Imagem de As 5 mais impressionantes restaurações da arqueologia no megacurioso

A arqueologia tem permitido à humanidade conhecer melhor sua própria história

<head></head><body>O trabalho desenvolvido por arqueólogos é um dos mais importantes que existem em termos de pesquisa científica. A atuação destes profissionais permite à humanidade conhecer mais profundamente sua história e suas descobertas ensinam muito sobre quais caminhos podemos seguir.Ao longo das últimas décadas, além das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122404-5-descobertas-historicas-sombrias-sobre-sacrificios-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">descobertas</a>, muitas restaurações conduzidas por equipes de arqueólogos permitiram que locais e artefatos ficassem próximos de seu estado natural. Para honrar estes magníficos cientistas, confira conosco 5 incríveis trabalhos de restauração conduzidos recentemente.<h2>1. Parque Arqueológico de Pompeia</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/tlTqOmMSang" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Localizado na região de Campânia, bem ao sul da Itália, Pompeia foi uma das mais prósperas e sofisticadas cidades do antigo (e imponente) Império Romano. Ela foi completamente soterrada após a erupção do Monte Vesúvio, no ano 79 d.C., mas um longo e refinado processo de escavações tem trazido muitas coisas à tona.Algumas restaurações permitiram encontrar túmulos e habitações da antiga cidade romana. O <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122061-5-sitios-arqueologicos-que-foram-campos-de-batalha-pre-historicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sítio arqueológico</a> conta com mais de 12 mil metros quadrados, onde estátuas, casas e até pinturas foram encontradas e restauradas. O processo foi intensificado após 2008, permitindo que novos setores sejam abertos à visitação pública.<h2>2. Exército de Terracota</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/ZPugcSVbQgY" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Descoberto por acaso, o majestoso <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/112436-a-china-imperial-e-seus-misteriosos-soldados-milenares-de-argila.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Exército de Terracota</a> localizado na China é um dos achados mais incríveis da história recente da arqueologia. Encontrados em 1974 por agricultores que escavam poços, os soldados de terracota foram construídos para guardar o mausoléu do imperador Qin. São 8 mil guerreiros em tamanho natural.Cada um deles é considerado uma peça única e carregam armas reais feitas de bronze. Além dos soldados, o Exército de Terracota é composto por 520 cavalos e 130 carruagens. As restaurações são feitas utilizando sondas e novas escavações são proibidas, para evitar que as estátuas sejam danificadas.<h2>3. Partenon</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/24/24180328362010.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Construído na Grécia Antiga em homenagem à deusa Atena, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120814-a-tentativa-grega-de-recuperar-dos-britanicos-suas-esculturas-do-partenon.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Partenon</a> é um templo localizado na região de Acrópole, levantado entre 447 e 438 a.C. como símbolo da cultura e da riqueza local. Todo elaborado em mármore branco, é símbolo de resistência a diferentes domínios e guerras ao longo dos séculos.Seu processo de restauro segue até os dias atuais. Poucos locais são tão reconhecidos por sua estética e estrutura quanto o Partenon, em grande parte resultado do trabalho minucioso dos arqueólogos. Infelizmente, alguns elementos originais não existem mais, como a estátua de marfim de 12 metros de Atena.<h2>4. Afrescos da Capela Sistina</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/24/24175418891008.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Localizada ao norte da Basílica de São Pedro e entregue no ano de 1481, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121970-por-que-nao-se-pode-fotografar-na-capela-sistina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Capela Sistina</a> foi construída no Vaticano a pedido do Papa Sisto IV. Para adornar o recinto, ele encomendou trabalhos aos mais conceituados pintores renascentistas da época. Nomes como Ghirlandaio, Perugino e Botticelli estão nas paredes.A obra máxima está no teto, pintado entre 1508 e 1512 por Michelangelo, que também fez o Juízo Final sobre o altar, anos depois. Entre 1980 e 1994, passou por processo de restauração que teve impacto significativo na história da arte. Foi possível identificar detalhes nunca vistos sobre as técnicas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120222-em-poema-michelangelo-reclama-sobre-trabalho-na-capela-sistina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Michelangelo</a>.O restauro também foi alvo de críticas de especialistas, dizendo que a obra teria sido destruída por remover os acabamentos feitos pelo artista. Se alguns historiadores da arte consideraram que havia ali alguma descoberta, outros entenderam se tratar de um desrespeito com o trabalho original.<h2>5. Pirâmide de Djoser</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/24/24180133438009.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)O Egito é famoso por muitas coisas, entre elas suas imponentes pirâmides. A mais antiga delas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113712-piramide-de-djoser-a-mais-larga-e-mais-antiga-piramide-do-egito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a de Djoser</a>, com mais de 4700 anos, foi reaberta em 2020, após um longo processo de restauração. Foram gastos mais de US$ 7 milhões e necessários 14 anos para que o restauro ficasse pronto. Ela possui mais de 60 metros de altura.A lenda conta que foi a partir dela que os faraós modificaram a maneira como eram enterrados, optando por suntuosas tumbas ao invés dos simples túmulos de barro. O processo de restauração foi bem-sucedido, mas recebeu críticas da Unesco e de arqueólogos pelas soluções utilizadas pelos técnicos.</body>

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As 5 mais impressionantes restaurações da arqueologia

Imagem de 5 histórias reais de amor da Segunda Guerra Mundial no megacurioso

A Segunda Guerra Mundial não foi feita apenas de bombas, tiros e mortes. Conheça alguns casos de histórias românticas envolvendo o histórico conflito

