Imagem de 3 casos de gaslighting e por que você não deve chamar uma mulher de louca no megacurioso

Ser chamada de “insana”, “histérica”, “dramática” e sofrer violência psicológica é algo que acontece frequentemente na vida das mulheres – entenda melhor esse assunto a seguir

&Eacute; prov&aacute;vel que voc&ecirc; j&aacute; tenha se deparado com a palavra &ldquo;gaslighting&rdquo; em alguma publica&ccedil;&atilde;o na internet, assim como &eacute; poss&iacute;vel tamb&eacute;m que muita gente ainda n&atilde;o saiba o que significa essa palavra. O verbete vem do filme Gaslight&nbsp;&mdash; no enredo, um homem tenta roubar a fortuna de sua esposa e faz com que ela seja considerada &ldquo;louca&rdquo; e internada em um sanat&oacute;rio. A palavra gaslight&nbsp;faz refer&ecirc;ncia &agrave;s l&acirc;mpadas de g&aacute;s da casa do casal, que o homem programa para se ligarem e desligarem repetidamente.
Em uma publica&ccedil;&atilde;o do Papo de Homem, Yashar Ali fala sobre o tema e aproveita para criar a vers&atilde;o brasileira da palavra: &ldquo;gaslaitear&rdquo;. Agora que voc&ecirc; j&aacute; conhece a origem do termo e entendeu que seu significado tem rela&ccedil;&atilde;o com um filme que aborda quest&otilde;es envolvendo abuso emocional, fica mais f&aacute;cil, finalmente, entender: gaslighting &eacute; basicamente o que acontece quando um homem tenta desestabilizar uma mulher, fazendo-a acreditar que &eacute; &ldquo;louca&rdquo;, &ldquo;insana&rdquo;, &ldquo;fr&aacute;gil demais&rdquo;, &ldquo;burra&rdquo;, &ldquo;exagerada&rdquo;, &ldquo;dram&aacute;tica&rdquo;.
<h2>Mas como?</h2>
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/04/05/05150750929557.jpg" />Cena de &ldquo;Gaslight&rdquo;.
Geralmente essas acusa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o feitas por pessoas bem pr&oacute;ximas &agrave; mulher: marido, namorado, pais, irm&atilde;os, amigos, chefes, colegas de trabalho. Acha que &eacute; &ldquo;frescura&rdquo;? Ent&atilde;o imagine um homem chamando outro de &ldquo;hist&eacute;rico&rdquo;, &ldquo;dram&aacute;tico&rdquo;, &ldquo;surtado&rdquo; ou &ldquo;sens&iacute;vel demais&rdquo; durante uma discuss&atilde;o. Isso simplesmente n&atilde;o acontece &ndash; pelo menos n&atilde;o com tanta frequ&ecirc;ncia. Esses adjetivos que tentam abalar a sanidade mental do outro s&atilde;o destinados &agrave;s mulheres.
Como tendem a demorar a reconhecer que algu&eacute;m de quem gostam e em quem confiam possa fazer algum tipo de viol&ecirc;ncia contra elas, muitas mulheres passam muito tempo &mdash; quando n&atilde;o a vida inteira &mdash; sem perceber que seus argumentos s&atilde;o rebatidos sempre com a justifica de que ela &ldquo;n&atilde;o bate bem da cabe&ccedil;a&rdquo;. A seguir, aprenda a identificar tipos de gaslighting em situa&ccedil;&otilde;es diferentes:
<h2>1. Em relacionamentos amorosos</h2>
Eis um exemplo: a mulher acredita, por algum motivo, que est&aacute; sendo tra&iacute;da pelo namorado. Ele nega a situa&ccedil;&atilde;o e, quando ela come&ccedil;a a mostrar evid&ecirc;ncias, o cara simplesmente diz que isso s&atilde;o caraminholas da cabe&ccedil;a dela, que ela est&aacute; &ldquo;vendo muita s&eacute;rie&rdquo;, que &ldquo;naquele dia eu realmente estava na casa da minha m&atilde;e&rdquo; e que &ldquo;ela s&oacute; pode estar de TPM para falar tanta asneira&rdquo;.
Ao criar mem&oacute;rias falsas, como quando o homem diz que em determinada data estava em um lugar, e n&atilde;o no motel com a outra, a namorada pode acabar acreditando, principalmente se n&atilde;o gostaria de colocar um ponto final no relacionamento. Ao ser chamada de &ldquo;hist&eacute;rica&rdquo;, &ldquo;louca&rdquo;, &ldquo;chorona&rdquo; e &ldquo;dram&aacute;tica&rdquo;, ela come&ccedil;a a questionar a pr&oacute;pria postura e acaba envergonhada de si mesma.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/04/05/05150849038558.jpg" />Se faz sofrer, n&atilde;o &eacute; amor. 
<h2>2. No ambiente de trabalho</h2>
Imagine que, em uma reuni&atilde;o dentro de uma companhia com poucas funcion&aacute;rias do sexo feminino, uma delas &eacute; extremamente competente no que faz, al&eacute;m de ser qualificada para o cargo que ocupa. Durante a reuni&atilde;o, ela se v&ecirc; sem voz em meio &agrave;s tantas vozes masculinas, que nem sequer a deixam falar e, se reclama disso, &eacute; chamada de &ldquo;exagerada&rdquo;, &ldquo;chata&rdquo;, &ldquo;inconveniente&rdquo; e, l&oacute;gico, deve ouvir muito que &ldquo;deve estar naqueles dias&rdquo;.
Aqui cabe falar tamb&eacute;m do termo manterrupting, que significa &ldquo;homens que interrompem&rdquo;. A mulher come&ccedil;a a falar em uma reuni&atilde;o ou em uma palestra e, bingo: l&aacute; vem um homem interromper a fala dela. Misteriosamente, esse mesmo homem respeita o direito de fala dos coleguinhas que tamb&eacute;m usam o banheiro masculino.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/04/05/05150935914559.jpg" />Como assim uma mulher vai querer falar durante a reuni&atilde;o? Em que s&eacute;culo estamos? 21?
Voc&ecirc; acha que para por a&iacute;? S&oacute; que n&atilde;o: hoje n&oacute;s temos tamb&eacute;m o bropriating, que nada mais &eacute; do que quando aquele cara &ldquo;superlegal&rdquo; leva o cr&eacute;dito por uma ideia que foi de uma mulher &ndash; vale lembrar, aqui, da famosa cita&ccedil;&atilde;o de Virginia Woolf, nascida em 1882 e que, &aacute;vida questionadora da quest&atilde;o da diferen&ccedil;a de g&ecirc;neros, disse que durante a maior parte da Hist&oacute;ria, &ldquo;an&ocirc;nimo foi uma mulher&rdquo;. D&aacute; para pensar bastante sobre isso.
