Imagem de Adoecer com frequência aumenta o risco de desenvolver demência? no megacurioso

Um estudo recente aponta que ter infecções com frequência pode acelerar o desenvolvimento de doenças como o Alzheimer

<head></head><body>Você já deve ter ouvido falar que ter uma boa saúde é importante para manter um envelhecimento saudável. Mas uma nova pesquisa sugere que adoecer com frequência pode nos afetar ainda mais do que se pensava anteriormente: pode aumentar o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124381-demencia-frontotemporal-de-bruce-willis-e-uma-variacao-comum-da-doenca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">risco de desenvolver demência</a> ou outras formas de declínio cognitivo.<h2>O estudo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/09/09174438509010.jpg" alt="Camundongos que sofreram com infecções tiveram a saúde cerebral afetada. (Fonte: Getty Images)">Camundongos que sofreram com infecções tiveram a saúde cerebral afetada. (Fonte: Getty Images)De acordo com um estudo recente feito com camundongos, experiências repetidas de inflamação moderada, como as causadas pela gripe ou um resfriado, podem causar déficits cognitivos e afetar a comunicação entre neurônios. Os camundongos do estudo foram expostos a inflamações intermitentes, e mesmo sendo adultos em idade média e com habilidades cognitivas intactas, depois das infecções, eles se lembravam menos e suas células cerebrais funcionavam de forma menos eficiente.Elizabeth Engler-Chiurazzi, professora assistente de neurocirurgia na Escola de Medicina da Universidade de Tulane e autora principal do estudo publicado no jornal Brain, Behavior and Immunity, afirma que a pesquisa teve como objetivo descobrir se as diferenças na experiência de infecção poderiam explicar as diferenças nas taxas de demência na população.<h2>Os efeitos disso em humanos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/09/09174540129012.jpg" alt="Humanos estão suscetíveis a muitas infecções ao longo da vida. (Fonte: Getty Images)">Humanos estão suscetíveis a muitas infecções ao longo da vida. (Fonte: Getty Images)Embora os camundongos tenham sido expostos a uma quantidade muito menor de inflamação do que a maioria dos humanos experimenta ao longo da vida, os resultados da pesquisa ainda são surpreendentes, já que eles sugerem que, em humanos, o impacto pode ser ainda mais significativo. Isso porque os déficits cognitivos causados pela inflamação intermitente em humanos <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123601-alzheimer-como-identificar-a-doenca-precocemente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">podem passar despercebidos em suas vidas diárias</a>, mas com o tempo, podem se acumular e afetar negativamente o cérebro ao longo do envelhecimento.Além disso, esses indícios são especialmente relevantes considerando o contexto da pandemia de covid-19 e as pesquisas em curso sobre os efeitos pós-covid.Ainda há muito a ser descoberto sobre por que as infecções afetam o cérebro e como mitigar seus efeitos. Mas o estudo sugere que manter a saúde em dia é crucial para proteger o cérebro e prevenir o declínio cognitivo.<h2>Hábitos que ajudam a manter a saúde do cérebro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/09/09174717780013.jpg" alt="Praticar exercícios físicos ajuda a evitar a demência. (Fonte: Getty Images)">Praticar exercícios físicos ajuda a evitar a demência. (Fonte: Getty Images)Algumas <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124654-cutucar-o-nariz-pode-aumentar-risco-de-alzheimer-e-demencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medidas simples podem ajudar a manter a saúde do cérebro</a>. Primeiramente, é importante adotar uma dieta equilibrada e rica em nutrientes. Além disso, manter-se hidratado e evitar o consumo excessivo de álcool também são importantes para a saúde cerebral.Outro hábito saudável é manter a mente ativa, seja por meio de atividades intelectuais, como leitura e jogos, ou de exercícios físicos que envolvam coordenação e equilíbrio. Além disso, é importante controlar fatores de risco para doenças cardiovasculares, como hipertensão, diabetes e colesterol elevado, que também podem afetar a saúde cerebral.&nbsp;</body>

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Adoecer com frequência aumenta o risco de desenvolver demência?

Imagem de Amor: emoção ou reação química do cérebro? no megacurioso

Afinal, o amor é apenas uma reação neurobiológica ou algo que vai além da ciência?

<head></head><body>O <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124788-a-poesia-da-amizade-as-cartas-de-amor-de-bram-stoker-a-walt-whitman.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">amor</a> é uma das emoções mais enigmáticas que nós humanos tentamos entender desde tempos imemoriais. Este sentimento tem sido a inspiração de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121420-6-grandes-poetas-brasileiros-que-voce-deveria-estudar-em-2022.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">poetas</a>, dramaturgos, compositores e artistas ao longo da história, mas afinal, ele é algo simplesmente biológico?Embora várias obras tenham feito um trabalho melhor ao definir esse sentimento do que os cientistas, para averiguar se ele é mesmo uma construção neuroquímica, é essencial entender o que está acontecendo no cérebro.&nbsp;<h2>O que acontece no nosso cérebro e corpo quando amamos?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/05/05133334082196.jpg" alt="(Fonte: Pixabay/Reprodução)">(Fonte: Pixabay/Reprodução)Os primeiros estudos neurobiológicos mostraram que as áreas da massa cinzenta envolvidas nos sentimentos de amor têm altas concentrações de dopamina, um neurotransmissor que coloca a pessoa em um estado de “bem-estar”.Enquanto ela aumenta durante a primeira onda de desejo, a serotonina, outra "mensageira" cerebral importante, parece se esgotar, e isso pode ser responsável pelo foco obstinado no objeto de nossos desejos românticos, ou a famosa vontade de ficar "grudados" que sentimos nos estágios iniciais de um relacionamento.Algumas regiões mostram ativação diminuída em resposta ao amor romântico, incluindo a amígdala e áreas do córtex frontal, amortecendo o julgamento que podemos sentir em relação a nossa pessoa amada, o que nos levaria a ignorar quaisquer defeitos ou pontos negativos.E embora os feromônios sejam intuitivamente importantes no reino animal, enviando sinais secretos que tornam uma criatura irresistível para parceiros em potencial, ainda não há muitas evidências de que isso aconteça em humanos. No entanto, a oxitocina, apelidada de “hormônio do amor”, é um grande fator em termos de substâncias químicas cerebrais que não podemos ignorar, já que está ligada à função sexual, ajudando os mamíferos a se relacionarem, e pode até auxiliar em consertar um coração partido.<h2>Estudos em roedores ajuda a entender a química do romantismo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/05/05131547616191.jpg" alt="(Fonte: Creative Commons/Reprodução)">(Fonte: Creative Commons/Reprodução)Os arganazes-do-campo, que formam pares monogâmicos e compartilham ninhos com seus parceiros, são perfeitos para pesquisar o papel do hormônio no amor romântico. Um estudo de 2017 com os roedores encontrou uma rede neural que envia inundações de oxitocina aos centros de recompensa do cérebro durante uma ligação romântica.&nbsp;Esses bichinhos possuem mais receptores tanto para a oxitocina quanto para o hormônio relacionado, a vasopressina, do que outros animais, o que poderia explicar por que eles consideram a ligação monogâmica tão gratificante.Atualmente, pesquisadores estão trabalhando para compreender melhor o sistema neuroquímico em humanos, desde suas possíveis origens em nossos ancestrais até como a regulação epigenética do gene da oxitocina molda as experiências emocionais de cada pessoa.No fim das contas, o amor não é simplesmente uma questão do nosso <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124796-caminhada-de-11-minutos-previne-mortes-prematuras-aponta-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">corpo</a>. É uma emoção complexa que envolve uma combinação de fatores biológicos, psicológicos e sociais. Embora os estudos neurobiológicos tenham nos ajudado a entender a química cerebral, ainda há muito que não sabemos.</body>

