Muitos mistérios sobre as civilizações antigas permanecem pelo desconhecimento de suas línguas.

As bibliotecas e demais arquivos ainda indecifrados guardam segredos que despertam a curiosidade de muita gente. Falamos aqui de textos não traduzidos, ou de línguas esquecidas, que ainda estão envoltos em mistérios ainda não desvendados pelos linguistas e estudiosos.Ou seja, há ainda muito a se conhecer sobre civilizações extintas e tradições culturais de todo tipo. São segredos que um dia poderemos descobrir – se é que um dia isso acontecerá.<h2>1. O Manuscrito Voynich</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/16/16210029033004.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>O Manuscrito Voynich data do século XV e permanece pouco decifrado. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O Manuscrito Voynich é um códice que foi descoberto no século XV e que contém uma escrita desconhecida. Seu nome se dá porque ele foi encontrado pelo antiquário e bibliófilo americano Wilfrid Michael Voynich no ano de 1912.Não se sabe quem é o seu autor, nem qual era a função desse livro. As páginas do manuscrito possuem lustrações complexas de plantas que não parecem naturais, além de constelações desconhecidas e cenas etéreas de mulheres nadando em banheiras verdes. Já o texto, que ficou conhecido como “Voynichese”, nunca foi decifrado por alguém.<ul><li>Leia mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/manuscrito-voynich-uma-jornada-indecifravel-pela-historia-medieval" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Manuscrito Voynich: uma jornada indecifrável pela história medieval</a></li></ul>Muitos estudiosos ainda se debruçam sobre o <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/103938-decifraram-o-manuscrito-voynich-e-o-texto-nao-tem-nada-de-sobrenatural.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Manuscrito Voynich</a>, mas ainda não sabem muita coisa. Algumas teorias afirmam que ele pode ser um manual científico sobre ervas, enquanto outras propõem que seja tudo uma grande farsa.<h2>2. O rongorongo da Ilha de Páscoa</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/16/16210124789006.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>A obscura escrita rongorongo nasceu na Ilha de Páscoa. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Da <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/126789-a-verdade-por-tras-das-misteriosas-estatuas-da-ilha-de-pascoa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ilha de Páscoa</a>, localizada na Polinésia, vem a escrita rongorongo. Trata-se de um sistema de escrita hieroglífica desenvolvido pela civilização que vivia na ilha entre os anos de 690 d.C. e 1200 d.C. Considera-se que essa escrita foi um ganho civilizatório significativo, pois a ilha era extremamente isolada.A escrita rongorongo é formada por sinais pictóricos representando vários objetos, mas até hoje não se sabe ao certo o que eles querem dizer. Só há 24 suportes de escrita restantes, sendo que a escrita começou a se encerrar em 1862.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128924-escrita-misteriosa-da-ilha-de-pascoa-e-anterior-a-colonizacao-europeia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Escrita misteriosa da Ilha de Páscoa é anterior à colonização europeia</a></li></ul>Ainda não se conhece o significado nem o propósito da escrita rongorongo. Teorias sugerem que as tábuas com escrita podiam ser usados por sacerdotes para recitar cânticos sagrados e encantamentos.<h2>3. A escrita olmeca</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/16/16210225961007.jpg" alt="X"><figcaption>Os olmecas podem ter deixado registros sobre a sua vida que ainda são desconhecidos. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/106557-15-curiosidades-sobre-os-olmecas-a-primeira-grande-cultura-da-mesoamerica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">civilização olmeca</a> foi uma cultura pré-colombiana da Mesoamérica que viveu nas regiões tropicais do centro-sul do México. Os olmecas eram conhecidos como “povo da borracha”, justamente por terem conhecimento sobre a coleta e o processamento da borracha retirada das árvores.Existem vários artefatos olmecas com desenhos intrincados, glifos e inscrições, que provavelmente indicam uma escrita que ainda não teve tradução. Há muito debate entre os pesquisadores em torno desse mistério: se há ali uma língua constituída ou uma mistura de símbolos pictóricos e logogramas. É possível que a escrita olmeca revele detalhes desconhecidos sobre as mitologias, rituais, eventos históricos e estruturas sociais desse povo.<h2>4. A língua etrusca</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/16/16210432347008.jpg" alt="(Fonte: Parchi Lazio / Reprodução)"><figcaption>A civilização etrusca influenciou fortemente os romanos. (Fonte: Parchi Lazio / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A <a href="https://megacurioso.com.br/artes-cultura/123141-mundus-patet-quando-roma-abria-as-portas-do-submundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">civilização etrusca</a> precedeu os romanos no centro e no norte da Itália, e deixou registrada inúmeras inscrições que constituem até hoje uma língua misteriosa. Um artefato importante é uma tábua de arenito desenterrada no sítio de Poggio Colla, com letras legíveis e sinais de pontuação.Pode ser que essa língua não decifrada revele palavras e nomes dos deuses que vão além do que se conhece hoje sobre os etruscos, além de dados sobre o governo, a cultura e a vida diária desse povo. Isso tudo é especialmente importante porque os etruscos influenciaram significativamente o desenvolvimento romano em vários aspectos.

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Conheça 4 línguas e textos antigos que nunca foram decifrados

Os sotaques compõem as variantes populares da língua, que regulam as interações sociais cotidianas e possuem certa independência em relação ao português formal

