Ciência
01/04/2022 às 11:00•3 min de leitura
Matemático, físico, astrônomo, teólogo, escritor. O currículo é extenso, mas Isaac Newton é famoso até os dias atuais pelas leis que postulou na Física e com as quais todos somos confrontados nas cadeiras escolares.
Mas, na realidade, quando olhamos de modo mais prático, é fácil compreender a utilidade de seus postulados e a aplicação das leis no nosso dia a dia.
Do modo mais sucinto e didático possível, tentaremos desmistificar a dificuldade de sua compreensão e mostrar como elas são aplicadas em nossa vida de formas que, por vezes, nem notamos. Confira.
Chamada de Lei da Inércia, a 1ª Lei de Newton afirma que um corpo se mantém em repouso ou em movimento em linha reta com velocidade constante, a não ser que uma força não nula atue sobre ele.
Ela também explica as forças que surgem quando os corpos estão sujeitos a alguma força capaz de produzir neles uma aceleração, as chamadas forças inerciais.
Um exemplo prático para entender a lei é pensar nas pás de ventilador, do cooler do computador ou do motor de um avião a jato. Após serem desligados, suas pás seguem movimentando-se por um breve período.
(Fonte: Reprodução/Quatro Rodas)
Um bom exemplo de aplicação da 1ª Lei de Newton encontramos no airbag dos carros, cuja função é inflar em caso de acidente, evitando que a cabeça do motorista e do passageiro sofram impacto no painel, volante ou qualquer outro pedaço do automóvel.
O sistema do airbag é acionado por um interruptor elétrico logo após uma desaceleração repentina da velocidade do carro, produzindo uma reação química que resulta em uma substância gasosa que enche o airbag.
Chamada também de Lei da Superposição de Forças ou Princípio Fundamental da Dinâmica, a 2ª Lei de Newton estuda o movimento de um objeto quando forças externas a ele o afetam.
Quando isso ocorre, faz com ele acelere, isto é, mude sua velocidade a uma taxa constante. Traduzindo, a força que age sobre um objeto em repouso faz com que ele ganhe aceleração na direção da força.
(Fonte: Pexels)
Final de qualquer campeonato. Jogo vai para os pênaltis. Jogador que irá cobrar coloca a bola na marca. O juiz autoriza a cobrança, o atleta corre em direção à bola e bate nela com força. A pelota irá se mover com a força que exercemos nela e no rumo em que a direcionarmos. E quanto mais força aplicarmos no chute, mais longe ela irá.
A 3ª Lei de Newton é bastante conhecida na cultura popular por conta da outra maneira pela qual é chamada: Lei da Ação e Reação. De acordo com ela, todas as forças surgem aos pares: quando aplicamos uma força sobre um corpo (ação), esse corpo exercerá a mesma força (reação) sobre nós, com mesmo módulo e direção, mas com sentido oposto.
Ela permite com que entendamos a necessidade que os dois corpos interajam, nesse movimento de ação e reação, para que uma força surja. Logo, implica a impossibilidade que esse par ação-reação seja formado no mesmo corpo e exige que as forças sejam de mesma intensidade e mesma direção, ainda que sentidos opostos.
(Fonte: Pexels)
Se você quer entender a 3ª Lei de Newton pode pensar na aviação. Aviões, assim como os pássaros, voam aplicando força no ar na direção oposta a que eles precisem. É um princípio muito semelhante ao que ocorre com os pássaros, cujas asas empurram o ar para a frente e para trás, de maneira a movimentá-los para a frente.
Helicópteros fazem algo semelhante, sendo elevados ao empurrar o ar para baixo, exercendo uma força que o empurra para cima. Na engenharia, os foguetes são projetados levando essa lei em consideração: os gases expelidos impulsionam o foguete para cima, fazendo com que ganhe velocidade.