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Amor: emoção ou reação química do cérebro?

Imagem de As mudanças causados no cérebro pelo excesso de celular no megacurioso

Deixar o smartphone longe enquanto trabalha e estuda pode reduzir os danos, afirma estudo

<head></head><body>O celular trouxe uma série de benefícios para a nossa vida, facilitando realizar transações financeiras, manter contato com familiares, fazer compras e buscar pelas melhores rotas, entre muitas outras coisas. Porém, o uso excessivo do telefone pode afetar o funcionamento do cérebro, como apontam diversos estudos sobre o tema.Uma pesquisa publicada no ano passado mostrou que os adultos nos Estados Unidos verificam seus smartphones 344 vezes por dia, em média, o equivalente a uma mexida no dispositivo a cada quatro minutos. Por mais rápida que seja cada uma destas olhadas na tela, a ação pode trazer consequências negativas.Em geral, tanto a memória quanto o desempenho na realização de diferentes tarefas, seja o ato de estudar ou dirigir um carro, são impactados pela utilização constante do aparelho. As capacidades de pensar e regular as emoções também estão sujeitas a sofrer com o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122979-videogame-vicio-de-jovens-brasileiros-esta-acima-da-media-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vício na tecnologia</a>.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/03/03192158301288.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O simples ato de conversar ao telefone enquanto dirige, por exemplo, é o suficiente para tornar o motorista mais lento em suas reações. Algo semelhante acontece quando a pessoa ouve o barulho de uma notificação chegando ao celular, mesmo que ela não interaja com o aparelho, como demonstrou uma investigação feita em 2015.<h2>Redução da capacidade cognitiva</h2>Não é somente o uso do celular que provoca <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/58793-9-fatos-sobre-o-cerebro-humano-que-voce-ainda-desconhece.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudanças no cérebro</a>, como sugeriu outro trabalho, publicado em 2017. De acordo com os autores, a mera presença do aparelho no mesmo ambiente que o usuário é o suficiente para modificar o comportamento da pessoa.Durante o estudo, os voluntários realizaram várias tarefas para testar suas capacidades de processar e lembrar informações, resolver problemas e o seu foco, em três situações diferentes. Os smartphones estavam próximos a eles e visíveis, na primeira, próximos e fora de vista, na segunda, e em outra sala, na terceira.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/03/03192247777289.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Os melhores resultados foram obtidos enquanto os telefones estavam em outro ambiente, distantes de seus proprietários, segundo a pesquisa. Por outro lado, a capacidade cognitiva se reduzia até com o dispositivo desligado e presente no mesmo ambiente que o usuário.A conclusão dos especialistas é de que o cérebro poderia estar trabalhando, inconscientemente, para inibir a vontade de verificar o celular enquanto ele estava por perto. Com este pequeno desvio de atenção, a realização de outras tarefas se torna mais complicada.<h2>Problemas a longo prazo</h2>O acesso facilitado às informações, proporcionado pelo uso constante do celular, também pode causar impactos a longo prazo, tendo consequências no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124265-cientistas-estao-tentando-curar-o-envelhecimento-em-promissor-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">envelhecimento</a>, segundo pesquisa feita em 2015 por especialistas canadenses. O problema está em acionar o dispositivo para quase tudo.Ao deixar de memorizar um número de telefone para buscá-lo na agenda do aparelho ou usar o Google Maps para achar um endereço, em vez de procurá-lo por conta própria, o cérebro fica “preguiçoso”. Isso pode se tornar uma grande adversidade com o passar dos anos.</body>

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As mudanças causados no cérebro pelo excesso de celular

Imagem de A realeza já acreditou que tinha partes do corpo feitas de vidro no megacurioso

O raro fenômeno é chamado 'Delírio de Cristal', com um caso recentemente diagnosticado

