Imagem de Quais são as formas mais comuns de os humanos ferirem a natureza? no megacurioso

Estudo feito a partir de registros digitalizados de centros de vida selvagem mostram como os seres humanos prejudicam outros animais

<head></head><body>Em centenas de centros de reabilitação de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123179-5-maneiras-de-desfrutar-a-vida-selvagem-ao-redor-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vida selvagem</a> nos Estados Unidos, as pessoas são ensinadas sobre os animais selvagens. Através dessas plataformas, que podem ser administradas por organizações sem fins lucrativos ou universidades, geralmente podemos encontrar exposições de como algumas criaturas se tornaram acostumadas a ser alimentadas por humanos e por aí vai.O dado menos visível, no entanto, é como esses animais selvagens doentes e feridos foram internados para tratamento. Todos os anos, indivíduos trazem centenas de milhares de animais selvagens para centros de reabilitação. Contudo, muitos deles têm um vilão comum para suas histórias: nós, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127586-os-seres-humanos-sao-realmente-feitos-de-poeira-estelar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">seres humanos</a>.<h2>Participação na culpa</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/06/06014420180374.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Recentemente, pesquisadores analisaram registros digitalizados de centros de reabilitação de vida selvagem para identificar as atividades humanas que são mais prejudiciais para essas criaturas. No maior estudo desse tipo, mais de 674 mil casos foram analisados — sobretudo entre 2011 e 2019 —, de 94 centros espalhados por EUA e Canadá.Segundo os pesquisadores, os humanos são responsáveis pelas mortes e lesões de bilhões de animais todos os anos. Exemplos indiretos de nossas ações podem ser vistos com pássaros e morcegos, que voam contra edifícios, linhas de energia e turbinas eólicas com determinada frequência. Cães e gatos domésticos também costumam matar pássaros e animais de quintal.O desenvolvimento, a agricultura e a indústria alteram ou destroem os habitats dos animais selvagens, expondo-os a substâncias tóxicas como chumbo e pesticidas. Além disso, eventos climáticos extremos ligados às alterações climáticas, como inundações e incêndios florestais, podem devastar muitas espécies.<h2>Ameaças variadas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/06/06014445473396.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Usando o conjunto de dados, os investigadores montaram um padrão de casos pela América do Norte. Durante o estudo, eles identificaram as principais ameaças que afetam a vida selvagem por região e por espécies. No geral, 12% dos animais levados para centros de reabilitação foram atropelados — algo particularmente comum entre as grandes <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/75612-24-especies-de-corujas-que-vao-te-impressionar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">corujas</a>.Os morcegos marrons, por sua vez, foram a espécie mais afetada pelas colisões com janelas de edifícios, enquanto as tartarugas marinhas Ridley de Kemp são as mais ameaçadas por incidentes de pesca no Golfo do México. Substâncias tóxicas e doenças infecciosas representam apenas 3,4% dos casos, mas atingem diretamente as águas americanas e outras aves de rapina.Em termos gerais, cerca de um terço dos animais analisados foram devolvidos com sucesso à natureza. Contudo, cerca de 60% das criaturas morreram devido aos ferimentos ou doenças, ou tiveram que ser sacrificados por não conseguirem se recuperar. Porém, nem tudo é um desastre. De acordo com os pesquisadores, existem medidas que podem ser adotadas para diminuir essas ameaças.Por exemplo, os departamentos de transporte podem construir travessias rodoviárias para a vida selvagem, como pontes ou passagens subterrâneas. A proibição ou limitação de munições que contenham chumbo na pesca é outra medida importante. Por fim, as pessoas também podem fazer alterações por conta própria. Segundo os cientistas, se todos nós prestássemos um pouco mais de atenção na vida selvagem, o número de animais em centros de reabilitação poderia cair drasticamente.</body>

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Quais são as formas mais comuns de os humanos ferirem a natureza?

Imagem de 2023 deve se tornar o ano mais quente já registrado no megacurioso

Aquecimento global e El Niño fizeram com que a média da temperatura global fosse 0,13 °C acima do registrado em 2016 entre janeiro e novembro

<head></head><body>Se você achou que os últimos meses <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120916-como-aliviar-o-calor-sem-ar-condicionado-confira-5-dicas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">foram mais quentes do que o normal</a>, saiba que você não está só. O ano de 2023 está prestes a se tornar <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127223-quao-perigoso-e-o-calor-extremo-para-os-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o mais quente já registrado</a>. E, entre uma mistura de causas naturais, é consenso entre especialistas que o principal responsável pelo aumento da temperatura foi a emissão de gases do efeito estufa. Ou seja, nós mesmos.<h2>Calor acima da média</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/11/11133907784227.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Enquanto ocorria a 28ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), foi divulgado um relatório que confirmava o que muitos especialistas já estavam esperando: 2023 foi o ano mais quente já registrado na nossa história até novembro. De acordo com o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia (C3S), a temperatura média global deste ano foi 1,46 °C acima da média pré-industrial — entre 1850 e 1900.Em comparação com os 11 primeiros meses de 2016 — que é atualmente <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126715-quanto-calor-um-ser-humano-e-capaz-de-suportar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o ano mais quente registrado</a> —, a média de temperaturas de 2023 foi 0,13 °C superior. E desde junho, todos os meses deste ano registraram as temperaturas mais altas desde 1940, quando o C3S iniciou as medições.Além disso, o gelo marinho da Antártica atingiu seus níveis mais baixos desde o início dos registros. Todos esses números servem de alerta para que medidas possam ser tomadas para tentar reverter ou amenizar a situação o mais rápido possível.<h2>Aquecimento global e El Niño</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/11/11150228105276.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Diversos fatores contribuem para esse calor recorde, sendo as mudanças climáticas causadas pelos humanos o principal fator. Esse é um consenso entre a comunidade científica, que alerta para uma aceleração do aumento da temperatura nos próximos anos, caso nada seja feito.“Enquanto as concentrações de gases de efeito estufa continuarem a aumentar, não podemos esperar resultados diferentes dos vistos este ano”, disse em um comunicado o diretor do C3S, Carlo Buontempo. “A temperatura continuará subindo e também os impactos de ondas de calor e secas. Alcançar o zero líquido o mais rápido possível é uma maneira eficaz de gerenciar nossos riscos climáticos”.Gases de efeito estufa, como dióxido de carbono e metano, retêm o calor na atmosfera, fazendo com que a temperatura do planeta aumente. A queima de combustíveis fósseis, como o carvão, o petróleo e o gás natural, responde por mais de 75 por cento das emissões globais de gases de efeito estufa.Além disso, o aquecimento deste ano foi potencializado pelo El Niño. Este fenômeno natural e cíclico faz com que as águas mais quentes perto do Equador elevem as temperaturas globais do ar. E como o El Niño deve continuar pelo próximo ano, é muito provável que 2024 seja tão quente quanto 2023.</body>

