Imagem de Tsunamis podem surgir na Antártida devido a mudanças climáticas no megacurioso

Segundo estudo, deslizamentos subaquáticos na Antártida tem potencial para provocar tsunamis que podem atingir a América do Sul, Oceania e sudeste asiático

<head></head><body>Um novo estudo que busca avaliar os possíveis impactos das mudanças climáticas foi publicado no último dia 18, no periódico Nature Communications. Conduzido por uma equipe de pesquisadores internacionais, o documento aponta uma perspectiva bastante preocupante para o continente antártico – e que pode afetar outras regiões do planeta.Para chegar a esse resultado, estudiosos se dedicaram a perfurar a superfície abaixo do mar na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118566-antartica-ou-antartida-qual-o-nome-correto-do-continente-gelado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Antártida</a>, e avaliar as diferentes camadas de sedimentos encontradas nas amostras. Esse procedimento possibilitou entender melhor como determinados fenômenos ocorridos no continente teriam se originado em dois períodos, ocorridos 3 e 15 milhões de anos atrás.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/25/25191541131401.jpg" alt="Pesquisadores avaliaram amostras de sedimentos localizadas cerca de 100 metros no fundo do mar. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Pesquisadores avaliaram amostras de sedimentos localizadas cerca de 100 metros no fundo do mar. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Estudo alerta sobre riscos de novos deslizamentos de terra submarinos na Antártida</h2>Por meio de uma análise multidisciplinar, foi possível identificar que os padrões de variações glaciais e de redução da camada de gelo estariam relacionados ao acúmulo de sedimentos formados por materiais fossilizados. Por constituírem camadas mais frágeis, regiões com esse padrão seriam mais suscetíveis a ação de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117072-praia-de-sao-vicente-foi-atingida-por-um-maremoto-em-1541.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">terremotos</a> no continente antártico.Historicamente, a desintegração desses sedimentos, quando provocada por abalos sísmicos, gerou tsunamis que atingiram regiões da América do Sul, Oceania e sudeste asiático. Ainda segundo o estudo, isso teria ocorrido nos dois períodos estudados.Em ambos, a temperatura se apresentava 3 °C acima da média atual e o nível do mar também estava num patamar mais elevado, como resultado do derretimento do gelo. Com isso, existe a possibilidade que esses eventos voltem a se repetir se essa antiga dinâmica se tornar presente, destacou Jenny Gales, da Universidade de Plymouth, em comunicado oficial.Ou seja, à medida que as mudanças climáticas provocam o aumento do nível do mar, aumenta também o risco de formação de tsunamis violentos, como desdobramento de eventuais terremotos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/25/25191619811402.jpg" alt="Segundo estudo, deslizamentos de porções de terras subaquáticas provocariam novos tsunamis. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Segundo estudo, deslizamentos de porções de terras subaquáticas provocariam novos tsunamis. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Mudanças climáticas podem afetar a estabilidade da Antártida</h2>O estudo ainda alerta que, com a redução das camadas de gelo, haveria um alívio na pressão exercida sobre as placas tectônicas – o que pode reduzir a estabilidade do continente antártico.Vale lembrar que, em 13 de fevereiro deste ano, a Antártida apresentou o menor nível de gelo já registrado, com índice de 1,91 milhão de quilômetros quadrados. Esse valor é inferior ao apresentado em 25 de fevereiro de 2022, de 1,92 milhão de quilômetros quadrados.Incidentes provocados por deslizamentos submarinos, por sua vez, também ocorreram em períodos mais recentes: como desdobramento do terremoto de Grand Banks, no Canadá, um deles deu origem a um tsunami violento em 1929. Na ocasião, as ondas atingiram os 13 metros de altura, deixando vítimas fatais e danificando <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123784-como-os-cabos-submarinos-funcionam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cabos submarinos</a>.Por apresentar uma perspectiva inserida num contexto de mudança climática, o estudo se mostra importante para auxiliar na previsão de fenômenos, além de permitir uma melhor compreensão de como se dariam as dinâmicas num continente que não é povoado.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:55.229Z

