Imagem de Por que as florestas na Europa estão escurecendo? no megacurioso

Dados das últimas duas décadas mostram relação entre mudanças climáticas e redução do verde nas florestas

<head></head><body>No verão de 2018, quem se aventurasse pelas florestas da Suíça ou da Alemanha iria se deparar com um visual típico de outono. As árvores apresentavam folhas marrons, que quase dominavam a paisagem. O típico verde dos abetos e faias estava diluído em um cenário que não condizia com a época do ano.E isso não é um fenômeno que atinge apenas a Europa Central. Na região do Mediterrâneo, o escurecimento das florestas já ocorreram várias vezes desde 2003. E, mais uma vez, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121264-aquecimento-global-e-efeito-estufa-qual-e-a-diferenca-entre-eles.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aquecimento global</a> pode ser apontado como um dos responsáveis.<h2>Florestas menos verdes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/11/11233850641015.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Mauro Hermann, aluno de doutorado em dinâmica atmosférica no Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, liderou um estudo que coletou dados da coloração das florestas europeias dos últimos 21 anos. Foram utilizados dados de satélite de alta resolução para identificar eventos de redução do verde — um sinal de vitalidade reduzida e estresse nas florestas e também é usado como um indicador de morte florestal.Além de verificar que esse fenômeno acontece com mais frequência em diferentes regiões do continente, o estudo também detectou uma correlação entre aumento da temperatura e escurecimento das florestas.Em 2022, por exemplo, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124780-as-6-ondas-de-calor-mais-mortais-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Europa enfrentou um verão com temperaturas extremamente elevadas</a> e um escurecimento de 37% das regiões de florestas temperadas e mediterrâneas. "Muito mais do que qualquer outro evento nas últimas duas décadas", explicou Hermann.<h2>Uma relação complexa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/11/11234047651016.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)O objetivo do trabalho de Hermann era compreender como o clima afeta as florestas em uma grande área durante várias estações. Embora os dados reforcem o impacto de estações quentes, “a conexão entre florestas e clima é muito mais complexa do que pode parecer à primeira vista”, explicou Heini Wernli, professor de física atmosférica e orientador de Hermann.Ao analisar os dados de duas décadas, a equipe percebeu que um verão atípico pode não influenciar na coloração das folhas das árvores de maneira imediata. Hermann explica que isso se deve ao “efeito legado”, quando variações de temperatura e umidade ao longo de meses e anos causam uma consequência tardia.“Uma descoberta particular do estudo é que os sinais climáticos identificados apontam para as consequências da seca dos anos anteriores e, portanto, sustentam o efeito do legado”, observou Hermann. Isso também significa que um único verão quente e seco geralmente não leva à redução do verde da floresta.Em 2003, por exemplo, boa parte da Europa enfrentou um verão muito quente e seco. Porém, como os anos anteriores e seguintes não tiveram uma variação significativa, quase não se verificou uma variação de grande escala na cor das florestas. Mas como desde 2018 o continente vem sofrendo com secas em grande escala e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112965-decada-de-2010-terminara-como-a-mais-quente-ja-registrada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">altas temperaturas</a>, é possível notar uma aumento significativo no escurecimento.</body>

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Por que as florestas na Europa estão escurecendo?

Imagem de Orca Lolita vai voltar para o mar após 50 anos em cativeiro no megacurioso

Capturada ainda filhote, em 1970, Lolita viveu por cinco décadas em aquário, sendo quatro delas sozinha — mas agora seu tormento chegou ao fim

<head></head><body>Há algumas semanas, publicamos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124659-conheca-as-3-orcas-que-viveram-por-mais-tempo-em-cativeiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um artigo listando quais orcas estão há mais tempo em cativeiro</a> no mundo. Lolita, que está presa há 52 anos, é o segundo lugar dessa triste lista. Ou melhor, era: a orca será finalmente liberta e poderá voltar ao habitat natural.É importante observar que, como Lolita passou muito tempo em cativeiro, não sabe caçar seu próprio alimento ou conviver com outras orcas livres. Por isso, ela não pode simplesmente ser solta no mar, pois isso seria praticamente uma sentença de morte. Então, o plano é que a orca vá para uma espécie de "cercadinho marinho", onde terá mais espaço para nadar e conseguirá manter algum contato com outros animais — mas continuará sob supervisão de especialistas.Assim, ela poderá ter uma velhice mais calma e confortável. Até porque as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121764-baleias-assassinas-7-fatos-instigantes-sobre-as-orcas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">orcas</a> fêmeas em habitat natural podem passar facilmente dos 60 anos, chegando até os 80 ou 90, em alguns casos. Em contrapartida, orcas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119249-tubarao-branco-por-que-e-impossivel-te-los-em-cativeiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">em cativeiro</a> raramente passam dos 30. Lolita tem 56 anos.Ainda não foram divulgados detalhes sobre o novo lar de Lolita, mas muito provavelmente será melhor que a piscina de 26 por 11 metros onde ela vivia, no Miami Seaquarium. Uma orca como Lolita tem, pelo menos, 6 metros de comprimento.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/06/06031311068016.jpg" alt="Lolita em apresentação no Miami Seaquarium (Fonte: Wikimedia Commons)">Lolita em apresentação no Miami Seaquarium (Fonte: Wikimedia Commons)<h2>Mais de 40 anos de solidão, até a aposentadoria</h2>Para termos ideia de como a situação de um animal tão grande em um aquário tão pequeno é ruim, Lolita viveu com um macho chamado Hugo nos anos 1970. A ideia era que eles tivessem filhotes, mas nunca deu certo. Hugo morreu em 1980, de aneurisma, depois de tanto bater sua cabeça nas paredes do aquário. Lolita ficou sozinha desde então.&nbsp;Mas a verdade é que a vida dessa orca foi bastante complicada desde o início. Sua captura foi um dos episódios mais cruéis da relação entre humanos e orcas, diga-se de passagem.&nbsp;Isso porque, naquela época, os grupos de captores firmavam parcerias com os pescadores da região, no Pacífico Norte, para que estes levassem os filhotes de orcas até suas redes. Em uma ação, em agosto de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121206-4-curiosidades-sobre-como-era-viajar-de-aviao-na-decada-de-1970.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">1970</a>, uma população quase inteira de orcas ficou presa nas redes — cerca de 90 animais. Ativistas dos animais tentaram intervir, mas alguns animais continuaram presos. Alguns morreram afogados, já que eles são mamíferos que precisam respirar na superfície.Dos animais que foram capturados, Lolita foi a que viveu por mais tempo, se apresentando em shows no Miami Seaquarium por mais de cinco décadas. As coisas mudaram quando o parque foi vendido à The Dolphin Company, do empresário Eduardo Albor. Ele foi visitar o Seaquarium com sua filha, que pediu a ele para melhorar as condições de Lolita.&nbsp;Essa era uma demanda dos ativistas de animais e de ONGs, como a Friends (Amigos) de Lolita — mas foi o pedido da filha do novo dono que permitiu que ele se realizasse. Em 2022, a orca foi aposentada dos shows e agora ela será finalmente liberta. A operação de transporte será custeada por Jim Irsay, empresário dono do time Indianapolis Colts, do futebol americano.</body>

