Imagem de Cafeteria no Japão ajuda escritores a cumprirem prazos no megacurioso

No Manuscript Writing Cafe, o gerente cobra progressos a cada hora e o cliente só sai quando bater metas de produção

<head></head><body>À primeira vista, o Manuscript Writing Café ("Café para escrever manuscritos", em tradução livre) parece uma cafeteria como qualquer outra. Ele fica em Koenji, uma área residencial bem localizada de Tóquio. Tem mesas e balcões, onde os clientes podem se sentar, bem como tomadas e internet para quem quer trabalhar com seu notebook. Algo muito comum nos tempos modernos em que vivemos.&nbsp;Porém, seu funcionamento é único no mundo — e, se eu tivesse grana, eu entrava num avião agora para ir até lá. Isso porque o Manuscript Writing Café obriga seus clientes a cumprir seus prazos de escrita. E veja só: esse texto estava há mais de um mês na minha pauta.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/07/07210558004006.jpg" alt="Imagem: Koenji Sankaku Chitai/Reprodução">Imagem: Koenji Sankaku Chitai/Reprodução<h2>Só sai quando terminar</h2>Mais que uma cafeteria, o Manuscript Writing Café é um espaço de coworking onde escritores podem trazer seus notebooks e finalmente cumprirem suas entregas. Eles pagam uma taxa por hora para trabalhar, podendo tomar café a vontade ou fazer pedidos extras no balcão.Mas as diferenças começam na entrada, quando o gerente pergunta quanto o cliente precisa escrever e dentro de quantas horas. Então, a pessoa escolhe um tipo de fiscalização.&nbsp;No tipo "leve", o gerente só pergunta se o cliente cumpriu a meta na hora de pagar. No modo "normal", um funcionário passa de hora em hora para conferir como vai o trabalho. Já no estilo "hard", uma pessoa fica o tempo todo olhando para a tela daquele cliente. Em todos os casos, o cliente só tem permissão para sair quando cumprir a meta acordada na entrada.&nbsp;Isso mesmo: quem não escrever, não pode ir embora.&nbsp;<h2>Taxas de permanência</h2>O Manuscript Writing Café não fica aberto 24 horas por dia, então as pessoas precisam sair, em algum momento. Mas esperar o expediente acabar para ser liberado não é um bom negócio.&nbsp;Isso porque a taxa de uso do espaço é de 150 ienes (em torno de R$ 5) por cada 30 minutos, das 13h às 19h. O café também funciona à noite, até as 00h — mas quem ultrapassa o horário comercial já precisa pagar taxas extras a cada 30 minutos adicionais.&nbsp;Quem procrastina tanto que não consegue bater a meta nem depois da meia noite paga uma taxa de 3 mil ienes — cerca de 110 reais, ou 22 vezes o valor do aluguel. Bastante, né?Não encontrei relatos de clientes, mas o sistema realmente parece muito bom. Afinal, a gente escreve para pagar as contas e o medo de pagar taxas caríssimas pela procrastinação me faria entregar tudo rapidinho. Fica a dica aí, editor!</body>

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Cafeteria no Japão ajuda escritores a cumprirem prazos

Imagem de As ficções cristãs que influenciaram teorias da conspiração no megacurioso

Os dois livros de Frank Peretti deveriam ser uma metáfora da 'guerra cultural moderna', mas foram interpretados literalmente por milhões de fiéis