Tsunamis podem surgir na Antártida devido a mudanças climáticas

Imagem de Existem microplásticos em nosso cérebro — e agora? no megacurioso

A presença deles no nosso organismo pode trazer consequências graves

<head></head><body>Em 2004, um estudo italiano publicado na revista científica Polymers descobriu quantidades significativas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123280-microplasticos-sao-descobertos-no-leite-materno-pela-primeira-vez.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">microplástico no leite materno</a> de 26 das 34 mães saudáveis que foram estudadas uma semana após terem dado à luz. As amostras de leite estavam contaminadas por polipropileno, PVC e polietileno, que são extremamente nocivos à saúde.Os pesquisadores apontaram que a presença dessa quantidade de plástico se dá pelo consumo de bebidas e alimentos comercializados em embalagens plásticas, bem como a ingestão de frutos-do-mar contaminados. Uma vez que os microplásticos se tornaram onipresentes no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125239-franceses-e-americanos-ja-debateram-projeto-para-inundar-o-saara.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">meio ambiente</a>, ficou praticamente impossível evitar a exposição do ser humano a eles, e recentemente isso têm aumentado.Além de terem sido detectados no sangue e no leite de vaca, microplásticos foram encontrados no cérebro humano.<h2>O fator desconhecido</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/25/25215359436001.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Um estudo publicado em 19 de abril de 2023 no MDPI, realizado por um time de pesquisa da Universidade de Viena, na Áustria, também detectou microplásticos no cérebro de ratos apenas duas horas após ingerirem água potável contendo o material. Ou seja, as minúsculas partículas conseguiram saltar a barreira hematoencefálica em apenas duas horas após a ingestão. Uma vez lá, o plástico pode aumentar o risco de inflamação, distúrbios neurológicos ou mesmo de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer ou Parkinson. Isso muda muito o que conhecemos sobre de onde vêm essas doenças.Além disso, Lukas Kenner, um dos pesquisadores, acredita que a contaminação microplástica em nossos cérebros pode causar efeitos de saúde a curto prazo, como comprometimento cognitivo, neurotoxicidade e níveis alterados de neurotransmissores, que contribuem para mudanças comportamentais. Outros potenciais problemas de saúde associados às partículas no nosso corpo são doenças autoimunes, problemas reprodutivos e certos tipos de câncer.A equipe de pesquisa usou modelos de computador para rastrear a dispersão dos plásticos durante o estudo no corpo dos camundongos, que foram infectados pelas partículas com menos de 0,001 milímetro por meio de um mecanismo de transporte biológico até então desconhecido. Geralmente, esses plásticos são absorvidos pelas moléculas de colesterol na superfície da membrana cerebral e, ao serem guardados em seus pequenos pacotes lipídicos, só então atravessam a barreira hematoencefálica – que protege o cérebro de toxinas e outras substâncias nocivas.<h2>Ritmos diferentes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/25/25215527499003.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Essa, no entanto, não é a primeira vez que os humanos acabam consumindo plástico de maneira diferente. Ano passado, um estudo na China relatou que os humanos estão inalando nanoplásticos que podem afetar o cérebro. Uma vez aspiradas, essas partículas levam ao exercício reduzido de certas enzimas cerebrais que também funcionam mal no cérebro de pacientes com doença de Parkinson e Alzheimer.Tudo isso mostra que os plásticos não só dominaram o meio ambiente como também cada canto de nossos corpos, do cérebro à placenta. Ainda é incerto em quais circunstâncias os plásticos afetam essas diferentes partes do nosso corpo, apesar de muitos produtos químicos encontrados em vários tipos de plásticos sejam conhecidos como cancerígenos e responsáveis por serem desreguladores hormonais, podendo ser associados até à obesidade e deficiências neurológicas em fetos.O Observatório Global de Saúde Planetária do Boston College foi o primeiro a analisar os riscos à saúde que o plástico causa em todo seu ciclo de vida, descobrindo que os padrões atuais de produção, uso e descarte de plástico não são sustentáveis, além de responsáveis por danos significativos à saúde humana.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/25/25215713098004.jpg" alt="(Fonte:GettyImages/Reprodução)">(Fonte:GettyImages/Reprodução)Muito embora isso seja sabido, piora o cenário descobrir que a produção de plástico acelera a cada ano. A organização Plastic Ocean aponta que os humanos produzem mais de 380 milhões de toneladas de plástico por ano, sendo que 50% disso é para fins de uso único, e isso permanece no planeta por centenas de anos.Atualmente, mais de 100 países proibiram total ou parcialmente sacolas plásticas descartáveis, que se enquadram na categoria "plástico de consumo único".&nbsp;É bom saber que 75% das pessoas em todo mundo apoiam que o plástico causa complicações na saúde humana e que precisa ser reduzido imediatamente, mas a regulamentação global de plásticos continua muito fora de sintonia com a opinião pública e, sobretudo, a comunidade científica.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:55.158Z

Existem microplásticos em nosso cérebro — e agora?

Imagem de 6 motivos pelos quais não podemos viver sem abelhas no megacurioso

Entenda qual a importância desses insetos para o nosso planeta e como suas existências interferem no mundo que conhecemos hoje

