Imagem de Vacina experimental brasileira promete curar vício em cocaína no megacurioso

A Calixcoca é uma vacina brasileira, ainda em fase de testes, que poderá tratar dependentes químicos em cocaína

<head></head><body>A dependência química em <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/111982-cocaina-faz-cerebro-associar-lugares-a-vontade-de-usar-a-droga.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cocaína</a> e seus derivados, como o crack, tem se tornado um grande desafio para a saúde pública em todo o mundo. Por isso, o anúncio feito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) sobre o desenvolvimento de uma vacina para o tratamento desse problema foi recebido com entusiasmo por pesquisadores e profissionais da área.A vacina, chamada de “Calixcoca”, ainda está em fase de testes. Contudo, os resultados apresentados até agora em testes com animais mostraram-se animadores. Ao contrário de outros fármacos que não foram eficientes em testes clínicos, a vacina brasileira conseguiu bloquear moléculas da droga que estariam associadas ao vício.Mais do que isso, os pesquisadores relataram que os fetos das ratas usadas nos testes também adquiriram proteção contra a dependência química. Isso indica a possibilidade de proteger fetos humanos gerados por mulheres dependentes químicas.A iniciativa brasileira recebeu um prêmio pelos seus resultados: 500 mil euros por conquistar o Euro Health Innovation Awards para medicina latino-americana, patrocinado pela Eurofarma, gigante do setor de medicamentos.“Sabemos como é difícil ter uma pessoa dependente em casa, como é sofrido para um acometido pela dependência ter que lidar com a ambivalência de usar ou não droga e como é ainda mais difícil para uma gestante dependente proteger seu feto e lidar com a dor da abstinência. Temos a missão de cuidar dessas questões”, disse Frederico Garcia, coordenador do projeto de pesquisa, em seu discurso durante a premiação.<h2>Como a Calixcoca funciona?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/11/01/01133014159282.jpg" alt="(Fonte: Divulgação: UFMG)">(Fonte: Divulgação: UFMG)Quando falamos em vacinas, imaginamos a prevenção de doenças causadas por organismos externos que tenham algum tipo de vida, como os vírus e as bactérias.No caso da dependência química, ela não é consequência da invasão desses seres microscópicos ao nosso organismo, não sendo, portanto, ligada ao nosso sistema imunológico. A dependência química é, como o nome sugere, uma resposta orgânica relacionada a alterações químicas induzidas pelo consumo de drogas. &nbsp;Ainda assim, os pesquisadores perceberam que poderiam fazer com que o sistema imunológico atuasse nesse caso, protegendo o paciente. Para isso, foi preciso fazer com que a cocaína fosse notada pelo sistema imunológico, o que era um desafio, pois a substância, ao ser consumida, torna-se muito pequena para chamar a atenção do nosso sistema de defesa.Assim, a vacina traz um ativo que se junta às pequenas moléculas da droga, criando uma macromolécula. Essa macromolécula consegue chamar a atenção do sistema imunológico."Então, o sistema imunológico começa a produzir anticorpos específicos que se encaixam, no modelo chave-fechadura, a essa macromolécula que, por ter o desenho molecular da <a href="https://www.megacurioso.com.br/publicidade-e-marketing/40390-tem-coca-ai-na-geladeira-mas-sera-que-tem-cocaina-na-coca-cola-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cocaína</a> na superfície da coroa superior, poderá se ligar à cocaína livre presente no sangue do indivíduo que fez uso da droga. Dessa forma, não haverá cocaína livre na corrente sanguínea para se ligar aos receptores que poderiam desencadear a dependência química da cocaína e todos seus efeitos deletérios", explicou o professor Felipe Terra, do Instituto de Química da Universidade Federal de Goiás (IQ-UFG), ao site da UFG. Felipe também faz parte da equipe que está desenvolvendo a vacina.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:15.902Z

Vacina experimental brasileira promete curar vício em cocaína

Imagem de De onde veio a expressão 'efeito placebo'? no megacurioso

Derivada do latim, a frase usada para descrever tratamentos associados a fatores psicológicos também é usada em oração católica e como insulto