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2023 deve se tornar o ano mais quente já registrado

Imagem de Besouros criam 'apocalipse de insetos' em cajueiros no Piauí no megacurioso

Enxames de besouros devastaram a produção local de frutas no nordeste brasileiro e especialistas acreditam que a praga foi causada pelas mudanças climáticas

<head></head><body>No início de outubro, uma nuvem de inúmeros besouros avermelhados desceu sobre a pequena cidade de Pio IX, no sul do estado do Piauí. Centenas de famílias locais de produtores de <a href="https://www.megacurioso.com.br/plantas-e-frutas/42610-voce-sabe-por-que-as-castanhas-de-caju-nao-podem-ser-consumidas-cruas-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">caju</a> observaram horrorizadas a chegada dos insetos, quase como se fizessem parte de uma praga bíblica.Rapidamente, esses animais pousaram nas árvores e comeram tudo que viram pela frente, desde frutas a brotos. Outras árvores frutíferas, como os umbuzeiros e as seriguelas, também não foram poupadas. Como o Piauí é o segundo maior produtor brasileiro de caju, cerca de 30% da produção local foi perdida em menos de um mês devido à praga.&nbsp;<h2>Praga surpreendente</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/12/12185639892414.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Sem conseguir contar a quantidade de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127409-makech-os-besouros-transformados-em-joias-ainda-vivos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">besouros</a> que sobrevoavam o Piauí, moradores da região estimam que milhões dos insetos avermelhados chegaram inesperadamente no local em outubro. Para capturá-los, os agricultores decidiram montar armadilhas luminosas à noite. Como essas criaturas eram atraídas pela luz de uma lâmpada, os insetos passaram a encher baldes de 60 litros, de onde eram depois retirados com pás.Com a ajuda de amostras enviadas do campo, pesquisadores da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) identificaram o inseto como Liogenys pilosipennis. A espécie foi descrita pela primeira vez em 2015 por cientistas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) com base em exemplares coletados no cerrado. Em média, essas criaturas têm 12,5 milímetros de comprimento e 6 milímetros de largura.No final de outubro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Meio-Norte, sediada em Teresina, e de órgãos de defesa agropecuária do Piauí se reuniram para elaborar um plano de combate à praga, que atacou cajueiros pela primeira vez na história.&nbsp;<h2>Causas do fenômeno</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/12/12185715617416.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Após a reunião, especialistas passaram a recomendar aos agricultores não aplicarem inseticidas nos cajueiros, uma vez que a região é também conhecida pela produção de mel orgânico. Como alternativa, as armadilhas luminosas seguem parecendo ser a metodologia mais viável e sem riscos ao meio ambiente para lidar com os besouros avermelhados.&nbsp;Segundo os pesquisadores, locais onde as armadilhas luminosas têm sido usadas estão presenciando uma redução na quantidade de besouros. Na visão dos especialistas, as nuvens de besouros podem ser uma consequência do período prolongado de chuvas na região, uma resposta às <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128284-7-doencas-que-podem-aumentar-devido-as-mudancas-climaticas.htm#:~:text=As%20mudan%C3%A7as%20clim%C3%A1ticas%20desencadeiam%20eventos,como%20rinite%2C%20asma%20e%20bronquite." rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudanças climáticas</a> que têm afetado o nosso planeta nos últimos anos.No Piauí, as chuvas fortes ocorreram por seis meses consecutivos em vez dos três meses habituais observados ao longo da história. Como consequência, as larvas, que se alimentam de matéria orgânica em decomposição, tiveram mais tempo para se desenvolver. Isso fez com que os besouros emergissem em grande quantidade, sem que os seus inimigos naturais tenham se proliferado na mesma velocidade.&nbsp;Para piorar a situação, os tatupebas (Euphractus sexcinctus), também chamados de tatu-cascudo e predadores naturais dos besouros vermelhos, são cada vez mais raros no semiárido. Sendo assim, a tendência é que o cenário só se agrave no futuro caso a humanidade não tome medidas para frear nosso impacto na Terra.&nbsp;</body>

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Besouros criam 'apocalipse de insetos' em cajueiros no Piauí

