Imagem de Vacina russa é forte e tem ação duradoura contra covid-19, diz estudo no megacurioso

Governo do Paraná vai produzir a vacina no Brasil e promover a testagem em larga escala

Resultados preliminares de um estudo publicado na revista cient&iacute;fica The Lancet indicam que a vacina russa contra a covid-19 realmente funciona e que gera uma resposta imune forte e duradoura.
O imunizante foi&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/156102-vacina-russa-torna-primeira-mundo-aprovada.htm" target="_blank" title="Vacina russa se torna a primeira do mundo a ser aprovada">registrado pela R&uacute;ssia no m&ecirc;s passado e gerou d&uacute;vidas na comunidade cient&iacute;fica</a> por, at&eacute; ent&atilde;o, nunca ter aparecido em publica&ccedil;&otilde;es detalhando seu funcionamento ou procedimentos de testes. Agora, os resultados est&atilde;o come&ccedil;ando a ser divulgados de maneira transparente, trazendo confian&ccedil;a para o composto.
O governo do estado do <a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/156087-parana-produzir-vacina-russa-covid-19-brasil.htm" target="_blank" title="Paran&aacute; vai produzir vacina russa contra coronav&iacute;rus no Brasil">Paran&aacute; j&aacute; assinou um conv&ecirc;nio com a R&uacute;ssia para produ&ccedil;&atilde;o da vacina</a>, conhecida como &ldquo;Sputnik V&rdquo;, aqui no Brasil e pretende iniciar os testes na popula&ccedil;&atilde;o do estado em at&eacute; um m&ecirc;s. O registro da vacina russa ser&aacute; feito em at&eacute; 10 dias junto &agrave; Ag&ecirc;ncia Nacional de Vigil&acirc;ncia Sanit&aacute;ria (Anvisa), segundo o governo do Paran&aacute;.
<h2>Sem efeitos colaterais</h2>
No artigo publicado na Lancet, os cientistas explicam que n&atilde;o foram encontrados efeitos colaterais adversos nos pacientes que participaram das fases 1 e 2 da testagem em at&eacute; 42 dias depois da imuniza&ccedil;&atilde;o.
Al&eacute;m disso, 100% das pessoas vacinadas desenvolveram uma resposta imune forte em at&eacute; 21 dias. Isso quer dizer, entretanto, que &eacute; necess&aacute;rio manter o distanciamento social e cuidados contra a infec&ccedil;&atilde;o por, pelo menos, 3 semanas ap&oacute;s receber a dose do imunizante.
&Eacute; importante destacar que esse estudo &eacute; considerando preliminar por ainda n&atilde;o ter feito testes em larga escala com a dita vacina, conhecidos como fase 3. Pelo menos outras 7 vacinas diferentes j&aacute; est&atilde;o nessa fase ao redor do mundo.
<h2>Duradoura</h2>
Al&eacute;m de estimular a produ&ccedil;&atilde;o de anticorpos contra o novo coronav&iacute;rus, a vacina russa ainda &eacute; capaz de provocar uma resposta das c&eacute;lulas T do organismo humano, segundo o estudo. Essas c&eacute;lulas s&atilde;o respons&aacute;veis por destruir outras c&eacute;lulas que j&aacute; estejam infectadas pelo v&iacute;rus. Isso est&aacute; ligado &agrave; efic&aacute;cia duradora da vacina contra o pat&oacute;geno, mas n&atilde;o h&aacute; como prever por quanto tempo uma dose pode manter o paciente imune.
Para a fase 3 de testagem, o governo Russo pretende convocar 40 mil volunt&aacute;rios para tomarem a vacina. O governo do Paran&aacute; ainda n&atilde;o comentou quantas pessoas ser&atilde;o imunizadas nos testes com a Sputnik V aqui no Brasil.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/177392-vacina-russa-forte-tem-acao-duradoura-covid-19-diz-estudo.htm">Vacina russa é forte e tem ação duradoura contra covid-19, diz estudo</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Vacina russa é forte e tem ação duradoura contra covid-19, diz estudo

Imagem de Os 11 sintomas de covid-19 mais comuns entre brasileiros no megacurioso

Fique atento aos sinais do seu corpo em meio à pandemia

Pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Rio Grande do Sul, realizaram um estudo para determinar os 11 sintomas de covid-19 mais comuns entre os cidad&atilde;os brasileiros. Foram entrevistadas 31.869 pessoas de 133 cidades em todos os estados.
Os indiv&iacute;duos ouvidos j&aacute; tinham sido infectados pelo novo <a href="http://www.tecmundo.com.br/coronavirus/" target="_blank" title="Coronav&iacute;rus">coronav&iacute;rus</a> e foram questionados quanto aos sintomas que apresentaram nos &uacute;ltimos 4 meses. As entrevistas e os testes foram realizados em casa por meio de um sorteio aleat&oacute;rio que utilizou dados do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE) como base.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/03/03130425289002.jpg" alt="Conhecer os sintomas mais frequentes da covid-19 &eacute; importante para se detectar a doen&ccedil;a o quanto antes." />Conhecer os sintomas mais frequentes da covid-19 &eacute; importante para detectar a doen&ccedil;a o quanto antes.
Diferentemente do que observou um estudo realizado na Europa envolvendo 2.013 pacientes de 18 hospitais, em que a perda de olfato e/ou paladar foi registrada como o sintoma mais comum entre os europeus, no Brasil o sinal mais habitual &eacute; a dor de cabe&ccedil;a; a perda dos sentidos citados vem em segundo lugar, seguida de febre.
Veja o ranking dos 11 sintomas de covid-19 mais frequentes entre os brasileiros:
<ol>
<li>Dor de cabe&ccedil;a</li>
<li>Mudan&ccedil;as no olfato ou paladar</li>
<li>Febre</li>
<li>Tosse</li>
<li>Dor no corpo</li>
<li>Dor de garganta</li>
<li>Diarreia</li>
<li>Dificuldade para respirar</li>
<li>Tremores</li>
<li>Palpita&ccedil;&atilde;o</li>
<li>V&ocirc;mito</li>
</ol>
A an&aacute;lise foi conduzida pelos pesquisadores que atuam no EpiCovid, um estudo mais amplo, que mede a preval&ecirc;ncia e avalia a velocidade de expans&atilde;o da doen&ccedil;a no pa&iacute;s.
<h2>Aten&ccedil;&atilde;o aos sinais do corpo</h2>
Entre os sintomas mais frequentes h&aacute; alguns que pouco foram associados &agrave; infec&ccedil;&atilde;o pelo novo coronav&iacute;rus, como diarreia, palpita&ccedil;&atilde;o e v&ocirc;mito. &Eacute; preciso, portanto, ficar atento a esses sinais, para n&atilde;o confundir a covid-19 com outra doen&ccedil;a, o que pode contribuir para um tratamento n&atilde;o adequado, al&eacute;m da dissemina&ccedil;&atilde;o do v&iacute;rus.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/177371-11-sintomas-covid-19-comuns-entre-brasileiros.htm">Os 11 sintomas de covid-19 mais comuns entre brasileiros</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Os 11 sintomas de covid-19 mais comuns entre brasileiros

