Imagem de Nipah: o vírus letal que assombra a Índia pode causar uma pandemia? no megacurioso

Raro e intratável, o vírus causa surtos em alguns países asiáticos desde 1998 e está relacionado com o desmatamento e mudanças climáticas

<head></head><body>Em 30 de agosto de 2023, um homem chamado Mohammed Ali, morador da aldeia de Maruthonkara, no estado de Kerala, no sul da Índia, morreu sob sintomas gripais e neurológicos. Ele sofreu com dor de cabeça, febre muito alta, tosse, desconforto respiratório agudo e até mesmo convulsões. Quase 14 dias depois, morreu sob as mesmas circunstâncias Mangalatt Harris, aos 40 anos, morador da cidade de Ayahnchery, localizada a 18 quilômetros de Maruthonkara.Isso foi o suficiente para despertar um alerta entre as autoridades médicas indianas para uma ameaça muito conhecida pelo país. Em 13 de setembro, os resultados dos testes feitos nos cadáveres confirmaram que os homens haviam morrido de Nipah, um vírus mortal que assola a Índia e países asiáticos, contendo uma taxa de letalidade entre 40% e 75%, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).A Índia mal se recuperou da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126996-como-a-pandemia-mudou-a-forma-que-percebemos-o-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pandemia de covid-19</a>, que causou a morte de mais de 530 mil pessoas no país, e já se encontra novamente em estado de emergência com o que aparenta ser o quarto surto de infecção pelo vírus Nipah desde 2018.&nbsp;Sem vacina conhecida para a doença, as autoridades instituíram testes em massa para deter a propagação do vírus mortal, proibiu reuniões públicas e até mesmo fechou algumas escolas.<h2>O que é o vírus Nipah?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/05/05145038063240.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)"Raro e intratável" é como o vírus Nipah foi definido por um artigo científico elaborado por um grupo de pesquisadores e publicado na National Library of Medicine em fevereiro de 2019, logo após o primeiro surto que devastou o estado indiano de Kerala, em maio do ano anterior.Da família dos Paramyxoviridae, o nome Nipah é em homenagem a um rio na cidade natal do paciente zero, que morreu na Malásia, onde aconteceu o primeiro surto, entre 1998 e 1999. O vírus causou mais de 250 casos de encefalite febril em trabalhadores agrícolas e de matadouros, deixando um rastro de pânico e desestabilização socioeconômica pelo país.&nbsp;Depois disso, os surtos passaram a acontecer principalmente nas regiões indo-bangladeshianas e foram associados ao consumo de seiva crua de tamareira contaminada por morcegos frugívoros, muito diferente do que aconteceu na Malásia, onde a causa estava relacionada ao contato com cavalos e o abate de porcos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/05/05145125335243.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Naquela época, a Malásia vivia uma suposta epidemia de encefalite japonesa entre os suinocultores, causada por um vírus transmitido pela picada de mosquitos infectados e muito mais comum em áreas rurais e agrícolas. Infecções pelo vírus Nipah podem ter se estendido até Singapura porque dois matadouros locais abatiam porcos importados da Malásia. Quando as autoridades sanitárias proibiram as importações de suínos dos estados malaios afetados, já era março de 1999, quase um ano depois dos primeiros casos terem surgido.A comunidade médica descobriu que o Nipah é transmitido entre humanos via gotículas de saliva ou espirros. Além das manifestações neurológicas, a Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) e a insuficiência respiratória com Síndrome da Disfunção de Múltiplos Órgãos (SDMO) foram as principais causas de mortalidade entre os pacientes.<h2>O vírus e a ação do homem</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/05/05145228555247.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Em agosto de 2022, um estudo científico feito na China e publicado no&nbsp;New England Journal of Medicine detectou o vírus Nipah em 35 casos confirmados por meio de amostras de saliva extraídas de pacientes das províncias chinesas de Shandong e Henan. Nenhum deles estava em estado grave, mas apresentavam sintomas em comum, como tosse, febre, cansaço, perda de apetite, dores de cabeça e musculares, náuseas e irritabilidade. O estudo ainda mostrou que todos eles haviam tido contato com animais.Em setembro de 2022 foi a vez de a Índia testemunhar outro surto — dessa vez, no entanto, deixando algumas agências de saúde em alerta depois das consequências avassaladoras da infecção por covid-19. Mas os especialistas alertam que, embora tudo seja possível, é improvável que o surto de Nipah na Índia atinja escala global.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/05/05145336068250.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)“O mundo é pequeno, mas a probabilidade de alguém, ou um morcego frugívoro, estar infectado com o vírus Nipah e estar aqui, agora, é muito improvável”, disse Diana Finkel, professora associada de medicina da divisão de doenças infecciosas da Rutgers New Jersey Medical School, em entrevista à ABC News.É bom ressaltar, porém, que a propagação do vírus Nipah e subsequentes surtos também é um reflexo dos efeitos potencialmente devastadores da destruição do habitat natural dos animais portadores do vírus e das mudanças climáticas.O deslocamento dos morcegos frugívoros, considerados hospedeiros naturais do Nipah, por meio da destruição de florestas e do habitat natural, criou condições que favoreceram o contato humano, alimentos ou água contaminada por excrementos dos animais. Isso têm acontecido com cada vez mais frequência porque eles são forçados a migrarem para áreas próximas a comunidades humanas.&nbsp;É nesse cruzamento que os morcegos encontram a expansão desenfreada da agricultura e o desmatamento para a criação de plantações que, ao alterarem os padrões de uso da terra, a colocam em contato com os restos do animal portador do vírus.</body>

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Nipah: o vírus letal que assombra a Índia pode causar uma pandemia?

Imagem de Prêmio Nobel 2023: conheça os vencedores de cada categoria no megacurioso

Desde 1901, a maior premiação de ciência do mundo reconheceu mais de 1 mil pessoas e organizações por suas contribuições notáveis para a humanidade

