Imagem de Derramamento de óleo no Golfo do México chega a mais de 4 milhões de litros e preocupa especialistas no megacurioso

Enquanto Guarda Costeira dos Estados Unidos busca origem específica do vazamento, pesquisadores demonstram preocupação sobre o ocorrido

<head></head><body>Cerca de 4,2 milhões de litros de petróleo podem ter sido vazados no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115720-golfo-do-mexico-pode-enfrentar-2-furacoes-nos-proximos-dias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Golfo do México</a>, na costa da Louisiana, no final de novembro, disse a Guarda Costeira dos Estados Unidos em comunicado oficial. Embora nenhum ferimento tenha sido relatado até agora, as autoridades temem que o incidente possa prejudicar a vida selvagem ameaçada na região.As autoridades continuam trabalhando para identificar a fonte específica e a causa do derramamento. Porém, a descarga ocorreu perto de um sistema de oleodutos de propriedade da empresa Main Pass Oil Gathering (MPOG). Uma anomalia de pressão foi identificada em um de seus oleodutos entre a noite de quarta-feira (22) e a manhã de quinta-feira (23). O canal só foi ser fechado às 6h30.&nbsp;<h2>Desastre de grande proporção</h2><blockquote class="twitter-tweet"><a href="https://twitter.com/hashtag/UPDATE?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#UPDATE</a> On Friday Clean Gulf Associates’ vessels skimmed and sampled crude oil approximately 4 miles southeast off South Pass Louisiana. Approximately 210 gallons of oily-water mixture have been recovered. <a href="https://t.co/bn8MCQshTB">pic.twitter.com/bn8MCQshTB</a>— USCG Heartland (@USCGHeartland) <a href="https://twitter.com/USCGHeartland/status/1726727565082075384?ref_src=twsrc%5Etfw">November 20, 2023</a></blockquote>O brilho do óleo foi detectado pela primeira vez perto da paróquia de Plaquemines, a sudeste de Nova Orleans, às 9h de quinta-feira, de acordo com os dados fornecidos pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), dos EUA. A empresa Third Coast Midstream Pipeline relatou o vazamento 10 minutos depois.Após o acontecido, a capitã Kelly Denning, comandante do setor da Guarda Costeira de Nova Orleans, não comentou o intervalo de duas horas e meia entre o fechamento do oleoduto e o momento em que o vazamento foi relatado. Desde então, navios têm sido enviados ao local para remover o óleo da superfície da água. Nesta segunda-feira (27), as autoridades relataram em suas redes sociais que 794 litros de água oleosa foram recuperados.Embora os ventos tenham ajudado a evaporar e dispersar o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127414-voce-sabe-de-onde-vem-o-petroleo.htm#:~:text=Como%20%C3%A9%20formado%20o%20petr%C3%B3leo%3F&amp;text=A%20teoria%20mais%20aceita%20acerca,leito%20de%20mares%20e%20lagos." rel="noopener noreferrer" target="_blank">petróleo</a>, muitas manchas ainda são visíveis na região. As vistorias do gasoduto com veículos operados remotamente ainda não localizaram a origem específica do vazamento. Embora as autoridades ainda não saibam exatamente quanto petróleo entrou na água, os cálculos iniciais indicam que pelo menos 4,2 milhões de litros poderiam ter escapado do oleoduto.<h2>Ameaças futuras</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/27/27201804237439.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)De acordo com a Guarda Costeira dos EUA, não é possível afirmar com 100% de certeza o valor exato de petróleo vazado na área até que a fonte do vazamento seja encontrada. A causa do acontecido também está sob investigação. Segundo Denning, as autoridades ainda não determinaram qual operador de gasoduto é responsável pelo caso, mas tudo indica que aconteceu com a MPOG.&nbsp;O derramamento levou preocupações sobre os possíveis impactos sobre a vida selvagem na região. Em entrevista à Associated Press (AP), um oficial da Pesca e Vida Selvagem dos EUA disse que dois pelicanos oleosos foram avistados no sábado (25) na costa da Louisiana. A área também abriga uma boa quantidade de tartarugas marinhas e baleias Rice, ambas espécies ameaçadas de extinção.&nbsp;"A maior parte da costa da Louisiana é formada por zonas úmidas e pântanos, e isso normalmente é considerado muito sensível ao petróleo", disse Doug Helton, coordenador de operações de emergência da NOOA, à WWL-TV. Milhares de derramamentos de óleo, a maioria pequenos, acontecem anualmente nas águas dos Estados Unidos.Contudo, até mesmo os menos expressivos podem causar danos. Em 2010, uma explosão na plataforma de perfuração <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/110980-desastre-ambiental-acelera-desintegracao-de-naufragios-da-2-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Deepwater Horizon</a>, no Golfo do México, matou 11 pessoas e despejou 507 milhões de litros de petróleo no oceano durante três meses, tornando-se o maior derramamento de petróleo na história. Os impactos de grandes derrames podem ser sentidos por décadas.</body>

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Derramamento de óleo no Golfo do México chega a mais de 4 milhões de litros e preocupa especialistas

Imagem de Baleias-azuis voltam ao seu lar nas ilhas Seicheles, agora seguras no megacurioso

Após ter sua população quase dizimada pela frota baleeira soviética na década de 1960, a baleia-azul está de volta ao seu antigo habitat