<head></head><body>Quando pensamos em <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122424-7-principais-e-datas-acontecimentos-da-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>, certamente o que menos vem à nossa cabeça é o amor. No entanto, um dos mais terríveis conflitos da história recente da humanidade guarda alguns casos muito comoventes (e românticos, é claro) de paixões que sobreviveram à belicosidade. Ou que nasceram com ela.Alguns destes casos podem ser conhecidos do público, pois já serviram de inspiração para livros e filmes (e, em alguns casos, para filmes adaptados a partir de livros). Já outros serão conhecidos através da leitura desta romântica e apaixonada lista. Confira.<h2>1. George Mendonsa e Greta Zimmer Friedman</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/anXrqTeqgHg" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Nossa primeira história é uma não-história. Você provavelmente já viu a foto com o beijo que ilustra o vídeo acima. Nela, <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/100339-conheca-a-historia-por-tras-de-um-dos-beijos-mais-famosos-do-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um marinheiro e uma enfermeira dão um beijo</a>, aparentemente apaixonado, em plena Times Square. No entanto, George Mendonsa e Greta Zimmer Friedman eram completamente estranhos um ao outro.Eles celebravam a vitória sobre o Japão na Segunda Guerra Mundial. Em um impulso, George agarrou Greta e tascou-lhe um beijo. A cena, pouco provável de ser aceita nos dias atuais, acabou entrando para a história com a representação visual do fim da guerra – e do amor, ainda que eles nem junto tenham ficado.<h2>2. Harry Leslie Smith e Friede Edelmann</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/WFfAv349O8A" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Esta sim é das histórias de amor que imaginamos. Harry L. Smith e Friede Edelmann se conheceram em pleno combate. Harry havia se alistado à <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/114355-veterano-da-2-guerra-mundial-arrecada-32-milhoes-contra-covid-19.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Força Aérea Real</a> e estava em Hamburgo, na Alemanha, quando conheceu uma jovem alemã de nome Friede, contrariando a determinação de não confraternizar com alemães. Foi o início de tudo.Ainda que muita gente tenha torcido contra e afirmado que o romance entre um britânico e uma alemã não daria certo, eles permaneceram juntos até 1999, ano que Friede faleceu. Harry seguiu contado ao mundo a história de amor entre eles até 2018, quando morreu – ou foi encontrá-la em outro plano, para seguir no clima romântico.<h2>3. Bessie Moore e Chris Barker</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/z0kSUxJh9s0" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>A história de amor entre Bessie Moore e Chris Barker é tão encantadora que suas cartas, trocadas durante o período da guerra, foram compiladas em livro e viraram um audiobook narrado pelo astro Benedict Cumberbatch. Tudo começou quando foram colegas de trabalho no correio britânico.A amizade só foi virar amor quando Chris foi enviado à África durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/45071-8-misterios-da-segunda-guerra-mundial-que-continuam-sem-resposta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>. A ausência do amigo fez Bessie notar que seus sentimentos haviam mudado. O amor a fez terminar o namoro e se declarar. As cartas foram trocadas até o momento em que finalmente tornaram a se encontrar. Lindo, não?<h2>4. Norwood Thomas e Joyce Durant Morris</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/16iNSZuqjgg" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>O amor pode sobreviver ao tempo? A história de Norwood Thomas e Joyce Durant Morris parece apontar que sim. Namorados em 1944, separaram-se quando Norwood foi enviado para a Normandia, na França, para o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/107600-dia-d-estas-fotos-contam-como-comecou-a-invasao-de-6-de-junho-de-1944.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Dia D</a>. Eles ficaram 70 anos sem se ver, casaram e estabeleceram família com outras pessoas.Porém, em 2015, os filhos de Norwood e Joyce descobriram a história e decidiram colocar seus pais em contato. Uma reunião virtual foi feita o caso deles viralizou. Com ajuda de muita gente, reencontraram-se em 2016, para dar um abraço perdido 70 anos no tempo. Joyce, infelizmente, faleceu 10 meses depois , Norwood, em 2021.<h2>5. Sal e Loretta</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/29/29093438553047.jpg" alt="Capa do livro que apresentou as cartas de Sal e Loretta. (Fonte: Amazon/Reprodução)">Capa do livro que apresentou as cartas de Sal e Loretta. (Fonte: Amazon/Reprodução)O romance de Sal e Loretta veio a público graças a Laura Lynn Ashworth, que encontrou as cartas trocadas entre os dois enquanto ajudava um familiar com a papelada de uma associação de veteranos de guerra. Eram 170 cartas, que foram reunidas no livro Letters to Loretta from the Radio Shack: Love and Adventure on a WWII Minesweeper.Sal tinha 19 anos; Loretta, 16. À distância, relatavam seus dias, o amor pelo outro, falavam sobre o dia, sobre música e, às vezes, até brigavam - para, em seguida, escreverem uma carta fazendo as pazes. O desenlace do romance é desconhecido, já que as cartas chegam ao fim sem deixar claro se o casal permaneceu junto. Palpites?</body>

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5 histórias reais de amor da Segunda Guerra Mundial

Imagem de 5 múmias famosas e o que elas nos dizem sobre o mundo antigo no megacurioso

A descoberta das múmias auxiliou a entendermos melhor as sociedades antigas e de que maneira elas influenciaram o mundo atual