E sabe aquele cidad&atilde;o que fala com uma mulher como se ela fosse uma crian&ccedil;a de tr&ecirc;s anos, explicando minuciosamente um conceito que ela entenderia muito bem se ele o dissesse normalmente? Nesse caso, estamos diante do mansplaining. O <a href="http://thinkolga.com/2015/04/09/o-machismo-tambem-mora-nos-detalhes/">Think Olga tem uma publica&ccedil;&atilde;o maravilhosa</a> explicando tudo isso com muito mais detalhes, caso seja do seu interesse.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/04/05/05151015742560.jpg" />Fuja do homem que quer ser rei de tudo.
<h2>3. Em relacionamentos com amigos</h2>
Vou usar um exemplo pessoal. H&aacute; pouco tempo, eu e mais quatro amigos homens est&aacute;vamos em um bar. Um dos meninos tinha acabado de sair de um namoro longo e, em breve, viajaria sozinho. Um segundo amigo o aconselhou a tirar muitas fotos fingindo estar feliz para mostrar no Instagram e fazer ci&uacute;me &agrave; pessoa com quem tinha terminado. Posicionei-me contra essa postura, afinal a viagem tinha tudo para ser incr&iacute;vel e era uma oportunidade para que o amigo refletisse sobre a vida e postasse as fotos que quisesse, por&eacute;m sem a inten&ccedil;&atilde;o de afetar ningu&eacute;m com isso &ndash; nem temos mais idade para esse comportamento, convenhamos.
O cara que deu o conselho come&ccedil;ou a gritar comigo a ponto de as pessoas ao redor se sentirem incomodadas. Para tentar me desestabilizar emocionalmente, ele disse que eu deveria ser uma daquelas mulheres hip&oacute;critas que fala que n&atilde;o quer ter filho, mas que morre de vontade de ser m&atilde;e. At&eacute; hoje n&atilde;o entendo a rela&ccedil;&atilde;o entre uma coisa e outra, mas compreendi que, achando que me afetaria ao fazer essa afirma&ccedil;&atilde;o, ele queria me calar, queria me impedir de continuar argumentando.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/04/05/05151049899561.jpg" />N&atilde;o deixe que ningu&eacute;m grite com voc&ecirc;.
Havia outros tr&ecirc;s homens na discuss&atilde;o, e os tr&ecirc;s tamb&eacute;m acharam o conselho desse cara bastante ruim. Nenhum deles ouviu uma frase parecida com a que eu ouvi &ndash; aos gritos, que fique claro. Vale lembrar que nunca falei com esse cara sobre querer ou n&atilde;o ter filhos. Eis uma pessoa que n&atilde;o fa&ccedil;o quest&atilde;o alguma de rever t&atilde;o cedo nessa vida. Comigo ningu&eacute;m grita.
<h2>Conhe&ccedil;a mais sinais de gaslighting a seguir:</h2>
<ul>
<li>Voc&ecirc; &eacute; levada a acreditar que est&aacute; inventando situa&ccedil;&otilde;es e problemas;</li>
<li>Ainda que saiba que tem raz&atilde;o, voc&ecirc; fica se sentindo culpada depois de uma discuss&atilde;o;</li>
<li>Voc&ecirc; acredita que &eacute; o motivo pelo qual o cara agiu com agressividade;</li>
<li>Voc&ecirc; come&ccedil;a a duvidar de suas pr&oacute;prias percep&ccedil;&otilde;es, afinal a outra pessoa fala sempre que voc&ecirc; est&aacute; errada e/ou mentindo;</li>
<li>O parceiro/amigo/colega de trabalho est&aacute; sempre negando um comportamento que ele realmente teve;</li>
<li>O parceiro se faz de magoado e diz que voc&ecirc; acredita mais em seus amigos e familiares do que nele &ndash; a boa e velha chantagem emocional;</li>
<li>O homem diz que voc&ecirc; &eacute; hist&eacute;rica, chata, que n&atilde;o aceita &ldquo;brincadeirinhas&rdquo; ou que anda &ldquo;muito nervosinha&rdquo;;</li>
<li>Assim como no caso do meu &ldquo;amigo&rdquo;, o homem acaba justificando sua viol&ecirc;ncia verbal dizendo que estava muito b&ecirc;bado e fica irritado quando bebe; ou que estava muito estressado. Ainda que estivesse b&ecirc;bado ou estressado, voc&ecirc; n&atilde;o tem nada a ver com isso;</li>
<li>No fundo, voc&ecirc; sente que h&aacute; algo de errado em seu namoro ou na amizade que tem com determinada pessoa, mas tem dificuldades para identificar o que est&aacute; errado;</li>
<li>Voc&ecirc; fica pensando se &eacute; uma amiga/namorada/esposa/m&atilde;e/funcion&aacute;ria/chefe boa o suficiente;</li>
<li>Suas opini&otilde;es nunca s&atilde;o ouvidas ou, quando s&atilde;o, n&atilde;o s&atilde;o levadas a s&eacute;rio;</li>
<li>Ainda que voc&ecirc; se lembre de algo que ele disse ou fez, ele vai negar que tenha dito ou feito isso;</li>
</ul>
<h2>Como sair dessa situa&ccedil;&atilde;o?</h2>
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/04/05/05151128399563.jpg" />D&aacute;, sim, para sair dessa.
Se ler a descri&ccedil;&atilde;o acima foi como ler a respeito da sua pr&oacute;pria vida, &eacute; sinal de que algo n&atilde;o est&aacute; certo. Relacionamentos recentes s&atilde;o mais f&aacute;ceis de terminar, mas, quando a rela&ccedil;&atilde;o &eacute; mais longa, assim como a manipula&ccedil;&atilde;o, talvez seja mais dif&iacute;cil. Se voc&ecirc; tiver como, procure orienta&ccedil;&atilde;o psicol&oacute;gica. Depois de conhecer melhor a si mesma, voc&ecirc; vai conseguir dizer &ldquo;n&atilde;o&rdquo; e vai entender que n&atilde;o &eacute; ego&iacute;smo &ndash; muito pelo contr&aacute;rio! &ndash; colocar seu bem-estar em primeiro lugar e n&atilde;o deixar que ningu&eacute;m questione isso.
&ldquo;&Eacute; sempre muito dif&iacute;cil se livrar de condutas manipulativas, at&eacute; porque os parceiros se adequam ao perfil do manipulador, s&atilde;o pessoas que s&atilde;o mais suscet&iacute;veis ao desejo do parceiro. H&aacute; uma idealiza&ccedil;&atilde;o do outro, a v&iacute;tima permite que o outro assuma o lugar do saber&rdquo;, explicou a psic&oacute;loga Luciana Kotaka nesta publica&ccedil;&atilde;o do <a href="http://www.dicasdemulher.com.br/gaslighting/">Dicas de Mulher</a>.
A minha analista, a quem agrade&ccedil;o imensamente sempre que posso, me aplaudiu quando contei a minha rea&ccedil;&atilde;o diante do cara do bar naquele dia &ndash; se essa situa&ccedil;&atilde;o acontecesse h&aacute; uns dois anos, eu teria relevado tudo e abaixado a cabe&ccedil;a. S&oacute; houve a mudan&ccedil;a de comportamento porque aprendi mais sobre o assunto e sobre mim mesma. A dica que fica &eacute;: se uma pessoa est&aacute; tentando prejudicar seu lado emocional, afaste-se. Voc&ecirc; deve estar, sempre, em primeiro lugar.