<head></head><body>Sobretudo para quem sofre com alergias, lidar com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121986-9-curiosidades-bizarras-sobre-o-coco-das-abelhas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">abelhas</a> pode ser um verdadeiro sofrimento — sem contar o constante terror psicológico causado pelo medo de ser picado. No entanto, por mais incômodo que esses animais possam soar para nós, seres humanos, sua existência em nosso planeta é algo comprovadamente fundamental.As abelhas não apenas são animais incríveis pela forma formidável como vivem em sociedade, mas elas também são importantes e benéficas para a humanidade e para o meio ambiente. Quer saber mais sobre como elas contribuem para o mundo que conhecemos atualmente? Veja só essa lista com seis motivos do porquê não podemos viver sem elas!<h2>1. Polinização</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/23/23004623516033.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Um dos grandes motivos para as abelhas serem tão benéficas para a Terra é por conta dos serviços que elas prestam de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124939-unica-perereca-polinizadora-do-mundo-e-brasileira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">polinização</a>, ajudando a fornecer alimentos na forma de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118415-10-frutas-e-legumes-em-cores-que-voce-nem-imaginava.htm#:~:text=Chamado%20de%20kumato%20no%20seu,Instagram%2C%20Facebook%20e%20no%20Twitter%3F" rel="noopener noreferrer" target="_blank">frutas</a>, bagas, nozes e até mesmo sementes. Inclusive, muitos alimentos que fazem parte da nossa dieta não existiriam mais sem toda essa função exercida pelas abelhas e outros polinizadores.Além disso, existem estudos que mostram uma ligação direta entre a polinização e a saúde humana, uma vez que as abelhas não apenas polinizam culturas alimentares, mas também melhoram o valor nutricional das culturas polinizadas.<h2>2. Cadeia alimentar</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/23/23004700719036.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Os seres humanos não são os únicos beneficiados pela polinização feita pelas abelhas. Outros animais, sobretudo os pássaros, também consomem alimentos "tratados" por esses insetos. Em alguns casos, até mesmo animais domesticados podem acabar se aproveitando dessa polinização.Portanto, as abelhas desempenham um papel vital em toda a cadeia alimentar na natureza — sem contar que ainda fazem parte da dieta de alguns predadores espalhados por aí.<h2>3. Importância econômica</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/23/23004711738038.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Os humanos até tentaram quantificar a contribuição das abelhas para a indústria de cultivo de alimentos no passado. No entanto, obter esse tipo de dado é bastante difícil. Em 2009, o valor das culturas diretamente dependentes da polinização por insetos foi estimada em US$ 15,2 bilhões, sendo a maior parte desse valor atribuído às abelhas.Em conjunto com a polinização, a indústria da apicultura fornece renda para diversos trabalhadores e suas famílias por meio da venda de bens e serviços. Logo, saber exatamente o quanto as abelhas ajudam na subsistência de seres humanos ao redor do mundo é basicamente impossível, mas relevante.<h2>4. Salvando vidas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/23/23004730991043.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Um fato interessante sobre as abelhas — e aqui também incluímos vespas — é que apenas sua existência é o suficiente para salvar a vida de diversos animais selvagens na África, uma vez que afasta os seres humanos e contribui para a diminuição da caça predatória.Além disso, estudos mostram que esses insetos podem ser treinados para farejar minas terrestres e explosivos, ajudando na detecção de bombas em regiões tragicamente afetadas por esse tipo de ameaça.<h2>5. Relevância científica</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/23/23004752602045.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)As abelhas, atualmente, inspiram projetos científicos e de engenharia no mundo todo, como o uso de hexágonos para construções. Estudos feitos sobre as abelhas produtoras de mel já foram responsáveis por gerar uma enorme quantidade de pesquisas científicas e tudo indica que os avanços não devem parar por aí.Entre todos os seres vivos existentes no mundo, as abelhas provavelmente são as mais estudadas depois dos próprios seres humanos.<h2>6. Parte da biodiversidade</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/23/23004804440047.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Para finalizar a lista, as abelhas são importantes para o mundo por um motivo extremamente simples: porque elas são uma espécie com direito à existência e que fazem parte da biodiversidade da Terra. Logo, assim como qualquer outro animal que conhecemos, elas merecem viver e ter seu espaço na natureza.No fim das contas, todas as criaturas no planeta desempenham funções importantes na teia da vida de uma maneira muito específica, e preservá-las é o nosso dever.&nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:55.145Z

6 motivos pelos quais não podemos viver sem abelhas

Imagem de "Maria-fedida": 4 fatos curiosos sobre os percevejos-fedorentos no megacurioso

Descubra mais sobre a vida desses estranhos insetos capazes de deixar o cheiro de um quarto insuportável em segundos

<head></head><body>Ao todo, existem mais de 5 mil espécies de percevejos espalhados pelo mundo, que nada mais são do que insetos em formato de escudo que pertencem à família Pentatomidae. No entanto, nem um deles se iguala ao percevejo-fedorento, popularmente chamado também de maria-fedida, um animal capaz de provocar grandes estragos.&nbsp;No passado, o jornal The New Yorker chegou a descrevê-los como "o percevejo mais destrutivo, mais irritante e possivelmente o mais feio de todos", servindo como uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119351-o-que-sao-especies-invasoras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">espécie invasora</a> na natureza. Quer saber mais sobre esses animais? Veja só a lista com cinco fatos curiosos a respeito deles que nós separamos para você!<h2>1. Fedor inexplicável</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/19/19185157042356.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O cheiro emitido pelos percevejos-fedorentos já foi comparado a muitos odores, como meias velhas ou até mesmo coentro. Porém, existe uma explicação para isso. Os dois produtos químicos responsáveis pelo spray fedorento dessas criaturas são o trans-2-octenal e o trans-2-decenal. Este último é o que dá cheiro ao coentro.Segundo pesquisadores, tal fedor pode servir para algo além de afugentar predadores. Um estudo de 2016 mostra que o fedor dos percevejos inibe o crescimento de bactérias e exerce papel multifuncional na sobrevivência da espécie.<h2>2. Invasão domiciliar</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/19/19185211540358.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)No inverno, os percevejos-fedorentos procuram sempre um lugar quente para se abrigar e entrar num estado de hibernação que dura até a primavera. Ao ar livre, as opções mais comuns de abrigo costumam ser árvores mortas. No entanto, é bastante comum que eles encontrem caminho livre para a casa das pessoas através de janelas e portas abertas.Estudos indicam que os percevejos podem rastejar por qualquer fenda maior que 7 milímetros. Depois que um percevejo encontra um local quente de que gosta, ele libera feromônios de agregação — o que serve para reuni-los em quantias surpreendentes.<h2>3. Difícil eliminação</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/19/19185225278360.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Os percevejos-fedorentos rapidamente se tornam uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121385-os-6-insetos-praga-mais-destruidores.htm#:~:text=Percevejo%20marrom&amp;text=Poucos%20insetos%20s%C3%A3o%20t%C3%A3o%20devastadores,em%20gr%C3%A3os%20de%20baixa%20qualidade." rel="noopener noreferrer" target="_blank">praga</a> no dia a dia das pessoas e eliminá-los não é uma tarefa fácil. Algumas abordagens sugeridas são jogar água com sabão, colocar armadilhas para moscar ou fita dupla face nas entradas da casa. Aspiradores de pó também são uma opção, mas pode espalhar odor por tudo.Estudos feitos pela Universidade de Virginia Tech sugerem que o método mais eficaz de remoção desses <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120282-os-7-insetos-mais-surpreendentemente-irados-do-reino-animal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">insetos</a> é forrar uma assadeira com papel alumínio, enchê-la com água e sabão e colocá-la em uma sala escura com luz acima para atrair os insetos.<h2>4. Natureza inofensiva</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/19/19185244743361.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Percevejos-fedorentos podem ser insetos muito incômodos, mas em geral são inofensivos. Eles não picam ou mordem — sendo seu principal sistema de defesa o cheiro insuportável. Porém, algumas pessoas acabam tendo reações alérgicas a esse tipo de animal, incluindo rinite, conjuntivite ou dermatite.Os insetos podem até não ser tóxicos para sua saúde e certamente não machucarão animais de estimação, mas o convívio diário com seu odor não é nada agradável. Portanto, é melhor não cogitar mantê-los em casa, não é mesmo?</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:54.714Z