<head></head><body>As <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122067-6-fatos-curiosos-sobre-mumias-que-voce-nao-sabia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">múmias</a> fazem parte do imaginário popular e da história das civilizações humanas. Os ritos de mumificação ajudam a contar aspectos culturais de povos antigos, como a forma que encaravam a morte e o pós-vida. Os itens que compõem os túmulos também dizem muito. Por esta razão, são encarnadas com muito respeito.Os estudos conduzidos até os dias atuais têm ampliado nossa compreensão do passado e, em alguma medida, feito entendermos alguns comportamentos perpetuados na contemporaneidade. Existem muitas múmias, mas vamos nos centrar em 5 que julgamos mais importantes. Conheça suas histórias e o que elas nos ensinaram.<h2>1. Donzela de Gelo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/29/29101723437074.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Encontrada em 1993 e apelidada de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121060-donzela-de-gelo-a-historia-da-mumia-com-as-primeiras-tatuagens-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Donzela do Gelo</a>, está múmia foi enterrada há mais de 2500 anos, por volta do século V a.C., na Sibéria. Membro da cultura Pazyryk, ela estava guardada em um grande caixão de lariço (árvore utilizada para criação de bonsai), com animais sacrificados sepultados ao seu redor.O corpo estava em bom estado, ornamentado com um cocar de 1 metro banhado a ouro. Usava um vestido de lã, blusa de seda e tinha o cabelo tingido de vermelho. Sua descoberta ajudou a descobrir que já haviam rotas comerciais com a Índia antes mesmo do que imaginávamos.Leia também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121060-donzela-de-gelo-a-historia-da-mumia-com-as-primeiras-tatuagens-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Donzela de Gelo:a história da múmia com as primeiras tatuagens do mundo</a><h2>2. Ramsés II</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/29/29101916453076.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Ninguém ganha a alcunha de “o Grande” à toa. <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121198-o-incrivel-alinhamento-solar-de-ramses-ii-em-abu-simbel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ramsés II</a> governou o Egito por 68 anos, tendo sido o responsável por mudanças significativas na cultura, economia e administração do Império. Sua múmia reside no Museu Nacional da Civilização Egípcia do Egito, chegando até os dias atuais após alguns obstáculos.A múmia de Ramsés precisou ser realocada por várias vezes, fruto das ações para proteção contra saqueadores. Pesquisas mais recentes levantam a possibilidade, também, de que sacerdotes tenha movido seu corpo para retirar ouro e matérias-prima que tenham ficado escassas em algum momento.<h2>3. Múmias Chinchorro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/29/29102616875084.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Há 7000 anos, muito antes dos egípcios, uma população de pescadores que habitava o norte do Chile, conhecida como chinchorro, já praticava a mumificação. Apesar de não terem deixado nenhum registro escrito de sua existência, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122357-a-mumificacao-dos-mortos-ja-era-usada-muito-antes-dos-egipcios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">múmias chinchorro</a> ajudam a contar uma parte importante da história.O processo era muito cuidadoso, com a remoção de órgãos e músculos, posteriormente remontados com uso de argila. Os métodos empregados dão um panorama sobre a crença e a cultura desse povo, indicando que os chinchorros viam na mumificação uma possibilidade de segunda chance.<h2>4. Xin Zhui</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/29/29103451453093.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Popularmente conhecida como “<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121503-lady-dai-o-cadaver-de-2-mil-anos-mais-bem-preservado-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">múmia Lady Dai</a>”, Xin Zhui foi integrante da realeza chinesa. Descoberta em 1971, estava em um túmulo muito elaborado, cujas técnicas de embalsamento garantiram que o cadáver estivesse muito bem preservado. Uma autópsia indiciou que Lady Dai morreu de ataque cardíaco, com cerca de 50 anos.Mantida em exposição no Museu Hunan, na China, é possível ver os objetos que estavam enterrados com ela: conjuntos de louça lacada, instrumentos musicais e peças de seda. Registros em seu túmulo permitiram arqueólogos saberem que Xin Zhui era esposa do Marquês de Daí, Li Cang, e ampliar os conhecimentos sobre a dinastia Han.<h2>5. Tutancâmon</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/29/29103851282098.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Considerada uma das descobertas arqueológicas mais importantes da história, a múmia do rei <a href="https://www.megacurioso.com.br/acontecimentos-historicos/42849-7-fatos-bizarros-sobre-tutancamon-e-sua-mumia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tutancâmon</a> foi encontrada quase intacta há 100 anos. Sem ser saqueado, o túmulo do jovem rei de 19 anos lançou luz sobre práticas e mudanças culturais que ocorriam no Egito no momento em que faleceu, em 1324 a.C.Uma autópsia completa foi realizada, assim como exames de DNA, que identificaram um distúrbio raro chamado Doença de Kohler, além de indícios do parasita da malária. Muitos aspectos conhecidos sobre o Egito Antigo foram reescritos a partir de sua descoberta. Estudada até hoje, é considerada uma fonte inesgotável de documentos históricos. </body>

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5 múmias famosas e o que elas nos dizem sobre o mundo antigo

Imagem de Diários de Merer: os registros da construção das Pirâmides do Egito no megacurioso

Papiros com informações sobre o processo de construção das pirâmides foram considerados 'as maiores descobertas do Egito no século XXI'

<head></head><body>A construção da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/105545-camara-oculta-na-grande-piramide-de-gize-guardaria-trono-feito-de-meteorito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Grande Pirâmide de Gizé</a> ainda é um enigma da humanidade. No entanto, uma descoberta feita em 2013 pode nos ajudar a compreender melhor como foi o processo de construção dessa maravilha da humanidade.Durante uma escavação, os arqueólogos Pierre Tallet e Gregory Marouard <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/110630-5-misterios-arqueologicos-que-podem-ser-desvendados-em-2019.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">descobriram rolos inteiros de papiro</a> — alguns com vários metros de comprimento e outros em fragmentos. O que se descobriu ali foram diversos registros de como a construção aconteceu.<h2>Os diários de construção das pirâmides</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/01/01085040813031.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Estes papiros foram escritos em hieróglifos e também em hierático — uma das escritas cursivas que os antigos egípcios usavam no dia a dia. Uma das descobertas mais surpreendentes foi que eles foram escritos por pessoas que participaram da construção da Grande Pirâmide. Alguns são equivalentes às nossas planilhas de Excel e detalham até a quantidade de comida necessária para alimentar as mais de 20.000 pessoas que trabalharam na construção da pirâmide.Zahi Hawass, arqueólogo egípcio e ex-inspetor-chefe do local da pirâmide, acredita que estes documentos são “as maiores descobertas do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121334-6-mitos-sobre-o-egito-antigo-que-voce-provavelmente-acredita.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Egito</a> no século XXI”. A data nos papiros também coincide com o final do reinado de Quéops. Isso indica que os cadernos e os livros de contabilidade foram abandonados com o fim dos trabalhos.&nbsp;<h2>O mestre de obras das pirâmides</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/01/01085105407032.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Um dos documentos mais interessantes foi escrito por um “inspetor” chamado Merer. Ele liderou uma equipe de cerca de 200 homens que trabalhavam com recolhimento e entrega de mercadorias. Durante a construção das pirâmides, sua equipe realizou o transporte de blocos de calcário de uma pedreira para Gizé — uma viagem de cerca de 20 km de distância.&nbsp;Os registros de Merer descrevem sua tripulação utilizando barcos para levar as pedras pelo Nilo. A viagem de ida durava dois dias, enquanto a volta, sem a carga, levava apenas um. Merer também descreve que sua tripulação completava de duas a três viagens de ida e volta a cada dez dias. Isso também indica que a maior parte do transporte aconteceu durante a época da inundação anual do Nilo, quando as águas do rio eram mais navegáveis para embarcações muito carregadas.&nbsp;Calculou-se que os barcos poderiam transportar uma carga de 70-80 toneladas, ou cerca de 30 dos blocos de 2,5 toneladas usados para revestir a pirâmide de Quéops. Isso significa que a equipe de Merer teria movimentado cerca de 200 quarteirões por mês, chegando a 1.000 no período em que o rio e os canais eram navegáveis.Os registros de Merer também mencionam Ancafe como diretor da “entrada da Piscina de Quéops” — provavelmente um lago artificial. Ancafe era meio-irmão de Quéops e, de acordo com os papiros, era o “gerente de projeto” da pirâmide. Esta foi a primeira vez que uma pessoa foi identificada como supervisora de uma parte da construção da Grande Pirâmide. O diário também menciona o nome original da Grande Pirâmide — Akhet-Khufu, que significa “Horizonte de Quéops”.</body>

