Conheça um pouco mais sobre a vida e carreira desta estilista que nasceu há 129 anos 

&Eacute; quase imposs&iacute;vel pensar em moda e n&atilde;o lembrar daquela que foi uma das mais emblem&aacute;ticas personalidades desse universo: Coco Chanel. A estilista teve uma enorme import&acirc;ncia, sen&atilde;o a mais marcante, para o desenvolvimento do setor fashion mundial desde as suas primeiras cria&ccedil;&otilde;es. Tanto que ela foi escolhida pela revista TIME como uma das 100 pessoas mais influentes do s&eacute;culo XX.
O vestidinho preto, os tailleurs de tweed, a combina&ccedil;&atilde;o com colares de p&eacute;rolas, cardigans, casaquetos, chap&eacute;us, as bolsas e tantos outros s&iacute;mbolos da moda, reproduzidos at&eacute; hoje, sa&iacute;ram da criativa imagina&ccedil;&atilde;o de Gabrielle Bonheur Chanel.
A partir das primeiras apari&ccedil;&otilde;es das roupas assinadas por ela na &eacute;poca p&oacute;s-Primeira Guerra Mundial, quem acompanhava a evolu&ccedil;&atilde;o do setor de moda soube que o mundo nunca mais seria o mesmo. Pelo menos aquele do estilo feminino de se vestir.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/18/fonte-wikimedia-commons-18160515310394.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Essa &eacute;poca em que Coco Chanel come&ccedil;ou a sua carreira foi marcada por uma euforia com o fim da guerra, era tempo de festa, boemia e cabar&eacute;s na Fran&ccedil;a, onde a liberdade feminina come&ccedil;ou a despontar com mais poder.
Segundo Annelise Castelli, Professora do Curso de Design de Moda da Universidade Positivo e Consultora do Senai + Design PR, a silhueta feminina almejada na &eacute;poca era de uma jovem magra, sem busto e com pernas muito, muito longas. Foi para esse estilo de mulher que Coco criou os seus primeiros &iacute;cones, tendo linhas retas e quadradas, com saias curtas no joelho, grandes decotes, sapatos tipo boneca e chap&eacute;u cloche.
&ldquo;O uso de malharia e outros tecidos inusitados como o j&eacute;rsei, al&eacute;m das meias-cal&ccedil;as de seda artificial. A simplicidade e a aus&ecirc;ncia de tantos adere&ccedil;os de outras &eacute;pocas s&atilde;o fruto da modernidade e da eleg&acirc;ncia com poucos detalhes. Ideias pregadas pela grande mentora do per&iacute;odo, a revolucion&aacute;ria Coco Chanel. Por&eacute;m, &agrave; noite, eram permitidos toques de riqueza como singelos bordados em p&eacute;rolas e franjas&rdquo;, explica Annelise.
<h2>Talento e ousadia</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/18/fonte-reproducao-18161406279398.jpg" alt="(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A estilista nasceu no dia 19 de agosto de 1883 na cidade de Saumur, na Fran&ccedil;a. Coco costumava dizer que havia nascido dez anos mais tarde para se fazer mais jovem e para tentar apagar as lembran&ccedil;as de sua triste inf&acirc;ncia em um orfanato, onde sua m&atilde;e trabalhava quando ela nasceu.
Sua m&atilde;e morreu quando ela tinha seis anos de idade, deixando seu pai com cinco filhos, que ele rapidamente &ldquo;distribuiu&rdquo; para v&aacute;rios parentes. Nesta &eacute;poca, Coco foi mandada para outro orfanato cat&oacute;lico em Aubazine, onde aprendeu o of&iacute;cio de costureira. A partir da&iacute;, o seu talento para a modelagem come&ccedil;ou a aflorar.
Quando ela completou 18 anos, deixou o orfanato e passou a trabalhar para um alfaiate local. Neste per&iacute;odo, Chanel come&ccedil;ou a frequentar a boemia francesa e passou at&eacute; a atuar como cantora em caf&eacute;s e salas de concerto. Foi quando adotou o nome de Gabrielle Coco, um apelido dado a ela por soldados locais que gostavam de assisti-la.