thumb-image-2024-02-29T14:01:38.424Z

3 casos de gaslighting e por que você não deve chamar uma mulher de louca

Imagem de História do movimento antivacina foi da liberdade ao negacionismo no megacurioso

Movimentos antivacina surgiram no século XIX, mas sua força e popularidade cresceram mesmo no século XX

<head></head><body>A pandemia do novo coronavírus trouxe aos holofotes um grupo que, não se engane, é antigo na arte de questionar a ciência — e passar vergonha por conta disso. Os primeiros relatos sobre o movimento antivacina remontam à Inglaterra do século XIX.Àquela época, o governo havia ordenado que a vacina contra a varíola fosse aplicada a toda a população. Houve, é claro, uma rebelião popular, que via exagero dos governantes em exigir a vacinação, enquanto alguns temiam que a vacina fosse perigosa e estivessem sendo utilizados como cobaias.Pode parecer piada, mas o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120221-5-pessoas-que-foram-antivacina-ao-longo-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">movimento antivacina</a> surgiu no mesmo instante que a primeira vacina foi criada. Historiadores apontam que a responsabilidade disso é dos próprios governantes, que tiveram dificuldades de se comunicar apropriadamente com a população.<h2>A origem libertária do movimento antivacina</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/07/07110310480114.jpg" alt="Obra &quot;A primeira vacinação de Edward Jenner&quot; (Fonte: Melingue Gaston/The Economist)">Obra "A primeira vacinação de Edward Jenner" (Fonte: Melingue Gaston/The Economist)O conceito que conhecemos até hoje de vacinação se originou com uma prática chamada de inoculação. Muito difundida no Oriente Médio e na China, a inoculação chegou à Europa no século XVIII. Resumidamente, médicos inoculavam uma quantidade controlada de varíola nos pacientes, de modo que seu organismo desenvolvesse resposta ao vírus.&nbsp;O método era eficaz, ainda que fosse perigoso para o paciente e para a população, afinal essa inoculação ainda era contagiosa. A solução veio quando, em 1790, Edward Jenner desenvolveu uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120934-conheca-6-mitos-sobre-as-vacinas-que-devem-ser-combatidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vacina</a> para a varíola, ao perceber que pessoas que contraíram a forma bovina da doença eram imunes ao vírus que acometia humanos. Por sinal, a palavra "vacina" se origina da forma latina para vaca.Em 1853, a vacinação tornou-se obrigatória, o que levou ao surgimento de um movimento antivacinação organizado. Historiadores afirmam, porém, que neste caso, o movimento tinha menos apelo negacionista e mais libertário, já que a população acreditava que não deveria ser imposta pelo governo a maneira como cada cidadão cuidava de sua saúde.Isso, no entanto, não significa dizer que não existiam preocupações de cunho religioso ou ideológico, apenas que a resistência da população surge e se manifesta de diferentes formas.<h2>Negacionismo foi importado pela Inglaterra</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The Historical Medical Library of The College of Physicians of Philadelphia/The Atlantic&nbsp;" data-fonte-url="https://cdn.theatlantic.com/thumbor/Ql0ePIy_nesFbn_p1Aq-EAyUqN8=/0x76:1093x691/976x549/media/img/mt/2015/07/antivaccination/original.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/07/07105947651109.jpg" alt="(Fonte: The Historical Medical Library/The Atlantic)">(Fonte: The Historical Medical Library/The Atlantic)Os inúmeros protestos que tomaram cidades inglesas se tornaram, em algum momento no final do século XIX, um dos principais produtos de exportação da Inglaterra. Mesmo com a eficácia da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119438-a-controversa-origem-da-vacina-da-variola.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vacina da varíola</a>, que fez recuar em 50% a taxa de mortalidade entre crianças, os ativistas antivacinas se organizaram e espalharam a mensagem pela Europa, iniciando pela França. Mas foi atravessando os oceanos que os movimentos contrários à vacinação ganharam maior relevância.Comitiva de ativistas saíram do Reino Unido e foram até os Estados Unidos, onde disseminaram dúvidas a respeito da vacina. É neste momento que a roupagem deixa de ser somente libertária e assume a vergonhosa capa de negacionista. Isso persiste por quase toda a segunda metade do século XIX.Já na entrada do século XX, há uma considerável diminuição na relevância do agrupamento. Governantes foram, pouco a pouco, deixando a obrigatoriedade de vacinação de lado. Sem ter contra o que lutar, afinal você poderia escolher se tomaria ou não a vacina, os antivacinas quase somem. Este também foi um período de fortalecimento da confiança pública na medicina como ciência, com o crescimento dos serviços públicos de saúde e o consequente aumento da qualidade de vida das populações graças às medidas tomadas neste âmbito.<h2>Segunda metade do século XX viu reacender movimento antivacina</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/07/07110058558112.jpg" alt="(Fonte: Sasha Krasutska/Coda Story)">(Fonte: Sasha Krasutska/Coda Story)Apesar dos bons resultados das políticas de saúde pública em todo o mundo, a pesquisa científica passou por controversos episódios, como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/policia/89519-4-falcatruas-escandalosas-que-foram-expostas-ao-longo-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">experimento Tuskegee</a>, que, mesmo com tratamento para a sífilis, permitiu que homens negros contaminados morressem para executarem seus estudos nos anos 1940.A imprensa, infelizmente, também contribuiu para o reavivamento destes grupos negacionistas, especialmente quando deu publicidade a estudos controversos e a pesquisadores que propagavam boatos ligando vacinas ao surgimento de doenças. Todas essas atitudes contribuem para certo descrédito público com as vacinas, e o distanciamento entre pesquisa e público parece ter aumentado ainda mais.Em um cenário com tantos países sem sistema público de saúde, ganhou peso, ainda, a ideia de que laboratórios de pesquisa estariam interessados apenas em aumentar seus lucros, criando falsas doenças e utilizando cidadãos como cobaias. Esse cenário ficou evidente com a pandemia de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120882-covid-19-5-duvidas-sobre-a-pandemia-que-ainda-nao-desvendamos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a> e o movimento de países em tornar a vacinação obrigatória. Talvez, o que a história ensine, é que essa confiança precisa ser conquistada, e uma maneira eficaz seria maior investimento em programas de saúde pública.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:04.683Z

História do movimento antivacina foi da liberdade ao negacionismo

Imagem de Métodos de cura do passado mataram um filósofo que se cobriu de fezes no megacurioso

De se cobrir de fezes a estimular orgasmos para curar depressão, confira 4 métodos de cura do passado

<head></head><body>É dito que uma das melhores maneiras de analisar a evolução de uma civilização é através da medicina. A história médica humana, com as primeiras tradições começando na Babilônia, China, Egito e Índia, não só serviram como influência para a mudança da sociedade como inspiraram os tempos seguintes.Foi por volta de 1220 d.C. na Itália que as universidades começaram o treinamento sistemático de médicos para formar especialistas a partir de estudos agrupados por antigos mestres, como Hipócrates e Rogerius, ainda que pouco tivesse sido descoberto sobre a função.Os 4 métodos de curas listados abaixo vão desde um olhar altamente primitivo sobre a medicina até o momento em que ela foi contaminada por tantos aspectos sociais que se tornou um retrocesso, apesar de já fazer parte da era moderna.<h2>1. Cocô como cura</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/04/04062703005011.jpg" alt="(Fonte: ListVerse/Reprodução)">(Fonte: ListVerse/Reprodução)Durante o período do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115518-as-5-historias-mais-incriveis-sobre-o-nascimento-do-egito-antigo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Egito Antigo</a>, os povos usaram fezes de animais, como cachorros e burros, tanto para afastar espíritos malignos durante rituais, como para curar suas feridas. Acredita-se que esse tenha sido o motivo de muitos egípcios terem sofrido de tétano e outros tipos de infecções oriundas das fezes, ainda que possam ter se beneficiado de algumas propriedades antibióticas da microflora das fezes de alguns animais.Enquanto isso, os gregos antigos usavam as fezes de crocodilo como método contraceptivo, com as mulheres inserindo grandes quantidades dos dejetos em suas vaginas após o ato sexual.Foi por fazer o uso de fezes como método de cura que o filósofo grego Heráclito de Éfeso (535 a.C.-475 a.C.) acabou causando a própria morte. O homem sofria de um acúmulo de fluidos sob a pele e nas cavidades do corpo, cujos sintomas nem mesmo os curandeiros podiam aliviar ou curar. Portanto, ele decidiu aplicar suas habilidades de autodidatismo à medicina e tentar encontrar uma cura para si mesmo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/04/04062815006012.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Dessa forma, Heráclito chegou a um método considerado inovador: se cobrir dos pés a cabeça com esterco de vaca. Ele chegou à conclusão de que o calor das fezes do animal secaria os fluidos e tiraria dele "o<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119508-como-o-cafe-e-o-chocolate-abalaram-a-medicina-do-seculo-xv.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;humor</a> úmido nocivo" que provocava a doença.O filósofo se cobriu de esterco e se deitou ao sol para secar, esperando que o remédio inovador fizesse efeito, mas acabou apenas engessado pela grande quantidade. Assim, ele foi incapaz de afastar uma matilha de cães selvagens, e acabou sendo devorado vivo.<h2>2. Sangue de gladiador</h2><span class="img-fc" data-fonte="Getty Images" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornal%C3%ADstica/roman-civilization-4th-century-a-d-gladiators-fight-foto-jornal%C3%ADstica/122220135?adppopup=true"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/04/04062915662013.jpg" alt="(Fonte: DEA/G. Dagli Orti/Getty Image)">(Fonte: DEA/G. Dagli Orti/Getty Image)Durante o reinado do Império Romano, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119901-fluidos-corporais-dos-gladiadores-ja-foram-usados-como-cosmetico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sangue do gladiador</a> não foi usado apenas como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/114877-a-bizarra-industria-cosmetica-ao-longo-dos-seculos.htm#:~:text=Em%201933%2C%20a%20empresa%20lan%C3%A7ava,que%20durava%20at%C3%A9%2024%20horas." rel="noopener noreferrer" target="_blank">cosmético</a> mais refinado que existia na época — fruto do culto que a sociedade tinha pelos guerreiros de arenas —, mas também acreditava-se que ele carregava propriedades curativas.Plínio, o Velho, em seu livro Historia Natural, descreveu que o sangue foi muito usado pelos médicos romanos para o tratamento de pessoas com epilepsia — apesar de sequer saberem do que se tratava a doença naquele tempo. Eles bebiam goles fartos do sangue extraído dos gladiadores logo que eles saíam de um combate, porque quente trazia, supostamente, ainda mais benefícios.<h2>3. Tabaco: a cura para todas as doenças</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/04/04063100615014.jpg" alt="(Fonte: Workman Publishing/Quackery)">(Fonte: Workman Publishing/Quackery)Se incentivos dos próprios médicos eram <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120332-cigarros-ja-foram-permitidos-como-medicacao-no-seculo-xx.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estampados em anúncios e nas caixas de cigarros&nbsp;</a>dos Estados Unidos dos anos 1900, nos séculos passados o tabaco foi considerado uma "fonte saudável que poderia curar qualquer tipo de doença".Introduzido na Europa pelos espanhóis, em meados de 1528, o produto sempre foi descrito como uma espécie de "erva sagrada" pelos nativos americanos devido as suas propriedades medicinais. Por isso não demorou muito para que os médicos europeus usassem a planta como "cura milagrosa" para dores de cabeça, cânceres e até resfriados.Já no século XVIII, o tabaco era queimado pelos médicos e sua fumaça soprada até nas costas de vítimas de afogamento, porque acreditava que a nicotina fazia o coração bater mais rápido, estimulando a respiração.Além disso, a planta também foi aplicada no tratamento de hérnias, cólicas abdominais, ataques cardíacos, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113889-a-interminavel-quarentena-de-mary-mallon.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">febre tifoide</a> e cólera. Nada disso era útil para os pacientes, mas os profissionais se viciavam em tabaco diariamente o inalando para cuidar dos outros.<h2>4. As mulheres sofreram com a medicina</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/04/04063323021015.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)A medicina através do tempo, dominada pelas mãos de homens, excluiu de maneira sistemática o corpo da mulher em relação a tratamentos médicos. Enquanto homens com quadro de depressão tinham suas cabeças perfuradas por brocas durante processos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114735-lobotomia-o-mais-abominavel-capitulo-da-medicina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lobotomia</a>, na segunda metade do século XIX, as mulheres que apresentavam esse tipo de doença, bem como fadiga, ansiedade ou qualquer outra condição, foram rotuladas como portadoras de "histeria feminina".O tratamento médico prescrito para essa "doença" era uma massagem pélvica para provocar o que chamaram "paroxismo feminino", um termo complicado para "orgasmo". O médico inseria os dedos na vagina da paciente e massageava sua vulva e a região do clitórias até que ela tivesse um orgasmo, o que "curaria" o que a estivesse afligindo.Esse método absurdo e estritamente machista permaneceu por muitos anos até que médicas começassem a estudar com mais afinco o corpo da mulher, disseminando estudos e informações para o mundo, em uma luta exaustiva para serem vistas e levadas em consideração.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:03.899Z