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Diários de Merer: os registros da construção das Pirâmides do Egito

Imagem de Onesimus: o escravo que contribuiu para vacinação contra a varíola no megacurioso

Sem ele, certamente teria levado muito mais tempo para que os norte-americanos começassem a se vacinar

<head></head><body>A origem exata da varíola como doença natural é muito nublada na História. Alguns cientistas acreditam que ela tenha surgido em meados de 10 mil a.C., durante os primeiros assentamentos agrícolas no nordeste da África, enquanto outros atribuem às erupções semelhantes descritas em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122217-por-que-as-pessoas-comecaram-a-comer-mumias-egipcias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">múmias egípcias</a> há pelo menos 3 mil anos. Por outro lado, a primeira descrição de uma doença exatamente como a varíola aconteceu na China do século IV d.C.As <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/113909-as-10-piores-pandemias-e-epidemias-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">piores epidemias</a> aconteceram nos Estados Unidos entre 1721 e 1775, especificamente em Boston, Massachusetts, despertando um medo incontrolável nas pessoas devido a sua gravidade e índice de mortalidade. Estima-se que, em média, 3 em cada 10 pessoas morreram ao contraírem a doença, sendo que aquelas que sobreviveram ficaram com cicatrizes permanentes que poderiam ser graves.A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112069-virus-da-variola-deve-ser-mantido-para-estudo-ou-destruido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">varíola</a> não conheceu barreiras, derrubando homens e mulheres, velhos e jovens, brancos e negros; sendo responsável até pela redução da população nativa americana em 50% desde os estágios iniciais da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120638-como-os-colonizadores-trouxeram-doencas-para-a-america.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">colonização</a>. Na América, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120736-a-obsessao-da-medicina-do-seculo-xix-pelas-sanguessugas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sangria</a> foi uma tática usada para tentar controlar a doença, enquanto o Oriente Médio e partes da Ásia praticavam a inoculação – a exposição deliberada ao vírus como maneira de evitá-lo. No entanto, isso ainda resultou em casos da doença, porém com sintomas mais leves e maior chance de sobrevivência.<h2>O frenesi</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/22/22083151928018.jpg" alt="(Fonte: Los Angeles Urban League/Reprodução)">(Fonte: Los Angeles Urban League/Reprodução)Nos EUA, a inoculação foi bastante usada por homens e mulheres escravizados como uma maneira de tentar sobreviver no apogeu da escravidão na América, quando o tráfico negreiro transportava mais de 30 mil pessoas por ano em situações doentias durante viagens de mais de um mês.Mas como a credibilidade do povo negro era inexistente na comunidade médica ocidental, o método foi ostensivamente ignorado até o surto de 1721, em Boston. Em uma carta do infame Cotton Mather, conhecido por seu envolvimento nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/100333-a-bizarra-historia-por-tras-das-famosas-bruxas-de-salem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Julgamentos de Salém</a>, ele contou que seu escravo, Onesimus, explicou o método de inoculação que o salvou da varíola após contraí-la antes da epidemia.Mather explicou que a operação, que deixou Onesimus com uma cicatriz no braço, o impedia de contrair a doença de maneira letal, pois seu organismo já havia sido exposto. A prática de introduzir pus, contendo o vírus da varíola de pústulas maduras, em uma incisão superficial na pele ou diretamente na veia da pessoa a ser inoculada, foi sugerida por Mather ao Dr. Zabdiel Boylston como prevenção à doença naquele ano.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/22/22083315412019.jpg" alt="Cotton Mather. (Fonte: American Antiquarium/Reprodução)">Cotton Mather. (Fonte: American Antiquarium/Reprodução)O procedimento causou um distúrbio na comunidade médica por ser considerado perigoso e podendo causar morte. O clero foi o primeiro a se opor ao método, trazendo o pensamento medieval ao dizer que a varíola havia sido formulada como uma maneira de Deus punir pecadores, e tentar evitá-la era o mesmo que interferir no plano divino.Os médicos, por outro lado, se mostraram indignados porque a inoculação era "coisa de gente preta", com base em misticismo, magia negra, vodu e que não carregava nada de científico.Em jornais, como o The New England Courant, os anti-inoculadores escreveram sobre sua desconfiança em inocular um corpo saudável com a doença, independentemente de se tratar de um surto pequeno. Eles também aproveitaram para acusar os médicos de encobrir mortes relacionadas às inoculações. Ou seja, a polarização tomou conta de todos os aspectos, uma situação não muito diferente de hoje.<h2>Um caminho para salvação</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/22/22083506553022.jpg" alt="Dr. Zabdiel Boylston. (Fonte: Framingham Biographies/Reprodução)">Dr. Zabdiel Boylston. (Fonte: Framingham Biographies/Reprodução)Após inocular o próprio filho com sucesso, Boylston vacinou seus escravos contra a doença antes de começar a fazer o mesmo com outros cidadãos que acreditavam que o método poderia, sim, ser eficaz. Das 242 pessoas inoculadas, apenas 6 morreram, ou seja, uma em cada 40, em contraste com a taxa de uma em cada 7 mortes da população que recusou o procedimento.Naquele ano, a epidemia de varíola ceifou a vida de 844 pessoas em Boston, mais de 14% da população, servindo como caminho definitivo para a campanha de vacinação promovida por Edward Jenner, em 1796. A inoculação desempenhou um papel crucial na conscientização sobre a vacina porque mais soldados americanos morreram de varíola durante a Guerra Revolucionária Americana do que lutando contra o exército britânico. Seu uso correto reduziu a taxa de mortalidade para 2%.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/22/22083745553023.jpg" alt="(Fonte: Corbis/Getty Images)">(Fonte: Corbis/Getty Images)George Washington, antes oposto a ideia, inoculou todo seu exército em meados de 1777. Mas é importante considerar que tudo isso só foi possível porque um homem branco e privilegiado, como Mather, legitimou a prática aos olhos dos americanos, inclusive levando todo o crédito por isso.O testemunho vivo de Onesimus foi constantemente escondido pela História, portanto, precisa ser creditado cada vez mais.</body>