<head></head><body>Estrelas do filme Blue Whales 3D, feito por pesquisadores e cineastas nas Ilhas Seicheles em 2020 e 2021, as baleias-azuis, os maiores animais da Terra, estão voltando ao seu antigo habitat no oceano Índico, onde foram quase exterminadas pela caça indiscriminada até o final da década de 1960.&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123344-baleia-mais-solitaria-do-mundo-pode-nao-estar-tao-sozinha-assim.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sons de seu tradicional chamado amoroso foram captados</a> em gravações de áudio subaquáticas realizadas recentemente, provando que os gigantescos animais, que chegam a medir 30 metros de comprimento, costumam passar meses na região. De acordo com cientistas da Universidade de Seicheles, os cetáceos podem estar se reproduzindo ali. &nbsp;De acordo com o estudo, publicado na revista Journal of Endangered Species Research, desde que baleeiros soviéticos mataram ilegalmente 500 baleias-azuis perto das Seicheles na década de 1960, "nenhuma pesquisa dedicada ocorreu para compreender a importância ecológica desta região" para esses animais.<h2>Uma armadilha de capturar sons</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/26/26130402913001.jpg" alt="(Fonte: Ocean Films)">(Fonte: Ocean Films)Para rastrear a atividade das baleias-azuis, uma "armadilha sonora" — equipada com microfones subaquáticos, baterias e gravadores — foi colocada perto das ilhas durante um ano, gravando 15 minutos a cada hora, diariamente.&nbsp;“Se você para de matar animais em grande escala e lhes dá uma chance, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127764-5-animais-que-estao-vencendo-a-luta-contra-a-extincao.htm," rel="noopener noreferrer" target="_blank">eles podem se recuperar</a>”, explicou a primeira autora do artigo, Kathleen Stafford, da Universidade Estadual do Oregon, nos EUA, à BBC News. Ela também passou algumas horas por dia, durante um mês, acompanhando o som de um microfone sob a água.Embora não tenham conseguido ouvir um único som das baleias-azuis, os cientistas se surpreenderam ao recuperar e ouvir as gravações da armadilha sonora. Elas estavam lá todo o tempo, mas permaneciam em silêncio quando os humanos estavam presentes. O som desses mamíferos tem uma frequência imperceptível para ouvidos humanos, mas pode viajar até milhares de quilômetros sob a água.<h2>Um retorno seguro</h2><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/R42dXQOtxz0" title="Blue Whales - Return of the Giants | Official Trailer 4K | SK Films" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Para que as baleias-azuis possam retornar com segurança às Seicheles, uma área em torno das 115 ilhas que compõem o país foi formalmente protegida, em troca do perdão de sua dívida nacional no valor de quase 16,8 milhões de libras(cerca de R$ 104 milhões). Isso representa quase 400 mil quilômetros quadrados de mares.&nbsp;Os cientistas tentam compreender agora a real importância das Seicheles no ecossistema das baleias-azuis. Mas não apenas para elas. Segundo o principal autor do estudo, Jeremy Kiszka, da Universidade Internacional da Florida, nos EUA, a diversidade e abundância de mamíferos ali são “excepcionais”. “Registramos 23 espécies durante nossas pesquisas”, disse ele à BBC News.A grande preocupação é garantir que as atividades humanas não voltem a afetar a vida das espécies presentes. Como um dos grandes incômodos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124481-para-conseguir-uma-femea-baleias-machos-escolhem-parar-de-cantar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">para a comunicação entre as baleias é a poluição sonora</a>, também poderosa sob as águas, a redução do tráfego de navios que já ocorre nas Seicheles talvez seja a melhor garantia de segurança e tranquilidade para as baleias-azuis, conclui Stafford.</body>

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Baleias-azuis voltam ao seu lar nas ilhas Seicheles, agora seguras

Imagem de Bâdgir: o 'ar-condicionado' criado há milhares de anos  no megacurioso

O sistema de refrigeração milenar fez sucesso no antigo Egito e no Império Persa

<head></head><body>Desde os primórdios, a humanidade tem desenvolvido ferramentas para lidar com as <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127223-quao-perigoso-e-o-calor-extremo-para-os-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">condições climáticas extremas</a>, tornando a vida mais confortável. Um desses mecanismos é o bâdgir, uma espécie de “ar-condicionado da antiguidade”&nbsp;que ajudou os persas a se refrescarem em meio a temperaturas altíssimas.Também conhecido como apanhador de vento, o sistema surgido há milhares de anos era usado em construções no território atualmente pertencente ao Irã. Localizada na parte mais alta de edifícios, a estrutura é semelhante a uma chaminé e realiza um trabalho parecido com o dos modernos equipamentos de refrigeração.Estudos recentes a respeito desta tecnologia milenar sugerem que o catador de vento, outro nome pelo qual o método é chamado,&nbsp;reduz a temperatura interna dos imóveis em pelo menos 10 °C. Isso sem depender de qualquer fonte de combustível ou eletricidade.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/24/24191846629169.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Contando com diferentes versões, as estruturas de bâdgir se adaptavam ao estilo arquitetônico das casas e à direção do vento. Tais características influenciavam a altura da torre, a quantidade de aberturas para entrada e saída do ar e a disposição das lâminas internas e canais de direcionamento.<h2>Como funciona o catador de vento?</h2>Entrando pelas janelas no topo da torre, o vento fresco é conduzido para o interior do imóvel naturalmente, já que por ser mais frio e denso tende a descer. À medida que passa pelos canais, se distribui entre os cômodos através de frestas nas paredes, refrescando salas, quartos e os demais ambientes.Segundo a BBC, algumas construções possuíam canais de água subterrâneos que também recebiam o ar fresco da parte mais alta da estrutura.&nbsp;Ao entrar em contato com a água, o vento se resfriava ainda mais, oferecendo uma maior redução da temperatura no ambiente.<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/AiiGznaH0mE?si=-KEhB4BsMdheijKy" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Ao mesmo tempo, o ar quente do interior da habitação era levado para fora por meio da própria torre, garantindo a redução da temperatura inclusive se não estivesse ventando. O canal principal era dividido ao meio, com áreas específicas para a entrada do vento frio e a saída do quente, lembrando que o ar aquecido é menos denso e sobe.Mesmo trazendo um grande alívio durante o calor escaldante do verão na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/116824-qual-foi-o-maior-imperio-de-todos-os-tempos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antiga Pérsia</a>, o bâdgir também podia ser fonte de alguns problemas. Além de captar o vento refrescante, as aberturas no alto da torre acabavam servindo de entrada para diferentes espécies de insetos, poeira e outros detritos do deserto.<h2>Alternativa ecológica</h2>Capaz de resfriar ambientes sem o uso de eletricidade e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124062-como-paises-estao-trabalhando-para-limitar-emissoes-de-carbono.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">emissão de gases poluentes</a>, os catadores de vento persas podem se tornar uma alternativa para substituir o ar-condicionado convencional. Alguns países têm investido em versões modernas da antiga tecnologia.Reino Unido e Estados Unidos estão entre os territórios nos quais é possível encontrar edificações usando a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/225792-cientistas-inventam-ar-condicionado-nao-usa-eletricidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fonte ecológica de refrigeração</a>. O Irã também mantém algumas torres de vento originais, que servem de exemplo para futuras construções.</body>