Em maio de 2024, a jornalista estadunidense Courtney Henning Novak gravou um vídeo em seu TikTok <a href="https://www.instagram.com/jornaloglobo/reel/C7htwHMPTJ-/">elogiando a obra Memórias póstumas de Brás Cubas</a>, do escritor brasileiro Machado de Assis. A crítica não apenas viralizou, como despertou outra cascata de conteúdos. Um deles, que também circulou rapidamente, foi o da influencer Baueny Barroco, lendo o início da obra <a href="https://www.instagram.com/p/C7Z1RVyPU-R/">em sotaque carioca carregado</a>: "ao verme que primeiro roueu ax friax carnex do meu cadaavearrr...".A polêmica toda convidou a uma pergunta interessante: como era o sotaque do membro fundador da Academia Brasileira de Letras, que ocupava a cadeira 23 da entidade? Será que ele falava "carregado"? Afinal, só se tem acesso hoje ao que ele escreveu e a dimensão escrita não corresponde à totalidade do fenômeno linguístico.Conheça mais sobre os sotaques brasileiros e as principais variações linguísticas do português falado em todo o território nacional. Escolhemos cinco dialetos e seus modos de falar. Confira!<h2>Sotaque paulistano</h2><figure class="image"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/08/16/16130332360189.jpg" alt="pexels-toniferreiraphotos-1518419.jpg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/08/16/16130332360190.jpg 234w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/16/16130332345188.jpg 500w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/16/16130332533192.jpg 750w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/16/16130332376191.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Da recepção aos imigrantes à concentração atual do setor financeiro na cidade, a urbanização da capital paulista deixou impressões na oralidade. (Fonte: Pexels)</figcaption></figure>Um dos sotaques mais conhecidos é o do paulistano. Quem vive na maior cidade da América Latina é conhecido por falar "meu", "mano", "véi" e outras gírias em um tom bem particular.São Paulo é uma cidade plural. Sendo o destino de diferentes grupos, em um fluxo migratório bastante diversificado, a língua cotidiana da capital convive com toda essa heterogeneidade. Então, o sotaque de lá é um amálgama. Não existe um jeito único de falar em "paulistanês", mas <a href="https://www.youtube.com/watch?v=YoIQ5V-4Y8M&amp;ab_channel=BBCNewsBrasil">vários deles</a>.A vida imita a arte, certo? Então, dois personagens podem ajudar a exemplificar essa mistura. Um deles é <a href="https://www.youtube.com/watch?v=bHeA9XTRUTs&amp;ab_channel=MarcoLuque">o motoboy Jackson Faive</a>, do humorista Marco Luque. Outra é a <a href="https://www.youtube.com/watch?v=DrFJvuK22TA&amp;ab_channel=JessicaDiniz">Amanda (ou Ameeeinda)</a>, da youtuber Jessica Diniz, que lembra mais o pessoal da Faria Lima.<h2>Sotaque carioca</h2><figure class="image"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/08/16/16130649583196.jpg" alt="pexels-mleonardo70-4118426.jpg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/08/16/16130649364193.jpg 212w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/16/16130649521194.jpg 500w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/16/16130649567195.jpg 750w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/16/16130649599197.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Por abrigar a Corte a partir de 1808, o Rio de Janeiro sofreu uma influência importante da cultura portuguesa. (Fonte: Pexels)</figcaption></figure>Já no Rio de Janeiro, quem dá o tom do sotaque é o chiado e a inserção de vogais expressivas na dicção. Por exemplo, a frase "Ele nasceu na Rua da Paz" poderia ser lida em "fluminensês", ou em "carioquês", como eile naisceu na ruúa da paaiix.Se o velho Machado de Assis falava assim, é difícil saber. Não há gravações da sua voz disponíveis. Mas tudo indica que ele carregava, sim, no sotaque, do jeitinho que o meme ironiza. Por influência do português lusitano, cuja pronúncia era ainda mais corrente na virada do século XIX para o XX, é provável que Machado “chiasse”.Com algumas adaptações próprias do processo de interação social das últimas décadas, o português fluminense amenizou seus traços mais marcantes. Mas esse sotaque ainda é presente, e chega na casa de milhões de pessoas todos os dias por meio da televisão.<h2>Sotaque caipira</h2><figure class="image"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/08/16/16130756754198.jpg" alt="pexels-lu62-12609166.jpg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/08/16/16130756801200.jpg 223w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/16/16130756770199.jpg 500w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/16/16130756910202.jpg 750w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/16/16130756864201.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A falta de interação com os centros urbanos mais dinâmicos permitiu que o sotaque interiorano no Brasil preservasse suas características. (Fonte: Pexels)</figcaption></figure>Se as cidades se revolucionaram nos últimos cem anos, o interior vivenciou essas transformações em ritmo mais lento. Em parte, por isso, o sotaque do interior é uma grande variação que convive com subdialetos, como o goiano, o mineiro, o paulista e diversos outros.Uma marca do sotaque caipira, amplamente usado na região rural, é o uso do R: porrrta, porrrteira, porrrtão. Em alguns casos, usa-se o R "seco", como em Minas; em outro, fala-se o R "molhado". Também faz parte desse uso da língua a supressão de letras, ou mesmo a abreviação da pronúncia das palavras. "Manuel é filho do Antonio" poderia ser expresso oralmente como "Mané é fi do Toin", por exemplo.Essas características são próprias da oralização e de uma relativa independência à língua formal. Até 1940, mais de 50% dos brasileiros eram analfabetos, e esse contingente era maior justamente no interior do país.<h2>Sotaque nordestino</h2><figure class="image"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/08/16/16130900703204.jpg" alt="pexels-leonardodourado-12989844.jpg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/08/16/16130900687203.jpg 245w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/16/16130900859206.jpg 500w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/16/16130900719205.jpg 750w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/16/16130900906207.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A riqueza cultural do Nordeste se espelha nas diferentes oralidades que os brasileiros da região construíram. (Fonte: Pexels)</figcaption></figure>Não existe um sotaque nordestino, mas vários deles. Trata-se de um conjunto de dialetos que, assim como nos demais casos, expressam uma interação singular em relação à composição social da região, os grupos que interagem, os dispositivos culturais e vários outros elementos.As principais matrizes do sotaque nordestino vêm da Bahia e de Pernambuco, porque esses foram os estados com maior fluxo migratório a partir do século XVI. Mas mesmo entre eles há bastante diferença, a começar pelo ritmo. Os baianos falam de modo mais lento, enquanto os pernambucanos articulam a oralidade de modo mais rápido.Além disso, as gírias também são heterogêneas. Se um baiano estiver bravo com você, ele poderia dizer "tô na bruxa!"; já um pernambucano poderia xingá-lo de “alma sebosa”. Melhor não se indispor com eles, hein!<h2>Sotaque gaúcho</h2><figure class="image"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/08/16/16131002419208.jpg" alt="pexels-imperioame-11116385.jpg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/08/16/16131002450209.jpg 208w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/16/16131002497210.jpg 500w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/16/16131002606212.jpg 750w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/16/16131002497211.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A proximidade com a influência uruguaia e argentina criou tradições marcantes no Rio Grande do Sul, inclusive no aspecto linguístico. (Fonte: Pexels)</figcaption></figure>"Escuto o grito do sorro e lá do piquete relincha o potro tordilho, na boca da noite me aparece um zorrilho…". Sim, isso é português brasileiro. A música “<a href="https://www.youtube.com/watch?v=EtTbS-KdcrE&amp;ab_channel=Baitaca">Fundo da grota</a>”, do cantor Baitaca, também viralizou por expressar uma variante muito singular, que se manifesta no vocabulário, nas escolhas gramaticais da formação das frases e também no modo de oralizar a língua.A influência do castelhano, variante popular do espanhol falada na região dos Pampas, está entre as principais razões para que o português que se expressa hoje no Rio Grande do Sul tenha ganhado essa dinâmica. Outro fator foi o relativo isolamento geográfico. Mais distantes e sem contar com uma rede logística de qualidade, os gaúchos criaram uma cultura única, que não se confunde com outros locais do país.“Bá! Tri legal, né, gurizada?” Bem, agora que você conhece mais sobre as variações orais do português, uma dica final: <a href="https://blog.mackenzie.br/">é importante ficar de olho em como isso cai no Exame Nacional do Ensino Médio</a>. A prova costuma valorizar a pluralidade linguística, mesmo quando ela não coincide com o português formal. Então, cuidado com o preconceito linguístico!