'Maria-fedida': 4 fatos curiosos sobre os percevejos-fedorentos

Imagem de 5 espécies de leões já extintas do planeta no megacurioso

Seja por motivo de caça ou alguma outra razão, essas espécies de leões não caminham mais sobre as regiões do nosso planeta

<head></head><body>Conforme os anos vão passando, infelizmente algumas espécies de animais acabam extintas da Terra. Neste grupo, podemos colocar alguns tipos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124898-jagleao-o-animal-hibrido-entre-leao-e-onca-pintada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">leões</a> que foram sumindo em períodos diferentes da história.Seja por questões de caça da parte dos humanos ou algum outro motivo, veja a seguir alguma lista mostrando espécies de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123294-leoes-de-tsavo-o-misterio-dos-animais-devoradores-de-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">leões</a> que já não existem mais.<ul><li>Veja também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115542-10-curiosidades-sobre-os-leoes-os-felinos-reis-da-floresta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">10 curiosidades sobre os leões, os felinos reis das florestas</a></li></ul><h2>1. Leão-do-atlas</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;UOL&nbsp;" data-fonte-url="https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/2014/08/31/31ago2014---possivel-leao-do-atlas-em-cativeiro-em-zoologico-de-liubliana-na-eslovenia-em-foto-de-2011-1409484273270_615x470.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/19/19002514346015.jpg" alt="(Fonte: UOL/Reprodução)">(Fonte: UOL/Reprodução)O leão-da-atlas é uma espécie que vivia no norte da África, no Egito e no Marrocos e sumiu da natureza durante o século XX.Dentre as principais características dessa espécie estavam a imensa juba preta que cobria boa parte do corpo. Por muito tempo, essa foi considerada uma das maiores subespécies de leão.Segundo alguns registros históricos, os maiores leões desse grupo chegavam a pesar algo em torno de 270 e 300 quilos, e o maior do grupo aparentemente atingiu 2,80 metros de comprimento total, sendo 75 centímetros destinados apenas à cauda.<h2>2. Leão-do-cabo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/19/19002429328014.jpg" alt="(Fonte: Toda Matéria/Reprodução)">(Fonte: Toda Matéria/Reprodução)Diferentemente do leão-do-atlas, o leão-do-cabo foi considerando extinto há um tempo maior, sendo que os últimos representantes da espécie vagaram por áreas da África do Sul por volta de 1865.Os relatos históricos apontam que a caça a esses felinos começou ainda durante o século XVII com a chegada de colonizadores europeus na África do Sul. Essa prática tinha como respaldo a proteção de propriedades e rebanhos locais, mas acabou tomando proporções descontroladas que culminaram com o sumiço do leão-do-cabo.<h2>3. Leão-das-cavernas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/19/19002556437016.jpg" alt="(Fonte: Atlas Virtual/Reprodução)">(Fonte: Atlas Virtual/Reprodução)Essa é uma espécie de leão pré-histórico, que acabou sumindo do nosso planeta aproximadamente 12 mil anos atrás&nbsp;— mesmo período em que animais como os mamutes também deixavam que vagar por essas terras.Os locais utilizados como habitat indicam que ele era originário de regiões frias, já que habitou a Iacútia (na Rússia), o Alasca (nos Estados Unidos) e o Yukon (no Canadá), e dentre as suas características estava o fato de ser aproximadamente 10% maior que um leão moderno, ter orelhas arredondadas e listras que o aproximavam de um tigre.<h2>4. Leão europeu</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/19/19002709440017.jpg" alt="(Fonte: Atlas Virtual/Reprodução)">(Fonte: Atlas Virtual/Reprodução)Essa espécie de leão aparentemente deixou de vagar pela Europa (de onde era originário) na transição do século I para o século II, sendo que os últimos representantes foram aparentemente mortos na Grécia, na Itália e no norte da Espanha.Um dado sobre essa espécie de leão é que ela era muito utilizada em eventos de arena na Roma Antiga, sendo inclusive pintada em algumas artes que remontam parte do que acontecia nesses locais.<h2>5. Leão americano</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/19/19002846156018.jpg" alt="(Fonte: Atlas Virtual/Reprodução)">(Fonte: Atlas Virtual/Reprodução)O leão americano é mais uma espécie pré-histórica de leão que passou pela Terra há cerca de 10 mil anos, sendo possivelmente um dos maiores leões que já existiu em nosso planeta.Relatos indicam que essa espécie era 35% maior que os leões atuais, além de pesar entre 300 e 400 quilos, ter 1,3 metro de altura e aproximadamente 3,5 metros de comprimento já contando com a cauda.Alguns estudos revelam que ele havia aparentemente migrado da região atual dos Estados Unidos para o México e até o Peru (onde foram encontramos fósseis mais recentes) pouco antes de sua extinção.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:54.562Z

