Imagem de 6 trocas de cartas entre pessoas famosas que você precisa conhecer no megacurioso

No passado, as trocas de cartas eram muito comuns, e as correspondências entre pessoas famosas nos revelam fatos muito interessantes

<head></head><body>Quando foi a última vez que você escreveu uma carta para alguém? Muitos de nós, com menos de 30 ou 40 anos, talvez nunca tenham enviado ou recebido uma carta. Afinal, é bem mais fácil mandar um e-mail ou uma mensagem nas redes sociais... Até mesmo ligar, por telefone, parece obsoleto nos dias de hoje.&nbsp;No passado, contudo, escrever uma carta e enviá-la pelo correio era um dos principais meios de comunicação entre as pessoas. E quando pensamos em grandes figuras históricas, muitas dessas correspondências ficaram guardadas, revelando fatos muito interessantes sobre elas.&nbsp;De cientistas que debatiam teorias, a rainhas e presidentes... Confira seis trocas de cartas pouco conhecidas, mas fascinantes.&nbsp;<h2>1. Voltaire e Catarina, a Grande</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://en.wikipedia.org/wiki/Voltaire#/media/File:Nicolas_de_Largilli%C3%A8re_-_Portrait_de_Voltaire_(1694-1778)_en_1718_-_P208_-_mus%C3%A9e_Carnavalet_-_5.jpg"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/19/19152534926267.jpg" alt="Fonte: Wikimedia Commons">Fonte: Wikimedia CommonsVoltaire foi um dos principais filósofos do iluminismo francês — corrente que levou à <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121757-6-fatos-importantes-para-entender-a-queda-da-bastilha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">queda da monarquia absolutista</a> em seu país. Contudo, ele vivia trocando cartas com Catarina, a Grande, que era a monarca absolutista da Rússia.&nbsp;Catarina ascendeu ao trono em 1762, após a morte de seu marido, Pedro III. Além de incentivar as artes, ela também se via como uma filósofa — por isso, ela buscava se corresponder com as maiores mentes de sua época. E Voltaire, apesar de ser contra o absolutismo, julgava Catarina muito melhor que a realeza francesa.&nbsp;Reza a lenda que o filósofo francês até mantinha um retrato de Catarina em seu quarto. Os dois trocaram 26 cartas, que permaneceram secretas por séculos — até que um colecionador russo as comprou em uma galeria de Paris, por mais de 580 mil euros.&nbsp;<h2>2. Abraham Lincoln e Karl Marx</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/19/19153805931285.png" alt="Fonte: Wikimedia Commons">Fonte: Wikimedia CommonsOutra dupla com pensamentos distintos que trocou cartas foi Abraham Lincoln, presidente dos Estados Unidos entre 1861 e 1865, e Karl Marx, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120195-comunismo-e-socialismo-existe-diferenca-entre-as-duas-coisas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um dos maiores pensadores do socialismo</a>.&nbsp;Os dois se conectaram por um amigo em comum: Charles Dana, que era editor do jornal New York Tribune. Dana contratou Marx como correspondente no Reino Unido, antes de se tornar conselheiro de Lincoln na <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125147-5-mulheres-que-serviram-como-espias-na-guerra-civil-dos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra Civil dos EUA</a>. Quando Lincoln foi reeleito, Marx escreveu a ele para parabenizá-lo. Também elogiou seus esforços para acabar com a escravidão.&nbsp;Lincoln respondeu através do embaixador dos EUA no Reino Unido e disse considerar Marx e seus seguidores como "amigos". Essa troca de cartas saiu em todos os jornais da época — e o "pai do socialismo" ficou feliz com o barulho que causou na burguesia.&nbsp;<h2>3. Winston Churchill e H.G. Wells</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/19/19164050050346.jpg" alt="Fonte: Wikimedia Commons">Fonte: Wikimedia CommonsEnquanto alguns chefes de estado trocam correspondências com filósofos, outros escrevem cartas para autores de ficção científica. Churchill era um grande fã da obra de H.G. Wells, um dos maiores expoentes do gênero — autor de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/109806-ha-80-anos-guerra-dos-mundos-aterrorizava-os-eua-e-marcava-a-era-do-radio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A&nbsp;Guerra dos Mundos</a> e A Máquina do Tempo, entre outros clássicos.&nbsp;Quando Wells publicou Antecipações, em 1901, seus editores enviaram uma cópia do livro para o político. Ele respondeu dizendo que consumia tudo que Wells escrevia. No ano seguinte, eles se conheceram pessoalmente e passaram a trocar cartas por décadas — até a morte de Wells, em 1946. Churchill até usou frases do escritor em alguns de seus discursos.<h2>4. Rainha Victoria e Mary Todd Lincoln</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/19/19165022394358.png" alt="Fonte: Wikimedia Commons">Fonte: Wikimedia Commons<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122347-como-o-cadaver-de-abraham-lincoln-mudou-a-industria-funeraria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Abraham Lincoln</a> foi assassinado não muito tempo depois de trocar cartas com Karl Marx, como contamos no item 2 dessa lista. E sua viúva, Mary Todd Lincoln, ficou inconsolável. Ela já tinha a saúde mental frágil e relatos da época contam que ela piorou muito com a morte do marido.&nbsp;Enquanto alguns criticavam Mary por suas crises emocionais, outra viúva se compadeceu com ela: a rainha Victoria, do Reino Unido. Ela também havia perdido seu marido, Albert, em 1861, e escreveu para Mary dizendo que ficou "com o coração partido" nessa ocasião. Por isso, ela não poderia ficar em silêncio enquanto a primeira-dama dos EUA vivia essa tragédia.&nbsp;<h2>5. Albert Einstein e Sigmund Freud</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/19/19165854552360.jpg" alt="Fonte: Wikimedia Commons">Fonte: Wikimedia CommonsO pai da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121554-5-teorias-malucas-para-entender-a-fisica-quantica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">física quântica&nbsp;</a>e o pai da psicanálise trocando cartas? Sim! Isso realmente aconteceu e não é tão surpreendente, já que eles eram duas das mentes mais brilhantes de seu tempo.&nbsp;A correspondência dos dois foi iniciativa do Instituto Internacional para Cooperação Intelectual, que estimulou os dois gênios a debaterem sobre guerra e paz, a partir de 1932. Einstein iniciou perguntando a Freud se a violência era parte da natureza humana. Depois, os dois discutiram a história da guerra, política e esperanças para a paz mundial.&nbsp;As cartas foram publicadas com o título Por Que Guerra?, mas não alcançaram a repercussão esperada. Até porque a publicação ocorreu em 1933, o mesmo ano em que o Partido Nazista chegou ao poder na Alemanha. Freud e Einstein foram criticados não apenas pelas cartas, mas também por serem judeus e pacifistas.<h2>6. Mahatma Gandhi</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/19/19172620938367.jpg" alt="Fonte: Wikimedia Commons">Fonte: Wikimedia CommonsO líder pacifista da Independência da Índia tem não apenas uma, mas duas histórias de troca de cartas interessantes. Para começar, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121814-mahatma-gandhi-o-brutal-assassinato-do-icone-indiano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Gandhi</a> tentou enviar cartas para Adolf Hitler, buscando convencê-lo de não colocar a Europa em Guerra novamente. Sua primeira tentativa, antes do conflito, foi proibido pelo governo colonial da Índia. Ele conseguiu se corresponder com Hitler em 1940, mas suas palavras não sensibilizaram o líder da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125439-2-mitos-famosos-sobre-o-nazismo-que-duram-ate-hoje.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alemanha Nazista</a>.&nbsp;Mais curioso ainda é saber que os ideais pacifistas de Gandhi inspiraram admiração de Henry Ford, o magnata norte-americano dos automóveis. Ford vendia muitos de seus carros na Índia, então buscou saber mais sobre o país. Ele ficou tão admirado com Gandhi que escreveu para o líder em 1941, dizendo que ele era "um dos melhores homens que o mundo já viu".</body>