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Quais são os principais sotaques do Brasil?

Em geral e entre línguas, algumas palavras têm significados mais traduzíveis do que outras, e elas diferem em função dos tipos de informação que incluem

Existem palavras desnecessárias nos idiomas? Ou seja, que usamos o tempo todo e que poderiam ser deixadas de lado, para tornar nossa linguagem mais curta e eficiente? Em geral e entre línguas, algumas palavras têm significados mais traduzíveis do que outras, e elas diferem em função dos tipos de informação que incluem. Então, quais são essas diferenças – e se uma palavra não transmite tanta informação, será que precisamos dela?Uma forma para os linguistas analisarem essas diferenças é distinguir palavras de conteúdo de palavras funcionais. Às vezes há áreas cinzentas entre essas categorias, mas no geral, palavras de conteúdo têm significados relacionados a conceitos, ações e descrições de pessoas e coisas, enquanto palavras funcionais conectam palavras de conteúdo de alguma forma e adicionam informações sobre quem fez o quê, para quem, como aconteceu, quando ou onde aconteceu, etc.Isso significa que palavras funcionais não são necessárias? Em muitos casos, você pode obter o significado básico de algo somente a partir de palavras de conteúdo. Então, por que as línguas simplesmente não eliminam todas as palavras funcionais e pedaços de gramática? Na verdade, existem línguas que fizeram exatamente isso: as pidgins! Pidgin é uma categoria de idiomas que normalmente têm origens semelhantes e compartilham algumas características comuns.Por definição, são sistemas de comunicação, desenvolvidos para atender necessidades de comunicação muito específicas. Uma das razões para o seu surgimento foi por meio de relações comerciais, já que os comerciantes que falam línguas diferentes precisam se comunicar para conduzir negócios, mas não precisam aprender totalmente o outro idioma. Outro motivo pelo qual muitas das línguas pidgin e crioulas de hoje surgiram foi por causa da escravidão: o contato linguístico entre colonizadores e pessoas escravizadas forçou o desenvolvimento de novas formas de comunicação.Nestes cenários, os grupos desenvolvem uma forma de se comunicar que inclui algumas palavras de uma língua e outras de outra, e improvisam significados relacionados com as suas necessidades específicas de comunicação a partir do grupo relativamente pequeno de palavras partilhadas. A linguagem pidgin criada acaba tendo regras bastante flexíveis (nada parecido com a forma como pensamos em "gramática" nas línguas que estudamos) - e a linguagem é basicamente composta por palavras de conteúdo no início.Um exemplo de língua pidgin é a Bazaar Malay, que pertence aos falantes de malaio, chinês, português e holandês, que desenvolveram um pidgin para relações comerciais, que se tornou a língua franca do arquipélago das Índias Orientais. Outro exemplo é o inglês pidgin camaronês: esta língua começou quando os colonizadores alemães escravizaram os camaroneses de diversas origens linguísticas, e todos esses grupos tiveram que se comunicar de uma nova maneira. Hoje, o inglês pidgin camaronês não é tecnicamente um pidgin, pois agora tem regras gramaticais completas, com muitas palavras funcionais e morfemas.Muitos pidgins sobreviveram ao longo dos séculos, crescendo e evoluindo, tornando-se eventualmente línguas crioulas (outra categoria de línguas). Algumas línguas crioulas, como o crioulo haitiano e o crioulo jamaicano (diferente do inglês jamaicano), têm "crioulo" logo no nome, enquanto outras não. Todas essas línguas desenvolveram palavras funcionais e palavras parciais espontaneamente, para dar às línguas uma gama completa de nuances, complexidades e exceções.Embora os pidgins não possuíssem palavras funcionais e regras gramaticais bem desenvolvidas, as pessoas (e nossos cérebros!) precisam de gramática e palavras funcionais para dar sentido e significado à nossa comunicação.Então, embora as palavras funcionais não sejam totalmente necessárias, nossos cérebros não se cansam das nuances e diferentes tons que elas representam. E mesmo que nossa linguagem não tenha uma palavra específica para uma nuance, ela terá outras estratégias complexas de comunicação para demonstrar essas sutilezas. Vemos tanto pelos adultos como pelas crianças que os sistemas sem morfemas de funções não duram muito: eles evoluem para linguagens cheias de morfemas de funções.Portanto, as línguas são todas compostas por partes necessárias e importantes para a manutenção cultural. E no app do Duolingo, existem diversos cursos que você pode aprender e, assim, conhecer ainda mais sobre os idiomas e as histórias por trás deles. Afinal, conhecimento nunca é demais!&nbsp;Com colaboração de Cindy Blanco e Emilie Zuniga***Analigia Martins é colunista do Mega Curioso e diretora de Marketing no Brasil de Duolingo, a maior plataforma de aprendizado de idiomas do mundo e o aplicativo mais baixado na categoria de Educação no iTunes e na Google Play. Responsável por aumentar a notoriedade e o crescimento do Duolingo no Brasil, segundo maior mercado da empresa, a executiva tem 20 anos de experiência em marketing de serviços, especialmente na área de Educação no Brasil e nos Estados Unidos. Analigia é pós-graduada em Administração de Empresas pela Universidade Harvard e bacharel em Publicidade pela Fundação Cásper Líbero.