Imagem de Maior iceberg do mundo está à deriva e ameaça vida selvagem no megacurioso

Conhecido como A23a, ele ficou preso por mais de 30 anos e agora avança em direção à ilha usada por focas, pinguins e outras aves marinhas para reprodução

<head></head><body>Em 1986, uma parte gigantesca da costa da Antártida se soltou e começou a flutuar à deriva pelo oceano Antártico, até ficar encalhado no leito do Mar de Weddell. Conhecido como A23a, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118807-maior-iceberg-do-mundo-se-separa-da-antartica-e-flutua-no-atlantico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">iceberg</a> permaneceu ali por mais de 30 anos.Agora, a geleira voltou a se deslocar e especialistas afirmam que, caso o A23a seja impulsionado pela Corrente Circumpolar Antártica, ele poderá chegar à costa da Geórgia do Sul. A ilha está a pouco mais de 1.500 km da América do Sul e é usada por diversas espécies como local para reprodução. Se o iceberg realmente chegar no local, poderá colocar em risco a vida selvagem nos próximos anos.<h2>O maior iceberg do mundo</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/11/11123135518191.jpg" alt="O A23a avança pelo Oceano Antártico, rumo à Geórgia do Sul. (Fonte: COPERNICUS/ESA/SENTINEL-3)">O A23a avança pelo Oceano Antártico, rumo à Geórgia do Sul. (Fonte: COPERNICUS/ESA/SENTINEL-3)Quando o A23a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117840-iceberg-do-tamanho-da-cidade-do-rio-se-solta-na-antartica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">se soltou da costa da Antártida</a>, em meados da década de 1980, ele não gerou uma preocupação imediata. Devido ao seu tamanho, a geleira encalhou no Mar de Weddell — entre a Antártida e a América do Sul — e permaneceu por lá durante as décadas seguintes.Com quase 4 mil quilômetros quadrados e 400 metros de espessura (maior que o Empire State Building), o A23a só voltou a se deslocar pelo oceano quando derreteu o suficiente para ultrapassar o leito do mar. Isso começou a acontecer em 2020, quando pesquisadores notaram um avanço significativo da geleira.Agora, o iceberg parece ter se desprendido totalmente do leito do Mar de Weddell e avança a um ritmo de cerca de 5 km por dia. Especialistas estão monitorando o A23a, para verificar se ele seguirá o rumo de outras geleiras, que são levadas por correntes e ventos até para o Atlântico Sul. Essa rota é conhecida por especialistas como “Beco das Geleiras”.<h2>Riscos à vida selvagem</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/11/11122951642190.jpg" alt="A Geórgia do Sul é local de reprodução de focas e pinguins. (Fonte: GettyImages)">A Geórgia do Sul é local de reprodução de focas e pinguins. (Fonte: GettyImages)Conforme avança em direção ao Oceano Atlântico, o A23a levanta uma série de preocupações sobre os possíveis impactos à vida selvagem. A Geórgia do Sul, onde vários icebergs costumam colidir, é um local de reprodução para elefantes-marinhos, focas e pinguins-reis.Em 2004, um iceberg com quase o dobro do tamanho do A23a encalhou perto da ilha. Ele acabou bloqueando as rotas de alimentação de focas e pinguins, causando um impacto ecológico na região.Caso o A23a siga até o local, ele pode causar problemas semelhantes. A expectativa é que ele derreta o suficiente para se dividir em partes menores conforme avança. Esse é o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124180-o-que-acontece-quando-um-iceberg-se-descola-de-sua-geleira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">destino de todos os icebergs</a>, porém, cada um deles derrete em ritmos diferentes, o que torna imprevisível o futuro do A23a nos próximos meses.</body>

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Maior iceberg do mundo está à deriva e ameaça vida selvagem

Imagem de Toupeira-dourada desaparecida desde 1936 é redescoberta na África do Sul no megacurioso

Graças ao trabalho de pesquisadores, foi possível encontrar uma espécie de toupeira-dourada considerada extinta na África do Sul

