Imagem de Primeiro humano recebe injeção experimental para matar câncer no megacurioso

Fórmula tenta reverter casos de câncer utilizando o chamado vírus oncolítico, um vírus geneticamente modificado para matar células cancerígenas

Um grande passo para um enorme avan&ccedil;o cient&iacute;fico foi dado em maio de 2022. Nesse m&ecirc;s, o primeiro paciente humano recebeu uma inje&ccedil;&atilde;o de um novo v&iacute;rus que supostamente &eacute; capaz de matar um c&acirc;ncer por completo. O v&iacute;rus, que tamb&eacute;m &eacute; conhecido como CF33-hNIS (Vaxinia), teve testes bem-sucedidos em animais at&eacute; ent&atilde;o e parece ser promissor.
Por&eacute;m, a sua efic&aacute;cia em seres humanos s&oacute; deve ser verdadeiramente testada no in&iacute;cio deste novo ensaio cl&iacute;nico. Os cientistas esperam que esse teste inovador releve mais evid&ecirc;ncias de uma nova maneira de combater com sucesso tumores cancer&iacute;genos no corpo das pessoas. Entenda mais sobre o tema nos pr&oacute;ximos par&aacute;grafos!
<h2>V&iacute;rus oncol&iacute;tico</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/26/26153800102431.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
O Vaxinia &eacute; o que os pesquisadores denominaram de v&iacute;rus oncol&iacute;tico, um organismo geneticamente modificado e projetado para infectar e matar seletivamente c&eacute;lular cancer&iacute;genas &mdash; deixando as c&eacute;lulas saud&aacute;veis para tr&aacute;s. No caso do CF33-hNIS, foi utilizado o v&iacute;rus da var&iacute;ola para gerar tal efeito.
Embora seja simples interpretar os v&iacute;rus como microrganismos mal&eacute;ficos e causadores de doen&ccedil;as em nossos corpos, nessa situa&ccedil;&atilde;o a ci&ecirc;ncia parece ter conseguido usar um mal para fazer o bem. Ao entrar no nosso organismo, esse v&iacute;rus geneticamente alterado passa a invadir as c&eacute;lulas cancer&iacute;genas e se multiplicar dentro delas.
Eventualmente, essa c&eacute;lula infectada explodir&aacute; e liberar&aacute; milhares de novas part&iacute;culas virais que atuar&atilde;o como ant&iacute;genos no corpo. O objetivo &eacute; que esse processo passe a estimular o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121157-fortalecer-o-sistema-imunologico-mitos-e-verdades.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sistema imunol&oacute;gico</a> humano a atacar outras c&eacute;lulas cancer&iacute;genas pr&oacute;ximas, destruindo qualquer rastro de um poss&iacute;vel tumor.
<h2>Pesquisas em laborat&oacute;rio</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/26/26153803540434.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Em estudos anteriores feitos em modelos animais, a droga se mostrou capaz de aproveitar o sistema imunol&oacute;gico para ca&ccedil;ar e destruir c&eacute;lulas cancer&iacute;genas. Por&eacute;m, at&eacute; pouco tempo, nenhum teste real havia sido feito em humanos.&nbsp;
Todo esse cen&aacute;rio mudou quando o Centro de Pesquisa e Tratamento do C&acirc;ncer City of Hope, em Los Angeles, e a empresa de biotecnologia Imugene, com sede na Austr&aacute;lia, anunciaram que o primeiro ensaio cl&iacute;nico em humanos estava em andamento. Ambas as institui&ccedil;&otilde;es s&atilde;o co-desenvolvedoras do medicamento.&nbsp;
A primeira fase do experimento est&aacute; totalmente focada na seguran&ccedil;a e tolerabilidade do medicamento em humanos. Estima-se que 100 participantes estejam envolvidos no estudo, sendo eles pacientes adultos com tumores s&oacute;lidos met&aacute;sticos ou avan&ccedil;ados e que j&aacute; tenham tentado pelo menos duas outras formas de tratamento padr&atilde;o.
<h2>Expectativas para o futuro</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/26/26153806602436.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Ao se inscreverem para o ensaio cl&iacute;nico, cada indiv&iacute;duo receber&aacute; baixas doses do tratamento experimental por <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119676-por-que-a-injecao-de-benzetacil-doi-tanto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inje&ccedil;&atilde;o</a> direta ou intravenosa. Se os resultados iniciais forem bem-sucedidos e o CF33-hNIS for considerado seguro, novos testes avaliar&atilde;o se o tratamento reage bem combinado com o pembrolizumab &mdash; um tratamento de anticorpos j&aacute; usado na imunoterapia contra c&acirc;ncer.
Medidas secund&aacute;rias, como a avalia&ccedil;&atilde;o de qu&atilde;o efetivo o medicamento &eacute; para reduzir tumores tratados, ser&atilde;o analisadas mais tarde. Como o teste est&aacute; previsto para durar dois anos em diversos campos cl&iacute;nicos, respostas mais concretas ainda devem demorar para surgir.
De qualquer forma, o v&iacute;rus oncol&iacute;tico tem gerado bastante esperan&ccedil;a na comunidade cient&iacute;fica e a expectativa por bons resultados existe. Na melhor das hip&oacute;teses, teremos encontrado um <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/103673-tratamentos-alternativos-para-o-cancer-aumentam-as-chances-de-morte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tratamento</a> supereficiente para diminuir casos de c&acirc;ncer ao redor do mundo.

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Primeiro humano recebe injeção experimental para matar câncer

Imagem de Homem tem mais de 200 pedras no rim removidas na Índia no megacurioso

Paciente de 56 anos queixava-se de fortes dores na região da virilha esquerda por meses; cirurgia demorou cerca de uma hora para ser concluída