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Algumas palavras são desnecessárias para a nossa comunicação?

Muitas palavras que hoje fazem parte do idioma japonês são de origem portuguesa, fruto da intensa relação dos países no passado.

A influência portuguesa no Japão, especialmente durante o período comercial Nanban (séculos XVI e XVII), é um capítulo fascinante da história que mostra como culturas distantes podem se entrelaçar de maneiras surpreendentes. O termo "Nanban", inclusive, significa "bárbaros do Sul", dado que os japoneses viam esses europeus recém-chegados como pouco civilizados. Mesmo assim, os portugueses marcaram a sociedade da <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/41972-por-que-o-japao-e-chamado-de-terra-do-sol-nascente-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Terra do Sol Nascente</a>.Quando os navegadores portugueses chegaram à costa japonesa em 1543, eles não só estabeleceram uma rota de comércio entre o Japão e a Europa, mas também plantaram as sementes de uma rica troca cultural que inclui desde palavras no vocabulário japonês até aspectos na gastronomia e arquitetura.Foi nesse contexto de expansão comercial que os jesuítas começaram sua missão de catequização no Japão, introduzindo o cristianismo e, com ele, muitas palavras portuguesas no vocabulário japonês. Termos como pan para "pão" e tabako para "tabaco" são apenas alguns exemplos de palavras que se tornaram parte do idioma japonês.&nbsp;<h2 style="text-align:justify;">O início da relação</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/18/18181316366305.jpg" alt="A chegada dos portugueses representou o primeiro contato dos japoneses com os europeus. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>A chegada dos portugueses representou o primeiro contato dos japoneses com os europeus. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O primeiro contato entre japoneses e portugueses ocorreu em Tanegashima, uma ilhota ao sul do Japão. Foi ali que o Japão, na época sob o domínio do xogunato, conheceu pela primeira vez as <a href="https://www.megacurioso.com.br/armas/41784-as-10-piores-armas-de-fogo-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">armas de fogo</a> europeias, que impressionaram os xoguns. Tanto que uma dessas armas, algo parecido com um bacamarte, recebeu o nome de Tanegashima, uma homenagem ao local desse primeiro encontro.Inicialmente, os portugueses foram bem recebidos e puderam estabelecer missões e escolas cristãs, difundindo sua fé e cultura. Esse contato gerou a incorporação de muitas palavras de origem portuguesa ao vocabulário japonês. Eis alguns exemplos:<ul><li>Arukoru (álcool)</li><li>Bisuketto&nbsp;(biscoito)</li><li>Botan&nbsp;(botão)</li><li>Iesu&nbsp;(Jesus)</li><li>Iruman&nbsp;(irmão)</li><li>Kapitan&nbsp;(capitão)</li><li>Kappa&nbsp;(capa de chuva)</li><li>Koppu&nbsp;(copo)</li><li>Sabato&nbsp;(sábado)</li><li>Shoro&nbsp;(choro)</li><li>Shurasuko&nbsp;(churrasco)</li></ul>Essas são apenas algumas palavras, sendo que há outros termos e expressões que foram entranhados na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127265-shinigami-os-deuses-da-morte-na-cultura-japonesa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cultura japonesa</a> e continuam até hoje.&nbsp;A influência também é perceptível em outras áreas, como na música e na literatura, com a tradução e introdução de obras ocidentais no Japão.<h2 style="text-align:justify;">Vasta herança portuguesa</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/18/18181703420308.jpg" alt="A chegada dos portugueses representou o aumento do poderio bélico do xogunato. (Fonte: Wikimedia Commons/ Reprodução)"><figcaption>A chegada dos portugueses representou o aumento do poderio bélico do xogunato. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A influência portuguesa no Japão não se restringiu apenas ao vocabulário. A introdução de novos alimentos, como o pão e o açúcar, e a adaptação de pratos como o tempura, originalmente um prato de peixe e legumes empanados e fritos consumido pelos católicos portugueses durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/datas-comemorativas/42317-quaresma-por-que-algumas-pessoas-nao-comem-carne-nesta-epoca-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quaresma</a>, são testemunhos dessa interação culinária.&nbsp;Além disso, práticas religiosas e costumes trazidos pelos jesuítas, como o jejum e o uso de instrumentos musicais ocidentais, também foram incorporados pela cultura japonesa.A adaptação dos missionários jesuítas aos costumes locais, estudando a língua e escrevendo catecismos em japonês, ajudou a aumentar o número de conversões. No auge da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124384-por-que-evangelicos-nao-comemoram-o-carnaval.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">evangelização</a>, estima-se que havia cerca de 300 mil cristãos no Japão.&nbsp;Porém, essa prosperidade foi interrompida quando as autoridades japonesas começaram a ver o cristianismo como uma ameaça à unificação e estabilidade do país, levando a perseguições e martírios.&nbsp;Esse intenso intercâmbio durou até meados da década de 1630, quando a crescente desconfiança das autoridades japonesas em relação à influência estrangeira levou à expulsão dos missionários e à proibição do cristianismo.A partir daí, o Japão adotou uma política isolacionista, limitando o contato comercial com outros países, política essa chamada de Sakoku ("país fechado"). O fim da relação com portugueses acabou, mas a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118643-a-origem-da-lingua-portuguesa-e-sua-implantacao-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">herança lusitana</a> já havia marcado o povo japonês para sempre.