5 espécies de leões já extintas do planeta

Imagem de Franceses e americanos já debateram projeto para inundar o Saara no megacurioso

Nos últimos dois séculos, o debate sobre inundar o Saara já incluiu até o uso de bombas atômicas para baratear as obras

<head></head><body>O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107604-o-deserto-do-saara-visto-do-espaco-parece-uma-obra-de-arte-confira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">deserto do Saara</a> é provavelmente o deserto mais famoso do mundo. Local de grande beleza e de vida selvagem muito resiliente, o deserto sempre impôs um grande desafio ao desenvolvimento da atividade humana na região. Não por acaso, ao longo dos últimos dois séculos, muitos estudiosos sugeriram algo surpreendente: inundar o Saara e transformá-lo em um mar dentro do continente africano.Um projeto audacioso como esse sempre chamou a atenção de engenheiros importantes, mas, devido aos custos, ele nunca atraiu quem o bancasse. Agora, com as mudanças climáticas, a ideia de transformar o deserto em mar virou assunto entre empresas de tecnologia.<h2>O Saara já foi mar</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/22/22170431687284.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesO que conhecemos como Saara já foi o lar de muitas espécies aquáticas. Há 100 milhões de anos, o deserto era coberto por um mar de três mil quilômetros quadrados, cuja profundidade média era de 50 metros.Em entrevista ao The Guardian, a pesquisadora Maureen O’Leary descreveu como era a paisagem da região nessa época: "As nossas novas reconstruções paleontológicas mostram uma rica e verde floresta. O antigo ecossistema do Mali tinha ainda inúmeros predadores e algumas das maiores espécies aquáticas do mundo". E a água era, claro, quente.Contudo, a ação das placas tectônicas há mais ou menos sete milhões de anos teria sido a responsável por encerrar o fluxo de água que alimentava esse mar, transformando a região em um deserto.<h2>Ideia de transformar Saara em mar é antiga</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/22/22170645588286.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesNo século XIX, o engenheiro britânico Donald Mackenzie foi um dos primeiros a encampar essa ideia. Ele acreditava ser possível usar canais para levar água do Oceano Atlântico e do Mar Mediterrâneo para dentro do continente, inundando as partes que estão abaixo do nível do mar.Dessa forma, seria possível criar um mar interno com mais de 155 mil km². Devido aos altos custos, o governo francês rejeitou o projeto.No século seguinte o tema voltou a ser debatido, sob o argumento que essa inundação do deserto aumentaria as áreas habitáveis no Norte do continente africano, além de contribuir para a agricultura. Mas, novamente, os custos se mostraram um empecilho.Na sequência, os EUA viram nesse projeto a possibilidade de usar bombas atômicas fora dos cenários de guerra — que era um objetivo da chamada <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120745-2-ideias-absurdas-que-governos-tiveram-para-usar-bombas-atomicas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">“Operação Plowshare”</a>.Como o Egito havia nacionalizado o Canal de Suez, os americanos desejavam a criação de um novo canal. Logo, os grandes gastos que desmotivaram os franceses do desejo de alagar o Saara poderiam ser minimizados usando as bombas.O problema é que essa ideia resultaria em um grande desastre ambiental, contaminando as águas dos lençóis freáticos com sal e radioatividade — além de desalojar milhares de pessoas.<h2>Inundar o deserto ainda é um tema debatido</h2>Hoje, o debate sobre transformar parte do Saara em um mar chama a atenção pela sua capacidade de gerar eletricidade para alguns países, como o Egito. Além disso, a criação de espécies de algas poderia ser usada para combater a emissão de gases que contribuem para o aquecimento do planeta.Todavia, os riscos são altos. Devido à alta temperatura, a evaporação da água seria rápida, o que poderia tornar a área alagada em um grande depósito de sal. A empresa de tecnologia Y Combinator demonstrou interesse no projeto, mas admitiu que os riscos de fracasso são altos.Sendo assim, pode ser mais fácil <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121155-muralha-verde-africana-pretende-evitar-avanco-do-saara.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">transformar o Saara em floresta</a> do que em mar.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:54.548Z

Franceses e americanos já debateram projeto para inundar o Saara

Imagem de Por que a Europa está secando? no megacurioso

O que está acontecendo no continente é um alerta vermelho a um ponto sem retorno que a humanidade pode chegar