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6 trocas de cartas entre pessoas famosas que você precisa conhecer

Imagem de Lucro e mentiras: a verdade por trás do Guinness World Records no megacurioso

Apesar de sua longa reputação medindo a quebra de recordes, o Guinness não é autoridade no que faz

<head></head><body>Para o cidadão médio comum, entrar para o Guinness Book of World Records, mais conhecido como o "Livro dos Recordes", é como ganhar um Oscar. O livro se tornou referência mundial ao cobrir todos os tipos de registros sobre o mundo e seus habitantes em termos de curiosidades. Já foi traduzido para mais de 40 idiomas, vendendo uma média de 3,5 milhões de cópias anualmente e mais de 150 milhões ao longo de quase 70 anos de história, o que faz dele um dos livros com direitos autorais mais vendidos de todos os tempos.E tudo começou como uma brincadeira, quando Hugh Beaver, dono da cervejaria Guinness Brewery, no coração da Irlanda de 1951, entrou em uma discussão sobre se a tarambola-dourada era ou não a ave de caça mais rápida da Europa. Ele chegou a procurar em livros uma resposta completa e clara, mas não encontrou e isso deu-lhe a ideia de criar um.<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/19/19160924164316.jpg" alt="Os gêmeos McWhirter. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Os gêmeos McWhirter. (Fonte: GettyImages/Reprodução)O atleta Chris Chatway, que trabalhava para Beaver na época, recomendou que ele procurasse os gêmeos Norris e Ross McWhirter, jornalistas esportivos autodidatas fascinados por quebra de recordes e curiosidades em geral. Eles aceitaram a ideia e, como resultado, em 27 de agosto de 1955, foi publicado o The Guinness Book of Records em uma edição com 198 páginas e cerca de 4 mil curiosidades e recordes que foram curados e checados pelos irmãos. O livro se tornou um best-seller na Inglaterra em apenas quatro meses.A ampla popularidade do livro, de certa forma, encorajou os leitores a estabelecerem novos recordes próprios em vários campos. Com o passar do tempo, o crescimento do Guinness "saiu" de controle e seu objetivo foi transformado.&nbsp;Essa é a verdade por trás da história do Guinnes World Records.&nbsp;<h2>Entrando para a história</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/19/19162051165331.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Segundo o próprio Guinness, algumas pessoas estabelecem como meta entrar para o livro porque essa é uma maneira de nos medirmos. Conhecer “o maior, o menor, o mais rápido, o mais e o menos” ajuda o ser humano a entender sua posição no mundo e como se encaixa na estrutura social das coisas."Todo mundo quer ser famoso. E, de certa forma, embora eu não ache que você realmente se torne famoso, pela percepção do recordista é uma maneira de ser imortalizado", disse Larry Olmsted, que já apareceu duas vezes no Guinness por jogar pôquer por 72 horas consecutivas, em entrevista à VOA Learning English.Em seu livro Entrando para o Guinness: a mais longa, mais rápida e mais louca jornada de um homem em um dos livros de recordes mais famosos do mundo, Olmsted revelou também que muitas pessoas ficam tão surpresas quanto ele ficou quando descobrem que pouquíssimos registros de recordes são publicados na edição anual do livro, gerando uma cadeia de decepção nos concorrentes.<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/19/19162421776334.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Para os interessados em quebrar um recorde, existe uma aba no site do Guinness chamada "Set a Record", em que fica claro que o recorde deve ser demonstrável, quantificável e quebrável. A edição ouve milhares de pessoas por ano que querem estabelecer um recorde e os funcionários levam mais de um mês para decidir se aceitarão uma tentativa de quebra de recorde, rejeitando cerca de 80% dos pedidos.Quando aceitam uma proposta, enviam instruções detalhadas sobre como confirmar que um registro foi definido. Em alguns casos, avaliadores do Guinness podem testemunhar o recorde, mas, na maioria das vezes, o concorrente precisa registrar uma dupla de testemunhas imparciais. A tentativa de quebra de recorde deve acontecer em local público, e fotografias e reportagens devem ajudar a provar ao Guinness que um novo recorde foi estabelecido.<h2>A verdade</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/19/19162701514337.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Se você está se perguntando como o Guinness sobrevive à era da internet, que transborda seus usuários com todos os tipos de informações, a resposta está na maneira como ele se transformou em um comércio. A popularização da internet fez diminuir as vendas do livro, portanto, a empresa teve que encontrar novas maneiras de ganhar dinheiro em 1997, logo que se fundiu com o conglomerado Grand Metropolitan, formando a Diageo, que passou a operar como um negócio autossustentável.Nada disso agradou a velha guarda do Guinness. Anna Nicholas, ex-chefe de relações públicas do livro nas décadas de 1980 e 1990, disse ao The Guardian que não concorda com o teor sensacionalista e apelativo que o livro adotou para tentar manter seu público.“Eles perderam a integridade intelectual que os criadores tinham”, disse Alasdair McWhirter, filho de Norris McWhirter, um dos gêmeos criadores do livro, em entrevista ao The Guardian.É por isso que muitos fãs alegam que o Guinness não teve remorso algum em perder seu público dedicado. A começar pelo fato que a organização passou a se autointitular "uma autoridade incomparável no mundo em conquistas de recordes", algo comprovadamente falso.&nbsp;<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/19/19162812424338.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Não só isso incomodou como também a maneira como a empresa passou a reconhecer conquistas cada vez mais sem sentido apenas para faturar às custas daqueles que desejavam “entrar para a história” ao figurar em uma das seções do livro. Afinal, é cobrado uma taxa daqueles que querem que seus recordes sejam reconhecidos, estabelecendo pacotes premium com direito a reconhecimento rápido – visto que a gratuidade leva tempo –, acompanhamento profissional e a presença de um jurado da empresa. Os preços começam a partir de US$ 800, cerca de R$ 4 mil.E para aumentar ainda mais a receita da empresa, em 2009 foi criada a GWR Consultoria, que oferece serviços de adjudicação aos seus clientes por taxas que começam em 11 mil euros, aproximadamente R$ 60 mil. É assim que o Guinness paga os seus mais de 400 funcionários espalhados de sua sede no centro de Londres a escritórios em Nova York, Dubai, Tóquio e Pequim.O que o Guinness tem feito é o mesmo papel que o Ripley’s Believe It or Not!, um portal de curiosidades que passou a se declarar uma enciclopédia como parte de uma estratégia de marketing. Ambos nunca foram uma autoridade em nada que publicaram, tampouco foram formal e legalmente reconhecidos assim, diferentemente do que acontece com a World Athletics, um órgão internacional que rege o atletismo e seus recordes.O que aconteceu para que o Guinness World Records adquirisse uma reputação sólida a ponto de parecer até um órgão governamental fact cheker do absurdo foi um bom posicionamento de marca, da mesma forma que lojas de fast fashion, como a Zara, passam aos seus consumidores a ideia de que estão consumindo algo requintado e caro, quando, na verdade, não estão.</body>