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Bâdgir: o 'ar-condicionado' criado há milhares de anos 

Imagem de 5 formas bizarras de como as árvores podem te surpreender no megacurioso

Embora pareçam apenas um cenário para a existência humana, algumas árvores carregam histórias impressionantes consigo

<head></head><body>A natureza ao nosso redor cumpre um papel muito mais importante no funcionamento do nosso planeta do que podemos imaginar. Inclusive, engana-se quem acha que <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/126955-as-6-flores-de-arvores-frutiferas-mais-belas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">árvores</a> e plantas são meras coadjuvantes. No fim das contas, essa vida "oculta" aos nossos olhos tende a ser muito surpreendente.Nesse sentido, nós separamos uma lista com cinco formas bizarras de como as árvores podem nos chocar com suas existências. Veja só!<h2>1. Bétulas cochilando</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/21/21183424550426.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Você já se perguntou se as árvores dormem? Para responder a essa pergunta, cientistas estudaram de perto duas bétulas prateadas (Betula pendula), um espécime estando na Austrália e o outro na Finlândia. O estudo tinha como objetivo procurar mudanças físicas após o pôr do sol que pudessem indicar sono.As medições mostraram que as árvores relaxavam seus galhos e folhas à noite. Algumas horas antes do nascer do sol elas caíram até o ponto mais baixo. Pouco antes do nascer do sol, no entanto, alguns galhos já haviam retornado à posição diurna. Isso sugere fortemente que as bétulas prateadas experimentam algum tipo de sonolência.<h2>2. Desertos verdes</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/21/21183450443428.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Na África Ocidental, os desertos do Sahel e do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116313-saara-o-maior-deserto-do-mundo-pode-ficar-cheio-de-vida-novamente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Saara</a> não são conhecidos pelas suas abundantes florestas tropicais. Mesmo assim, alguns cientistas tinham a sensação de que esses desertos escondiam mais árvores do que pensávamos. Por conta disso, investigadores analisaram cerca de 11 mil imagens de satélite para contar as árvores em uma área de 1,3 milhão de km².Como a busca manual demoraria muito, eles usaram inteligência artificial para fazer o trabalho. O programa revelou a presença de cerca de 1,8 bilhão de árvores espalhadas por esses desertos, um número que mostra apenas a área coberta pelas fotografias.<h2>3. Troca de mensagens</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/21/21183511475430.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Melbourne, na Austrália, conta com 70 mil árvores de propriedade municipal, as quais estavam sendo protegidas contra os perigos como a seca e o declínio geral por pesquisadores. Contudo, ficar de olho em 70 mil árvores era uma tarefa quase impossível.Por isso, o governo local teve a brilhante ideia de atribuir números de identificação e endereços de e-mail às árvores, de modo que as pessoas pudessem relatar quaisquer sinais de danos ou doenças que enxergassem. Quando o programa foi lançado, os moradores usaram os endereços de e-mail, mas não para enviar relatórios de danos. Em vez disso, eles escreviam cartas de amor às árvores, elogiando a sua aparência e agradecendo por sua existência.&nbsp;<h2>4. Árvores de espionagem</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/21/21183529137432.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Durante a Primeira Guerra Mundial, os Aliados estavam pressionados a serem criativos, sobretudo no sentido de colher informações de seus adversários. Em 1915, então, os franceses tiveram uma brilhante ideia: plantar árvores falsas nas linhas de frente de batalha — as quais seriam usadas para que um soldado pudesse se esconder no tronco oco.Para isso, eles tiveram que criar uma réplica de uma árvore em tamanho real e com exatos detalhes, usando madeira e "cascas" de metal. Por dentro, a árvore falsa era blindada e tinha uma escada de corda para ajudar os soldados a se moverem. O disfarce era tão perfeito que os inimigos não conseguiam nem imaginar tal feito.<h2>5. Folhas douradas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/21/21183617663437.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Na Austrália Ocidental, existe um bosque de <a href="https://www.megacurioso.com.br/biologia/39623-dinheiro-nao-cresce-em-arvores-mas-cientistas-encontram-ouro-em-eucaliptos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">eucaliptos</a>&nbsp;próximos à cidade de Kalgoorlie. À primeira vista, parecem árvores normais. Contudo, em 2013, cientistas descobriram que as suas folhas continham partículas de ouro.O bosque de eucaliptos fica em um pedaço de terra empoeirado que não mostra nenhum sinal de tesouro escondido. No entanto, as manchas de ouro nas suas folhas levaram à descoberta de depósitos de ouro a uma profundidade de 30,5 metros. Existe um exemplo de "floresta encantada" mais impressionante do que esse?</body>

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5 formas bizarras de como as árvores podem te surpreender

Imagem de Satélites de madeira: alternativa sustentável para reduzir o lixo espacial será lançada ano que vem no megacurioso

NASA e JAXA preparam o lançamento do primeiro satélite de madeira, uma inovação ecológica que pode transformar a paisagem espacial