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Xóguns e lusitanos: quando Portugal transformou o Japão pela língua

Tido como a língua mais ameaçada do planeta, o N|uu foi considerado extinto por algum tempo. 

Com apenas um único falante fluente vivo, o N|uu é uma das línguas mais ameaçadas da Terra. Tradicionalmente falada por facções do povo Khomani, do sul do Kalahari — uma savana arenosa que fica nas fronteiras de Namíbia, Botsuana e África do Sul —, a língua chegou a ser considerada <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125295-quase-50-das-especies-na-terra-estao-caminhando-para-a-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extinta</a> por alguns pesquisadores, mas agora luta por sua sobrevivência.Sua história conta um passado de dor e tragédia, de um grupo dos primeiros caçadores-coletores conhecidos no sul da África há mais de 20 mil anos. Agora, graças aos esforços de famílias e linguistas locais, a última falante restante de N|uu no mundo está se esforçando para passar os conhecimentos da língua para a próxima geração.<h2>História do N|uu</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/15/15195304701463.jpeg" alt="Imagem captura dois falantes fluentes de N|uu, lado a lado, em frente a uma salina no Kalahari. (Fonte: Arquivo Khomani Hugh Brody)"><figcaption>Imagem captura dois falantes fluentes de N|uu, lado a lado, em frente a uma salina no Kalahari. (Fonte: Arquivo Khomani Hugh Brody)</figcaption></figure></figure>Segundo historiadores, o N|uu é considerado a língua original do sul da África, mas figura atualmente em uma lista da Organização das Nações Unidas (ONU) de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124932-os-10-idiomas-mais-dificeis-de-aprender.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">idiomas</a> considerados "sob risco de extinção". Assim como muitas línguas africanas, o N|uu foi transmitido de geração para geração de forma oral. Porém, essa tradição fez com que a sua existência torna-se ameaçada.Atualmente, a única falante fluente da língua é Ouma Katrina Esau, uma palestrante de 91 anos. Sabe-se que a língua começou a enfrentar problemas durante a chegada do Império Britânico na região durante o século XIX. Como parte de sua tentativa brutal de controlar a África, os britânicos estabeleceram fronteiras políticas e desconectaram o povo africano de suas origens.&nbsp;Junto com as comunidades fragmentadas, o Império fez tentativas de anular línguas nativas africanas em favorecimento do inglês e do africâner, uma língua trazida para o sul da África por colonos europeus no século XVII. Após décadas de domínio colonial e <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121781-6-fatos-provando-que-o-apartheid-foi-pior-que-imaginamos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">apartheid</a>, o N|uu foi praticamente extinto, sobrevivendo agora apenas na fala de Esau.<h2>Luta contra a extinção</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/15/15195451941464.jpg" alt="Ouma Katrina Esau (esq.) e Dr. Kerry Jones (centro) trabalham arduamente para garantir a sobrevivência do N|uu. (Fonte: Bibliotecas da Universidade da Cidade do Cabo)"><figcaption>Ouma Katrina Esau (esq.) e Dr. Kerry Jones (centro) trabalham arduamente para garantir a sobrevivência do N|uu. (Fonte: Bibliotecas da Universidade da Cidade do Cabo)</figcaption></figure></figure>Na década de 1990, o sociolinguista Dr. Nigel Crawhall e pesquisadores da ONU reuniram 25 falantes de N|uu da comunidade Khomani. Infelizmente, muitos já eram idosos e faleceram em sequência, levando consigo seu conhecimento da língua. Em 2021, o penúltimo falante de N|uu faleceu, deixando para atrás apenas uma pessoa com o verdadeiro conhecimento da língua: Ouma Katrina Esau.Nos últimos anos, ela tem passado muito tempo trabalhando para preservar a língua. Em parceria com o Dr. Jones e outros membros da comunidade, Esau ajudou a criar um dicionário digital da língua N|uu em um projeto que já está em andamento há 20 anos.&nbsp;Em maio deste ano, Esau tornou-se parte integrante de um programa que está ensinando crianças de escolas locais o básico da língua. Sendo assim, pela primeira vez em muito tempo, o conhecimento do idioma está sendo passado para as próximas gerações. Contudo, se o N|uu conseguirá sobreviver ao futuro do mundo globalizado, isso ainda é algo incerto e que dependerá de muito trabalho.&nbsp;

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A língua com apenas um falante fluente no mundo corre risco de extinção

Mudança de nome tem a ver com origem do esporte e uma terceira modalidade.