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Lucro e mentiras: a verdade por trás do Guinness World Records

Imagem de 6 livros famosos que foram publicados pelos próprios autores no megacurioso

E. L. James, Andy Weir e James Redfield são alguns dos escritores que apostaram na autopublicação

<head></head><body>Ter o livro publicado por uma editora é o sonho de muitos escritores. Porém, nem todos conseguem realizar este desejo e acabam optando pela autopublicação, modalidade na qual o&nbsp;próprio autor custeia o processo e faz a obra chegar ao leitor.O serviço, também conhecido como self publishing, ficou ainda mais difundido com o avanço da tecnologia, atendendo principalmente aos iniciantes. Mas se engana quem pensa que a modalidade é recente e escolhida apenas por <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124673-5-escritores-cujas-mortes-parecem-saidas-da-ficcao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escritores</a> desconhecidos.Listamos, a seguir, 6 livros famosos que foram autopublicados.<h2>1. O conto de Petter Rabbit</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/12/12205219931004.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)A autora britânica <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118596-6-figuras-historicas-que-mantiveram-um-diario-secreto-codificado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Beatrix Potter</a> encontrou resistência para publicar O conto de Peter Rabbit, entre o final do século XIX e o início do XX. Enquanto as editoras insistiam em lançá-lo como um livro grande e caro, ela desejava um formato pequeno e acessível para as crianças.Diante do impasse, a escritora decidiu usar sua poupança para imprimir 250 exemplares, em 1901, que se esgotaram rapidamente. O sucesso influenciou uma das editoras a mudar de ideia, resultando em 20 mil cópias vendidas no Natal seguinte.<h2>2. A selva</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/12/12205534780005.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)O jornalista e romancista Upton Sinclair teve problemas semelhantes com A selva, em que denunciava a exploração de imigrantes nos Estados Unidos. Entre as editoras procuradas, algumas rejeitaram a obra e outras queriam retirar os trechos mais impactantes.A solução encontrada por Sinclair foi a autopublicação, em 1905, por meio de doações de leitores, mas no ano seguinte uma editora publicou uma versão ligeiramente diferente do livro.<h2>3. A profecia celestina</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/12/12205948484006.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Antes de alcançar o sucesso, o livro de James Redfield foi vendido no boca a boca, após o autor gastar US$ 7 mil para imprimir 3 mil cópias. Junto com a esposa, ele passou meses viajando pelos EUA, em 1993, vendendo os exemplares em uma van.Pouco tempo depois, a obra que mescla suspense e <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121465-6-filosofias-da-grecia-antiga-que-voce-precisa-conhecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">misticismo</a> passou a ser impressa pela Warner Books, ficando três anos na lista dos livros mais vendidos do país.<h2>4. O marciano</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/12/12210337891007.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Para publicar sua obra de ficção científica, Andy Weir aproveitou os avanços da tecnologia. Editado pelo próprio autor, o livro foi disponibilizado gratuitamente na internet, em 2011, e depois saiu como e-book na Amazon, antes de ganhar uma versão impressa.A história é sobre um <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/267394-mito-verdade-pessoas-visitar-marte-ainda-seculo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">astronauta que viaja até Marte</a> e fica preso por lá após um imprevisto, passando a lutar pela sobrevivência. O enredo é o mesmo do filme Perdido em Marte, adaptado desta obra.<h2>5. Maggie: uma garota das ruas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/12/12210622246008.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Iniciando a carreira, o escritor Stephen Crane precisou usar suas economias para autopublicar o primeiro trabalho, em 1893. O livro aborda a violência, a prostituição e a pobreza na Nova York do final do século XIX.Além da impressão, o&nbsp;autor pagou pela divulgação da obra, feita por quatro homens contratados por ele para a leitura em um trem elevado da cidade, atraindo a atenção de editores famosos.<h2>6. Cinquenta tons de cinza</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/12/12211003514009.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)A lista dos autores autopublicados também inclui E. L. James, que apostou na modalidade para lançar <a href="https://www.megacurioso.com.br/sexo/82505-cinquenta-tons-de-cinza-impulsiona-publicacoes-eroticas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cinquenta tons de cinza</a>, em 2011. A obra saiu primeiro na internet, com o título Master of the Universe, ganhando um e-book e uma edição impressa sob demanda, com alterações.O livro não demorou a se tornar um bestseller e ser adaptado para o cinema.</body>