<head></head><body>Como último desejo de sua vida, o cientista sueco Alfred Nobel decidiu estabelecer o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123208-a-origem-explosiva-do-premio-nobel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Prêmio Nobel</a> em 1895. O evento é um conjunto de seis prêmios internacionais anuais concedidos em várias categorias por instituições suecas e norueguesas para reconhecer pessoas ou instituições que realizaram pesquisas, descobertas ou contribuições notáveis para a humanidade.As primeiras cinco categorias surgiram em 1901: Química, Literatura, Paz, Física e Medicina. Em 1968, o Sveriges Riksbank (Banco Central da Suécia) estabeleceu o Prêmio de Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel, que tem sido chamado de Prêmio Nobel de Ciências Econômicas. Saiba quem foram os grandes vencedores de todas essas categorias em 2023!<h2>Prêmio Nobel de Física: Agostini, Krauz e L'Huillier</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/09/09090426370020.jpg" alt="(Fonte: Prêmio Nobel/Divulgação)">(Fonte: Prêmio Nobel/Divulgação)A Real Academia Sueca de Ciências decidiu conceder o Prêmio Nobel de Física de 2023 a Pierre Agostini, Ferenc Krausz e Anne L'Huillier pelos seus "métodos experimentais que geram pulsos de luz de attosegundos para o estudo na dinâmica de elétrons na matéria".Os três vencedores foram reconhecidos por seus experimentos, que deram à humanidade novas ferramentas para explorar o mundo dos elétrons dentro dos átomos e das moléculas. Em seu trabalho, os pesquisadores demonstraram uma maneira de criar pulsos de luz extremamente curtos, os quais podem ser usados para medir os processos rápidos nos quais os elétrons se movem ou mudam de energia.<h2>Prêmio Nobel de Química: Bawendi, Brus e Ekimov</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/09/09090339656017.jpg" alt="(Fonte: Prêmio Nobel/Divulgação)">(Fonte: Prêmio Nobel/Divulgação)Moungi Bawendi, Louis Brus e Alexei Ekimov receberam o Prêmio Nobel de Química em 2023 pela descoberta e desenvolvimento de pontos quânticos. Essas minúsculas partículas possuem propriedades únicas e são capazes de espalhar sua luz a partir das telas de televisão e lâmpadas LED. Essas partículas catalisam reações químicas, o que faz com que sua luz clara possa iluminar o tecido tumoral para um cirurgião.Ekimov e Brus, de maneira independente, foram os primeiros a criar pontos quânticos no mundo. Enquanto isso, Bawendi revolucionou a produção química das partículas. Agora, os pontos quânticos iluminam monitores baseados na tecnologia QLED, sendo utilizados por bioquímicos e médicos para mapear tecidos biológicos.<h2>Prêmio Nobel de Medicina: Karikó e Weissman</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/09/09090248389016.jpg" alt="(Fonte: Prêmio Nobel/Divulgação)">(Fonte: Prêmio Nobel/Divulgação)A Assembleia Nobel do Karolinska Institutet atribuiu o Prêmio Nobel de Medicina de 2023, de maneira conjunta, a Katalin Karikó e Drew Weissman "pelas suas descobertas sobre modificações de bases de nucleotídeos que permitiram o desenvolvimento de vacinas de mRNA eficazes contra a covid-19".&nbsp;As descobertas dos dois laureados foram fundamentais para a criação dos imunizantes que nos salvaram da pior fase da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126996-como-a-pandemia-mudou-a-forma-que-percebemos-o-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pandemia</a> iniciada em 2020. Através desse trabalho inovador, que mudou fundamentalmente nossa compreensão de como o mRNA interage no nosso sistema imune, os cientistas contribuíram para a taxa sem precedentes de desenvolvimento de vacinas durante uma das maiores ameaças à saúde humana nos tempos modernos.<h2>Prêmio Nobel de Literatura: Jon Fosse</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/09/09090151290015.jpg" alt="(Fonte: Prêmio Nobel/Divulgação)">(Fonte: Prêmio Nobel/Divulgação)Durante toda sua vida, Alfred Nobel desenvolveu fortes interesses literários, criando uma biblioteca ampla e rica de obras em diferentes idiomas. Logo, a literatura foi a quarta área premiada que Nobel mencionou em seu testamento. Em 2023, a Academia Sueca decidiu dar o Prêmio Nobel de Literatura para o escritor norueguês Jon Fosse.Fosse foi homenageado "pelas suas peças e prosas inovadoras que dão voz ao indizível". Seus textos, escritos no dialeto rural norueguês Nynorsk, abrangem uma variedade de gêneros, o que inclui romances, coleções de poesia, ensaios, livros infantis e traduções. Embora seja um dos dramaturgos mais representados no mundo, Fosse também se tornou cada vez mais conhecido por sua prosa.&nbsp;<h2>Prêmio Nobel da Paz: Narges Mohammadi</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/09/09090111185014.jpg" alt="(Fonte: Prêmio Nobel/Divulgação)">(Fonte: Prêmio Nobel/Divulgação)O Comitê Norueguês do Nobel decidiu dar o Prêmio Nobel da Paz de 2023 a Narges Mohammadi pela sua luta contra a opressão das mulheres no <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123098-protestos-no-ira-3-razoes-para-esse-ser-um-momento-impar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Irã</a> e pela sua luta para promover os direitos humanos e a liberdade para todos. O prêmio deste ano também reconhece centenas de milhares de pessoas que, no ano anterior, manifestaram-se conta as políticas de discriminação e opressão do regime teocrático na região.Mohammadi é uma mulher, defensora dos direitos humanos e lutadora pela liberdade. A sua corajosa luta pelos direitos das mulheres causou enormes custos pessoas. Ao todo, ela foi presa 13 vezes e torturada tantas vezes mais. Narges foi sentenciada a uma pena de 31 anos de prisão e 154 chicotadas, estando presa até hoje.&nbsp;<h2>Prêmio Nobel de Ciências Econômicas: Claudia Goldin</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/09/09085956421012.jpg" alt="(Fonte: Prêmio Nobel/Divulgação)">(Fonte: Prêmio Nobel/Divulgação)Finalizando a lista dos grandes vencedores de 2023, Claudia Goldin foi agraciada com o Prêmio Sveriges Riksbank de Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel por ter descoberto os principais impulsionadores das diferenças de gênero no mercado de trabalho. Na década de 1980, Goldin foi a primeira pessoa a realizar uma abordagem abrangente para explicar a origem dessas diferenças.Seu trabalho de pesquisa proporcionou conhecimentos novos e muitas vezes surpreendentes sobre os papéis históricos e contemporâneos das mulheres no mercado de trabalho. De acordo com a pesquisadora, o fato de as escolhas das mulheres terem sido frequentemente, e continuam ser, limitadas pelo casamento e pela responsabilidade pelo lar e pela família está no centro de todas as análises e modelos explicativos para tamanha disparidade.&nbsp;</body>

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Prêmio Nobel 2023: conheça os vencedores de cada categoria

Imagem de Conheça o "jamais vu", o fenômeno oposto ao "déjà vu" no megacurioso

Fenômeno envolve a sensação de estranhamento sobre uma palavra ou situação que é conhecida