Com o aumento significativo no n&uacute;mero de sat&eacute;lites no espa&ccedil;o, a preocupa&ccedil;&atilde;o com o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120525-incidentes-com-lixo-espacial-esta-preocupando-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lixo espacial</a> cresce proporcionalmente. Diante desse desafio, cientistas das ag&ecirc;ncias espaciais dos Estados Unidos (NASA) e do Jap&atilde;o (JAXA) est&atilde;o trilhando uma rota inovadora: a cria&ccedil;&atilde;o do primeiro sat&eacute;lite artificial de madeira do mundo.
<ul>
<li style="font-weight: bold;">Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124322-sindrome-de-kessler-como-o-acumulo-de-lixo-espacial-nos-afeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">S&iacute;ndrome de Kessler: como o ac&uacute;mulo de lixo espacial nos afeta?</a></li>
</ul>
Previsto para ser lan&ccedil;ado em 2024, esse projeto promete n&atilde;o apenas abordar a problem&aacute;tica do lixo espacial, mas tamb&eacute;m buscar uma solu&ccedil;&atilde;o ecologicamente consciente para as estruturas que circundam nosso planeta.
<h2>Projeto LignoStella Space Wood</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/22/jaxa-reproducao-22163411990179.jpg" alt="JAXA/Reprodu&ccedil;&atilde;o" />(Fonte: JAXA/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Com mais de 10 mil&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126785-james-webb-as-6-maiores-destaques-do-primeiro-ano-do-satelite-no-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sat&eacute;lites em &oacute;rbita</a>, a quantidade de lixo espacial tornou-se uma preocupa&ccedil;&atilde;o. A predomin&acirc;ncia do alum&iacute;nio, material tradicional dos sat&eacute;lites, torna-se um fator agravante quando esses dispositivos se desintegram durante a reentrada atmosf&eacute;rica, contribuindo para a polui&ccedil;&atilde;o do nosso ambiente.
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123532-os-detritos-espaciais-estao-destruindo-os-oceanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Os detritos espaciais est&atilde;o destruindo os oceanos</a></li>
</ul>
Diante dessa amea&ccedil;a crescente, os pesquisadores agora direcionam seus esfor&ccedil;os para avaliar a viabilidade dos sat&eacute;lites de madeira, uma inova&ccedil;&atilde;o que desafia as normas da ind&uacute;stria espacial. Em 2020, foi lan&ccedil;ado o revolucion&aacute;rio projeto LignoStella Space Wood, destinado a explorar a durabilidade de diferentes tipos de madeira no ambiente hostil do espa&ccedil;o. A ousada proposta submeteu as amostras de madeira a mais de 290 dias de exposi&ccedil;&atilde;o na Esta&ccedil;&atilde;o Espacial Internacional.
O resultado desses testes desafiadores foi surpreendente. Contrariando as expectativas e desmistificando preocupa&ccedil;&otilde;es comuns sobre o uso de madeira no espa&ccedil;o, as amostras n&atilde;o exibiram quaisquer sinais vis&iacute;veis de decomposi&ccedil;&atilde;o ou danos. Entre as variedades testadas, a madeira de magn&oacute;lia mostrou-se a mais promissora.
<h2 style="font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif;">Impacto ambiental reduzido</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/21/21215242023496.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />O alum&iacute;nio dos sat&eacute;lites tradicionais podem danificar a camada de oz&ocirc;nio.&nbsp;(Fonte: Getty Images)
Pesquisadores destacaram que o alum&iacute;nio presente nos sat&eacute;lites contribui significativamente para as part&iacute;culas de aerossol na estratosfera, podendo afetar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127084-qual-e-o-estado-atual-da-camada-de-ozonio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">camada de oz&ocirc;nio</a>. Como a madeira queima completamente ao reentrar na atmosfera, os sat&eacute;lites feitos desse material oferecem uma solu&ccedil;&atilde;o potencial para minimizar esse impacto ambiental.
Contudo, embora apresente vantagens, o uso de recursos naturais em hardware espacial ainda s&atilde;o uma inc&oacute;gnita. A miss&atilde;o conjunta da NASA e da JAXA, Ag&ecirc;ncia Japonesa de Explora&ccedil;&atilde;o Aeroespacial, est&aacute; prevista para o ver&atilde;o de 2024 e ser&aacute; crucial para monitorar e avaliar o desempenho dessa inova&ccedil;&atilde;o ao longo do tempo.
A busca por solu&ccedil;&otilde;es sustent&aacute;veis no espa&ccedil;o &eacute; essencial, dada a crescente amea&ccedil;a do lixo espacial. Os sat&eacute;lites de madeira apresentam-se como uma alternativa promissora, proporcionando n&atilde;o apenas uma op&ccedil;&atilde;o ecologicamente correta, mas tamb&eacute;m potencialmente mais eficiente. O lan&ccedil;amento previsto para 2024 marca um passo audacioso em dire&ccedil;&atilde;o a um futuro onde a inova&ccedil;&atilde;o e a sustentabilidade coexistem no vasto cosmos.

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Satélites de madeira: alternativa sustentável para reduzir o lixo espacial será lançada ano que vem

Imagem de 4 coisas que você não sabia sobre o deserto do Saara no megacurioso

Qual é o seu tamanho? Ele é realmente formado apenas por terra? Confira essas e outras informações aqui no Mega Curioso

