Ciência
20/10/2021 às 10:00•2 min de leitura
Hoje, é comum você escutar alguém se referindo ao comunismo e ao socialismo como se fossem parte da mesma moeda ou até tendo o mesmo significado. Mas será que isso é verdade? Embora a confusão seja bastante comum e frequente entre as pessoas, vale ressaltar que ambas as ideias têm diferenças entre si.
Afinal, comunismo e socialismo até apresentam alguns conceitos semelhantes entre si, mas apresentam diferenças claras em suas teorias políticas e econômicas. Por isso, nós vamos nos aprofundar nesse tema e te ajudar a perceber de que maneira eles se diferem. Portanto, preste atenção!
(Fonte: Pixabay)
Em 21 de fevereiro de 1848, os pensadores Karl Marx e Friedrich Engels publicaram o Manifesto Comunista, um dos maiores trabalhos escritos na carreira de ambos. Essa publicação trouxe ao mundo um novo conceito de sociedade elaborado entre esses teóricos.
Segundo a teoria marxista, o comunismo se difere do socialismo em algumas fases do desenvolvimento da sociedade. Para Marx, o socialismo é visto como uma "fase" para chegar ao comunismo, onde a sociedade controlaria os meios de produção e distribuição de bens. Porém, isso ainda não seria o suficiente para alcançar um Estado comunista idealizado.
Na ideia do comunismo, esse novo conceito poderia substituir completamente o sistema vigente, ou seja, a ideia dos pensadores era dar fim ao capitalismo e implantar um sistema sem classes, exploração dos trabalhadores e Estado totalitário. Dessa forma, cada um contribuiria com suas habilidades e receberia conforme suas necessidades.
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O socialismo, por outro lado, aproveita um pouco de algumas ideias iluministas e foi articulado pela primeira vez por Henri de Saint-Simon e seus seguidores Robert Owen, Charles Fourier, Pierre Leroux e Pierre-Joseph Proudhon. No socialismo utópico, existe a ideia de uma distribuição mais igualitária da riqueza, melhores condições de trabalho, propriedade comum dos meios produtivos e solidariedade entre a classe trabalhadora.
Enquanto o comunismo defende o ideal maior do que a pátria e a política internacionalista, o socialismo acredita na coexistência com outros sistemas políticos e na existência da democracia participativa. No socialismo, o conceito de propriedade privada não deixa de existir, mas defende que os meios de produção devem ser de controle dos trabalhadores.
Nessa teoria política, portanto, cada um contribuiria de acordo com suas habilidades pessoais e seria recompensado de acordo com a sua colaboração, deixando de existir uma grande disparidade financeira entre patrão e empregado.
(Fonte: Pixabay)
Apesar de experiências socialistas já terem existido no mundo, nunca houve de fato um estado puramente comunista. Embora casos como União Soviética, China, Vietnã, Cuba e Coreia do Norte tenham chegado perto, nenhum deles de fato alcançou a fase comunista.
Nessas situações, o governo tem um papel dominante, mas nunca houve fim de propriedade privada, a abolição do dinheiro e a eliminação dos sistemas de classe. Isso vale para governos completamente socialistas, apesar de muitos países utilizarem políticas socialistas em seus sistemas de sociedade.
Além da clara diferença entre símbolos, o socialismo é uma estrela vermelha e o comunismo é a foice com o martelo, ambas as teorias são diferentes em política e economia. Enquanto o socialismo defende a existência do estado para a defesa de interesses públicos; o comunismo alega que um dia a presença dele deixará de fazer sentido, e todas as decisões serão tomadas em conjunto pelos trabalhadores.
Por fim, o socialismo entende que o conceito de riqueza continuará existindo na sociedade, mas com menor discrepância. Já o comunismo acredita que a transição do capitalismo deverá ser feita por meio de uma revolução violenta, em que este seria destruído conforme os trabalhadores se rebelam contra outras classes mais abastadas.