<head></head><body>É provável que, em algum momento da vida, todos nós tenhamos experimentado o "déjà vu", que é aquela sensação de já ter estado antes num lugar específico, com as mesmas pessoas em uma mesma situação que está se repetindo.Mas também existe o fenômeno oposto, o "jamais vu", que descreve a impressão de não conhecer algo ou algum lugar com o qual temos familiaridade. Trata-se de uma sensação mais rara, sobre a qual os pesquisadores ainda não sabem muita coisa.<h2>As diferenças entre o "jamais vu" e o "déjà vu"</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/02/02181353969392.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Segundo os investigadores dos processos cognitivos, o "jamais vu" pode ser um sinal da mente de que alguma coisa ou situação se tornou automática. Ele pode acontecer, por exemplo, quando um músico experiente esquece como tocar uma música que conhece bem ou quando esquecemos de uma rota que percorremos frequentemente.O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120758-deja-vu-por-que-temos-a-sensacao-de-ja-ter-vivido-algo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">déjà vu</a> e o jamais vu foram estudados por cientistas da Universidade de Grenoble, na França, e da Universidade de St. Andrews, na Escócia. Eles acreditam que as duas situações ocorram quando há uma espécie de processamento errado das memórias pelo cérebro.“O fenômeno surge quando a parte do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124398-cerebros-humanos-vem-diminuindo-de-tamanho-ha-3-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro</a> que detecta a familiaridade se dessincroniza com a realidade. Déjà vu é o sinal que alerta para essa estranheza: é uma espécie de 'verificação de fatos' do sistema de memória”, afirmaram Akira O'Connor, da Universidade de St. Andrews, e Christopher Moulin, da Universidade de Grenoble.Para entender o jamais vu, eles conduziram um experimento com 94 pessoas que recebiam o comando de escrever as mesmas 12 palavras várias vezes. Foi também pedido aos voluntários que fizessem isso com muita rapidez e depois descrevessem como se sentiam.Na maior parte das respostas, os voluntários descreveram a sensação como "estranha". Isso costumava acontecer ao fim de 33 repetições da mesma palavra. O que as pessoas relataram era que, quanto mais olhavam para as palavras, mais elas pareciam desconhecidas. A pesquisa acabou <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127381-premio-ignobel-os-vencedores-das-pesquisas-cientificas-mais-engracadas-de-2023.htm#:~:text=O%20Pr%C3%AAmio%20IgNobel%20foi%20criado,e%20depois%20as%20fazem%20pensar%22." rel="noopener noreferrer" target="_blank">vencendo o curioso prêmio IgNobel</a>.<h2>Por que isso acontece?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/02/02181548527394.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)De acordo com os pesquisadores, o jamais vu ocorre por uma espécie de fadiga do nosso <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119979-como-o-cerebro-define-a-qualidade-das-nossas-memorias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sistema cognitivo</a>. “O jamais vu é um sinal de que algo se tornou muito automático, muito fluente, muito repetitivo. Isso nos ajuda a 'sair' do nosso processamento atual, e a sensação de irrealidade é, na verdade, uma verificação da realidade”, escreveram.O trabalho levou cerca de 15 anos para ser publicado, e envolveu várias etapas. Em uma delas, partia-se do palpite de que quando as pessoas escrevem várias vezes as mesmas palavras (como em um castigo da escola), elas acabam as estranhando e tendo a sensação de que não seriam reais.Só que os pesquisadores, na verdade, se deram conta que não estavam descobrindo algo novo. Em 1907, Margaret Floy Washburn, que é uma das fundadoras da <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124414-7-abordagens-da-psicologia-e-suas-diferencas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">psicologia</a>, já havia relatado um experimento executado com seus alunos no qual descrevia a "perda do poder associativo" quando as palavras eram observadas fixamente durante três minutos. Portanto, se você acha que já teve alguma sensação desse tipo com uma palavra ou uma situação vivida, saiba que não é uma mera coincidência: pode ser um sinal de cansaço do seu cérebro.</body>

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Conheça o 'jamais vu', o fenômeno oposto ao 'déjà vu'

Imagem de Cientistas criam alternativa para "injeção" inspirada nos polvos no megacurioso

Sistema funciona por meio de uma ventosa que administra medicamentos no lado interno da boca dos pacientes.

<head></head><body>Muita gente costuma ter medo de agulhas e acha a sensação de ser espetado bem desagradável. Isso pode complicar a vida de quem tem que tomar remédios injetáveis de maneira permanente – como, por exemplo, as pessoas com <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124192-8-formas-de-lidar-com-a-diabetes-de-forma-tranquila.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">diabetes</a>, que precisam de injeções de insulina.Por conta disso, vários cientistas experimentam formas diferentes de administrar essas substâncias. Jean-Christophe Leroux, que é professor na ETH Zurique, na Suíça, criou um novo método para administrar um medicamento injetável por meio da mucosa bucal, por meio de um patch que fica inserido no lado interno da bochecha.Depois de algumas tentativas que não deram certo, Leroux e sua equipe acharam inspiração em um animal: o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121472-polvo-ancestral-mais-antigo-do-mundo-e-descoberto-no-canada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">polvo</a>.<h2 aria-label="Anúncio">O protótipo da ventosa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/29/29182352895351.jpg" alt="(Fonte: Popular Science)">(Fonte: Popular Science)Em estudo publicado na Science Translational Medicine, Leroux e sua equipe mostraram o protótipo do equipamento criado por eles, com o uso de uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124711-cientistas-criam-fatia-de-bolo-comestivel-usando-impressora-3d.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">impressora 3D</a>. Trata-se de uma espécie de ventosa de sucção emborrachada que é anexada do lado interno da boca do paciente.Eles então fizeram um teste com pessoas voluntárias, e observaram que a maior parte dos participantes se ajustou perfeitamente ao novo método, o qual preferiam em relação às injeções.Segundo o pesquisador, a ideia é criar uma forma mais confortável que as agulhas para administrar certos remédios. “Desenvolvemos um sistema de administração muito simples e fácil de aplicar que poderia potencialmente substituir os injetáveis de vários tipos de medicamentos”, afirmou Leroux.<h2>A inspiração no polvo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/30/30093209373003.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Segundo Jean-Christophe Leroux, os pesquisadores tiraram a ideia justamente na forma pelas quais os polvos conseguem ficar ancorados dentro de mares agitados. “O ponto de partida foi imitar a boa <a href="https://www.megacurioso.com.br/plastica-e-estetica/61938-bumbum-a-vacuo-clinica-usa-succao-para-aumentar-popozao-da-mulherada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sucção</a> que essas criaturas tinham para aderir fortemente às superfícies molhadas”, explicou Leroux.O método da ventosa promete ter vantagens em relação à ingestão do comprimido, pois administra o remédio ao longo do tempo, e pode ser removido sempre que for necessário. Além disso, o sistema evita que o medicamento seja dissolvido pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124306-o-importante-papel-da-saliva-no-sabor-dos-alimentos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">saliva</a>.Depois de realizar um teste com cães que usaram a ventosa, constatou-se que os animais apresentavam níveis mais elevados da droga no sangue do que se tivessem recebido por via oral normal. “Ficamos realmente impressionados com o nível de absorção que obtivemos com um sistema tão simples”, diz Leroux.&nbsp;Contudo, notou-se que, nos animais, o método injetável foi mais eficiente que a ventosa. Ainda assim, os pesquisadores ressaltaram que o protótipo trazia mais conforto para os animais, e que ele ficou instalado em suas bochechas por até três horas sem causar problemas.A ideia dos cientistas é explorar mais o uso da parte interna da boca para administrar medicamentos, especialmente no uso de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127336-estudo-sugere-que-vlad-o-empalador-a-inspiracao-para-o-dracula-pode-ter-sido-vegano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peptídeos</a>, que são estruturas formadas com base na ligação entre duas ou mais moléculas de aminoácidos. Isso pode ser muito útil principalmente para pessoas que precisam de remédios injetáveis de maneira permanente.<div aria-label="Anúncio">Espera-se que, com o tempo, seja possível aprovar nos órgãos regulatórios novos métodos que driblem o uso de injeções. De acordo com a pesquisa feita pela equipe de Jean-Christophe Leroux, dos quarenta voluntários que participaram do experimento, 75% disseram não ter sentido desconforto com a ventosa. Quase 83% disseram preferir usar esse patch ao invés de uma agulha.</div> </body>