<head></head><body>Devido ao status, protocolos e influência que se estenderam para a modernidade, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124727-joias-da-coroa-5-deslumbrantes-tesouros-da-realeza-britanica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">realeza</a> sempre foi alvo de um abismo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122090-as-ficcoes-cristas-que-influenciaram-teorias-da-conspiracao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">teorias da conspiração</a>, algumas das quais se tornaram tão difundidas e graves a ponto de seus palácios terem que emitir declarações oficiais desmentindo os tópicos. O mais interessante e engraçado é que a maioria das teorias possui uma quantidade surpreendente de supostas "evidências" para corroborá-las, reforçando a crença massiva das pessoas e sua fácil aderência no senso comum.Entre esse mar caótico, certamente, a mais emblemática de todas as teorias é de que a família real britânica é de uma espécie híbrida entre alienígenas <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/112255-quem-criou-a-teoria-da-conspiracao-dos-povos-lagartos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">reptilianos</a> e humanos. David Icke, um infame teórico da conspiração, há muito defende essa ideia, que se apoia em sua crença de que o mundo é governado por uma sociedade secreta composta pela realeza e líderes políticos empresariais envolvidos com os <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122309-adam-weishaupt-conheca-o-filosofo-que-fundou-os-illuminati.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Illuminati</a>.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/06/06144142687238.jpg" alt="(Fonte: Daily Mail/Reprodução)">(Fonte: Daily Mail/Reprodução)Em um vídeo postado em uma conta no TikTok em 8 de setembro de 2022, logo após a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118331-o-que-acontece-quando-a-rainha-elizabeth-ii-morrer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">morte da rainha Elizabeth II</a>, Icke diz: “A rainha está morta, mas este draco foi para seu bisneto”. Draco é uma referência à teoria infundada de que a família real britânica é descendente de reptilianos em uma constelação chamada Draco.Ainda que esse não seja o caso, no passado, os monarcas já acreditaram em muita coisa que hoje é facilmente desmentida, principalmente sobre si mesmos, por isso foram afetados pelo "Delírio de Cristal", o fenômeno psiquiátrico que fez a realeza acreditar que era feita de vidro.<h2>A obsessão pelo vidro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/06/06144445223241.jpg" alt="(Fonte: Sky History/Reprodução)">(Fonte: Sky History/Reprodução)Se nos séculos passados os monarcas acreditavam no direito divino dos reis — a ideia que recebiam o "direito" de governar do próprio Deus e que, por isso, estavam acima de qualquer autoridade humana —, acreditar que eles eram feitos de vidro não é nada em comparação. Mas, claro, esse pensamento não surgiu sem fundamento nenhum, nem fazia parte de uma estrutura de governo, muito pelo contrário.No início do século XVI, na Europa, o vidro se tornou uma das principais commodities. Considerado mágico e alquímico, mas também associado ao luxo devido à sua fragilidade e ergonomia, o material conseguiu até determinar como a aristocracia enxergava seu papel na sociedade devido à exclusividade que as peças inspiravam.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/06/06144708604244.jpg" alt="(Fonte: The Collector/Reprodução)">(Fonte: The Collector/Reprodução)A supervalorização do vidro pode ter sido o principal motivo na contribuição para o desenvolvimento de um distúrbio psiquiátrico chamado "Delírio de Cristal". É provável que isso tenha acontecido porque a mente humana inventiva daquela época atrelou seus delírios a novos materiais e aos avanços tecnológicos que aconteciam.Até o século XVII, os aristocratas já temiam que tivessem partes do corpo feitas de vidro, duvidando, assim, da própria sanidade e convivendo com o medo de que seus membros se estilhaçassem.<h2>O medo patológico</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/06/06144808431246.jpg" alt="Rei Carlos VI. (Fonte: Wikipedia/Reprodução)">Rei Carlos VI. (Fonte: Wikipedia/Reprodução)Não demorou para que o fenômeno psiquiátrico se tornasse uma patologia também da realeza, contaminando todos como se fosse um resfriado. A começar pelo rei Carlos VI da França, que governou entre o final do século XIV e o início do século XV, ficando tão famoso por seu medo de ter o corpo feito de vidro que apareceu em um conto de Miguel de Cervantes chamado The Glass Graduate.A princesa Alexandra da Baviera, no entanto, se tornou o caso mais famoso do "Delírio de Cristal" entre a realeza. Ela não acreditava que tinha nascido com corpo de vidro, mas, em vez disso, que engoliu um piano de cauda feito de vidro, portanto, tinha que se mover com cuidado ou o vidro se partiria dentro dela, causando sua morte. Acredita-se que, como Carlos VI da França, a princesa hoje seria diagnosticada com uma variação do transtorno obsessivo compulsivo (TOC).A esquizofrenia é outro laudo considerado pelos estudiosos modernos, isso porque a ideia de que membros reais são criaturas raras e incomuns, tendo que ser tratados com máximo cuidado e respeito ou então poderiam quebrar, pode ter piorado o problema em alguns casos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/06/06144900602247.jpg" alt="(Fonte: History Collection/Reprodução)">(Fonte: History Collection/Reprodução)Esse sentimento também é algo antigo e flertava com o medo do avanço da tecnologia daquele tempo, uma vez que, antes do "Delírio de Cristal", aconteceu o "Delírio da Cerâmica", quando o produto começou a ser tão usado como o vidro foi posteriormente.O problema do fenômeno psiquiátrico foi tão grande ao longo do século XVII que foi incluso na Anatomia da Melancolia, um compêndio médico organizado por Robert Burton. No século seguinte, um hospital psiquiátrico em Edimburgo, na Escócia, registrou os sintomas de 300 pacientes do sexo feminino que apresentavam o "Delírio de Cristal".Em 2015, o psiquiatra holandês Andy Lameijin identificou a rara condição em um paciente, um dos poucos detectados na literatura médica do século XXI. Agora, no entanto, as pessoas têm outros delírios — esses, mais modernos: associam seus corpos como sendo substituídos ou controlados remotamente por microchips.</body>

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A realeza já acreditou que tinha partes do corpo feitas de vidro

Imagem de 3 exemplos de como pesquisas científicas têm prejudicado as mulheres  no megacurioso

Estudos mostram que a falta de representatividade de mulheres em ensaios clínicos cria tratamentos perigosos para elas 