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Orca Lolita vai voltar para o mar após 50 anos em cativeiro

Imagem de Mudanças climáticas aumentam “divórcio” entre albatrozes no megacurioso

Mudanças climáticas alteram os padrões reprodutivos dos albatrozes, colocando em risco esse grupo de aves

As mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas aumentaram as taxas de &ldquo;div&oacute;rcio&rdquo; entre os casais de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122835-como-o-albatroz-consegue-sobreviver-ao-frio-polar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">albatrozes</a>, de acordo com estudo publicado na The Royal Society. As aves s&atilde;o conhecidas por serem monog&acirc;micas, com um parceiro sexual durante a vida toda, mas o aquecimento global aumenta o &iacute;ndice de fracasso reprodutivo, causando as separa&ccedil;&otilde;es.
&ldquo;Os albatrozes t&ecirc;m grande longevidade, maturidade sexual tardia e baixa taxa de reprodu&ccedil;&atilde;o&rdquo;, explica Caio Marques, &nbsp;gerente de pesquisa cient&iacute;fica do Projeto Albatroz, patrocinado pela Petrobr&aacute;s. As esp&eacute;cies menores come&ccedil;am a se reproduzir a partir dos cinco anos, com a postura de apenas um ovo por ano, enquanto as esp&eacute;cies maiores come&ccedil;am aos 10 anos, com um ovo a cada dois anos.
<ul>
<li style="font-weight: bold;">Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/120975-os-5-animais-mais-velhos-do-mundo-que-ainda-estao-vivos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Os 5 animais mais velhos do mundo que ainda est&atilde;o vivos</a></li>
</ul>
Com o aumento da temperatura dos oceanos, as f&ecirc;meas t&ecirc;m mais dificuldade para eclodir os ovos. Segundo a pesquisa, quando isso acontece por cinco vezes, existe uma maior probabilidade de separa&ccedil;&atilde;o entre os casais de aves. Nas Ilhas Malvinas, a taxa de div&oacute;rcio, que era menor que 1%, subiu para 8% recentemente.
<h2>Ninhos amea&ccedil;ados</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/29/29142908980257.jpg" alt="Os albatrozes fazem ninhos em at&oacute;is e pr&oacute;ximos a costa, locais altamente vulner&aacute;veis &agrave;s mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas. (Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Os albatrozes fazem ninhos em at&oacute;is e pr&oacute;ximos a costa, locais altamente vulner&aacute;veis &agrave;s mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas. (Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O processo reprodutivo dos albatrozes acontece em ilhas remotas, com pouca ou nenhuma presen&ccedil;a humana, mas n&atilde;o est&atilde;o imunes &agrave;s <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124354-quais-animais-tem-mais-chance-de-sobreviver-as-mudancas-climaticas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas</a>. Os locais de reprodu&ccedil;&atilde;o s&atilde;o amea&ccedil;ados pela eleva&ccedil;&atilde;o do n&iacute;vel do mar. Al&eacute;m disso, assim como os continentes, est&atilde;o sofrendo com uma maior intensidade e frequ&ecirc;ncia de tempestades.
Esses eventos colocam em riscos os ninhos dos albatrozes. Uma ilha usada pelas aves j&aacute; desapareceu por conta das inunda&ccedil;&otilde;es e fortes ondas. Mesmo quando n&atilde;o h&aacute; o desaparecimento do local, as fortes chuvas provocam alagamentos que inviabilizam os locais de reprodu&ccedil;&atilde;o e provocam a destrui&ccedil;&atilde;o de ovos e perda de filhotes.
Duas esp&eacute;cies de albatrozes que fazem ninhos em recifes no arquip&eacute;lago do Hawaii est&atilde;o quase amea&ccedil;adas de extin&ccedil;&atilde;o. O albatroz-de-p&eacute;s-negros (Phoebastria nigripes) e o albatroz-de-laysan (Phoebastria immutabilis) entraram na Lista Vermelha da Uni&atilde;o Internacional para a Conserva&ccedil;&atilde;o da Natureza (IUCN).
<h2>Dificuldade de alimenta&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/29/29143027490259.jpg" alt="Os albatrozes se alimentam de peixes e crust&aacute;ceos que ficam pr&oacute;ximos &agrave; superf&iacute;cie do mar. (Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Os albatrozes se alimentam de peixes e crust&aacute;ceos que ficam pr&oacute;ximos &agrave; superf&iacute;cie do mar. (Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Al&eacute;m de dificuldades reprodutivas, os albatrozes enfrentam mais problemas para encontrar alimentos. O aquecimento do oceano diminui a disponibiliza&ccedil;&atilde;o de peixes, obrigando as aves viajarem dist&acirc;ncias maiores para conseguir se alimentar. Isso aumenta o estresse dos animais, impactando na viabilidade da reprodu&ccedil;&atilde;o.
A presen&ccedil;a de lixo no oceano, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123770-ilha-no-atlantico-sul-e-repleta-de-lixo-do-mundo-todo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ilhas de pl&aacute;stico</a>, tamb&eacute;m tornam mais dif&iacute;ceis para que os albatrozes se alimentem. As aves podem pensar que os peda&ccedil;os de pl&aacute;sticos s&atilde;o presas e os engolir acidentalmente. Uma vez ingerido, o pl&aacute;stico se acumula no sistema digestivo e pode causar obstru&ccedil;&otilde;es, levando a uma morte lenta e dolorosa.
Os albatrozes s&atilde;o v&iacute;timas, ainda, da pesca acidental. Isso acontece porque as aves marinhas s&atilde;o atra&iacute;das pelas iscas usadas pelos pescadores, principalmente aquelas que s&atilde;o lan&ccedil;adas ao mar durante a pesca de atuns e peixes-espada. As aves ficam presas na linha de pesca e podem se afogar ou se ferir gravemente.