Imagem de Comunidade indígena utiliza tecnologia para enfrentar a covid-19 no megacurioso

Aplicativo de rastreamento e censo demográfico das comunidades indígenas do Xingu ajudam a monitorar o surgimento da infecção

<head></head><body>A comunidade dos Kuikuro, que integram as aldeias indígenas do Alto Xingu, desenvolveu um aplicativo de rastreamento e monitoramento da população local para poder se prevenir contra possíveis casos de contágio pelo coronavírus na região. O software foi criado através de uma parceria entre a Associação Indígena Kuikuro do Alto Xingu (AIKAX) e um grupo de pesquisadores, cientistas e ativistas sociais, sendo capaz de rastrear quem entra e quem sai das instalações <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115441-vilarejo-mexicano-revela-ruinas-de-civilizacao-antiga.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">comunitárias</a>.A iniciativa dos Kuikuro foi aplicada em março deste ano, quando os aldeões passaram a coletar as primeiras informações dos habitantes após decretarem a quarentena voluntária dos grupos indígenas do Xingu. Inicialmente, realizaram um censo demográfico para catalogar o número de moradores e casas. Após isso, os dados passaram a ser adicionados ao aplicativo para serem monitorados, apontando informações, inclusive, sobre a apresentação de sintomas nas últimas duas semanas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/02/02103431393060.jpeg" alt="(Fonte: AIKAX/Reprodução)">(Fonte: AIKAX/Reprodução)Ao mesmo tempo que as informações dos indígenas eram salvas em uma nuvem, os criadores do aplicativo distribuíam conteúdos gratuitos sobre prevenção do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115850-coronavirus-qual-sera-o-legado-da-pandemia-em-nossas-rotinas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coronavírus</a>, com materiais em vídeo, panfletos eletrônicos e outros meios para conscientizar a população sobre a importância de manter a infecção longe da comunidade. “Acreditamos que será mais fácil controlar [a disseminação] se soubermos de onde vem a doença e quem é a pessoa, para que possamos isolá-la”, comentou Waura, um dos idealizadores do app.Historicamente suscetíveis a doenças, os índios do Alto Xingu enfrentam problemas com a chegada da covid-19 em seu território. Pela primeira vez em 50 anos, o Quarup, um dos rituais mais tradicionais das famílias locais, teve que ser cancelado. Além disso, mesmo com a adoção de medidas rigorosas contra o coronavírus, 10 mortes — incluindo um bebê Kalapalo de apenas 45 dias — e mais de 210 casos testados positivos jã foram contabilizados.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/02/02103513658061.jpeg" alt="(Fonte: AIKAX/Reprodução)">(Fonte: AIKAX/Reprodução)<h2>A tecnologia a serviço do homem</h2>O <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/115770-mcdonald-s-vai-premiar-internautas-que-pediam-lanche-gratis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aplicativo</a> de rastreamento foi uma evolução de ferramentas que estavam sendo utilizadas para registrar sítios arqueológicos e locais de relevância nos mais de 6,5 milhões de acres do Alto Xingu, no estado de Mato Grosso. A familiarização com a tecnologia e os serviços de software facilitaram, então, a transição para a identificação de casos de covid-19, ajudando-os a ganhar tempo para combater o surgimento do vírus.</body>

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Comunidade indígena utiliza tecnologia para enfrentar a covid-19

Imagem de Os bizarros experimentos da Willowbrook State School  no megacurioso

Crianças e adultos com transtornos mentais foram usados como cobaias no desenvolvimento de vacinas