Em 1908, ela conhece o ex-oficial e herdeiro t&ecirc;xtil Etienne Balsan e torna-se sua amante. Com 23 anos, ela foi morar com ele em seu castelo, onde viveu por tr&ecirc;s anos cercada de mordomias.&nbsp;A regi&atilde;o do castelo era conhecida por competi&ccedil;&otilde;es equestres e costumes de ca&ccedil;a: fatores que influenciaram as suas cria&ccedil;&otilde;es. Foi nesta &eacute;poca que come&ccedil;ou a desenhar e criar chap&eacute;us como uma divers&atilde;o, que depois se transformou em um empreendimento comercial.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/18/chanel-18161956373401.jpg" alt="Chanel" />(Fonte: The Regents of the University of California/City of Paris/Bibliotheca historica)
Ela ent&atilde;o se separou de Balsan e come&ccedil;ou um relacionamento com um amigo dele, o rico industrial Ingl&ecirc;s chamado Capel 'Boy' Arthur Edward. Ele instalou-a em um apartamento parisiense e financiou suas lojas. A primeira chapelaria foi aberta em Paris, em 1910, e logo ela abriu boutiques em Deauville e Biarritz.
Durante a d&eacute;cada de 1920, Coco Chanel tornou-se a primeiro estilista a criar roupas feitas de j&eacute;rsei para as mulheres. &ldquo;A introdu&ccedil;&atilde;o do j&eacute;rsei, que era um tecido n&atilde;o nobre usado em forros, traziam conforto e praticidade para as pe&ccedil;as. Com esse material ela produzia conjuntos informais de blusa e saia (que muitos passam a chamar de tailleur). Para a noite, o j&eacute;rsei era enriquecido com fios de ouro e bordados&rdquo;, afirma a professora Annelise Castelli.
Foi ainda nessa &eacute;poca que abriu em Paris a famosa Maison Chanel, localizada na Rue Cambon, 31, onde continua a ser a sede principal at&eacute; hoje. A partir de ent&atilde;o, Chanel se tornou um &iacute;cone de estilo pelas suas cria&ccedil;&otilde;es e at&eacute; pelo seu corte de cabelo.
Em 1921, ela lan&ccedil;ou o perfume Chanel No. 5, que continua popular at&eacute; hoje. Dois anos depois, Pierre Wertheimer se tornou seu parceiro de neg&oacute;cios (assumindo 70% do neg&oacute;cio de fragr&acirc;ncias). Em 1925, Chanel lan&ccedil;ou seu casaco de estilo cardigan e, no ano seguinte, seu ic&ocirc;nico vestido preto.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/18/fonte-chanel-18162313857402.jpg" alt="(Fonte: Chanel)" />Primeira representa&ccedil;&atilde;o conhecida do famoso Chanel n&ordm;5. (Fonte: Chanel)
Durante a Segunda Guerra Mundial, Chanel se envolveu com um oficial nazista e se mudou para a Su&iacute;&ccedil;a para fugir da pol&ecirc;mica. S&oacute; em 1954 que Chanel retornou a Paris e assumiu abertamente a inclus&atilde;o do &ldquo;New Look&rdquo; de Christian Dior em suas cole&ccedil;&otilde;es.&nbsp;Estrelas de Hollywood, incluindo Audrey Hepburn e Grace Kelly, se apaixonaram por seus elegantes terninhos de tweed, saias retas, cal&ccedil;as largas e cardigans de caimento mais solto.
Coco Chanel trabalhou at&eacute; sua morte, aos 88 anos, em 1971. Ela passou seus &uacute;ltimos momentos no seu apartamento privado no opulento hotel The Ritz, que mant&eacute;m o local preservado at&eacute; hoje.
Confira as cria&ccedil;&otilde;es mais ic&ocirc;nicas de Coco Chanel abaixo:
<h3>Pretinho b&aacute;sico</h3>
O vestidinho preto, criado por Coco Chanel em 1926, estreou na Vogue daquele ano, em que foi publicado o croqui do modelo, e libertou a cor preta do uso geralmente s&oacute; atribu&iacute;do aos funerais. O vestido era feito de seda e crepe da China, sendo de modelagem reta, comprimento da saia nos joelhos e com mangas longas. Era o in&iacute;cio da era do &ldquo;pretinho b&aacute;sico&rdquo;.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/18/fonte-vogue-us-18163150217404.jpg" alt="(Fonte: Vogue US)" />O sketch do primeiro "little black dress" de Coco Chanel apareceu na Vogue norte-americana, em 1926. (Fonte: Vogue US)
O design e os formatos da famosa pe&ccedil;a mudam com as tend&ecirc;ncias de cada &eacute;poca, mas a ess&ecirc;ncia do &ldquo;little black dress&rdquo; continua sempre na moda.
<h3>Tailleur</h3>