<head></head><body>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/113186-aridos-e-omitidos-os-campos-de-concentracao-da-seca-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">seca</a> sempre foi um problema. Não é para menos que é considerada uma das catástrofes naturais mais destrutivas em termos de perda de vida, causando a destruição de safras em larga escala, incêndios florestais e estresse hídrico.O fenômeno ocorre quando uma área tem escassez de abastecimento de água devido à falta de chuvas, de águas superficiais ou subterrâneas, podendo durar semanas, meses ou anos. Essa é a odisseia do Nordeste brasileiro, por exemplo, cujas raízes de destruição remontam à época da colonização. Em 1877, a seca matou cerca de 500 mil pessoas, o equivalente a 5% da população da época, em dois anos de estiagem agressiva.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/18/18210641460023.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Em 1915, o Brasil voltou a testemunhar seca extrema, e em 1930, os Estados Unidos padeceram com o <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/113057-dust-bowl-a-tempestade-interminavel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Dust Bowl</a>. Para muitos, essa primeira metade do século XX é considerada o início da seca como problema pelo mundo, que tem se agravado devido à degradação da terra e as <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122626-o-que-acontece-se-for-acionada-a-declaracao-de-emergencia-climatica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudanças climáticas</a>, aumentando em frequência e gravidade.&nbsp;É possível que até 2040, a seca possa afetar cerca de três quartos da população mundial, o que significa que a produção agrícola terá que aumentar em 60% para atendar à demanda global de alimentos em 2050. Ou seja, cerca de 71% da área irrigada do mundo e 47% das principais cidades sofrerão pelo menos escassez periódica de água, conforme observou a Convenção das Nações Unidas para Combater a Desertificação (UNCCD).<h2>Tudo é pó</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/18/18210720823024.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Pelo visto, o que está acontecendo na França é apenas o início. O país viveu o inverno mais seco desde 1959. A severidade da seca fez algumas autoridades proibirem novos projetos de construção de casas pelos próximos quatro anos para poupar a drenagem dos recursos hídricos que esses projetos causariam.Esse problema está se espalhando por várias partes da Europa, como Reino Unido, Suíça, Irlanda, Alemanha e algumas regiões da Itália. A temperatura, que atingiu níveis recordes no ano passado durante o verão, impediu que vários aquíferos e reservatórios de superfície tivessem chance de se recuperar. Agora essa escassez ameaça de maneira ainda mais extrema a vida de milhares de pessoas, bem como a indústria e a biodiversidade em grande escala.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/18/18210753390025.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Segundo o Observatório Europeu da Seca, que rastreia indicadores de estiagem em todo o continente, o que diferencia essa seca das demais é que vastas regiões estão muito mais secas do que deveriam considerando o fluxo do fenômeno.Os reservatórios na França e no norte da Itália estão cerca de 40% a 50% abaixo do nível que deveriam, sendo que o rio mais longo da Itália, o Pó, está 60% abaixo de seus níveis normais. O glaciologista Daniel Farinotti, que examina o derretimento das geleiras nos Alpes Suíços, observou que há cerca de metade da neve habitual nos Alpes nesta época do ano. E se as geleiras continuarem a derreter nesse ritmo, não haverá mais gelo até o final do século, acarretando consequências fatais.<h2>"Um mar de água"</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/18/18210825601026.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Os próximos meses são cruciais para a Europa. Chuvas podem aliviar a situação e evitar a pior catástrofe natural do século, mas, para isso, é preciso de muito. “Estamos falando de um mar de água”, disse Hannah Cloke, da Universidade de Reading, no Reino Unido. Ou seja, em termos de volume, centenas de milhões de litros de chuva precisam cair no continente para cobrir o déficit deixado pela seca extrema.No entanto, as chances disso acontecer não são muito altas. O Met Office, agência meteorológica do Reino Unido, estima que há 10% de chance de março, abril e maio mais úmidos do que a média. Por outro lado, há 30% de chance que esse período seja mais seco do que o normal.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/18/18210915539027.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Além disso, chover não é o suficiente. A chuva precisa cair nos lugares certos e de maneira certa, caso contrário, existe a chance de que haja enchentes sérias e um novo período de seca. “O que queremos é ver chuvas regulares e razoavelmente suaves nos próximos meses”, disse Cloke.Embora haja uma incerteza quanto às ondas de calor ao longo do verão desse ano, as previsões europeias não sugerem que as temperaturas serão tão quentes quanto em 2022. Isso é essencial para evitar o cenário apocalíptico ainda mais iminente com as proibições e restrições que as autoridades estão fazendo ao longo de todo o continente para conseguir contornar a situação calamitosa.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:54.138Z

Por que a Europa está secando?

Imagem de Aquecimento global: limite de 1,5 °C pode ser ultrapassado até 2027 no megacurioso

Segundo a Organização Meteorológica Mundial, ainda é possível reverter o aquecimento global com medidas como cortes drásticos de emissões