<head></head><body>Você já ouviu alguém falar por aí que determinado tipo de tratamento só funciona por conta do "efeito placebo"? Esse termo é normalmente usado para descrever a possível melhora nos sintomas de alguns pacientes ao utilizarem um placebo, que nada mais é do que um tipo de tratamento criado para parecer um medicamento real — mas só é feito de substâncias químicas inativas, como amido e açúcar.No século XIII, no entanto, o termo "placebo" não era utilizado em ensaios clínicos, pílulas de mentirinha ou qualquer coisa remotamente médica. Em vez disso, esse era um termo que fazia membros da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121451-6-fatos-curiosos-sobre-a-igreja-catolica.htm#:~:text=A%20Igreja%20Cat%C3%B3lica%20%C3%A9%20inteiramente,mais%20se%20aproveitou%20desse%20m%C3%A9todo." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Igreja Católica Romana</a> pensarem em Deus e na morte. Logo, sua origem é muito mais complexa do que poderíamos imaginar.<h2>Origem no latim</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/24/24175648480388.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)O que muitas pessoas não sabem é que a palavra "<a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/35719-confira-algumas-questoes-curiosas-sobre-o-efeito-placebo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">placebo</a>" significa "eu agradarei" em latim, língua que originou o termo tanto usado no meio científico hoje. De acordo com o Oxford English Dictionary, ela é "a primeira palavra da primeira antífona das vésperas no Ofício dos Mortos" — uma oração noturna usada pelos católicos para pessoas que haviam morrido recentemente.Em pouco tempo, as pessoas passaram a usar "placebo" para se referir a oração inteira, que se traduz completamente como "agradarei ao Senhor na terra dos vivos". No século seguinte, no entanto, falantes de inglês deram uma definição secundária para o termo que permeava seu significado original em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122435-por-que-o-latim-e-uma-lingua-morta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">latim</a>: se você dissesse que alguém estava cantando, fazendo ou jogando "placebo", você estava insinuando que esse indivíduo estava lisonjeando alguém de forma bajuladora.A palavra evoluiu de tal forma que em determinado ponto era possível chamar uma pessoa de "placebo", o que significa rotulá-la de "bajuladora ou parasita". O primeiro exemplo desse uso pode ser visto no livro The Merchant's Tale, do escritor Geoffrey Chaucer.&nbsp;<h2>Uso na medicina</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/24/24175702641390.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Tendo em mente que "placebo" evoluiu no passado para representar um ato de bajulação com a intenção de fazer alguém se sentir bem — mesmo que não fosse um elogio sincero —, é fácil de entender como o termo foi parar na medicina. Afinal, em termos médicos, "placebo" define qualquer medicamento ou tratamento destinado a fazer alguém se sentir melhor, mesmo que tecnicamente sem potência medicinal.Porém, a palavra só foi chegar nesse segmento da sociedade em meados do século XVIII. “Quando se deseja apenas um placebo, o objetivo pode ser atendido por meios que, embora talvez reduzidos à matéria médica, não merecem, no entanto, o nome de medicamentos”, escreveu o médico Andrew Duncan em seu livro Elements of Therapeutic (1770).&nbsp;A frase completa "efeito placebo" não se tornou comum até o início do século XX. Esse período histórico presenciou o nascimento do termo em latim "nocebo", ou "farei mal", também usado para descrever um tratamento medicamente inútil ou vazio, que faz com que o paciente se sinta pior. Contudo, o termo nunca se popularizou da mesma forma que seu antagonista, cuja fama parece apenas crescer com o passar dos anos.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:14.859Z

De onde veio a expressão 'efeito placebo'?

Imagem de Jovem de 14 anos inventa sabonete para tratamento de câncer de pele no megacurioso

A invenção de Heman Bekele é um sabonete que ativa proteínas do sistema imunológico responsáveis pela estimulação das células de defesa

<head></head><body>Um estudante norte-americano de 14 anos, chamado Heman Bekele conquistou recentemente <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111785-jovem-cientista-chileno-descobre-bacteria-capaz-de-comer-pneus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o Desafio Jovem Cientista 3M 2023</a>, pela sua solução original para um sério problema de saúde: uma barra de sabonete desenvolvida para tratar o melanoma, a forma mais comum de câncer nos EUA.De acordo com o site da 3M, Heman cursa atualmente o 9º ano na WT Woodson High School em Annandale, no estado da Virgínia, nos EUA. O Desafio Jovem Cientista 3M é a principal competição de ciências do ensino médio do país, e confere ao vencedor o título de "Melhor Jovem Cientista da América" além de um prêmio em dinheiro no valor de US$ 25 mil, o equivalente a R$ 125 mil.&nbsp;A competição propõe que cada participante crie uma solução inédita para um problema do dia a dia que impacte diretamente a sua vida pessoal, de suas famílias, suas comunidades e/ou a população em geral. Para desenvolver seus protótipos, antes de serem julgados em uma série de desafios (que incluem uma apresentação em vídeo), os jovens são acompanhados por mentores cientistas.&nbsp;<h2>Como foi o Desafio Jovem Cientista 3M 2023?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/26/26213013917353.jpg" alt="(Fonte: 3M Young Scientist Lab)">(Fonte: 3M Young Scientist Lab)Para conquistar o tão cobiçado prêmio de Melhor Jovem Cientista da América, Bekele teve que suplantar duas concorrentes de peso. Sarah Wang de Andover, de Massachusetts, ficou em terceiro lugar com a invenção Luva Spring para Detecção de Epilepsia.&nbsp;A segunda colocada no certame, Shripriya Kalbhavi, de San Jose, criou o EasyBZ, um adesivo de microagulhas de baixo custo que permite <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127530-cientistas-criam-alternativa-para-injecao-inspirada-nos-polvos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a administração de medicamentos de forma autoautomatizada</a>.A invenção de Bekele,&nbsp;o Sabonete para Tratamento de Melanoma (MTS na sigla em inglês), foi feito, segundo seu criador, "fundindo sabonete medicinal comum com uma proporção de 50/30/20 de ácido salicílico, ácido glicólico e tretinoína, que são todos agentes ceratolíticos que reativam lentamente as células dendríticas".<h2>O futuro do sabonete para tratamento de câncer</h2><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/5AEMhrbG8gc" title="3MYSC Submission - Heman Bekele" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Em sua apresentação no YouTube, Bekele explica que, assim que o MTS é usado, ele libera na pele <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118774-o-que-e-o-sistema-imunologico-e-como-ele-funciona.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma classe de proteínas do sistema imunológico natural</a> chamada receptores Toll. "Esses receptores se prendem às células dendríticas que os reativam. Após reativados, eles se unem às células TN io12 [imunes] para combater as células infectadas pelo HPV", conclui.Após receber seu prêmio de US$ 25 mil, Bekele diz que irá aperfeiçoar sua invenção nos próximos cinco anos. Seus planos incluem a criação de uma organização sem fins lucrativos para distribuir o sabonete de baixo para as pessoas mais necessitadas.&nbsp;O sabonete MTS pode ser aplicado a cada dois dias após a prescrição. Seu preço de custo é de apenas US$ 0,50 (R$ 2,50), o que representa, na prática, um grande impacto no mundo, uma vez que um tratamento médico regular contra o câncer de pele custa nos EUA mais de US$ 40 mil (quase R$ 200 mil).</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:15.023Z