<head></head><body>Quando se fala em deserto, um dos primeiros nomes que muitos certamente dizem é o do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116313-saara-o-maior-deserto-do-mundo-pode-ficar-cheio-de-vida-novamente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">deserto do Saara</a>. Apesar de popularmente lembrado por pessoas em diversos lugares do mundo, muitos não sabem quase nada a seu respeito.Se este é o seu caso, vamos revelar nas linhas abaixo diversas informações importantes sobre uma das áreas mais conhecidas da África. Confira!<h2>1. Tamanho colossal</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/19/19002109734010.jpg" alt="No total, deserto do Saara tem 9,2 milhões de km2. (Fonte: GettyImages)">No total, deserto do Saara tem 9,2 milhões de km2. (Fonte: GettyImages)A primeira informação importante sobre o deserto do Saara é o seu tamanho. E, desde já, podemos antecipar que ele é enorme e cobre 31% do território africano. Porém, a quanto isso equivale exatamente?Falando em números absolutos, essa região tem um total de 9,2 milhões de km2, sendo 1.800 km de norte a sul e 4.800 km de leste a oeste.Ainda no que diz respeito a medidas, ele também conta com algumas das maiores dunas de que se tem notícia, com algumas chegando a algo em torno de 152 metros e a mais alta alcançando 183 metros.<h2>2. Não tem só areia</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/19/19002208884011.jpg" alt="Deserto do Sahara também possui algumas montanhas em sua extensão. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Deserto do Sahara também possui algumas montanhas em sua extensão. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Outra informação errada que muitos têm sobre o deserto do Saara é que ele é "um grande monte de areia". De fato há bastante areia em sua formação, mas a região tem muito mais a mostrar para quem a visita.Em toda a sua extensão também é possível encontrar áreas mais pedregosas conhecidas como "hamadas", além de vales desolados e até mesmo montanhas em praticamente todas as direções do deserto do Saara.Como se tudo isso fosse pouco, o deserto africano possui até mesmo um vulcão dormente, o Emi Koussi, que fica no Chade e é um dos picos mais altos da região.<ul><li>Veja também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125239-franceses-e-americanos-ja-debateram-projeto-para-inundar-o-saara.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Franceses e americanos já debateram projeto para inundar o Saara</a></li></ul><h2>3. Algumas pessoas moram por lá</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/19/19002252910012.jpg" alt="Região do Saara também possui alguns pequenos assentamentos. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Região do Saara também possui alguns pequenos assentamentos. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Acredite se quiser, há algumas pessoas que moram no deserto do Saara, e há mais tempo do que você possa imaginar.Algumas tribos nômades habitam a região, sendo dois grupos os mais importantes: berberes e tuaregues. O primeiro já está na região desde o ano 10000 a.C., com muitos estudiosos dizendo que eles foram os primeiros a habitarem o deserto do Saara. Atualmente, eles se dividem em pequenas comunidades que se espalham por toda essa área.Já os tuaregues são vistos por muitos como uma divisão originária dos berberes. Entre as suas principais características estão o fato de eles se moverem bastante ao longo do ano em busca de comida e água, mas são um dos únicos grupos desérticos a terem formado pequenos centros urbanos que funcionam como bases.<h2>4. Cresce cada dia mais</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/19/19002014333009.jpg" alt="Área do Saara vem expandindo cada vez mais e atingindo regiões mais ao sul. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Área do Saara vem expandindo cada vez mais e atingindo regiões mais ao sul. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Por fim, um fato que infelizmente vem se tornando cada dia mais real: o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119761-como-era-o-saara-antes-de-ser-um-deserto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">deserto do Saara</a> está aumentando de tamanho, o que é bem preocupante.Para se ter uma ideia, atualmente a região já é 10% maior do que há 100 anos, e muito disso está associado com as mudanças climáticas provocadas pela ação do homem. Por conta disso, ele vem expandindo cada vez mais a sua área para o sul, se aproximando do Sahel e de outras regiões que possuem vegetação.Ainda sobre o crescimento, ele se torna cada vez mais perigoso quando observamos que nações como Mali e Burquina Faso estão se tornando cada vez mais ameaçadas. Isso acontece por conta desse crescimento do deserto, e também da ação de grupos guerrilheiros que acabam fazendo a vida nesses países ser cada vez mais difícil.</body>

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4 coisas que você não sabia sobre o deserto do Saara

Imagem de Temperatura global bate recorde e ultrapassa marca crítica de 2 °C no megacurioso

De acordo com pesquisadores, a temperatura média global ultrapassou um limiar crítico de 2 °C acima dos níveis pré-industriais em 2023, marca apresentada pela primeira vez na história

<head></head><body>Em novembro de 2023, as temperaturas globais ultrapassaram brevemente um valor de referência que os cientistas do clima tanto temiam. Dados provisórios sugerem que a temperatura média global provavelmente tenha ultrapassado uma marca crítica de 2 °C acima dos níveis pré-industriais.Essa seria a primeira vez na história que algo do gênero teria acontecido. “A nossa melhor estimativa é que este foi o primeiro dia em que a temperatura global esteve mais de 2 °C acima dos níveis de 1850–1900 (ou pré-industriais), de 2,06 °C”, disse a vice-diretora do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, Dra. Sam Burgess, em suas redes sociais.<h2>Números preocupantes</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/22/22194516672269.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Segundo Burgess, os dados provisórios obtidos no dia 18 de novembro de 2023 mostram que as temperaturas médias globais estavam 2,06 °C acima dos níveis pré-industriais. Há muitas evidências de que se a Terra permanecer consistentemente acima dessa faixa, isso terá um impacto dramático no meio ambiente e nos seus habitantes — isso inclui os seres humanos.Em um cenário onde 2 °C acima dos níveis pré-industriais se torna uma constante, isso significaria que 99% dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127935-o-planeta-ja-perdeu-metade-dos-seus-recifes-de-coral-desde-1950.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">recifes de corais</a> no mundo acabariam morrendo. Também seria provável observar o declínio significativo nas populações de insetos, 16% das plantas e 8% dos vertebrados com apenas 1,5 °C de aquecimento.Estudos também indicam que centenas de milhões de pessoas seriam levadas à pobreza relacionada com o clima. O limiar de 2 °C foi um princípio central do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118375-o-que-foi-o-acordo-de-paris.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Acordo Climático de Paris</a> em 2015, quando os líderes internacionais concordaram em manter o aquecimento global "bem abaixo dos 2 °C acima dos níveis pré-industriais", com a esperança de limitar esse valor a apenas 1,5 °C.<h2>Atenção para o futuro</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/22/22194536777271.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Vale ressaltar que os números registrados em novembro fazem parte de dados provisórios e que a temperatura média global apenas ultrapassou o limite durante um dia — o que já serve como um sinal de alerta. Para avaliar plenamente o impacto das alterações climáticas, precisamos pensar em termos de anos, décadas e tendências de longo prazo.Dito isso, alguns consideram esses números recordes como uma referência importante e longe de ser um caso isolado. O ano de 2023 foi marcado por <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125675-o-que-significam-tantos-recordes-de-temperaturas-altas-recentemente-no-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">temperaturas recordes</a>, o que parece ser parte de uma tendência maior. Além disso, há uma boa chance de vermos temperaturas ainda crescentes em 2024, caso as trajetórias atuais realmente sirvam de referência.Os cientistas e ativistas climáticos falam frequentemente em "manter vivo o 1,5 °C", expressando uma esperança de que o mundo possa tomar medidas suficientes para permanecer bem abaixo do limiar dos 2 °C. Embora as altas temperaturas globais de novembro não signifiquem que esse sonho está perdido, o cenário atual deve servir como um estado de alerta generalizado para que o mundo perceba o rumo que estamos seguindo. Caso o contrário, teremos que aprender a viver em um cenário de catástrofe generalizada.</body>

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Temperatura global bate recorde e ultrapassa marca crítica de 2 °C

Imagem de 10 fatos sobre o pica-pau-bico-de-marfim, cujo status de extinto é disputado no megacurioso

Última aparição da ave foi em 1944, mas pesquisadores afirmam que ela ainda pode habitar florestas da Louisiana