Voc&ecirc; j&aacute; se perguntou porque algumas pessoas acreditam cegamente em teorias absurdas &mdash; como as mamadeiras em formato f&aacute;lico, a associa&ccedil;&atilde;o entre 5G e COVID ou mesmo negar que a pandemia est&aacute; acontecendo? Quem de n&oacute;s n&atilde;o conviveu com uma m&atilde;e ou av&oacute; que achava que os livros, filmes ou m&uacute;sicas que consum&iacute;amos eram todos "do capeta"?
As origens desse movimento podem ser encontradas nos Estados Unidos dos anos 1980 e 1990 &mdash; e foram bastante estimuladas por uma s&eacute;rie de livros de fic&ccedil;&atilde;o de um escritor crist&atilde;o do pa&iacute;s. Trata-se de Frank Peretti, cujas obras mais conhecidas s&atilde;o os dois volumes de Este Mundo Tenebroso,&nbsp;lan&ccedil;ados em 1986 e 1989.&nbsp;
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120768-6-crencas-religiosas-que-mudaram-com-o-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">6 cren&ccedil;as religiosas que mudaram com o tempo</a>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/02/02213534056513.jpg" alt="Frank Peretti, autor dos livros &quot;Este Mundo Tenebroso&quot;. (Fonte: Facebook/Frank Peretti)" />Frank Peretti, autor dos livros "Este Mundo Tenebroso". (Fonte: Facebook/Frank Peretti)
<h2>Uma guerra entre anjos e dem&ocirc;nios</h2>
Este Mundo Tenebroso se passa em uma pequena cidade do interior dos Estados Unidos. A hist&oacute;ria come&ccedil;a com dois jornalistas, um homem e uma mulher, que descobrem um plano terr&iacute;vel de uma sociedade secreta, ligada &agrave; filosofia new age, para afastar os moradores do cristianismo &mdash; e corromper suas almas para o mal.&nbsp;
Quando a dupla de jornalistas come&ccedil;a a desmascarar o maquiav&eacute;lico grupo de vil&otilde;es, estes respondem armando a pris&atilde;o do homem, que &eacute; acusado assassinato, adult&eacute;rio e de molestar sua pr&oacute;pria filha (tudo de uma vez?). Em paralelo, um pastor recebe as mesmas acusa&ccedil;&otilde;es, fazendo com que os dois homens se conhe&ccedil;am e liguem os pontos.&nbsp;
&Eacute; a&iacute; que tudo come&ccedil;a a fazer sentido (no universo do livro, apenas). O que acontece &eacute; que a cidadezinha est&aacute; repleta de dem&ocirc;nios que querem dominar todas as almas &mdash; e de anjos, que tentam impedir a perdi&ccedil;&atilde;o eterna das almas. A partir da&iacute;, come&ccedil;a o que os fundamentalistas evang&eacute;licos chamam de "guerra espiritual".
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/03/03115850742242.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
As filosofias new age, o ambientalismo e at&eacute; a medita&ccedil;&atilde;o seriam armas que os dem&ocirc;nios usam para desviar as pessoas do cristianismo &mdash; como parte de uma grande guerra pela domina&ccedil;&atilde;o do mundo e das almas. H&aacute; dois lados muito bem separados: bem (crist&atilde;os) e mal (quem n&atilde;o &eacute; crist&atilde;o e, portanto, &eacute; um dem&ocirc;nio).&nbsp;
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121652-como-os-seguidores-de-jesus-fundaram-o-cristianismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como os seguidores de Jesus fundaram o Cristianismo?</a>
<h2>Quem &eacute; bom e quem &eacute; mau</h2>
O segundo livro da s&eacute;rie conta uma hist&oacute;ria diferente, mas com tem&aacute;tica muito parecida: uma pessoa bondosa descobre um plano mal&eacute;fico para conquistar almas, como parte da tal guerra espiritual, enquanto recebe acusa&ccedil;&otilde;es falsas. Todo tipo de modernidade e filosofias diferentes do fundamentalismo evang&eacute;lico s&atilde;o classificados como armas dos dem&ocirc;nios &mdash; do mau.&nbsp;
Os livros de Frank Peretti venderam mais de 10 milh&otilde;es de c&oacute;pias e inspiraram uma infinidade de outros conte&uacute;dos, com at&eacute; mais sucesso. Livros como Deixados para Tr&aacute;s&nbsp;ou filmes como Deus N&atilde;o Est&aacute; Morto,&nbsp;por exemplo, ainda que pare&ccedil;am meras fic&ccedil;&otilde;es crist&atilde;s, para um p&uacute;blico espec&iacute;fico, esses conte&uacute;dos t&ecirc;m pontos em comum &mdash; bastante preocupantes.&nbsp;
Eles dividem a sociedade entre bem e mal, colocando os fundamentalistas evang&eacute;licos como a &uacute;nica possiblidade de bem. A partir disso, as hist&oacute;rias seguem uma estrutura de "n&oacute;s contra eles", como se os evang&eacute;licos estivessem sendo perseguidos pelo lado do mal e precisassem combat&ecirc;-lo a qualquer custo.&nbsp;
&Eacute; nesse universo que as conspira&ccedil;&otilde;es come&ccedil;am a fazer sentido: universidades s&atilde;o f&aacute;bricas de ateus, medita&ccedil;&atilde;o e outras filosofias s&atilde;o "obras do dem&ocirc;nio" e os comunistas malvados querem comer criancinhas. Afinal, os dem&ocirc;nios est&atilde;o contra n&oacute;s, fundamentalistas evang&eacute;licos.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/03/03115945211246.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
<h2>Porque as pessoas acreditam nisso</h2>
Em mat&eacute;ria da revista Vox, tr&ecirc;s colunistas relembraram o passado em fam&iacute;lias fundamentalistas evang&eacute;licas &mdash; lendo livros como os de Peretti. Elas reconhecem que, por mais que sejam mal escritos e repletos de furos na hist&oacute;ria, os livros "prendem o leitor" com v&aacute;rias cenas de a&ccedil;&atilde;o e momentos de catarse, na luta entre bem e mal.
Elas tamb&eacute;m reparam que os anjos/bem sempre seguem o vi&eacute;s conservador: homens fortes, viris e brancos. J&aacute; o mau &eacute; descrito como afeminado e com caracter&iacute;sticas de povos como os hindus &mdash; demonstrando tamb&eacute;m machismo e racismo, nas entrelinhas.&nbsp;
Quando a divis&atilde;o entre bem e mal fica clara, o leitor busca se identificar com os personagens bons. Na medida em que a narrativa da guerra espiritual ganha for&ccedil;a &mdash; n&atilde;o apenas nos livros, mas tamb&eacute;m nas "fake news", redes sociais e p&uacute;lpitos de igrejas &mdash; os fundamentalistas podem se sentir parte de um grupo. O grupo do bem &mdash; e isso d&aacute; sentido &agrave;s suas vidas.&nbsp;
Depois disso, basta adicionar uma pitada de vi&eacute;s de confirma&ccedil;&atilde;o &mdash; n&oacute;s somos mais propensos a acreditar em not&iacute;cias que confirmem nossa vis&atilde;o de mundo &mdash; e pronto! Temos pessoas que v&atilde;o acreditar (e compartilhar) todo tipo de teoria da conspira&ccedil;&atilde;o.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121702-como-o-cristianismo-transformou-curandeiras-em-bruxas.htm" target="_blank">Como o cristianismo transformou curandeiras em bruxas?</a>

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As ficções cristãs que influenciaram teorias da conspiração

Imagem de Coelhos assassinos: por que eles eram retratados em textos medievais? no megacurioso

Realidade distorcida ou senso de humor afiado? Coelhos assassinos e controversos lotavam as páginas dos antigos manuscritos medievais