Uma equipe de m&eacute;dicos em Hyderabad, no sul da &Iacute;ndia, foi pega de surpresa ao ter que lidar com um caso extraordin&aacute;rio de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119606-por-que-a-pedra-no-rim-e-chamada-de-calculo-renal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">c&aacute;lculo renal</a>. Na &uacute;ltima semana, um morador da cidade vizinha de Nalgonda precisou passar por uma cirurgia para que os m&eacute;dicos pudessem realizar a remo&ccedil;&atilde;o das 206 pedras que estavam presas em seus rins.
O homem, que tinha 56 anos, queixava-se de dores na lombar, do lado esquerdo, h&aacute; mais de seis meses &mdash; o que acabou se agravando devido &agrave;s altas temperaturas na &eacute;poca do ver&atilde;o indiano. A opera&ccedil;&atilde;o demorou cerca de uma hora para ser conclu&iacute;da, mas foi bem-sucedida e o paciente recebeu alta no seu segundo dia.
<h2>Dor e sofrimento</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/26/26145914648393.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Quando foi admitido no hospital, o homem em quest&atilde;o afirmou j&aacute; estar sob certos medicamentos prescritos por um m&eacute;dico local. Inclusive, isso teria proporcionado um certo al&iacute;vio a curto prazo, mas a dor continuava afetando sua rotina e diversas pr&aacute;ticas cotidianas j&aacute; n&atilde;o podiam mais ser feitas com a mesma efici&ecirc;ncia.
Em entrevistas &agrave; imprensa indiana, o urologista respons&aacute;vel pelo procedimento, Poola Naveen Kumar, afirmou que as primeiras investiga&ccedil;&otilde;es e exames de ultrassonografia logo revelaram a presen&ccedil;a de m&uacute;ltiplos c&aacute;lculos renais no rim esquerdo do paciente. Posteriormente, uma tomografia computadorizada no Aware Gleneagles Global Hospital confirmou o quadro de sa&uacute;de.
Em seguida, o paciente foi aconselhado e preparado para uma laparoscopia &mdash; um procedimento cir&uacute;rgico minimamente invasivo sob efeito de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119551-o-que-os-medicos-usavam-antes-de-existir-anestesia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">anestesia</a> &mdash;, a qual durou uma hora e serviu para que todas as pedras fossem removidas com efic&aacute;cia. Na vis&atilde;o da equipe m&eacute;dica, temperaturas extremamente altas no ver&atilde;o facilitam a desidrata&ccedil;&atilde;o de pacientes e, por consequ&ecirc;ncia, resultam na forma&ccedil;&atilde;o de c&aacute;lculos renais. Por isso, a hidrata&ccedil;&atilde;o se torna a maior aliada nesse tipo de cen&aacute;rio.&nbsp;
<h2>Recordes de pedras no rim</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/26/26142954827373.jpg" alt="Guinness World Records/Reprodu&ccedil;&atilde;o" />(Fonte: Guinness World Records/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Embora o caso registrado em Hyderabad chame aten&ccedil;&atilde;o pela enorme quantidade de pedras no rim retiradas de um &uacute;nico paciente, o n&uacute;mero constatado nessa ocasi&atilde;o n&atilde;o chega nem perto de recordes estabelecidos no passado. Em 2015, por exemplo, m&eacute;dicos precisaram de duas horas para remover 420 c&aacute;lculos renais de um homem em Zhejiang, na China.
Naquela &eacute;poca, a equipe de atendimento disse que o paciente chamado He possu&iacute;a uma dieta rica em soja e se hidratava pouco. Como esses alimentos possuem muito c&aacute;lcio, a falta de ingest&atilde;o suficiente de &aacute;gua fez com que o excesso desse mineral n&atilde;o pudesse ser excretado.
No entanto, o recorde absoluto registrado pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121941-9-recordes-que-felizmente-nao-existem-mais-no-guinness-book.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guinness World Records</a> pertence a outro paciente indiano: Dhanraj Wadile. Em dezembro de 2009, o doutor Ashish Rawandale, do Instituto de Urologia de Dhule, retirou 172 mil c&aacute;lculos renais do rim esquerdo de Wadile.
O paciente, que possu&iacute;a 45 anos na &eacute;poca, sofreu de dores abdominais por meses at&eacute; decidir buscar ajuda. Foi necess&aacute;rio cerca de quatro horas para que a cirurgia fosse completada. As pedras eram feitas principalmente de fosfato de c&aacute;lcio e mediam entre 1 mil&iacute;metro e 2,5 cent&iacute;metros de tamanho.

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Homem tem mais de 200 pedras no rim removidas na Índia

Imagem de Alexis St. Martin: a cobaia que desvendou os mistérios da digestão no megacurioso

Mantido em cativeiro por vários anos por William Beaumont, o homem teve até o líquido de seu estômago provado pelo médico

<head></head><body>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114735-lobotomia-o-mais-abominavel-capitulo-da-medicina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medicina</a> do século XIX foi marcada pela necessidade voraz de avanços. Após ter colhido muito do que se sabia sobre anatomia humana a partir da dissecação de <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/113660-a-industria-de-roubo-de-corpos-do-seculo-xviii-e-xix.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cadáveres roubados</a> que fizeram indústria na História, a ciência precisava desesperadamente compreender o que se passava em corpos vivos.A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121950-como-a-cirurgia-de-hemorroidas-de-luis-xiv-mudou-a-medicina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cirurgia</a> suja e rudimentar da época não era o suficiente para que os médicos pudessem explorar tudo o que o corpo humano tinha a oferecer, portanto, quando surgiu a oportunidade naquele 6 de junho de 1822, acompanhada de a colaboração médico-paciente mais bizarra da História, foi o momento em que a medicina pôde dar um imenso avanço.E tudo começou em um acidente com arma de fogo, o tipo de ferimento considerado uma sentença de morte naquele tempo.<h2>O mistério da digestão</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Brazilian Times&nbsp;" data-fonte-url="https://www.braziliantimes.com/mundo/2017/06/27/como-um-buraco-de-tiro-na-barriga-de-comerciante-levou-medicos-a-compreender-a-digestao.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/24/24131201331306.jpg" alt="Alexis St. Martin. (Fonte: Brazilian Times/Reprodução)">Alexis St. Martin. (Fonte: Brazilian Times/Reprodução)Foi quando o viajante canadense Alexis St. Martin foi acidentalmente baleado com um tiro de mosquete em seu estômago enquanto estava parado no posto de comércio de peles na Ilha Mackinac, no Michigan (EUA), que seu caminho se cruzou com o do Dr. William Beaumont, um cirurgião de um posto militar próximo — e um futuro condutor de experimentos em humanos.Os 20 anos de St. Martin não o pouparam das chances de morte devido à gravidade de sua lesão, inclusive foi o que Beaumont deixou claro para ele o tempo todo, visto que a bala arrancou fragmentos dos músculos e quebrou algumas de suas costelas no caminho.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/24/24131347440308.jpg" alt="Dr. William Beaumont. (Fonte: Mackinacparks/Reprodução)">Dr. William Beaumont. (Fonte: Mackinacparks/Reprodução)Nos 17 dias que se seguiram, o médico percebeu que tudo o que St. Martin comia simplesmente vazava dele, tanto que a maneira que encontrou de mantê-lo alimentado foi por enemas nutritivos que administrava regularmente. As bordas do estômago até se curaram e se uniram às bordas da pele externada, mantendo o estômago funcional, o que permitiu que a comida não vazasse mais, e o órgão retornasse às funções naturais. No entanto, o buraco nunca foi fechado pelo médico.Apesar disso, Beaumont convenceu St. Martin que ele não duraria muito e, com isso, viu uma oportunidade científica revolucionária: estudar a digestão. Em 1800, o processo não era bem compreendido porque não havia como ver o interior de um corpo, a menos que estivesse morto. O desespero para descobrir como a digestão funcionava foi tão grande que um médico tentou colocar comida em sacos com barbante, engoli-los e depois puxá-los pela garganta por várias vezes.<h2>Fugindo para sempre&nbsp; &nbsp; &nbsp;&nbsp;</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/24/24131548659309.jpg" alt="(Fonte: Connecticut History/Reprodução)">(Fonte: Connecticut History/Reprodução)Assim que o viajante ficou um pouco melhor, ele se tornou uma espécie de lacaio do médico, realizando tarefas domésticas pelo dia, e servindo como cobaia científica à noite.Durante o processo, Beaumont fez o homem experimentar vários tipos de comida, e chegou a provar o ácido estomacal que saía pela fístula na barriga do homem. Foi assim que descobriu que o estômago não tinha sabor ácido até que estivesse trabalhando para digerir alimentos. Ele também removeu pedaços do revestimento do órgão para analisá-los.Após anos em cativeiro, Beaumont permitiu que St. Martin retornasse ao Canadá, e foi quando a relação dos dois se deteriorou. Em um hospital, o viajante percebeu que estava bem e que sua condição não o mataria mais, fazendo ele se distanciar do médico.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/24/24131726690310.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Mas em 1831, ele voltou a se encontrar com Beaumont, ficando em sua casa por mais um ano antes de se casar e ter 6 filhos. Ele chegou a se oferecer para ser cobaia mais uma vez depois disso, porém ordenou uma quantidade exorbitante de dinheiro, que o médico se negou a pagar.Depois disso, eles nunca mais se viram, e St. Martin passou o resto de sua vida fugindo dos médicos que o perseguiam para tentar estudar o buraco deixado por Beaumont em seu corpo.&nbsp;O problema foi tão grande — e o misticismo ao redor disso maior ainda — que, quando St. Martin morreu, aos 78 anos, em 24 de junho de 1880, a família adiou seu sepultamento até que seu corpo estivesse completamente apodrecido, temendo que os médicos o desenterrassem para tentar ressuscitá-lo ou o submeter a experimentos bizarros.</body>