<head></head><body>O pica-pau-bico-de-marfim é uma ave icônica dos Estados Unidos. Registrada ainda no século XVIII, ela chegou a ser popular em toda a região sul do país. Porém, a caça desenfreada e o desflorestamento fizeram com que a última aparição confirmada da espécie fosse em 1944. Com isso, o pica-pau-bico-de-marfim foi declarado extinto em 2021.Nos últimos anos, cientistas e entusiastas alegaram ter encontrado o animal, colocando em dúvida seu status de extinto. A espécie, porém, também pode ser facilmente confundida com o pica-pau-de-penacho-vermelho, o que deixa parte da comunidade científica cética em relação aos supostos avistamentos.Conheça, agora, 10 fatos sobre esta curiosa e talvez lendária ave.<h2>1. Descoberta no século XVIII</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/05/05143930649010.png" alt="Representações do pica-pau-bico-de-marfim. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)">Representações do pica-pau-bico-de-marfim. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)A primeira menção científica da ave foi feita pelo naturalista Mark Catesby, em 1731. O nome científico atribuído foi o de Picus principalus, mas este foi alterado posteriormente para Campephilus principalis, em 1840.<h2>2. Características físicas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/05/05142843517002.jpg" alt="Detalhes da pluma e bico do Campephilus principalis. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)">Detalhes da pluma e bico do Campephilus principalis. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)A ave é um dos maiores pica-paus do mundo, com cerca de 51 cm de comprimento e 76 cm de envergadura. Seu peso médio varia de 450 a 570 g. A plumagem é majoritariamente preta ou de um azul bem escuro, com listras brancas variáveis que, comumente, se estendem até a bochecha. Uma das marcas principais da ave é a crista avermelhada, que só ocorre nos indivíduos machos adultos — fêmeas e jovens machos têm a crista preta.<h2>3. Formato do bico</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/05/05143032353003.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)O bico de marfim, que dá o nome popular da espécie, só ganha essa coloração na idade adulta — até então, o bico é extremamente branco, forte e reto, e o animal possui uma língua de ponta dupla e farpada. Este conjunto possibilita o principal meio de alimentação do pássaro, que consiste em furar troncos de árvores em busca de formigas e larvas.<h2>4. Habitat natural</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/05/05143119808004.jpg" alt="Pica-pau-bico-de-marfim fotografado em 1935. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)">Pica-pau-bico-de-marfim fotografado em 1935. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)Os pássaros eram mais comuns em extensas regiões de florestas com grandes árvores, principalmente em áreas pantanosas. As árvores de pântano podem apodrecer em razão da umidade e das cheias, o que facilita o surgimento de larvas nos troncos.<h2>5. Hábitos de grupo</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/05/05143233126005.jpg" alt="(Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)">(Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)As aparições de pica-paus-bico-de-marfim em grupo eram comuns até o início do século XX. Grupos de até 11 aves já foram avistadas compartilhando o alimento de uma única árvore.<h2>6. Última aparição</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/05/05143346748006.jpg" alt="(Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)">(Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)A última aparição confirmada de um pica-pau-bico-de-marfim nos Estados Unidos foi em 1944 e ocorreu em uma floresta do estado da Louisiana. Apesar dos pedidos de sociedades protetoras de pássaros e até de instâncias governamentais, a floresta foi desmatada para a exploração da madeira. Desde então, há relatos de avistamentos, mas sem comprovação.<h2>7. Variação cubana</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/05/05143512442007.jpg" alt="Variação cubana foi avistada na Ilha da Juventude até 1987. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)">Variação cubana foi avistada na Ilha da Juventude até 1987. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)Uma subespécie, chamada pica-pau-bico-de-marfim-cubano, era avistada em Cuba até o final da década de 1980. Essa variação, porém, tinha características diferentes e um estudo posterior mostrou uma diferenciação no DNA em relação à ave americana.<h2>8. Facilmente confundido com outra espécie</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/05/05141755921000.jpeg" alt="Um pica-pau-grande-americano (Dryocopus pileatus). (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)">Um pica-pau-grande-americano (Dryocopus pileatus). (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)O pica-pau-bico-de-marfim (Campephilus principalis) é comumente confundido com o pica-pau-de-penacho-vermelho, também chamado de pica-pau-orelhudo ou pica-pau-grande-americano (Dryocopus pileatus). Essa espécie, porém, é menor e bem mais leve do que o pica-pau-bico-de-marfim. Além disso, o bico do Dryocopus pileatus é diferente em formato e tem uma coloração mais escura. A principal confusão ocorre em razão da crista vermelha das duas espécies. O pica-pau-de-penacho-vermelho ainda é bastante comum no leste e no norte dos Estados Unidos.<h2>9. Indefinição sobre status de extinto</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/05/05143737094008.jpg" alt="Floresta na Louisiana onde o pica-pau-bico-de-marfim teria sido avistado entre 2005 e 2008. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)">Floresta na Louisiana onde o pica-pau-bico-de-marfim teria sido avistado entre 2005 e 2008. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)Estudos científicos de 2005 e de 2023 reuniram evidências para provar que o pica-pau-bico-de-marfim não estaria extinto. Pesquisadores juntaram dados, como a gravação de chamados, testemunhos de supostos avistamentos e até um vídeo. Apesar disso, as provas ainda são inconclusivas e a espécie continua <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120038-pica-pau-que-inspirou-desenho-sera-declarado-extinto-nos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">classificada como extinta pelo Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos</a>. A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, sigla em inglês) considera que a espécie está em perigo crítico de extinção.<h2>10. Inspirou o desenho Pica-pau</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/05/05142033523001.jpg" alt="Walter Lantz e sua criação mais famosa. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)">Walter Lantz e sua criação mais famosa. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)Apesar de ser mais parecido com um pica-pau-de-penacho-vermelho, o popular personagem <a href="https://www.megacurioso.com.br/desenhos-animados/103165-os-episodios-mais-polemicos-do-pica-pau.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pica-pau do desenho animado</a> teve seu nome científico revelado em um episódio como Campephilus principalis, o que o torna oficialmente um pica-pau-bico-de-marfim.</body>

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10 fatos sobre o pica-pau-bico-de-marfim, cujo status de extinto é disputado

Imagem de As focas que ajudam cientistas a explorar o fundo do oceano no megacurioso

Animais marinhos ajudaram cientistas na descoberta de um cânion no fundo das águas