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Mudanças climáticas aumentam “divórcio” entre albatrozes

Imagem de 6 incríveis animais que podem ser considerados 'fazendeiros' no megacurioso

Muito antes dos humanos dominarem as técnicas de cultivo, algumas espécies de animais as aprimoraram ao máximo 

<head></head><body>Ao longo da história, os seres humanos conseguiram "dominar" o meio ambiente e foram capazes de utilizar fauna e flora em seu benefício. Porém, essa tática de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124395-5-tecnicas-de-sobrevivencia-que-voce-deveria-conhecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sobrevivência</a> não se limita às criaturas pensantes, e inúmeras espécies do reino animal aplicam táticas de cultivo, <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123106-qual-e-o-papel-do-agronegocio-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">agricultura</a> e proteção ambiental, ativando propriedades surpreendentes para garantir o alimento mais apropriado para suas respectivas dietas.Pensando nisso, preparamos uma lista com alguns desses animais com capacidades de fazendeiros. Veja como eles se aproveitam das mais diversas relações para permitir que seus alimentos prosperem e se transformem em materiais ricos em nutrientes:<h2>1. Formigas-pastoras</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/05/05225507703017.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)As formigas-pastoras cuidam de colônias de <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais-sinistros/28661-bizarro-pulgoes-podem-se-alimentar-de-luz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pulgões</a> para obter uma solução rica em açúcar, produzida devido à seiva da planta que alimenta os pequenos insetos. Para colher seu alimento, as formigas acariciam os lados de um dos pulgões e estimulam a liberação das gotas açucaradas. Porém, isso não ocorre a partir de uma única via: elas defendem os pulgões sob as folhas e marcam território, tranquilizando seus protegidos por meio de substâncias químicas apropriadas.&nbsp;<h2>2. Cupins</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/05/05225248632016.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)Um dos "fazendeiros" mais antigos do mundo, os cupins têm uma tendência natural de cultivar fungos, aplicando técnicas que aprenderam há quase 25 milhões de anos, segundo <a href="https://www.megacurioso.com.br/dinossauros-e-fosseis/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fósseis</a> documentados. Para isso, eles depositam porções mastigadas de material vegetal em um local apropriado e contribuem com o surgimento de esporos capazes de gerar grandes cogumelos. À medida que os fungos crescem, eles decompõem a celulose e a transformam em um composto nutritivo e digerível. Com isso, os cupins podem sobreviver mesmo sob condições extremas.<h2>3. Besouros-de-ambrósia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/05/05225140680015.jpeg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)Com milhares de espécies espalhadas pelo mundo, os besouros-de-ambrósia perfuram a madeira das árvores para criar túneis. Dentro desses estruturas, eles criam suas larvas e armazenam uma colheita de fungos. Até a fase adulta, os insetos comem exclusivamente os fungos, mas quando passam desse estágio da vida, eles ativam o órgão especial mycangia para carregar os alimentos e sustentá-los a fim de promover o crescimento.<h2>4. Lota-do-rio</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/05/05225044306014.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)Agricultores ímpares dos mares, as lotas-do-rio mantêm uma lavoura e são capazes de domesticar camarões para fertilizar suas terras. Como sua alimentação é bastante restrita, esses peixes estabelecem territórios onde algas indesejadas são eliminadas, permitindo que a cultura selecionada pelos animais floresça. Enquanto isso, eles garantem a segurança de pequenos camarões contra predadores, que se espalham pelas fazendas para depositar seus resíduos e favorecer uma maior qualidade alimentar.<h2>5. Cassiopeia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/05/05224901122013.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)Conhecida pelo hábito de ficar de cabeça para baixo, a água-viva cassiopeia cultiva algas que crescem no interior de seu corpo. Ao expôr sua parte inferior aos raios solares, elas impulsionam o processo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/74123-conheca-as-adoraveis-ovelhas-do-mar-que-fazem-fotossintese-galeria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fotossíntese</a> e garantem nutrientes para suas fontes de alimento. Estima-se que até 70% das dietas desses animais venham das águas, enquanto a outra parte consiste em alimentos capturados pelos oceanos, como zooplâncton.<h2>6. Esquilos-de-bolso</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/05/05224656122011.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)Os esquilos-de-bolso cultivam raízes em seus túneis para suprir até 60% de sua dieta, chegando a consumir muita energia durante o processo de escavação. Apesar deles não plantarem seus alimentos, eles cultivam, cortam e fertilizam cuidadosamente, como forma de garantir o crescimento e a propagação da fonte. Vale lembrar que os túneis também são dotados de nutrientes via solo e contribuem com a permanência nas raízes em suas adjacências.</body>