<head></head><body>Muitos animais entraram em extinção ao longo das últimas décadas como reflexo das mudanças climáticas, somadas à perda gradual do habitat. Felizmente, algum tempo depois, parte dessas espécies é encontrada novamente na natureza e, ao mesmo tempo que gera surpresa, acaba representando uma nova oportunidade de preservação animal.Recentemente, no mês de novembro, tivemos um desfecho semelhante nesse sentido envolvendo um animalzinho bastante simpático: a toupeira-dourada de Winton. Há mais de oitenta anos que ela foi dada como desaparecida, mais especificamente, esse seria seu status desde o ano de 1936.A toupeira-dourada de Winton, cujo nome científico é Cryptochloris wintoni, vive nas areias, mergulhando no interior das dunas e utilizando sua audição bastante aguçada para se deslocar. Capaz de detectar vibrações na areia, ela não possui olhos e é conhecida por sua pelagem bastante brilhante. Até então, ela figurava como a 11ª espécie mais procurada do mundo, segundo o Re:wild.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;JP le Roux / Endangered Wildlife Trust / AFP&nbsp;" data-fonte-url="https://www.rewild.org/_next/image?url=https%3A%2F%2Fimages.ctfassets.net%2Ftftu3vbfu92u%2F3gSQXoyjnYcbngFlQrAvzA%2Fabf1a5c5e5c26ad130439ad18715b363%2Fgoldenmole_2.jpg&amp;w=1200&amp;q=75"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/07/07235207690527.png" alt="(Fonte: JP le Roux/Reprodução)">(Fonte: JP le Roux/Reprodução)<h2>Em busca da toupeira-dourada de Winton</h2>Neste caso, não se pode dizer que a constatação que a espécie segue viva foi fruto de um mero acaso, já que envolveu muito trabalho. Pesquisadores da ONG Endangered Wildlife Trust (EWT) e da Universidade de Pretória estavam procurando por evidências da sua existência em diversos locais pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124191-o-legado-da-mineracao-ainda-destroi-a-africa-do-sul.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">África do Sul</a>.Pelo menos dezoito quilômetros de dunas foram exploradas, e mais de cem amostras de solo foram consideradas no trabalho que aborda o encontro com o animal, publicado na revista&nbsp;Biodiversity and Conservation. Graças a esse esforço, a equipe encontrou tocas e rastros deixados pelas toupeiras em Port Nolloth, localizada no noroeste do país.Como pesquisadores notaram que várias espécies de toupeiras estavam presentes na região, até mesmo o famoso melhor amigo do homem, o cachorro, foi escalado para ajudar nas buscas. Uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124931-as-6-racas-de-caes-mais-faceis-de-treinar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">border collie</a> chamada Jessie, treinada para conseguir detectar o cheiro de espécies comuns de toupeira-dourada, aumentou a expectativa de encontrarem o animal procurado.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/08/08005826815539.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Reunindo diferentes evidências</h2>No final das contas, foi detectado material genético de uma toupeira-dourada de Winston, que comparada com uma amostra, ajudou a confirmar que a espécie não foi extinta. Não apenas uma, mas quatro populações da toupeira-dourada foram localizadas por meio do eDNA (DNA ambiental).Cobus Theron, que participou da busca, acredita que o uso do eDNA, que se utiliza de diversos vestígios, como pelos e secreções corporais encontrados na natureza, para auxiliar nas buscas, também pode ser aproveitado para localizar de outras espécies consideradas em extinção ou que estejam em perigo.Para Samantha Mynhardt, geneticista da Endangered Wildlife Trust “extrair <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121199-o-que-e-o-dna-e-como-ele-se-parece.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">DNA</a> do solo tem seus desafios, mas temos aprimorado nossas habilidades e refinado nossas técnicas – mesmo antes deste projeto – e estávamos bastante confiantes de que se a toupeira-dourada de Winton estivesse no ambiente, seríamos capazes de detectar descobrindo e sequenciando seu DNA”.</body>

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Toupeira-dourada desaparecida desde 1936 é redescoberta na África do Sul

Imagem de Renascimento histórico: novos kiwis nascem em Wellington após 150 anos no megacurioso

Descubra a emocionante notícia dos dois adoráveis filhotes de kiwi marrom que nasceram próximo de Wellington, Nova Zelândia, após mais de um século de ausência dessas aves na capital

<head></head><body>Recentemente, o projeto Capital Kiwi anunciou uma notícia que enche de esperança os corações dos conservacionistas e amantes da fauna: o nascimento de dois filhotes de kiwi marrom nas redondezas de Wellington, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127234-zelandia-a-historia-do-misterioso-continente-perdido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nova Zelândia</a>. Este evento notável ocorre após mais de 150 anos desde que essas adoráveis <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121366-conheca-6-aves-que-nao-conseguem-voar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aves não voadoras</a> foram avistadas na região. Um feito que reflete um grande esforço de conservacionistas para reintroduzir e proteger essas aves vulneráveis.<h2>O desaparecimento dos kiwis</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/10/10221319559007.jpg" alt="Os arminhos são predadores vorazes dos kiwis. (Fonte: Getty Images / Reprodução)">Os arminhos são predadores vorazes dos kiwis. (Fonte: Getty Images / Reprodução)Os kiwis desapareceram da região de Wellington, Nova Zelândia, devido à perda de habitat causada pelo crescimento urbano e pela introdução de predadores não-nativos como os arminhos europeus. A expansão humana resultou na transformação de áreas florestais em zonas urbanas, reduzindo o habitat natural desses pequenos animais.Além disso, a presença de mamíferos invasores aumentou a predação, especialmente sobre os filhotes de kiwi, comprometendo sua sobrevivência. A falta de conscientização e a ausência de medidas eficazes de conservação também contribuíram para o declínio das populações locais dessas aves.<h2>O resgate da espécie</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/10/10222145467009.jpg" alt="Área de reintrodução dos kiwis. (Fonte: Capital Kiwi Project / Reprodução)">Área de reintrodução dos kiwis. (Fonte: Capital Kiwi Project / Reprodução)Em 2022, o Projeto Capital Kiwi iniciou um programa de reintrodução, liberando 11 kiwis na natureza em Makara, a cerca de 11 quilômetros a oeste de Wellington. Entre fevereiro e maio de 2023, mais 52 aves foram soltas, com planos de liberar outras 200 nos próximos cinco anos. Esse esforço pretende reverter a diminuição constante das populações de kiwis, atualmente estimadas em cerca de 68 mil indivíduos.O programa de reintrodução também precisa enfrentar os arminhos europeus, predadores vorazes que ameaçam a espécie. Mais de quatro mil armadilhas foram instaladas em colaboração com proprietários de terras, visando reduzir a ameaça desses mamíferos nas áreas habitadas pelas aves.<h2>Importância histórica e ecológica do nascimento local</h2>O nascimento dos filhotes de kiwi na natureza representa uma reviravolta na história ecológica da região, marcando um retorno dessas aves icônicas após mais de um século de ausência. Além do aspecto simbólico, a presença das aves contribui para o equilíbrio do ecossistema local, desempenhando um papel vital na regulação de populações de insetos e na dispersão de sementes.O retorno dessas aves não apenas enriquece a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122741-por-que-ha-tanta-biodiversidade-nas-regioes-tropicais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">biodiversidade</a> local, mas também cria uma oportunidade única para os habitantes de Wellington se reconectarem com sua fauna nativa, promovendo uma consciência ambiental mais profunda.A reintrodução local é tanto um triunfo para os conservacionistas quanto uma celebração para a comunidade que abraçou ativamente o projeto. Outros kiwis adultos estão sendo monitorados, indicando a possibilidade de mais nascimentos em breve. Os filhotes representam uma conquista notável, mas precisam enfrentar desafios cruciais à medida que crescem, especialmente contra os arminhos. Os próximos meses serão vitais para sua sobrevivência.</body>