<head></head><body>Explorar o fundo do oceano, ainda hoje, se mostra um trabalho relativamente difícil. Mas ainda assim, cientistas não deixam de investir em formas criativas de avançar nesse sentido. Como exemplo disso, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118566-antartica-ou-antartida-qual-o-nome-correto-do-continente-gelado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Antártica</a>, as focas tiveram um papel essencial no mapeamento de uma área bastante restrita situada na baía Vincennes.O próprio estudo destaca que apenas 23% do fundo do mar já foi mapeado no passado, por meio de navios de pesquisa. Nas águas do oceano antártico, por sua vez, as informações coletadas são bastante escassas. E na falta de dados precisos, as deduções ocorrem a partir de meios indiretos.Além de áreas mais afastadas, muitas vezes inóspitas e de difícil acesso, a presença de gelo ainda se revela como um grande obstáculo para esse tipo de exploração, o que justifica a satisfação envolvendo as descobertas que essa expedição proporcionou. Equipadas com dispositivos ligados via satélite fixados na cabeça, mais de 250 focas auxiliaram na coleta de dados.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/17/17112143322754.jpg" alt="Animais marinhos auxiliaram no mapeamento das águas e mergulharam em áreas que eram mais de mil metros mais profundas que o esperado. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Animais marinhos auxiliaram no mapeamento das águas e mergulharam em áreas que eram mais de mil metros mais profundas que o esperado. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Focas desbravando o oceano</h2>Mais de 500 mil mergulhos foram considerados na análise, e como parte deles ocorreu em áreas bastante profundas, pesquisadores não deixaram de reparar que os animais marinhos adentraram em áreas que eram até 1 mil metros mais profundas do que o esperado, redefinindo o conceito de fundo do oceano.O estudo permitiu ainda a descoberta de um cânion de até 2.200 metros de profundidade na região noroeste da geleira Vanderford. Em homenagem às <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123162-6-fatos-curiosos-sobre-as-focas-os-cachorros-do-mar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">focas</a> que ofereceram essa grande ajuda, ele foi chamado de Mirounga-Nuyina.&nbsp;Pesquisadores acreditam que os animais podem ser importantes para realizar descobertas semelhantes em outras áreas. Além de mapear o oceano, o interesse é coletar dados que auxiliem na compreensão das correntes marinhas e as dinâmicas relacionadas.“As observações que recolhemos das focas ajudam a compreender melhor a forma do fundo do oceano”, disse Clive McMahon, coautor do estudo, publicado na revista Nature Communications Earth &amp; Environment.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/17/17112250823755.jpg" alt="Cânion foi descoberto próximo da geleira Vanderford, na Antártica. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Cânion foi descoberto próximo da geleira Vanderford, na Antártica. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Redefinindo modelos</h2>Ao analisar os dados obtidos, ainda foi percebido que parte das estimativas de profundidade consideradas até então estavam equivocadas. Isso foi percebido em mais de 25% das regiões, destacou o Professor Mark Hindell, que também participou do estudo.E além de rastrear as áreas submarinas, esses animais marinhos auxiliaram na medição da temperatura, salinidade e a condutividade das águas, o que é especialmente importante para conhecer melhor as diversas dinâmicas que atuam sobre o continente antártico, sobretudo em meio à <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122626-o-que-acontece-se-for-acionada-a-declaracao-de-emergencia-climatica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudança climática</a> que ameaça a região de forma bastante particular.McMahon destacou a importância do papel desse tipo de estudo para a análise acerca das mudanças climáticas: “este conhecimento é essencial para os cientistas que tentam medir as taxas de derretimento das camadas de gelo.”</body>

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As focas que ajudam cientistas a explorar o fundo do oceano

Imagem de Morcegos-vampiros portadores da raiva ameaçam a saúde humana no megacurioso

O aquecimento global e a indústria pecuária são os fatores responsáveis por aproximar cada vez mais os humanos dos morcegos