<head></head><body>Quando o projeto foi idealizado em 1938, a princípio, a Willowbrook, localizada em Staten Island, Nova York (EUA), seria destinada às crianças com transtornos mentais. Dois anos depois que a instalação de 375 acres ficou pronta, a Segunda Guerra Mundial já havia começado, portanto o local foi convertido em um hospital para militares de guerra, nomeado Halloran General Hospital.Com o fim da guerra, já havia planos traçados para que o hospital fosse entregue definitivamente ao Departamento de Assuntos Veteranos dos Estados Unidos, órgão responsável por fornecer serviços de saúde para veteranos militares. No entanto, o então governador de Nova York, Thomas Dewey, interveio nessa transação alegando que: “há milhares de crianças no estado que são física e mentalmente deficientes ou retardadas mentais que nunca poderão fazer parte da sociedade. Elas precisam de um local para serem tratadas com um alto grau de ternura e afeição”.Sendo assim, em meados de outubro de 1947, o Departamento de Higiene Mental do Estado de Nova York reivindicou a posse do local e abriu a Willowbrook State School, como planejado em 1938. Apesar da palavra “escola” em seu nome, nunca houve uma estrutura educacional na instituição. O máximo que os internos receberam foram 2 horas de aulas por dia ministradas por estudantes voluntários, que não iam com frequência.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/26/26175607288474.jpg" alt="(Fonte: The Forward/Reprodução)">(Fonte: The Forward/Reprodução)Em agosto daquele ano, já havia mais de 2 mil pessoas morando na instituição, construída para receber 4 mil residentes. Não demorou para que, por detrás dos pavilhões de tijolos aparentes, cercado por uma pequena floresta e com um carrossel pintado de amarelo e azul na entrada, o local escondesse negligência, dor, sofrimento e abandono estatal.O Willowbrook repetia a sina de todas as instituições psiquiátricas que foram estabelecidas no mundo desde meados do século XIX. Além da superlotação e da falta de recursos de higiene básica e alimentação, os residentes sofriam com abusos sexuais, físicos e eram amontoados em quartos como se estivessem em cativeiros. Diversos surtos de doenças começaram a surgir no local, principalmente de hepatite, e muitos pacientes morreram. Por vezes, os funcionários só retiravam os cadáveres dias depois, permitindo que eles apodrecessem em meio aos vivos.<h2>Krugman, o monstro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/26/26175915727477.png" alt="(Fonte: Semantic Scholar/Reprodução)">(Fonte: Semantic Scholar/Reprodução)A hepatite foi considerada uma das doenças mais mortais da humanidade, portanto, em 1950, tornou-se fundamental para os Estados Unidos fabricar uma vacina, principalmente depois de um surto da doença ter afetado mais de 50 mil soldados durante a Segunda Guerra Mundial.O médico e pediatra Saul Krugman foi até o Conselho Epidemiológico das Forças Armadas com a proposta de criar uma vacina para hepatite. Ele queria desenvolvê-la no Willowbrook, pois o lugar, além de estar infestado pela doença, estava cheio de "cobaias" para os experimentos — que seriam realizados através de exposição direta do corpo ao vírus, o mesmo método usado desde o século XVIII.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/26/26180042368478.jpg" alt="(Fonte: The Cut/Reprodução)">(Fonte: The Cut/Reprodução)Apesar do depósito de seres humanos que era o Willowbrook, ainda assim era a única instituição gratuita do estado para crianças com transtornos mentais, portanto havia uma longa lista de espera. Krugman ofereceu vagas para os filhos dos pais que aguardavam na fila em troca de usá-los nos experimentos, mesmo que isso pudesse matá-los ou fosse doloroso. Quando indagado sobre o motivo de não realizarem os testes em animais de laboratório, o médico alegou que eram “caros demais”.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/26/26180202587479.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Em 1958, Krugman escreveu em um artigo publicado no New England Journal of Medicine que não era fácil injetar o vírus da hepatite em pacientes do Willowbrook, mas que fez mesmo assim porque acreditava que a recompensa valia o risco. Além disso, as crianças “seriam infectadas de qualquer maneira dentro da instituição”, ele afirmou.O resultado humano foi que centenas de crianças sofreram durante os experimentos de Krugman, fossem as retiradas através de coerção de uma lista de espera de milhares de nomes ou as infectadas deliberadamente por meio da mistura de leite com chocolate junto à cepa do vírus. Por outro lado, o resultado científico foi a descoberta de quanto tempo demorava para que as crianças apresentassem os sintomas da doença, e como o organismo se comportava depois que o médico aplicava o vírus novamente.<h2>Dor e sofrimento</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;NY Daily News&nbsp;" data-fonte-url="https://www.nydailynews.com/resizer/iHGTi0X-onfPgUXUvh2R48ZDkWA=/1400x0/top/arc-anglerfish-arc2-prod-tronc.s3.amazonaws.com/public/SYD23RDPZCLNTH3PFGF25VPN24.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/26/26180740855480.webp" alt="(Fonte: NY Daily News/Reprodução)">(Fonte: NY Daily News/Reprodução)Em agosto de 1965, a instituição já abrigava 6 mil pacientes. “As pessoas estão vivendo na sujeira, em quartos menos confortáveis e alegres do que as gaiolas nas quais colocamos animais em um zoológico. Aquilo é um ninho de cobras”, acusou o então senador <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/115031-a-familia-kennedy-e-sua-maldicao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Robert F. Kennedy</a> durante uma de suas visitas ao local.Imediatamente, os experimentos humanos de Krugman foram interrompidos, mas o hospital continuou funcionando, visto que ninguém mais conhecia sua realidade. Até que, em 1972, o repórter investigativo Geraldo Rivera, da WABC-TV, lançou o documentário Willowbrook: The Last Great Disgrace em rede nacional, causando um choque na sociedade ao expor as deploráveis condições de vida na instituição.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/26/26180913653481.jpeg" alt="(Fonte: Timeline/Reprodução)">(Fonte: Timeline/Reprodução)Em 17 de março de 1972, uma ação coletiva foi movida contra o Estado de Nova York pelos pais de cerca de 5 mil pacientes internados na Willowbrook State School. Três anos depois, o sucesso do processo levou à aprovação do Ato Nacional de Pesquisa, que regulamenta o uso de pessoas em pesquisas, e da Lei dos Direitos Civis das Pessoas Institucionalizadas, de 1980.A cidade de Nova York comprou parte da propriedade da Willowbrook para que compusesse o campus da Universidade de Staten Island, inaugurada em 1993. A outra porção do terreno foi mantida pelo Escritório para Pessoas com Deficiências de Desenvolvimento.&nbsp;Mais tarde, a revista científica sobre medicina The Lancet, que publicou os estudos de Saul Krugman mesmo sabendo de seus métodos, desculpou-se por ter feito parte dessa história macabra: "Os experimentos de Willowbrook sempre trouxeram a esperança de que a hepatite um dia pudesse ser evitada, mas isso não poderia justificar a distribuição de material infectado para crianças que não se beneficiariam com isso".“Todo mundo sabia que a instituição não era uma maneira de cuidar dessa parcela da população. Mas aquele foi o fim da era institucional que existia desde <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/113677-bedlam-o-palacio-dos-loucos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bedlam</a>, em Londres”, refletiu Gerald Riviera.</body>