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6 livros famosos que foram publicados pelos próprios autores

Imagem de 6 fatos surpreendentes sobre Edgar Allan Poe, o mestre do terror gótico no megacurioso

Além do mistério e horror, a vida de Edgar Allan Poe guarda segredos fascinantes que o transformam em uma figura ainda mais intrigante na literatura

<head></head><body>Edgar Allan Poe, o mestre do terror gótico, é conhecido por suas pioneiras <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121569-5-historias-reais-que-inspiraram-edgar-allan-poe.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">obras</a> sombrias e misteriosas. Além dos contos arrepiantes, Poe deixou para trás um legado de curiosidades fascinantes que muitos não conhecem.Descubra, a seguir, seis fatos surpreendentes sobre a vida e a obra desse notável escritor!<h2>1. Pioneiro da ficção científica</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/04/04184934497023.jpg" alt="Ilustração da obra Hans Pfaall. (Fonte: Wikimedia Commons)">Ilustração da obra Hans Pfaall. (Fonte: Wikimedia Commons)Edgar Allan Poe não é apenas o mestre do terror, mas também um precursor da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122529-5-dos-livros-de-ficcao-cientifica-mais-premiados-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ficção científica</a>. Na obra Hans Pfaall: Uma Aventura sem Paralelo, Poe apresenta um panorama de eventos extraordinários, revelando um imaginário que vai muito além do macabro.A trama mergulha na busca por conhecimento e antecipa temas, como viagens espaciais e alienígenas, que se tornariam fundamentais na ficção científica.<h2>2. Habilidade criptográfica</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/04/04185633685025.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Além de suas habilidades literárias, Poe tinha um interesse pelo uso de códigos e criptografia. Seu conto O Escaravelho de Ouro influenciou criptógrafos renomados, incluindo William Friedman, líder da equipe que decifrou o código japonês durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115350-maquina-de-criptografia-de-1944-e-vendida-por-mais-de-r-2-milhoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>.Poe chegou a participar de concursos de criptografia em jornais da época, em que desafiava leitores a decifrarem mensagens codificadas.<h2>3. Guerra literária</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/04/04185816935026.jpg" alt="Henry Wadsworth Longfellow. (Fonte: Getty Images)">Henry Wadsworth Longfellow. (Fonte: Getty Images)Poe travou uma pequena "guerra literária" com o renomado poeta Henry Wadsworth Longfellow. Tudo começou quando Poe solicitou a contribuição de Longfellow para sua revista, mas foi recusado. Isso desencadeou uma série de críticas mordazes e acusações de plágio de Poe contra o poeta.A "guerra literária" entre Poe e Longfellow transcendeu as páginas e envolveu outros escritores e críticos da época, gerando um debate público sobre práticas literárias e rivalidades.<h2>4. A farsa do balão</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/04/04190012965027.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Em uma farsa ousada, Poe fabricou uma história sobre a travessia do Atlântico em um balão. Ele, engenhosamente, inventou uma narrativa sobre a travessia do Atlântico em um balão pelo aventureiro irlandês Monck Mason.Publicada pelo New York Sun, a história detalhava a jornada espetacular, alegando que Mason havia cruzado o Atlântico em um balão da Inglaterra para Charleston, na Carolina do Sul (EUA). A notícia, embora fictícia, foi recebida com entusiasmo pelos leitores, revelando o talento do escritor em manipular o público.<h2>5. Criador do detetive literário</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/04/04190104592028.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Poe é creditado como inventor da moderna narrativa de detetive, sendo seu personagem, o perspicaz amador C. Auguste Dupin, o modelo para gerações subsequentes. Dupin é um excêntrico cavalheiro ocioso que apresenta agudos poderes de análise e dedução, empregados na resolução de crimes, enquanto fuma cachimbo e conta com um colega de quarto anônimo como seu ajudante e narrador.Com exceção do anonimato desse amigo, a descrição de Dupin e seu companheiro poderia ser confundida com a de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124472-sherlock-holmes-5-curiosidades-sobre-o-iconico-personagem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sherlock Holmes</a> e o fiel Dr. Watson.<h2>6. Morte misteriosa</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/04/04190329414029.jpg" alt="Túmulo de Edgar Allan Poe. (Fonte: Wikimedia Commons)">Túmulo de Edgar Allan Poe. (Fonte: Wikimedia Commons)Em outubro de 1849, Edgar Allan Poe foi encontrado delirando e desorientado nas ruas de Baltimore, Maryland (EUA), e morreu poucos dias depois. Embora a causa oficial da morte seja descrita como congestão cerebral, uma teoria ganhou destaque ao sugerir que Poe foi vítima de "cooping".Esta era uma forma de fraude eleitoral em que as vítimas eram sequestradas, drogadas ou forçadas a beber, sendo depois compelidas a votar repetidamente em um candidato, muitas vezes sob diferentes disfarces. Essa teoria oferece uma explicação intrigante para seu estado delirante e as roupas incomuns que ele vestia quando foi encontrado.</body>

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6 fatos surpreendentes sobre Edgar Allan Poe, o mestre do terror gótico

Imagem de Vril-Ya Bazaar: a história da "primeira convenção de ficção científica" do mundo no megacurioso

O extraordinário evento marcaria a história das convenções de ficção científica, como a Comic-Con, para o resto dos tempos

