6 trocas de cartas entre pessoas famosas que você precisa conhecer

26/01/2024 às 04:303 min de leitura

Quando foi a última vez que você escreveu uma carta para alguém? Muitos de nós, com menos de 30 ou 40 anos, talvez nunca tenham enviado ou recebido uma carta. Afinal, é bem mais fácil mandar um e-mail ou uma mensagem nas redes sociais... Até mesmo ligar, por telefone, parece obsoleto nos dias de hoje. 

No passado, contudo, escrever uma carta e enviá-la pelo correio era um dos principais meios de comunicação entre as pessoas. E quando pensamos em grandes figuras históricas, muitas dessas correspondências ficaram guardadas, revelando fatos muito interessantes sobre elas. 

De cientistas que debatiam teorias, a rainhas e presidentes... Confira seis trocas de cartas pouco conhecidas, mas fascinantes. 

1. Voltaire e Catarina, a Grande

Fonte: Wikimedia CommonsFonte: Wikimedia Commons

Voltaire foi um dos principais filósofos do iluminismo francês — corrente que levou à queda da monarquia absolutista em seu país. Contudo, ele vivia trocando cartas com Catarina, a Grande, que era a monarca absolutista da Rússia. 

Catarina ascendeu ao trono em 1762, após a morte de seu marido, Pedro III. Além de incentivar as artes, ela também se via como uma filósofa — por isso, ela buscava se corresponder com as maiores mentes de sua época. E Voltaire, apesar de ser contra o absolutismo, julgava Catarina muito melhor que a realeza francesa. 

Reza a lenda que o filósofo francês até mantinha um retrato de Catarina em seu quarto. Os dois trocaram 26 cartas, que permaneceram secretas por séculos — até que um colecionador russo as comprou em uma galeria de Paris, por mais de 580 mil euros. 

2. Abraham Lincoln e Karl Marx

Fonte: Wikimedia CommonsFonte: Wikimedia Commons

Outra dupla com pensamentos distintos que trocou cartas foi Abraham Lincoln, presidente dos Estados Unidos entre 1861 e 1865, e Karl Marx, um dos maiores pensadores do socialismo

Os dois se conectaram por um amigo em comum: Charles Dana, que era editor do jornal New York Tribune. Dana contratou Marx como correspondente no Reino Unido, antes de se tornar conselheiro de Lincoln na Guerra Civil dos EUA. Quando Lincoln foi reeleito, Marx escreveu a ele para parabenizá-lo. Também elogiou seus esforços para acabar com a escravidão. 

Lincoln respondeu através do embaixador dos EUA no Reino Unido e disse considerar Marx e seus seguidores como "amigos". Essa troca de cartas saiu em todos os jornais da época — e o "pai do socialismo" ficou feliz com o barulho que causou na burguesia. 

3. Winston Churchill e H.G. Wells

Fonte: Wikimedia CommonsFonte: Wikimedia Commons

Enquanto alguns chefes de estado trocam correspondências com filósofos, outros escrevem cartas para autores de ficção científica. Churchill era um grande fã da obra de H.G. Wells, um dos maiores expoentes do gênero — autor de A Guerra dos Mundos e A Máquina do Tempo, entre outros clássicos. 

Quando Wells publicou Antecipações, em 1901, seus editores enviaram uma cópia do livro para o político. Ele respondeu dizendo que consumia tudo que Wells escrevia. No ano seguinte, eles se conheceram pessoalmente e passaram a trocar cartas por décadas — até a morte de Wells, em 1946. Churchill até usou frases do escritor em alguns de seus discursos.

4. Rainha Victoria e Mary Todd Lincoln

Fonte: Wikimedia CommonsFonte: Wikimedia Commons

Abraham Lincoln foi assassinado não muito tempo depois de trocar cartas com Karl Marx, como contamos no item 2 dessa lista. E sua viúva, Mary Todd Lincoln, ficou inconsolável. Ela já tinha a saúde mental frágil e relatos da época contam que ela piorou muito com a morte do marido. 

Enquanto alguns criticavam Mary por suas crises emocionais, outra viúva se compadeceu com ela: a rainha Victoria, do Reino Unido. Ela também havia perdido seu marido, Albert, em 1861, e escreveu para Mary dizendo que ficou "com o coração partido" nessa ocasião. Por isso, ela não poderia ficar em silêncio enquanto a primeira-dama dos EUA vivia essa tragédia. 

5. Albert Einstein e Sigmund Freud

Fonte: Wikimedia CommonsFonte: Wikimedia Commons

O pai da física quântica e o pai da psicanálise trocando cartas? Sim! Isso realmente aconteceu e não é tão surpreendente, já que eles eram duas das mentes mais brilhantes de seu tempo. 

A correspondência dos dois foi iniciativa do Instituto Internacional para Cooperação Intelectual, que estimulou os dois gênios a debaterem sobre guerra e paz, a partir de 1932. Einstein iniciou perguntando a Freud se a violência era parte da natureza humana. Depois, os dois discutiram a história da guerra, política e esperanças para a paz mundial. 

As cartas foram publicadas com o título Por Que Guerra?, mas não alcançaram a repercussão esperada. Até porque a publicação ocorreu em 1933, o mesmo ano em que o Partido Nazista chegou ao poder na Alemanha. Freud e Einstein foram criticados não apenas pelas cartas, mas também por serem judeus e pacifistas.

6. Mahatma Gandhi

Fonte: Wikimedia CommonsFonte: Wikimedia Commons

O líder pacifista da Independência da Índia tem não apenas uma, mas duas histórias de troca de cartas interessantes. Para começar, Gandhi tentou enviar cartas para Adolf Hitler, buscando convencê-lo de não colocar a Europa em Guerra novamente. Sua primeira tentativa, antes do conflito, foi proibido pelo governo colonial da Índia. Ele conseguiu se corresponder com Hitler em 1940, mas suas palavras não sensibilizaram o líder da Alemanha Nazista

Mais curioso ainda é saber que os ideais pacifistas de Gandhi inspiraram admiração de Henry Ford, o magnata norte-americano dos automóveis. Ford vendia muitos de seus carros na Índia, então buscou saber mais sobre o país. Ele ficou tão admirado com Gandhi que escreveu para o líder em 1941, dizendo que ele era "um dos melhores homens que o mundo já viu".

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