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Imagem de Lordose: 5 fatos para você entender a condição no megacurioso

Apesar de ser o nome dado para a curvatura natural da região lombar, entenda por que a lordose pode se tornar um problema de saúde

<head></head><body>Naturalmente, todos nós possuímos uma curvatura na coluna vertebral em lordose — "para dentro" — na região cervical e região lombar. Porém, essa curvatura pode se tornar um verdadeiro problema quando ela é muito acentuada, o que seria caracterizado como uma hiperlordose.Em alguns casos, esse problema pode ser grave ao ponto de necessitar de uma intervenção médica pela dor causada pela curvatura. Porém, esse é um problema de saúde que ainda causa muitas dúvidas nas pessoas e nós estamos aqui para nos aprofundarmos nesse assunto. Confira só cinco fatos que irão te ajudar a compreender a lordose!<h2>1. Causas da lordose</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/18/18151046066357.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)A lordose lombar é normal e esperada em todos os indivíduos. Porém, tanto o aumento quanto a diminuição dessa curvatura podem se transformar em um problema de saúde para as pessoas. As principais causas da hiperlordose são: contraturas musculares, condições genéticas, obesidade, espondilolistese, anteversão da pelve, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120993-descubra-como-funcionam-os-testes-de-gravidez-de-farmacia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gravidez</a> e outras coisas mais.&nbsp;Não existe um valor exato que caracterize a normalidade. Porém, os números entre 35 e 70 graus são considerados dentro do comum. Valores acima dessa angulação são chamados de hiperlordose e menores que isso são chamados de hipolordose ou retificação lombar.<h2>2. Principais sintomas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/18/18151048691358.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Pessoas que sofrem de hiperlordose costumam sofrer com alguns sintomas frequentes. Portanto, isso indicaria a necessidade de buscar auxílio médico de um especialista em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109614-sera-que-estalar-a-coluna-faz-mal-para-a-saude.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coluna</a> para identificar se realmente há um problema. Nesse caso, os principais sinais para prestar atenção são:<ul><li>Dores nas costas constantemente;</li><li>Dificuldades para se abaixar;</li><li>Dificuldade para carregar pesos;</li><li>Formigamentos nas extremidades do corpo;</li><li>Dores no pescoço sem motivo aparente;</li><li>Flacidez e sensação de fraqueza nos músculos do abdome.</li></ul><h2>3. Tipos de lordose</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/18/18151051566359.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Esse tipo de distúrbio é dividido em dois tipos principais de lordose, ou hiperlordose, que acometem diferentes partes da coluna. Conheça um pouco mais sobre as características de cada um:<ul><li>Lordose cervical: pessoas que sofrem com a lordose cervical fisiológica apresentam uma coluna no formato em C, com uma curvatura que aponta para a parte posterior do pescoço. No caso da hiperlordose, a movimentação do pescoço pode ser comprometida.</li><li>Lordose lombar: a lordose lombar também é fisiológica, mas desequilíbrios desta curvatura não são tão raros assim. Essa condição causa projeção abdominal e o famoso "bumbum arrebitado". Além disso, o indivíduo pode sentir muita dor, desconforto e sofrer de complicações ainda mais graves.&nbsp;</li></ul><h2>4. Lordose em grávidas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/18/18151054269360.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)A lordose é um problema bem comum entre grávidas, uma vez que o equilíbrio do corpo é alterado e a coluna passa a ter que lidar com peso extra. Com isso, as angulações acabam intensificadas. Por esse motivo, recomenda-se que as mulheres mantenham o abdome fortalecido e façam acompanhamento <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109434-dia-do-medico-quem-foi-hipocrates-o-pai-da-medicina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">médico</a>.Normalmente, o desvio desaparece após o nascimento do bebê. Porém, a persistência dos sintomas indica a necessidade do paciente se consultar com um médico.&nbsp;<h2>5. Principais tratamentos para hiperlordose</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/18/18151057269361.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)O primeiro passo para o tratamento de um paciente com hiperlordose deve ser a avaliação geral de seu corpo e ver a relação da lordose com o restante do seu organismo. Dessa forma, alterações de equilíbrio, deformidades no joelho e no quadril, sequelas de fraturas e diversos outros problemas precisam ser vistos passo a passo.&nbsp;Mesmo assim, os principais métodos de tratamento são:<ul><li>Otimização postural;</li><li>Fortalecimento da musculatura paravertebral;</li><li>Coletes/Órteses;</li><li>Cirurgias de estabilização vertebral;</li><li>Cirurgias de realinhamento vertebral.</li></ul>Vale ressaltar, no entanto, que o tratamento ideal deve ser individualizado e definido somente após uma avaliação médica criteriosa.</body>

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Lordose: 5 fatos para você entender a condição

Imagem de 6 maneiras de saber se você tem dislexia no megacurioso

Entenda o que é a dislexia, como identificá-la e quais são os tratamentos indicados para essa situação