Jovem de 14 anos inventa sabonete para tratamento de câncer de pele

Imagem de Consumo de carne vermelha pode aumentar casos de diabetes tipo 2, diz estudo no megacurioso

De acordo com investigadores, reduzir a ingestão de carne vermelha diariamente pode reduzir o risco de desenvolver a doença

<head></head><body>Comer <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118957-6-fatos-preocupantes-sobre-o-consumo-de-carne-bovina.htm#:~:text=Diversos%20estudos%20feitos%20no%20campo,de%20desenvolver%20uma%20doen%C3%A7a%20card%C3%ADaca." rel="noopener noreferrer" target="_blank">carne vermelha</a> regularmente pode aumentar o risco de desenvolver diabetes tipo 2 mais tarde na vida, sugere um novo estudo feito pela Universidade de Harvard. Os investigadores examinaram dados de saúde de mais de 216 mil participantes que se inscreveram em estudos de saúde de longo prazo e descobriram que aqueles que comiam mais carne bovina, suína e de cordeiro tinham um risco maior de contrair a doença.“Encontramos um aumento modesto, mas estatisticamente significativo, no risco mesmo com duas porções de carne vermelha por semana, e o risco continuou a aumentar com ingestões mais altas”, disse o principal autor do estudo, Xiao Gu, em entrevista à National Geographic.&nbsp;<h2>Riscos de diabetes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/25/25015227562004.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O diabetes tipo 2 é uma condição médica que ocorre quando o corpo não reage adequadamente ao hormônio insulina ou não o produz em quantidade suficiente. Isso resulta em níveis cronicamente elevados de açúcar no sangue. Pessoas com diabetes também têm maior risco de desenvolver outras complicações de saúde, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/103758-fique-esperto-12-curiosidades-relacionadas-com-doencas-cardiacas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doenças cardíacas</a>, acidentes vasculares cerebrais e doenças oculares e renais.Estima-se que 462 milhões de pessoas sejam afetadas pela diabetes tipo 2 no mundo todo, o que representa algo parecido com 6,28% da população total. Em 2017, essa doença causou mais de 1 milhão de mortes e tornou-se a nona principal causa de mortalidade — uma proporção que vem aumentando drasticamente desde 1990.Para examinar a ligação entre carne vermelha e diabetes tipo 2, os pesquisadores analisaram dados de 216.695 participantes masculinos e femininos em três grandes estudos anteriores. Os pacientes foram solicitados a relatar seu estado de saúde e informações sobre ingestão alimentar a cada dois ou quatro anos, ao longo de 36 anos. Nesse período, 22 mil participantes desenvolveram diabetes tipo 2.<h2>Correlação entre fatores</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/25/25015244090007.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Depois de ajustar fatores como atividade física e consumo de álcool, a equipe de cientistas descobriu que os participantes que comiam cerca de duas porções de carne vermelha por dia tinham um risco 62% maior de desenvolver diabetes do que aqueles com menores índices de ingestão.Cada porção diária adicional de carne vermelha processada, como bacon ou salsicha, foi associada a um risco 46% maior de desenvolver a doença. Estudos anteriores também associaram a carne vermelha a uma infinidade de doenças, incluindo doenças coronárias, acidentes vasculares cerebrais e certos tipos de câncer.Embora o novo estudo não tenha conseguido atribuiu uma causalidade entre os dois fatores, os investigadores descobriram que substituir uma porção diária de carne vermelha por nozes e legumes diminuiu o risco de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/126706-extrato-de-planta-pode-ajudar-em-casos-de-diabetes-tipo-2.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">diabetes tipo 2</a> em cerca de 30%. No entanto, os pesquisadores alertam que faltou diversidade de participantes no estudo, o que dificulta dizer se os resultados se aplicam a toda a população.De todo modo, os investigadores acreditam fielmente que limitar o consumo de carne vermelha — mesmo sem eliminá-lo totalmente — pode ajudar a reduzir os riscos de complicações.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:14.881Z