<head></head><body>Se a Índia enfrenta atualmente o quarto surto de infecção pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127598-nipah-o-virus-letal-que-assombra-a-india-pode-causar-uma-pandemia.htm#:~:text=O%20que%20%C3%A9%20o%20v%C3%ADrus%20Nipah%3F&amp;text=%22Raro%20e%20intrat%C3%A1vel%22%20%C3%A9%20como,em%20maio%20do%20ano%20anterior." rel="noopener noreferrer" target="_blank">vírus Nipah</a>, conhecido por causar um quadro agudo intratável e mortal de encefalite febril, é culpa do excesso de interação do homem com animais contaminados. As condições que favorecem o contato humano com alimento ou água contaminada por excrementos desses animais envolve a destruição de florestas, do seu habitat natural e das mudanças climáticas, associadas à <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127722-proxima-pandemia-deve-acontecer-no-setor-da-agricultura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">expansão desenfreada da agricultura</a> que, ao desmatar para a criação de plantações, altera os padrões de uso da terra e causa ondas migratórias dos morcegos para mais perto dos humanos e de outros animais, como o gado ou os suínos.Desde a segunda metade do século XX, quando aconteceram os surtos de doenças mais relevantes dos tempos modernos, os humanos nunca estiveram tão próximos de patógenos e doenças zoonóticas de outras espécies. Agora, o morcego-vampiro, transmissor da raiva, está cada vez mais próximo das áreas urbanas.<h2>Paciente zero</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/10/10104217151084.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)No final de julho de 2010, um jovem migrante de 19 anos foi hospitalizado em Louisiana com um quadro de inflamação cerebral, pouco depois de chegar aos EUA vindo do México, como notificou o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) em seu Relatório Semanal de Morbidade e Mortalidade.Ele chegou a trabalhar por um dia em uma plantação de cana-de-açúcar antes de procurar atendimento médico se queixando de fadiga, dor no ombro esquerdo e dormência na mão esquerda. A princípio, os sintomas foram atribuídos ao excesso de esforço físico, mas os sintomas prevaleceram e ele acabou sendo encaminhado para um hospital em Nova Orleans. Lá, os exames revelaram hipersensibilidade do ombro esquerdo, fraqueza da mão esquerda, reflexos hipoativos e queda da pálpebra esquerda. Tudo levava os médicos a suspeitaram da síndrome de Guillain-Barré, em que o sistema imunológico do corpo ataca os nervos; e de meningite, uma inflamação nas membranas que cobrem o cérebro.No entanto, à medida que o estado do paciente foi se deteriorando, os médicos começaram a suspeitar de que ele havia contraído raiva. Em 20 de agosto, o diagnóstico foi confirmado por meio de exames. No dia seguinte, o paciente estava morto. A autópsia e os testes revelaram que ele havia sido infectado pelo vírus da raiva transmitido por morcegos hematófagos, mais conhecidos como morcegos-vampiro.Ao CDC, a mãe do jovem disse que ele havia sido mordido por um morcego em julho no México, mas não procurou tratamento. Apesar de os morcegos serem a principal fonte de raiva humana, essa foi a primeira morte relatada por um vírus da raiva transmitido por morcegos-vampiros nos EUA.<h2>A origem dos morcegos-vampiros</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/10/10104259302086.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Por meio do vírus do gênero Lyssavirus, responsável por causar uma encefalomielite aguda, a raiva provavelmente se originou em três tipos de morcegos-vampiros da subfamília Desmodontinae da família Phyllostomidae: o Desmodus rotundus (morcego-vampiro-comum), Diphylla ecaudata (morcego-vampiro-de-pernas-peludas) e Diaemus youngi (morcego-vampiro-de-asas-brancas). Todas as três espécies são mais comuns nas regiões neotropicais, como o Brasil e o Chile.As teorias concordam que esses morcegos, que são reservatórios confirmados para 14 das 16 espécies virais conhecidas da raiva, são frutos do Velho Mundo. Está por todo planeta o lissavírus da raiva (RABLV) encontrado em cães, mas aquele associado aos morcegos só é encontrado na América Latina. Estudos filogenéticos baseados na diversidade existente de RABLV em morcegos e gambás no Novo Mundo sugerem que a presença da raiva no hemisfério ocidental é anterior ao início das viagens transoceânicas europeias do século XV.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/10/10104346241087.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Os primeiros achados arqueológicos indicam que cães asiáticos trazidos por humanos colonizaram o hemisfério ocidental de 8 a 10 mil anos atrás, sendo que as culturas americanas pré-colombianas frequentemente retratavam morcegos e cães em códices e monólitos. No início do século XVI, documentos publicados por colonizadores espanhóis, como Petrus Martyr D’Aghera e Francisco Montejo, indicam a presença de raiva associada a morcegos-vampiros nas Américas. Em suas narrativas, eles discutem como as pessoas e o gado eram furiosamente atacados por morcegos sugadores de sangue assim que o sol se punha, e como frequentemente esses ataques resultavam em morte.Os morcegos-vampiros vivem em colônias em lugares isolados, completamente escuros, como cavernas, poços antigos, árvores ocas e edifícios abandonados; em regiões áridas a úmidas, tropicais a subtropicais. O aquecimento global e a destruição do seu habitat pelo avanço da agricultura têm mudado isso cada vez mais. O relatório do CDC observou que o vírus da raiva de morcegos tem sido associado à maioria dos casos de raiva humana adquiridos nos EUA nas últimas duas décadas.<h2>Um problema necessário</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/10/10104443745088.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Acredita-se que em 20 anos, haverá um deslocamento massivo do Desmodus rotundus em direção ao sul dos EUA, como indicou um novo estudo publicado na revista Ecography,&nbsp;que relaciona a expansão gradual dos morcegos-vampiros para o hemisfério norte e as mudanças climáticas dos últimos 100 anos.O problema disso é que, conforme o território do morcego se espalha, também aumenta a variante da raiva que ele carrega. Por um lado, a raiva ajuda a controlar a quantidade de morcegos, beneficiando o ecossistema em geral ao reduzir as populações de 10% a 80%, mas isso significa também que ela nunca os elimina, tampouco desaparece. E piora, pois isso significa que o vírus se espalha para animais domésticos e depois para os humanos.Apesar de os morcegos morderem apenas quando se sentem ameaçados, o contato com a raiva que transmitem se tornou uma questão para os humanos, visto que os morcegos podem se alimentar do sangue de outros animais. Sua vítima habitual costuma ser o gado, que o setor da pecuária facilita seu contato ao invadir territórios para fazer de pastagem. Alguns especialistas, como o biólogo Toni Piaggio, do Centro Nacional de Pesquisa da Vida Selvagem do Departamento de Agricultura dos EUA, acreditam que os morcegos-vampiros conseguiram sobreviver em áreas onde não conseguiam porque os humanos colocaram gados demais. Essa proximidade aumenta o risco de humanos sendo expostos à raiva por meio do contato direto com o gado infectado.Um relatório de 2020 do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) aponta que a raiva dos morcegos custa à indústria pecuária mais de US$ 46,7 milhões por ano. Segundo um relatório divulgado em setembro, desde 2016, as autoridades inspecionaram mais de 500 mil bovinos em vendas de gado e fazendas leiteiras nas áreas mais propensas a terem populações de morcegos-vampiros. Até o momento, nenhuma mordida foi encontrada. Desde então, o USDA realiza uma campanha em ambos os lados da fronteira para educar os pecuaristas sobre como detectar picadas e sinais de raiva em seu gado.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/10/10104528508089.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Mas nada adianta se a indústria continuar avançando para estreitar os laços entre os morcegos-vampiros, os animais à espera do abate e os humanos. Alguns governos acreditam que vão parar a disseminação da raiva usando veneno para abater os morcegos ou até mesmo vaciná-los contra a doença. A vacina pode significar que haverá mais deles, porque a raiva não diminuirá suas populações. E mesmo que não contraiam, ainda poderão transmitir outras doenças.Apesar de os morcegos-vampiros não estarem ameaçados de extinção, outras espécies estão, como os morcegos que comem mosquitos e outras pragas agrícolas, ou atuam como polinizadores e espalhadores de sementes. A vacinação de uma espécie pode significar o declínio de outra, desestabilizando o ciclo do ecossistema.“Os morcegos-vampiros têm um papel importante, quer representem um risco para a saúde humana ou não”, diz Piaggio à Wired. “Se nos livrássemos de tudo o que representa um risco para a saúde humana, não sobraria nada.”</body>

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