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Os bizarros experimentos da Willowbrook State School 

Imagem de Carne com gosto de gasolina é um dos efeitos colaterais pós-covid-19 no megacurioso

Estudos científicos têm mostrado que a infecção pelo coronavírus tem causado danos ao tecido olfativo, com reflexos dramáticos no paladar

Uma reportagem divulgada pela BBC na &uacute;ltima segunda-feira (31) trouxe apreens&atilde;o para muitas pessoas que contra&iacute;ram a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115859-tribo-isolada-em-ilha-no-oceano-indico-e-contaminada-por-covid-19.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a> e se recuperaram, uma multid&atilde;o que j&aacute; ultrapassa os 17 milh&otilde;es no mundo (3,3 milh&otilde;es s&oacute; no Brasil). A publica&ccedil;&atilde;o fala dos pacientes que n&atilde;o readquiriram totalmente o sentido do olfato.
O fen&ocirc;meno, conhecido como <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/103875-por-que-sera-que-as-vezes-ficamos-com-um-cheiro-impregnado-no-nariz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">parosmia</a>, provoca distor&ccedil;&otilde;es olfativas que fazem com que as coisas, literalmente, n&atilde;o cheirem bem. Considerada uma das sequelas mais inc&ocirc;modas deixadas pelo novo coronav&iacute;rus, seus sintomas t&ecirc;m sido relatados por v&aacute;rios infectados no mundo inteiro.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/02/02134233986175.jpg" alt="Fonte: Shutterstock" />Fonte: Shutterstock
<h2>Entendendo o olfato e sua rela&ccedil;&atilde;o com o paladar</h2>
Para saber como funciona a anosmia, &eacute; necess&aacute;rio entender o funcionamento do olfato. Pois bem: na parte superior da nossa cavidade nasal, existe um tecido chamado epit&eacute;lio olfativo. Ele tem neur&ocirc;nios e c&eacute;lulas sensoriais. Quando cheiramos algo, essas estruturas mandam um sinal para o c&eacute;rebro processar a informa&ccedil;&atilde;o.
Em um estudo publicado no dia 31 de julho na revista Science Advances, pesquisadores da Universidade de Harvard buscaram identificar quais desses elementos do epit&eacute;lio olfativo s&atilde;o, realmente, infectados pelo coronav&iacute;rus.&nbsp;
O pior &eacute; que esses danos n&atilde;o se restringem aos cheiros: a grande contribui&ccedil;&atilde;o do <a href="https://www.megacurioso.com.br/mito-ou-verdade/24262-mito-ou-verdade-quem-nao-sente-cheiro-tambem-nao-sente-sabor-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">olfato na percep&ccedil;&atilde;o do sabor</a> faz com que sua perda mude de forma terr&iacute;vel a experi&ecirc;ncia de se alimentar. Cheirar a comida n&atilde;o apenas a torna mais saborosa, como tamb&eacute;m nos motiva a desejar comer, a cozinhar e a ir a restaurantes.
<h2>Os prisioneiros da parosmia</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/02/02142124965250.jpg" alt="Fonte: The Australian/Reprodu&ccedil;&atilde;o" />Fonte: The Australian/Reprodu&ccedil;&atilde;o
Uma das pessoas entrevistadas pela BBC, Kate McHenry, 38 anos, passou 4 semanas sem conseguir sentir cheiro algum, ap&oacute;s adoecer em mar&ccedil;o com suspeita de covid-19. Depois de uma recupera&ccedil;&atilde;o parcial, a situa&ccedil;&atilde;o piorou em meados de junho, quando as coisas &ldquo;come&ccedil;aram a ter um gosto muito estranho&rdquo;.
Desesperada, Kate lamentou: &ldquo;Adoro comer, sair para restaurantes, beber com meus amigos, mas isso j&aacute; era. Carne agora tem gosto de gasolina, e vinho parece ma&ccedil;&atilde; podre. Se meu namorado Craig come alguma comida com curry, <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/43178-descubra-quais-alimentos-podem-deixar-voce-fedidinho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">seu cheiro</a> passa a ser horr&iacute;vel, sai por todos os poros dele, e eu n&atilde;o consigo nem ficar perto&rdquo;.
A boa not&iacute;cia para Kate McHenry e muitos outros &eacute; que, de acordo com o l&iacute;der da pesquisa de Harvard, o neurobi&oacute;logo Sandeep Robert Datta, o estudo concluiu que, por n&atilde;o afetar diretamente os neur&ocirc;nios, a perda de olfato da covid-19 n&atilde;o &eacute; permanente.

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Carne com gosto de gasolina é um dos efeitos colaterais pós-covid-19

Imagem de Henrietta Lacks salvou a medicina com suas células imortais no megacurioso

Até hoje, ela é responsável por salvar milhares de vidas, mas sua trajetória foi marcada pela crueldade do abuso genético