Consumo de carne vermelha pode aumentar casos de diabetes tipo 2, diz estudo

Imagem de Quais são as partes do corpo que acumulam mais germes? no megacurioso

Os micróbios podem causar eczema e acne, entre outras doenças de pele

<head></head><body>Partes do corpo que podem ser “esquecidas” durante o banho, como atrás das orelhas, a região entre os dedos dos pés e o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/104064-por-que-e-tao-estranho-tocar-em-seu-proprio-umbigo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">umbigo</a>, não recebendo a mesma higienização que as demais, são as mais propensas a acumular germes prejudiciais à saúde. É o que diz um novo estudo publicado na revista Frontiers in Microbiology, em setembro.A pesquisa, conduzida por especialistas da Universidade George Washington (GW), nos Estados Unidos, objetivava investigar a “hipótese da avó”. Segundo o professor da instituição, Keith Crandall, sua avó sempre instruiu os netos a não se esquecerem de lavar as partes citadas ao tomar banho, o que segundo ela ajudava a evitar certas doenças.O diretor do Instituto de Biologia Computacional da GW decidiu, então, verificar a composição do microbioma — conjunto de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/62035-confira-10-equivocos-sobre-germes-e-higiene-que-costumamos-acreditar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">micróbios</a> que vivem no corpo humano — da pele. Para testar a hipótese defendida pela avó, a equipe liderada por Crandall analisou os germes presentes nas áreas úmidas, secas e oleosas da pele.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/24/24210035977480.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Ele reuniu 129 estudantes de graduação e pós-graduação da instituição, que coletaram suas próprias amostras, esfregando pontos úmidos e oleosos da pele, além de partes secas como panturrilhas e antebraços. O material teve o DNA extraído e sequenciado, com o resultado confirmando o que a vovó já sabia.<h2>Problemas de pele</h2>Ao comparar o microbioma de diferentes áreas da pele, os cientistas descobriram que as regiões não negligenciadas no banho, como antebraços e panturrilhas, têm um microbioma muito mais diverso do que as demais partes. Isso significa “uma coleção potencialmente mais saudável de micróbios”, segundo Crandall, em comunicado.Por outro lado, os pontos críticos, como foram chamadas as áreas lavadas com menos frequência, apresentam a combinação perfeita para o acúmulo de germes causadores de problemas. O estudo afirma ainda que as bactérias prevalentes nestas partes são originárias de ambientes aquáticos e úmidos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/25/25093508254035.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Como elas geralmente têm a função de decompor matéria morta e, em determinados casos, atuar na fermentação de bebidas, podem gerar odores desagradáveis nas áreas impactadas. O problema afeta as partes oleosas (atrás das orelhas) e úmidas (entre os dedos dos pés e umbigo).O autor principal do estudo cita ainda que o acúmulo de germes prejudiciais é capaz de causar doenças como o eczema, caracterizado por erupções cutâneas e coceira. A <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122540-de-urina-a-mercurio-como-a-acne-era-tratada-na-antiguidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">acne</a> também pode ser resultado da presença dos germes que desequilibram o microbioma da pele.<h2>Mudando os hábitos de limpeza</h2>Para evitar os problemas mencionados pela pesquisa, o primeiro passo é seguir as recomendações da avó. Ou seja, não se esquecer de lavar bem atrás das orelhas, a área entre os dedos e o umbigo, assim como todo o corpo, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120376-com-que-frequencia-pessoas-de-diferentes-paises-tomam-banho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hora do banho</a>.Segundo Crandall, a opção por hábitos de limpeza mais completos é capaz de alterar a qualidade dos micróbios que vivem na pele, melhorando o seu estado de saúde.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:14.663Z

Quais são as partes do corpo que acumulam mais germes?

Imagem de TDAH em adultos representa maior risco de demência, alerta estudo no megacurioso

Estudo reuniu dados de mais de 100 mil pacientes e aponta que adultos com TDAH possuem quase três vezes mais risco de ter demência