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Cientistas criam alternativa para 'injeção' inspirada nos polvos

Imagem de Superbactérias: como evitar a resistência aos antibióticos no megacurioso

A resistência aos antibióticos é um problema crescente e complexo que ameaça a eficácia dos medicamentos usados para tratar infecções bacterianas

<head></head><body>Superbactérias, ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125171-bacterias-de-dentes-de-neandertais-podem-ser-fonte-de-novo-remedio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bactérias</a> resistentes a antibióticos, são cepas microbianas que desenvolveram a capacidade de resistir a um ou mais antibióticos. Essa resistência pode ocorrer devido a mutações genéticas aleatórias, ou pode ser adquirida devido ao uso inadequado de antibióticos.<h2>Ameaça à eficácia dos antibióticos convencionais</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/02/02195853859438.jpg" alt="Medicamentos antimicrobianos">Medicamentos antimicrobianosO que torna essa situação tão preocupante é que, à medida que as bactérias se tornam resistentes aos antibióticos convencionais, as opções de tratamento para <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122780-7-motivos-para-o-aumento-de-doencas-infecciosas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">infecções bacterianas</a> se tornam limitadas, tornando algumas infecções mais difíceis de tratar e potencialmente mais letais. Superbactérias representam uma séria ameaça à saúde pública, pois podem se espalhar facilmente em ambientes como hospitais e comunidades, aumentando a taxa de mortalidade associada a essas infecções.<h2>Estratégias para combater a resistência aos antibióticos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/02/02200122634439.jpg" alt="Uso de estratégias eficazes na área da saúde">Uso de estratégias eficazes na área da saúdeA ameaça das superbactérias e a resistência aos antibióticos estão em ascensão, tornando essencial adotar medidas decisivas para preservar a eficácia dos medicamentos que combatem esses microrganismos. Algumas estratégias eficazes para isso são:<ul><li>Uso responsável de antibióticos, restrito às situações em que são realmente necessários e prescritos por profissionais de saúde qualificados;</li><li>Educação e conscientização do público sobre a importância do uso adequado de antibióticos;</li><li>Manutenção de boas práticas de higiene e prevenção de infecções, prevenindo a disseminação de infecções bacterianas;</li><li>Desenvolvimento de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127252-novo-antibiotico-que-mata-superbacterias-e-descoberto-no-solo-dos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">novos antibióticos</a> para substituir aqueles que se tornaram menos eficazes devido à resistência;</li><li>Monitoramento e vigilância, para rastrear a resistência aos antibióticos e identificar tendências emergentes;</li><li>Exploração de alternativas à antibioticoterapia, como tratamentos imunológicos, para reduzir o uso de antibióticos.</li></ul><h2>Desenvolvimento de novas terapias</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/02/02200323608440.jpg" alt="Estudo contínuo para desenvolver novos medicamentos">Estudo contínuo para desenvolver novos medicamentosPara combater a crescente ameaça das superbactérias e a obsolescência dos antibióticos, é essencial investir no desenvolvimento de novas terapias antimicrobianas. A pesquisa contínua e a inovação são fundamentais para enfrentar os desafios da resistência aos antibióticos.Além de buscar alternativas aos remédios tradicionais, como terapias baseadas em imunidade, é preciso investir em novos medicamentos que possam enfrentar as superbactérias emergentes. Esses avanços podem proporcionar esperança na luta contra as infecções resistentes a antibióticos e garantir um futuro mais saudável e seguro para todos.<h2>Desafios na luta contra a resistência antibiótica</h2>Além das estratégias já mencionadas, é preciso reconhecer que a resistência a antibióticos é um problema em constante evolução. Conforme as superbactérias continuam a surgir e a adaptar-se, a pesquisa contínua, o desenvolvimento de novas terapias e a adaptação de políticas e práticas são necessários para enfrentar este desafio constante.A prevenção da obsolescência dos antibióticos e a contenção das superbactérias exigem esforços coordenados em todas as frentes. O compromisso de diversos setores da sociedade e a conscientização de cada indivíduo desempenham um papel importante na luta contra a resistência aos antibióticos. É preciso um envolvimento global, pois as bactérias resistentes não reconhecem fronteiras.</body>

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Superbactérias: como evitar a resistência aos antibióticos

Imagem de 4 malefícios de dormir com o cabelo molhado no megacurioso

Entenda por que não é bom dormir com o cabelo molhado, e como mitigar o problema quando for preciso