Em 1891, o Royal Albert Hall de Londres foi palco de um evento extraordin&aacute;rio que marcaria a hist&oacute;ria das conven&ccedil;&otilde;es de fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica: o Vril-Ya Bazaar. Este acontecimento, inspirado no <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/128484-rosto-de-jack-o-estripador-pode-ter-sido-revelado-em-artefato-policial-de-130-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">romance vitoriano</a> Vril: The Power of The Coming Race de Edward Bulwer-Lytton, n&atilde;o foi apenas uma feira de caridade, mas tamb&eacute;m um precursor das modernas confer&ecirc;ncias de f&atilde;s, como a Comic-Con e a WonderCon.
O feito foi uma cria&ccedil;&atilde;o do Dr. Herbert Tibbits, fundador do West End Hospital e da School of Massage and Electricity em Londres. Tibbits, conhecido por suas extravagantes arrecada&ccedil;&otilde;es de fundos, viu na obra de Bulwer-Lytton a inspira&ccedil;&atilde;o perfeita para seu pr&oacute;ximo evento. O livro, publicado em 1871, descreve uma ra&ccedil;a subterr&acirc;nea super-humana com habilidades avan&ccedil;adas de cura, intelecto, telepatia e at&eacute; voo, e rapidamente se tornou um fen&ocirc;meno cultural na Inglaterra vitoriana.
<h2>Um espet&aacute;culo de fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica e hist&oacute;ria</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/04/04131134464171.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
O bazar, realizado entre 05 e 10 de mar&ccedil;o de 1891, transformou o interior do Royal Albert Hall em um mundo ex&oacute;tico, repleto de imagens inspiradas no romance. As paredes foram adornadas com padr&otilde;es eg&iacute;pcios antigos, manequins alados pendendo do teto, al&eacute;m dos participantes, que se vestiram com trajes que remetiam aos personagens do livro.
Al&eacute;m da decora&ccedil;&atilde;o elaborada, o evento ofereceu uma variedade de atividades e entretenimento. Havia estandes de mercadorias, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121712-robert-houdin-o-pai-do-ilusionismo-conseguiu-evitar-uma-guerra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">shows de m&aacute;gica</a>, leituras dram&aacute;ticas, recitais de &oacute;rg&atilde;o e at&eacute; um "c&atilde;o dem&ocirc;nio" que supostamente lia mentes. Um destaque curioso foi o Bovril, uma bebida saborosa feita de extrato de carne que foi uma homenagem ao poder do Vril, mencionado no livro.
<h2>Sucesso cultural, fracasso financeiro</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/04/04131254034172.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Apesar do fasc&iacute;nio e da cobertura intensa da imprensa, o Vril-Ya Bazaar n&atilde;o foi um sucesso financeiro. As cr&iacute;ticas ao evento foram mistas, com alguns achando a decora&ccedil;&atilde;o e os trajes pouco atraentes e at&eacute; vulgares. Originalmente programado para durar tr&ecirc;s dias, ele foi estendido por mais dois na tentativa de recuperar algumas das perdas financeiras. Infelizmente, o evento resultou em um preju&iacute;zo de 1.600 libras para Tibbits &mdash; uma quantia extremamente significativa para a &eacute;poca &mdash; que o levou &agrave; fal&ecirc;ncia.
Embora a conven&ccedil;&atilde;o n&atilde;o tenha sido um sucesso estrondoso, sua realiza&ccedil;&atilde;o foi um marco significativo na hist&oacute;ria da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127265-shinigami-os-deuses-da-morte-na-cultura-japonesa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cultura pop</a>. Foi um dos primeiros eventos a reunir entusiastas deste g&ecirc;nero, estabelecendo um modelo para os futuros encontros de f&atilde;s.&nbsp;
O Vril-Ya Bazaar pode n&atilde;o ter sido uma grande vit&oacute;ria imediata, mas seu legado como precursor das conven&ccedil;&otilde;es de fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica modernas &eacute; ineg&aacute;vel. Foi uma celebra&ccedil;&atilde;o pioneira da imagina&ccedil;&atilde;o e da criatividade, um evento que antecipou o fen&ocirc;meno global das feiras de f&atilde;s e a ascens&atilde;o da cultura geek como conhecemos e aproveitamos atualmente.

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Vril-Ya Bazaar: a história da 'primeira convenção de ficção científica' do mundo

Imagem de Como treinar e melhorar sua leitura em apenas 5 minutos? no megacurioso

Especialistas indicam que curtos exercícios podem impulsionar as habilidades de leitura de maneira impressionante

<head></head><body>De acordo com um novo estudo realizado nos Estados Unidos, crianças que passam cinco minutos praticando "mindfulness" — um exercício de concentração plena — antes de abrir um livro têm maiores chances de melhorar suas habilidades de leitura. A pesquisa foi considerada a primeira do gênero a analisar as ligações diretas entre práticas de atenção plena e as capacidades acadêmicas em jovens adultos.Pesquisadores da Universidade Cornell e da Universidade de Syracuse estudaram o desempenho de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124952-dia-mundial-do-livro-6-dicas-para-despertar-o-interesse-pela-leitura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">leitura</a> de 56 alunos com idades entre 12 e 13 anos, fazendo com que alguns grupos se envolvessem em atividades de mindfulness antes de ler. Essas atividades incluíam ser mais autoconsciente dos padrões respiratórios e cultivar pensamentos positivos.<h2>Resultados impressionantes</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/29/29142122985111.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)No final do ano letivo, os alunos que experimentaram as técnicas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111017-pesquisa-comprova-que-mindfulness-ajuda-na-saude-e-bem-estar-de-estudantes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mindfulness</a> e participaram do estudo estavam lendo corretamente, em média, mais 4,41 palavras durante um exercício de leitura cronometrada do que os colegas que não alteraram suas práticas de estudo. Pesquisas anteriores mostraram ligações entre intervenções baseadas na atenção plena e um melhor desempenho acadêmico, mas grande parte da investigação analisava as notas, e não as competências necessárias para obtê-las.“Esta é uma medida que explora as habilidades reais que os alunos estão usando para entender o texto que estão lendo, em vez de simplesmente uma nota que obteriam no semestre”, diz o autor principal Josh Felver, psicólogo da Universidade Cornell. Como aponta o estudo, a compreensão da leitura é vital para muitas outras disciplinas acadêmicas. Caso os jovens possam melhorar a maneira como entendem palavras e frases, é esperado que eles comessem a se sair melhor em todos os aspectos.Na Escola Estadual de Nova York, onde a experiência foi realizada, 70% dos alunos são negros e 88% dos alunos vivem abaixo do nível da pobreza. Na visão dos pesquisadores, a abordagem da atenção plena poderia oferecer uma maneira fácil e acessível de ajudar <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123031-quem-tem-direito-de-interpretar-personagens-de-minorias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pessoas de origens historicamente marginalizadas</a>, dizem os cientistas.<h2>Perspectiva para o futuro</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/29/29142145695112.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Em comunicado oficial, Felver exaltou a importância dos estudos recentemente realizados. “Dadas as grandes e persistentes disparidades nas medidas padronizadas de leitura entre estudantes negros, é emocionante termos encontrado evidências de que uma prática de mindfulness eficiente em termos de tempo tem uma influência positiva nos resultados educacionais”, afirmou o pesquisador.Os investigadores pretendem que estudos futuros analisem a eficácia do mindfulness quando testado diretamente em comparação com outras formas de aumentar as competências de leitura, e como diferentes estratégias de atenção plena podem alterar os resultados. A equipe de estudos também visa examinar mais de perto por que a atenção plena ajuda na leitura e quais efeitos positivos ela tem no cérebro.Segundo Felver, esse tipo de pesquisa é extremamente necessário pela necessidade cada vez mais gritante de se criar intervenções viáveis e eficazes para ajudar os jovens de origens historicamente minorizadas a reforçar as suas competências de leitura para poderem ter sucesso escolar.</body>

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Como treinar e melhorar sua leitura em apenas 5 minutos?