<head></head><body>O transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) é associado a diversas manifestações que podem comprometer o dia a dia das pessoas, principalmente quando não diagnosticado e tratado devidamente. Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), ele está presente em cerca de 5 a 8% da população mundial.Impulsividade, inquietude, dificuldade de se concentrar, de assimilar instruções faladas e hiperatividade estão entre alguns dos sintomas relatados. Além de se manifestar com maior intensidade, eles geram impactos negativos nas atividades diárias.De acordo com um novo estudo, os adultos portadores desse transtorno ainda precisam redobrar seus cuidados, já que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/neurociencia/102593-pesquisa-comprova-pessoas-com-tdah-tem-cerebros-diferentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">TDAH</a> está sendo relacionado a uma maior probabilidade de desenvolver demência.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18233658901641.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Estudo dimensiona o risco de demência entre adultos com TDAH</h2>Dados médicos de mais de 100 mil pessoas, residentes em Israel e nascidos entre 1933 e 1952, foram analisados entre 2003 e 2020, permitindo que os pesquisadores estabelecessem uma relação entre o TDAH e a demência enquanto as pessoas envelheciam: a constatação é que esse risco se torna quase três vezes maior quando o adulto tem TDAH.O estudo, publicado na revista JAMA Network Open, ainda destaca que essa maior probabilidade foi percebida quando em comparação com pessoas que não tinham o transtorno. A <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119381-qual-a-diferenca-entre-demencia-e-alzheimer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">demência</a> foi detectada em 13,2% dos indivíduos que receberam o diagnóstico de TDAH dentro do período avaliado. No grupo sem TDAH, por sua vez, a prevalência foi de 7%.Em comunicado oficial, foi abordado como pesquisas acerca desse grupo ainda são bastante limitadas, o que demonstra a importância de compreender melhor as causas envolvidas e as formas de evitar o declínio cognitivo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18233743882642.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>A importância do monitoramento em todas as fases da vida</h2>O documento ainda destaca: "O TDAH em adultos pode se materializar como um processo neurológico que reduz a capacidade deles de compensar os efeitos do declínio cognitivo mais tarde na vida." Além disso, assim como jovens e os adultos, os idosos devem ser constantemente monitorados.Uma vez que estes últimos apresentem o TDAH, pode ser que também apareçam sinais de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124381-demencia-frontotemporal-de-bruce-willis-e-uma-variacao-comum-da-doenca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">demência</a>. Por esse motivo, segundo Abraham Reichenberg, que é principal autor do estudo, entende ser importante que médicos, e mesmo cuidadores, monitorem os sintomas de TDAH apresentados e medicamentos aplicados.O estudo também reforça a importância de buscar acompanhamento especializado para obter a melhor forma de tratamento para o TDAH. O diagnóstico, que é clínico, pode ser realizado por meio de testes.Ao considerar o efeito de medicamentos psicoestimulantes para o tratamento do TDAH, os benefícios se tornam potencialmente maiores, embora ainda seja necessário investigar isso mais a fundo: segundo o estudo, além de contribuírem com a melhora da qualidade de vida do paciente, eles também podem ajudar a reduzir o risco de demência mais adiante.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:14.621Z

TDAH em adultos representa maior risco de demência, alerta estudo

Imagem de Baixa serotonina pode ter ligação com sintomas de covid longa no megacurioso

Estudo oferece uma nova perspectiva sobre as causas da covid longa, destacando que os níveis de serotonina podem contribuir para esse problema

<head></head><body>Desde o início da pandemia da covid-19, médicos e pesquisadores de todo o mundo têm observado um fenômeno intrigante: alguns pacientes continuam a sofrer sintomas persistentes da doença mesmo após a recuperação inicial da infecção aguda. Essa condição é comumente chamada de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/126937-efeitos-da-covid-longa-sao-equivalentes-a-envelhecer-10-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid longa</a>, ou síndrome pós-covid, e tem sido objeto de pesquisa em busca de respostas para seus mistérios.Recentemente, um estudo publicado na revista Cell&nbsp;apresentou uma teoria intrigante relacionando os sintomas prolongados com os baixos níveis de serotonina. Esta descoberta pode ter implicações significativas na compreensão e tratamento da covid longa.<h2>Covid longa: um desafio contínuo</h2>A covid longa é caracterizada por sintomas que persistem por 3 meses ou mais após a infecção aguda. Esses sintomas são bastante variados, incluindo fadiga extrema, confusão mental, dores de cabeça, dificuldade respiratória, depressão, ansiedade, diarreia, perda de olfato e paladar, dores nas articulações, entre outros. Esse quadro tem intrigado a comunidade médica que segue em busca de possíveis abordagens terapêuticas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/19/19214705850484.jpg" alt="A covid longa apresenta sintomas bastante variados. (Fonte: Getty Images)">A covid longa apresenta sintomas bastante variados. (Fonte: Getty Images)<h2>Descobertas do estudo</h2>No estudo, os pesquisadores analisaram pacientes com sintomas prolongados da covid, indivíduos assintomáticos após a infecção e aqueles recém-infectados. Eles identificaram níveis reduzidos de serotonina circulante em pacientes com covid aguda e longa, um fator que se revelou um indicador dos sintomas persistentes.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/19/19215028531485.jpg" alt="Níveis baixos de serotonina podem ter relação com a covid longa. (Fonte: Getty Images)">Níveis baixos de serotonina podem ter relação com a covid longa. (Fonte: Getty Images)Esse declínio na serotonina estava associado a uma resposta inflamatória similar à desencadeada por infecções virais. Além disso, pacientes com covid longa mostraram níveis elevados de interferons, proteínas vinculadas à reação inflamatória, e em alguns casos, o vírus ainda estava presente no <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121520-por-que-o-intestino-e-o-nosso-segundo-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">trato gastrointestinal</a>. Essas descobertas lançam luz sobre os mecanismos subjacentes à covid longa.<h2>Implicações para novos tratamentos</h2>A inflamação induzida pelos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114336-pesquisa-descobre-quais-celulas-sao-invadidas-pelo-sars-cov-2.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">interferons</a> parece afetar a absorção do triptofano, um aminoácido crucial na síntese da serotonina. Isso resulta na redução dos níveis de serotonina, prejudicando a sinalização do nervo vago, que desempenha um papel fundamental na comunicação entre o cérebro, o coração e o sistema digestivo.Assim, os pesquisadores sugerem que a restauração dos níveis de serotonina poderia ser uma abordagem terapêutica potencial para tratar os sintomas prolongados da covid. No entanto, qualquer tratamento deve ser testado em ensaios clínicos antes de ser amplamente adotado.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/19/19215252444486.jpg" alt="Aumentar os níveis de serotonina pode ser a solução. (Fonte: Getty Images)">Aumentar os níveis de serotonina pode ser a solução. (Fonte: Getty Images)Essa pesquisa tem o potencial de definir tratamentos inovadores para a covid longa, melhorando a qualidade de vida dos pacientes que sofrem com sintomas persistentes. No entanto, é importante ressaltar que mais estudos são necessários, e quaisquer abordagens terapêuticas devem passar por ensaios clínicos rigorosos para garantir sua eficácia e segurança.À medida que continuamos a aprender mais sobre a covid-19, nossa capacidade de entender e tratar a covid longa avança, oferecendo esperança para aqueles que vivenciam essa condição desafiadora.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:14.371Z