<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/18/sombrereria-albinana-flickr-18163522561409.jpg" alt="Sombrerer&iacute;a Albi&ntilde;ana/Flickr" />(Fonte: Sombrerer&iacute;a Albi&ntilde;ana/Flickr)
O tailleur, conjunto de saia e blazer (ou terninho) surgiu no s&eacute;culo 19, tendo refer&ecirc;ncias de trajes de equita&ccedil;&atilde;o. Mas foi na d&eacute;cada de 20 que Coco Chanel inovou ao produzir o look em j&eacute;rsei, deixando-o mais confort&aacute;vel e moderno. A partir da&iacute;, essa composi&ccedil;&atilde;o tornou-se um cl&aacute;ssico da estilista, aparecendo em diversas cores e estilos em suas cole&ccedil;&otilde;es.
<h3>P&eacute;rolas</h3>
Chanel adorava vestir suas roupas adornadas por um colar de v&aacute;rias voltas de p&eacute;rolas no pesco&ccedil;o. A estilista era apaixonada por p&eacute;rolas e dizia que o reflexo delas deixava as mulheres mais bonitas e iluminadas de forma natural.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/18/cecil-beaton-getty-images-18163830186419.jpg" alt="Cecil Beaton/Getty Images" />(Fonte: Cecil Beaton/Getty Images)
O gosto da Madeimoselle Chanel pelas bolinhas preciosas surgiu com o Gr&atilde;o-Duque Dimitri Pavlovitch, um de seus namorados, que a presenteou com o famoso colar, que se tornou um &iacute;cone da estilista. Ela passou a inserir a pe&ccedil;a tamb&eacute;m como parte dos acess&oacute;rios de desfiles e apresenta&ccedil;&otilde;es de cole&ccedil;&otilde;es.
Chanel dizia que as joias serviam para deixar as mulheres mais bonitas e n&atilde;o para elas parecerem ricas. Ela passou a misturar pe&ccedil;as valiosas com falsas, lan&ccedil;ando a tend&ecirc;ncia do uso da bijuteria de forma elegante e sofisticada. Para ela, desfilar com pe&ccedil;as preciosas no pesco&ccedil;o n&atilde;o era interessante, mas usar joias falsas era &ldquo;provocativo&rdquo;.
<h3>Conjuntinho de tweed</h3>

<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/18/daniel-simon-getty-images-18164535561421.jpg" alt="Daniel SIMON/Getty Images" />(Fonte: Daniel SIMON/Getty Images)
O conjuntinho de tweed foi uma das varia&ccedil;&otilde;es do tailleur produzido por Chanel. O material, antes usado somente em roupas masculinas, foi introduzido nas cria&ccedil;&otilde;es da estilista em 1955 e tornou-se um sucesso absoluto entre as mulheres modernas. Jacqueline Kennedy era f&atilde; dos conjuntinhos e estava usando um modelo cor-de-rosa no dia da morte de seu marido John F. Kennedy.
<h3>Sapatos bicolores</h3>

<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/18/philippe-garnier-elle-scoop-18164909142422.jpg" alt="Philippe Garnier/Elle-Scoop" />(Fonte: Philippe Garnier/Elle-Scoop/Chanel)
Coco Chanel costumava dizer que os sapatos bicolores deixavam os p&eacute;s menores e mais delicados. A estilista se inspirou nos sapatos masculinos dos anos 50, que os homens utilizavam com a cor mais escura na ponta para disfar&ccedil;ar as manchas causadas na pr&aacute;tica de esporte na grama, como o golfe e o t&ecirc;nis.
<h3>Bolsa de matelass&ecirc; a tiracolo</h3>

<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/18/fonte-chanel-18165219739423.jpg" alt="(Fonte: Chanel)" />(Fonte: Chanel)
O modelo com corrente dourada de estilo matelass&ecirc; tornou-se um cl&aacute;ssico, que &eacute; atual e muito fashion at&eacute; hoje. Chanel pensou no modelo ao perceber que as bolsas de m&atilde;o atrapalhavam as mulheres. Ent&atilde;o, ela criou o modelo com al&ccedil;as de corrente douradas, que podia ser pendurado nos omrbos, deixando as m&atilde;os livres e o visual incr&iacute;vel e moderno.
<h3>Chanel N&deg; 5</h3>