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Onesimus: o escravo que contribuiu para vacinação contra a varíola

Imagem de Gulag: o mortal sistema de prisão em massa da União Soviética no megacurioso

Os campos de trabalho gerenciados pelo Gulag tinham funções estratégicas e econômicas

No decorrer de nossa hist&oacute;ria, diversas na&ccedil;&otilde;es fizeram uso (ou ainda fazem) de instala&ccedil;&otilde;es destinadas ao trabalho for&ccedil;ado de criminosos e presos pol&iacute;ticos.&nbsp;
Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116259-hoeryong-e-os-bizarros-campos-de-concentracao-da-coreia-do-norte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">campos de concentra&ccedil;&atilde;o</a>&nbsp;da Alemanha Nazista est&atilde;o entre os mais famosos. No entanto, a antiga Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica tamb&eacute;m contava com sua pr&oacute;pria vers&atilde;o desse tipo de estrutura. E para o pa&iacute;s, eles tinham uma import&acirc;ncia estrat&eacute;gica. Os sovi&eacute;ticos usavam a palavra "lagerya", que significa "campos", para se referir a esses locais. J&aacute; Gulag&nbsp;era a administra&ccedil;&atilde;o desses campos de trabalho.&nbsp;
Por algum motivo, o termo que &eacute; o acr&ocirc;nimo para Glavnoye Upravleniye Lagerei (Diretoria Principal de Acampamentos) acabou se popularizando e a abrevia&ccedil;&atilde;o come&ccedil;ou a ser usada frequentemente como sin&ocirc;nimo dos pr&oacute;prios campos.
<h2>Per&iacute;odo de funcionamento</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/05/05172106241292.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commmons)" />(Fonte: Wikimedia Commmons)
Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/98447-documentos-revelam-que-canibalismo-era-praticado-nos-campos-de-concentracao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">primeiros campos de trabalho</a> apareceram pouco ap&oacute;s a Revolu&ccedil;&atilde;o de 1917. Nessa &eacute;poca, os bolcheviques decidiram livrar de todos os potenciais inimigos, reunindo-os em um &uacute;nico lugar. Inicialmente, os mosteiros eram os melhores locais para isso, j&aacute; que costumavam ser protegidos com muros altos e continham muitas salas pequenas. Eram pris&otilde;es prontas.
Quando Stalin deu in&iacute;cio aos seus infames expurgos em 1936, milh&otilde;es de pessoas classificadas como prisioneiros pol&iacute;ticos foram transportadas para os campos sem qualquer tipo de julgamento. A primeira leva de prisioneiros consistia de oficiais do governo e militares.&nbsp;
Mais tarde, a persegui&ccedil;&atilde;o do ditador seria ampliada para os cidad&atilde;os comuns: cientistas, artistas, escritores, m&eacute;dicos e intelectuais. A maioria deles foram presos ex nihilo, express&atilde;o em latim que significa &ldquo;do nada&rdquo;. Ou seja, sem nenhum motivo aparente.
Os campos de trabalho for&ccedil;ado da URSS funcionaram at&eacute; 1956, isto &eacute;, por tr&ecirc;s anos ap&oacute;s a morte de Stalin. Ali&aacute;s, com o falecimento do l&iacute;der m&aacute;ximo da URSS, houve uma anistia maci&ccedil;a de v&aacute;rios condenados.&nbsp;Ainda assim, muitas pessoas continuaram presas.
<h2>A geografia do Gulag</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/21/21215633994738.jpg" alt="Nem todo prisioneiro ia para o trabalho for&ccedil;ado. Aqui, os corpos de milhares de poloneses jazem mortos em uma vala comum. Katyn, R&uacute;ssia. 30 de abril de 1943. (Fonte: Wikimedia Commons)" />Nem todo prisioneiro ia para o trabalho for&ccedil;ado. Aqui, os corpos de milhares de poloneses jazem mortos em uma vala comum. Katyn, R&uacute;ssia. 30 de abril de 1943. (Fonte: Wikimedia Commons)
Os campos, laborat&oacute;rios, pris&otilde;es, col&ocirc;nias e hospitais psiqui&aacute;tricos do Glavnoye Upravleniye Lagerei (Gulag) estavam espalhados pelas vastas extens&otilde;es da Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica.
Embora boa parte das opera&ccedil;&otilde;es dessas instala&ccedil;&otilde;es tenha ocorrido nos centros urbanos, a exemplo da constru&ccedil;&atilde;o magn&iacute;fica do metr&ocirc; no subsolo de Moscou, as principais col&ocirc;nias e campos que &ldquo;empregavam&rdquo; milhares de prisioneiros tinham uma caracter&iacute;stica em comum: estavam situados na parte leste e norte do pa&iacute;s, distantes da civiliza&ccedil;&atilde;o, do transporte e em climas severos.
Isolar os prisioneiros dessa maneira reduzia os custos com seguran&ccedil;a. No entanto, o principal motivo para os campos estarem situados nessas regi&otilde;es era a presen&ccedil;a de recursos valiosos, como o ouro de Magadan e o n&iacute;quel de Norilsk, ou ainda as reservas florestais da Sib&eacute;ria.
Normalmente, explorar tudo isso exigiria grandes investimentos em infraestrutura e m&atilde;o de obra. Aspectos evitados com os prisioneiros dos campos, ou como os sovi&eacute;ticos os chamavam, pela &ldquo;m&atilde;o de obra livre&rdquo;.
<h2>Contribui&ccedil;&atilde;o econ&ocirc;mica</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/21/21215911525739.jpg" alt="Corpos de presos pol&iacute;ticos em um campo. Tarnopil, Ucr&acirc;nia. 10 de julho de 1941.(Fonte: Wikimedia Commons)" />Corpos de presos pol&iacute;ticos em um campo. Tarnopil, Ucr&acirc;nia. 10 de julho de 1941.(Fonte: Wikimedia Commons)
O Gulag, como departamento do governo, tinha menos de dois milh&otilde;es de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121561-campo-de-concentracao-uma-historia-muito-anterior-a-auschwitz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">prisioneiros distribu&iacute;dos entre suas col&ocirc;nias e campos</a> em 1940. Dez anos mais tarde, em 1950, esse n&uacute;mero atingiu 2,5 milh&otilde;es depois que o governo incluiu na lista de presos ex-prisioneiros de guerra e milhares de pessoas que retornavam dela.
Dessa forma, os centros gerenciados pelo Gulag moviam uma economia que "empregava" quase 100 milh&otilde;es de pessoas. Nos campos e pris&otilde;es estavam 2 de cada 100 trabalhadores da URSS &agrave; &eacute;poca.&nbsp;
Ao longo de sua exist&ecirc;ncia, o Glavnoye Upravleniye Lagerei construiu uma estrutura monstruosa com cerca de 30 mil locais para deten&ccedil;&atilde;o. O sistema Gulag surgiu como um subproduto dos Grandes Expurgos, da coletiviza&ccedil;&atilde;o, das pol&iacute;ticas draconianas trabalhistas e, obviamente, das consequ&ecirc;ncias da Segunda Guerra Mundial.
Nos campos, milhares de prisioneiros morreram por excesso de trabalho, pela exposi&ccedil;&atilde;o a condi&ccedil;&otilde;es extremas do clima, por desnutri&ccedil;&atilde;o e, claro, por execu&ccedil;&atilde;o. Em &eacute;pocas de fome generalizada, a taxa de mortalidade nessas instala&ccedil;&otilde;es chegava a 25%.&nbsp;
Pesquisadores e historiadores estimam que as autoridades sovi&eacute;ticas prenderam ou executaram cerca de 25 milh&otilde;es de pessoas enquanto esses campos funcionaram.