Baixa serotonina pode ter ligação com sintomas de covid longa

Imagem de Qual é a relação entre o intestino e a doença de Alzheimer? no megacurioso

Transplante de micróbios intestinais de pacientes com doença de Alzheimer para ratos saudáveis levou os animais a desenvolverem sintomas da doença

<head></head><body>A doença de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123601-alzheimer-como-identificar-a-doenca-precocemente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alzheimer</a> é uma condição neurodegenerativa complexa que afeta a função cognitiva e mental, tendo um impacto significativo na qualidade de vida dos afetados. Recentemente, uma pesquisa inovadora liderada pela professora Yvonne Nolan, do Centro de Pesquisa APC Microbiome Ireland, trouxe à luz uma descoberta notável: a relação entre o microbioma intestinal e a doença de Alzheimer, apontando o papel fundamental que o intestino desempenha nessa condição.<h2>Condução do estudo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/22/22183609375041.jpg" alt="O estudo transferiu microbioma intestinal dos pacientes para ratos">O estudo transferiu microbioma intestinal dos pacientes para ratosO estudo envolveu um grupo de 69 pacientes diagnosticados com Alzheimer e um grupo de 64 indivíduos saudáveis, que serviram como controle. Amostras de sangue e fezes foram coletadas de ambos os grupos e submetidas a um procedimento chamado transplante de microbiota fecal (FMT). O FMT envolveu a transferência do microbioma intestinal de pacientes com Alzheimer para ratos saudáveis.<h2>Descobertas surpreendentes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/22/22183921236042.jpg" alt="O intestino de pessoas com Alzheimer apresentou níveis elevados de bactérias">O intestino de pessoas com Alzheimer apresentou níveis elevados de bactériasDurante a pesquisa, os cientistas observaram que os pacientes com Alzheimer apresentavam níveis mais elevados de bactérias associadas à inflamação em suas amostras fecais. Curiosamente, esses níveis de bactérias inflamatórias mostraram uma correlação direta com o grau de comprometimento cognitivo nos pacientes.<h2>Transferência de sintomas para ratos</h2>A fim de avaliar o papel do microbioma intestinal na doença de Alzheimer, os pesquisadores conduziram o transplante de micróbios intestinais dos pacientes com a doença para <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122814-6-curiosidades-insanas-sobre-ratos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ratos</a> saudáveis. Antes disso, os animais tiveram sua microbiota natural eliminada com o uso de antibióticos. Após o transplante, os roedores desenvolveram sintomas associados à demência.<h2>O papel da neurogênese do hipocampo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/22/22184056619043.jpg" alt="O processo de neurogênese foi prejudicado nos ratos que receberam o transplante">O processo de neurogênese foi prejudicado nos ratos que receberam o transplanteUm dos aspectos mais destacados do estudo foi a observação da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121394-acredite-e-possivel-criar-novos-neuronios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neurogênese</a> do hipocampo, que se refere ao processo de criação de novos neurônios nessa região do cérebro. Os testes de memória realizados revelaram que os animais com bactérias intestinais de pacientes com Alzheimer produziram menos células nervosas novas, e isso resultou em prejuízos na memória.<h2>Culturas em células humanas</h2>Os experimentos conduzidos em culturas de células humanas confirmaram as descobertas do estudo. Eles demonstraram que o soro sanguíneo de pacientes com Alzheimer prejudicou o crescimento e o funcionamento dessas células, apontando para a influência direta do microbioma intestinal na evolução da doença.Essa descoberta inovadora lança luz sobre uma nova perspectiva para o desenvolvimento de tratamentos e estratégias de prevenção da doença de Alzheimer. Com o aumento da incidência da doença em todo o mundo, a pesquisa sobre o microbioma intestinal oferece uma nova esperança para uma melhor compreensão da condição e para o desenvolvimento de tratamentos mais eficazes.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:14.285Z

Qual é a relação entre o intestino e a doença de Alzheimer?

Imagem de Como saber se uma criança tem estrabismo? no megacurioso

Oftalmologista dá algumas dicas de como identificar estrabismo em crianças e quais são as possíveis correções para esse problema.