<head></head><body>Atualmente considerados animais fofinhos e de estimação, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120108-napoleao-bonarpate-quase-foi-morto-por-coelhos-domesticados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coelhos</a> levaram anos para se tornarem o que são hoje, especialmente após as pequenas controvérsias com as quais se envolveram durante a Idade Média. Isso porque os animais eram retratados como figuras assassinas e bárbaras e protagonizavam sátiras curiosas, onde a violência gráfica e simbólica surgia como grande plano de fundo de suas tramas "fabulásticas".Normalmente encontradas em livros feitos para o clero, as ilustrações de coelhos, conhecidas como "marginalia", estavam repletas de simbolismos. Os criadores das artes utilizavam o pequeno roedor para desprezar figuras de autoridade, inserindo espadas, machados, lanças, arcos e todo tipo de equipamento em suas patas e passando a impressão de uma "opressão reversa", onde o ser teoricamente mais poderoso estava sempre em posição de vulnerabilidade.“Muitas vezes, nas margens dos manuscritos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121356-3-habitos-alimentares-medievais-que-mudaram-a-historia-da-culinaria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medievais</a>, encontramos imagens estranhas com todos os tipos de monstros, meio-homens-feras, macacos e muito mais”, comenta Marjolein de Vos, da Sexy Codicology. “Mesmo em livros religiosos, as margens às vezes têm desenhos que simplesmente zombam de monges, freiras e bispos.”<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/01/01101106863062.jpg" alt="(Fonte: The British Library / Reprodução)">(Fonte: The British Library / Reprodução)Vistos como sinônimos de pureza e desamparo, os coelhos passaram a ter seus retratos vinculados a brincadeiras que distorciam a realidade. Criadas por artistas conhecidos como drolleries, elas dramatizavam o lado cômico e relativo das verdades absolutas, passando a representar tanto o poder tanto da liberdade total quanto da farsa. Essa ideia atraía os artistas a partir do momento que oferecia a chance de se rebelar com segurança, pelo menos em pequena escala, contra as graves desigualdades dos sistemas feudais de sua época.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/01/01105036916088.jpg" alt="(Fonte: The British Library / Reprodução)">(Fonte: The British Library / Reprodução)O gênero jocoso intitulado de "vingança do coelho" logo se popularizou e tendia a mostrar "a covardia ou a estupidez da pessoa ilustrada", onde caçadores se encolhiam na presença dos pequenos animais. Essas "monstruosidades ridículas" — como foram conhecidas pelo monge cisterciense francês Bernardo de Clairvaux — montavam em leões e humanos para mutilar todo tipo de oponente, mostrando como o mundo virou de "cabeça para baixo".<h2>A subversão cultural</h2>Os coelhos cruéis das margens de manuscritos medievais tornaram-se exemplos concretos da subversão cultural, expressão que seria comentada apenas séculos depois, com a criação do termo “<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113408-carnaval-saiba-tudo-sobre-a-mais-brasileira-das-festas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">carnavalesco</a>” pelo filósofo e crítico literário russo Mikhail Bakhtin. Segundo ele, a categoria permitia a retratação de humor e caos como forma de satirizar a psique humana, tanto em relação ao indivíduo quanto ao coletivo.Uma das maiores piadas da época, os "coelhos assassinos" tornaram-se uma espécie de fuga do convencional e exibiram todo o potencial imaginativo dos artistas, destacando como seria possível transgredir em meio a uma época rigorosa onde prevalecia o controle social, desde na forma como as pessoas se comportavam até mesmo em relação ao que pensavam. Dessa forma, o "espelho cultural" transformou o mundo das brincadeiras e revolucionou o modelo de expressão tradicional.</body>

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Coelhos assassinos: por que eles eram retratados em textos medievais?

Imagem de 5 personagens clássicos que já estão em domínio público no megacurioso

Disney perdeu os direitos exclusivos sobre o Ursinho Pooh em 2022, que deve virar protagonista de filme de terror; Mickey é o próximo na fila