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Alexis St. Martin: a cobaia que desvendou os mistérios da digestão

Imagem de Jejum de dopamina é só mais uma invenção de marketing incoerente no megacurioso

Para começar que jejum é sobre comida - e dopamina é um neurotransmissor liberado pelo cérebro

O polo tecnol&oacute;gico do Vale do Sil&iacute;cio &eacute; centro de diversas inven&ccedil;&otilde;es &mdash; mas nem tudo o que sai dali promove benef&iacute;cios para a sociedade. Uma das mais novas pr&aacute;ticas advindas do Vale do Sil&iacute;cio &eacute; o jejum de dopamina, que consiste em abdicar de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/69601-como-descobrir-se-alguem-sofre-de-depressao-confira-5-sinais-a-seguir.htm" target="_blank" title="Como descobrir se algu&eacute;m sofre de depress&atilde;o? Confira 5 sinais a seguir">atividades prazerosas</a> (at&eacute; mesmo de alimenta&ccedil;&atilde;o), adotado por empreendedores e estudantes da regi&atilde;o que buscam melhorar o bem estar e a produtividade.
A pr&aacute;tica vai na contram&atilde;o do que promete. O erro j&aacute; come&ccedil;a pelo nome, j&aacute; que jejum &eacute; referente &agrave; comida e a dopamina &eacute; um&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120918-como-neurotransmissores-definem-tracos-de-personalidade-primarios.htm" target="_blank" title="Como neurotransmissores definem tra&ccedil;os de personalidade prim&aacute;rios">neurotransmissor</a> sintetizado a partir do amino&aacute;cido tirosina na gl&acirc;ndula suprarrenal e em quatro regi&otilde;es do c&eacute;rebro: nigroestriatal, mesol&iacute;mbica, mesocortical e t&uacute;bero infundibular.
Este neurotransmissor promove sentimentos de prazer, motiva&ccedil;&atilde;o e recompensa. Logo, um "jejum" desta subst&acirc;ncia iria trazer sensa&ccedil;&otilde;es opostas, podendo desencadear precursores que afetam as condi&ccedil;&otilde;es de ordem psicol&oacute;gica que geram comprometimento na vida normal de uma pessoa, podendo levar &agrave; depress&atilde;o.
<h2>Parar com o qu&ecirc;?</h2>
Os adeptos do jejum de dopamina acreditam que o ser humano passa muito tempo com atividades improdutivas devido ao fato de buscar cada vez mais os efeitos desse neurotransmissor. O v&iacute;cio de dopamina existe e est&aacute; tamb&eacute;m na facilidade, onde para se obter a "recompensa" n&atilde;o &eacute; necess&aacute;rio gastar muita energia. Mas a solu&ccedil;&atilde;o para isso n&atilde;o &eacute; um jejum de dopamina: &eacute; interromper atividades que j&aacute; se sabe das consequ&ecirc;ncias ruins e adotar mudan&ccedil;as no modo de vida para ter uma sa&uacute;de mental e produtividade melhor.
H&aacute; indiv&iacute;duos que praticam o jejum de dopamina e suspendem a alimenta&ccedil;&atilde;o, ingerindo apenas &aacute;gua &mdash; a&iacute; j&aacute; est&aacute; outro erro, porque se trata de deixar de ingerir nutrientes essenciais para o funcionamento do organismo. Outra pr&aacute;tica &eacute; evitar interagir com outras pessoas e abdicar do uso do smartphone.
De todas as pr&aacute;ticas, somente&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/102479-viciados-em-redes-sociais-tem-mais-chances-de-desenvolver-depressao.htm" target="_blank" title="Viciados em redes sociais t&ecirc;m mais chances de desenvolver depress&atilde;o">suspender o uso do celular</a> &eacute; vantajoso. J&aacute; se sabe que &eacute; mal&eacute;fico o uso abusivo do celular, portanto devemos usar o aparelho com sabedoria e podemos obter benef&iacute;cios de per&iacute;odos sem smartphone, enquanto suspender a ingest&atilde;o de nutrientes essenciais para o corpo&hellip; isso &eacute; cientificamente prejudicial para o organismo.
<h2>Entender o c&eacute;rebro &eacute; essencial</h2>
<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121381-neuroplasticidade-como-prevencao-contra-perda-de-memoria-por-doencas.htm" target="_blank" title="Neuroplasticidade como preven&ccedil;&atilde;o contra perda de mem&oacute;ria por doen&ccedil;as">Nosso c&eacute;rebro &eacute; pl&aacute;stico</a>, molda-se mediante &agrave;s circunst&acirc;ncias duradouras. Pessoas com depress&atilde;o, por exemplo, t&ecirc;m a anatomia do c&eacute;rebro modificada, apresentando uma redu&ccedil;&atilde;o de tamanho no hipocampo, a am&iacute;gdala e o c&oacute;rtex pr&eacute;-frontal. Quando nos colocamos em uma atmosfera negativa, desmotivada, sem prazer, com o passar do tempo o c&eacute;rebro &eacute; moldado da mesma maneira.
Quando a pr&aacute;tica de jejum de dopamina &eacute; recorrente, uma das poss&iacute;veis consequ&ecirc;ncias &eacute; alterar a personalidade da pessoa, gerar comportamentos mal&eacute;ficos recorrentes e tamb&eacute;m depress&atilde;o. As coisas n&atilde;o podem ser analisadas de forma superficial: &eacute; preciso ter muita cautela antes de adotar m&eacute;todos da &ldquo;moda&rdquo; sem qualquer tipo de respaldo cient&iacute;fico. Caso contr&aacute;rio, o resultado pode ser justamente o contr&aacute;rio do que se espera &mdash; como &eacute; o caso do jejum de dopamina.
***
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; PhD em Neuroci&ecirc;ncias; mestre em Psicologia; P&oacute;s Graduado em neuropsicologia, entre outras p&oacute;s gradua&ccedil;&otilde;es; licenciado em Biologia e em Hist&oacute;ria, tecn&oacute;logo em antropologia, jornalista, especializado em programa&ccedil;&atilde;o Python, Intelig&ecirc;ncia Artificial e tem forma&ccedil;&atilde;o profissional em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica. Atualmente, &eacute; diretor do Centro de Pesquisas e An&aacute;lises Her&aacute;clito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, professor e investigador cientista na Universidad Santander de M&eacute;xico, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neuroci&ecirc;ncias e da Society for Neuroscience, nos Estados Unidos; membro da Mensa International, Intertel e Triple Nine Society (TNS), associa&ccedil;&atilde;o e sociedades de pessoas de alto QI, esta &uacute;ltima TNS, a mais restrita do mundo; especialista em estudos sobre comportamento humano e intelig&ecirc;ncia com mais de 130 estudos publicados.