<head></head><body>Para que um tratamento médico chegue aos pacientes, é necessário que uma longa pesquisa científica seja feita antes. Até aí, nenhuma novidade, certo? Acontece que a forma como essas pesquisas são conduzidas podem tornar esses <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124682-por-que-a-insulina-e-tao-cara-nos-eua-e-como-se-tornou-inacessivel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tratamentos menos eficientes</a> para determinados grupos sociais, como as mulheres.Há décadas, pesquisadores vêm refletindo sobre como a maneira como pesquisas médicas são conduzidas podem gerar tratamentos médicos menos eficazes para as mulheres — e em alguns casos, até perigosos.Um exemplo disso está na legislação dos EUA. Uma lei de 1977 tinha como objetivo “proteger a capacidade reprodutiva das mulheres em ensaios clínicos”. Dessa forma, a participação de voluntárias em estudos desse tipo foi desestimulada — o que gerou tratamentos aprovados pelo governo que são potencialmente perigosos para elas.<h2>1. Dosagem errada de substâncias</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/10/10112000204113.jpg" alt="Fonte: GettyImages">Fonte: GettyImagesO Zolpidem é uma droga popular nos EUA, usada para tratar a insônia. Contudo, seus efeitos colaterais são muitos, como uma incapacidade temporária para operar máquinas pesadas, como carros.Mas um estudo da FDA, agência estadunidense para aprovação de medicamentos, examinou amostras de sangue de pacientes que consumiam o medicamento. O resultado mostrou que a presença da substância no sangue das mulheres era significativamente maior do que em homens, o que aumentava os riscos delas se acidentarem.O <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124428-anticoncepcional-masculino-ja-esta-em-estudos-e-e-muito-promissor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medicamento</a> era vendido desde 1993 e sua dosagem para as mulheres só foi alterada em 2013.<h2>2. Testes de segurança equivocados</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/10/10112026045114.jpg" alt="Fonte: GettyImages">Fonte: GettyImagesOs <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124391-a-historia-perturbadora-das-amputacoes-ao-longo-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">testes de seguranças</a> de automóveis também mostram como a disparidade de gênero pode prejudicar as mulheres. Um estudo conduzido pelo Departamento de Transporte dos EUA revelou que as mulheres têm 17% mais chances de morrer em acidentes de trânsito do que os homens.Em partes, isso acontece por que os equipamentos de segurança, como cintos e airbags, são testados usando manequins que consideram as medidas de um homem médio dos EUA.<h2>3. Mulheres com mais dores do que homens</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/10/10112108284116.jpg" alt="Fonte: GettyImages">Fonte: GettyImagesUm levantamento feito pela Academic Emergency Medicine, dos EUA, mostrou que as pacientes da emergência recebem menos analgésicos do que os homens, mesmo relatando a mesma intensidade de dor.<h2>Falta de representatividade prejudica ainda mais as mulheres negras</h2>O modo como os estudos médicos são conduzidos, priorizando homens brancos nos ensaios clínicos, prejudica ainda mais as pessoas de outras raças, fazendo com que os tratamentos se tornem menos seguros e eficazes.Um relatório publicado no American Journal of Public Health mostrou que as mulheres negras têm cinco vezes mais chances de morrerem de cardiomiopatia, além de terem distúrbios relacionados à pressão arterial.É importante esclarecer que os dados citados nesta matéria consideram a realidade dos Estados Unidos. Embora a falta de representatividade de gênero e raça na condução de estudos clínicos na área de saúde seja um problema global, não é possível afirmar que as consequências desse cenário sejam exatamente as mesmas em todos os países. </body>

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3 exemplos de como pesquisas científicas têm prejudicado as mulheres 

Imagem de Conheça Justine Siegemund, a alemã que revolucionou a obstetrícia no megacurioso

A parteira alemã é autora do primeiro livro instrutivo sobre partos e gestação escrito por uma mulher

<head></head><body>O nome da alemã Justine Siegemund ficou guardado na história por conta de seus feitos que beneficiaram muitas mulheres. No século XVII, esta visionária lançou o primeiro livro sobre <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108289-o-parto-humano-e-um-dos-piores-e-mais-perigosos-saiba-por-que.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">parto</a> escrito por uma mulher. "The Court Midwife" falava sobre a obstetrícia (a especialidade da medicina que cuida da gravidez e do parto) pelo ponto de vista feminino.A obra criada por Justine Siegemund em 1690 baseava-se na sua experiência enquanto parteira, mas também de sua própria vida. O livro revolucionou a visão sobre o parto e ajudou milhares de mulheres e bebês.<h2>A história de Justine Siegemund&nbsp;</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Hulton Archive/Getty Images)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.pt/detail/fotografia-de-not%C3%ADcias/woman-being-helped-to-give-birth-on-a-birth-fotografia-de-not%C3%ADcias/110402197"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/03/03202532411304.jpg" alt="(Fonte: Hulton Archive/Getty Images)">(Fonte: Hulton Archive/Getty Images)Justine nasceu em Rohnstock, na região da Baixa Silésia. Ela enfrentava um problema de saúde: tinha o chamado útero prolapso, situação em que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123273-fetos-fazem-xixi-e-coco-dentro-do-utero.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">útero</a> sai da sua posição normal e tem seus músculos e nervos enfraquecidos. Por conta disso, ela tinha uma sensação muito forte de peso na parte inferior do abdômen. Ao ser avaliada por parteiras, muitas vezes recebeu a indicação errônea de que estava grávida.Insatisfeita com os tratamentos que recebia, ela resolveu aprender mais sobre <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120661-parto-empelicado-a-ocorrencia-considerada-rarissima-por-medicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">obstetrícia</a>. Justine começou a estudar sozinha sobre a questão do parto e começou a ter filhos a partir do ano de 1659.Aos poucos, ela começou a ficar conhecida por ajudar em partos de mulheres pobres e, com o sucesso, passou a ser chamada também pelas famílias nobres. Em 1701, Justine foi convocada para ser a parteira oficial da corte em Berlim.<h2>O livro sobre parto</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/29/29155238344331.jpg" alt="(Fonte: Google Doodles/Reprodução)">(Fonte: Google Doodles/Reprodução)Após se tornar parteira da corte, sua fama começou a aumentar rapidamente. Ela ajudou a dar à luz a vários bebês da família real e auxiliou no tratamento de tumores de mulheres nobres. Por conta disso, a rainha Maria II da Inglaterra solicitou que Justine Siegemund escrevesse um livro instruindo as demais parteiras.Até então, havia poucos textos sobre parto – e todos eles eram escritos por homens. Justine atendeu o pedido da rainha e escreveu, em 1690, o The Court Midwife, em que contava os modos pelos quais auxiliava as gestantes.Algumas das ideias revolucionárias propagadas pelo livro eram a de que era possível dar à luz a bebês saudáveis com 37 semanas de gestação (havia então a ideia de que os bebês precisavam sempre nascer de 40) e de que era importante perfurar o saco amniótico para evitar a hemorragia prévia na <a href="https://www.megacurioso.com.br/biologia/102471-afinal-como-surgiu-a-placenta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">placenta</a>.A obra de Justine também trazia relatos de partos difíceis feitos por ela, como os que ocorriam quando os bebês estavam posicionados no útero de maneira invertida. Ao compartilhar suas experiências, o livro também quebrava o mito vigente na época que os homens eram mais indicados para fazer os partos.Mesmo assim, The Court Midwife sofreu ataques. Houve quem dissesse que a obra estava espalhando práticas inseguras às gestantes, mas isso não impediu que o livro fosse amplamente consumido e traduzido para outras línguas além do alemão.Quando Justine Siegemund morreu em 1705, aos 68 anos, um religioso presente em seu funeral fez a afirmação que, durante sua vida, a parteira tinha trazido ao mundo quase 6.200 bebês.</body>