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6 incríveis animais que podem ser considerados 'fazendeiros'

Imagem de Os problemas destrutivos e mortais da perfuração por petróleo no megacurioso

Derramamento de óleo e poluição não são nem a ponta do iceberg

<head></head><body>A data 27 de agosto de 1859 marca o início da era moderna na <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118155-exxon-valdez-um-dos-maiores-derramamentos-de-petroleo-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">perfuração por petróleo</a>, quando o primeiro poço foi cavado por Edwin Drake, na Pensilvânia, por meio da empresa American Merrimac Company.De lá para cá, o petróleo dominou todos os aspectos da vida moderna, sendo fonte de combustível para transporte, matéria para muitos produtos químicos e usado para fabricar itens cruciais, como válvulas cardíacas e lentes de contato.Atualmente, o produto representa cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB), enquadrando-se como uma das commodities mais importantes do mundo, com seus derivados de petróleo podendo ser encontrados em tudo, desde equipamentos de proteção individual até roupas. Os lucros combinados de algumas maiores empresas petrolíferas do mundo totalizaram, só em 2022, quase US$ 200 bilhões.Mas quais são&nbsp;os problemas que a perfuração de petróleo acarreta?<h2>Impacto profundo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/29/29160238669336.jpg" alt="(Fonte: CNN/Reprodução)">(Fonte: CNN/Reprodução)Como em tudo que impacta a economia, o debate sobre os problemas na exploração de petróleo se divide entre os<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124550-os-5-desastres-ambientais-mais-terriveis-causados-pelo-homem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;efeitos ambientais</a> contra a criação de empregos e a indústria. No início de 2023, o futuro incerto no que diz respeito aos impactos do controverso Projeto Wilow, a movimentação da ConocoPhillips para construir e operar plataformas de perfuração no Alasca, tornou o tópico ainda mais espinhento; despertando medos sobre o quão longe a indústria está indo e como isso pode afetar ainda mais o meio ambiente.O problema da exploração por petróleo está bem mais fundo do que os clássicos<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124201-como-as-fezes-humanas-estao-sendo-usadas-para-construir-casas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;derramamentos de óleo</a> e falhas catastróficas em plataformas de perfuração que estampam capas de jornais no mundo inteiro. Se na superfície a imagem já fica ruim, em águas profundas, onde câmera nenhuma chega, a poluição e perturbação ecológica são ainda piores – e começam muito antes de uma plataforma ser instalada.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/29/29160401347338.jpg" alt="(Fonte: Environment/Reprodução)">(Fonte: Environment/Reprodução)Quando equipes de pesquisa enviam seus equipamentos para mapear a região, o processo bombardeia o ecossistema com luz e som não naturais que podem ser detectados a milhares de quilômetros de distância. O ruído prejudica a vida marinha, interrompendo completamente a capacidade de comunicação, podendo até causar danos físicos, em alguns casos.A instalação das plataformas corrompe para sempre o fundo do mar com sua pressão, infligindo danos irreparáveis a ecossistemas frágeis, como recifes de corais. Além disso, o lixo líquido dessas estruturas, uma mistura de água e óleo, começa a fluir e continua a vazar para o oceano durante toda a operação da plataforma.<h2>A perturbação sem fim</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/29/29160804625340.jpeg" alt="(Fonte: Amazon Frontlines/Reprodução)">(Fonte: Amazon Frontlines/Reprodução)A saúde humana também se deteriora com a perfuração ativa de petróleo. Quanto mais plataformas são instaladas, mais pessoas precisam viver nas proximidades delas. Atualmente, nos Estados Unidos, oito milhões de pessoas vivem próximo do epicentro de atividade, e estão sujeitas a vários tipos diferentes de câncer, sendo o câncer infantil o que mais possui correlação com a operação do petróleo.Os equipamentos de perfuração têm uma participação na causa de problemas respiratórios, cardiovasculares e neurológicos; além do desenvolvimento de anomalias médicas, como problemas de tireoide e falência de fígado. Enquanto isso, as pessoas que trabalham nessas plataformas estão expostas a altos índices de hidrocarbonetos, associados a danos ao DNA, e a sangramentos nasais até danos neurológicos significativos, oriundos da inalação do gás de sulfeto de hidrogênio.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The New York Times&nbsp;" data-fonte-url="https://static01.nyt.com/images/2022/01/21/world/21Peru-Tonga-04/21Peru-Tonga-04-articleLarge.jpg?quality=75&amp;auto=webp&amp;disable=upscale"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/29/29160857151343.jpg" alt="(Fonte: The New York Times/Reprodução)">(Fonte: The New York Times/Reprodução)No relatório Pessoas e Poluição: Os impactos Sociais dos Derramamentos de Petróleo a Nível Comunitário, Alyssa Gray, do Escritório de Resposta e Restauração, observou que os vazamentos de petróleo causaram um estresse psicológico permanente nas pessoas que viviam perto do local. Isso porque elas sentiam que simplesmente não tinham mais controle de suas vidas ao também serem bombardeadas com a atenção do resto do mundo.No Sudão e Nigéria, a população local próxima às plataformas sofreu de um fenômeno de exclusão social, uma situação em que a população não tem voz nas decisões em todo o país, nem ganha nada dele. Entre os efeitos estão a perpetuação da pobreza, eliminação de oportunidade para membros da comunidade, e destruição de terras importantes para a população local, dificultando ou impossibilitando as tradições culturais.&nbsp;Tudo isso e muito mais constitui o efeito subjetivo da perfuração de petróleo.</body>

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Os problemas destrutivos e mortais da perfuração por petróleo

Imagem de Passageiros clandestinos: as aves que pegam carona em navios no megacurioso

Para lidar com os desconfortos das migrações nos oceanos, muitas aves estão pegando carona em embarcações em todo o mundo