<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/18/fonte-chanel-18165307318424.jpg" alt="(Fonte: Chanel)" />(Fonte: Chanel)
Este foi o primeiro perfume da Maison Chanel, que foi lan&ccedil;ado em 1921. Coco Chanel queria criar um perfume de aroma inimit&aacute;vel, em suas palavras "um perfume com cheiro de mulher".&nbsp;O nome do perfume se deu ap&oacute;s uma vidente dizer a Chanel que o cinco era seu n&uacute;mero da sorte. Al&eacute;m disso, ele foi apresentado no dia 5 de maio, que &eacute; o quinto m&ecirc;s do ano.
O Chanel N&deg; 5 foi ainda o primeiro perfume a incorpoar o alde&iacute;do, uma nota sint&eacute;tica capaz de real&ccedil;ar o aroma dos ingredientes naturais presentes na f&oacute;rmula. A atriz Marilyn Monroe tornou o perfume ainda mais famoso, quando afirmou que dormia nua e somente com algumas gotinhas da fragr&acirc;ncia. Hoje, ele ainda &eacute; um dos mais vendidos do mundo.
<h3>Corte de cabelo &ldquo;Chanel&rdquo;</h3>

<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/18/18171008351436.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Ainda antes de 1920 o livro &ldquo;La gar&ccedil;onne&rdquo;, de Victor Margueritte, foi lan&ccedil;ado na Fran&ccedil;a, trazendo a hist&oacute;ria revolucion&aacute;ria de uma mulher que, al&eacute;m de cortar os cabelos curtos, como o dos homens, engravida e tem um filho sem se casar.
A hist&oacute;ria criou pol&ecirc;mica, mas foi sucesso entre as mulheres, que passaram a cortar os cabelos &agrave; &ldquo;la gar&ccedil;onne&rdquo; (&ldquo;como menino&rdquo;, em tradu&ccedil;&atilde;o livre), inspiradas pelo livro. Coco Chanel tamb&eacute;m seguiu essa moda dos cabelos, cortando-os nesse estilo a partir de 1918. Por&eacute;m, o que era conhecido como &agrave; &ldquo;la gar&ccedil;onne&rdquo; passou a ser chamar corte &ldquo;Chanel&rdquo;.

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Coco Chanel: um dos ícones máximos da moda mundial

Imagem de Anita Berber: a trajetória da atriz que escandalizou a Europa no megacurioso

Berber atuou em obras históricas e revolucionárias do cinema e dança, mas teve um fim trágico 