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Conheça Justine Siegemund, a alemã que revolucionou a obstetrícia

Imagem de Padrões de caminhada podem ajudar cientistas na previsão de demência no megacurioso

Padrões de caminhada podem ajudar a diagnosticar com mais precisão vários tipos de declínio cognitivo 

Voc&ecirc; j&aacute; deve ter ouvido falar que problemas cognitivos como dificuldades de mem&oacute;ria e de realiza&ccedil;&atilde;o de tarefas complexas podem ser <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123565-reserva-cognitiva-o-que-e-e-por-que-deve-ser-fortalecida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sinais de dem&ecirc;ncia</a>. Em alguns aspectos, isto est&aacute; correto.
Recentemente, uma equipe de pesquisadores conduziu um estudo para avaliar como padr&otilde;es de caminhada alinhados com a fun&ccedil;&atilde;o cerebral&nbsp;poderiam ajudar a diagnosticar diferentes tipos de condi&ccedil;&otilde;es neurodegenerativas.
Esse estudo, realizado por pesquisadores canadenses, analisou defici&ecirc;ncias de marcha em pessoas com diversas condi&ccedil;&otilde;es, incluindo doen&ccedil;a de Parkinson, defici&ecirc;ncia cognitiva subjetiva, doen&ccedil;a de Alzheimer e dem&ecirc;ncia frontotemporal.&nbsp;
Eles tamb&eacute;m inclu&iacute;ram no estudo um grupo de controle composto por pessoas saud&aacute;veis cognitivamente. Os resultados dessa pesquisa foram publicados no peri&oacute;dico especializado Alzheimer's Dementia: The Journal of the Alzheimer's Association.
<h2>O Estudo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/25/25200714296003.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: GettyImages/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A equipe de pesquisadores liderada pelo Dr. Manuel Montero-Odasso da Lawson Health Research Institute e da Western University foi a respons&aacute;vel por realizar o estudo para avaliar a rela&ccedil;&atilde;o entre padr&otilde;es de caminhada e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124657-6-funcoes-corporais-com-nomes-pouco-conhecidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fun&ccedil;&atilde;o cerebral</a> em 500 participantes inscritos nos ensaios cl&iacute;nicos.
O objetivo era descobrir se o desempenho motor, especialmente a maneira como as pessoas andam, pode ajudar a diagnosticar diferentes tipos de condi&ccedil;&otilde;es neurodegenerativas.
Uma das principais linhas de estudo do Dr. Montero-Odasso &eacute; a busca de novas abordagens de diagn&oacute;stico e tratamentos para <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124381-demencia-frontotemporal-de-bruce-willis-e-uma-variacao-comum-da-doenca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">prevenir e combater a dem&ecirc;ncia precoce</a>.
Como apontamos, o estudo comparou problemas/falhas de marcha em pessoas com diversos tipos de doen&ccedil;as, a exemplo das citadas. Os dados utilizados foram obtidos do Gait and Brain Study Cohort e do COMPASS-ND Cohort, dois importantes bancos de dados sobre o tema.
<h2>Padr&otilde;es de caminhada</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/25/25200752881004.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: GettyImages/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Quando se trata de movimento,&nbsp;os cientistas descobriram que existem quatro padr&otilde;es independentes que podem ser classificados e analisados: velocidade, ritmo, controle de postura e variabilidade. Mas o que isso significa exatamente?&nbsp;
Bem, a alta variabilidade da marcha foi o &uacute;nico padr&atilde;o associado ao baixo desempenho cognitivo, com uma efici&ecirc;ncia de 70% na identifica&ccedil;&atilde;o da doen&ccedil;a de Alzheimer. Essa variabilidade indica as varia&ccedil;&otilde;es que ocorrem no tempo e amplitude de cada passo enquanto caminhamos.
Esses dados podem ser utilizados para diagnosticar uma s&eacute;rie de condi&ccedil;&otilde;es neurodegenerativas, incluindo a doen&ccedil;a de Alzheimer. Por isso, os pesquisadores est&atilde;o trabalhando duro para descobrir mais sobre como a marcha (nossa forma de andar) pode ser utilizada para detectar e prevenir essas condi&ccedil;&otilde;es debilitantes. Tamb&eacute;m est&atilde;o confiantes de que, no futuro, ser&aacute; poss&iacute;vel utilizar esses padr&otilde;es de movimento para detectar problemas cognitivos mais cedo e melhorar os tratamentos dispon&iacute;veis.
<h2>Por que &eacute; importante?</h2>
A descoberta desse novo indicador de decl&iacute;nio cognitivo e condi&ccedil;&otilde;es relacionadas pode ser uma&nbsp;ferramenta valiosa para tornar a avalia&ccedil;&atilde;o mais precisa&nbsp;das condi&ccedil;&otilde;es citadas. Essas informa&ccedil;&otilde;es podem ser aplicadas em testes cl&iacute;nicos com uma efici&ecirc;ncia muito maior do que dispomos atualmente.&nbsp;
Ou seja, os dados coletados podem ser utilizados para fornecer um diagn&oacute;stico mais preciso. De uma forma geral, o objetivo &eacute; que os pacientes recebam o tratamento ou ajuda mais adequados. Lembrando que um diagn&oacute;stico precoce &eacute; um passo importante no processo de gerenciamento de condi&ccedil;&otilde;es neurodegenerativas.