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Renascimento histórico: novos kiwis nascem em Wellington após 150 anos

Imagem de Canudos de papel são mesmo melhores para o meio ambiente do que canudos de plástico? no megacurioso

Segundo novos estudos, os canudos de papel também possuem impacto no meio ambiente

<head></head><body>Apesar de terem surgido no mundo como uma alternativa mais sustentável aos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107043-saiba-por-que-canudos-de-plastico-sao-um-grande-problema-para-os-oceanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">canudos de plástico</a>, os canudos de papel nunca se tornaram favoritos entre as pessoas. Afinal, quem nunca ficou irritado ao notar que um desses canudos estava se desmanchando enquanto você ainda tomava sua bebida, não é mesmo?À medida que o setor de alimentação tentou abandonar o plástico em resposta à demanda dos consumidores, no entanto, eles se tornaram produtos que aparecem por todos os lados. Mas será que eles são tão mais benéficos assim? Segundo um novo estudo feito por pesquisadores da Universidade da Antuérpia, na Bélgica, as coisas não são tão simples.<h2>Problemas dos canudos de papel</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/27/27100754349060.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Segundo o novo estudo, a grande maioria dos canudos de papel contêm mais "produtos químicos eternos" do que os canudos de plástico. O material feito de polifluoroalquil (PFAS) de longa duração pode permanecer no ambiente durante décadas, contaminar o abastecimento de água e está associado a uma série de problemas de saúde.Os investigadores também afirmam quem seus resultados sugerem que os canudos de papel — bem como os canudos de bambu, que também contêm PFAS — não são exatamente uma alternativa mais sustentável ao plástico. No Brasil, dados fornecidos pela Pesquisa Industrial Anual (PIA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que 1,2 mil tonelada de canudos plásticos foi produzida em 2020.Contudo, até o momento, ao menos oito Estados já proibiram o uso do produto e optaram por canudos de papel. Apesar do abandono total dos canudos de plástico não ser visto como uma solução definitiva para os problemas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127758-esponja-especial-pode-combater-a-poluicao-de-microparticulas-de-plastico.htm#:~:text=Contamina%C3%A7%C3%A3o%20por%20pl%C3%A1stico&amp;text=Anualmente%2C%20milh%C3%B5es%20de%20toneladas%20de,pl%C3%A1sticos%20do%20que%20em%20peixes." rel="noopener noreferrer" target="_blank">poluição</a>, pesquisadores afirmam que o movimento de mudança abriu os olhos da população para angariar apoio em causas sustentáveis.Por fim, a Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente passou a negociar um Tratado Global sobre Plásticos com 170 países em 2022, o que pode servir como um marco regulatório funcional a partir de 2024.<h2>Uso de canudos reutilizáveis</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/27/27100825749064.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Se você quer continuar usando canudos, mas sem sofrer com a terrível sensação de ter um deles desmanchando em sua boca, uma das opções mais saudáveis para o planeta e benéfica para todos é o uso de canudos reutilizáveis, como aqueles feitos de metal ou vidro. Afinal, eles são muito mais seguros e resistem ao desgaste por mais tempo do que os de plástico.Obviamente, até mesmo esses materiais têm seus problemas. Avaliações passadas mostram que um canudo de vidro é responsável por 44 vezes mais emissões de gases de efeito estufa do que um canudo de plástico. O número aumenta para 148 vezes mais entre os canudos de aço inoxidável. Os canudos de bambu são melhores, mas ainda assim produzem 27 vezes mais <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115240-ate-2025-niveis-de-co2-serao-maiores-do-que-ha-3-milhoes-de-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dióxido de carbono</a> do que o plástico.Porém, tendo em mente que estamos falando de um produto reutilizável, as centenas de reutilizações desses canudos possui um grande peso na balança e tende a equilibrar essa matemática. Sem contar que canudos reutilizáveis não costumam parar no oceano, matando a vida marinha.</body>

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Canudos de papel são mesmo melhores para o meio ambiente do que canudos de plástico?