<head></head><body>Nada como um bom banho para relaxar depois do trabalho, não é mesmo? Mas se você tem o hábito de deixar esse banho para muito tarde e não pode usar o secador de cabelo depois, pode estar causando problemas para a sua saúde e de seu parceiro ou parceira. Conheça quatro problemas causados por dormir com o cabelo molhado e o que fazer para evitá-los.<h2>1. Acne</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/25/25204203236007.jpg" alt="Dormir com o cabelo molhado pode facilitar o surgimento de acne. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Dormir com o cabelo molhado pode facilitar o surgimento de acne. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Quem já agradeceu por ter se livrado da acne, comum na puberdade, precisa ficar atento: dormir com o cabelo molhado pode contribuir para o seu retorno. Isso ocorre por vários fatores: os fios úmidos podem abrigar bactérias e fungos, que, quando em contato com a pele do rosto, podem obstruir os poros e desencadear o desenvolvimento de espinhas.Além disso, o cabelo úmido transfere resíduos de produtos capilares e sujeira para o travesseiro, que podem entrar em contato com a pele durante o sono, aumentando o risco de irritação e obstrução dos poros.<h2>2. Infecções</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/25/25205205291008.jpg" alt="Dormir de cabelo molhado pode causar micoses e infecções. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Dormir de cabelo molhado pode causar micoses e infecções. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Ambientes quentes e úmidos são os principais itens da lista de desejos de bactérias e fungos na hora de procurar uma morada. E dormir com cabelo molhado cria as condições perfeitas para isso. A umidade prolongada cria um ambiente propício para o crescimento de bactérias e fungos no couro cabeludo, que podem se espalhar para áreas sensíveis do rosto e pescoço durante o sono.Essas bactérias podem obstruir os poros, causar inflamação e desencadear infecções. Doenças como micoses, foliculite, dermatite por Malassezia&nbsp;e infecções pelo fungo Aspergillus fumigatus&nbsp;são algumas das mais comuns relacionadas ao hábito.Além disso, a umidade no travesseiro pode acumular sujeira e resíduos de produtos capilares, criando um terreno fértil para bactérias. Se a fronha e o próprio travesseiro não forem lavados regularmente, as bactérias estarão lá, esperando uma porta de entrada para causar novas doenças. Portanto, secar completamente o cabelo antes de dormir é essencial para evitar infecções bacterianas indesejadas.<h2>3. Deixar o cabelo quebradiço</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/25/25205248671009.jpg" alt="Dormir de cabelo molhado prejudica a saúde dos fios. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Dormir de cabelo molhado prejudica a saúde dos fios. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Dormir com o cabelo molhado pode ser prejudicial para a queratina capilar, a proteína que forma a estrutura dos fios — e que fornece força e elasticidade. Quando o cabelo fica úmido por um período prolongado, ele absorve água e incha, fazendo com que as cutículas capilares se abram, o que deixa os fios mais suscetíveis a danos. Isso é potencializado pelo atrito causado pelo próprio peso da cabeça e da fricção dos fios com o travesseiro com os movimentos noturnos.Assim, dormir com o cabelo molhado pode comprometer a integridade da queratina e resultar em cabelos mais fracos e propensos a danos.<h2>4. Colocar outras pessoas em risco</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/25/25205347413010.jpg" alt="Bactérias podem ser transportadas facilmente entre traveisseiros. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Bactérias podem ser transportadas facilmente entre traveisseiros. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Se você não tem o hábito de dormir com o cabelo molhado, mas seu parceiro ou parceira tem, você está tão suscetível aos problemas mencionados acima. As bactérias podem ser facilmente transferidas pelo contato, e as infecções por fungo também. Caso seja você que mantenha o hábito em casa, você se torna o vetor de possíveis doenças.Se você não tem outra solução se não tomar banho a noite e não pode fazer a secagem com secador, pode tomar algumas medidas para mitigar os riscos de dormir com o cabelo molhado. Por exemplo:<ul><li>Faça a lavagem no início do banho, e molhe o cabelo o mínimo possível;</li><li>Use condicionador, o produto diminui o atrito do cabelo com o travesseiro;</li><li>Use uma toalha separada para secar o cabelo e seque bem o couro cabeludo;</li><li>Utilize fronha ou touca de seda;</li><li>Lave ou troques as fronhas semanalmente;</li><li>Utilize produtos que protejam os fios, existem vários no mercado mas uma opção natural é o óleo de coco.</li></ul></body>

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4 malefícios de dormir com o cabelo molhado

Imagem de A dolorosa história das pessoas com lepra no Brasil do século XX no megacurioso

De 1920 a 1960, os hansenianos eram tão perseguidos a ponto de serem banidos de suas famílias e terem os bens queimados pelo governo

A Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS) informou que em 2023 a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124698-hospital-colonia-itapua-conheca-o-ultimo-leprosario-do-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hansen&iacute;ase</a>, mais conhecida como lepra, continua presente em 120 pa&iacute;ses, com 200 mil novos casos notificados todos os anos, enquadrando a doen&ccedil;a milenar como uma condi&ccedil;&atilde;o tropical negligenciada. No Brasil, s&atilde;o 30 mil novos casos da doen&ccedil;a, colocando o pa&iacute;s como o segundo maior em n&uacute;mero de casos, perdendo apenas para a &Iacute;ndia.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), essa neglig&ecirc;ncia acontece porque alguns &oacute;rg&atilde;os tomadores de decis&atilde;o e segmentos da ind&uacute;stria farmac&ecirc;utica n&atilde;o enxergam a doen&ccedil;a, sua preven&ccedil;&atilde;o e tratamento como prioridade. A hansen&iacute;ase tem cura e pode ser tratada de forma gratuita nas unidades de sa&uacute;de no Brasil. O tratamento &eacute; via oral e feito com a combina&ccedil;&atilde;o dos medicamentos dapsona, rifampicina e clofazimina.
Antigamente, no entanto, as pessoas eram perseguidas e exiladas, for&ccedil;adas a viver longe da civiliza&ccedil;&atilde;o e como animais. Essa era a vida dos leprosos no Brasil.
<h2>Os "lazarentos"</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/22/22140613150223.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Causada pela bact&eacute;ria Mycobacterium leprae, a lepra &eacute; documentada desde 600 a.C., aparecendo em textos asi&aacute;ticos como uma doen&ccedil;a chamada "kushta", que manifestava os mesmos sintomas, com a predomin&acirc;ncia de manchas pela pele, podendo estas serem vermelhas ou apresentarem perda de pigmenta&ccedil;&atilde;o.
Muito diferente do que se imagina, a doen&ccedil;a afetou pessoas em v&aacute;rias partes do mundo e j&aacute; era um problema antes de ganhar notoriedade durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125187-fogo-de-santo-antonio-a-doenca-que-devastou-a-humanidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade M&eacute;dia</a>. Por vezes, &eacute; dito que foi nesse per&iacute;odo que a lepra se desenvolveu e evoluiu para uma pandemia, quando, na verdade, ela s&oacute; se tornou mais proeminente devido a um aumento significativo da urbaniza&ccedil;&atilde;o da Europa. Com cidades crescendo rapidamente em tamanho e densidade populacional, as condi&ccedil;&otilde;es de vida se tornaram insalubres, com falta de saneamento b&aacute;sico e acesso limitado a cuidados de sa&uacute;de adequados, favorecendo a propaga&ccedil;&atilde;o de doen&ccedil;as infeciosas no geral, incluindo a lepra.
A propor&ccedil;&atilde;o que a doen&ccedil;a ganhou na Idade M&eacute;dia, unida a falta de compreens&atilde;o sobre a transmiss&atilde;o dela e sua natureza contagiosa, levou ao estigma, muito permeado tamb&eacute;m por ideias religiosas. Assim surgiram as "casas de L&aacute;zaro", hospitais-col&ocirc;nias administrados por ordens religiosas para abrigar e isolar da sociedade aqueles acometidos pela doen&ccedil;a.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124698-hospital-colonia-itapua-conheca-o-ultimo-leprosario-do-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hospital Col&ocirc;nia Itapu&atilde;: conhe&ccedil;a o &uacute;ltimo lepros&aacute;rio do Brasil</a> 
Essas institui&ccedil;&otilde;es se espalharam por toda a Europa em uma tentativa de combater a doen&ccedil;a inexplic&aacute;vel. Estima-se que uma em cada 30 pessoas que viveu naquela &eacute;poca foi infectada com a bact&eacute;ria, considerada um "castigo de Deus".
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/22/22142307624233.jpg" alt="(Fonte: Topical Press Agency/Getty Images)" />(Fonte: Topical Press Agency/Getty Images)
Ainda hoje, a ci&ecirc;ncia n&atilde;o descobriu como aconteceu a primeira infec&ccedil;&atilde;o, tampouco a origem geogr&aacute;fica ou o padr&atilde;o de transmiss&atilde;o da lepra. Pesquisas gen&ocirc;micas levam a acreditar que a doen&ccedil;a tenha surgido na &Aacute;frica Oriental ou no Oriente Pr&oacute;ximo durante a era do Pleistoceno Superior (entre 10 mil a 82 mil anos atr&aacute;s) antes das consecutivas imigra&ccedil;&otilde;es humanas terem a espalhado pela Europa e depois para o resto do mundo, principalmente pelos exploradores e pelo tr&aacute;fico de escravos.
Ainda que muita coisa tenha mudado ao longo do tempo at&eacute; 1873, quando o m&eacute;dico noruegu&ecirc;s G. H. Armauer Hansen descobriu o agente causador da doen&ccedil;a, a bact&eacute;ria Mycobacterium leprae, os julgamentos morais e o ostracismo dos doentes se mantiveram.
<h2>Os asilos-col&ocirc;nias</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/22/22142433550235.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Apesar de acreditar-se que a doen&ccedil;a j&aacute; estava presente nas popula&ccedil;&otilde;es ind&iacute;genas antes da chegada dos europeus, os processos migrat&oacute;rios e a coloniza&ccedil;&atilde;o contribu&iacute;ram para a dissemina&ccedil;&atilde;o da doen&ccedil;a pelo Brasil.
Entre o s&eacute;culo XIX e XX, houve um aumento significativo na imigra&ccedil;&atilde;o europeia no pa&iacute;s, introduzindo a lepra por imigrantes de onde a doen&ccedil;a era prevalente, como na Noruega, Alemanha e Portugal. Assim como na Europa Medieval, a doen&ccedil;a se espalhou pelo Brasil devido &agrave;s condi&ccedil;&otilde;es prec&aacute;rias nas quais as pessoas tinham que viver durante o processo de industrializa&ccedil;&atilde;o, que agrupou mais pessoas em &aacute;reas urbanas sem a infraestrutura necess&aacute;ria.
Nada ironicamente, os doentes foram encarados como "seres impuros", porque a lepra era confundida com outras doen&ccedil;as, principalmente &agrave;s de pele e as ven&eacute;reas. Acreditava-se que o contaminado havia mantido um contato corporal com outra pessoa, muitas vezes de natureza sexual, o que era considerado pecaminoso.
O document&aacute;rio Hansen&iacute;ase Hoje e Sempre, produzido pela Editora Caras com o apoio do Facebook Journalism Project do ICF (Internacional Center for Journalists), mostra que o medo de contrair a doen&ccedil;a era tanto que os vizinhos dos contaminados enviados &agrave;s col&ocirc;nias at&eacute; ateavam fogo nas resid&ecirc;ncias e nos pertences.
&ldquo;Como essa pessoa n&atilde;o tinha mais emprego, ia viver &agrave; margem da sociedade, pois n&atilde;o tinha como subsistir&rdquo;, explica a Dra. Yara Monteiro, coordenadora no Instituto Sa&uacute;de em S&atilde;o Paulo e especialista no tema.
Rapidamente, cresceu a popula&ccedil;&atilde;o de contaminados em situa&ccedil;&atilde;o de rua nos arredores das cidades, dormindo em barracas armadas em estradas com grande circula&ccedil;&atilde;o de pessoas na esperan&ccedil;a de conseguir doa&ccedil;&otilde;es.
<h2>Um recome&ccedil;o for&ccedil;ado</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/22/22143102279239.jpg" alt="(Fonte: Mario Tama/Getty Images)" />(Fonte: Mario Tama/Getty Images)
A alternativa que o governo brasileiro encontrou para controlar a dissemina&ccedil;&atilde;o da doen&ccedil;a e desarticular esses grupos n&ocirc;mades foi a constru&ccedil;&atilde;o de col&ocirc;nias de leprosos, entre 1924 e 1962. A interna&ccedil;&atilde;o compuls&oacute;ria foi uma caracter&iacute;stica marcante na comunidade, e o Estado de S&atilde;o Paulo se destacou por sua pol&iacute;tica rigorosa.
Os lepros&aacute;rios foram constru&iacute;dos em locais distantes dos centros urbanos e onde tinha bastante circula&ccedil;&atilde;o de vento. Afinal, a medicina ainda se apoiava na ideia de que doen&ccedil;as eram disseminadas pelos miasmas: vapores ou emana&ccedil;&otilde;es f&eacute;tidas transmitidas pelo ar.&nbsp;
Talvez a lepra e toda a estigmatiza&ccedil;&atilde;o que a acompanha tenha sido a epidemia que mais nivelou a sociedade. N&atilde;o importava sexo, faixa et&aacute;ria, faixa socioecon&ocirc;mica ou posi&ccedil;&atilde;o social para aqueles que eram diagnosticados com a doen&ccedil;a. Todos eram isolados no mesmo local, sob as mesmas condi&ccedil;&otilde;es prec&aacute;rias e tratados com o mesmo rep&uacute;dio. Muitos dos internos perdiam os la&ccedil;os familiares para sempre porque eram abandonados por eles.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/22/22143152628242.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Foram 40 asilos-col&ocirc;nias em todo o Brasil, sendo que 80% deles foram estabelecidos durante o governo de Get&uacute;lio Vargas, quando o presidente criou o primeiro Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de para lidar principalmente com a epidemia da doen&ccedil;a.
O <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124698-hospital-colonia-itapua-conheca-o-ultimo-leprosario-do-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hospital Col&ocirc;nia Itapu&atilde;</a>, localizado em Viam&atilde;o, a 60 km de Porto Alegre, foi a maior instala&ccedil;&atilde;o do per&iacute;odo Vargas. Constru&iacute;do em 1940, com 1.253 hectares, o asilo-col&ocirc;nia chegou a ter um contingente de 2.474 pessoas internadas permanentemente. Os hansenianos criaram uma nova vida dentro daquela mini-cidade, que dispunha de igrejas e at&eacute; de um sal&atilde;o de festas.
Ao todo, ainda h&aacute; cerca de 46 pessoas morando no local e muitas n&atilde;o querem deixar o lugar onde reconstru&iacute;ram sua hist&oacute;ria, ainda que for&ccedil;adamente.