<head></head><body>Os fãs da Disney foram pegos de surpresa com o anúncio do novo filme de terror Winnie the Pooh: Blood and Honey,&nbsp;que contará com o fofíssimo Ursinho Pooh e seus amigos em uma versão muito mais sombria. Apesar de não ter data para estreia, o live-action ganhou suas primeiras imagens na última quarta-feira (25) e promete quebrar a internet.A produção de um longa-metragem completamente aterrorizante usando um personagem de desenhos infantis só foi possível porque a <a href="https://www.megacurioso.com.br/papo-de-bar/46885-conheca-14-das-regras-secretas-para-funcionarios-da-disney.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Walt Disney</a> perdeu os direitos exclusivos sobre o Ursinho Pooh no dia 1º de janeiro de 2022 — o que significa que a obra passou a ter domínio público. Mas ele está longe de ser o único nesse balaio. Veja só cinco personagens clássicos que já estão em domínio público e podem ser usados por criadores de conteúdo!<h2>1. As Aventuras de Alice no País das Maravilhas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/31/31161702489424.jpg" alt="(Fonte: Walt Disney/Reprodução)">(Fonte: Walt Disney/Reprodução)Todas as citações de texto e ilustrações dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/111968-conheca-12-personagens-da-disney-inspirados-em-pessoas-reais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">personagens</a> presentes na obra As Aventuras de Alice no País das Maravilhas (1865), de Lewis Carroll, podem ser usadas livremente por qualquer criador. Porém, existe uma verdadeira pegadinha em relação aos personagens dessa obra.A Disney, por sua vez, também possui sua versão de&nbsp;Alice no País das Maravilhas (1951)&nbsp;protegida por leis de direitos autorais. Como o livro e a versão da Disney possuem diversas diferenças entre si, no entanto, você ainda assim seria capaz de desenvolver algo em relação ao primeiro sem entrar em problemas judiciais.<h2>2. A Pequena Sereia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/31/31161743192425.jpg" alt="(Fonte: Walt Disney/Reprodução)">(Fonte: Walt Disney/Reprodução)Assim como no tópico anterior, o livro A Pequena Sereia (1837), de Hans Christian Andersen, está completamente em domínio público para ser usado da maneira que você bem entender. Na história original, a protagonista não tem nome e também não é amiga de animais subaquáticos como Sebastião e Linguado.&nbsp;Justamente pela enorme divergência que o conto tem da versão da Disney, a obra pode continuar sendo usada sem problemas judiciais. Além disso, Andersen é responsável por muitos dos contos de fada que conhecemos atualmente e a maioria deles estão em domínio público.<h2>3. Romeu e Julieta</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/31/31161923129427.jpg" alt="(Fonte: 20th Century Fox/Reprodução)">(Fonte: 20th Century Fox/Reprodução)Talvez um dos nomes mais óbvios da lista, a tragédia Romeu e Julieta (1597), do notório <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121099-a-teoria-da-conspiracao-de-que-shakespeare-nunca-escreveu-nada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">William Shakespeare</a>, não só está em domínio público como já recebeu inúmeras versões no cinema. Um exemplo disso é o filme brasileiro O Casamento de Romeu e Julieta (2005), que coloca Julieta como torcedora do Palmeiras e Romeu como um corintiano fanático.Romeu + Julieta (1996), do diretor Baz Luhrmann, é mais uma adaptação que traz a história para um ambiente moderno. Nessa versão, por sua vez, Romeu é interpretado por Leonardo DiCaprio, enquanto que Julieta é vivida por Claire Danes.<h2>4. Sherlock Holmes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/31/31170725904470.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)O mais famoso investigador do século XIX, Sherlock Holmes, também é outro personagem que faz parte do domínio público — ou pelo menos algumas de suas histórias. Embora tenham acontecido diversas tentativas para que taxas fossem aplicadas àqueles que usassem a herança do escritor Sir Arthur Conan Doyle, existem brechas que permitem o uso desse personagem sem qualquer tipo de cobrança.Ao longo dos anos, o detetive britânico foi outro que foi recriado múltiplas vezes na grande mídia. O seriado Sherlock (2010) foi um dos que conquistou uma grande parcela de fãs e teve o renomado ator Benedict Cumberbatch como protagonista.<h2>5. Frankenstein</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/31/31170728654471.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Lançado há mais de 100 anos, o romance Frankenstein (1818), de Mary Shelley, é considerado a primeira obra de ficção científica da história. O terror gótico foi responsável por criar um dos monstros mais simbólicos de todos os tempos e que volta e meia aparece nas fantasias de Halloween ao redor do mundo.E para a sorte de muitos, essa também é uma obra que aparece em domínio público. Logo, é possível entender como é possível o Monstro de Frankenstein estar envolvido em tantas tramas ao longo dos anos.<h2>Menção honrosa: Mickey Mouse</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/31/31162452051432.jpg" alt="(Fonte: Walt Disney/Reprodução)">(Fonte: Walt Disney/Reprodução)Como é possível imaginar, a lógica por trás dos direitos autorais é bastante complexa e costuma variar bastante de país para país. Porém, poucas situações são tão complexas quando a relação entre Mickey Mouse e Walt Disney Company. O camundongo é o maior símbolo do entretenimento da Disney e é de se imaginar que ele seria protegido a qualquer custo.O Mickey estreou nas telas em 1928 e desde então evoluiu como o rosto da empresa. Quando ele foi criado, &nbsp;a lei de direitos autorais permitia um máximo de 56 anos de proteção. Mesmo assim, a Disney conseguiu fazer lobby com políticos norte-americanos em duas oportunidades diferentes para direitos autorais corporativos já publicados fossem estendidos para 75 anos e posteriormente para 95 anos.O ano de 2014 foi o prazo final para que a empresa pedisse uma nova extensão de prazo, algo que não aconteceu. Logo, é de se esperar que as primeiras versões de Mickey e seus amigos esteja disponível em domínio público em 2024, com novas edições sendo liberadas todos os anos.</body>

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5 personagens clássicos que já estão em domínio público

Imagem de Criadas pelo vikings, batalhas de rap trocavam armas por insultos no megacurioso

Praticadas entre os séculos V e XVI, as batalhas de rap medievais eram provocações brutais que testavam a inteligência dos guerreiros