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Jejum de dopamina é só mais uma invenção de marketing incoerente

Imagem de O que já sabemos sobre os novos casos inexplicáveis de hepatite em crianças no megacurioso

Um novo surto da doença está se desenrolando

<head></head><body>No dia 15 de abril de 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS)&nbsp;divulgou um comunicado sobre um novo surto de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119744-hepatite-conheca-os-6-tipos-de-inflamacao-no-figado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hepatite aguda</a>&nbsp;sem causa conhecida envolvendo 74 crianças do Reino Unido.Uma atualização posterior, divulgada em 23 de abril, revelou que o problema estava se espalhando, com casos semelhantes em diversos outros países europeus, assim como nos EUA e Israel. Depois disso, ainda, novos casos foram reportados pelas autoridades sanitárias e pela imprensa na Indonésia, Japão e Canadá. Estima-se que o número atual de casos esteja em torno de 200 no mundo, sendo que quatro crianças morreram até o momento.No Brasil, o Ministério da Saúde informou no dia 11 de maio que está acompanhando 28 casos suspeitos dessa hepatite aguda.<h2>O que é hepatite?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/17/17180011182564.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)A hepatite é caracterizada como uma inflamação do fígado. Ela pode ter origem em uma infecção viral ou estar relacionada com problemas imunológicos. Existem cinco vírus que podem provocar um quadro de hepatite viral em humanos. Outras possíveis causas incluem exposição ao álcool, toxinas e drogas.A hepatite aguda é aquela de curto prazo, enquanto a crônica é a de longo prazo. É importante ressaltar que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/61934-6-fatos-interessantes-sobre-o-funcionamento-do-figado-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fígado é um órgão vital</a>, tendo a função de ajudar na regulação do metabolismo e na desintoxicação do corpo, entre outros.<h2>Origem desconhecida</h2>Apesar de ser uma doença muito conhecida, a hepatite é considera rara. No entanto, nesses novos casos, existe outro fator ainda mais complexo: ela parece não ser provocada por nenhum dos cinco vírus conhecidos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/17/17180014213565.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)De acordo com uma nota da OMS divulgada no último dia 23 de abril, em nenhum dos casos investigados até então esses vírus foram encontrados. Por outro lado, uma categoria diferente de vírus, o adenovírus, foi encontrada em algumas dezenas de casos de hepatite sem causa conhecida em crianças.O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118472-o-que-e-um-adenovirus-e-qual-sua-importancia-para-a-ciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">adenovírus constitui um grupo de vírus</a> muito conhecido por causar sintomas de gripe ou resfriado, dor de estômago, náusea, vômito, inflamação aguda estomacal; conjuntivite, bronquite aguda, dor de garganta, febre e pneumonia.Contudo, os adenovírus também são responsáveis por provocar alguns casos raros de hepatite em pessoas com o sistema imunológico comprometido.Para os especialistas em virologia que acompanham essa linha de pesquisa, se for comprovado que a causa dos recentes casos desconhecidos de hepatite infantil for o adenovírus, a medicina pode estar diante de uma variante com poder de causar hepatite com muito mais facilidade.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/17/17180017213566.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Aqui, os pesquisadores estão se concentrando na F41, uma cepa de adenovírus encontrada em vários dos casos apontados. O F41 é mais conhecido por causar gastroenterite. Segundo Peter White, professor de microbiologia e biologia molecular da Universidade de New South Wales, o F41 são vírus de DNA muito inteligentes e capazes de infectar diferentes órgãos do corpo humano.O tratamento adotado atualmente visa aliviar os incômodos e sintomas sentidos pela criança, assim como garantir sua estabilização em casos mais graves. Quando a origem exata for encontrada, será possível definir abordagens mais eficientes para o gerenciamento da condição.Por fim, pais e responsáveis precisam estar atentos aos sintomas da hepatite, como olhos amarelados, dor no abdômen, diarreia e vômitos. Na presença de qualquer um deles a criança deve ser imediatamente levada ao médico para uma avaliação mais profunda.</body>

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O que já sabemos sobre os novos casos inexplicáveis de hepatite em crianças

Imagem de 6 truques de comportamento para aumentar sua persuasão no megacurioso

Com algumas dicas de técnicas comportamentais você pode ter sucesso para fazer as pessoas realizarem seus desejos