<head></head><body>A migração dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123008-por-que-passaros-colocam-pedacos-de-papel-em-suas-penas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pássaros</a> é um espetáculo fascinante que ocorre em todo o mundo e impressiona biólogos, ornitólogos e entusiastas da natureza. Todos os anos, milhões de aves viajam para lugares diferentes em busca de alimento, abrigo e melhores condições climáticas.&nbsp;Porém, não é segredo que a jornada épica dessas criaturinhas conta com muitos obstáculos árduos, e aparentemente, elas encontraram uma forma inusitada e inteligente de descansar suas asas, recuperar o fôlego e ainda cruzar longas distâncias: pegando caronas em navios.<h2>Gaiatos no navio</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/23/23142824925254.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Esses exóticos passageiros clandestinos não são exatamente uma novidade nas embarcações, com tripulações do mundo inteiro relatando histórias de diversas espécies ocupando conveses ao redor do mundo, seja por alguns minutos ou até mesmo dias, com algumas até fazendo troca de barcos ao longo do percurso.Esse fenômeno engraçado ficou conhecido como migração assistida por navios, e passou a ser estudado por pesquisadores de forma sistemática em 2021, quando Maurizio Sarà, um zoólogo da Universidade de Palermo, na Itália, realizou um cruzeiro de pesquisa por um mês através do Mediterrâneo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/23/23142926071255.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Inicialmente, o objeto de Sarà era observar espécies marinhas como tartarugas e golfinhos, porém conforme ele passou a notar a quantidade de pássaros terrestres pousando no barco, decidiu acompanhar essa situação, notando que, em média, três surgiam todos os dias, parando normalmente por volta de 42 minutos, ou até mesmo decidindo pernoitar por ali.Fazendo uma extrapolação a partir de suas observações, o zoólogo estima que até quatro milhões de<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123599-ave-supostamente-extinta-e-vista-pela-primeira-vez-em-140-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;aves</a> aproveitam para descansar em embarcações pelo Mediterrâneo durante a migração de primavera, e que algo semelhante também ocorra em outros oceanos.<h2>Viajando com mais conforto</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/23/23143040276256.jpg" alt="(Fonte: Pixabay/Reprodução)">(Fonte: Pixabay/Reprodução)Durante suas longas jornadas migratórias, os penudos enfrentam ventos fortes e tempestades, e quando cruzam os mares, podem ficar sem água ou alimento por um longo tempo, tendendo a descansar em ilhas para comer ou esperar o fim de condições climáticas adversas.Porém, esses pequenos pedaços de terra são mais raros do que barcos, afinal, se considerarmos apenas a quantidade de navios comerciais, temos cerca de 90 mil espalhados pelas águas do mundo todo.Sarà acredita que os pássaros desenvolveram essa estratégia para se acomodarem a era moderna, utilizando os milhares de cargueiros, petroleiros e cruzeiros como uma forma de viajar com mais conforto e evitar adversidades.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/23/23143149946257.jpg" alt="(Fonte: Pixabay/Reprodução)">(Fonte: Pixabay/Reprodução)"Uma pequena parada pode ser suficiente para evitar a parte mais cansativa de atravessar uma célula de baixa pressão atmosférica ou para se recuperar do estresse fisiológico que o voo migratório acarreta", escreveu o zoólogo em um de seus artigos mais recentes.Para Alexander Lees, um biólogo conservacionista da Universidade Metropolitana de Manchester, na Inglaterra, a estimativa do italiano pode ser um tanto alta, mas ele considera que a migração assistida por navios realmente é algo que vale a pena ser estudado a fundo.Segundo Lees, o Comitê de Registros da União Britânica de Ornitólogos recebe dois a três relatórios anualmente sobre <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124491-noitibo-orelhudo-6-fatos-sobre-a-ave-que-parece-um-lince.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aves</a> que não são nativas das áreas nas quais são avistadas, levantando suspeitas que parte delas chegou até ali com a ajuda de uma embarcação.<h2>Desbravando novas terras</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/23/23143327230259.jpg" alt="(Fonte: Pixabay/Reprodução)">(Fonte: Pixabay/Reprodução)Essa nova tática não só auxilia na parte do conforto, mas também pode permitir que certas espécies colonizem uma nova região. Por exemplo, o corvo-indiano é conhecido por seu comportamento não migratório, porém, nos últimos anos, muitos deles passaram a chegar na Holanda vindos de barcos do sul da Ásia, estabelecendo uma colônia de reprodução nos arredores de Roterdã.Embora a migração assistida por navios ainda precise de mais estudos, ela é uma amostra surpreendente de como outros seres do nosso planeta acharam uma forma de utilizar as criações humanas para facilitar a própria vida. E afinal, quem não adoraria dividir uma viagem de barco com passageiros clandestinos tão adoráveis?</body>

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Passageiros clandestinos: as aves que pegam carona em navios

Imagem de Cocô de mamute está ajudando a entender os motivos de sua extinção no megacurioso

Com base em restos de fezes de mamute coletadas em solo antigo, cientistas afirmam que esses animais viveram até mais tarde do que se pensava