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Gulag: o mortal sistema de prisão em massa da União Soviética

Imagem de Os bizarros hábitos e realidades da Era Elisabetana no megacurioso

Dá para acreditar que os elisabetanos não bebiam água?

<head></head><body>Fora as conspirações familiares, hábitos estritos e outros tipos de comportamento, não há muito o que ser dito sobre como era a vida dos 3% que compunham a parcela da nobreza durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122216-as-concepcoes-elisabetanas-sobre-o-funcionamento-da-mente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Era Elisabetana</a>, compreendida entre 1558 e 1603, com a ascensão da rainha Elizabeth I ao trono.É por isso que muitos historiadores focaram em descobrir como era a vida da maioria da população, composta por uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121559-projeto-quer-diminuir-a-pobreza-da-maneira-mais-simples-distribuindo-renda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pobreza</a> sem precedentes, um dos traços predominantes da Europa do século XVI e XVII.No entanto, ainda que separados por uma grande malha composta pela divisão de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/118149-o-que-e-classe-social-e-como-esse-conceito-foi-criado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">classes sociais</a>, algumas características os tornaram semelhantes.<h2>Uma alimentação pobre</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/22/22091258812066.jpg" alt="(Fonte: Met Museum/Reprodução)">(Fonte: Met Museum/Reprodução)Existiam cerca de 2,8 milhões de pessoas na Inglaterra antes de Elizabeth ascender ao trono, mas ao longo de 5 anos esse número subiu para 4,1 milhões, devido à <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119273-o-primeiro-semaforo-instalado-em-londres-no-sec-xix-trouxe-caos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rápida urbanização</a> das cidades e vilas. Foi nesse período que os comerciantes e artesões prosperaram, desenvolvendo uma nova classe: a classe média, que servia aos interesses do governo urbano e rapidamente escalou até o status de riqueza.Mas a industrialização e urbanização não beneficiaram a todos, claro. A classe baixa, vivendo em condições miseráveis em bairros imundos e lotados, com esgoto a céu aberto, foi potencializada conforme mais e mais trabalhadores chegavam do campo para tentar a vida na cidade grande.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/22/22091446859067.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Muitos deles acabaram sem um teto para morar e entraram para as estatísticas daqueles que tinham ao menos um barraco para chamar de seu. Eles não comiam carne se não fosse em ocasiões muito especiais, tendo uma alimentação regada a pão, ovos e queijos.O decreto de 1563 instaurado pela rainha, determinando que todos deveriam comer peixe às quartas, sextas e sábados, não só piorou a vida alimentar dos pobres, quanto aumentou vertiginosamente a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122021-posse-de-armas-um-problema-que-destroi-a-sociedade-nos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">criminalidade</a>, visto que as pessoas roubavam para isso. Alguns, desesperados de fome, encontraram na <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122407-a-era-vitoriana-foi-marcada-por-metodos-brutais-de-punicao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">prisão</a> uma maneira de conseguir refeições regulares, chegando a passar até 3 meses confinados para poderem se alimentar.<h2>A falta de água</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/22/22091613530068.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Da classe mais alta até a mais baixa do período, os elisabetanos eram pessoas muito desidratadas, boa parte por falta de opção, graças às impurezas presentes nos suprimentos de distribuição de água local, que poderiam infectar a pessoa com várias doenças ou provocar longas noites no banheiro.Sendo assim, as pessoas optavam por beber álcool para matar a sede. Os ricos recorriam ao vinho e conhaque, enquanto os pobres apostavam na cerveja para ajudá-los. O hábito regular criou uma resistência muito forte do organismo à embriaguez, considerando também que as bebidas alcoólicas não eram tão fortes quanto atualmente.Por outro lado, eles sofreram com o comprometimento do fígado pelo excesso de bebida, bem como o comprometimento dos rins, intestino e coração com a falta de água no corpo. O leve torpor causado pela bebida, ainda que em um corpo acostumado, talvez tenha contribuído para que as pessoas sentissem poucas dores de cabeça e tontura, provenientes do esforço dos vasos do cérebro, um dos órgãos que mais demanda água.<h2>A tendência do dente podre</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/22/22091848327069.jpg" alt="(Fonte: Wellcome Collection)">(Fonte: Wellcome Collection)Se ainda no <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122254-os-controversos-habitos-de-higiene-no-velho-oeste.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Velho Oeste americano</a> do século XVIII era comum ter dentes apodrecidos, não é de se espantar que na era Elisabetana fosse pior. A saúde bucal dos ricos conseguiu ser pior que a dos pobres, visto que tinham mais acesso a comidas recheadas de<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120228-como-as-formigas-sabem-onde-esta-o-acucar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;açúcar,</a> um produto valioso exportado das Índias Ocidentais e Orientais pelos Tudors.A obsessão por doce era tão grande que o açúcar foi colocado em molhos para saladas, carnes, conservas e até remédios. O resultado foram dentes corroídos por cáries e um mau hálito que poderia matar qualquer um. Isso disparou uma tendência entre os pobres, que faziam o possível para que seus dentes ficassem destruídos, com o objetivo de parecer, pelo menos um pouco, que desfrutavam da febre que era o produto.</body>