<head></head><body>A vida é coletiva, o que significa precisar da ajuda de outras pessoas no seu dia a dia. Porém, você sabe como ter o que quer? A não ser que você seja um craque em hipnose, o melhor a fazer é acompanhar as dicas sobre técnicas comportamentais que podem te auxiliar.Sim, a ciência comprova que alguns detalhes do <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">comportamento</a> humano podem facilitar a que você obtenha o que deseja, sem ter que lançar feitiço em alguém. Em especial, no ambiente de trabalho, saber como lidar pode ser fundamental a crescer na carreira e ser bem-sucedido em suas metas. Confira nossas dicas.<h2>1. Seja claro sobre o que quer</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/18/18083713641020.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)Há um ditado que diz que "óbvio é o que está no papel". Em suma, isso significa dizer que as pessoas só assumirão algo como concreto se tiverem a clareza e a objetividade sobre o assunto. Trazendo para a nossa lista, sempre que você quiser que alguém faça algo para você ou aja de uma maneira determinada, seja direto e explícito.Não deixe nenhum detalhe nas entrelinhas, pois o que pode parecer óbvio para você talvez não o seja para outra pessoa. Para potencializar a compreensão, esteja próximo, fale com calma e não seja vago.<h2>2. Escolha o melhor momento</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/18/18083954438021.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)A hora em que você vai solicitar algo de outra pessoa é fundamental. E isso não é um detalhe burocrático, mas uma leitura sobre a suscetibilidade das pessoas, ou seja, o quanto elas estão propensas a serem <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118895-4-situacoes-em-que-somos-influenciados-pelo-neuromarketing.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">influenciadas</a> por algo. Tem menos ligação com a hora propriamente dita e mais com o momento.Tente prestar atenção em quando o outro indivíduo esteja mais relaxado, desocupado e mais atento a um diálogo. Esses detalhes facilitarão com que você consiga um sim sobre a missão ou desejo que tem em mente.<h2>3. Trabalhe a linguagem corporal</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/18/18084233672028.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)<a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/85547-linguagem-corporal-6-formas-de-descobrir-se-uma-pessoa-esta-nervosa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Linguagem corporal</a> é quase tudo quando você precisa fazer com que alguém lhe atenta a um pedido. Por exemplo, uma postura mais arqueada se estiver sentado dá a sensação de maior poder e firmeza.Esforçar-se a manter feições mais serenas mesmo quando o assunto é muito sério influencia que as pessoas sintam confiança em você, e não medo. A delicadeza em seus movimentos também auxilia a desconstruir a imagem de tensão e ansiedade, criando um cenário propenso ao aceite de uma missão, por exemplo.<h2>4. Mantenha contato visual</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/18/18085005630038.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)Manter <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/101843-7-formas-pelas-quais-as-pessoas-julgam-a-sua-personalidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">contato visual</a> com as pessoas é muito importante quando você quer obter algo. Claro, isso exige um olhar educado e não um esquisito. Pesquisadores comportamentais afirmam que manter contato visual quando está falando com alguém aumenta a atração das ideias, estimula a compreensão e confere um ar de honestidade à sua fala.Ainda que o olho no olho possa ser difícil para algumas pessoas, um bom olhar, mesmo que por momentos breves, vai agir em seu favor. E o melhor: essa é uma técnica que pode ser aprimorada, basta exercitá-la.<h2>5. Crie intimidade</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/18/18084343235029.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)Veja bem, criar intimidade é muito diferente de forçar intimidade, ou amizade. Quando alguém se sente íntimo, isto é, mais próximo a outra pessoa, a possibilidade de que ela faça o que deseja é maior. Contudo, é preciso ter cuidado nesse ponto, para não soar como uma aproximação forçada.A intimidade pode ser condicionada por diferentes comportamentos, como estar atento a histórias que a pessoa conta, saber seu nome e chamá-la por ele (ao invés de um pronome indefinido) também ajuda muito. Essa é uma ferramenta muito poderosa, mas lembre-se que a linha entre ser íntimo e ser invasivo é muito tênue.<h2>6. Use a tranquilidade como aliada</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/18/18085209460040.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)A tranquilidade é importante em qualquer situação, mas é maior ainda quando você está em busca de ter um desejo atendido, por exemplo. Por essa razão, esteja atento à cadência, ao tom e à velocidade com que você se comunica.Além de facilitar com que ouçam e compreendam o que você precisa, ajuda que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121698-como-e-o-cerebro-de-uma-pessoa-de-alto-qi.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">subconsciente</a> da pessoa com quem esteja falando acredite que você tem domínio da situação. É uma técnica muito clara: uma pessoa calma também é vista como sábia, e o público é muito mais persuadido por um perfil como este.</body>

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6 truques de comportamento para aumentar sua persuasão

Imagem de Incidente de Cutter: quando a vacina da polio causou mortes e doenças no megacurioso

Em 1955, devido a um erro fatal da fabricante do imunizante, as vacinas quase foram proibidas pelo governo pela primeira vez na História

<head></head><body>Em 95% dos casos em que as pessoas são infectadas pelo vírus causador da poliomielite, elas não sabem que foram, tornando a doença ainda mais perigosa, devido ao seu alto nível de transmissibilidade.A outra porcentagem pode desenvolver febre, dor de garganta, dor de estômago e sintomas semelhantes aos de gripe; mas também podem sofrer de paralisia, rigidez nas costas ou pernas e sensibilidade aumentada. Os sintomas graves, inclusive que podem levar à perda dos movimentos das pernas, costumam aumentar conforme a idade do <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120882-covid-19-5-duvidas-sobre-a-pandemia-que-ainda-nao-desvendamos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">infectado</a>.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/18/18101947974112.jpg" alt="(Fonte: CBS News/Reprodução)">(Fonte: CBS News/Reprodução)Causada pelo Poliovírus, que vive na garganta e no trato intestinal humano, a doença é disseminada por exposição a fezes infectadas devido às más práticas de saneamento ou secreções eliminadas pela boca de pessoas infectadas, e apareceu na forma de surto em meados de 1868, em Oslo, na Noruega.Treze anos depois, vários casos foram detectados no norte da Suécia, e na mesma época surgiram relatos que a doença causava paralisia infantil e era altamente transmissível. Mas demorou até 1952 para que o mundo enfrentasse o pior surto de poliomielite, com 58 mil casos só naquele ano, dos quais 3.145 pessoas morreram e 21.259 ficaram com paralisia leve a incapacitante.<h2>Um grande problema</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/18/18102223052118.jpg" alt="(Fonte: NBC News/Reprodução)">(Fonte: NBC News/Reprodução)Com as pessoas encarando a doença como uma verdadeira praga, principalmente aqueles que moravam nas áreas urbanas e temiam a chegada dos verões, os órgãos de saúde deram início a uma corrida contra o tempo para formular uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119390-voce-sabe-como-surgiram-as-vacinas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vacina&nbsp;</a>que fosse efetiva contra a poliomielite.Em 12 de abril de 1955, após ser aprovada pelo Food And Drug Administration (FDA), mais de 200 mil crianças em cinco estados do oeste e centro-oeste americanos, receberam pela primeira vez a dose da vacina, feita através do processo de inativação do vírus vivo.No entanto, dias depois, relatos de paralisia surgiram entre crianças vacinadas, e um mês depois, o governo abandonou a campanha de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119932-voce-sabe-como-as-vacinas-funcionam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vacinação</a> em massa quando mais de 40 mil casos de polio foram documentados, dos quais 200 deixaram graus variados de paralisia, e 10 causaram óbito.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/18/18102338021121.jpg" alt="(Fonte: National Geographic/Reprodução)">(Fonte: National Geographic/Reprodução)O motivo foi uma falha catastrófica na produção do imunizante, fabricado pela empresa Cutter Laboratories, especificamente no processo de inativação do vírus. A empresa acabou produzindo 120 mil doses da vacina da polio que continha o vírus vivo, não inativado.O caso ficou conhecido como o Incidente de Cutter, um dos piores desastres farmacêuticos da história americana, com a empresa fabricante tendo que lidar com centenas de processos judiciais, tanto do Estado, quanto daqueles que tiveram suas vidas afetadas pelo erro.&nbsp;As demais empresas que produziram a vacina em 1955 — Eli Lilly, Parke-Davis, Wyeth e Pitman-Moore — também encontraram dificuldade em inativar completamente o vírus naquela época, sendo que três delas acabaram processadas por isso.<h2>Erro em duas partes</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Cincinnati Enquirer&nbsp;" data-fonte-url="https://www.cincinnati.com/story/news/2019/05/10/our-history-albert-sabin-jonas-salk-competed-for-safest-polio-vaccine/1140590001/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/18/18102422880123.jpg" alt="(Fonte: Cincinnati Enquirer/Reprodução)">(Fonte: Cincinnati Enquirer/Reprodução)Em seu livro The Cutter Incident, o pediatra e defensor da vacinação, Paul Offit, coloca o que aconteceu com a Cutter no contexto da luta da ciência médica contra a polio e outras doenças infecciosas ao longo do século XX.Fazendo uma análise de todo o incidente, Offit chega à conclusão de que o governo federal, através da agência reguladora de vacinas, foi o principal culpado pela tragédia. Isso porque a Cutter apresentou falta de experiência e perícia, critérios que não foram detectados pelos inspetores, acabando por causar o desastre. Isso já não aconteceu no caso das três empresas maiores que produziram a vacina de maneira segura ao inativar o vírus em formaldeído e seguindo o protocolo Vacina Poliovírus Inativada (IPV/Salk), desenvolvido por Jonas Salk.O Incidente de Cutter levou à substituição da vacina tipo Salk pela cepa atenuada de Sabin, a VOP, imunizante composto pelos três vírus atenuados causadores da poliomielite. E, apesar de a vantagem de ser administrada por via oral e proporcionar uma "imunidade de contato", ela causou a doença em 6 a 8 crianças todos os anos entre as décadas de 1980 e 1990, porque o vírus acabava sendo reativado em sua passagem pelo intestino.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/18/18105013963147.jpg" alt="(Fonte: DW/Reprodução)">(Fonte: DW/Reprodução)Foi por isso que a vacina Salk modificada foi reintroduzida e se tornou extremamente segura e responsável pela diminuição dos casos no mundo inteiro até hoje. O legado do Incidente de Cutter se tornou ambivalente, criando a percepção ao público de que a ciência e as vacinas eram perigosas, estando no centro de ações judiciais, fazendo o governo quase proibir uma vacina pela primeira vez na História; ao passo que também serviu para promover à efetiva regulamentação federal de imunizantes, que hoje possuem um histórico de segurança incomparável por qualquer outro tipo de produto médico.Desde o século passado, as vacinas reduziram a incidência de doenças infecciosas que historicamente mataram centenas de milhões de pessoas, contribuindo para maior expectativa de vida, que subiu de 47 para 80 anos nos países desenvolvidos.Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a vacinação evita que 2 a 3 milhões de pessoas morram a cada ano. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA emitiu um relatório indicando que, entre 1994 a 2013, as vacinas evitaram 322 milhões de doenças, 21 milhões de hospitalizações e 732 mil mortes prematuras; economizando US$ 295 bilhões em custos médicos e US$ 1,38 trilhão em custos sociais.Ainda assim, a OMS estima que 23 milhões de crianças menores de 1 ano <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121431-poliomielite-baixa-vacinacao-traz-novos-casos-e-sinal-de-alerta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">não recebam as vacinas básicas</a>, o maior número desde 2009. Em 2020, o número de crianças completamente não vacinadas aumentou em 3,4 milhões, refletindo os problemas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117590-negacionismo-falta-de-conhecimento-ou-resposta-instintiva-ao-medo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">negacionismo</a> cada vez maiores em um cenário dominado por notícias falsas e extremismo político e ideológico.</body>