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A dolorosa história das pessoas com lepra no Brasil do século XX

Imagem de 5 informações enganosas sobre o mal de Alzheimer no megacurioso

Embora sejam tidas como verídicas, especialistas desmentem certas informações sobre a doença progressiva que destrói a memória e outras funções mentais

<head></head><body>O mal de Alzheimer é uma doença degenerativa muito séria que afeta as conexões das células cerebrais, eventualmente destruindo a memória humana e outras funções mentais importantes. Somente nos Estados Unidos, estudos mostram que 6 milhões de pessoas de todas as idades sofrem com esse problema.Apesar da prevalência da doença, no entanto, existem muitos conceitos errados transmitidos por ai sobre sinais ou riscos de desenvolver Alzheimer. Isso é algo natural, considerando que novos estudos ainda estão surgindo para ajudar na <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127430-estudo-analisa-tratamento-que-pode-ser-efetivo-contra-o-alzheimer.htm#:~:text=A%20Doen%C3%A7a%20de%20Alzheimer%20(DA,pessoas%20em%20todo%20o%20mundo." rel="noopener noreferrer" target="_blank">prevenção ou até mesmo cura</a> desse problema médico. Para ajudar no combate a essa doença, nós separamos uma lista com seis informações enganosas constantemente transmitidas a respeito dela.<h2>1. Perda de memória</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/25/25230620133003.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Você já deve ter escutado muitas pessoas falarem por aí que a perda de memória é um processo natural do corpo humano à medida que envelhecemos. Embora seja normal ter problemas ocasionais de memória ao passo que ficamos mais velhos, precisamos entender que o que acontece com quem tem <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127438-alzheimer-novo-exame-para-diagnostico-da-doenca-chega-ao-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mal de Alzheime</a>r é diferente disso.Essa doença é muito mais do que algo ocasional, uma vez que definitivamente causa degeneração das conexões cerebrais que ajudam no armazenamento de memória. Logo, esquecer coisas com muita frequência e o sentimento de estar desnorteado não pode ser visto como um processo natural.<h2>2. Idade para a doença</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/25/25230639660005.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Outra informação incorreta dita sobre o Alzheimer é que somente idosos podem desenvolver a doença. Embora ela seja menos prevalente em pessoas mais novas, o Alzheimer pode afetar pessoas na faixa dos 50, 40 ou até mesmo 30 anos.&nbsp;Estima-se que 200 mil pessoas com menos de 65 anos — conhecido como início precoce — vivam com Alzheimer somente nos EUA. Portanto, não existe idade ideal para começar a cuidar da própria saúde.&nbsp;<h2>3. Fator genético</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/25/25230652773006.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Muitas pessoas costumam acreditar que, só porque um de seus pais biológicos desenvolveu Alzheimer ao longo de sua vida, elas automaticamente também desenvolverão. No entanto, é preciso destacar que diversas variáveis além da genética desempenham um papel no surgimento dessa doença.Fatores ambientais e de estilo de vida também afetam o risco de uma pessoa. Embora ainda não saibamos exatamente como prevenir o Alzheimer, é importante praticar hábitos saudáveis, como a prática regular de exercícios e seguir dietas balanceadas.<h2>4. Desconexão com a realidade</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/25/25230705741008.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Existe um senso comum de que pacientes sofrendo de mal de Alzheimer não sabem o que está acontecendo ao seu redor. Embora esses indivíduos fiquem mais facilmente confusos ou desorientados, eles também estão muitas vezes em sintonia com o mundo que os rodeia.É importante nunca presumir que a pessoa que está à sua frente não entende sobre o que você está falando. Ajuste sua comunicação para uma linguagem mais simples quando conversar com uma dessas pessoas, ofereça correções como sugestões e evite parecer que você está repreendendo seu comportamento.<h2>5. Diagnóstico e fim da vida</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/25/25230732514010.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Apesar do Alzheimer ser uma doença séria, seu diagnóstico não significa que a vida da pessoa chegou ao fim. Ainda é possível manter uma qualidade de vida mesmo após descobrir a doença. Estudos mostram que 80% dos cuidados dessa doença são prestados em casa e não em instalações especiais.As pessoas que vivem com <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119381-qual-a-diferenca-entre-demencia-e-alzheimer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">demência</a> ainda podem estabelecer metas para o futuro e até mesmo explorar novos passatempos. Logicamente, é necessário um pouco de cuidado a mais com a vida do que anteriormente, mas ter Alzheimer não quer dizer que você nunca mais poderá ser feliz.</body>

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5 informações enganosas sobre o mal de Alzheimer

Imagem de Alzheimer: novo exame para diagnóstico da doença chega ao Brasil no megacurioso

Trazido pelo Grupo Fleury, novo exame de sangue é menos invasivo do que técnicas anteriores