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Padrões de caminhada podem ajudar cientistas na previsão de demência

Imagem de Anticoncepcionais hormonais aumentam risco de câncer de mama no megacurioso

Embora o aumento seja baixo, pesquisa revela que todos os tipos de contraceptivo baseados em hormônio elevam a possibilidade de desenvolver a doença

<head></head><body>Um novo estudo da Universidade de Oxford, publicado na revista PLOS Medicine, descobriu que o uso de contraceptivos hormonais aumenta o risco de <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/100673-muito-importante-7-mitos-sobre-o-cancer-de-mama.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">câncer de mama</a>. No entanto, os autores do estudo dizem que esse risco é apenas pequeno, e que as mulheres não devem interromper o uso de anticoncepcionais hormonais devido a esse risco.&nbsp;Os pesquisadores colheram dados de mais de 9 mil mulheres com idade inferior a 50 anos que haviam sido diagnosticadas com câncer de mama e comparam com os dados de outras 18 mil mulheres com menos de 50 anos que não tinha diagnóstico de câncer, servindo assim como grupo de controle para o estudo. &nbsp;<h2 style="text-align: justify;">O resultado</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/28/28102903919071.jpg" alt="Todos os tipos de contraceptivos hormonais podem aumentar o risco de câncer de mama. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Todos os tipos de contraceptivos hormonais podem aumentar o risco de câncer de mama. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Eles descobriram que todos os contraceptivos hormonais (como pílulas, implantes e DIUs) estão associados de alguma maneira a um aumento de 20% a 30% no risco de câncer de mama.&nbsp;A pesquisa concluiu que a ocorrência de câncer em mulheres que tomam <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123103-anticoncepcional-uso-indiscriminado-traz-riscos-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">anticoncepcionais</a> hormonais em idade entre 16 e 20 anos é de 8 em cada 100 mil mulheres, o que é um número consideravelmente baixo.&nbsp;Em mulheres entre 35 e 39 anos esse número aumentou para 265 casos a cada 100 mil mulheres. Contudo, os cientistas deixam claro que esse aumento é proporcional ao aumento natural de câncer de mama que ocorre à medida que as mulheres envelhecem.O estudo também revelou que os contraceptivos só de progesterona, que têm o uso cada vez mais difundido pelo mundo, possuem percentual de risco parecido aos contraceptivos combinados, ou seja, aqueles que utilizam estrogênio e progesterona, e que não há diferença real no risco de câncer entre esses tipos.Da mesma forma, as mulheres que tomam pílulas só de progesterona, que representam cerca de metade das participantes do estudo, não têm um risco maior de câncer de mama em comparação com mulheres que não usam anticoncepcionais.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">Devo parar de tomar?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/28/28103044207072.jpg" alt="É bom conversar com seu médico antes de usar esse tipo de contraceptivo. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">É bom conversar com seu médico antes de usar esse tipo de contraceptivo. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Embora o estudo confirme um aumento leve no risco de câncer de mama em mulheres que usam contraceptivos hormonais, os pesquisadores enfatizam que eles são seguros e que as mulheres não devem interromper o uso devido a esse risco, já que ele é baixo.&nbsp;Os anticoncepcionais hormonais são extremamente eficazes na prevenção da <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123249-gravidez-silenciosa-como-e-possivel-estar-gravida-e-nao-saber.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gravidez</a> e muitas mulheres dependem deles para controlar sua saúde reprodutiva e prevenir o câncer de ovário. No entanto, é importante que as mulheres estejam cientes dos possíveis riscos e conversem com seus médicos sobre suas opções de controle de natalidade.&nbsp;O estudo também destaca a necessidade de pesquisas adicionais sobre o uso de contraceptivos hormonais e seus efeitos a longo prazo sobre a saúde das mulheres. </body>

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Anticoncepcionais hormonais aumentam risco de câncer de mama

Imagem de Varfarina: como o antigo veneno de ratos salva vidas no megacurioso

E que foi, acidentalmente, inventado por um recruta da Marinha que tentou suicídio

