Ciência
05/04/2022 às 08:00•3 min de leitura
As leis da física macroscópica são capazes de descrever o estado de movimento dos corpos que vemos ao nosso redor. Agora, quando entramos na escala dos átomos e moléculas, elas se tornam obsoletas. Aí surge a física quântica, onde as leis não são mais determinísticas.
Nela, as medidas são expressadas em probabilidades, já que não é possível predizer com exatidão onde um objeto está, ou mesmo sua velocidade. Mas essa impossibilidade de aferir não acontece por falta de aparelhos, desconhecimento ou algo do gênero, mas à própria natureza da física quântica.
Para dar dimensão de sua profundidade, listamos 5 teorias daquelas que parecem malucas, mas que nos ajudam a entender melhor esse ramo tão complexo da Ciência.
(Fonte: Pexels)
Conhecida como dualidade onda-partícula, essa propriedade da natureza vale para partículas e para ondas. Essa teoria surgiu como um avanço muito significativo da física quântica. Segundo ela, as partículas são uma espécie de "campo de matéria", já que não é possível determinar com absoluta precisão a posição de uma partícula quântica.
Recorda-se daquele famoso experimento chamado de gato de Schrödinger? É essa ideia da dualidade onda-partícula que está por trás do experimento. Ou seja, não podemos determinar informações sobre um sistema quântico sem observá-lo. Até que isso ocorra, um elétron, por exemplo, pode estar "aqui" e "lá" simultaneamente.
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A humanidade sabe do que estrelas são feitas porque, quando dividimos sua luz em um espectro parecido com o arco-íris, encontramos cores que estão faltando. Isso permite que descubramos o que constitui o Sol e outras estrelas. Quem definiu essa possibilidade foi o físico Niels Bohr.
A cor de uma estrela vai depender diretamente de sua temperatura. O espectro das estrelas se apresenta como uma faixa luminosa contínua que contém todas as cores do arco-íris interrompidas por raias escuras. É justamente a partir destas raias escuras que podemos descobrir a composição química das camadas superficiais do astro. Ouvi um viva à física quântica?
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Denominada barreira de Coulomb, a fusão nuclear é o processo em que os núcleos de dois ou mais átomos são fundidos para formar outro maior. Na Terra, isso não acontece de maneira natural, mas nos corpos celestes, como o Sol, onde há uma quantidade enorme de energia, isso ocorre com relativa frequência. Na prática, se a fusão não ocorresse no Sol, não haveria luz solar.
Isso porque o Astro-rei produz sua energia por meio deste processo, transformando átomos de hidrogênio em átomos de hélio. Como a massa resultante não é a soma da massa dos hidrogênios, o déficit é compensado pela liberação de energia, que nada mais é que aquele brilho bonito de um belo dia de praia.
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A ciência já sabe que, eventualmente, a fusão nuclear no Sol vai parar e ele vai morrer, ou seja, entrará em colapso. Há uma regra da física quântica, conhecida como Princípio de Exclusão de Pauli, que demonstra que esse colapso não será eterno.
À medida que a gravidade tenta fazer com que elétrons existam no mesmo estado quântico, uma resistência ocorre, o colapso é interrompido e um novo objeto conhecido como Anã Branca se forma.
Esse é o nome dado a um remanescente estelar. Se sua massa cresce, ela desencadeia uma onda de fusão que a despedaça, conhecida como supernova. Ela é brilhante o suficiente para eclipsar uma galáxia inteira.
(Fonte: Reprodução/Space)
A Teoria do Big Bang, segundo a qual o Universo teria surgido de uma grande explosão cósmica, que resultou na criação do espaço e do tempo, é a melhor hipótese sobre a origem de tudo. Porém, sua parte teórica continha algumas imperfeições corrigidas por Alan Guth, em 1981, com o que ele chamou de "inflação".
De acordo com essa "inflação", o Universo, em seu início, passou por uma fase de grande crescimento produzido por uma densidade de energia do vácuo negativa ou uma força gravitacional repulsiva. E foi justamente essa "inflação" que fez com que o Universo crescesse rapidamente antes que as flutuações quânticas desaparecessem.