<head></head><body>Conhecidos por seus feitos em combate, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120249-6-mentiras-que-contam-sobre-os-vikings.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vikings</a> se destacaram pela barbárie durante as invasões ao antigo reino britânico, evitando relações diplomáticas quando o assunto era expansão territorial na Europa. Porém, o mesmo povo que levou banhos de sangue a todas as regiões pelas quais passou desenvolveu um método curioso de estimular a inteligência de seus integrantes, colocando guerreiros para disputarem batalhas de insultos similares às dos raps atuais, conhecidas como flytings.Originalmente, o termo "flyting" é derivado das palavras nórdicas antigas para “briga” e “provocação”. Praticada entre os séculos V e VI pelos vikings, a disputa consistia em um jogo ritualístico de inteligência onde o moral dos participantes era testado a partir do momento em que expressões sobre covardia, aparência, masculinidade duvidosa ou falta de cognição serviam como meios de ataque poético para abalar o adversário.As palavras eram emitidas em forma de versos e o número adequado de sílabas e a sonoridade serviam como critérios de validação da desenvoltura dos "cantores". Por mais brutais que os soldados fossem em combate no campo, sua cultura era marcada por um amplo desenvolvimento da astúcia e sagacidade, e suas habilidades provocativas deveriam ser tão capacitadas quanto os dons com machados e escudos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/16/16223937828620.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)Nomes importantes das lendas nórdicas, como Loki, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121935-6-diferencas-entre-o-thor-da-marvel-e-o-da-mitologia-nordica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Thor</a>, Odin e Beowulf, foram diretamente vinculados ao flyting e tiveram momentos emblemáticos relatados em poemas. Em The Flyting of Loki: The Lay of Greybeard, o filho de Fárbauti e Laufey se disfarça de Greybeard para enfrentar seu irmão, o Deus do Trovão. Enquanto isso, o texto Hárbarðsljóð, conhecido como um dos mais fascinantes manuscritos édicos, colocou o antigo rei de Asgard em um novo duelo de insultos, agora contra seu próprio pai."Não vou mais guardar segredo: foi com sua irmã que você teve um filho tão ruim quanto você." — Hárbarðr, de Lokasenna<h2>A Inglaterra Anglo-Saxônica e a expansão do flyting</h2>Os anglo-saxões possivelmente adotaram a prática de seus invasores vikings e transformaram o ritual de intelecto em uma competição. Seus salões de festas lotavam com espectadores e participantes, e os vencedores, escolhidos pelo público em geral, tinham direito a beber uma grande caneca de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120955-cetros-sumerios-encontrados-na-russia-podem-ter-sido-canudos-de-cerveja.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cerveja</a> ou hidromel e convidar o derrotado a se juntar à mesa para celebrarem juntos.Nos séculos XV e XVI, o flyting voltou a ganhar popularidade graças aos makars, um tipo de bardo escocês que se envolvia nos concursos verbais para ofender seus alvos com insultos sexuais e escatológicos. Curiosamente, a batalha começou a gerar problemas entre as pessoas e quem fosse pego citando profanidades nas ruas era multado no valor de 20 xelins (algo em torno de R$ 1200, em conversão direta), exceto se fosse encarregado de entreter a nobreza em cortes reais.Posteriormente, os flytings foram citados inúmeras vezes na literatura mundial, inclusive em peças de William Shakespeare e nas tragégias de Ralph Roister Doister, de Nicholas Udall, e de John Still, autor de Gammer Gurton's Needle.</body>

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Criadas pelo vikings, batalhas de rap trocavam armas por insultos

Imagem de Jane Austen: 6 fatos surpreendentes sobre a autora no megacurioso

Conheça algumas curiosidades sobre uma das escritoras mais importantes da Era Vitoriana

<head></head><body><a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113480-veja-como-personalidades-historicas-pareceriam-atualmente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jane Austen</a> foi uma das escritoras mais importantes da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120850-6-mitos-sobre-a-era-vitoriana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Era Vitoriana</a>. Nascida no dia 16 de dezembro de 1775, sua vida sempre esteve ligada à literatura e seus romances caíram no gosto de milhões de leitores ao longo dos anos. Apesar disso, seu nome só foi reconhecido após a sua prematura morte, no dia 18 de julho de 1817, aos 41 anos de idade.Para celebrar sua obra, vamos relembrar 5 curiosidades sobre sua vida:<h2>1. Jane Austen começou a escrever quando criança</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/23/23104409433125.jpg" alt="Retrato de Jane Austen na infância.">Retrato de Jane Austen na infância.Austen publicou seu primeiro romance, Razão e Sensibilidade, em 1808, com 23 anos. Porém, sua carreira de escritora começou alguns anos antes. Quando tinha apenas 12 anos ela já demonstrava interesse pela escrita, com textos bem-humorados. Hoje, esses textos iniciais podem ser encontrados em uma compilação chamada Juvenilia. Já aos 16 anos de idade, Austen escreveu uma coleção de paródias de livros didáticos, que chamou de A História da Inglaterra... por uma historiadora parcial, preconceituosa e ignorante.<h2>2. Escreveu 6 romances (e uma porção de outras obras)&nbsp;</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/23/23104850358127.jpg" alt="">Durante a sua vida, Jane Austen publicou quatro romances: Razão e Sensibilidade, Orgulho e Preconceito, Mansfield Park e Emma. Ela teve ainda outros dois romances publicados postumamente: A Abadia de Northanger&nbsp;e Persuasão. Porém, ao longa de sua vida, Austen também escreveu alguns contos, uma novela não finalizada, alguns poemas e uma peça de teatro. Sua família sempre apoiou seu trabalho, estimulando para que continuasse a escrever e a ajudando a publicar, tanto em vida quanto após sua morte.<h2>3. Seus romances foram publicados anonimamente&nbsp;</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/23/23105010547132.jpg" alt="Capa da primeira edição de 'Razão e Sensibilidade'.">Capa da primeira edição de 'Razão e Sensibilidade'.A carreira literária foi considerada como uma atividade masculina por muito tempo. Ainda no século XX, muitas mulheres tiveram dificuldades para publicar seus livros. E a situação era ainda mais difícil na época de Jane Austen. Por esse motivo, seu primeiro romance, Razão e Sensibilidade, foi creditado a “Uma Dama”. Já os seus trabalhos posteriores foram creditados à “Autora de Razão e Sensibilidade”. Seu nome só foi aparecer nas capas dos livros após sua morte.<h2>4. Jane Austen tinha fãs ilustres</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/25/25151750556297.jpg" alt="Charles Darwin era um dos grandes admiradores das obras de Jane Austen">Charles Darwin era um dos grandes admiradores das obras de Jane AustenGeorge IV, o príncipe regente, foi um desses fãs, que sabia que Austen era a autora dos livros e chegou a conhecê-la pessoalmente. Na ocasião, o príncipe pediu para que ela dedicasse seu próximo romance, Emma, a ele, o que de fato aconteceu. Outros fãs ilustres são o naturalista <a href="https://www.megacurioso.com.br/personalidades/42150-6-coisas-que-talvez-voce-nao-saiba-sobre-charles-darwin.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Charles Darwin</a>, que dizia conhecer as obras dela de cor, e a escritora Virginia Woolf, que comparou Austen com Shakespeare.<h2>5. Jane Austen era uma cervejeira talentosa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/25/25151753462298.jpg" alt="">Na época de Austen, fazer cerveja em casa era um hábito comum e a escritora era especialista em fazer cerveja de abeto, produzida com melaço para um sabor um pouco mais adocicado. Além disso, Austen também sabia fazer hidromel, e chegou a lamentar certa vez, quando o mel estava em falta e sua família precisou economizar o estoque de hidromel que possuíam.<h2>6. Sua morte ainda é um mistério</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/23/23105506160141.jpg" alt="Homenagem para Jane Austen na parede do Poets' Corner na Abadia de Westminster, Londres.">Homenagem para Jane Austen na parede do Poets' Corner na Abadia de Westminster, Londres.Jane Austen morreu em 1817 aos 41 anos e a causa da morte é incerta. Acredita-se que ela sofria da doença de Addison, ou talvez o linfoma de Hodgkin, devido aos sintomas. Porém, em 2017, a Biblioteca Britânica apresentou uma teoria que sugeria que Austen foi acidentalmente envenenada por arsênico. Infelizmente é pouco provável que um dia tenhamos a resposta para este mistério, uma vez que sua irmã Cassandra queimou quase todas as cartas que recebeu para tentar preservar a privacidade de Jane após sua morte.</body>