<head></head><body>O Acordo de Paris de 2015 coloca um limite para o aquecimento global: 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais. Segundo um estudo publicado agora em maio pela Organização Meteorológica Mundial, há uma grande chance desse limite ser ultrapassado até 2027 — 66% para ser exato.O limite de 1,5 °C acima da média da temperatura é calculado com base no clima de meados do século XIX — quando o uso de combustíveis fósseis cresceu em grande escala, levando junto a temperatura média do planeta. Em 2016, nós quase passamos deste limite, no ano mais quente da história recente da Terra. Mas 2027 pode ser ainda mais quente, ultrapassando a barreira dos 1,5 °C acima da média.Esse limite importa porque, de acordo com especialistas em clima, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/aquecimento-global/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudanças climáticas</a> terão impactos muito maiores se a Terra ficar 1,5 °C mais quente que os níveis pré-industriais. Catástrofes meteorológicas — como ondas de calor, tempestades intensas e incêndios — se tornariam muito mais comuns.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/17/17171704326299.jpg" alt="Catástrofes como queimadas podem se tornar comuns, com o aquecimento global (Fonte: GettyImages)">Catástrofes como queimadas podem se tornar comuns, com o aquecimento global (Fonte: GettyImages)É por isso que representantes de diversos países assinaram o Acordo de Paris, em 2015: com esforços coordenados de controle de emissões e preservação, a temperatura poderia ficar no limite, evitando essas consequências catastróficas. Desde 2020, a Organização Meteorológica Mundial publica relatórios anuais, apontando as chances do limite ser ultrapassado dentro dos próximos cinco anos, de acordo com os sinais observados no planeta.&nbsp;No primeiro ano do relatório, a chance era de 20%, mas ela aumentou para 50% em 2022 e agora chegou aos 66% que mencionamos no início. Então, há mais chances desse aumento acontecer do que de não acontecer.&nbsp;<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119107-o-que-realmente-significa-ter-50-de-chance-de-chuva.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que realmente significa ter chance de "50% de chuva"? </a></li></ul><h2>O que esses dados querem dizer, na prática?</h2>É importante salientar que essa estimativa de 1,5 °C até 2027 não é resultado de uma medição direta da temperatura — então, é claro, você ainda pode sentir frio mesmo com o aquecimento global. O cálculo é feito com base no quanto o planeta esquentou ou esfriou, em comparação com as médias calculadas no período entre 1850 e 1900. Os tais níveis pré-industriais.&nbsp;Além disso, não quer dizer que as catástrofes vão explodir em 2027 porque a barreira de 1,5 °C foi ultrapassada. Para que o Acordo de Paris seja descumprido totalmente, a temperatura deve ficar acima desse limite por alguns anos — uma década ou duas. Aí sim, a média realmente iria subir e os resultados catastróficos seriam inevitáveis.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/17/17173401806303.jpg" alt="A emissão de gases é um dos principais causadores do aquecimento global (Fonte: GettyImages)">A emissão de gases é um dos principais causadores do aquecimento global (Fonte: GettyImages)Também devemos levar em conta que essa projeção já calcula os impactos do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125097-el-nino-2023-onu-alerta-sobre-possivel-formacao-nos-proximos-meses.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fenômeno El Niño</a>, caracterizado pelo aumento das temperaturas das águas do oceano Pacífico. Ele deve dar as caras ainda em 2023.Mas essas explicações não diminuem a importância do anúncio: afinal, ultrapassar o limite uma vez é o primeiro passo para aumentar a temperatura média de forma irreversível. Então, esses estudos são mais um alerta para que a humanidade diminua suas emissões de gases do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121264-aquecimento-global-e-efeito-estufa-qual-e-a-diferenca-entre-eles.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">efeito estufa</a> antes que seja tarde demais.&nbsp;Também é importante notar que o aquecimento será mais sentido em algumas regiões do planeta que em outras, com efeitos que podem ser devastadores. No Ártico, esse aumento de temperatura será três vezes maior que a média global nos próximos cinco invernos.O relatório também diz que haverá menos chuvas em regiões como Indonésia, América Central e Amazônia — o que pode gerar uma onda incontrolável de incêndios nesses lugares. Já o norte da Europa, Alasca e Sibéria podem ter chuvas em excesso.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:53.775Z

Aquecimento global: limite de 1,5 °C pode ser ultrapassado até 2027

Imagem de Morre última fêmea de tartaruga-de-casco-mole-gigante-do-yangtze no megacurioso

Após tentativa malsucedida de preservar a tartaruga-de-casco-mole-gigante-do-yangtze, última fêmea da espécie foi encontrada morta

Uma tartaruga-de-casco-mole-gigante-do-yangtze (Rafetus swinhoei) f&ecirc;mea&nbsp;foi encontrada morta no final do m&ecirc;s de abril na cidade de Han&oacute;i, no Vietnam. A causa da morte ainda &eacute; desconhecida. Em entrevista &agrave; revista Time, o diretor do Asian Turtle Program for Indo-Myanmar Conservation, Tim McCormack, disse que esse epis&oacute;dio foi um golpe e pode representar a extin&ccedil;&atilde;o da esp&eacute;cie. Isso porque, neste momento, existem apenas outros dois esp&eacute;cimes machos vivos.
Considerada a maior esp&eacute;cie que habita em &aacute;guas doces, a tamb&eacute;m chamada tartaruga-hoan-kiem ou tartaruga-mole-de-swinhoe, &eacute; nativa da regi&atilde;o leste da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118396-6-coisas-sobre-a-china-que-voce-talvez-nao-saiba.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">China</a> e norte do Vietn&atilde;. R&eacute;ptil da fam&iacute;lia Trionychidae e bastante rara, ela &eacute; capaz de alcan&ccedil;ar 1,5 metro de comprimento, 70 cent&iacute;metros de largura e pesar at&eacute; 200 quilos.
A expectativa daqueles que acompanhavam a f&ecirc;mea era que ela acasalasse com o macho que foi colocado no lago em que ela estava. Deixados num ambiente com condi&ccedil;&otilde;es mais favor&aacute;veis, a chance de que fosse gerada uma ninhada de ovos aumentaria, afastando o risco iminente de extin&ccedil;&atilde;o.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/09/09113827095119.jpg" alt="Dentre as tartarugas-de-casco-mole-gigante-do-yangtze, os machos podem apresentar as maiores dimens&otilde;es. (Fonte: Wikimedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Dentre as tartarugas-de-casco-mole-gigante-do-yangtze, os machos podem apresentar as maiores dimens&otilde;es. (Fonte: Wikimedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>Atividade humana levou esp&eacute;cie &agrave; extin&ccedil;&atilde;o</h2>
Mas &eacute; importante lembrar que para que a situa&ccedil;&atilde;o chegasse a esse ponto, a esp&eacute;cie foi atacada de forma direta: v&iacute;timas da ca&ccedil;a, tanto para consumo da carne quanto para uso medicinal, a tartaruga-de-casco-mole-gigante-do-yangtze entrou em decl&iacute;nio nas regi&otilde;es em que se apresentava em maior n&uacute;mero.
A polui&ccedil;&atilde;o das &aacute;guas e as obras destinadas &agrave;s constru&ccedil;&otilde;es de barragens na &Aacute;sia tamb&eacute;m s&atilde;o apontadas como causas para que estes animais fossem afetados. Assim, desde os anos 1980, sua presen&ccedil;a deixou de ser percebida, gerando alarme.
Al&eacute;m disso, em 2019, uma situa&ccedil;&atilde;o semelhante envolvendo outra <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117274-especie-de-tartaruga-quase-extinta-ganha-esperancas-com-a-aparicao-de-femea.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tartaruga</a>-gigante da mesma esp&eacute;cie ocorreu. Numa tentativa de preservar os animais, foi realizada insemina&ccedil;&atilde;o artificial em uma hoan-kiem-gigante que estava no zool&oacute;gico de Suzhou, na China.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/09/09114032860120.jpg" alt="Assim como percebido em outras esp&eacute;cies, a hoan-kiem pode viver por longos per&iacute;odos, superando os 100 anos. (Fonte: Wikimedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Assim como percebido em outras esp&eacute;cies, a hoan-kiem pode viver por longos per&iacute;odos, superando os 100 anos. (Fonte: Wikimedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Contrariando as expectativas, essa tartaruga, que j&aacute; tinha completado seus 90 anos, morreu antes que esse esfor&ccedil;o fosse bem-sucedido. Apesar do estado de sa&uacute;de da f&ecirc;mea ter sido considerado dentro dos padr&otilde;es normais, a tartaruga gigante morreu logo ap&oacute;s o procedimento.
E ent&atilde;o houve uma surpresa enquanto a pandemia de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122036-por-que-algumas-pessoas-nunca-pegaram-covid.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a> seguia se alastrando: ap&oacute;s passar d&eacute;cadas sem ser percebida, pesquisadores localizaram uma nova tartaruga-de-casco-mole-gigante-do-yangtze em outubro de 2020, no Vietn&atilde; &mdash; que seria a mesma que faleceu no final de abril deste ano.
Ou seja, apesar de haver a chance de alguma f&ecirc;mea da esp&eacute;cie hoan-kiem estar viva sem ter sido detectada at&eacute; o momento, n&atilde;o h&aacute; nenhuma evid&ecirc;ncia que possa alimentar esse tipo de esperan&ccedil;a.