<head></head><body>Muitos de nós convivemos parte de nossas vidas com algum colega de sala que sofria de dislexia — isso se esse colega não fosse você mesmo. Mas o que de fato significa essa palavra? A dislexia é um distúrbio de aprendizagem que envolve dificuldade de leitura devido a problemas na identificação dos sons da fala e no aprendizado de como eles se relacionam com letras e <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118655-7-palavras-que-usamos-em-portugues-sem-saber-que-sao-de-outra-lingua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">palavras</a> (decodificação).&nbsp;Também chamada de deficiência de leitura, a dislexia afeta as áreas do cérebro que realizam o processamento da linguagem. Pessoas com dislexia têm inteligência normal e podem atingir o sucesso caso sejam educadas de maneira correta — sobre tudo com apoio emocional. Então, aqui vão seis maneiras para você saber se tem dislexia!<h2>1. Antes da escola</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/17/17151845034194.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Antes de uma criança entrar na escola, os sinais de dislexia podem ser mais difíceis de reconhecer, mas algumas pistas podem indicar um problema. Crianças pequenas com risco de dislexia costumam começar a falar mais tarde que as outras ou aprender novas palavras lentamente.Além disso, essa criança terá problemas para formar palavras corretamente, invertendo sons e confundindo palavras que soam iguais. Por fim, problemas para lembrar ou nomear letras, números e cores, e dificuldade para aprender rimas ou jogar jogos de rimas também são indícios de dislexia.<h2>2. Idade escolar</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/17/17151847878195.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Quando as crianças já estão na escola, os sinais e sintomas de dislexia costumam aparecer com mais intensidade. A leitura desse aluno estará abaixo do nível esperado, problemas para processar o que ouve, dificuldade em encontrar as palavras certas e problemas para lembrar a sequência das coisas.Um disléxico também terá dificuldade em ver semelhanças e diferenças em letras e palavras, incapacidade de pronunciar uma palavra desconhecida, dificuldade em ortografia e evitar tarefas que envolvem leitura.&nbsp;<h2>3. Fase adulta</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/17/17151850846196.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Uma pessoa pode acabar não tendo a dislexia identificada na juventude, mas os sintomas seguem sendo similares na adolescência e na fase adulta. Os principais sinais continuarão sendo as dificuldades de leitura, os problemas de ortografia e a pronuncia incorreta de nomes ou palavras.Essas pessoas também costumam apresentar um problema em entender piadas que façam jogos de palavra, resumir histórias ou simplesmente memorizar coisas. Por fim, passam um tempo extraordinariamente longo concluindo tarefas que envolvem leitura ou escrita.<h2>4. Dificuldade de aprendizado</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/17/17151853737197.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Independente da fase da vida em que você se encontra, a leitura é uma habilidade básica para diversas coisas na nossa vida — inclusive no aprendizado de disciplinas. Por esse motivo, uma pessoa com dislexia começa sempre um passo atrás dos demais alunos de uma matéria e pode ter problemas para acompanhar os colegas.Portanto, se você estiver sentindo muitas dificuldades em acompanhar o ritmo dos alunos que estudam com você, procure um médico que possa fazer seu diagnóstico e ajudar a lidar com a situação.&nbsp;<h2>5. Problemas sociais</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/17/17151856549198.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Pessoas disléxicas correm mais risco de desenvolver baixa autoestima, problemas de comportamento, <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120752-6-exercicios-para-tornar-a-ansiedade-algo-produtivo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ansiedade</a>, agressão e afastamento de amigos, pais e professores caso não tenha seu problema tratado. Além disso, quem tem dislexia possui mais chances de desenvolver transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) e vice-versa.&nbsp;Com o passar dos anos, esses problemas tendem a se acumular e a vida se tornará cada vez mais difícil. Embora a dislexia não possua uma cura, ela pode ser tratada ao ponto de não se tornar um grande fator na vida de um indivíduo.<h2>6. Matemática e gestão de tempo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/17/17151859331199.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Engana-se quem pensa que a dislexia só gera problemas com letras e palavras. Indivíduos que enfrentam esse problema podem acabar tendo uma série dificuldade em lidar com a <a href="https://www.megacurioso.com.br/mito-ou-verdade/41922-mito-ou-verdade-sera-que-einstein-reprovou-em-matematica-na-escola-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">matemática</a> e a gestão de tempo. Por esse motivo, costumam depender da contagem nos dedos e outros truques que não envolvam o papel para contornar uma situação.Com isso, as contas podem até ser feitas, mas até mesmo lidar com dinheiro pode se tornar uma dificuldade.</body>

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6 maneiras de saber se você tem dislexia

Imagem de 2 mistérios médicos que ainda assombram a ciência no megacurioso

Já imaginou acordar um dia e descobrir que se tornou alérgico a água, por exemplo?

Enquanto muitas condi&ccedil;&otilde;es m&eacute;dicas s&atilde;o bem conhecidas e f&aacute;ceis de serem diagnosticadas, outras permanecem um mist&eacute;rio total. Alguns casos podem parecer banais a princ&iacute;pio, como uma simples alergia, apenas para acabar se revelando um verdadeiro enigma.
Segundo dados do World Health Organization (WHO), existem cerca de 8 mil doen&ccedil;as raras no mundo, a maioria delas de base gen&eacute;tica. E em uma estimativa bem grosseira, uma em cada 15 pessoas poderia ser afetada por qualquer uma delas.&nbsp;
Um estudo publicado na Revista Europeia de Gen&eacute;tica Humana confirmou, em 2019, que 300 milh&otilde;es de pessoas no mundo convivem com algum tipo de doen&ccedil;a rara, desde acordar um dia com um sotaque estrangeiro at&eacute; ficar preso no corpo e na mente de uma crian&ccedil;a, apesar de estar envelhecendo fisicamente.
Conhe&ccedil;a a seguir dois grandes mist&eacute;rios m&eacute;dicos que existem ainda hoje:
<h2>1. Alergia a &aacute;gua</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/04/04065753717023.jpg" alt="(Fonte: BBC/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: BBC/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Apesar de o corpo humano ser composto por cerca de 60% de &aacute;gua, existem pessoas que s&atilde;o totalmente al&eacute;rgicas a &aacute;gua, uma condi&ccedil;&atilde;o m&eacute;dica extraordin&aacute;ria chamada urtic&aacute;ria aquag&ecirc;nica.
Como mostrou uma mat&eacute;ria do&nbsp;Daily Mail, a australiana Ashleigh Morris &eacute; uma das poucas portadoras da doen&ccedil;a no mundo (at&eacute; 2014, apenas 50 pessoas foram diagnosticadas formalmente), com a qual lida desde seus 14 anos. Ainda que possa consumir &aacute;gua para hidrata&ccedil;&atilde;o normalmente, ela n&atilde;o pode chegar perto da &aacute;gua, sen&atilde;o sua pele fica irritada de tal maneira que parece que foi queimada, podendo surgir graves erup&ccedil;&otilde;es cut&acirc;neas.
"Houve muitas ocasi&otilde;es em que tive tanta coceira que minha pele sangrou. A dor &eacute; insuport&aacute;vel", disse Morris, ent&atilde;o com 19 anos, ao Daily Mail em 2008.
A urtic&aacute;ria aquag&ecirc;nica foi descrita pela primeira vez em 1964 e costuma surgir durante a puberdade. Sua causa ainda &eacute; um total mist&eacute;rio para medicina moderna, que n&atilde;o consegue identificar se a fonte &eacute; uma resposta t&oacute;xica quando a &aacute;gua toca a pele ou se existe uma extrema sensibilidade aos &iacute;ons que carrega.
<h2>2. Mem&oacute;ria autobiogr&aacute;fica</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Genetic Literacy Project&nbsp;" data-fonte-url="https://geneticliteracyproject.org/wp-content/uploads/elementor/thumbs/ukBwtyy-hEeTILgbCA-JUg-pe4zkwmv6fuomden12hvpeioppibeo09gxeniwyhbe.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/04/04070131468024.jpg" alt="(Fonte: Genetic Literacy Project/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Genetic Literacy Project/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O c&eacute;rebro &eacute; a parte do corpo que menos possui conclus&otilde;es cient&iacute;ficas devido &agrave; sua complexidade. Em s&eacute;culos de medicina, pouca coisa ainda se sabe sobre o &oacute;rg&atilde;o, principalmente com rela&ccedil;&atilde;o ao processamento das mem&oacute;rias.
E isso faz parte da condi&ccedil;&atilde;o chamada Mem&oacute;ria Autobiogr&aacute;fica Altamente Superior (HSAM na sigla em ingl&ecirc;s), caracterizada pela capacidade de um indiv&iacute;duo em recordar com muita precis&atilde;o detalhes de experi&ecirc;ncias di&aacute;rias que ocorreram ao longo de sua vida desde o momento em que nasceu.
O m&eacute;dico James McGaugh, professor de neurobiologia e comportamento na Universidade UC Irvine, foi o respons&aacute;vel por levantar os estudos sobre o fen&ocirc;meno quando recebeu um e-mail de Jill Price, em meados dos anos 2000, em que revelou: "Sempre que vejo um flash de alguma data na televis&atilde;o, automaticamente volto para aquele dia e lembro onde estava, o que estava fazendo, em que dia caiu".&nbsp;
Price descreveu a experi&ecirc;ncia como "constante, incontrol&aacute;vel e totalmente exaustiva".
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/04/04070343780025.jpg" alt="(Fonte: Conocer Salud/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Conocer Salud/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
As pesquisas feitas por McGaugh e outros especialistas que ingressaram na jornada para tentar determinar como a doen&ccedil;a funciona mostram que os portadores de HSAM tendem a ter tra&ccedil;os obsessivos, e isso pode desencadear ataques ocasionais de depress&atilde;o e ansiedade.
Al&eacute;m disso, a HSAM n&atilde;o &eacute; determinada como uma mem&oacute;ria fotogr&aacute;fica, visto que os portadores n&atilde;o t&ecirc;m mem&oacute;ria avan&ccedil;ada quando se trata de lembrar de nomes ou rostos.
&ldquo;N&atilde;o sou bom com nomes ou com detalhes mundanos, por exemplo, se escovei os dentes hoje ou onde coloquei minhas chaves&rdquo;, admitiu Joey DeGrandis &agrave; Time em 2017.&nbsp;Os dados de 2017 mostram que menos de 100 pessoas foram formalmente reconhecidas como portadoras de HSAM.