<head></head><body>Tentando entender <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119903-genetica-pode-trazer-mamutes-de-volta-a-vida-em-6-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a data real da extinção dos mamutes</a>, cientistas estão em um impasse quanto à metodologia a ser seguida. Alguns defendem que as provas devem ser coletadas diretamente do organismo, no caso o material genético encontrado nos ossos fossilizados, por exemplo. Outra corrente defende as técnicas do "DNA ambiental", ou eDNA.&nbsp;Essa abordagem trabalha <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124712-neandertais-podem-ter-colecionado-cranios-de-animais-na-europa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">com investigações conhecidas como reconstruções paleoecológicas</a>, ou seja, o material genético liberado continuamente por organismos vivos quando interagem com o seu habitat. Assim, fezes, urina, escamas de pele, saliva e outros conteúdos ficam "armazenados" por grandes períodos, podendo ser coletados em amostras de água, solo ou ar.&nbsp;Em novembro do ano passado, dois teóricos, Joshua Miller, da Universidade de Cincinnati, e Carl Simpson, da Universidade do Colorado, decidiram apresentar uma "explicação alternativa" a um estudo de 2021 que usou fezes deixadas por mamutes em solo antigo para provar que esses mamíferos sobreviveram na América do Norte por muito mais tempo (entre 4,6 mil e 7 mil anos) do que se pensava anteriormente.<h2>Extinção dos mamutes: uma dialética do cocô</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/28/28190643075353.jpg" alt="Fezes de mamute colombiano.">Fezes de mamute colombiano.O líder do estudo de 2021, Yucheng Wang, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, afirmou ao site Mental Floss que “o cocô que limpamos todos os dias carrega informações únicas, inclusive nosso DNA, e da mesma forma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110993-3-mamiferos-extintos-sao-identificados-gracas-ao-coco-de-crocodilos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">animais "dão descarga” em seu DNA</a> no ambiente ao longo de suas vidas”. E argumenta: "fazemos cocô todos os dias, mas deixamos apenas um conjunto de ossos".Mas Miller não concorda com esse argumento. Falando à mesma publicação, ele propõe que esse eDNA veio na verdade de restos mortais congelados de mamutes muito mais velhos do que os supostos "jovens" de Wang. Isso porque, em ambientes gelados do Ártico, ossos de animais podem permanecer intactos por milhares de anos, antes de se decompor e liberar material genético no solo.&nbsp;Dessa forma, diz Miller, é impossível afirmar com certeza se o eDNA de 4 mil anos apresentado por Wang e colegas veio do cocô de um mamute vivo ou se trata de uma decomposição lenta de um cadáver de longa data.&nbsp;<h2>Qual a relevância da data da extinção dos mamutes?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/28/28195309965357.jpg" alt="Os mamutes foram extintos por humanos?">Os mamutes foram extintos por humanos?Se a hipótese da extinção tardia dos dinossauros prevalecer, isso quer dizer que esses mamíferos lanudos de quatro metros de altura e nove toneladas coexistiram com os seres humanos por milhares de anos. Isso prejudica seriamente a teoria de que os mamutes foram caçados por nós até sua extinção.Como grande parte da fauna atual está enfrentando ameaças semelhantes tanto de homens quanto das mudanças climáticas, “o registro fóssil é um ótimo tutorial para entender o que acontece quando as coisas são extintas, o que é muito importante para entender como gerenciar os ecossistemas atuais", conclui Miller.</body>

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Cocô de mamute está ajudando a entender os motivos de sua extinção

Imagem de Toheroa: conheça o marisco lendário que quase desapareceu no megacurioso

Encontrado majoritariamente na Ilha Norte da Nova Zelândia, este grande molusco quase foi extinto devido à exploração humana

<head></head><body>Durante a década de 1950, um grande <a href="https://www.megacurioso.com.br/aquecimento-global/101702-aquecimento-global-pode-deixar-os-mariscos-toxicos-e-mortais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">marisco</a> chamado toheroa se tornou bastante popular na região da Nova Zelândia. Naquela época, eles eram considerados alimentos de gosto doce, extremamente saborosos e que forneciam muita energia. Contudo, não demorou muito tempo para que essa popularidade se tornasse um problema.O toheroa é um molusco que cresce do tamanho de uma mão humana e se enterra na areia de belíssimas praias varridas pelo surf na região. No entanto, esses também eram locais de colônias isoladas em lugares como Oreti, no extremo sul do País. Dessa forma, a exploração desses mariscos para as comunidades costeiras Maori durante séculos quase fez com que eles desaparecessem do planeta. Conheça mais sobre essa história!<h2>Proximidade da extinção</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/24/24165621182256.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Segundo um estudo feito pela Universidade de Victoria, os toheroa eram considerados "tesouros" para as comunidades locais. Sua carne crua era consumida em sopas de milho doce cremosas ou simplesmente cozida em panela. À medida que a paixão por toheroa tomou conta das tribos <a href="https://www.megacurioso.com.br/cultura/102184-mokomokai-conheca-a-historia-das-cabecas-preservadas-dos-maoris.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Maori</a>, cada vez mais formas populares de comê-los foram surgindo.Anos mais tarde, a sopa toheroa passou a ser exportada para outras regiões sob domínio da Grã-Bretanha — o que significava que esses animais estavam sendo explorados pelos seres humanos em grandes quantidades. De 1920 a 1960, uma média de 20 toneladas de toheroa foi enlatada por ano, com um ápice de 77 toneladas em 1940.A exploração em escala intercontinental não só prejudicou a base alimentar dos Maori, como também colocou a existência desse molusco em risco. Em 20 anos, o toheroa estava quando extinto. Há 50 anos, no entanto, a colheita comercial foi finalmente proibida e instaurou-se um processo para tentar recuperar a espécie.<h2>Maoris e toheroa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/24/24165655926257.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Atualmente, somente os Maori locais ainda podem colher legalmente esse fruto do mar. Mesmo assim, isso só pode acontecer em ocasiões especiais, como reuniões tribais ou funerais. Com o passar dos anos, as tribos da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118796-10-curiosidades-sobre-a-nova-zelandia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nova Zelândia</a> se uniram aos biólogos marinhos para tentar restaurar o número de mariscos vivos.De acordo com os pesquisadores, os toheroa bebês vagam na água por 21 dias após seu nascimento, antes de surfar na espuma das ondas e serem levados para a areia. Ao chegarem lá, eles se aninham nos juncos de areia até atingirem a fase adulta, quando estarão prontos para voltar ao oceano. Os toheroa pegam carona nas flores que a brisa do mar manda das dunas até a beira d'água.&nbsp;Hoje em dia também existe um trabalho maciço desenvolvido entre a população local e biólogos para conscientizar as crianças sobre os toheroa e a necessidade de mudar comportamentos humanos nocivos. Embora os números da espécie continuem flutuando bastante nos últimos anos, o grupo de apoio acredita que existem sinais de que o lendário marisco esteja voltando ao seu estado natural — o que demonstraria um grande esforço em conjunto de reparação aos danos do passado.&nbsp;</body>

