Amor: emoção ou reação química do cérebro?

11/04/2023 às 11:002 min de leitura

O amor é uma das emoções mais enigmáticas que nós humanos tentamos entender desde tempos imemoriais. Este sentimento tem sido a inspiração de poetas, dramaturgos, compositores e artistas ao longo da história, mas afinal, ele é algo simplesmente biológico?

Embora várias obras tenham feito um trabalho melhor ao definir esse sentimento do que os cientistas, para averiguar se ele é mesmo uma construção neuroquímica, é essencial entender o que está acontecendo no cérebro. 

O que acontece no nosso cérebro e corpo quando amamos?

(Fonte: Pixabay/Reprodução)(Fonte: Pixabay/Reprodução)

Os primeiros estudos neurobiológicos mostraram que as áreas da massa cinzenta envolvidas nos sentimentos de amor têm altas concentrações de dopamina, um neurotransmissor que coloca a pessoa em um estado de “bem-estar”.

Enquanto ela aumenta durante a primeira onda de desejo, a serotonina, outra "mensageira" cerebral importante, parece se esgotar, e isso pode ser responsável pelo foco obstinado no objeto de nossos desejos românticos, ou a famosa vontade de ficar "grudados" que sentimos nos estágios iniciais de um relacionamento.

Algumas regiões mostram ativação diminuída em resposta ao amor romântico, incluindo a amígdala e áreas do córtex frontal, amortecendo o julgamento que podemos sentir em relação a nossa pessoa amada, o que nos levaria a ignorar quaisquer defeitos ou pontos negativos.

E embora os feromônios sejam intuitivamente importantes no reino animal, enviando sinais secretos que tornam uma criatura irresistível para parceiros em potencial, ainda não há muitas evidências de que isso aconteça em humanos. No entanto, a oxitocina, apelidada de “hormônio do amor”, é um grande fator em termos de substâncias químicas cerebrais que não podemos ignorar, já que está ligada à função sexual, ajudando os mamíferos a se relacionarem, e pode até auxiliar em consertar um coração partido.

Estudos em roedores ajuda a entender a química do romantismo

(Fonte: Creative Commons/Reprodução)(Fonte: Creative Commons/Reprodução)

Os arganazes-do-campo, que formam pares monogâmicos e compartilham ninhos com seus parceiros, são perfeitos para pesquisar o papel do hormônio no amor romântico. Um estudo de 2017 com os roedores encontrou uma rede neural que envia inundações de oxitocina aos centros de recompensa do cérebro durante uma ligação romântica. 

Esses bichinhos possuem mais receptores tanto para a oxitocina quanto para o hormônio relacionado, a vasopressina, do que outros animais, o que poderia explicar por que eles consideram a ligação monogâmica tão gratificante.

Atualmente, pesquisadores estão trabalhando para compreender melhor o sistema neuroquímico em humanos, desde suas possíveis origens em nossos ancestrais até como a regulação epigenética do gene da oxitocina molda as experiências emocionais de cada pessoa.

No fim das contas, o amor não é simplesmente uma questão do nosso corpo. É uma emoção complexa que envolve uma combinação de fatores biológicos, psicológicos e sociais. Embora os estudos neurobiológicos tenham nos ajudado a entender a química cerebral, ainda há muito que não sabemos.

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