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Jane Austen: 6 fatos surpreendentes sobre a autora

Imagem de Qual é a diferença entre poema e poesia? no megacurioso

Se você sempre achou que poema e poesia era tudo a mesma coisa, confira aqui as diferenças entre eles

<head></head><body>No nosso período escolar, é bom comum nos depararmos com alguns estilos de textos, e entre eles certamente estão o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/100606-o-poema-que-vai-ajudar-voce-a-falar-ingles-perfeitamente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">poema</a> e a poesia. E, ainda que muitos possam pensar o contrário, não são a mesma coisa.<h2>Quais as diferenças entre poema e poesia?</h2>Em linhas gerais, um poema é um texto literário que contém versos, estrofes e, algumas vezes, rima. Já a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121420-6-grandes-poetas-brasileiros-que-voce-deveria-estudar-em-2022.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">poesia</a>, por sua vez, nem sempre precisa estar baseada em palavras, já que também aceita formatos como pinturas e esculturas, apenas para citar alguns exemplos.Tome por base, por exemplo, a pintura A Noite Estrelada, feita por Vincent van Gogh em 1889:<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/06/06091723887019.jfif" alt="(Fonte: Toda Matéria/Reprodução)">(Fonte: Toda Matéria/Reprodução)Apesar de não conter nenhuma palavra, pode ser considerada uma poesia quando observamos todo o seu contexto, além de trazer uma abrangência muito maior aos sentidos de quem a observa. Claro, uma pintura não é a única forma de encontrar esse estilo, que também pode aparecer em uma fotografia, música, arte digital e até mesmo em uma peça publicitária.Sendo assim, qualquer categoria de criação artística que possa causar algum efeito nas sensações, sentimentos e emoções do receptor pode ser considerada uma poesia.<h2>Jogo de palavras</h2>Já o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120222-em-poema-michelangelo-reclama-sobre-trabalho-na-capela-sistina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">poema</a>, por sua vez, precisa necessariamente das palavras para existir. Além disso, ele possui algumas divisões de acordo com a sua temática. São elas:<ul><li>Poemas épicos: trazem a história de um herói, sendo uma epopeia um bom exemplo dessa modalidade;</li><li>Poema lírico: nesse tipo de texto enxergamos um aspecto mais sentimental e subjetivo;</li><li>Poema dramático: possuem elementos que permitem uma encenação daquilo que foi passado para o papel.</li></ul>Outro ponto importante para a sua existência é o fato de ser escrito em versos, que podem ser rimados ou não. Um exemplo clássico, por exemplo, é o Soneto da fidelidade, de Vinícius de Moraes: "De tudo, ao meu amor serei atentoAntes, e com tal zelo, e sempre, e tantoQue mesmo em face do maior encantoDele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momentoE em seu louvor hei de espalhar meu cantoE rir meu riso e derramar meu prantoAo seu pesar ou seu contentamento. E assim, quando mais tarde me procureQuem sabe a morte, angústia de quem viveQuem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive):&nbsp;Que não seja imortal, posto que é chamaMas que seja infinito enquanto dure." E aí, conhecia todas essas diferenças? Mesmo para aqueles que não estão em fase escolar ou de vestibular, é sempre bom saber e conseguir diferenciar os estilos existentes em nossa literatura.</body>

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Qual é a diferença entre poema e poesia?