Uma das confusões mais comuns envolvendo regionalismos do inglês está no nome do esporte mais popular do mundo. Em quase todas as nações que têm esse idioma como oficial, ele é conhecido como football.Porém, ao se referir ao nosso futebol nos Estados Unidos ou no Canadá, o termo é diferente. Por lá, essa palavra se refere ao que chamamos aqui de futebol americano — o esporte com a bola oval, tochdowns&nbsp;e o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124233-super-bowl-como-a-final-do-futebol-americano-ficou-tao-famosa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Super Bowl</a>. O esporte da bola no pé, por sua vez, é chamado de soccer.<ul><li>Saiba mais <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123469-por-que-o-brasil-nao-e-mais-o-pais-do-futebol.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que o Brasil não é mais o 'país do futebol'?</a></li></ul>Essa diferença é explicada por questões regionais do século XIX, com uma origem inusitada do e que envolve uma terceira modalidade esportiva.<h2>A origem do futebol</h2>Esportes com uma variedade de regras envolvendo um objeto esférico e o uso de pés ou mãos para transportá-la <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/107785-confira-uma-breve-historia-das-origens-do-futebol-e-da-copa-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">são encontrados através do tempo em várias civilizações</a>. Há registros de atividades com essas características e até a divisão por times na Grécia Antiga, entre os séculos II e III a.C. na China e na mesoamérica.Só que a organização de um desses esportes em regras definidas só aconteceu em 1863, na Inglaterra. Foi nesse ano que uma organização de atletas chamada Football Association estabeleceu a prática do esporte que era jogado em uma série de instituições de ensino na região.&nbsp;<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/26/26083226380000.jpg" alt="O livro de regras do futebol. (Fonte da imagem: Football Association)"><figcaption>O livro de regras do futebol. (Fonte: Football Association)</figcaption></figure></figure>Ele era a versão com os pés, já bastante parecida com o que conhecemos hoje, e foi batizado inicialmente de association football, se referindo à entidade que ditou as regras.O estabelecimento das regras foi importante para diferenciá-lo de um esporte "rival", que era jogado em outros colégios. Na Rugby School, o passatempo preferido era um jogo com as mãos, com os jogadores correndo na direção do campo adversário. Esse esporte ficou conhecido como rugby football, diferenciado do rival por homenagear à instituição onde nasceu.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/26/26083301132001.jpg" alt="O rúgbi. (Fonte da imagem: GettyImages)"><figcaption>O rúgbi. (Fonte da imagem: GettyImages)</figcaption></figure></figure>Convivendo ao mesmo tempo com as duas modalidades, estudantes da Universidade de Oxford criaram reduções nos nomes para diferenciar os esportes. O rugby football virou "rugger", enquanto o association footbal virou "assoccer" — que logo foi encurtado mais uma vez apenas para soccer.&nbsp;<ul><li>Leia também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/esportes/volata-o-jogo-criado-na-italia-fascista-para-substituir-o-futebol" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Volata: o jogo criado na Itália fascista para substituir o futebol</a></li></ul>Ou seja, a palavra que hoje chama o futebol nos Estados Unidos, na verdade, surgiu na Inglaterra. Só que esse termo foi caindo em desuso no país e, com a popularização do nome rúgbi, o "futebol de associação" virou apenas football.<h2>E o futebol americano?</h2>Criado nos Estados Unidos em 1869, o que conhecemos em português como futebol americano é um esporte inspirado ao mesmo tempo nas regras do futebol e do rúgbi. A primeira partida foi entre as equipes universitárias de Rutgers e Princeton.&nbsp;No início da sua popularização, ele chegou de fato a ser chamado de American football, mas a redução football foi adotada ainda em 1876 e oficializada desde então.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/26/26083412670002.jpg" alt="A bola oval do futebol americano. (Fonte da imagem: GettyImages)"><figcaption>A bola oval do futebol americano. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Ao mesmo tempo, o "assoccer" se popularizou em colégios norte-americanos e os estudantes seguiram a tendência britânica de chamar o esporte da bola no pé de soccer. Quando o nome foi abandonado na Inglaterra, porém, isso não aconteceu em países como EUA, Canadá e Nova Zelândia — gerando a diferença que conhecemos até hoje.

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Por que o futebol nos Estados Unidos é chamado de soccer?

Estudo revela os idiomas mais desejados pelos estudantes ao redor do mundo.

Uma pesquisa recente realizada pelo site de idiomas Wordtips, utilizando dados de mais de 280 mil perfis da plataforma Conversation Exchange, revelou quais línguas são mais desejadas pelos estudantes ao redor do mundo.A pesquisa analisou os perfis de usuários em capitais globais, fornecendo uma visão única sobre as preferências de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127883-e-possivel-aprender-mais-de-um-idioma-ao-mesmo-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aprendizado de línguas</a> em diferentes regiões. Os resultados mostram tendências fascinantes e permitem que você compare suas próprias preferências com as de outras pessoas em sua cidade ou país.<h2>Idiomas mais procurados no mundo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/24/24160249827195.jpg" alt="Mapa com a língua que cada capital quer aprender. (Fonte: Word Tips/Reprodução)"><figcaption>Mapa com a língua que cada capital quer aprender. (Fonte: Wordtips/Reprodução)</figcaption></figure></figure>O inglês é a língua mais global do mundo, sendo o idioma mais aprendido em 52 capitais, incluindo Brasília, Lima, Bogotá, Cidade do México, Lisboa, Cairo e Tóquio, devido à sua importância como língua franca no comércio internacional, tecnologia, ciência e turismo. Mesmo em países de língua inglesa, como Estados Unidos e Reino Unido, o inglês continua a ser popular entre estudantes que buscam aprimoramento e fluência, visando oportunidades profissionais e acadêmicas.O espanhol é o segundo idioma mais popular para aprender, escolhido em 10 capitais globais, como Washington DC, Londres e Dublin, devido à sua posição como segunda <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127963-quais-sao-as-10-linguas-mais-faladas-no-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">língua mais falada</a> mundialmente e sua utilidade prática. Nas cidades do norte da Europa, como Amsterdã, Oslo, Estocolmo e Copenhague, o espanhol é valorizado como uma conexão com a cultura latino-americana e uma vantagem no mercado de trabalho.O francês é o terceiro idioma mais popular, especialmente em cidades como Ottawa, Canadá, devido a laços culturais e sua oficialidade no país, além de ser útil na Europa e África para comunicação e oportunidades profissionais. Já o japonês, em quarto lugar, se destaca em lugares como Canberra, na Austrália, e Singapura, impulsionado pela influência da cultura japonesa, como anime e J-Pop, e pela importância econômica do Japão para negócios na Ásia.<h2>Tendências geracionais no aprendizado de idiomas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/24/24160729133202.jpg" alt="As línguas mais procuradas por cada geração. (Fonte: Word Tips/Reprodução)"><figcaption>As línguas mais procuradas por cada geração. (Fonte: Wordtips/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em outra abordagem, utilizando dados da plataforma de aprendizado Duolingo, foi revelado um panorama interessante sobre as preferências linguísticas por diferentes gerações nos Estados Unidos. O estudo destacou que o espanhol e o francês são as línguas mais populares entre todas as gerações.Notavelmente, os Boomers e a Geração X mostram uma inclinação maior pelo italiano, enquanto a Geração Z e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/106572-o-que-e-a-geracao-millennial-e-porque-essas-distincoes-existem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Geração Y</a> estão mais interessadas em aprender coreano e japonês, influenciadas pela cultura pop como K-Pop e anime.Essas preferências refletem não apenas mudanças nas necessidades e interesses ao longo do tempo, mas também a busca por conexões com tendências globais e novas oportunidades profissionais entre os mais jovens. Enquanto as gerações mais antigas podem ser motivadas por tradições culturais, os jovens estão mais voltados para o dinamismo cultural contemporâneo e as perspectivas econômicas emergentes.