Imagem de 4 contos de fadas de arrepiar os cabelos no megacurioso

Nem todos os contos de fadas foram escritos para acalentar as crianças.

<head></head><body>Contos de fadas são histórias fofinhas que foram escritas um dia para encantar as crianças, correto? Se você respondeu que sim, pense novamente. O fato é que, ao longo da história, as diferentes culturas foram capazes de criar histórias bastante horripilantes para passar algumas lições aos pequenos de um modo meio... apavorante. Neste texto, compartilhamos 4 delas.<h2>1. Kukilingiattiaq</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;History Collection&nbsp;" data-fonte-url="https://cdn.historycollection.com/wp-content/uploads/2023/12/inuit-children-inuit-children-in-1924.-canadian-museum-of-history-cc-4.0.jpg"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/12/12202141055012.jpg" alt="(Fonte: History Collection)">(Fonte: History Collection)Entre as crianças <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/126735-qual-a-relacao-entre-a-longa-vida-dos-esquimos-e-o-omega-3.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inuit</a>, há uma história que mais parece um pesadelo, e que serve justamente para assustá-las. Ela fala sobre o Kukilingiattiaq, uma criatura escondida que fica nas sombras, esperando até avistar um ladrão Quando isso acontece, o Kukilingiattiaq estende a sua mão com três garras e agarra do nada o incauto ladrão.&nbsp;Ele então permanece o segurando até que alguém apareça para ver o que aconteceu. A ideia é justamente gerar bastante medo nos pequenos, para que eles pensem duas vezes antes de pegar algo que não lhes pertence.<h2>2. Mulan</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/12/12202438301015.jpeg" alt="(Fonte: Wikipedia)">(Fonte: Wikipedia)É provável que você conheça <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/112421-conheca-a-real-historia-de-mulan-uma-das-maiores-lendas-da-china.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mulan</a> por conta do filme da Disney. Mas, na verdade, a história original, surgida no norte da China, é um pouco mais trágica. Ela fala de uma moça que treina luta em casa e acaba substituindo o seu pai no serviço militar, disfarçada de homem. Na real, a Mulan real teria realmente existido e vivido na China, entre 420 e 589 depois de Cristo.Hua Mulan consegue se dar bem e luta lado a lado com os soldados por dez anos. O final da história foi mudando ao longo do tempo. Em uma das versões, ela aparece casada e com filhos. Mas, em outras, seu pai morre e sua mãe se casa novamente enquanto Mulan está fora.Ela então é convocada para se tornar concubina do Imperador. Só que ela prefere morrer a isso, e acaba se matando na frente do mensageiro que trouxe a ordem.<h2>3. A Margarida</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Domínio público&nbsp;" data-fonte-url="https://cdn.historycollection.com/wp-content/uploads/2023/12/eliz-turners-the-daisy-illustration-of-poisonous-fruit-from-the-1807-version-of-the-daisy.-project-gutenberg-public-domain.jpg"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/12/12203019877018.jpg" alt="(Fonte: Domínio público)">(Fonte: Domínio público)No livro A Margarida, apresentam-se vários versos de cunho moral para orientar crianças de quatro a oito anos. Nela, Tommy e sua irmã Jane encontram frutas silvestres enquanto vagam por uma rua. Eles comem algumas, mas outras eles jogam fora.Quando chegam em casa, elas se sentem mal e vão dormir, e acabam morrendo por envenenamento causado pelas frutas. É, no mínimo, bem sinistro.<h2>4. Cinderela</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Domínio público&nbsp;" data-fonte-url="https://cdn.historycollection.com/wp-content/uploads/2023/12/cinderella-bloody-feet-postcard-featuring-the-climactic-scene-from-the-original-cinderella.-mcad-zipes-collection-cc-2.0-1.jpg"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/12/12203805999020.jpg" alt="(Fonte: Domínio público)">(Fonte: Domínio público)Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ilustracao-e-pintura/74086-algumas-das-melhores-ilustracoes-ja-feitas-para-os-contos-dos-irmaos-grimm.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">irmãos Grimm</a> são considerados os dois nomes mais importantes a condensar alguns dos mais conhecidos contos de fadas. Contudo, nem sempre a versão que chegou até nós é a que foi registrada originalmente por eles.Um caso é a da clássica história da Cinderela, que fala de uma moça que foi forçada a servir sua madrasta e suas duas irmãs adotivas. Ela então fica sabendo da ocorrência de um festival que será oferecido ao Príncipe, e pede para que seus amigos pássaros tragam a ela vestidos e sapatos que ela possa usar no evento. &nbsp;Os pássaros fornecem tudo a ela, e <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123742-6-mulheres-reais-por-tras-das-princesas-da-disney.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cinderela</a> vai até o festival, onde conhece o Príncipe. Só que, antes que ele possa acompanhá-la até em casa, ela desaparece.&nbsp;A partir daqui, a história original é um pouco diferente do jeito pelo qual lembramos dela. O Príncipe joga piche na escada na esperança de prender a garota dos seus sonhos. Seu sapato dourado (que não é de vidro!) acaba ficando preso, mas Cinderela o deixa para trás e vai embora.O Príncipe então parte para uma busca para encontrar a sua amada. Só que as meias-irmãs de Cinderela descobrem que seus pés são grandes demais para o sapato da moça. Uma delas então corta os próprios dedos e outra corta o calcanhar, no intuito de fazer o sapato caber em seus pés.Não dá certo, e o Príncipe acaba encontrando Cinderela. Por fim, os pássaros bicam os olhos das irmãs más.</body>

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4 contos de fadas de arrepiar os cabelos

Imagem de As "Cartas do Papai Noel" que J.R.R. Tolkien escreveu durante 23 anos para os filhos no megacurioso

Para responder perguntas sobre o Papai Noel feitas pelo filho de três anos, J.R.R. Tolkien escreveu uma epopeia por meio de cartas enviadas por 23 anos