Imagem de 12 palavras que você não sabia que estão no dicionário no megacurioso

Nosso idioma possui diversas palavras um tanto quanto curiosas, e é exatamente sobre elas que falaremos aqui

<head></head><body>O <a href="https://www.megacurioso.com.br/portugues" rel="noopener noreferrer" target="_blank">português</a> é um idioma com um número grande de palavras, e muitos de nós adultos ao longo da vida dificilmente usará metade delas. É comum recorrermos a vocábulos mais populares, mas acredite: alguns deles diversos de nós nem sequer sabíamos que estão no <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118217-como-uma-palavra-entra-para-o-dicionario.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dicionário</a>.Na sequência, destacamos algumas das palavras mais curiosas que temos em nosso <a href="https://www.megacurioso.com.br/idiomas" rel="noopener noreferrer" target="_blank">idioma</a> e suas explicações conforme o dicionário.<h2>1. Escangalhado</h2>Usado para descrever coisas que estão destruídas ou bastante danificadas. Sabe aquela estátua que alguém vandalizou e deixou quase irreconhecível? Você pode dizer que ela está escangalhada.<h2>2. Tergiversar</h2>Esse pequeno trava-línguas entra em ação (de forma culta!) quando você quer dizer que alguém conseguiu contornar alguma situação sem hesitar. Respondeu a um questionário complicado de forma honesta? Você fez isso sem tergiversar.<h2>3. Bofe</h2>Talvez alguns até conheçam essa palavra, mas o seu sentido original provavelmente é desconhecido por muitos. O bofe, em sua concepção original, é um apelido dado ao pulmão (pode anotar mais um para a sua lista de sinônimos em redações!).<h2>4. Cuvico</h2>Calma que isso não é um xingo! Em linhas gerais, cuvico é apenas uma forma diferente de ser referir a um cubículo como um pequeno compartimento.<h2>5. Bambaré</h2>Para lembrar fácil dessa: você pode usar bambaré quando estiver diante de uma algazarra generalizada, já que o vocábulo é sinônimo de confusão de vozes e desordem ruidosa.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/09/09172640195487.jpg" alt="Agora você não precisa ficar com cara de quem implora por &quot;tradução&quot; para algumas palavras do nosso idioma. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)">Agora você não precisa ficar com cara de quem implora por "tradução" para algumas palavras do nosso idioma. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)<h2>6. Osfresia</h2>Você tem osfresia? Se sim, parabéns: é uma das pessoas capazes de sentir facilmente os cheiros de comidas, perfumes e coisas do gênero.<h2>7. Sampar</h2>Já sampou uma pedra em um lago ou rio para ver aquele efeito bacana do contato dela com a água? Exatamente: sampar significa arremessar ou atirar algo.<h2>8. Error</h2>Não, não estamos falando daquelas mensagens que aparecem às vezes quando uma página está fora do ar ou coisas do gênero. Quando mencionamos error, simplesmente estamos falando de uma viagem sem rumo ou que não possui destino ou duração determinadas (anota essa no caderninho se for mochileiro!).<h2>9. Renuído</h2>Confessa: você realiza renuído muito antes de se entender por gente. Sim, faz sim, porque renuído é o gesto de negar algo mexendo a cabeça (capaz até de ter feito isso até pouco antes de saber o que significava essa palavra).<h2>10. Vovente</h2>Algumas pessoas podem ser consideradas grandes voventes. E o que é isso? Dizemos que vovente é alguém que costuma fazer votos e promessas — você é um deles?<h2>11. Retouça</h2>Isso é algo bem comum em cidades interioranas. Quando mencionamos uma retouça, estamos falando de um balanço feito com uma corda e uma madeira.<h2>12. Colportor</h2>Essa é uma que acabou caindo por terra, mas provavelmente sua mãe ou avó devem se lembrar. O colportor é alguém que vende livros de porta em porta, uma profissão que era até comum nos anos 1980 e comecinho dos anos 1990.</body>

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12 palavras que você não sabia que estão no dicionário

Imagem de O que é ser romântico de acordo com a literatura? no megacurioso

Saiba quais eram as principais características dos escritores românticos

<head></head><body>É bem provável que você já tenha ouvido ou visto a história de algum casal e pensando como aquilo era romântico. Talvez, a maioria das pessoas imagine que ser romântico é o mesmo que expressar amor e dedicação de forma profundamente afetuosa, intencional e inconfundível.Mas será que na <a href="https://www.megacurioso.com.br/literatura/43008-fa-de-literatura-confira-9-dos-livros-mais-caros-de-todos-os-tempos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">literatura, ser romântico</a> tem esse mesmo sentido?<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/28/28094609355071.jpg" alt="(Fonte: Tr?n Long/ Pexels/ Reprodução)">(Fonte: Tr?n Long/ Pexels/ Reprodução)<h2>O Romantismo</h2>O Romantismo na literatura foi um movimento iniciado no final do século XVIII, terminando por volta do século XIX. Foram os ingleses que começaram com tudo, criando histórias, poemas e romances centrados em ideias românticas. John Keats, Lord Byron, PB Shelley e William Wordsworth são alguns dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/literatura/102550-confira-4-dos-maiores-nomes-da-historia-da-literatura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">poetas e escritores mais famosos&nbsp;</a>desse período.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/28/28093132386050.jpg" alt="(Fonte: Wikipedia/ Reprodução)">(Fonte: Wikipedia/ Reprodução)Um exemplo muito famoso dos aspectos românticos na literatura é o livro O Conde de Monte de Cristo, escrito em 1844 pelo autor francês Alexandre Dumas. Os temas centrais da história envolvem justiça, coragem, misericórdia, esperança e perdão.No decorrer da Idade Média, o romance era sinônimo de&nbsp;literatura aristocrática. O motivo disso era que esses textos costumavam combinar histórias de amor cortês, aventura e dedicação para ensinar um pouco de “moral e bons costumes”.Em outras palavras, era a literatura de cavalaria cuja finalidade era mostrar ao seleto grupo dos aristocratas regras de cavalheirismo, coragem, comportamento e de vida.Além disso, a literatura romântica tinha uma função importante, mas um tanto curiosa: usar o entretenimento da literatura para manter a ordem na sociedade.<h2>O romântico, segundo a literatura</h2>O Romantismo resultou em parte dos ideais de liberdade e igualdade da Revolução Francesa. Em comum, os movimentos românticos tinham a revolta contra as regras definidas pelo Classicismo. Além disso, também foi uma rebelião filosófica contra o racionalismo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/28/28094858671075.jpg" alt="(Fonte: Suzy Hazelwood/ Pexels/ Reprodução)">(Fonte: Suzy Hazelwood/ Pexels/ Reprodução)Partindo disso, ser romântico conforme a literatura se baseava em:<h3>Interesse pelo homem comum</h3>Esse movimento evitou usar linguagem muito estilizada e referências clássicas. A preferência era por imagens emocionais transmitidas de forma elegante e com linguagem simples.<h3>Melancolia e isolamento</h3>A escrita romântica valorizava coisas como “olhar para dentro” e criar seu próprio caminho, confiando apenas em seus instintos.<h3>Foco na espiritualidade e no indivíduo</h3>Por se voltarem para dentro valorizando acima de tudo a experiência individual, os escritores românticos acabaram criando um senso maior de espiritualidade, incluindo elementos sobrenaturais e ocultistas.<h3>Celebração da natureza</h3>Para os românticos da literatura do século XVIII a natureza era uma fonte de beleza infinita e uma sábia professora.<h3>Idealização da mulher</h3>Em obras consagradas como O Corvo,&nbsp;de Edgar Alan Poe, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120270-literatura-mulheres-sao-lindas-e-homens-corajosos-detecta-ia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mulheres são mostradas</a> como objetos de interesse amoroso idealizado, belas e puras. No entanto, sem mais nada para oferecer.O romântico da literatura de hoje continua incorporando boa parte das características do Romantismo clássico. &nbsp;Romances como a série&nbsp;Crepúsculo de Stephenie Meyers são claros descendentes desse movimento, mesmo tendo sido publicados mais de um século e meio após o fim do ciclo de vida ativa do movimento.</body>