Imagem de Como o aquecimento global está contribuindo para o abuso de drogas no megacurioso

Na Índia, famílias se afundam na toxicodependência por não conseguirem lidar com as consequências das secas e inundações extremas

<head></head><body>Segundo o relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Droga e Crimes (UNODC), cerca de 284 milhões de pessoas de 15 a 64 anos usaram drogas em 2020. Na África e na América Latina, as pessoas com menos de 35 anos representam a maioria das pessoas em tratamento por transtornos relacionados ao uso de drogas. Globalmente, o relatório estima que 11,2 milhões de pessoas estavam usando drogas injetáveis, sendo que cerca de metade desse número vivia com hepatite C; 1,4 milhão com HIV e 1,2 milhão com ambas as doenças.Além de transtornos de saúde mental e fatores genéticos, já foi provado cientificamente que o meio em que o indivíduo está inserido também é responsável por contribuir no desencadeamento da toxicodependência.O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) relatou que o uso de substâncias nocivas e as mortes por overdose aumentaram muito durante a pandemia de covid-19, devido ao isolamento social, aumento da ansiedade, depressão e pensamentos suicidas.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/29/29152638089276.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)No primeiro ano da pandemia nos Estados Unidos, o CDC diz que mais de 99 mil pessoas morreram de overdose de drogas. Isso representa um aumento de quase 30% em relação aos 77 mil que morreram nos 12 meses anteriores a 2020. Aproximadamente 75% das mortes estavam relacionadas ao abuso de opioides sintéticos, como fentanil. Também houve um aumento no uso de outras drogas mais pesadas, como heroína, metanfetaminas e cocaína.Como se isso tudo não bastasse, cientistas descobriram como o aquecimento global está aumentando o abuso de drogas, principalmente na Índia.<h2>Meio ambiente vs. vulnerabilidade emocional</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/29/29152752773277.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Publicado em setembro desse ano, um estudo da Communications Medicine mostrou que as mudanças climáticas são associadas ao aumento de visitas a hospitais devido a distúrbios de álcool e substâncias. Vinte anos de dados coletados mostraram um aumento de 24,6% nas hospitalizações relacionadas ao transtorno alcoólico e um aumento de 38,8% por outras substâncias, incluindo opioides, cocaína, maconha e sedativos.Segundo os pesquisadores, o planeta aqueceu uma média de 0,08 graus Celsius por década desde meados de 1800, embora parte significativa desse aquecimento seja de 1975 em diante. Os especialistas ainda especulam que os números apontados no estudo não refletem todo o escopo do problema, uma vez que nem todos que lutam contra o abuso de substâncias procuram ajuda médica.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/29/29152947301279.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Em “Mudanças Climáticas e Comportamentos de Uso de Substâncias: Uma Estrutura de Caminhos de Risco”, publicado em 2022 na Sage Journals, os autores do estudo determinaram que as mudanças climáticas podem aumentar a toxicodependência em todo o mundo por pelo menos cinco vias: estresse psicossocial decorrente da desestabilização dos sistemas de apoio social, ambiental, econômico e geopolítico; aumento das taxas de transtornos mentais; aumento da carga de saúde física; mudanças prejudiciais incrementais aos padrões de comportamento estabelecidos; e o excesso de preocupação com os perigos das mudanças climáticas descontroladas. Todas essas vias podem operar de forma independente para aumentar a vulnerabilidade ao uso de substâncias nocivas.“A exposição a estressores relacionados ao clima, como tempestades, inundações, incêndios e secas; pode levar a um sofrimento físico e psicológico que, muitas vezes, persiste por meses após o evento”, disse Francis Vergunsta, coautor do estudo de 2022, em entrevista à revista Wired. “Os jovens enfrentam riscos desproporcionais devido a sua alta vulnerabilidade a problemas de saúde mental e transtornos por uso de substâncias”.<h2>A Índia está definhando</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/29/29153014798280.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Ou seja, o custo do aquecimento global já não é mais apenas social e econômico, mas também emocional, e está cada vez mais alto, sobretudo em idades extremas, que são os muito jovens ou idosos. Esses e os indivíduos com problemas de ordem psiquiátrica e emocional pré-existentes são os que correm maior risco de desenvolver toxicodependência pelos traumas causados pelo deslocamento e escassez oriundos das mudanças climáticas.Segundo a Global Drug Policy Index, a Índia figura no ranking de um dos países com mais adictos do mundo, sendo que seu "vício" por crescimento econômico a qualquer custo está contribuindo para a toxicodependência de sua população. Na cidade de Gorakhpur, no estado de Uttar Pradesh, norte do país, a alta dependência de álcool entre os homens arrastou famílias para a miséria. Isso aconteceu também devido à disponibilidade do produto nas fronteiras e as consequências emocionais das condições climáticas extremas nessas regiões, onde as inundações são predominantes.Na área rural a oeste do estado de Maharashtra, o tempo começou a piorar em 2019, quando duas inundações, um calor insuportável, chuvas incessantes, tempestades de granizo e uma seca destruíram a economia dos agricultores. Mais de 36 milhões de hectares de cana-de-açúcar, cebola, arroz e outras culturas foram devastados, conforme notificou o Departamento de Agricultura de Maharashtra.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/29/29153050078283.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Os trabalhadores têm dificuldade em conseguir pelo menos 8 dias de trabalho por mês, graças aos danos nas colheitas. Sendo assim, muitos recorrem às drogas para tentar controlar a ansiedade e outras questões de ordem emocional. Alguns procuraram o tabaco de mascar, que custa US$ 0,12 o pacote, porque contém nicotina, um estimulante do sistema nervoso central. Os usuários alegam que isso melhora o humor, a concentração, alivia a raiva, tensão e o estresse.“Eles dessensibilizam a dor, a tristeza e a negatividade por um tempo”, disse à Wired a psicóloga clínica Shalmali Ranmale Kakade, de Kolhapur, referindo-se ao tabaco e outras substâncias comumente abusadas, como o álcool.Não só causa dependência, como mascar tabaco também aumenta os riscos de muitos tipos de câncer, incluindo os de boca, esôfago, estômago e bexiga.<h2>Um problema generalizado</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/29/29153131966284.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Esse fenômeno causado pelo aquecimento global de longe é algo que não se limita apenas à Índia, tampouco a países com salário predominantemente de baixo e médio rendimento. Em 2019 e 2020, a Austrália padeceu com vários incêndios florestais que queimaram 19 milhões de hectares de terras e mais de 3 mil casas, matando cerca de 56 mil animais de criação para a agricultura. Um artigo publicado no Journal of Environment Management, que avaliou a saúde mental de 746 australianos com idades entre 16 e 25 anos, encontrou maior abuso de substâncias em decorrência de ansiedade, estresse e preocupação oriundos das mudanças climáticas, mesmo entre aqueles que não foram expostos diretamente aos incêndios.O estudo ainda descobriu uma relação entre ondas de calor, declínio da saúde mental e consumo de álcool entre os chineses com 50 anos ou mais. O calor extremo na China levou a um consumo mais frequente de álcool e a uma redução drástica em comportamentos positivos, como o exercício físico.Ainda é desconhecida a extensão total do abuso de substâncias relacionadas ao clima em todo o mundo. O que preocupa os especialistas, no entanto, é que esse comportamento não muda depois que um evento climático ruim passa ou que a situação dessas pessoas melhora.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/29/29153451418286.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Marianthi-Anna Kioumourtzoglou, professora associada de ciências da saúde ambiental na Columbia Public Health, disse em um comunicado à imprensa que devem ser uma prioridade de saúde pública as intervenções à toxicodependência causada pelo clima. "A melhoria da infraestrutura social e das intervenções do sistema de saúde poderiam mitigar esses impactos", observou ela.Um relatório governamental de 2019 reconheceu que o alcance de programas nacionais para o tratamento de toxicodependência é amplamente inadequado. A Índia, por exemplo, não possui profissionais de saúde mental suficientes. Para os 883 milhões de pessoas que habitam as zonas rurais, o país tem apenas 1.224 hospitais subdistritais e 764 hospitais distritais. As estatísticas mais recentes da OMS mostram que, por milhão de pessoas, a Índia tem apenas três psiquiatras e menos de um psicólogo.Para ser tratado e prevenido, o abuso de substâncias relacionadas ao clima precisa ser melhor reconhecido.</body>

