
Estilo de vida
10/04/2025 às 18:00•2 min de leituraAtualizado em 10/04/2025 às 18:00
Já parou para pensar por que o céu é azul? Antes de termos explicações científicas precisas, a curiosidade sobre esse fenômeno encantava mentes brilhantes. Foi assim que, no século 18, Horace-Bénédict de Saussure decidiu criar o cianômetro, uma ferramenta simples, mas engenhosa, para medir as variações de azul no céu.
A paixão de Saussure pela cor do céu começou cedo, quando ele visitou a base do Mont Blanc, a montanha mais alta dos Alpes. Imagine um jovem de 20 anos, fascinado pela vastidão do céu e pela grandiosidade das montanhas, sonhando em alcançar o topo para admirar ainda mais de perto aquele azul impressionante.
Mas Saussure não era apenas um sonhador; ele tinha o espírito curioso de um cientista. Quando finalmente escalou o Mont Blanc, em 1787, levou consigo pedaços de papel colorido para comparar com a cor do céu. Essa experiência inspiradora resultou na criação do cianômetro, uma engenhosa ferramenta que trazia 53 tons de azul, indo do branco ao preto.
E não pense que tudo isso era só para matar a curiosidade. Saussure acreditava que a cor do céu estava diretamente ligada à umidade da atmosfera. Para ele, cada tom de azul era como um segredo da natureza esperando para ser decifrado.
Com o cianômetro em mãos, Saussure começou a explorar montanhas, vales e o próprio céu, registrando o grau de azul em diferentes altitudes. No topo do Mont Blanc, ele mediu um “azul do 39º grau” — algo que talvez só fizesse sentido para ele mesmo.
Mas não foi só Saussure que usou o cianômetro. Alexander von Humboldt, um famoso geógrafo, levou a invenção consigo em expedições pelo Atlântico, Caribe e América do Sul. No Chimborazo, nos Andes, Humboldt estabeleceu o recorde do céu mais azul já registrado: o 46º grau!
No entanto, apesar de toda essa poesia científica, a ferramenta logo caiu em desuso. Afinal, sua utilidade prática era limitada, e a explicação para o azul do céu veio apenas anos depois, com a descoberta da dispersão da luz.
Hoje, o cianômetro é mais uma curiosidade histórica do que uma ferramenta científica. Um exemplar está exposto no Museu de História da Ciência de Genebra, ao lado de outros instrumentos criados por Saussure.
Mas, apesar de ter perdido seu lugar na ciência, a ideia por trás do cianômetro ainda é inspiradora. Ele nos lembra que a ciência nem sempre é sobre respostas objetivas; às vezes, é sobre a curiosidade, a beleza e a vontade de entender o mundo de uma forma única.
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