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2 mistérios médicos que ainda assombram a ciência

Imagem de Neuroplasticidade como prevenção contra perda de memória por doenças no megacurioso

A plasticidade cerebral promove mais células gliais que dão suporte ao tecido cerebral

Quando o c&eacute;rebro humano se reorganiza para aprender algo novo ou &eacute; sujeito a novas experi&ecirc;ncias que t&ecirc;m o poder de o afetar e moldar, este est&aacute; exercendo o que chamamos de neuroplasticidade. A neuroplasticidade pode ser entendida como uma forma de est&iacute;mulo cerebral ben&eacute;fica para os tecidos neurais.
A neuroplasticidade cerebral promovida mediante o processo de aprendizagem condiciona n&atilde;o apenas uma boa sa&uacute;de mental, como tamb&eacute;m diminui os danos de doen&ccedil;as que atacam as c&eacute;lulas neuronais. Logo, exercitar o c&eacute;rebro permite ampliar e melhorar a forma dos neur&ocirc;nios, promovendo resultados ben&eacute;ficos para a sa&uacute;de ao longo da vida e diminuindo as chances de desenvolver doen&ccedil;as neurol&oacute;gicas. Dentre os benef&iacute;cios promovidos por esta t&eacute;cnica, est&aacute; a multiplica&ccedil;&atilde;o das c&eacute;lulas gliais que d&atilde;o suporte ao funcionamento do &oacute;rg&atilde;o e preven&ccedil;&atilde;o contra agentes nocivos.
<h2>Cuidados com os neur&ocirc;nios</h2>
Um dos exemplos que podemos tomar em considera&ccedil;&atilde;o &eacute; a pandemia que vivemos nos &uacute;ltimos dois anos. A prote&iacute;na da covid-19 se acopla aos astr&oacute;citos, que s&atilde;o c&eacute;lulas gliais que d&atilde;o suporte aos neur&ocirc;nios. Elas possuem as mais diversas fun&ccedil;&otilde;es, entre elas est&atilde;o prote&ccedil;&atilde;o e nutri&ccedil;&atilde;o neural. O coronav&iacute;rus prejudica o funcionamento dos astr&oacute;citos e consequentemente desencadeia perda de mem&oacute;ria. Portanto, exercer a neuroplasticidade e fortalecer a sa&uacute;de desses tecidos &eacute; um cuidado preventivo para os males do v&iacute;rus.
H&aacute; v&aacute;rios exemplos que nos provam que quanto mais pusermos o nosso c&eacute;rebro para trabalhar aliando outras mudan&ccedil;as de h&aacute;bitos conseguimos ter um c&eacute;rebro mais saud&aacute;vel e melhor preparado. N&atilde;o devemos esquecer que o c&eacute;rebro &eacute; pl&aacute;stico e pode sempre melhorar.
Um estudo feito pela cientista Marian Diamond constatou que Einstein tinha mais c&eacute;lulas gliais por neur&ocirc;nio que a maioria das pessoas, fator relacionado com a sua intelig&ecirc;ncia. Portanto, as pessoas mais inteligentes t&ecirc;m neur&ocirc;nios maiores e podem ter mais c&eacute;lulas gliais para que consigam um melhor suporte.
Al&eacute;m disso, como referido acima existem pequenos h&aacute;bitos que podem fazer toda a diferen&ccedil;a para o desenvolvimento do c&eacute;rebro atrav&eacute;s da neuroplasticidade.
<ul>
<li>1. Alimenta&ccedil;&atilde;o: Estamos cansados de saber que dietas como a japonesa e do mediterr&acirc;neo ajudam nesta neuroplasticidade.</li>
<li>2. Exerc&iacute;cios f&iacute;sicos: Sim, h&aacute; uma libera&ccedil;&atilde;o de neurotransmissores que ajudam no processo de memoriza&ccedil;&atilde;o, crucial para a neuroplasticidade.</li>
<li>3. Dormir de noite e n&atilde;o de madrugada: Come&ccedil;amos a liberar melatonina, neurotransmissor crucial para o "reset" do c&eacute;rebro ao anoitecer, sua produ&ccedil;&atilde;o mais intensa acontece de duas &agrave;s quatro da madrugada. Durante o sono ocorre, no sistema nervoso central, uma limpeza de subst&acirc;ncias nocivas como as beta-amiloide. No hipocampo as mem&oacute;rias s&atilde;o recolhidas provisoriamente durante a noite e depois v&atilde;o para o lobo frontal, onde se d&aacute; a escolha entre o que interessa ou n&atilde;o guardar, armazenando as escolhidas por meio de ondas do sono profundo, para o c&oacute;rtex cerebral onde s&atilde;o armazenadas. O sono lento e profundo ajuda a consolidar o que se aprendeu.</li>
<li>4. Auto-observa&ccedil;&atilde;o: observar atentamente seus pensamentos, sentimentos e sensa&ccedil;&otilde;es corporais.</li>
<li>5. Procure as perguntas e n&atilde;o as respostas: Elas s&atilde;o melhores para que explore o conte&uacute;do mais completo enquanto as perguntas s&atilde;o mais bem definidas e a emo&ccedil;&atilde;o na expectativa &eacute; ilimitada at&eacute; que a resposta a limita.</li>
<li>6. Fa&ccedil;a o oposto: Se est&aacute; ruim, troca, mude o seu ponto de vista, mas n&atilde;o apenas isso, mude a m&atilde;o que escova os dentes, ande de costas, inverta as m&atilde;os no teclado, mude os exerc&iacute;cios f&iacute;sicos. Obrigue o seu c&eacute;rebro a trabalhar em novas vertentes j&aacute; que fazer a mesma coisa consolida o modo autom&aacute;tico do c&eacute;rebro.</li>
<li>7. Controle a ansiedade: A ansiedade aciona o sistema simp&aacute;tico do corpo, alterne acionando o sistema nervoso perif&eacute;rico para tirar o foco da ansiedade, como faz isso? Mexendo em partes do corpo como p&eacute;s, n&aacute;degas, coxas, bra&ccedil;os, aperte com vontade e sita. Pense em palavras que te tragam pensamentos relaxantes, uma palavra j&aacute; te leva a outra atmosfera mental. Mude o pensamento, revertendo-o para o que n&atilde;o te traga ansiedade.</li>
<li>8. Metas alcan&ccedil;&aacute;veis: Tenha metas em que sua capacidade as fa&ccedil;a alcan&ccedil;ar. Melhor milhares de metas alcan&ccedil;&aacute;veis do que uma s&oacute; imposs&iacute;vel que possa te frustrar caso n&atilde;o a conquiste. As metas s&atilde;o motivos de vida e te levam a procurar conhecimento para conquist&aacute;-las.</li>
<li>9. Est&iacute;mulo intelectual: Ler, estudar, escrever trabalhos com pesquisas, fazer resumos, aprender m&uacute;sica, novos idiomas, e &aacute;udios e v&iacute;deos que tragam conhecimento s&atilde;o menos eficazes, mas &eacute; melhor que nada.</li>
<li>10. Arte e dan&ccedil;a: Isso mesmo, dance, ou pinte um quadro, que tal desenhar o que aprendeu? Explore seu lado artista, afinal, Leonardo da Vinci foi um g&ecirc;nio.</li>
</ul>
***
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; PhD em Neuroci&ecirc;ncias; doutor e mestre em Ci&ecirc;ncias da Sa&uacute;de nas &aacute;reas de Psicologia e Neuroci&ecirc;ncias; mestre em Psicologia; mestre em Psican&aacute;lise com forma&ccedil;&otilde;es em neuropsicologia, licenciado em Biologia e em Hist&oacute;ria, tecn&oacute;logo em antropologia, p&oacute;s-graduado em Programa&ccedil;&atilde;o Neurolingu&iacute;stica, Neuroci&ecirc;ncia Aplicada &agrave; Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenol&oacute;gica, MBA, autorrealiza&ccedil;&atilde;o, prop&oacute;sito e sentido, fil&oacute;sofo, jornalista, especializado em programa&ccedil;&atilde;o em Python, Intelig&ecirc;ncia Artificial e tem forma&ccedil;&atilde;o profissional em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica. Atualmente, &eacute; diretor do Centro de Pesquisas e An&aacute;lises Her&aacute;clito; Membro ativo da Redilat &mdash; La Red de Investigadores Latinoamericanos; Chefe do Departamento de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia da Logos University International, Professor e investigador cientista na Universidad Santander de M&eacute;xico, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neuroci&ecirc;ncias e da Society for Neuroscience, maior sociedade de neuroci&ecirc;ncias do mundo, nos Estados Unidos. Membro da FENS, Federa&ccedil;&atilde;o Europeia de Neuroci&ecirc;ncias; Membro da Mensa International, Intertel e Triple Nine Society (TNS), associa&ccedil;&atilde;o e sociedades de pessoas de alto QI, esta &uacute;ltima TNS, a mais restrita do mundo; especialista em estudos sobre comportamento humano e intelig&ecirc;ncia com mais de 100 estudos publicados.