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Quais línguas são as mais procuradas por estudantes nas capitais do mundo todo?

Se uma pessoa tem parentes ou familiares de outra nacionalidade, além daquela em que nasceu, é mais fácil aprender o idioma?

Se uma pessoa tem parentes ou familiares de outra nacionalidade, além daquela em que nasceu, é mais fácil aprender o idioma? A resposta mais direta é não, mas existem muitos fatores envolvidos nisso!Nossos cérebros são, em sua maioria, folhas em branco. Seu DNA, etnia e herança familiar não tornam o idioma de sua família mais fácil de aprender. No caso da linguagem, significa que nossos cérebros foram construídos para aprender uma linguagem, mas qual é ela depende totalmente do nosso ambiente. Se um bebê ouvir muito coreano, ele começará a aprender coreano, e se ouvir muito norueguês, começará a aprender norueguês.No entanto, se formos mais a fundo, sendo mais específicos e categóricos, na verdade, aprendemos traços de idioma antes de nascermos. Não por causa do nosso DNA, mas porque alguns sons chegam do mundo exterior ao bebê durante a gravidez. Você provavelmente já viu pessoas colocando músicas perto da barriga da mãe para acalmar o bebê, ou pais que conversam com eles ainda na barriga. E realmente faz sentido!Isso começa a acontecer no final do terceiro trimestre da gravidez e inclui tipos de sons mais “gerais”, como ritmos e vozes diferentes, mas não detalhes como vogais, consoantes ou palavras específicas. Como as línguas podem ter ritmos muito diferentes, os bebês recém-nascidos conseguem distinguir os idiomas com o ritmo que ouviram durante o final da gravidez das línguas com um ritmo realmente diferente.É claro que muita coisa pode acontecer depois que um bebê nasce – eles podem ouvir múltiplas línguas, passar de um ambiente linguístico para outro, atingir a idade adulta e aprender uma segunda língua, ou mesmo esquecer a primeira língua que conheciam. Portanto, se você ouviu uma língua pouco antes de nascer ou quando era bebê, seu cérebro aprendeu parte dela – o que pode facilitar a reaprendizagem – mas não é por causa da genética.Além disso, a motivação também é muito importante. Aprender um idioma com um alto nível de proficiência leva tempo – não importa a pessoa ou o idioma. Como você precisará persistir, a motivação é muito importante, e estudar um idioma no qual investe pessoalmente pode realmente ajudá-lo a se manter estimulado. Se está aprendendo um idioma para se comunicar com parentes ou porque ele o conecta à história de sua família, seu senso de propósito pode ajudá-lo a superar os inevitáveis desafios.Outra coisa importante é a aprendizagem implícita: se está aprendendo um idioma usado por seus parentes ou em sua comunidade, talvez saiba mais sobre o idioma do que imagina. Nós aprendemos muito idiomas de forma implícita, sem nem mesmo tentar ou estudá-los com intenção clara, então se o idioma que deseja aprender é um que já conhece, já deve conhecer algum vocabulário e frases (como saudações ou ditados comuns). Seu cérebro também pode ter aprendido muito sobre os sons da língua, mesmo que não se lembre conscientemente dela em si!Esta situação é muito comum para alguns tipos de bilíngues, como os bilíngues receptivos, que entendem parte da língua de sua família, mas não se sentem confortáveis em falá-la. Outra possível vantagem de estudar a língua familiar são mais oportunidades de praticá-la. Dependendo do idioma, pode ser difícil encontrar parceiros de conversa. Se você tem familiares que falam o idioma que está aprendendo, eles podem te ajudar a praticar! Compreender a linguagem natural e coloquial pode ser realmente desafiador, então seja paciente consigo mesmo (e com seu parente).Existem muitos motivos para estudar um idioma, e família e cultura são escolhas muito comuns. Sua jornada de aprendizado terá muitos estágios e assumirá muitas formas, portanto, encontrar um motivo pessoal para persistir é uma ótima maneira de atingir seus objetivos linguísticos. No Duolingo, você também pode aperfeiçoar e treinar diversos idiomas - seja o da sua família, ou algum outro que se interessar! Que tal começar?

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É mais fácil aprender o idioma da nacionalidade da sua família?

De irritar Buda a enganar fantasmas, conheça algumas expressões chinesas que mostram a riqueza cultural do gigante asiático