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Incidente de Cutter: quando a vacina da polio causou mortes e doenças

Imagem de Por que parece que não temos mais tempo livre? no megacurioso

Você já quis tanto um tempinho de lazer que, quando conseguiu, frustrou-se porque ele estava acabando quando mal havia começado a aproveitar?

Conforme os dados do Governo do Brasil, em 2021, o pa&iacute;s teria gerado mais de 2,7 milh&otilde;es de empregos formais, ou seja, aqueles com carteira assinada, em que o trabalhador encara uma jornada de acordo com a Consolida&ccedil;&atilde;o das Leis de Trabalho (CLT).
Uma pesquisa do Bureau of Labor Statistics mostrou que 39% da popula&ccedil;&atilde;o dos Estados Unidos passaram seu tempo livre trabalhando em 2020, em compara&ccedil;&atilde;o com 43% da popula&ccedil;&atilde;o de 2019. A escritora Annie Dillard, em entrevista ao Gettysburg College, afirmou que uma pessoa, em m&eacute;dia, passa 90 mil horas trabalhando ao longo da vida. &ldquo;Portanto, &eacute; seguro dizer que seu trabalho pode ter um enorme impacto na sua qualidade de vida&rdquo;, observou ela.
Muito embora o n&uacute;mero de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120219-quando-o-governo-dos-eua-prometeu-menos-trabalho-e-mais-lazer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">horas de trabalho dos americanos</a>, por exemplo, tenha diminu&iacute;do nas &uacute;ltimas d&eacute;cadas, e o tempo de lazer aumentado relativamente, ainda &eacute; dif&iacute;cil para as pessoas perceberem isso. Mas por qu&ecirc;?
<h2 class="uk-text-justify">O que acontece?&nbsp;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/19/19101433223076.jpg" alt="(Fonte: Medicinenet/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Medicinenet/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Durante uma palestra na TED Talks de 2017, Adam Alter, psic&oacute;logo da Universidade de Nova York, mostrou que as telas que cercam o nosso cotidiano, como as de celulares, televisores e computadores, s&atilde;o as respons&aacute;veis por consumirem a maior parte do tempo livre que conseguimos tirar quando n&atilde;o estamos trabalhando ou fazendo outro tipo de atividade.
Tendo como base os dados do Bureau of Labor Statistics e do aplicativo Moment, que rastreia o uso de celulares, o gr&aacute;fico mostrou que o sono e o trabalho ocupam dois ter&ccedil;os do dia das pessoas todos os anos. O mesmo vale para atividades necess&aacute;rias, como se alimentar e tomar banho.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/19/19102132004084.jpg" alt="(Fonte: Popular Science/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Popular Science/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Segundo Alter, a sensa&ccedil;&atilde;o de diminui&ccedil;&atilde;o do tempo come&ccedil;ou, efetivamente, a partir de 2007, quando as telas consumiam poucos minutos do tempo livre. Durante sua confer&ecirc;ncia, o psic&oacute;logo instigou a plateia a repensar o quanto de tempo se dedicam aos seus aparelhos eletr&ocirc;nicos para qualquer finalidade que n&atilde;o seja fazer algo que realmente os relaxe.
Muito embora o mundo online e os eletr&ocirc;nicos conectem as pessoas e proporcionem, invariavelmente, um tipo diferenciado de lazer, tamb&eacute;m levam &agrave; distra&ccedil;&atilde;o e a sentimentos de isolamento, refor&ccedil;ando a sensa&ccedil;&atilde;o de que aquela atividade livre, na verdade, n&atilde;o te acrescentou em nada.
<h2 class="uk-text-justify">O estresse em tentar relaxar</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/19/19102355504086.jpg" alt="(Fonte: PRG Pharmacy/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: PRG Pharmacy/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
No entanto, algumas pesquisas mostraram que ter e decidir como passar esse tempo livre pode acabar gerando ainda mais estresse. Isso porque as pessoas podem acabar se sentindo mais pressionadas a maximizar esse tempo para conseguir se sentir, de fato, relaxada e fazendo algo produtivo que valha todo o gasto de energia ou pensamentos repetitivos de desejo.
&ldquo;Nossa capacidade de comprar e desfrutar de bens e servi&ccedil;os, aumentou muito mais rapidamente do que o tempo dispon&iacute;vel para desfrut&aacute;-los&rdquo;, explicou o economista americano Daniel Hamermesh em seu livro Spending Time: The Most Valuable Resource.
Com isso, Hamermesh pontua que as pessoas querem ter o melhor retorno de tudo devido ao quanto de dinheiro e minutos que se empenharam por isso. Melhores viagens, experi&ecirc;ncias cinematogr&aacute;ficas, restaurantes, etc. Tudo para compensar que parece que est&atilde;o eternamente correndo contra o tempo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/19/19102817489089.jpg" alt="(Fonte: Reserva Ativa/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Reserva Ativa/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Isso tudo pode levar a horas de planejamento em algum sentido, passando pelo cat&aacute;logo de um aplicativo de comida ou de streaming. Ainda que alguns cientistas enxerguem essa antecipa&ccedil;&atilde;o como um fator contribuinte para a felicidade, tamb&eacute;m desperta o sentimento evasivo de que o tempo livre acaba assim que come&ccedil;a.
&ldquo;Algo consistente sobre o lazer, no entanto, &eacute; que ele sempre foi contrastado com o trabalho&rdquo;, disse Brad Aeon, professor assistente da Escola de Ci&ecirc;ncias da Administra&ccedil;&atilde;o da Universidade de Qu&eacute;bec, em mat&eacute;ria &agrave; BBC.
Segundo Aeon, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121465-6-filosofias-da-grecia-antiga-que-voce-precisa-conhecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Gr&eacute;cia Antiga</a>, o lazer era um estado de esp&iacute;rito ativo, associado &agrave; liberdade, o que significava fazer bons esportes, estudar filosofia, entrar em debates e aprender teoria musical; enquanto o trabalho era atribu&iacute;do &agrave; servid&atilde;o, visto que, aos escravos, era endere&ccedil;ado todo tipo de tarefa, at&eacute; as que consideramos b&aacute;sicas.