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Os bizarros hábitos e realidades da Era Elisabetana

Imagem de Angkor: a antiga capital que se desenvolveu e sucumbiu devido à água no megacurioso

Conhecida como 'Cidade Hidráulica', Angkor teve a água como elemento fundamental para o seu nascimento e morte

<head></head><body>O templo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122346-quanto-custariam-estas-7-antigas-construcoes-hoje.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Angkor Wat</a> é um dos lugares mais visitados do mundo anualmente. Além dos turistas de diferentes países, o local também é o destino de peregrinações de <a href="https://www.megacurioso.com.br/oriente-bizarro/98995-4-realidades-obscuras-e-pouco-conhecidas-de-paises-asiaticos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cambojanos</a>, que vão até o local parte dos rituais de Ano Novo Khmer.Mas Angkor também já foi a capital de um antigo império asiático por mais de cinco séculos. De 802 até o início do século XV, a cidade foi um importante local para o império Angkor. E tudo começou e terminou devido à água.<h2>Angkor, a "Cidade Hidráulica"</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/05/05163824497248.jpg" alt="(Fonte: Gettyimages)">(Fonte: Gettyimages)O início do império Angkor tem início quando Jayavarman II realizou um ritual nas águas sagradas do Lago Tonle Sap. Com isso, ele se declarou o devaraja — o deus-rei —, e dá início ao Império de Angkor (esse ritual passou a ser repetido pelos seus sucessores).Dan Penny, pesquisador da Universidade de Sydney, na Austrália, explica que o lugar é propício para ser escolhido como uma capital. "As planícies de Angkor são ideais para o florescimento de um império. Há vastos recursos, como solo bom para [plantio de] arroz perto do Lago Tonle Sap. O lago é um dos locais de pesca continental mais produtivos do mundo, e Angkor fica bem na costa norte desta enorme tigela de comida. Angkor cresceu e se tornou um sucesso apoiada nestes recursos".Para que uma cidade como Angkor pudesse ser criada no local, foi necessário a construção de canais artificiais que direcionavam a água da montanha Phnom Kulen para as planícies da cidade. Posteriormente eles foram usados para transportar os tijolos que construíram a cidade.E os canais também serviram para que não faltasse água ao longo do ano, que era utilizada para abastecer a população, a agricultura e a pecuária e, principalmente, para sustentar as fundações dos templos. Como o solo no local é muito arenoso, ele não é suportaria sozinho o peso das pedras.Para contornar o problema, os engenheiros da época perceberam que a mistura da areia com a água poderia deixar o solo mais estável. Ao longo dos séculos, esse sistema de canais foi ampliado com diques, fossos, e reservatórios. Isso tudo fez com que o arqueólogo francês Bernard Philippe Groslier batizasse Angkor como "Cidade Hidráulica".<h2>A queda de Angkor</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/05/05164049763251.jpg" alt="(Fonte: Gettyimages)">(Fonte: Gettyimages)Durante muitos anos, acreditou-se que a queda de Angkor aconteceu como uma consequência da invasão dos siameses — povo oriundo de Sião, na atual <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/52360-proxima-parada-tailandia-um-pais-exotico-fascinante-e-historico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tailândia</a> —, em 1431. Porém, hoje a ideia de que o sucesso da cidade também foi a causa da sua morte tem se tornado mais aceita pelos historiadores.De acordo com uma pesquisa recente, entre o final do século 14 e início do século 15, uma mudança climática acentuada fez com que a região passasse por um longo período de chuvas de monções, seguido de uma intensa seca.Isso teria contribuído para que a cidade ficasse fragilizada, facilitando o ataque dos siameses. Assim, os habitantes não tiveram escolha senão abandonar Angkor.</body>

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Angkor: a antiga capital que se desenvolveu e sucumbiu à água

Imagem de Por que a Pedra de Roseta tem 3 tipos de escrita? no megacurioso

Pedra foi fundamental para que pesquisadores pudessem decifrar os hieróglifos egípcios antigos