<head></head><body>Uma artista alemã foi vista vestindo apenas um casaco de pele. Debaixo dele, sua nudez completa. Como acessório, usava apenas um medalhão cheio de cocaína. Você chegou a ver essa notícia escandalosa nos jornais? Será que essa artista queria chamar a atenção da mídia e se tornar um viral?A resposta é não. Anita Berber fez sucesso em um mundo diferente do nosso, mas que guarda algumas semelhanças, como um conservadorismo que se choca diante de excessos. Contudo, essa dançarina alemã é muito maior do que as suas polêmicas. Corajosa, Anita protagonizou obras tão importantes que a colocaram em destaque na história do cinema mundial.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/18/18150415284353.jpg" alt="Anita Berber em retrato de Magnus Merck. (Fonte: Magnus Merck / Wikimedia Commons / Reprodução)">Anita Berber em retrato de Magnus Merck. (Fonte: Magnus Merck / Wikimedia Commons / Reprodução)<h2>Anita Berber: infância e juventude</h2>Anita era filha de Félix Berber e Lucie Berber. Seus pais eram artistas. Ele era violinista da Orquestra Municipal e ela era cantora e atriz. Contudo, Anita foi criada pela avó, pois seus pais se separaram um ano após seu nascimento.Anita foi educada no Instituto Jaques-Dalcroze, em Hellerau, cidade alemã que ficou famosa por reunir muitos artistas. Esse instituto estimulava os alunos a criarem consciência dos movimentos corporais, usando esse conhecimento em sua arte. Isso foi importante na formação de Anita Berber.Aos 14 anos, ela foi viver com a sua mãe. Estudou francês e confeitaria em um internato feminino. Naquele ano, a Europa viveria o início da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119293-batalha-das-toninhas-o-fracasso-brasileiro-na-primeira-guerra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira Guerra Mundial</a>.Anita e sua mãe se mudaram para <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/85737-10-curiosidades-sobre-a-construcao-e-a-queda-do-muro-de-berlim.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Berlim</a>, onde ela começou a estudar teatro, sendo aluna Rita Sacchetto. Rita era considerada uma artista de vanguarda e hoje também é reconhecida como um nome importante na história do cinema e da dança.<h2>Berber: uma artista de sucesso em obras históricas</h2>Jornais diziam que Anita Berber era “a nova maravilha na arte da dança”. Em 1918, ela estrelou seu primeiro filme. Naquela época, os filmes ainda eram mudos. Sem as palavras, a expressão corporal dos atores era ainda mais importante.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/08/08133614505244.jpg" alt="Pôster do filme Diferente dos Outros. (Fonte: Eu Assisti / Reprodução)">Pôster do filme Diferente dos Outros. (Fonte: Eu Assisti / Reprodução)Algumas pessoas acham que abordar a homossexualidade na ficção é algo recente. Mas, em 1919, Berber participou do filme “Diferente dos Outros”, dirigido por Anders als die Andern. Trata-se de uma das primeiras obras audiovisuais a falar da homossexualidade — muito antes de qualquer <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120208-a-globo-esta-falindo-mesmo-entenda-o-que-acontece-na-emissora.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">novela da Globo</a> sonhar em existir.<h2>Sucesso profissional e excessos</h2>Com seu trabalho sendo aclamado pela crítica e pelo público, Anita vivia em seu auge — e sua vida pessoal era tão intensa quando a profissional. Em 1919, em uma festa pós-show, ela dançou nua para o público. Essa seria a primeira de muitas apresentações do tipo.Casou-se com o rico roteirista Eberhard von Nathusius. O casamento não a impediu de viver vários romances, inclusive com outras mulheres. Gastando fortunas em roupas, joias e drogas, a artista se rendia aos excessos da vida que escolheu viver. Agora, público e imprensa passavam a se interessar mais pela sua vida pessoal do que pelas suas obras.Foi nesse período que ela era vista andando nua, como na cena descrita neste texto. As pessoas se dividiam diante das ações de Anita, mas a Berlim da época não conseguia ignorá-la.<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/dI7CyEqiJRs" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Nesse período, ela já era uma estrela das apresentações de cabarés. Seu casamento acabaria em 1921, quando ela se tornaria amante de Susi Wanowiski, que era dona de um clube lésbico. Susi também se tornou sua agente e secretária.Em 1922, ela se casa novamente, dessa vez com o também artista Sebastian Droste. O casal se conheceu trabalhando juntos. A união deles foi inovadora para a arte, pois Droste incorporou novos materiais e técnicas nas apresentações que realizavam. A obra mais notável de ambos foi “As Danças de Depravação, Horror e Ecstasy”, criada em apenas cinco meses.Agora, os excessos começavam a pesar a vida de Berber. Ela chegou a se internar em um sanatório para tentar se livrar do vício em drogas. Ainda em 1922, ela faria a turnê de “Lucrécia Bórgia”, filme que contava a história de outra mulher que se tornou mundialmente famosa. Foi outro grande sucesso.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/08/08132818130240.jpg" alt="(Fonte: Eu Assisti / Reprodução)">(Fonte: Eu Assisti / Reprodução)Apesar disso, Droste se mostrou um péssimo empresário para Anita. Ele assinou contratos de exclusividade com três teatros diferentes e tentou pagá-la com uma nota falsa. Os erros do marido de Anita fizeram com que ambos fossem proibidos de se apresentar em qualquer lugar da Europa por dois anos. A artista desobedeceu à proibição e chegou a ser expulsa da cidade de Viena.O casamento terminou em 1923. Sebastian roubou tudo o que pode de Anita e fugiu para Nova Iorque. Anita se reergueu e até se casou novamente, dessa vez, como bailarino estadunidense Chatin-Hoffman.<h2>Prisão e morte</h2>Em 1926, durante uma apresentação na antiga Iugoslávia, Anita proferiu insultos ao rei. Ficou presa durante seis semanas. Nos dois anos seguintes, a artista se apresentou por vários locais para se recuperar financeiramente, pois havia falido.Durante uma apresentação na Síria, ela desmaia. Diagnosticada com tuberculose, seu dinheiro foi consumido pelo transporte da Síria até a Alemanha, já que ela precisava de cuidados. Foi preciso que antigos amigos ajudassem a custear a viagem. Quatro meses depois ela morreria, sendo enterrada em um túmulo para indigentes em Berlim. Esse cemitério não existe mais.</body>