Descendente de escravos, Loretta Pleasant nasceu em 1 de agosto de 1920 em uma fazenda de tabaco em Roanoke, interior do estado da Virg&iacute;nia, nos Estados Unidos. N&atilde;o se sabe o motivo de ela ter mudado o nome para Henrietta Lacks, tampouco quando isso aconteceu. Em meados de 1924, ela perdeu a m&atilde;e durante o parto de seu d&eacute;cimo irm&atilde;o e se mudou com o pai para Clover, na Carolina do Sul, onde foi criada pelo av&ocirc; com o primo David Lacks.
A conviv&ecirc;ncia fez com que eles se casassem em 10 de abril de 1941. Incentivados por um primo mais novo, eles se mudaram para o norte do pa&iacute;s, para a cidade de Maryland, para que David pudesse trabalhar na sider&uacute;rgica Sparrows Point, que estava crescendo bastante devido &agrave;s demandas por metais que a&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113614-a-segunda-guerra-mundial-e-a-revolucao-da-cirurgia-plastica.htm" target="_blank" title="A Segunda Guerra Mundial e a revolu&ccedil;&atilde;o da cirurgia pl&aacute;stica ">Segunda Guerra Mundial</a> exigia. N&atilde;o demorou muito para que a fam&iacute;lia fosse morar na comunidade Turner Station, em Baltimore, onde havia a maior concentra&ccedil;&atilde;o de metal&uacute;rgicos afro-americanos da regi&atilde;o.
Em 19 de setembro de 1950, Henrietta deu &agrave; luz ao quinto filho no Johns Hopkins Hospital, o &uacute;nico que atendia a pessoas negras na &eacute;poca. Durante o parto, ela sentiu uma press&atilde;o interna horr&iacute;vel mesmo depois de a crian&ccedil;a ter nascido, por&eacute;m os m&eacute;dicos investigaram e n&atilde;o encontraram nada; nem mesmo exames feitos 6 semanas depois detectaram algo.
<h2>A salvadora desconhecida</h2>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/26/26153642123388.jpg" alt="(Fonte: Lincoln School Providence/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><figcaption style="text-align: center;">(Fonte: Lincoln School Providence/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Em fevereiro de 1951, Henrietta deu entrada no mesmo hospital com um quadro de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/mulher/99996-esta-mulher-engravidou-e-quase-morreu-apos-tomar-a-pilula-do-dia-seguinte.htm" target="_blank" title="Esta mulher quase morreu ap&oacute;s tomar a p&iacute;lula do dia seguinte">hemorragia grave</a> no &uacute;tero e a sensa&ccedil;&atilde;o de que havia um "n&oacute;" dentro dela. Ap&oacute;s an&aacute;lise, os m&eacute;dicos detectaram um caro&ccedil;o do tamanho de uma azeitona no colo do &uacute;tero da mulher. Mais tarde, uma bi&oacute;psia apontou que ela tinha um tumor cervical.
Ela foi submetida &agrave; braquiterapia, que consiste em uma radioterapia interna atrav&eacute;s de fontes de radia&ccedil;&atilde;o colocadas diretamente no local afetado pelo tumor, muito diferente do procedimento de External Beam Radiotherapy (EBRT) e da quimioterapia. Depois disso, o oncologista George Otto Gey retirou duas amostras do colo do &uacute;tero de Henrietta para an&aacute;lise sem o consentimento dela, em uma pr&aacute;tica de explora&ccedil;&atilde;o comum para &eacute;poca, principalmente entre pobres e negros.
Em 8 de agosto de 1951, Henrietta foi internada durante uma das sess&otilde;es de braquiterapia devido a dores abdominais intensas sem nem imaginar que jamais sairia do hospital. Em setembro, o quadro piorou tanto que ela acabou morrendo em 4 de outubro de 1951. No entanto, as c&eacute;lulas cancer&iacute;genas continuaram a se multiplicar fora do corpo da mulher em uma taxa extraordin&aacute;ria.
<h2>A usurpa&ccedil;&atilde;o de Henrietta</h2>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/26/26154739831397.jpg" alt="George Otto Gey. (Fonte: Anfrix/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><figcaption style="text-align: center;">George Otto Gey. (Fonte: Anfrix/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Em anos de estudos, Gey nunca tinha visto c&eacute;lulas humanas viverem por um longo per&iacute;odo fora do corpo. At&eacute; ent&atilde;o, as part&iacute;culas cultivadas em laborat&oacute;rio sobreviviam por apenas alguns dias, o que inviabilizava diversos estudos, mas o material de Henrietta Lacks podia ser dividido v&aacute;rias vezes sem que morresse, por isso ficou conhecido como "c&eacute;lulas imortais" e foi nomeado de HeLa, um acr&ocirc;nimo com as iniciais do nome da mulher. O&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/110166-homem-tatua-rosto-do-medico-que-o-curou-do-cancer.htm" target="_blank" title="Homem tatua rosto do m&eacute;dico que o curou do c&acirc;ncer">oncologista</a> conseguiu criar uma linhagem celular a partir das amostras isolando uma c&eacute;lula e dividindo-a repetidamente, conseguindo us&aacute;-la para v&aacute;rios experimentos sem que ela morresse.
A linhagem celular HeLa serviu para o desenvolvimento de medicamentos e vacinas contra a poliomielite e para tratar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111461-substancias-do-cerebro-podem-prever-parkinson-com-decadas-de-antecedencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doen&ccedil;a de Parkinson</a> e leucemia; atualmente, &eacute; usada para analisar o comportamento da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115652-ordem-dos-sintomas-da-covid-19-e-identificada-por-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a>. Sete d&eacute;cadas depois, as c&eacute;lulas HeLa vivem mais do que o dobro do tempo fora do corpo de Henrietta do que dentro.
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/26/26155001051403.jpg" alt="(Fonte: History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><figcaption style="text-align: center;">(Fonte: History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Mesmo depois da morte, amostras foram coletadas do cad&aacute;ver de Henrietta por Mary Kubicek, assistente laboratorial de Gey. A v&iacute;tima nunca voltou para casa, e a fam&iacute;lia demorou tempo demais para saber o que havia acontecido com ela. Para os filhos, a m&atilde;e simplesmente desapareceu, mas na verdade ela estava sendo enterrada em uma sepultura n&atilde;o identificada em Lackstown, no Condado de Halifax, na Virg&iacute;nia.
No livro A Vida Imortal de Henrietta Lacks, publicado em 2010, a escritora Rebecca Skloot descreve os danos que a viola&ccedil;&atilde;o da privacidade gen&eacute;tica causou &agrave; fam&iacute;lia. Abandonada pelo pai, Deborah foi estuprada por um parente at&eacute; a vida adulta; Joe acabou na pris&atilde;o por n&atilde;o conseguir controlar a raiva de n&atilde;o saber onde a m&atilde;e foi parar; aos 15 anos, outra filha de Henrietta morreu de epilepsia ap&oacute;s ser institucionalizada em uma &aacute;rea psiqui&aacute;trica na qual nunca p&ocirc;de receber visitas.
<h2>Abusos e novo curso</h2>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/26/26155247505411.jpg" alt="(Fonte: British Society for Immunology/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /> <figcaption style="text-align: center;">(Fonte: British Society for Immunology/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
As c&eacute;lulas revolucion&aacute;rias de Henrietta se tornaram a base de uma ind&uacute;stria multibilion&aacute;ria com mais de 17 mil patentes envolvendo c&eacute;lulas HeLa, gerando lucros de bilhares de d&oacute;lares. Muitos foram beneficiados, menos a fam&iacute;lia da paciente. Henrietta sequer teve o nome contemplado, pois os pesquisadores da &eacute;poca acreditavam que ter o registro de uma pessoa afro-americana vinculado com um avan&ccedil;o descomunal na medicina moderna poderia empobrecer a sua grandiosidade.
Os Lacks s&oacute; souberam o destino de Henrietta em 1973, quando cientistas do Johns Hopkins Hospital os procuraram para colher amostras de sangue e estudar os descendentes das c&eacute;lulas HeLa. Mais uma vez sem o consentimento dos envolvidos, em 1985 a imprensa divulgou registros m&eacute;dicos da fam&iacute;lia para o mundo.
Contudo, a quebra de privacidade gen&eacute;tica n&atilde;o parou por a&iacute;. Em 2013, o Laborat&oacute;rio Europeu de Biologia Molecular de Heidelberg, na Alemanha, publicou o genoma HeLa sem a libera&ccedil;&atilde;o dos parentes, expondo informa&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas privadas sobre a linhagem de seus descendentes.
Com mais esse esc&acirc;ndalo no hist&oacute;rico, no mesmo ano, o Instituto Nacional de Sa&uacute;de dos EUA concedeu a dois membros da fam&iacute;lia Lacks o controle de como os dados do genoma das c&eacute;lulas seriam usados dali em diante, criando o grupo HeLa Genome Data Access, que revisa pesquisas que pedem acesso a informa&ccedil;&otilde;es da sequ&ecirc;ncia HeLa.
Al&eacute;m de todos os avan&ccedil;os cient&iacute;ficos, o caso de Henrietta Lacks foi crucial para desenvolver o debate e implementar leis acerca do consentimento informado de pacientes para a extra&ccedil;&atilde;o e o uso de c&eacute;lulas em pesquisas cient&iacute;ficas.