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Como o aquecimento global está contribuindo para o abuso de drogas

Imagem de Dodô, ave extinta, está mais próxima de ser "ressuscitada" por cientistas no megacurioso

Ave extinta há quase quatro séculos poderá ser reintroduzida à natureza nos próximos anos

<head></head><body>Atualmente, existem diversos esforços sendo realizados para trazer de volta algumas espécies que já foram extintas da natureza. E um dos animais que pode estar perto de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122188-5-especies-de-animais-que-ressuscitaram-da-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">“ressuscitar”</a> após alguns séculos é o dodô. Essa ave, parente dos pombos, foi completamente dizimada há quase 400 anos. Agora, uma empresa de engenharia genética espera dar <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/36425-9-animais-extintos-que-poderiam-ser-ressuscitados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma nova chance para esse simpático animal</a>.<h2>O caminho para a extinção</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/30/30130058093126.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O dodô foi uma ave relativamente grande, podendo chegar a pesar até 20 kg. No passado, eles já foram considerados um pequeno avestruz, um frango-d'água, um tipo de albatroz e uma espécie de abutre. Somente no século XIX, ele passou a ser classificado como um membro da família dos pombos.Essa ave era endêmica de Maurício, um arquipélago localizado no Oceano Índico, a leste de Madagascar. Como a ilha não era habitada por seres humanos até o início do século XVI, quando as primeiras colônias foram estabelecidas, o dodô possivelmente não via seus novos moradores como ameaças.Porém, com menos de dois séculos, toda a população de dodô já havia sido exterminada. Como aves sem habilidade de voo, que faziam seus ninhos no solo, elas se tornaram alvos fáceis para caçadores. Além disso, as ilhas de Maurício foram usadas pelos holandeses para a plantação de cana-de-açúcar, diminuindo o seu território natural. Conforme animais como cães, gatos e porcos começaram a ser introduzidos na ilha, a população de dodôs rapidamente diminuiu. A última confirmação de avistamento de um dodô vivo foi em 1662.<h2>A "de-extinção" do dodô</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/30/30130151129128.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)A atual missão de ressuscitar o dodô da extinção está sendo comandada através da parceria entre a Colossal Biosciences, uma empresa de engenharia genética e “de-extinção”, e a Mauritian Wildlife Foundation, uma organização sem fins lucrativos de conservação que trabalha em colaboração com o governo mauriciano.Atualmente, a equipe da Colossal está trabalhando com as células germinativas primordiais do pombo-de-nicobar, o parente vivo mais próximo do dodô, para construir um genoma de referência. Isso é feito porque é praticamente impossível encontrar material genético intacto depois de tanto tempo.Para que o genoma do dodô pudesse ser sequenciado, a primeira coisa foi obter o genoma de referência — nesse caso, o do pombo-de-nicobar —, e, então, comparar com o que é encontrado na espécie extinta, que estará todo fragmentado e contaminado. Assim, é possível ter uma espécie de “molde” para juntar as partes intactas de diferentes sequências do DNA antigo.Além disso, a Colossal também está trabalhando para desenvolver galinhas geneticamente modificadas para atuarem como substitutas para os dodôs. Ao mesmo tempo, a Mauritian Wildlife Foundation vem tentando restaurar os habitats nativos do dodô na ilha de Maurício. Afinal, não faz sentido reviver a espécie se ela não tiver um lar adequado.Caso se mostre eficiente, o projeto que busca trazer os dodôs de volta à vida <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127764-5-animais-que-estao-vencendo-a-luta-contra-a-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">poderá ser replicado em outras espécies</a>, para que elas não encontrem o mesmo destino trágico. É o caso do pombo-rosa, uma espécie vulnerável e que também é endêmica de Maurício. Sua população é estimada em apenas 500 aves em todo o território de Maurício, e a população sofre com uma séria falta de diversidade genética. Usando amostras históricas das aves e técnicas de edição genética, a Colossal visa reinjetar na população em declínio a diversidade genética perdida, aumentando as chances da espécie continuar existindo.</body>