<head></head><body>Embora os personagens de suas histórias épicas tenham sido representados por atores do mundo inteiro, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121464-dia-de-ler-tolkien-por-que-a-obra-do-autor-e-tao-importante.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o escritor britânico J.R.R. Tolkien protagonizou,</a> ele próprio, um personagem por 23 anos: o de Father Christmas, nome que os britânicos dão ao Papai Noel.&nbsp;Ele é o protagonista do livro Cartas do Papai Noel, que o escritor produziu, de 1920 a 1943, para os seus quatro filhos, John, Michael, Christopher e Priscilla.Tudo começou quando o filho mais velho, John, então com três anos, perguntou ao escritor quem era o Papai Noel e onde ele morava. Esse tipo de pergunta, que qualquer pai “tira de letra”, é o tipo de assunto que cai como uma magia para uma pessoa acostumada a escrever epopeias.Imediatamente, o criativo John Ronald Reuel Tolkien tomou aquele desafio como se estivesse pronto para levar o anel até a Montanha da Perdição. Nos 23 anos seguintes, ele escreveu cartas como se fossem respondidas diretamente do Polo Norte, pelo bom velhinho. Elas ficaram em poder dos filhos até serem editadas em livro em 1976, três anos após a morte do escritor.<h2>Como são as Cartas do Papai Noel?</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;William Morrow&nbsp;" data-fonte-url="https://images2.minutemediacdn.com/image/upload/c_crop,w_1080,h_607,x_0,y_177/c_fill,w_1440,ar_16:9,f_auto,q_auto,g_auto/images%2FvoltaxMediaLibrary%2Fmmsport%2Fmentalfloss%2F01hh2vc2s3601r6zjavq.jpg"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/15/15155540510320.jpg" alt="(Fonte: William Morrow and Company/Reprodução)">(Fonte: William Morrow and Company/Reprodução)<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128266-como-se-diz-feliz-natal-em-outros-idiomas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">No dia 24 de dezembro do mesmo ano</a> em que John lhe fez aquelas perguntas mágicas, o especialista em literatura nórdica escreveu uma carta, em tinta vermelha, supostamente remetida pelo Papai Noel em pessoa. A correspondência incluía o autorretrato de um homem de barba branca e casaco vermelho,&nbsp;e a letra era tremida, como se o autor fosse muito velho.A resposta era clara: “Querido John, ouvi você perguntar hoje como eu era e onde morava. Eu desenhei a mim e a minha casa para você. Cuide da foto. Estou de partida agora para Oxford com meu pacote de brinquedos — alguns para você. Espero chegar a tempo: a neve está muito espessa no Polo Norte esta noite.”Quem já leu a obra de Tolkien sabe que a economia verbal não está entre as características do autor. A partir dessa primeira cartinha, ele se tornou personagem principal de uma história fantástica que envolvia um idoso sábio, poderoso, amigo e guia (um prenúncio de Gandalf?) em um universo de ursos polares, elfos e duendes.<h2>A despedida do Papai Noel</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/16/16093634849000.jpg" alt="(Fonte: Haywood Magee/Getty Images)">(Fonte: Haywood Magee/Getty Images)Na trama de Cartas do Papai Noel, os duendes vivem em cavernas subterrâneas e, meio endiabrados, atormentam o bom velhinho, tentando sempre roubar os presentes, o que acabava sendo um bom álibi para justificar aqueles presentes pedidos, mas não recebidos.&nbsp;Perfeccionista, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127465-partes-do-mapa-da-terra-media-de-tolkien-podem-ter-sido-baseadas-na-asia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o escritor criou um alfabeto próprio para os duendes,</a> nomes em finlandês para os ursos e até carimbos do correio do Polo Norte. Nas cartas finais, quando a caçula Priscilla tinha 14 anos, Papai Noel se despediu:“Depois disso terei que dizer ‘adeus’, mais ou menos: quer dizer, não vou te esquecer. Sempre mantemos os números antigos de nossos velhos amigos e suas cartas, e mais tarde esperamos voltar quando eles crescerem e tiverem suas próprias casas e filhos”.</body>

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As 'Cartas do Papai Noel' que J.R.R. Tolkien escreveu durante 23 anos para os filhos

Imagem de Santo Graal: busca pelo objeto começou antes do rei Artur no megacurioso

Embora o rei Artur seja a figura mais famosa a procurar a taça usada por Jesus na Última Ceia, outras pessoas vieram antes dele

<head></head><body>O Santo Graal é um item que ocupa um lugar central na imaginação ocidental há milhares de anos, seja como figura sagrada, tesouro perdido ou objeto de perfeição intangível. Contudo, toda a história começa como uma simples taça usada na Última Ceia por <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122739-as-representacoes-mais-antigas-de-jesus-cristo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jesus Cristo</a>. A primeira referência encontrada sobre ele pode ser encontrada na Primeira Carta de Paulo aos Coríntios.Os Evangelhos de Marcos, Mateus e Lucas também descrevem Jesus, que logo depois seria crucificado, convidando seus discípulos a beber vinho de uma taça como um ritual comunitário. A figura mais emblemática na história humana a realizar uma busca incessante pela taça posteriormente seria o rei Artur, um lendário líder britânico, mas outros nomes também tentaram atingir o mesmo objetivo antes dele.<h2>Transformação em relíquia</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/13/13021019874008.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O destino do cálice original da Última Ceia é desconhecido até hoje, mas relíquias associadas a Jesus começaram a surgir logo depois que o imperador romano Constantino I se converteu ao cristianismo. Sua mãe, Helena, também era cristã e acreditava ter sido fundamental na conversão do filho. Inclusive, ela fez uma peregrinação à Terra Santa em busca de relíquias e locais sagrados dos primeiros cristãos.Helena contou com a ajuda do bisco e historiador Eusébio de Cesareia nessa busca. Como resultado das suas investigações, lugares específicos começaram a ser associados a eventos que cercaram a vida e a morte de Jesus, conforme descritos na Bíblia. Ela é creditada por encontrar várias relíquias, principalmente a verdadeira cruz na qual Jesus teria sido crucificado.A partir daí, as relíquias teriam um papel fundamental no culto cristão, como a Coroa de Espinhos, a Lança Sagrada que perfurou o lado de Jesus e a Esponja Sagrada usada para umedecer os lábios do filho de Deus durante seu sofrimento. De todos os objetos, o cálice usado na Última Ceia sempre foi o mais complexo de ser encontrado.<h2>Busca pelo Santo Graal</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/13/13021055069009.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Ao longo da história, centenas de taças em igrejas, catedrais e mosteiros em toda a Europa foram candidatas em diferentes momentos da história a serem o Santo Graal. Contudo, nenhuma parecia se encaixar perfeitamente com os acontecimentos. Foram séculos de busca sem resultados até surgir um lendário líder do século VI incansável na procura pela taça: Artur, rei dos bretões. O <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122817-afinal-o-rei-arthur-existiu-de-verdade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rei Artur</a> e as pessoas ao seu redor ficaram conhecidas por sua busca incessante atrás do item.Outro objeto célebre da era arturiana foi a Távola Redonda. A cena do rei e seus cavaleiros reunir em torno de uma mesa lembra simbolicamente a Última Ceia. Numa era profundamente cristã, essas imagens poderosas infundiram nos textos arturianos e nas lendas do Graal um sentido de propósito sagrado, bem como de redenção e cura.Contudo, como mostra a tradição arturiana, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/mito-ou-verdade/37045-afinal-de-contas-o-que-e-o-santo-graal-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Santo Graal</a> não precisa existir fisicamente para despertar a imaginação da fé cristã. As histórias sobre o poder da taça — e até onde as pessoas iriam para adquiri-la — são muitas vezes tão ornamentadas quanto o próprio objeto. O cálice em si nunca foi criado para ser um item poderoso, surgindo como um item simples usado por Cristo para dar seu sangue para seus discípulos beberem. Logo, a preciosidade verdadeira sempre esteve na mensagem passada por esse cenário.</body>