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Henrietta Lacks salvou a medicina com suas células imortais

Imagem de Fernando de Noronha só vai receber turistas que já tiveram covid-19 no megacurioso

Medida oficial passa a valer no arquipélago a partir desta terça-feira (1º)

No famoso <a href="https://www.megacurioso.com.br/geologia/99552-9-ilhas-que-surgiram-recentemente-no-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">arquip&eacute;lago</a> de <a href="https://www.megacurioso.com.br/turismo-e-viagens/85427-os-10-destinos-mais-baratos-e-mais-caros-do-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Fernando de Noronha</a>, uma nova regra come&ccedil;ou a vigorar com rela&ccedil;&atilde;o &agrave; <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114611-covid-19-fernando-de-noronha-anuncia-reabertura-das-praias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a> a partir desta ter&ccedil;a-feira (1&ordm;): apenas turistas que j&aacute; tiveram a doen&ccedil;a poder&atilde;o visitar o local. A ideia visa reabrir as atividades tur&iacute;sticas e ao mesmo tempo n&atilde;o correr tantos riscos em rela&ccedil;&atilde;o ao <a href="https://www.tecmundo.com.br/coronavirus" rel="noopener noreferrer" target="_blank">novo coronav&iacute;rus</a>. No entanto, com a crescente nova onda de infec&ccedil;&otilde;es &mdash; que acontece tamb&eacute;m em outros lugares do mundo &mdash; a medida pode ser perigosa.
Vale lembrar que o arquip&eacute;lago tem sua economia movida totalmente pelo turismo. Por l&aacute;, cerca de 3,1 mil pessoas residem fixamente, trabalhando com as mais diversas possibilidades de acolhimento e recep&ccedil;&atilde;o dos turistas. De acordo com as autoridades, a nova regra pretende diminuir o impacto negativo que o coronav&iacute;rus trouxe para o setor. Contudo, a medida segue sendo um tanto quanto peculiar, j&aacute; que ainda n&atilde;o h&aacute; nenhuma vacina dispon&iacute;vel oficialmente para controlar as infec&ccedil;&otilde;es.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/01/01104457453093.jpg" alt="(Fonte: Pixabay/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pixabay/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Dessa forma, &eacute; importante ressaltar que ainda h&aacute; muita discuss&atilde;o sobre a imunidade ao novo coronav&iacute;rus. Embora os casos de reinfec&ccedil;&atilde;o sejam raros, n&atilde;o h&aacute; nenhuma garantia de que, a longo prazo, as pessoas que j&aacute; tiveram a doen&ccedil;a possam correr riscos e contaminar outras pessoas.
<h2 dir="ltr">Turismo renovado</h2>
O setor do <a href="https://www.megacurioso.com.br/turismo-e-viagens/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">turismo</a>&nbsp;certamente foi um dos mais afetados com as normas de seguran&ccedil;a e de prote&ccedil;&atilde;o &agrave; propaga&ccedil;&atilde;o do coronav&iacute;rus. Nesse sentido, as autoridades de Fernando de Noronha esperam que a nova medida possa ajudar a retomar a economia no local.
Segundo Andr&eacute; Longo, secret&aacute;rio de sa&uacute;de de Pernambuco, em entrevista &agrave; Folha de S. Paulo, n&atilde;o h&aacute; casos de transmiss&atilde;o por l&aacute;, e isso tem-se mantido. "&Eacute; &oacute;bvio que esse passo a ser dado busca a seguran&ccedil;a e a reativa&ccedil;&atilde;o das atividades econ&ocirc;micas no arquip&eacute;lago", ele afirmou.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/01/01104920361100.jpg" alt="(Fonte: Pixabay/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pixabay/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Os turistas precisar&atilde;o comprovar que j&aacute; tiveram a doen&ccedil;a apresentando um exame sorol&oacute;gico do tipo IgC com resultado positivo e ter feito dentro de um prazo de 90 dias da data da viagem para o arquip&eacute;lago. Tamb&eacute;m &eacute; poss&iacute;vel apresentar um teste RT-PCR positivo que comprove ter sido feito em mais de 20 dias da data de embarque.&nbsp;
Esses exames dever&atilde;o estar anexados nos comprovantes de pagamento das taxas obrigat&oacute;rias aos turistas de Fernando de Noronha. Testes r&aacute;pidos para a detec&ccedil;&atilde;o do v&iacute;rus n&atilde;o v&atilde;o ser aceitos.
Por enquanto, em Fernando de Noronha, cerca de 93 casos de covid-19 foram registrados, sem contabilizar nenhuma morte pela doen&ccedil;a.