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Toheroa: conheça o marisco lendário que quase desapareceu

Imagem de 5 projetos ambiciosos para ressuscitar animais extintos no megacurioso

Grandes e belos animais acabaram extintos ao longo da história da humanidade. No entanto, alguns cientistas estão dispostos a ressuscitá-los

<head></head><body>A história foi implacável com várias espécies animais. Os mais variados, grandes, belos e assustadores, ficaram pelo caminho, sendo extintos por diferentes motivos. Em muitos casos, pela ação humano. Porém, o homem parece disposto a trazer alguns desses seres de volta à vida.Em diferentes partes do mundo, equipes de cientistas trabalham em projetos avançados, cujo objetivo é um só: trazer à vida animais extintos. Essas ambiciosas pesquisas podem abrir um importante espaço para a preservação de <a href="https://www.megacurioso.com.br/stories/4-estanhos-animais-ameacados-de-extincao/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">animais ameaçados de extinção</a>, além de nos colocar em contato com alguns há muito sumidos. Conheça esses projetos.<h2>1. Lobo-terrível</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Reconstruction_of_Canis_dirus_(dire_wolf)_(Pleistocene,_North_America)_1_(32194351811).jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/23/23144730566283.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)O lobo-terrível, também conhecido como lobo pré-histórico, vivou há muito tempo, sendo extinto em uma época próxima do tigre dente-de-sabre e do mamute-lanoso, no fim da última era glacial. Eles caçavam mamutes, cavalos, bisões e, de tão concentrados em suas presas, por vezes não percebiam os perigos à volta e morriam em poços de alcatrão.Recentemente, um grupo de cientistas foi capaz de sequenciar o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121199-o-que-e-o-dna-e-como-ele-se-parece.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">DNA</a> da espécie e desejam tentar ressuscitá-los. O problema, porém, é que a ausência de compatibilidade genética com os lobos atuais impede o uso de técnicas de retrocriação. O projeto, criado em 1987, segue buscando alternativas para concretização do sonho.<h2>2. Auroque</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/23/23144542299277.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)O auroque foi uma espécie de boi selvagem, habitante da região que hoje compreende a Polônia durante o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124454-entenda-as-5-agora-6-extincoes-em-massa-do-planeta-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Holoceno</a>, época mais recente do período quaternário. Eles cresciam até 1,8 metro de altura e possuíam chifres enormes, que podiam chegar até 1,3 metro de comprimento.A espécie é considerada extinta desde 1627, em virtude de caça predatória. Pesquisadores da Universidade de Manchester, no Reino Unido, trabalham para trazer o auroque de volta à vida, usando para isso tecido genético retirado de raças modernas de gado, que ainda demonstram traços do extinto animal em seu DNA.<h2>3. Leão-das-cavernas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/23/23144400197276.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)O leão-das-cavernas foi uma espécie que ocupou um largo território entre o Canadá, Alasca e China. Animal de grande porte, ele se assemelha mais aos tigres modernos do que aos leões. Em 2018, os corpos de dois filhos de leão-das-cavernas foram encontrados congelados na Sibéria.Apesar de estarem próximos, não eram parentes: morreram com pelo menos 15 mil anos de diferença. O gelo permitiu que os animais ficassem bem preservados, o que animou o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119903-genetica-pode-trazer-mamutes-de-volta-a-vida-em-6-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">geneticista</a> sul-coreano Hwang Woo-suk, que iniciou um projeto para reintroduzir a espécie, retirando tecido extraído destes filhotes. Resta saber se dará certo.<h2>4. Dodô</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/23/23144216071272.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Entre os animais extintos, o pássaro <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124267-empresa-cria-projeto-para-ressuscitar-dodo-especie-extinta-de-ave.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dodô</a> é um dos mais famosos, já tendo aparecido em filmes animados e desenhos ao longo da história. Considerado extinto desde 1662, o animal é fonte de interesse de pesquisadores modernos, especialmente desde que um grupo encontrou uma caverna nas Ilhas Maurício recheada de ossos de dodô, em 2005.A animação foi tão grande que uma empresa de biotecnologia e engenharia genética foi criada para tentar trazê-lo à vida. A Colossal Biosciences trabalho arduamente para concretizar esse sonho, e nem é o único projeto com o qual estão envolvidos: também estão envolvidos com a reintrodução do mamute-lanoso e do lobo-da-tasmânia.<h2>5. Tigre-de-dente-de-sabre</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/23/23144105041270.png" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)O nome é bastante conhecido de quem cresceu assistindo a versão original dos Power Rangers. O tigre-dente-de-sabre é um animal extinto há 10 mil anos. Eles possuíam grande comprimento e eram bastante pesados, com uma dieta composta de bisões, mamutes e mastodontes.Em 2020, cientistas conseguiram mapear seu DNA. No horizonte, esses pesquisadores desejam trazer o tigre-dente-de-sabre de volta à vida, mas o projeto é complicado, já que há pouco DNA recuperado com o qual eles podem trabalhar. Atualmente, o projeto tenta encontrar maneiras de contornar esse obstáculo.</body>

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5 projetos ambiciosos para ressuscitar animais extintos

Imagem de Como gatos estão destruindo o ecossistema da Austrália no megacurioso

Os felinos causam a morte de 1,4 bilhão de espécies todos os anos. O que está acontecendo?