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Santo Graal: busca pelo objeto começou antes do rei Artur

Imagem de A 'Bíblia Perversa' foi banida e causou horror na Europa no megacurioso

Um erro de digitação causou o fim de carreiras, mortes e escandalizou a Europa, mas tudo não passou de um esquema

<head></head><body>No auge do século XVII, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127689-quem-escolheu-quais-livros-entrariam-na-biblia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bíblia</a> era a base da lei e da sociedade ocidentais, sobretudo na Europa. Além de ser a principal fonte dos ensinamentos religiosos — no que diz respeito ao Cristianismo —, também era a base moral e ética ao fornecer um conjunto de princípios que refletiam os ensinamentos bíblicos, tudo frequentemente relacionado à interpretação das escrituras. Os líderes políticos usavam a Bíblia para justificar a maioria de suas ações e decisões, tanto quanto punir e condenar, invocando os preceitos bíblicos como forma de fundamentar a autoridade governamental e as leis.Por isso houve um esforço imenso das autoridades durante o século XVII para traduzir a Bíblia para diferentes idiomas, tornando-a acessível a um público cada vez mais amplo, para que a palavra de Deus e seus princípios pudessem ser absorvidos pelas pessoas, moldando ainda mais a sociedade.Um exemplo disso foi a Bíblia King James Version (KJV), mais conhecida como Bíblia dos Pecadores, produzida em um período de grande importância histórica, durante o reinado do rei James I da Inglaterra, de 1603 a 1625. A tradução da Bíblia chegou em um momento propício, quando a Inglaterra passava por uma série de tensões religiosas e sua tradução visava unificar as diferentes facções religiosas da época.Assim, em 1631, o rei Carlos I da Inglaterra ordenou que cópias da Bíblia fossem banidas da Europa devido a um erro de digitação.<h2>O erro de Barker e Lucas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/05/05152408724225.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)A KJV marcou seu tempo por carregar um estilo literário distinto e influente, por isso sua tradução foi meticulosa, feita para preservar toda a beleza, relevância e a majestade da linguagem bíblica, contribuindo significativamente para o desenvolvimento da língua inglesa.A contagem oficial é de que a KJV contém 783.137 palavras, com 3.116.480 caracteres, então imagina dar conta de tudo isso em uma época em que a impressão, tradução e versão eram feitas de modo manual? Para os impressores do século XVII, publicar esse tipo de obra era um trabalho extremamente estressante e tedioso, portanto, fadado a erros – muitos erros.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/05/05152548497227.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Mas isso não podia acontecer com a obra "mais importante da humanidade, da sociedade e do governo" daquela época. Qualquer tipo de erro significava que todos esses pilares poderiam entrar em conflito ou, pior, em colapso. Os impressores reais da Grã-Bretanha de 1631, Robert Barker e Martin Lucas, descobriram isso da pior maneira possível, após obter a permissão do rei Carlos I para imprimir uma edição da Bíblia do Rei James.A produção rendeu aproximadamente mil volumes do livro sagrado, no entanto, após uma inspeção minuciosa do produto final, eles descobriram um erro escandaloso. No livro do Êxodo 20:14, onde há a lista dos Dez Mandamentos, o “não” ficou de fora em “não cometerás adultério”.<h2>A trama</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/05/05152734426229.jpg" alt="Rei Carlos I. (Fonte: Biography/Reprodução)">Rei Carlos I. (Fonte: Biography/Reprodução)A gravidade do problema repercutiu rapidamente, com o rei Carlos I sendo o primeiro a expressar sua extrema indignação com o erro, assim como o arcebispo da Cantuária, Jorge Abade. Os impressores Barker e Lucas foram convocados diante do monarca e receberam cada um uma chicotada, foram multados em 300 libras (o equivalente a um mês de salário na época) e tiveram sua licença como impressores cassada.As consequências do erro foram tão graves que Barker chegou a ser enviado à prisão dos devedores após se enroscar em dívidas por não poder exercer mais sua profissão, onde acabou morrendo em meados de 1643.O monarca exigiu que cada cópia da "Bíblia Perversa" fosse caçada e destruída. Seus homens cumpriram a missão com excelência, tanto que apenas 16 cópias restaram. Sete estão na Grã-Bretanha, sete na América do Norte, uma na Nova Zelândia e outras são de propriedade privada. Inclusive, uma das cópias foi vendida em 2015 na casa de leilões Bonhams, em Londres, por mais de 31 mil euros.Ao longo dos anos, análises feita por estudiosos encontraram um segundo erro de digitação de Barker e Lucas. Em&nbsp;Deuteronômio 5:23, “a grandeza de Deus” é substituída por “a grande farsa de Deus”.Devido à natureza muito aparente desse segundo erro, muitos acreditam que houve sabotagem e, provavelmente, da parte de Bonham Norton. Ele era um ex-parceiro de Barker que havia se endividado; portanto, para ganhar o contrato real milionário, teria inserido deliberadamente os erros para incriminar o colega.</body>

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