<head></head><body>O <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109689-pesquisador-diz-que-leonardo-da-vinci-provavelmente-era-estrabico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estrabismo</a> é um distúrbio relativamente comum que pode atingir de 5 a 8% das crianças brasileiras,&nbsp;segundo a Secretária da Saúde do Distrito Federal. Porém, oque talvez muitos não saibam é que há algumas formas de identificar esse problema para iniciar o tratamento quanto antes.Caso queira saber mais sobre o assunto, a doutora Claudia Faria, oftalmologista especialista em estrabismo do Hospital Albert Einstein, compartilha alguns dados sobre o estrabismo e os motivos que fazem com que ele apareça na vida de uma pessoa.<ul><li>Veja também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124248-5-mitos-sobre-os-olhos-que-voce-precisa-saber.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 mitos sobre os olhos que você precisa saber</a></li></ul><h2>Sintomas do estrabismo</h2>Dentre os comportamentos mais comuns de uma pessoa com estrabismo estão o fato de fechar um olho quando está no sol ou girar a cabeça para enxergar melhor.&nbsp;No caso de crianças, também é possível destacar dor de cabeça, dificuldade para lacrimejar ou dor nos olhos — ou até mesmo não apresentar nada além do desalinhamento do olhar.“O estrabismo é a perda do paralelismo entre os olhos. Na maioria das vezes, sua causa é desconhecida”, revela a médica, além de completar que, quando ele aparece na vida adulta, as causas centrais tendem a ser traumatismo craniano, <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124192-8-formas-de-lidar-com-a-diabetes-de-forma-tranquila.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">diabete</a> e problemas vasculares, como aneurismas, tumores cerebrais, entre outros.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/14/14014209726003.jpg" alt="Uso de óculos e tapão pode ajudar no tratamento do estrabismo.">Uso de óculos e tapão pode ajudar no tratamento do estrabismo.Ainda segundo a especialista, um sintoma que deve ser observado é a ambliopia, uma baixa visão em um dos olhos e que nem sempre é simples de ser detectada.&nbsp;"Como a criança apresenta comportamento normal mesmo enxergando bem com apenas um dos olhos, é muito importante os pais levarem a criança para avaliação oftalmológica", alerta a oftalmologista, reforçando que essa é uma situação contornável até os 8 anos.<h2>Possíveis correções</h2>Como são vários os tipos de estrabismo, a médica conta que os tratamentos também são específicos. "Alguns são corrigidos com o uso de óculos, outros com óculos e cirurgia de correção de estrabismo e há aqueles que são corrigidos apenas com a cirurgia. Em alguns casos, pode ser realizado o tratamento do estrabismo com toxina botulínica. A oclusão (ou tampão) é utilizada principalmente para o tratamento da ambliopia, a baixa visão causada pelo estrabismo", explica ela.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/14/14014331797004.jpg" alt="Estrabismo atinge de 5% a 8% das crianças no Brasil.">Estrabismo atinge de 5% a 8% das crianças no Brasil.Quando não tratado da forma e na idade correta, o estrabismo pode comprometer a visão binocular (3D), além de gerar problemas psicológicos, sociais e econômicos graças ao desvio ocular.&nbsp;Ainda nas palavras da oftalmologista, não são todos os casos de estrabismo que podem ser tratados com cirurgia, pois há casos em que apenas o uso de óculos já é o bastante para corrigir o problema.Por fim, é importante ressaltar que algumas das peculiaridades da condição têm a ver com aspectos como atraso no desenvolvimento e Síndrome de Down. “Até os 4 meses de vida do bebê, observamos desvios intermitentes para fora ou para dentro. Depois dessa idade, se o sintoma persistir, o bebê deve ser avaliado por um oftalmologista”, diz a especialista.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:14.216Z

Como saber se uma criança tem estrabismo?

Imagem de Próxima pandemia deve acontecer no setor da agricultura no megacurioso

O ritmo de produção, aquecimento global e alteração na uniformidade genética das culturas estão atraindo doenças em larga escala e prejuízos econômicos cada vez maiores