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Neuroplasticidade como prevenção contra perda de memória por doenças

Imagem de 6 curiosidades sobre a Escherichia coli, a bactéria da diarreia no megacurioso

Comumente encontrada no trato gastrointestinal de mamíferos, a E. coli é responsável por mais da metade dos casos de alimentos contaminados

A Escherichia coli (E. coli) &eacute; a respons&aacute;vel por mais da metade dos problemas gerados pelos alimentos contaminados, deixando 550 milh&otilde;es de doentes e 230 mil mortos por ano, &eacute; o que diz a Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS). Inclusive, essa bact&eacute;ria bacilar tem algumas cepas patog&ecirc;nicas que normalmente apresentam sintomas como a <a href="https://www.megacurioso.com.br/olimpiadas/100038-diarreia-ataca-frances-favorito-ao-ouro-durante-marcha-atletica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">diarreia</a>.
Esta bact&eacute;ria coloniza o intestino de humanos poucas horas ap&oacute;s o nascimento, permanecendo como comensal durante toda a vida. &Eacute; por esse motivo que &eacute; bastante comum encontr&aacute;-la no trato gastrointestinal de mam&iacute;feros e nem sempre ela causar&aacute; problemas. Por&eacute;m, &eacute; melhor estar atento para esses casos. Confira seis curiosidades importantes sobre a E. coli para ficar preparado!
<h2>1. Entendendo a bact&eacute;ria</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/16/16105242637167.jpg" alt="a" />(Fonte: Shutterstock)
A maioria das formas de E. coli s&atilde;o inofensivas e podem at&eacute; manter seu trato digestivo saud&aacute;vel, como as boas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115767-bacterias-avisam-outras-sobre-ataque-de-antibiotico-quando-morrem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bact&eacute;rias</a> presentes nos probi&oacute;ticos. Por&eacute;m, outras cepas da bact&eacute;ria podem causar diarreia ou sintomas piores se voc&ecirc; consumir um alimento ou bebida contaminados.&nbsp;
Essa &eacute; a raz&atilde;o de constantemente associarmos ela &agrave; intoxica&ccedil;&atilde;o alimentar, mas voc&ecirc; tamb&eacute;m pode ter pneumonia, dificuldade para respirar ou at&eacute; mesmo uma infec&ccedil;&atilde;o do trato urin&aacute;rio &mdash; 75% a 95% das infec&ccedil;&otilde;es do trato urin&aacute;rio s&atilde;o causadas por essa bact&eacute;ria.
<h2>2. Alimentos contaminados</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/16/a-16105451107170.jpg" alt="a" />(Fonte: Shutterstock)
A E. coli pode contaminar uma pessoa mesmo se for ingerida em pequenas quantidades. Por isso, &eacute; interessante estar atento para quais alimentos t&ecirc;m a maior quantidade dessa bact&eacute;ria e o que fazer para evit&aacute;-la ao m&aacute;ximo. Grandes exemplos disso s&atilde;o a carne mo&iacute;da, o leite n&atilde;o tratado, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118941-comer-uma-fruta-ou-verdura-com-larvas-faz-mal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">frutas</a> e vegetais.
No caso das comidas, &eacute; importante que elas estejam bem cozidas e/ou limpas. J&aacute; para o leite, &eacute; preciso aquec&ecirc;-lo para matar as bact&eacute;rias antes de ingeri-lo.
<h2>3. M&eacute;todos de transmiss&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/16/16105652858263.jpg" alt="a" />(Fonte: Shutterstock)
Se voc&ecirc; pensa que ingerir alimentos contaminados &eacute; a &uacute;nica forma de ser infectado pela&nbsp;E. coli, voc&ecirc; est&aacute; completamente enganado. De f&aacute;cil transmiss&atilde;o, essa bact&eacute;ria pode estar presente na &aacute;gua da piscina que voc&ecirc; nada ou em recipientes infectados.&nbsp;
Al&eacute;m disso, outros seres humanos e animais tamb&eacute;m podem se tornar transmissores &mdash; dando destaque para a import&acirc;ncia de lavar as m&atilde;os. Por fim, a bact&eacute;ria tamb&eacute;m pode se espalhar ao usarmos a mesma faca para cortamos um alimento contaminado e outras partes da refei&ccedil;&atilde;o.
<h2>4. Probabilidades de ser infectado</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/16/a-16105740123315.jpg" alt="a" />(Fonte: Shutterstock)
Lendo esse texto voc&ecirc; se tornou paranoico sobre a possibilidade de contrair uma cepa agressiva da&nbsp;E. coli? Ent&atilde;o, &eacute; preciso estar atento para como a bact&eacute;ria se espalha e os n&uacute;meros por tr&aacute;s dessas situa&ccedil;&otilde;es. Em um intervalo de 10 anos, 68% dos casos de E. coli foram causados por alimentos contaminados.
Enquanto isso, a contamina&ccedil;&atilde;o por &aacute;gua correspondeu a 18% dos casos, seguido por animais e seus ambientes com 8% e, por fim, a transmiss&atilde;o de pessoa para pessoa com apenas 6% dos casos.
<h2>5. Complica&ccedil;&otilde;es raras</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/16/a-16105836014319.jpg" alt="a" />(Fonte: Shutterstock)
Cerca de 10% dos casos de E. coli causam a chamada S&iacute;ndrome Hemol&iacute;tica Ur&ecirc;mica (SHU), uma s&iacute;ndrome caracterizada por insufici&ecirc;ncia renal progressiva, anemia hemol&iacute;tica e les&atilde;o na parede dos vasos sangu&iacute;neos.
Em alguns casos muito graves, os portadores de SHU podem ter danos ao p&acirc;ncreas e comprometimento do sistema nervoso central.
<h2>6. Preven&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/16/a-16110322938321.jpg" alt="a" />(Fonte: Shutterstock)
Existem algumas coisas que voc&ecirc; pode fazer para prevenir ou reduzir o risco de contrair&nbsp;E. coli,&nbsp;isso inclui lavar bem as m&atilde;os antes e depois de comer ou ir ao banheiro. Outra forma de prevenir esta bact&eacute;ria &eacute; higienizar todas as frutas e vegetais, e lav&aacute;-los bem antes de comer.&nbsp;
Al&eacute;m disso, fique de olho em restaurantes locais com problemas de sa&uacute;de ou saneamento. Essas informa&ccedil;&otilde;es geralmente podem ser obtidas contatando diretamente o &oacute;rg&atilde;o do governo respons&aacute;vel.

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6 curiosidades sobre a Escherichia coli, a bactéria da diarreia

Imagem de Desmitificando: tomar banho após a refeição faz mal? no megacurioso

A verdade é que as mamães e as vovós estavam certas: o banho influencia o sistema nervoso autônomo e, consequentemente, interfere no processo digestivo

