Saúde/bem-estar
29/04/2022 às 10:00•2 min de leitura
É bem provável que você já tenha ouvido ou visto a história de algum casal e pensando como aquilo era romântico. Talvez, a maioria das pessoas imagine que ser romântico é o mesmo que expressar amor e dedicação de forma profundamente afetuosa, intencional e inconfundível.
Mas será que na literatura, ser romântico tem esse mesmo sentido?
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O Romantismo na literatura foi um movimento iniciado no final do século XVIII, terminando por volta do século XIX. Foram os ingleses que começaram com tudo, criando histórias, poemas e romances centrados em ideias românticas. John Keats, Lord Byron, PB Shelley e William Wordsworth são alguns dos poetas e escritores mais famosos desse período.
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Um exemplo muito famoso dos aspectos românticos na literatura é o livro O Conde de Monte de Cristo, escrito em 1844 pelo autor francês Alexandre Dumas. Os temas centrais da história envolvem justiça, coragem, misericórdia, esperança e perdão.
No decorrer da Idade Média, o romance era sinônimo de literatura aristocrática. O motivo disso era que esses textos costumavam combinar histórias de amor cortês, aventura e dedicação para ensinar um pouco de “moral e bons costumes”.
Em outras palavras, era a literatura de cavalaria cuja finalidade era mostrar ao seleto grupo dos aristocratas regras de cavalheirismo, coragem, comportamento e de vida.
Além disso, a literatura romântica tinha uma função importante, mas um tanto curiosa: usar o entretenimento da literatura para manter a ordem na sociedade.
O Romantismo resultou em parte dos ideais de liberdade e igualdade da Revolução Francesa. Em comum, os movimentos românticos tinham a revolta contra as regras definidas pelo Classicismo. Além disso, também foi uma rebelião filosófica contra o racionalismo.
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Partindo disso, ser romântico conforme a literatura se baseava em:
Esse movimento evitou usar linguagem muito estilizada e referências clássicas. A preferência era por imagens emocionais transmitidas de forma elegante e com linguagem simples.
A escrita romântica valorizava coisas como “olhar para dentro” e criar seu próprio caminho, confiando apenas em seus instintos.
Por se voltarem para dentro valorizando acima de tudo a experiência individual, os escritores românticos acabaram criando um senso maior de espiritualidade, incluindo elementos sobrenaturais e ocultistas.
Para os românticos da literatura do século XVIII a natureza era uma fonte de beleza infinita e uma sábia professora.
Em obras consagradas como O Corvo, de Edgar Alan Poe, as mulheres são mostradas como objetos de interesse amoroso idealizado, belas e puras. No entanto, sem mais nada para oferecer.
O romântico da literatura de hoje continua incorporando boa parte das características do Romantismo clássico. Romances como a série Crepúsculo de Stephenie Meyers são claros descendentes desse movimento, mesmo tendo sido publicados mais de um século e meio após o fim do ciclo de vida ativa do movimento.