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Dodô, ave extinta, está mais próxima de ser 'ressuscitada' por cientistas

Imagem de Filhote de rinoceronte criticamente ameaçado nasce na Indonésia no megacurioso

Ainda sem nome, o pequeno rinoceronte-de-sumatra faz parte de espécie que possui menos de 50 animais restantes no mundo

<head></head><body>No dia 25 de novembro, um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112824-ultimo-rinoceronte-de-sumatra-da-malasia-morre-de-cancer.htm#:~:text=Detalhes%20sobre%20os%20rinocerontes%2Dde%2Dsumatra&amp;text=Essa%20esp%C3%A9cie%20%C3%A9%20a%20menor,Instagram%2C%20Facebook%20e%20no%20Twitter%3F" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rinoceronte-de-sumatra</a> macho saudável nasceu em um santuário no oeste da Indonésia. O acontecimento tem sido considerado uma excelente notícia para os pesquisadores, uma vez que a espécie está criticamente ameaçada de extinção. Segundo dados do World Wildlife Fund (WWF) e da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), restam menos de 50 rinocerontes-de-sumatra no mundo.&nbsp;A mamãe de 7 anos, chamada Delilah, deu à luz o filhote de 25 kg no Santuário de Rinocerontes-de-Sumatra do Parque Nacional Way Kambas (SRS TNWK), na própria ilha de Sumatra. De acordo com os funcionários do local, o nascimento ocorreu cerca de 10 dias antes da data prevista para a vinda do bebê. O pai do pequenino rinoceronte chama-se Harapan, que nasceu no Zoológico e Jardim Botânico de Cincinnati, nos Estados Unidos, antes de ser transferido para Sumatra.&nbsp;<h2>Preocupações com a espécie</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/28/28192212956399.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Segundo os pesquisadores envolvidos no parto, existia um grande medo pelo fato de Delilah ter tido um filho pela primeira vez em sua vida. “Você nunca sabe se uma mãe de primeira viagem saberá o que fazer, mas Delilah trouxe aquele bezerro ao mundo e começou a amamentá-lo sem barulho ou alarde. É um evento incrível que dá esperança ao futuro desta espécie criticamente ameaçada”, disse a diretora-executiva da International Rhino Foundation, Nina Fascione, num comunicado de imprensa.Os rinocerontes-de-sumatra são os menores de todas as espécies de rinocerontes, pesando entre 450 e 545 kg e medindo cerca de 1,5 metro de altura. Esses animais possuem dois chifres, que vão do cinza-escuro ao preto, geralmente muito lisos e que formam um cone fino curvado para trás. Contudo, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119188-medo-de-caca-altera-habitos-de-macacos-e-os-afasta-de-alimentos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">caça furtiva</a>, o comércio ilegal de chifres de rinocerontes e as alterações climáticas levaram estes mamíferos à beira da extinção.&nbsp;Segundo a Lista Vermelha da IUCN, eles estão atualmente <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127764-5-animais-que-estao-vencendo-a-luta-contra-a-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extintos</a> em Bangladesh, Butão, Brunei, Camboja, Índia, Laos, Malásia, Tailândia e Vietnã — lugares por onde já circularam no passado. Estudos não sabem dizer ao certo se eles continuam presentes em Mianmar.&nbsp;<h2>Sucesso no parto</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Ministério do Meio Ambiente e Florestas da Indonésia&nbsp;" data-fonte-url="https://www.popsci.com/uploads/2023/11/27/rare-rhin-born-laying-down.jpg?auto=webp&amp;optimize=high&amp;width=800"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/28/28192251414400.jpg" alt="(Fonte: Ministério do Meio Ambiente e Florestas da Indonésia)">(Fonte: Ministério do Meio Ambiente e Florestas da Indonésia)De acordo com os cientistas, partos bem-sucedidos como este são raros entre a espécie. Em 2012, por exemplo, um rinoceronte macho chamado Andatu, nascido em Way Kambas, tornou-se o primeiro rinoceronte-de-sumatra nascido num santuário indonésio em mais de 120 anos.&nbsp;Há dois anos, existia apenas um casal de rinocerontes-de-sumatra em cativeiro no mundo capaz de produzir descendentes com sucesso, disse Fascione. Agora, no entanto, já são três pares disponíveis que são criadores comprovados. Isso aumenta as chances de sobrevivência da espécie a longo prazo consideravelmente.&nbsp;Conforme o Ministro Indonésio do Meio Ambiente e Florestas, Siti Nurbaya Bakar, o bezerro recém-nascido é o quinto filhote resultante de um programa de reprodução semisselvagem no parque. A nova adição eleva o rebanho de rinocerontes em Way Kambas para 10 animais. Como próxima etapa, veterinários da Yayasan Badak Indonésia e a equipe de cuidados de animais continuarão monitorando de perto Delilah e seu novo filhote enquanto eles se relacionam.&nbsp;</body>

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