Assim como toda a insalubridade, morte, medo e situa&ccedil;&atilde;o de desolamento que assolou os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119035-pesadelo-a-vida-nas-trincheiras-durante-a-1-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">brit&acirc;nicos nas trincheiras em 1914</a>, o mesmo aconteceu com os soldados norte-americanos na d&eacute;cada de 1950 com o envolvimento dos Estados Unidos nos conflitos b&eacute;licos da &Aacute;sia, como a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119223-fragging-o-ato-de-matar-os-proprios-companheiros-de-guerra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra do Vietn&atilde;&nbsp;</a>e a Guerra da Coreia.
Pela primeira vez em muito tempo, os soldados norte-americanos tiveram contato com a necessidade de desertar, abandonando princ&iacute;pios considerados fundamentais do patriotismo que permeia todos os aspectos da sociedade dos EUA, sobretudo em uma &eacute;poca em que havia a forte ideia de que isso era o que havia levado a na&ccedil;&atilde;o at&eacute; onde estava.
Essa &eacute; a hist&oacute;ria de como um desertor suicida inventou a varfarina, o f&aacute;rmaco que impede co&aacute;gulos&nbsp;e tamb&eacute;m salvou a vida do presidente Dwight Eisenhower.
<h2>O trevo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/29/29153814468315.jpg" alt="(Fonte: Keir Morse/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Keir Morse/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Um soldado da Marinha deu entrada no Hospital Naval da Filad&eacute;lfia, EUA, em 4 de abril de 1951, com o nariz jorrando sangue e sentindo dores abdominais fort&iacute;ssimas. Aquele estado acendeu nos m&eacute;dicos a possibilidade de que o trauma tinha algo a ver com envenenamento &ndash; e eles estavam certos, afinal, o pa&iacute;s estava em meio a Guerra da Coreia, e atitudes de desertar como aquela eram cada vez mais comuns.
No entanto, o recruta acabou se arrependendo de sua decis&atilde;o no meio do processo, mas j&aacute; havia ingerido o veneno de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115982-utopia-dos-ratos-experimento-previu-a-extincao-da-humanidade-.htm#:~:text=Em%202%20anos%20de%20experimento,estudo%20por%20mais%2024%20vezes." rel="noopener noreferrer" target="_blank">rato</a>. A carga que o homem tomou era o bastante para mat&aacute;-lo assim que entrasse em contato com seu organismo, no entanto, s&oacute; o fez se contorcer de dor &ndash; o que duraria quatro longos dias.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/29/29153922834318.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
O homem n&atilde;o morreu porque recorreu &agrave; subst&acirc;ncia varfarina, que diminui a capacidade do corpo humano de coagular o sangue. O agente t&oacute;xico incolor e inodoro, um not&oacute;rio veneno que al&eacute;m de afetar o gado, &eacute; usado para matar morcegos-vampiros e ratos ao for&ccedil;ar uma hemorragia interna, faz parte de uma poderosa fam&iacute;lia de anticoagulantes naturais.
Ela foi encontrada acidentalmente por fazendeiros que n&atilde;o entendiam o motivo de seu gado sangrar at&eacute; a morte ao comer trevo-de-cheiro (Melilotus indicus) estragado.
Acontece que, quando o mofo impregna a planta, consegue reprogramar um determinado produto qu&iacute;mico nela. Sendo assim, enquanto em animais o anticoagulante os mata, em humanos evita que o sangue coagule em situa&ccedil;&otilde;es de risco. A capacidade da planta foi usada para essa finalidade durante as cirurgias dos soldados da Segunda Guerra Mundial.
<h2>A situa&ccedil;&atilde;o que mudou tudo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/29/29154004563320.jpg" alt="Dwight Eisenhower. (Fonte: NPS/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Dwight Eisenhower. (Fonte: NPS/ENHS/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Quando os pesquisadores da Wisconsin Alumni Research Foundation faziam testes para encontrar mais vers&otilde;es dos anticoagulantes com base na subst&acirc;ncia qu&iacute;mica do trevo, descobriram o composto que apelidaram varfarina, que se provou muito &uacute;til para matar ratos.
N&atilde;o demorou muito para os EUA usarem a subst&acirc;ncia no controle de pragas enquanto pesquisas ainda eram feitas sobre o desempenho de suas propriedades em contato com o sangue humano. Depois que o soldado arrependido chegou at&eacute; um hospital com o est&ocirc;mago cheio do composto, ele s&oacute; n&atilde;o morreu porque seu quadro p&ocirc;de ser revertido com vitamina K, que atua na coagula&ccedil;&atilde;o sangu&iacute;nea ao estimular o processamento de importantes prote&iacute;nas no organismo.
Apesar de um ato impensado, foi assim que estudos come&ccedil;aram a ser feitos com base nos efeitos da varfarina no corpo humano, descobrindo que, al&eacute;m de prevenir co&aacute;gulos sangu&iacute;neos fatais, a subst&acirc;ncia pode tamb&eacute;m restaurar o fluxo sangu&iacute;neo em v&iacute;timas de derrame.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/29/29160046369335.jpg" alt="(Fonte: Dra. Regina Biasoli/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Getty Images)
Com isso, um rem&eacute;dio foi formulado e rapidamente aprovado pelo Food and Drug Administration (FDA) para seu uso no tratamento de co&aacute;gulos sangu&iacute;neos, que aconteceu da forma mais emblem&aacute;tica o poss&iacute;vel, na sexta-feira de 23 de setembro de 1955, enquanto o ent&atilde;o presidente dos EUA, Dwight Eisenhower, visitava amigos e familiares em Denver.
Em um instante o chefe de Estado estava bebendo e conversando, no outro j&aacute; estava no ch&atilde;o, arrebatado por um infarto do mioc&aacute;rdio que, a princ&iacute;pio, ele atribuiu o desconforto que sentia ao hamb&uacute;rguer que havia comido no almo&ccedil;o.
Temendo que os co&aacute;gulos errantes pelo corpo do presidente pudessem causar um derrame, levando-o ao &oacute;bito ou o incapacitando, os m&eacute;dicos administraram a Eisenhower uma dose da rec&eacute;m-aprovada varfarina. Em poucas horas, o presidente estava bem e teve uma recupera&ccedil;&atilde;o mais r&aacute;pida do que imaginavam.
Naquele dia, o curso da hist&oacute;ria mudou porque um aspirante a marinheiro tomou uma atitude impensada 4 anos antes, e a ci&ecirc;ncia p&ocirc;de vasculhar o caso e descobrir que um veneno podia salvar vidas.