<head></head><body>Chega ao Brasil neste mês de setembro um exame de sangue para o diagnóstico da Doença de Alzheimer (DA). O exame, chamado PrecivityAD2, foi desenvolvido nos Estados Unidos pela startup C2N Diagnostic e ficará disponível no Brasil com exclusividade pelo Grupo Fleury. Num primeiro momento, o exame só estará disponível nas sedes do grupo em São Paulo.Depois de coletada, as amostras são preparadas e enviadas aos Estados Unidos para o diagnóstico. O resultado é liberado em até 20 dias. O valor inicial do exame será de R$ 3,6 mil.<h2>Como funciona o exame?</h2>O PrecivityAD2 utiliza espectrometria de massa para identificar a presença de proteínas beta-amiloide 42 e 40 e formas fosforiladas e não fosforiladas da proteína tau. Pacientes com a doença são caracterizados pela presença desses indicadores no cérebro.Este exame é bem menos invasivo do que os métodos disponíveis até então. Atualmente, os pacientes com suspeita da doença precisavam passar por um teste de plasma, que os expunha a radiação. Outra solução eram os testes de biomarcadores do líquido cefalorraquidiano, que requeriam uma punção lombar.Segundo o Grupo Fleury, o exame é indicado apenas para pacientes com mais de 55 anos e com suspeita da doença. O exame não requer jejum nem a suspensão de medicamentos e o agendamento pode ser feito por telefone ou WhatsApp.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/21/21200854296412.jpg" alt="Ministério da Saúde estima que 1,2 milhão de brasileiros possam ter Alzheimer. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Ministério da Saúde estima que 1,2 milhão de brasileiros possam ter Alzheimer. (Fonte: GettyImages/Reprodução)<h2>O que é a doença de Alzheimer?</h2>Segundo o Ministério da Saúde, o Alzheimer é uma doença neurodegenerativa e progressiva. Apesar das causas ainda não serem totalmente conhecidas, fatores genéticos e sociais parecem influenciar no surgimento e desenvolvimento da doença.O mecanismo de progressão da doença é relativa ao processamento errado de proteínas no sistema central. Proteínas mal cortadas tornam-se tóxicas e se instalam nos neurônios e entre eles, impedindo sua comunicação. Nas áreas afetadas, os neurônios vão morrendo e afetando funções cognitivas e motoras. No início, a doença pode afetar a memória e habilidade visuais e espaciais, em estágios mais avançados pode fazer o paciente ficar restrito a cama, necessitando de ajuda para qualquer atividade.<h2>Demência e prevenção</h2>Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença de Alzheimer é responsável por entre 60% a 70% dos casos de demência no mundo. Por enquanto, não há cura e os tratamentos são paliativos e procuram mitigar os problemas.O diagnóstico precoce é importante, pois os métodos de tratamento variam de acordo com o estágio da doença. Por isso, o novo método de exame pode ser de extrema importância na melhora da qualidade de vida do paciente.O intenso uso do cérebro parece retardar a progressão do Alzheimer, por isso, populações com menor índice de escolaridade são mais suscetíveis, segundo o Ministério da Saúde. Portanto, um dos métodos de prevenção mais indicados é manter o cérebro ativo, independente da idade, leitura, estudos, jogos e programas sociais são atividades sugeridas. Cuidar da saúde, fazer exercícios e evitar fumar e beber também ajudam na prevenção.</body>

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Alzheimer: novo exame para diagnóstico da doença chega ao Brasil

Imagem de Cientistas desenvolvem rins com 60% de células humanas em porcos no megacurioso

Pesquisadores chineses conseguiram fazer com que embriões suínos geneticamente modificados dessem origem a rins humanos

<head></head><body>No início do mês de setembro, pesquisadores chineses realizaram um avanço científico inovador. Pela primeira vez na história, órgãos humanos conseguiram ser cultivados em outros animais. No caso dessa pesquisa, os cientistas conseguiram "cultivar" rins humanos em embriões de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123210-por-que-nao-bebemos-leite-de-porco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">porcos.</a>Esses embriões foram geneticamente modificados para que não produzissem rins suínos. Além disso, células-tronco humanas foram inseridas nos embriões, incentivando-os a produzir rins humanos. Depois, os embriões eram introduzidos em mães porcas substitutas, com o objetivo de levar o desenvolvimento dos embriões a diante e gerar os novos órgãos.Os porcos foram escolhidos porque seus órgãos têm semelhança com os órgãos humanos. A gestação foi interrompida com cerca de um mês. Os pesquisadores notaram que alguns embriões haviam conseguido produzir rins com os tamanhos e características esperados para aquele momento da gestação. Eles continham cerca de 50% a 60% de células humanas.O estudo é considerado promissor e inovador, pois esse tipo de resultado nunca havia sido testemunhado antes. “Órgãos de ratos foram produzidos em camundongos e órgãos de camundongos foram produzidos em ratos, mas tentativas anteriores de cultivar órgãos humanos em porcos não tiveram sucesso”, disse Liangxue Lai, autor sênior do estudo desenvolvido pela Academia Chinesa de Ciências e da Universidade Wuyi.<h2>Descoberta resolve o problema de falta de órgãos para transplante?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/23/23180920639008.jpg" alt="Fonte: Reprodução: J. Wang et al/Cell Stem Cell 2023">Fonte: Reprodução: J. Wang et al/Cell Stem Cell 2023A descoberta chinesa é um grande passo para o desenvolvimento de órgãos saudáveis em laboratório, mas a humanidade ainda está distante do dia em que bastará solicitar um órgão a um laboratório e esperar ele ser produzido dessa maneira — então, cuide dos seus rins, reduzindo o consumo de sal e bebendo água.Um dos grandes desafios que ainda precisarão ser vencidos é lidar com a rejeição que o corpo humano desenvolverá ao receber um rim criado em laboratório.Os cientistas ainda afirmaram que as células humanas não parecem ter interferido no desenvolvimento dos embriões de porcos para além da produção dos rins, o que era o esperado.“Vimos poucas células neurais humanas no cérebro e na medula espinhal dos embriões e nenhuma célula humana na crista genital, indicando que as células-tronco pluripotentes humanas não se diferenciaram em células germinativas”, dizem os investigadores.<h2>Cientistas já haviam tentado manter homem vivo usando coração de um porco</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/23/23181515238010.jpg" alt="Fonte: Reprodução: Fonte: University of Maryland School of Medicine/Shutterstock">Fonte: Reprodução: Fonte: University of Maryland School of Medicine/ShutterstockOs estudos envolvendo os órgãos suínos não são uma novidade. No ano passado, um homem com morte cerebral foi mantido vivo para que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121360-morre-paciente-que-recebeu-1-transplante-de-coracao-de-porco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pudesse receber um novo coração vindo de um porco.</a>A cirurgia foi feita no Centro Médico da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos. O homem se chamava David Bennett Sr. e tinha 57 anos. Ele tinha uma grave doença cardíaca e recebeu um coração de um porco geneticamente modificado. Dois meses após o procedimento, David veio a óbito.Ainda assim, os pesquisadores classificaram a cirurgia como inovadora e importante. “Como acontece com qualquer cirurgia de transplante pioneira no mundo, esta levou a insights&nbsp;valiosos que, esperançosamente, informarão os cirurgiões de transplante para melhorar os resultados e potencialmente fornecer benefícios que salvem vidas de futuros pacientes”, disse a equipe de pesquisa em comunicado.</body>

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