<head></head><body>Desde 1859 que a Austrália tem um problema com coelhos, culpa do colono inglês <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115787-coelhos-e-uma-ma-ideia-thomas-austin-quase-destruiu-a-australia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Thomas Austin</a>, que acreditava que introduzir 24 desses animais na natureza não faria mal algum à sociedade, muito pelo contrário, poderia até dar uma aparência mais "convidativa" para o país que nascia naquela região.Como resultado, devido à rápida reprodução dos coelhos, hoje a Austrália tem milhares de quilômetros habitados por esses animais, com uma população de cerca de 200 milhões e mais de 150 anos de prejuízos ecológicos e econômicos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/23/23100446985081.jpg" alt="(Fonte: Unremembered/Reprodução)">(Fonte: Unremembered/Reprodução)E como se isso tudo já não fosse o suficiente, a Austrália também tem problemas com outro tipo de animal: o gato. Apesar da aparência preguiçosa e adorável, os felinos carregam garras ameaçadoras e afiadas, corpos ultrarrápidos e flexíveis, adequados para perseguir e pular sobre suas presas.Os gatos selvagens estão destruindo o ecossistema da Austrália devido ao seu comportamento altamente predatório, eliminando espécies inteiras e fazendo o país recorrer a medidas drásticas, como um toque de recolher.<h2>O problema dos gatos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/23/23100537858082.jpg" alt="(Fonte: PetSmart/Reprodução)">(Fonte: PetSmart/Reprodução)Os gatos chegaram à Austrália em meados de 1788, com os primeiros colonos europeus, um pouco antes de Thomas Austin ter sua "brilhante ideia" com os coelhos. Rapidamente, os felinos se espalharam por todo o país e hoje habitam 99,8% da área total da Austrália. Segundo o biólogo John Woinarski, da Universidade Charles Darwin, cerca de 2,8 milhões de gatos selvagens vagam pelo continente, sendo que esse número pode aumentar para 6,3 milhões em anos de chuvas intensas.Em pouco mais de 230 anos desde sua introdução ao novo continente, os gatos selvagens exterminaram mais de uma dúzia de espécies e levaram outras à beira da extinção. Para tentar combater o problema, em 2008, o Departamento Australiano do Meio Ambiente, Água e Patrimônio divulgou um relatório propondo intervenção governamental para proteger ilhas naturais de alto valor de conservação com intuito de montar planos de contingência para prevenir, monitorar, conter e erradicar os gatos selvagens.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/23/23100628966083.jpg" alt="(Fonte: Agriculture Victoria/Reprodução)">(Fonte: Agriculture Victoria/Reprodução)Assim foi com Newhaven, com seus 23 ecossistemas, uma região a noroeste da Austrália com cerca de um terço do tamanho do Parque Nacional de Yellowstone dos Estados Unidos, onde foi estabelecido um santuário livre dos gatos selvagens para que espécies nativas possam se recuperar.“Muitas espécies de mamíferos sobreviventes foram reduzidas a um fragmento diminuto do seu antigo alcance e tamanho populacional, e agora estão ameaçadas e continuam em declínio. Deixados sem controle, os gatos continuariam comendo grande parte do resto da fauna australiana”, disse Woinarski.Essa cerca montada ao redor de Newhaven ficou pronta em março de 2018, colocando o local na linha de frente no combate para proteger seus animais dos gatos. Atualmente, conforme um relatório divulgado pelo parlamento federal da Austrália, o país lidera o mundo com 34 espécies de mamíferos exterminadas e outras 74 espécies de mamíferos terrestres sob ameaça.<h2>A grande controvérsia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/23/23100810934087.jpg" alt="(Fonte: Scientifc American/Reprodução)">(Fonte: Scientifc American/Reprodução)O Projeto Noah, desenvolvido por um novo comitê governamental em 2020, visando preservar a vida selvagem e doméstica, revelou que cada gato selvagem mata 390 mamíferos, 225 répteis e 130 aves todos os anos. Isso significa 1,4 bilhão de animais nativos australianos mortos, quase o mesmo número que morreu nos incêndios florestais catastróficos de 2019–2020; fora que os 3,8 milhões de gatos de estimação matam até 390 milhões de animais todos os anos, deixando ainda mais evidente a seriedade e urgência do problema.Para reduzir o impacto que a ação dos gatos selvagens tem, o relatório recomendou três etapas essenciais. Primeiro, o registro obrigatório dos gatos por cada dono, garantindo que a receita chegue aos conselhos locais que aplicam os regulamentos de controle de gatos. Depois, os donos devem ser obrigados a esterilizar e castrar os felinos para reduzir o número de ninhadas indesejadas e o despejo de gatos que se tornarão vadios. E por último, e mais controverso, o pedido para que o governo estabeleça toques de recolher noturnos para evitar que gatos domésticos saiam de casa após escurecer.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/23/23100900483088.jpg" alt="(Fonte: Vets on Balwyn/Reprodução)">(Fonte: Vets on Balwyn/Reprodução)Woinarski é um dos que se opõe a terceira medida, alegando que o toque de recolher noturno não salvará as presas ativas durante o dia. O melhor, de acordo com seu ponto de vista, seria manter os gatos de estimação contidos 24 horas por dia e 7 dias por semana. Por outro lado, pessoas como Becky Robinson, presidente e fundadora da Alley Cat Allies, chama todo o plano do Projeto Noah de "uma medida bárbara, repreensível e uma escolha moralmente falha".Ainda assim, a natureza feroz dos gatos continua destruindo o ecossistema da Austrália, enquanto os abrigos da Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals (RSPCA), a principal organização de bem-estar animal do país, continua recebendo 65 mil gatos todos os anos, dos quais 40% deles são sacrificados.Em 2021, a RSPCA concordou que a única saída para o problema e melhor conscientização das pessoas seria o plano de 24 horas de contenção e os toques de recolher.</body>

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