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Fernando de Noronha só vai receber turistas que já tiveram covid-19

Imagem de Adolescente engole alfinete que vai parar dentro do seu coração no megacurioso

Objetos estranhos intracardíacos são ocorrências raras na literatura médica, mas mostram a necessidade de considerar causas alternativas para a perimiocardite

Um estudo de caso publicado na revista cient&iacute;fica The Journal of Emergency Medicine,&nbsp;no dia 29 de julho, revelou uma condi&ccedil;&atilde;o m&eacute;dica incomum e um drama pessoal: um jovem de 17 anos da cidade de Worcester, nos EUA, engoliu sem saber um pequeno alfinete enquanto costurava suas roupas, e o objeto foi parar dentro do seu <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112794-por-que-o-coracao-nao-descansa-como-outros-musculos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cora&ccedil;&atilde;o</a>.
O adolescente deu entrada no pronto-socorro do UMass Memorial Medical Center ap&oacute;s sentir fortes <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/37341-quatro-sintomas-que-voce-vai-sentir-antes-de-um-ataque-cardiaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dores no peito</a> durante tr&ecirc;s dias. Era uma dor aguda, que irradiava para as costas e piorava ao deitar ou respirar profundamente. O eletrocardiograma revelou um perigoso supradesnivelamento consistente com perimiocardite.
Essa ocorr&ecirc;ncia &eacute; uma inflama&ccedil;&atilde;o tanto do m&uacute;sculo card&iacute;aco como da membrana circundante. Os exames de sangue mostraram que o paciente apresentava n&iacute;veis elevados de prote&iacute;nas que poderiam indicar uma les&atilde;o card&iacute;aca.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/28/28205357305353.jpg" alt="Fonte: Stefan Haberkorn/Visual Impression - Reprodu&ccedil;&atilde;o" />Fonte: Stefan Haberkorn/Visual Impression - Reprodu&ccedil;&atilde;o.
<h2>O atendimento de urg&ecirc;ncia</h2>
Foi providenciada uma tomografia computadorizada do t&oacute;rax do garoto, que evidenciou a presen&ccedil;a de um "objeto estranho met&aacute;lico linear alojado no cora&ccedil;&atilde;o", segundo o relat&oacute;rio m&eacute;dico.&nbsp;
<a href="https://www.megacurioso.com.br/bizarro/98229-os-13-raios-x-mais-inacreditaveis-divulgados-pelos-medicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O objeto</a> tinha cerca de 3,5 cent&iacute;metros de comprimento e se projetava para fora do ventr&iacute;culo direito, a c&acirc;mara inferior do cora&ccedil;&atilde;o respons&aacute;vel por bombear sangue para os <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/41943-como-manter-um-pulmao-vivo-fora-do-corpo-para-um-transplante-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pulm&otilde;es</a> atrav&eacute;s da art&eacute;ria pulmonar.
Aos m&eacute;dicos, o jovem disse que n&atilde;o havia ingerido nenhum objeto estranho nem experimentado qualquer tipo de trauma f&iacute;sico no peito. Posteriormente, ele revelou que costura suas pr&oacute;prias roupas sob medida e que tem o h&aacute;bito, como muitos alfaiates, de ficar com alfinetes na boca, mas n&atilde;o se lembrava de ter engolido nenhum.
Pela gravidade do quadro, o adolescente foi submetido a uma cirurgia de cora&ccedil;&atilde;o aberto para a remo&ccedil;&atilde;o do objeto, que os m&eacute;dicos descobriram ser realmente um alfinete de costura.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/28/28203143421347.jpg" alt="Imagem da tomografia (Fonte: Elsevier/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Imagem da tomografia. (Fonte: Elsevier/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>Alfinetes no cora&ccedil;&atilde;o</h2>
Corpos estranhos intracard&iacute;acos s&atilde;o ocorr&ecirc;ncias raras na literatura m&eacute;dica, principalmente em pacientes jovens. O caso atual parece ser um dos primeiros no qual o paciente engole, sem ao menos perceber, um alfinete que acaba alojado no interior do seu cora&ccedil;&atilde;o.
A autora principal do estudo, doutora Bonnie Mathews, m&eacute;dica e professora assistente no UMass Memorial, afirmou ao site Live Science que os m&eacute;dicos acreditam que o alfinete migrou do est&ocirc;mago diretamente para o cora&ccedil;&atilde;o, embora possa tamb&eacute;m ter sido do es&ocirc;fago ou at&eacute; mesmo do intestino delgado.
Felizmente, o adolescente se recuperou ap&oacute;s a cirurgia.