thumb-image-2024-02-29T14:06:53.083Z

Morre última fêmea de tartaruga-de-casco-mole-gigante-do-yangtze

Imagem de El Niño 2023: ONU alerta sobre possível formação nos próximos meses no megacurioso

Segundo as Nações Unidas, El Niño poderá provocar novos recordes de temperatura no mundo

<head></head><body>Um novo comunicado emitido pela Organização das Nações Unidas (ONU) alerta para a alta probabilidade que o El Niño inicie ainda em 2023. Segundo a ONU, há uma chance de 60% que ele se forme até o final de julho e 80% de probabilidade que o El Niño se apresente até o mês de setembro.Caracterizado pelo aquecimento da superfície das águas do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123347-por-que-os-avioes-procuram-nao-sobrevoar-o-oceano-pacifico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pacífico</a>, esse fenômeno climático gera temor por provocar o aumento das temperaturas globais de forma mais pronunciada. Além da elevação da média de chuvas em certas porções do planeta e de seca em outras áreas, o El Niño pode desencadear eventos que colocam em risco a vida da população e afetam a safra de alimentos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/08/08004604883008.jpg" alt="ONU alerta para maior tendência de eventos climáticos extremos a partir da formação do El Niño. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">ONU alerta para maior tendência de eventos climáticos extremos a partir da formação do El Niño. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Desdobramentos podem ser observados em diversos países</h2>Uma vez que o El Niño passe a agir, a tendência é que regiões situadas no sul da América do Sul, sul dos Estados Unidos, porção leste da África e a Ásia Central apresentem uma maior concentração de chuvas. Por outro lado, Austrália, Indonésia e o sul da Ásia costumam sofrer com secas severas durante a atuação deste padrão climático, destaca a ONU.Em se tratando do aumento das temperaturas globais nos últimos anos, ainda que o El Niño seja responsável por acentuar esse efeito, mesmo durante a presença da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120669-la-nina-o-que-e-e-porque-nos-afeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">La Niña</a> (que atua freando a elevação da temperatura), o aumento das médias globais tem sido percebido.Historicamente, o ano seguinte à formação do El Niño é conhecido por apresentar os cenários mais alarmantes. Na prática, isso representa tanto um maior risco de que eventos extremos ocorram quanto a possibilidade que em 2024 novos recordes de temperatura sejam alcançados.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/08/08112145535064.jpg" alt="Formação de El Niño costeiro provocou chuvas torrenciais no Equador e no Peru. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Formação de El Niño costeiro provocou chuvas torrenciais no Equador e no Peru. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Entendendo o fenômeno e os efeitos percebidos já em 2023</h2>Em geral, o El Niño se apresenta num período que varia entre dois e sete anos, podendo perdurar entre nove e doze meses. Neste ano, após a La Niña perder força e ser sucedida por uma fase considerada neutra, novas análises climáticas geraram o alerta do aquecimento das águas na porção do Pacífico.Essa anomalia foi percebida na região costeira do Equador e Peru, no chamado Super El Niño costeiro, que ainda não configura a mudança do padrão climático.&nbsp;Assim, ao longo do mês de março, ele teria sido o responsável pela ocorrência de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124982-olha-a-chuva-onde-os-passaros-vao-durante-uma-tempestade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">chuvas</a>&nbsp;torrenciais e deslizamentos que provocaram mortes.Conforme aponta a MetSul Meteorologia, essa formação costeira tem ocorrido num padrão em que ela antecede o surgimento do El Niño na sua forma mais intensa. Ainda se tratando de uma atuação localizada, ela fez com que a água do Oceano Pacífico alcançasse os 29 °C em determinados pontos, o que seria pelo menos 7 °C acima do normal para o período.</body>

Meio ambiente

Novidades