<head></head><body>Em 11 de março de 2020, Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), declarou o mundo em estado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126996-como-a-pandemia-mudou-a-forma-que-percebemos-o-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pandemia</a> devido à contaminação pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2). Em três anos, o flagelo da doença causou a morte de cerca de 15 milhões de pessoas pelo mundo, como divulgado no último balanço feito pelo órgão, até que o status de pandemia passasse após uma campanha massiva de imunização.Entre todos os aspectos ruins, a pandemia também promoveu avanços na ciência e saúde, acelerou a adoção à jornada de trabalho flexível e à educação online, conscientizou sobre saúde pública e sua importância, aumentou a digitalização da economia, trouxe inovações tecnológicas, e estabeleceu novos protocolos de saúde e higiene.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/20/20091112673043.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Só quem nem tudo mudou. Em 2020, um relatório divulgado pela Plataforma Intergovernamental de Políticas Científicas sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES) havia associado as atitudes que causam mudanças climáticas à propensão ao surgimento de novas doenças virais. Um artigo publicado na revista Estudos Avançados&nbsp;ressaltou a necessidade de mudanças profundas em relação ao desenvolvimento global sustentável e a maneira como o planeta lida com seus recursos naturais, pois os vírus são um componente da biodiversidade e se proliferam mais em países onde há desequilíbrios socioeconômicos e alteração do meio ambiente.Se os países adotassem um posicionamento adequado face ao aquecimento global e à aceleração constante dos meios de produção, é possível que freasse novas pandemias no panorama da crise de biodiversidade. Afinal, os especialistas já deixaram claro que a próxima pandemia deve acontecer no setor da agricultura.<h2>Produzindo demais</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/20/20091412677048.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Desde a segunda metade do século XX, quando aconteceram os surtos de doenças mais relevantes dos tempos modernos, já ficou claro que precisamos repensar nossas relações com os animais, como as epidemias estão relacionadas a sua criação e <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/126786-ultraprocessados-como-nos-tornamos-refens-de-uma-alimentacao-nociva.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a indústria alimentícia</a>. De 1970 até então, surgiram cerca de 500 novas doenças zoonóticas, como a gripe aviária, ebola, <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127598-nipah-o-virus-letal-que-assombra-a-india-pode-causar-uma-pandemia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nipah vírus</a>, HIV, zika e até mesmo a covid-19.Os humanos nunca estiveram tão próximo dos patógenos de outras espécies, e isso acontece porque também nunca criamos tantos animais de maneira tão intensiva. Em 2018, o centro de estudos Faunalytcs estimou que mais de 70 bilhões de animais terrestres são abatidos para a indústria da carne. A organização Global Agriculture aponta que 60% das terras agrícolas do mundo são utilizadas para a produção de carne, mesmo representando menos de 2% das calorias consumidas em todo o mundo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/20/20092207878056.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Para manter o nível de produção, a indústria precisa confinar milhares de animais, normalmente em condições de adversas, em locais superlotados e totalmente não naturais. Com isso, as fazendas industriais se tornaram verdadeiras fábricas de criação de doenças, incubando e aprimorando patógenos e permitindo que se cruzem e se proliferem nos bandos, alcançando os seres humanos em um estado hipervirulento. Assim nascem surtos que evoluem para epidemias e podem alcançar o status de pandemia. &nbsp;Esse comportamento da indústria que visa o alto rendimento é igual em toda a extensão da cadeia de produção alimentícia. A diferença é que na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121579-o-que-aconteceria-se-a-industria-da-carne-acabasse.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">indústria pecuária&nbsp;</a>enxergamos os resultados disso por meio das consequências desastrosas em escala global, enquanto a agricultura sofre baixas preocupantes desde o século passado.<h2>O problema do milho</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/20/20091605498050.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Um relatório de 2019, emitido pela Plataforma Intergovernamental de Políticas Científicas sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos, diz que 40% da terra do planeta é coberta por fazendas. Atualmente, quase 50% dos sistemas são compostos por apenas quatro culturas: trigo, milho, arroz e soja. Já vimos que doenças são comuns, não é para menos que, globalmente, US$ 30 bilhões em alimentos são perdidos para patógenos todos os anos.Miguel Altieri, professor emérito da Universidade da Califórnia, em Berkeley, respondeu ao The&nbsp;Grist&nbsp;que temos todas as condições para que ocorra uma pandemia nos sistemas agrícolas, causando fome em escala global e dificuldades econômicas catastróficas. E as mudanças climáticas aumentam esse perigo porque abalam a distribuição de patógenos e os colocam em contato com novas espécies de plantas, potencialmente piorando muito as doenças nas plantações.&nbsp;Foi assim no verão de 1970 nos Estados Unidos, quando o fungo Bipolaris maydis causou uma doença chamada praga da folha do milho do sul, que faz com que os caules murchem e morram. O flagelo da doença devastou da região Sul ao Centro-Oeste americano, reduzindo a safra de milho em cerca de 15%, gerando um prejuízo de US$ 1 bilhão.&nbsp;O episódio fez a população norte-americana perder mais calorias em sua alimentação do que os irlandeses durante a Grande Fome de 1840, quando os campos de batatas foram dizimados por doenças.<h2>Um estrago sem precedentes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/20/20091810704051.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Mas esse fungo só afetou as safras de milho dessa maneira porque a industrialização do sistema alimentar, iniciada na virada do século XX, fez os cientistas da década de 1930 desenvolverem uma variedade de milho com uma uniformidade genética alterada para gerar mais rendimentos. Essa variedade específica, conhecida como cms-T, constituiu a base genética para 90% do milho cultivado em todos os EUA, e se mostrou altamente suscetível à praga das folhas do milho. Sendo assim, quando aconteceu uma primavera excepcionalmente quente e úmida que favorecia o fungo, ele tinha uma quantidade imensa de produto para queimar.“Nunca mais uma grande espécie cultivada deve ser moldada em tal uniformidade que seja tão universalmente vulnerável ao ataque de um patógeno”, escreveu o patologista vegetal Arnold Jonh Ullstrup, em um artigo sobre o assunto, publicado em 1972.Apesar do estrago que essa uniformidade genética pode causar, hoje é uma das principais características da maioria dos sistemas agrícolas de grande escala. Conforme a máquina de produção acelera, mais alterações são feitas e mais suscetíveis a surtos de doenças as plantas ficam.Enquanto os sistemas forem baseados na monocultura, que só atrai prejuízos, e não for feita a incorporação da biodiversidade na agricultura em grande escala –, a crise tende a ficar cada vez maior, pois, como Altieri mesmo pontua: “criamos amplificação e não diluição”.</body>

Medicina e Psicologia

Novidades