Quem nunca ouviu a av&oacute; ou a m&atilde;e dizer: &ldquo;n&atilde;o pode tomar banho depois do almo&ccedil;o&rdquo;? Esse &eacute; um conselho comum, mas que frequentemente &eacute; considerado um mito popular, diferentemente de quando &eacute; uma quest&atilde;o com respaldo cient&iacute;fico. A verdade &eacute; que as mam&atilde;es e as vov&oacute;s estavam certas: o banho influencia o sistema nervoso aut&ocirc;nomo e, consequentemente, interfere no processo digestivo.
A rela&ccedil;&atilde;o desarm&ocirc;nica entre banho e refei&ccedil;&otilde;es (principalmente as pesadas) prov&eacute;m do funcionamento do sistema nervoso central, que regula tamb&eacute;m o sistema digest&oacute;rio. Ap&oacute;s as refei&ccedil;&otilde;es, o organismo prioriza o processo de digest&atilde;o. Nesta a&ccedil;&atilde;o natural do corpo, o sistema nervoso aut&ocirc;nomo &eacute; ativado via sistema nervoso ent&eacute;rico para direcionar a produ&ccedil;&atilde;o de horm&ocirc;nios e volume de sangue para o processo digestivo.
Quando o corpo humano sofre uma mudan&ccedil;a de temperatura, o sistema aut&ocirc;nomo tamb&eacute;m &eacute; ativado: mas dessa vez, ele prioriza a regula&ccedil;&atilde;o da temperatura corporal. Ent&atilde;o, em vez do organismo priorizar a digest&atilde;o, o corpo prioriza a regula&ccedil;&atilde;o da temperatura corporal &mdash; e isso n&atilde;o d&aacute; certo. &Eacute; como tentar realizar duas tarefas &aacute;rduas que exigem aten&ccedil;&atilde;o ao mesmo tempo: o resultado &eacute; desarm&ocirc;nico e provavelmente nenhuma delas ser&aacute; conclu&iacute;da com plena efici&ecirc;ncia.
<h2>Mas o que acontece se tomar banho ap&oacute;s as refei&ccedil;&otilde;es?</h2>
Existe a possibilidade de provocar um choque t&eacute;rmico, dispepsia ou desencadear s&iacute;ncope cardiorrespirat&oacute;ria, fen&ocirc;meno ocasionado por uma repentina diminui&ccedil;&atilde;o da circula&ccedil;&atilde;o sangu&iacute;nea no c&eacute;rebro, que pode provocar o desmaio s&uacute;bito.
Portanto, para evitar qualquer tipo de risco, o indicado &eacute; evitar altera&ccedil;&otilde;es bruscas de temperatura (incluindo o banho) ap&oacute;s as refei&ccedil;&otilde;es. Dessa forma, o seu organismo vai centralizar a circula&ccedil;&atilde;o sangu&iacute;nea no processo digestivo e n&atilde;o na regula&ccedil;&atilde;o da temperatura temporal. O indicado &eacute; aguardar no m&iacute;nimo 30 minutos ap&oacute;s a refei&ccedil;&atilde;o para tomar uma ducha.
***
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; PhD em Neuroci&ecirc;ncias; doutor e mestre em Ci&ecirc;ncias da Sa&uacute;de nas &aacute;reas de Psicologia e Neuroci&ecirc;ncias; mestre em Psicologia; mestre em Psican&aacute;lise com forma&ccedil;&otilde;es em neuropsicologia, licenciado em Biologia e em Hist&oacute;ria, tecn&oacute;logo em antropologia, p&oacute;s-graduado em Programa&ccedil;&atilde;o Neurolingu&iacute;stica, Neuroci&ecirc;ncia Aplicada &agrave; Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenol&oacute;gica, MBA, autorrealiza&ccedil;&atilde;o, prop&oacute;sito e sentido, fil&oacute;sofo, jornalista, especializado em programa&ccedil;&atilde;o em Python, Intelig&ecirc;ncia Artificial e tem forma&ccedil;&atilde;o profissional em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica. Atualmente, &eacute; diretor do Centro de Pesquisas e An&aacute;lises Her&aacute;clito; Membro ativo da Redilat &mdash; La Red de Investigadores Latinoamericanos; Chefe do Departamento de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia da Logos University International, Professor e investigador cientista na Universidad Santander de M&eacute;xico, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neuroci&ecirc;ncias e da Society for Neuroscience, maior sociedade de neuroci&ecirc;ncias do mundo, nos Estados Unidos. Membro da FENS, Federa&ccedil;&atilde;o Europeia de Neuroci&ecirc;ncias; Membro da Mensa International, Intertel e Triple Nine Society (TNS), associa&ccedil;&atilde;o e sociedades de pessoas de alto QI, esta &uacute;ltima TNS, a mais restrita do mundo; especialista em estudos sobre comportamento humano e intelig&ecirc;ncia com mais de 100 estudos publicados.

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Desmistificando: tomar banho após a refeição faz mal?

Imagem de Morre paciente que recebeu 1º transplante de coração de porco no megacurioso

O norte-americano David Bennett faleceu 2 meses após a cirurgia revolucionária

A primeira pessoa do mundo a receber um transplante de cora&ccedil;&atilde;o geneticamente modificado de um porco morreu cerca de 2 meses ap&oacute;s a cirurgia. Com 57 anos, David Bennett aceitou participar do experimento ap&oacute;s ser rejeitado em v&aacute;rias listas de espera para um cora&ccedil;&atilde;o humano. Normalmente, essa decis&atilde;o costuma ser tomada quando o paciente est&aacute; muito debilitado.
Ainda n&atilde;o est&aacute; claro se o corpo de Bennett rejeitou o &oacute;rg&atilde;o. Os representantes do hospital afirmam que n&atilde;o podem comentar a causa da morte, porque exames ainda est&atilde;o sendo realizados. Eles planejam publicar o resultado final em uma revista m&eacute;dica.
<ul class="uk-text-justify">
<li style="text-align: justify;">Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120853-transplante-de-coracao-de-porco-para-humano-e-bem-sucedido-pela-1-vez.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Transplante de cora&ccedil;&atilde;o de porco para humano &eacute; bem-sucedido pela 1&ordf; vez</a></li>
</ul>
<h2 style="text-align: justify;" class="uk-text-justify">Como foi a cirurgia?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/14/14090836155047.jpg" alt="Fonte: University of Maryland School of Medicine/Shutterstock" />Fonte: University of Maryland School of Medicine/Shutterstock
Em 31 de dezembro de 2021, a cirurgia revolucion&aacute;ria foi autorizada. Como Bennett tinha sido considerado ineleg&iacute;vel para um transplante convencional ou uma bomba de cora&ccedil;&atilde;o artificial, receber o cora&ccedil;&atilde;o de porco geneticamente modificado era a sua &uacute;nica op&ccedil;&atilde;o.
Antes da cirurgia, o paciente chegou a conceder uma entrevista dizendo que sabia ser "um tiro no escuro", mas essa era a sua &uacute;ltima chance.&nbsp;O cora&ccedil;&atilde;o de porco transplantado para Bennett sofreu dez modifica&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas para se aproximar das condi&ccedil;&otilde;es do &oacute;rg&atilde;o humano. Quatro genes foram inativados, inclusive um que impediria o cora&ccedil;&atilde;o de crescer ap&oacute;s o transplante.&nbsp;
Al&eacute;m disso, seis genes humanos foram inseridos no genoma do porco doador para que o &oacute;rg&atilde;o fosse mais toler&aacute;vel ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121074-6-fatos-pouco-conhecidos-sobre-o-sangue-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sistema imunol&oacute;gico humano</a>.
<h2 style="text-align: justify;" class="uk-text-justify">O transplante deu errado?</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;University of Maryland School of Medicine/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.smithsonianmag.com/smart-news/patient-who-received-a-genetically-modified-pig-heart-dies-after-two-months-180979706/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/14/14091818030052.jpg" alt="Fonte: University of Maryland School of Medicine/Reprodu&ccedil;&atilde;o" />Fonte: University of Maryland School of Medicine/Reprodu&ccedil;&atilde;o
No primeiro momento, a cirurgia foi um sucesso sem sinais de rejei&ccedil;&atilde;o por v&aacute;rias semanas. Segundo o hospital, antes de falecer, Bennett teve a oportunidade de passar tempo com a sua fam&iacute;lia, fez fisioterapia e assistiu ao Super Bowl.
Ele n&atilde;o chegou a receber alta depois do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113122-transplante-de-cerebro-pode-se-tornar-possivel-ate-2030.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">transplante</a> e, em seus &uacute;ltimos dias, sua condi&ccedil;&atilde;o come&ccedil;ou a deteriorar. Contudo, ainda n&atilde;o h&aacute; uma resposta oficial para o que realmente aconteceu.&nbsp;
<h2 style="text-align: justify;" class="uk-text-justify">Pr&oacute;ximos passos para um transplante mais seguro</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/14/14092347249055.jpg" alt="Fonte: Freepik/Divulga&ccedil;&atilde;o" />Fonte: Freepik/Divulga&ccedil;&atilde;o
A perspectiva de usar &oacute;rg&atilde;os de animais para salvar humanos &eacute; uma hist&oacute;ria longa e um pouco conturbada, com ativistas contra e a favor.
Os &uacute;ltimos estudos na &aacute;rea t&ecirc;m sido focados em porcos porque os &oacute;rg&atilde;os deles s&atilde;o mais parecidos com os dos humanos, apesar de terem um sistema imunol&oacute;gico diferente.&nbsp;
Por conta disso, as pesquisas em andamento trabalham com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/90562-engenharia-genetica-pode-acabar-com-doencas-transmitidas-por-mosquitos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">modifica&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica</a> para remover mol&eacute;culas que desencadeiam rejei&ccedil;&atilde;o imunol&oacute;gica. Nesse sentido, entender o que realmente aconteceu com Bennett &eacute; importante para o futuro desses estudos.

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