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O que é ser romântico de acordo com a literatura?

Imagem de Karl May, o escritor que era o favorito de Hitler no megacurioso

O escritor alemão Karl May influenciou a visão de mundo do ditador nazista Adolf Hitler após escrever uma série de romances ambientados no oeste americano

<head></head><body>Ao longo de sua vida, Karl May se aventurou em diversos segmentos: viveu como estudioso, ladrão, prisioneiro e destacou-se por escrever best-sellers. Suas obras que alcançaram maior reconhecimento foi uma série de romances ambientados no oeste americano, onde o autor teria vivido várias histórias mirabolantes.Entretanto, tudo não passava de uma farsa. May nunca havia pisado nos Estados Unidos, nunca falou com caubóis e tampouco conversou com populações de nativos. Mesmo assim, os enredos eram tão envolventes que seu público jamais pensou em questionar a veracidade dos fatos. Entre os seus fãs, no entanto, um nome se destacava: o ditador nazista Adolf Hitler.<h2>A vida de Karl May</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/28/28143028496304.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Durante sua infância, Hitler teria passado tanto tempo consumindo os livros de Karl May que isso teria passado a afetar seu desempenho no colégio. E engana-se quem pensa que as histórias do escritor alemão ficaram presas apenas na infância do ditador. À medida que Hitler crescia para se tornar o líder do <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/59833-aliados-do-nazismo-ford-e-as-ideias-antissemitas-que-inspiraram-hitler.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">regime nazista</a>, ele ainda olhava para os personagens populares de May para moldar sua visão de mundo.May havia nascido dentro de uma família muito pobre em 1842 e decidiu desde cedo que queria ser professor. No entanto, acabou sendo expulso e perdeu a licença de professor por ter sido acusado de roubo em duas oportunidades. Para sobreviver, ele se tornou um vigarista, se passando por um investigador que verificava dinheiro falso de porta em porta, ou como um executivo que encomendava peles finas e as penhorava sob nomes falsos.&nbsp;Eventualmente, ele acabou encontrando seu lugar no mundo como escritor e passou a trabalhar como freelancer antes de desenvolver seus primeiros <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/116641-10-romances-entre-personagens-de-series-que-nao-durariam-na-vida-real.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">romances</a>. Seus personagens mais populares eram Winnetou, um chefe Apache, e Old Shatterhand, um caubói.&nbsp;<h2>Influenciando Hitler</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/28/28143118965307.jpg" alt="(Fonte: Internet/Reprodução)">(Fonte: Internet/Reprodução)Segundo estudiosos, a criação dos guetos poloneses por <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/120841-putsch-da-cervejaria-o-primeiro-golpe-fracassado-de-adolf-hitler.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Adolf Hitler</a> quando a Polônia foi invadida pela Alemanha muito está relacionado com a maneira como os povos nativos das histórias de May foram forçados a criar reservas. Também acreditava-se que o ditador admirava a maneira como os americanos brancos “mataram” as comunidades nativas, reduzindo as populações indígenas de milhões para algumas centenas de milhares.&nbsp;Outros relatos também dizem que Hitler teria demitido vários oficiais do exército nazista após um avião arregando planos de batalha caiu na Bélgica em 1939. Segundo ele, se todos tivessem lido mais os livros de May, nada disso teria acontecido. Hitler acreditava que Winnetou fornecia um exemplo de sutileza tática e prudência.&nbsp;Segundo Albert Speer, um aliado próximo de Hitler, o líder fascista continuou buscando conforto nos romances de May mesmo nas épocas mais difíceis do governo nazista. Como é de se imaginar, as histórias do Velho Oeste do escritor estavam enraizadas no racismo e no poder, tendo Winnetou e os outros nativos sido escritos como incompetentes e necessitados de salvação branca — uma visão que se tornou uma marca precisa da Alemanha Nazista.&nbsp;</body>

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