Desse modo, o lazer era um trabalho ativo, por&eacute;m despertava um sentimento de gratifica&ccedil;&atilde;o. Para o professor, tudo mudou quando os romanos passaram a enxergar o tempo livre como uma forma de recupera&ccedil;&atilde;o em prepara&ccedil;&atilde;o para mais trabalho, e isso se estendeu, sendo incorporado nos aspectos sociais quando o per&iacute;odo da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121277-de-relogios-humanos-a-maquinas-de-banho-3-habitos-curiosos-do-passado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Revolu&ccedil;&atilde;o Industrial&nbsp;</a>chegou. O &oacute;cio se tornou a grande atividade dos ricos.
No final das contas, Selin A. Malkoc, professora associada de marketing da Fisher College of Business da Universidade Estadual de Ohio, acredita que aproveitar o tempo livre de maneira adequada pode ser algo que as pessoas passem a aprender em todos os aspectos, como aumentar a resist&ecirc;ncia gradualmente na academia. Talvez, intercalar qualquer tipo de atividade proveitosa com o trabalho ajude na frustra&ccedil;&atilde;o que o excesso de planejamento para o desconectar total possa gerar.

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Por que parece que não temos mais tempo livre?

Imagem de Monkeypox: o medo de uma nova epidemia de varíola no megacurioso

Uma nova doença viral tem estado nos nossos portais de notícias levantando inúmeras questões

Nos &uacute;ltimos dias, uma nova doen&ccedil;a viral tem estado nos nossos portais de not&iacute;cias levantando in&uacute;meras quest&otilde;es. Por essa raz&atilde;o e aproveitando a minha forma&ccedil;&atilde;o, quero ajudar a retirar algumas d&uacute;vidas. A monkeypox, ou em portugu&ecirc;s "var&iacute;ola de macaco", tem surgido em v&aacute;rios pa&iacute;ses do mundo nos &uacute;ltimos dias.
A var&iacute;ola de macaco, uma infec&ccedil;&atilde;o viral que se parece com a var&iacute;ola, foi reconhecida pela primeira vez em primatas cativos em 1958 e identificada pela primeira vez em humanos em 1970, na Rep&uacute;blica Democr&aacute;tica do Congo.&nbsp;Infec&ccedil;&otilde;es que ocorreram anteriormente foram provavelmente diagnosticadas como var&iacute;ola, devido a resultados cl&iacute;nicos semelhantes. S&oacute; depois de a var&iacute;ola ter sido erradicada desta &aacute;rea e de ter sido institu&iacute;da a vigil&acirc;ncia de infec&ccedil;&otilde;es semelhantes &agrave; var&iacute;ola &eacute; que este v&iacute;rus foi identificado.
<h2>Como &eacute; a transmiss&atilde;o?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/19/a-19124106182231.jpg" alt="a" />
Ao contr&aacute;rio da var&iacute;ola, cujo &uacute;nico hospedeiro &eacute; o humano, a var&iacute;ola dos macacos &eacute; uma zoonose, embora possa ocorrer uma propaga&ccedil;&atilde;o de humano para humano.&nbsp;No caso desta doen&ccedil;a, a transmiss&atilde;o ocorre provavelmente como resultado do contato pr&oacute;ximo da pele com a pele que ocorre durante o sexo, em vez de ser uma infec&ccedil;&atilde;o verdadeiramente sexualmente transmiss&iacute;vel.&nbsp;Isto &eacute; semelhante &agrave; natureza sexualmente transmiss&iacute;vel de alguns agentes patog&ecirc;nicos diarreicos, normalmente transmitidos por via fecal, entre os homens homossexuais.
Contudo, a via sexual n&atilde;o &eacute; a &uacute;nica forma de transmiss&atilde;o. Devemos acrescentar que a var&iacute;ola de macaco &eacute; transmitida entre pessoas em estreito contato por meio de fluidos corporais, got&iacute;culas respirat&oacute;rias, les&otilde;es ou mesmo materiais contaminados, tais como roupa de cama, de banho ou outros objetos pessoais.
Devemos salvaguardar e ter no&ccedil;&atilde;o de que n&atilde;o h&aacute; provas de que se trate de um v&iacute;rus transmitido sexualmente, tal como o HIV. &Eacute; mais pelo contato pr&oacute;ximo durante a atividade sexual ou &iacute;ntima, incluindo o contacto prolongado de pele com pele. Vemos semelhan&ccedil;a com outras infec&ccedil;&otilde;es, por exemplo, a sarna.
<h2>Mortalidade</h2>
No que diz respeito &agrave; mortalidade, depende da variante em quest&atilde;o. H&aacute; duas estirpes desta doen&ccedil;a. A estirpe do Congo &eacute; mais grave (at&eacute; 10% de mortalidade) e provavelmente mais transmiss&iacute;vel em humanos. A estirpe da &Aacute;frica Ocidental, a fonte destes &uacute;ltimos casos, tem a mortalidade estimada em cerca de 1%.
Devo acrescentar que em quest&otilde;es de combate, n&atilde;o h&aacute; tratamento eficaz e a maioria dos casos recuperar&aacute; por si s&oacute; num per&iacute;odo de algumas semanas, contudo, parece que a vacina contra a var&iacute;ola tamb&eacute;m &eacute; eficaz contra a var&iacute;ola macaco.
***
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; PhD em Neuroci&ecirc;ncias; mestre em Psicologia; P&oacute;s Graduado em neuropsicologia, entre outras p&oacute;s gradua&ccedil;&otilde;es; licenciado em Biologia e em Hist&oacute;ria, tecn&oacute;logo em antropologia, jornalista, especializado em programa&ccedil;&atilde;o Python, Intelig&ecirc;ncia Artificial e tem forma&ccedil;&atilde;o profissional em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica. Atualmente, &eacute; diretor do Centro de Pesquisas e An&aacute;lises Her&aacute;clito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, professor e investigador cientista na Universidad Santander de M&eacute;xico, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neuroci&ecirc;ncias e da Society for Neuroscience, nos Estados Unidos; membro da Mensa International, Intertel e Triple Nine Society (TNS), associa&ccedil;&atilde;o e sociedades de pessoas de alto QI, esta &uacute;ltima TNS, a mais restrita do mundo; especialista em estudos sobre comportamento humano e intelig&ecirc;ncia com mais de 130 estudos publicados.