Expressões e provérbios podem ser encontrados nas mais variadas partes do mundo. Suas origens se misturam com a nossa própria história e elas também podem nos ajudar a compreender um pouco do nosso passado.Por isso mesmo, não é uma surpresa que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118396-6-coisas-sobre-a-china-que-voce-talvez-nao-saiba.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">China</a> possua uma infinidade de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122973-5-expressoes-populares-criadas-por-william-shakespeare.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">expressões</a> populares. Abaixo, nós selecionamos cinco para você conhecer, junto com o seu significado. Você também pode conferir sua escrita em chinês tradicional e em chinês simplificado.<h2>1. 食鹽多過你食米 (shí yán duo guò ni shí mi) - “Comi mais sal do que você comeu arroz”</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/08/08130325899008.jpg" alt="A voz da experiência. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>A voz da experiência. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>O arroz é um dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121991-parte-da-muralha-da-china-foi-feita-com-ajuda-de-sopa-de-arroz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alimentos básicos da culinária chinesa</a>. Isso faz com que seja praticamente impossível que alguém consiga comer uma quantidade maior de sal durante a sua vida, do que um chinês come de arroz. É por isso que esta expressão é usada por pessoas mais velhas, para afirmar que têm mais experiência de vida ou conhecimento do que alguém mais jovem.<h2>2. 呃鬼食豆腐 (è gui chi dòu fu) - “Enganar um fantasma para comer tofu”</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/08/08130912755010.jpg" alt="É sério isso? (Fonte: GettyImages)"><figcaption>É sério isso? (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Esta expressão é usada para descrever alguém que tenta enganar ou ludibriar outra pessoa de maneira muito óbvia, ou absurda. Sua origem remete a um conto popular chinês, que fala sobre um estudioso que para não ser devorado por um fantasma, conseguiu convencê-lo a comer um tofu, que seria mais saboroso. Quando ele foi contar sua estratégia para se salvar, ninguém conseguiu acreditar que seria possível enganar um espírito dessa maneira.<h2>3. 企喺城樓睇馬打交 (qi hái chéng lóu kàn ma da jiao) - “Ficar no topo da cidade observando os cavalos lutarem”</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/08/08161114417003.jpg" alt="Fuja da treta. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Fuja da treta. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Essa é uma expressão bastante antiga que faz referência às batalhas que eram travadas entre exércitos distintos. Enquanto os soldados lutavam com seus cavalos, os nobres observavam em segurança do alto das fortalezas. A expressão faz referência a esse contexto e significa assistir a um conflito ou problema de longe, sem se envolver. Atualmente ela vem sendo substituída pela expressão ??????? (shí zhù hua sheng deng kàn xì), que pode ser traduzida como “comer amendoins enquanto espera para assistir ao espetáculo”.<h2>4. 豬籠入水 (zhu lóng rù shui) - “O cesto de porcos entra na água”</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/08/08131039513011.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><figcaption>(Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Esta expressão é usada para descrever uma situação em que alguém está ganhando muito dinheiro ou prosperando financeiramente, como se estivesse colhendo grandes lucros. Antigamente era comum que os fazendeiros chineses transportassem seus animais em cestos ou gaiolas feitas de bambu trançado. E se esses cestos caíssem em algum lado, a água entraria rapidamente. Na cultura chinesa, a água é comumente associada à riqueza ou abundância financeira.<h2>5. 佛都有火 (fó dou you huo) - “Até mesmo Buda pega fogo”</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/07/07162208009167.jpg" alt="Haja paciência. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Paciência tem limite. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Buda é até hoje um exemplo e um símbolo de paz e paciência. Conseguir irritá-lo seria uma demonstração de que todo mundo tem um limite. Por isso mesmo, no contexto chinês, essa expressão significa que até mesmo a pessoa mais calma e pacífica pode perder a paciência ou se irritar. É usada para enfatizar que todo mundo tem um limite de tolerância.

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5 expressões e provérbios chineses (e suas origens)

Pode parecer estranho, mas a razão para falarmos "meia" ao invés de "seis" remete à nossa ligação com Portugal.

Às vezes, reproduzimos expressões idiomáticas sem nunca parar para pensar de onde elas vieram. E uma que costuma passar batido entre nós é o uso da palavra "meia" para significar "seis", como na expressão "meia dúzia de ovos", ou quando citamos um número de telefone.E por que será que falamos assim? Não há uma resposta definitiva a essa dúvida, mas há algumas hipóteses que remetem às nossas raízes históricas e à nossa conexão com Portugal.<h2>As origens históricas do "meia"</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/11/11113409056003.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>A explicação sobre o uso de "meia" para substituir seis remete à fonética comum em Portugual. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Segundo algumas versões dadas por historiadores portugueses, esta é uma tradição que remonta aos anos 1930, quando os telefones usados nas casas das famílias eram conectados a uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/7-curiosidades-sobre-telefones-antigos-que-os-jovens-nao-conhecem" rel="noopener noreferrer" target="_blank">central telefônica</a> que fazia a ligação. Quando se desejava falar com algum parente, era preciso ligar à central e pedir a ligação a um atendente.Ocorre que o som de "três", na pronúncia comum em Portugal, lembra muito à de "seis" (algo como o "trêix" e "sêix" típico dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118964-por-que-feijao-carioca-se-no-rio-se-come-mais-o-feijao-preto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cariocas</a>). Como os telefones da época tinham bastante ruído, os dois números eram confundidos pelos telefonistas, e a ligação não chegava ao lugar certo.Por conta disso, passou-se a usar "meia" como uma referência à metade de uma dúzia, composta por doze unidades de um mesmo objeto. Portanto, "meia" seria uma redução de "meia dúzia", e indicaria o número seis.Assim, o "meia" não costuma ser usado de forma solta, mas sim no contexto de um numeral mais extenso. Não se fala, por exemplo, que uma criança tem "meia anos" no lugar de seis anos.<h2>Meia como metade de uma hora</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/11/11113321166001.jpg" alt="Meia designa também trinta minutos, a metade de uma hora inteira. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Meia designa também trinta minutos, a metade de uma hora inteira. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Meia, aliás, é uma palavra bem múltipla, já que pode indicar um número (meia dúzia), uma peça de vestimenta (a meia que usamos no pé) ou mesmo o total de trinta minutos (ao falar, por exemplo, que agora são "seis e meia").O termo "meia" como a peça que usamos para aquecer o pé remete aos romanos, que, na época clássica, não usavam calças nem sapatos. Eles aprenderam a usar peças de panos nos pés que iam até os joelhos com os alemães e franceses, que viviam em ambiente mais frios. Em seguida, os romanos chamaram a nova roupa de "calceum".Com o tempo, essas peças foram se estendendo e acabaram sendo esticadas até a cintura, mas o termo calceum permaneceu. Um dia, alguém decidiu cortar fora a parte do pé, pois ela costumava sujar mais que o resto da roupa: surgiam então as <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122541-o-que-acontece-se-usarmos-calcas-apertadas-o-dia-inteiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">calças</a>. Já o pedacinho que cobria o pé, agora separado do resto, virou meia, por ser uma parte da calça.Já o hábito de falarmos meia para indicar trinta minutos tem uma explicação bem simples. Falamos assim porque trinta minutos indica a metade de uma hora (composta por sessenta minutos). Portanto, usa-se meia para falar, de forma mais rápida e simples, o horário que marca a metade de uma hora inteira.

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