos depois, um soldado alemão identificado como Helmut S. afirmou que ele e outros três colegas enterraram o tesouro cerca de meio metro abaixo das raízes de um álamo em Ommeren.&nbsp;Através desse relato, o Beheersinstituut, organização responsável por administrar o patrimônio de pessoas desaparecidas durante a Segunda Guerra Mundial, passou a realizar várias buscas atrás dos itens perdidos. Em todas as tentativas feitas até agora, inclusive uma com o auxílio do próprio Helmut S. não foram bem sucedidas.&nbsp;<h2>Dúvidas no caminho</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/12/12031207362004.png" alt="(Fonte: NBC News/Reprodução)">(Fonte: NBC News/Reprodução)O mapa revelado pelo governo holandês teria sido desenhado por um dos companheiros de Helmut e foi guardado nos arquivos do Beheersinstituut. Ele foi lançado ao domínio público 75 anos depois desse acontecimento, visto que seu período de confidencialidade expirou. Porém, ainda existe uma dúvida se realmente existe um tesouro para ser encontrado.Em resposta à Reuters, a porta-voz do Arquivo Nacional da Holanda, Anne-Marieke Samson, disse que o instituto verificou a história diversas vezes e a considerou confiável. Porém, o fato de ninguém nunca ter encontrado qualquer um desses itens em solo holandês provavelmente indica que esse tesouro já foi desenterrado.Ao longo desses anos todos, diversas teorias forma formuladas. Entre elas, acredita-se ser possível que um nazista tenha retornado ao local e recuperado o tesouro, ou até mesmo que soldados americanos tenham descoberto os itens roubados e desenterrado. A teoria final é vista com grande potencial, uma vez que funcionários do Beheersinstituut cruzaram com soldados norte-americanos na sua terceira tentativa de encontrar o "prêmio" e o chão da área parecia revirado.Caso o tesouro permaneça por aí — por mais que especialistas não descartem a possibilidade dele ter sido destruído em um bombardeio posterior — quem o encontrar terá a obrigação de relatar sua descoberta para as autoridades holandesas.&nbsp;</body>

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Mapa do tesouro nazista gera busca frenética por riquezas na Holanda

Imagem de Salão viking gigante é desenterrado na Dinamarca no megacurioso

Arqueólogos encontraram partes de um enorme salão viking que poderia estar ligado a Harald Bluetooth, que reinou na região de 958 a 986 d.C.

<head></head><body>Um grupo de arqueólogos na Dinamarca desenterrou uma parte de um enorme salão viking que pode estar conectado ao rei Harald "Bluetooth" Gormsson, que reinou de 958 a 986 d.C, durante a Era Viking na região. &nbsp;A estrutura, que foi encontrada na Jutlândia do Norte, é considerada a maior descoberta <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123279-6-tatuagens-vikings-e-os-significados-por-tras-delas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">viking</a> na última década e mede 40 &nbsp;metros de comprimento.Até agora, apenas metade do edifício foi escavado. Os arqueólogos acreditam que o salão foi construído entre 950 e 1050 d.C., segundo o comunicado oficial que foi liberado à imprensa. O design da estrutura é semelhante a outras encontradas na área, que também foram construídas durante o reinado de Bluetooth.<h2>Importância da descoberta</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/12/12034019790015.jpg" alt="(Fonte: Nordjyske Museer)">(Fonte: Nordjyske Museer)Também conhecido como Harald Blatand, Bluetooth foi responsável por introduzir o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123808-4-reliquias-do-corpo-de-jesus-cristo-adoradas-pelos-cristaos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cristianismo</a> na Dinamarca e também ajudou a unificar o país com a Noruega. Existem diversas estruturas associadas ao seu reinado na região, incluindo as fortalezas circulares de Fyrkat e Aggersborg.&nbsp;Atualmente, tudo o que restou dessas construções foram seus aterros cobertos de plantas. O que foi divulgado pelo Museu da Jultlândia do Norte é que pouco se sabe sobre essa região durante esse período histórico. Embora os arqueólogos não tenham certeza sobre qual propósito cumpria o salão, existe uma certeza de que "ele não estava relacionado à vida cotidiana".A principal hipótese é que esse era um lugar onde a elite social viking se reunia, negociava e tinha guildas. Logo, esse era um edifício onde provavelmente decisões importantes que moldaram a região foram tomadas. Visto que a maior parte do salão ainda não foi escavada, é pouco provável que outros edifícios possam existir naquele local.<h2>Associação viking</h2>Se existe a possibilidade do salão estar conectado ao reina<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/12/12034052915016.jpg" alt="(Fonte: Nordjyske Museer)">(Fonte: Nordjyske Museer)do de Bluetooth, outra teoria é que a terra onde a estrutura foi encontrada pertencia a Runulv den Radsnilde, um nobre cuja família administrava uma fazenda na região. Essa hipótese está baseada na existência de uma pedra rúnica de 1,5 metros de altura encontrada nas proximidades, que data para algum momento entre 970 e 1020 d.C.O objeto viking está gravado com a frase "Hove, Thorkild, Thorbjørn definiram a pedra de seu pai Runulv den Rådsnilde". Sendo assim, isso só colaboraria mais com a ideia de que tanto a pedra rúnica quanto o salão viking seriam elementos pertencentes à elite política e social daquela sociedade antiga.Depois do achado feito pela equipe de arqueólogos, a pedra rúnica foi colocada em exibição na vizinha igreja românica de Hune. A expectativa é que os próximos meses sejam tomados por novas escavações na Jutlândia do Norte, fornecendo uma visão maior do que realmente representa o salão viking. Caso a teoria inicial esteja correta e a estrutura de fato pertença ao reinado de Bluetooth, isso mostraria que sua liderança foi ainda mais notável do que imaginávamos, visto que ele já foi um dos governantes mais influentes na história da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123869-coco-de-pinguins-pode-produzir-gas-do-riso-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Dinamarca</a>.&nbsp;</body>

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