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Monkeypox: o medo de uma nova epidemia de varíola

Imagem de Como a cirurgia de hemorroidas de Luís XIV mudou a Medicina no megacurioso

A fístula anal do rei da França e de Navarra fez mais sucesso do que você pode imaginar

<head></head><body>Luís XIV ficou conhecido como o notório Rei Sol, rei da França e de Navarra, responsável por ordenar que construíssem o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/115239-palacio-de-versalhes-curiosidades-sobre-a-bizarra-vida-da-nobreza.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Castelo de Versalhes</a> na década de 1660, com 2 mil cômodos e em uma área com mais de 8 mil quilômetros quadrados. Além disso, ele também entrou para a História pelo seu <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120732-apetite-voraz-do-rei-luis-xiv-foi-a-sua-ruina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">apetite voraz</a>, que causou sua ruína conforme envelheceu, e por revolucionar a medicina de uma maneira incomum: através de sua hemorroida.Em 15 de janeiro de 1685, quando o barbeiro-cirurgião Charles-François Felix foi convocado à Versalhes pelos médicos reais para tratar de um inchaço na região anal do rei, ele não fazia ideia de que estava prestes a mudar a face da cirurgia — ainda que de maneira rudimentar.Segundo os registros do diário de saúde de Luís XIV, preservado até hoje, o abscesso se formou em 18 de fevereiro e, em 2 de maio, a fístula apareceu — e o inferno na vida do rei começou.<h2>Afiando as ferramentas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/18/18124336855259.jpg" alt="Charles-François Felix. (Fonte Google Arts&amp;Culture/Reprodução)">Charles-François Felix. (Fonte Google Arts&amp;Culture/Reprodução)Luís se queixava de dores e não conseguia se sentar de maneira confortável no trono ou em qualquer lugar. Enemas e cataplasmas não aliviaram os sintomas, e a higiene precária do período, intensificada pela proclamação da Igreja de que o banho levava à imoralidade, sexo promíscuo e doenças —, apenas piorou o estado da condição.Ouvindo que a água transportava doenças, causava inflamações e até cegueira, o rei evitou tomar banho completo ao longo de sua vida. Com isso, o inchaço das hemorroidas piorou seu odor corporal a ponto de que era necessário abrir uma janela no cômodo em que ele estava.Quando a situação de dor chegou a ponto de desespero, os médicos de Versalhes buscaram o Dr. Felix para tentar fazer algo que fosse efetivo, visto que os barbeiros-cirurgiões eram os únicos gabaritados para cortar o corpo humano, muito diferente dos tratamentos usados pelos médicos, que envolvia apenas métodos medicamentosos.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;France Inter&nbsp;" data-fonte-url="https://www.franceinter.fr/histoire/histoire-gencives-purulentes-abces-et-mauvaises-odeurs-l-hygiene-bucco-dentaire-exemplaire-de-louis-xiv"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/18/18125634613269.jpg" alt="(Fonte: France Inter/Reprodução)">(Fonte: France Inter/Reprodução)Felix levou 6 meses para preparar a operação, reunindo 75 homens de campos de trabalho e prisões, sob o aval de Luís XIV, todos com saúde relativamente boa, para que pudesse usá-los como cobaias.A princípio, três ou quatro pessoas deitavam na mesa de cirurgia do homem por dia e, sem anestesia ou antibióticos, elas passavam pelo procedimento — a maioria não sobrevivia para contar história. Mas foi assim que Felix desenvolveu e refinou seus instrumentos e métodos até que pudesse aplicá-los no rei.<h2>Mudando a História</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/18/18125343222267.jpg" alt="Ferramenta usada durante o procedimento. (Fonte: Un Dermatologo en el Museo/Reprodução)">Ferramenta usada durante o procedimento. (Fonte: Un Dermatologo en el Museo/Reprodução)O dia fatídico foi 18 de novembro de 1686, exatamente às 7h. O Dr. Felix colocou Luís XIV deitado sobre uma mesa para começar o procedimento, na presença de Madame de Maintenon (amante do rei), o filho Delfim, seu confessor, os médicos reais e o Ministro de Estado.Apesar de todo o estresse, uivos e dor, a operação foi um sucesso. Em menos de um mês, o rei estava conseguindo se sentar na cama, e em três meses, já cavalgava pelos campos de Versalhes.O que Felix fez, em um período em que fístulas anais começaram a brotar com muita incidência nas pessoas, significou um avanço enorme para a medicina, que passou a encarar operações como uma maneira saudável e segura para certos tratamentos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/18/18191708099003.jpg" alt="(Fonte: Tidsskriftet/Reprodução)">(Fonte: Tidsskriftet/Reprodução)Além disso, a bunda enfaixada de Luís XIV lançou tendência pela França, com vários admiradores colocando ataduras no traseiro para homenageá-lo ou se sentir um pouco como ele.Enquanto isso, Charles-François-Felix recebeu dinheiro, terras, um título real que acrescentou Tassy ao seu nome, e a credibilidade em nome de todos os cirurgiões-barbeiros, uma profissão considerada praticamente intuitiva naquela época.Devido a isso, em 18 de dezembro de 1731, Luís XV, neto de Luís XIV, abriu a Academia Real de Cirurgia, atualmente conhecida como Academia Nacional de Cirurgia.</body>

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