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Adolescente engole alfinete que vai parar dentro do seu coração

Imagem de Tribo isolada em ilha no Oceano Índico é contaminada por covid-19 no megacurioso

Ao menos 11 integrantes da tribo grande-andamanesa testaram positivo para o novo coronavírus

<head></head><body>Segundo o Survival International, organização de movimento global pelos direitos dos povos indígenas, ao menos 11 integrantes da tribo que habita a ilha de Grande Andamão estão contaminados pelo novo coronavírus. O fato surge como um preocupante indicativo para os grupos locais, que atualmente sofrem com tuberculose, altas taxas de consumo de álcool e já possuem histórico de baixa ou nenhuma imunidade a doenças contagiosas."Nossas fontes nas ilhas confirmaram que 11 integrantes da tribo grande-andamanesa testaram positivo para <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/115530-covid-19-como-sera-2021-se-ainda-nao-existir-vacina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a> em uma população de pouco mais de 50. Três se recuperaram e 8 ainda estão no hospital", disse Sophie Grig, pesquisadora da Survival, em comunicado enviado à&nbsp;IFLScience na última sexta-feira (28). "É uma notícia devastadora".Ocupantes das Ilhas Andamão, um conjunto de quase 600 ilhas localizadas entre os territórios de Mianmar e Índia, os grande-andamaneses já chegaram a constituir cerca de 10 tribos distintas ao chegarem nas ilhas durante o século XIX. Infelizmente, sua vinda foi responsável por trazer diversas doenças do continente, reduzindo uma população de quase 5 mil pessoas para apenas 50 em pouco mais de 100 anos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/31/31095059234059.jpg" alt="(Fonte: Wikipedia/Reprodução)">(Fonte: Wikipedia/Reprodução)“Os grande-andamaneses já foram dizimados por <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115754-mapa-indica-as-novas-e-velhas-doencas-que-ameacam-o-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doenças</a> para as quais não tinham imunidade, introduzidas pelos colonizadores britânicos em 1850”, acrescentou Grig. “Como muitas tribos, eles sofreram perdas catastróficas no primeiro contato com estranhos — de uma população de 5 mil membros de 10 tribos diferentes na década de 1850 para apenas 19 indivíduos, pouco mais de um século depois. É vital que todos os esforços sejam feitos para impedir que o vírus se espalhe para outros grande-andamaneses e para proteger os territórios das outras tribos nas Ilhas Andamão, impedindo que também sejam infectadas”.<h2>O risco da transmissão desenfreada</h2>Com mais de 3 mil casos confirmados, resultando em cerca de 40 mortes, o coronavírus das Ilhas Andamão surge como uma enorme preocupação para as instituições ativistas e os habitantes locais, que atualmente sofrem com o risco de ver um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115504-covid-19-pessoas-mais-altas-tem-mais-chances-de-contrair-a-doenca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">contágio</a> desenfreado.Diversos grupos remotos mantêm contato entre si no arquipélago, seja para a realização de atividades conjuntas ou do revezamento territorial para a caça e pesca. Dessa forma, as chances da covid-19 chegar a outras tribos, como os sentineleses, isolados do resto do planeta desde 1990, estão se concretizando gradativamente.</body>

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Tribo isolada em ilha no Oceano Índico é contaminada por covid-19

Imagem de Covid-19 mata mais homens que mulheres, mas por quê? no megacurioso

Novo estudo tenta responder uma das perguntas que mais intrigam médicos e cientistas desde o início da pandemia

Um estudo realizado por cientistas da Universidade de Yale, no estado de Connecticut (EUA), indicou o principal motivo pelo qual a <a href="http://Macau%20Photo%20Agency" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a> &eacute; mais mortal para homens do que para mulheres, especialmente para aqueles de idade mais avan&ccedil;ada.
Antes, achava-se que os homens s&atilde;o mais vulner&aacute;veis por terem mais receptores ACE2 do que as mulheres. &Eacute; por meio desses receptores que o novo coronav&iacute;rus infecta as c&eacute;lulas do corpo humano.
Agora, foi descoberto que a resposta para essa pergunta tem a ver com um sistema imunol&oacute;gico mais ou menos preparado para lidar com a doen&ccedil;a.
<h2>Como a pesquisa foi realizada</h2>
O estudo foi realizado com 17 homens e 22 mulheres que foram internados logo ap&oacute;s serem infectados pelo v&iacute;rus. Os pesquisadores fizeram a coleta e an&aacute;lise de amostras de v&aacute;rios materiais biol&oacute;gicos, entre 3 e 7 dias, durante todo o tratamento, para a compara&ccedil;&atilde;o das respostas imunol&oacute;gicas entre os dois sexos. Era exigido ainda que esses pacientes n&atilde;o necessitassem de respiradores ou medicamentos que alterassem o funcionamento de seus sistemas imunol&oacute;gicos.
Outros pacientes que n&atilde;o obedeciam a esses crit&eacute;rios tamb&eacute;m foram inseridos no estudo, desde que tivessem mais de 60 anos de idade, assim como os pacientes anteriores.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/28/28152720220185.jpg" alt="Homens s&atilde;o mais vulner&aacute;veis &agrave; covi-19 do que as mulheres." />Homens s&atilde;o mais vulner&aacute;veis &agrave; covid-19 do que as mulheres.
No final do experimento, os cientistas conclu&iacute;ram que as mulheres conseguem lidar melhor com a covid-19 porque seus organismos produzem mais c&eacute;lulas do tipo T que os dos homens. Essas c&eacute;lulas s&atilde;o os principais agentes que combatem o coronav&iacute;rus no sistema imunol&oacute;gico dos humanos e s&atilde;o de extrema import&acirc;ncia, tanto para prevenir reinfec&ccedil;&otilde;es quanto para impedir sua evolu&ccedil;&atilde;o.
O estudo ainda p&ocirc;de comprovar que, quanto mais idade o homem infectado tem, menores s&atilde;o as chances de sobreviver &agrave; covid-19, j&aacute; que com o passar do tempo os homens diminuem a produ&ccedil;&atilde;o de c&eacute;lulas do tipo T.
Enquanto isso, mulheres continuam produzindo essas c&eacute;lulas por muito tempo ainda ap&oacute;s os 60 anos.
O estudo n&atilde;o conseguiu determinar por que h&aacute; essa diferen&ccedil;a de produ&ccedil;&atilde;o de c&eacute;lulas do tipo T entre homens e mulheres, mas sup&otilde;e-se que tenha a ver com a condi&ccedil;&atilde;o de maternidade.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/176614-covid-19-mata-homens-mulheres-que.htm">Covid-19 mata mais homens que mulheres, mas por quê?</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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