<head></head><body>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/102096-pedra-de-roseta-a-chave-que-desvendou-os-segredos-da-civilizacao-egipcia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pedra de Roseta</a> foi um documento fundamental para que nós pudéssemos compreender a escrita egípcia. Ela contém três textos antigos — dois egípcios e um grego — e ajudou os pesquisadores a decifrar os hieróglifos egípcios antigos. Mas por qual motivo foram incluídos três tipos diferentes de escrita nesta pedra?<h2>A descoberta da pedra</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/28/28230508933016.jpg" alt="Uma réplica da Pedra de Roseta em Rashid, no Egito">Uma réplica da Pedra de Roseta em Rashid, no EgitoPor séculos nunca se soube da existência da Pedra de Roseta. Ela foi descoberta durante a invasão do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121334-6-mitos-sobre-o-egito-antigo-que-voce-provavelmente-acredita.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Egito</a> por <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119827-o-inacreditavel-plano-de-salvar-napoleao-bonaparte-do-exilio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Napoleão</a>, em uma expedição militar francesa em 1799 na cidade de Rashid — Rosetta é o nome francês de Rashid.A pedra estava enterrada e apenas uma parte sua foi localizada. Apesar disso, a mensagem esculpida em três tipos diferentes de escrita serviu de base para que historiadores pudessem compreender melhor os manuscritos deixados pelos egípcios. Além do grego antigo, a pedra possui um registro feito com hieróglifos egípcios e outro utilizando a escrita demótica egípcia — uma escrita cursiva que os egípcios usaram entre o século VII a.C. e o século V d.C.A escrita demótica egípcia era usada no dia a dia, tanto na fala cotidiana quanto em documentos administrativos. Já a gramática hieroglífica imita o egípcio médio — a fase da língua egípcia associada ao período do Império Médio do Egito (2044 a.C. até 1650 a.C.).<h2>Os 3 tipos de escrita da pedra</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/28/28230314493015.jpg" alt="">O motivo pelo qual a pedra tem os três tipos de escrita tem ligação com um dos generais de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/104773-confira-20-fatos-aleatorios-relacionados-com-alexandre-o-grande.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alexandre, o Grande</a>. O texto grego na pedra está ligado à dinastia ptolomaica do Egito, que foi fundada por Ptolomeu I. Alexandre conquistou o Egito em 332 a.C. e Ptolomeu I assumiu o controle do país nove anos depois (a Cleópatra &nbsp;foi a última governante da linha ptolomaica).Porém, o texto não está relacionado ao Ptolomeu I, mas a seu descendente Ptolomeu V. A mensagem na Pedra de Roseta foi provavelmente escrita por um conselho de sacerdotes e os textos foram esculpidos em 196 a.C., durante o nono ano do reinado de Ptolomeu V e seguiu um padrão anterior para pronunciamentos oficiais.&nbsp;“Decretos trilíngues semelhantes foram promulgados antes, como os de Ptolomeu IV após a batalha de Raphia em 217 a.C., e por Ptolomeu III no decreto Canopus de 238 a.C.”, explicou Foy Scalf, pesquisador do Instituto Oriental da Universidade de Chicago. “Assim, embora tal decreto não fosse necessariamente um assunto padrão, seguia um precedente bem estabelecido”.Durante o período ptolomaico, o egípcio médio foi usado em inscrições formais. Isso acontecia pois os escribas egípcios acreditavam que uma versão clássica de sua língua reforçava o tom de autoridade de um texto. É por esse motivo que a Pedra de Roseta conta com duas variações do egípcio, sendo uma da fala do cotidiano, enquanto a outra atribuía formalidade ao documento.Finalmente, o grego antigo passou a ser amplamente usado no Egito antigo durante a dinastia ptolomaica. Isso fez com que fosse natural a sua escolha como o terceiro idioma da pedra. E foi através do grego que os pesquisadores puderam decifrar os hieróglifos egípcios e a escrita demótica, que são duas escritas diferentes para um mesmo idioma.</body>

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Por que a Pedra de Roseta tem 3 tipos de escrita?

Imagem de Vinicunca: a "Montanha das Sete Cores" que encanta turistas no megacurioso

Localizada no Peru, a montanha se tornou um dos melhores destinos da América do Sul

<head></head><body>A natureza muitas vezes nos surpreende com uma variedade de paisagens que despertam curiosidade sobre a sua origem. Um dos locais que provoca esse efeito certamente é a Montanha Vinicunca, também conhecida como a Montanha das Sete Cores ou Arco-Íris.Localizada no Peru, nos Andes, ela apresenta altitude de 5.200 metros acima do nível do mar. Bastam duas horas de viagem de Cusco para chegar ao local. Ou seja, quem visita <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118367-machu-picchu-5-fatos-incriveis-sobre-a-cidade-peruana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Machu Picchu</a> não pode perder a oportunidade de conhecer a região!<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/26/26111304369112.jpg" alt="A visão das cores encanta turistas de todo o mundo. (Wikimedia)">A visão das cores encanta turistas de todo o mundo. (Wikimedia)Acredita-se que durante boa parte do tempo a beleza da montanha permaneceu ofuscada, pois Vinicunca era parcialmente coberta de gelo. Teria sido a partir da década de 90 que o derretimento das geleiras, uma possível consequência do aquecimento global, entregou uma nova paisagem que lembra o Cerro de Los Siete Colores (Purmamarca), na Argentina.&nbsp;As cores vivas presentes em Vinicunca revelam o seu <a href="https://www.megacurioso.com.br/geologia/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">passado geológico</a> e fornecem um passaporte rico em detalhes para aqueles que desejam saber mais sobre a sua formação, resultado do deslocamento das placas tectônicas, do acúmulo de sedimentos e também da ação do tempo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/26/26100138930044.jpg" alt="Visão panorâmica de Vinicunca. (Fonte: Wikimedia)">Visão panorâmica de Vinicunca. (Fonte: Wikimedia)<h2>O passado registrado em cores</h2>Moldada por agentes que atuaram continuamente ao longo de milhões de anos, datando dos períodos Terciário e Quartenário, Vinicunca apresenta sedimentos tanto de origem marinha quanto de origem lacustre e fluvial, sendo fruto da oxidação de diversos&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122009-niobio-em-6-fatos-para-matar-sua-curiosidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">minerais</a>&nbsp;que ficaram dispostos em camadas.Em entrevista à BBC, o geólogo César Muñoz explicou o que cada tonalidade da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122378-5-fatos-espetaculares-sobre-o-monte-everest.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">montanha</a>&nbsp;revela sobre sua formação. Enquanto os tons avermelhados são compostos de argila, areia e lama, a área esverdeada é formada por uma espécie de argila rica em ferro e óxido de cobre.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/26/26111428307113.jpg" alt="A erosão possui papel importante no processo de formação da montanha. (Fonte: Unsplash)">A erosão possui papel importante no processo de formação da montanha. (Fonte: Unsplash)O branco, por sua vez, é produto do calcário e quartzo. O dourado e suas nuances, também presentes na composição mineralógica, resultam do acúmulo de arenitos calcários. Já a cor roxa evidencia a presença de argila, carbonato de cálcio e silicatos. O resultado desse conjunto, sem sombra de dúvidas, é uma visão de tirar o fôlego.Devido ao clima mais chuvoso nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, é no período de estiagem, em agosto, que a Vinicunca proporciona uma vista que realça suas belas cores. Ao longo dos últimos anos, o local se tornou um dos destinos da América do Sul que mais tem ganhado fama entre turistas.</body>

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