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Varfarina: como o antigo veneno de ratos salva vidas

Imagem de Litopedia: congolesa morreu com feto de 9 anos em seu abdômen no megacurioso

Antes rara, a condição começou a se tornar mais comum na sociedade

N&atilde;o &eacute; por acaso que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124169-as-5-farsas-medicas-mais-bizarras-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medicina</a> &eacute; considerada a ci&ecirc;ncia mais incerta que existe. Mesmo ap&oacute;s cerca de 2.500 anos, quando a medicina moderna se formou na Gr&eacute;cia Antiga com os primeiros experimentos e relatos de Hip&oacute;crates, nem todo o avan&ccedil;o consegue prever que tipo de anomalia existe no mundo. N&atilde;o &eacute; para menos que a taxa de mortalidade bruta anual para pacientes com doen&ccedil;as raras seja de 12,04 por 100 mil habitantes por ano.
No &uacute;ltimo 10 de mar&ccedil;o de 2023, o mundo testemunhou isso de perto com a not&iacute;cia perturbadora de uma mulher origin&aacute;ria do Congo internada em um hospital dos Estados Unidos, onde os m&eacute;dicos descobriram um feto calcificado embutido em seu abd&ocirc;men. Com o tamanho de uma alface, o feto n&atilde;o-nascido comprimiu os intestinos da mulher, causando uma obstru&ccedil;&atilde;o intestinal grave seguida por desnutri&ccedil;&atilde;o severa.
O mais chocante, por&eacute;m, &eacute; que a crian&ccedil;a estava dentro da mulher por quase 9 anos, e teria sido o nono filho da paciente. Ela morreu por recusar tratamento, acreditando que a doen&ccedil;a era resultado de bruxaria lan&ccedil;ada sobre ela ao ter se refugiado nos EUA.
O que ela n&atilde;o sabia, por&eacute;m, &eacute; que sua doen&ccedil;a tinha nada de maligno, mas, na verdade, se tratava de um caso raro chamado litopedia.
<h2>O beb&ecirc; de pedra</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/23/23094402679067.jpg" alt="(Fonte: Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetr&iacute;cia/Scielo/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetr&iacute;cia/Scielo/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O termo &ldquo;beb&ecirc; de pedra&rdquo; &eacute; tamb&eacute;m usado para definir casos da rara condi&ccedil;&atilde;o que &eacute; a litopedia, uma evolu&ccedil;&atilde;o da gravidez ect&oacute;pica. Causada por algum tipo de patologia, como endometriose ou doen&ccedil;a inflamat&oacute;ria p&eacute;lvica (DIP), a gravidez ect&oacute;pica &eacute; caracterizada por uma gesta&ccedil;&atilde;o que acontece fora do &uacute;tero, quando o embri&atilde;o, resultante da fecunda&ccedil;&atilde;o do &oacute;vulo pelo espermatozoide, se adere e come&ccedil;a a se desenvolver fora da cavidade uterina.
O quadro &eacute; imposs&iacute;vel de ser revertido e, se n&atilde;o tratado, pode evoluir para uma litopedia. Uma vez que o feto morre, ele n&atilde;o pode ser reabsorvido pelo corpo da m&atilde;e e fica retido na cavidade abdominal, formando uma casca de c&aacute;lcio ao seu redor.&nbsp;
Desde que foi descrita pela primeira vez, no s&eacute;culo X, h&aacute; apenas cerca de 330 casos relatados na literatura m&eacute;dica at&eacute; o momento.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/28/fonte-wikimedia-commons-28105711309097.jpg" alt="Fonte: Wikimedia Commons" />Feto calcificado retido na cavidade abdominal. (Fonte: Wikimedia Commons)
A doen&ccedil;a rara j&aacute; foi identificada em mulheres com idade entre 23 a 100 anos, sendo que dois ter&ccedil;os delas tem mais de 40 anos. O per&iacute;odo de reten&ccedil;&atilde;o do feito j&aacute; foi de 4 a 60 anos. Em 2020, uma mulher de 80 anos apresentou queixa de dor no quadril direito ap&oacute;s uma queda, e a radiografia da pelve identificou, acidentalmente, uma massa calcificada alojada na regi&atilde;o abdominop&eacute;lvica dela. A idade do beb&ecirc; de pedra era de 8 meses.
Assim como no quadro da congolesa, a maioria dos casos permanecem assintom&aacute;ticos e s&atilde;o frutos de achados acidentais em exames de imagem, cirurgia ou necropsia. A radiografia abdominal, tomografia computadorizada e a resson&acirc;ncia magn&eacute;tica s&atilde;o exames capazes de identificar a condi&ccedil;&atilde;o.
<h2>O outro problema</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/28/fonte-wikimedia-commons-28105323616094.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />"Beb&ecirc; de pedra" de 2 anos. (Fonte: Wikimedia Commons)
Quatorze meses antes de morrer de desnutri&ccedil;&atilde;o severa, quando amparada por uma equipe m&eacute;dica, a congolesa disse que n&atilde;o estava com medo da morte mesmo diante do progn&oacute;stico se recusasse o tratamento.
O estudo de caso publicado na revista BMC Women&rsquo;s Health tamb&eacute;m revelou que a mulher havia se mudado do Congo para Burundi e depois para a Tanz&acirc;nia, onde deu &agrave; luz oito filhos, dos quais tr&ecirc;s morreram logo ap&oacute;s o parto. A primeira vez que ela visitou uma cl&iacute;nica m&eacute;dica foi em um campo de refugiados, ap&oacute;s perceber que seu beb&ecirc; parou de se mexer. Os m&eacute;dicos constataram que o feto n&atilde;o tinha batimentos card&iacute;acos, recomendando que ela voltasse em duas semanas se n&atilde;o conseguisse abort&aacute;-lo de maneira natural em casa.
Contudo, ao retornar, ela foi acusada por eles de "trabalho maligno" e de assassinar o beb&ecirc;, o que a fez a voltar para casa, orar e nunca mais procurar qualquer ajuda m&eacute;dica.&nbsp;
Muito al&eacute;m de qualquer supersti&ccedil;&atilde;o ou cren&ccedil;a religiosa, o caso da mulher revisitou os problemas que envolvem a desconfian&ccedil;a m&eacute;dica, sobretudo de pessoas refugiadas que convivem com o medo, e tamb&eacute;m a falta de assist&ecirc;ncia para o tratamento dessas pessoas.

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