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Anita Berber: a trajetória da atriz que escandalizou a Europa

Imagem de Niède Guidon, a arqueóloga que elevou a pesquisa brasileira no megacurioso

Importante nome da ciência brasileira, Niède Guidon dedicou cinco décadas à luta pela preservação do maior conjunto de sítios arqueológicos das Américas

<head></head><body>Se você nunca ouviu, leu ou soube algo sobre Niède Guidon, siga neste texto e corrija esse erro. Isso porque a arqueóloga franco-brasileira é um dos mais importantes nomes da ciência brasileira, contribuindo, entre outras coisas, com a criação do Parque Nacional da Serra da Capivara, localizado no estado do Piauí. Lá está o maior conjunto de sítios arqueológicos de todas as Américas.Filha de pai francês e mãe brasileira, Niède é natural de Jaú, interior de São Paulo. Formada em História Natural pela Universidade de São Paulo (USP), em 1959, aproveitou-se da dupla nacionalidade para curar uma especialização em <a href="https://www.megacurioso.com.br/arqueologia/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Arqueologia</a> Pré-Histórica na Universidade Paris-Sorbonne, em 1962. Foram mais de cinco décadas dedicadas à luta pela preservação do parque nacional, até que ela se aposentou, em 2020, aos 87 anos.<h2>Do Museu do Ipiranga para o interior do Piauí</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/17/17214154406411.jpg" alt="(Fonte: FUMDHAM/360Meridianos)">(Fonte: FUMDHAM/360Meridianos)Na década de 1960, enquanto ainda era funcionária da USP, no Museu do Ipiranga, Niède Guidon ouviu falar pela primeira vez sobre os sítios arqueológicos existentes no interior do Piauí. O contato existiu porque estava organizando uma exposição sobre pinturas rupestres do Brasil.Após uma conversa informal com uma pessoa, sua curiosidade foi atiçada, ainda que tenha levado sete anos até sua primeira visita ao local. Ela visitou os 55 sítios arqueológicos lá existentes, os fotografou e levou o material coletado para a França, onde residia. Com auxílio do governo francês, retornou à <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/103702-os-14-patrimonios-culturais-mundiais-do-brasil-de-acordo-com-a-unesco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Serra da Capivara</a>. O que era para ser uma pesquisa in loco com duração de dois meses virou 50 anos de luta e dedicação.<h2>A luta por preservar as importantes descobertas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/18/18100937846095.jpg" alt="(Fonte: Reprodução/Nossa Ciência)">(Fonte: Reprodução/Nossa Ciência)Na Serra da Capivara, a arqueóloga e sua equipe encontraram inúmeros resquícios de fogueiras e sinais de presença humana datados de milhares de anos. Ao todo, mais de 1.300 registros pré-históricos foram encontrados em 130 mil hectares, e é Guidon a principal responsável por criar o parque que viria a preservar essas descobertas, em 1979.Sua luta, desde então, é para conseguir manter a entidade civil sem fins lucrativos que criou, em 1986, ao lado de outros pesquisadores, para manter o parque, a Fundação Museu do Homem Americano (FUMDHAM). Com despesas fixas em torno de R$ 150 mil reais, o parque tem dificuldades para gerar receita própria, já que há pouca estrutura nas cidades ao redor.Esse dinheiro é utilizado, entre outras coisas, para garantir o funcionamento dos acessos aos visitantes, rondas de combate à caça e segurança do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121357-6-dos-museus-mais-estranhos-e-curiosos-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">museu</a>. Até 2015, a Serra da Capivara ficou sem recursos federais, tendo o quadro de funcionários reduzido de 270 para 30 pessoas. Naquele ano, uma verba emergencial foi destinada pelo Ministério do <a href="https://www.megacurioso.com.br/meio-ambiente/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Meio Ambiente</a>, que cobriria custos fixos por três anos. Sem auxílio governamental, o trabalho de Niède corre risco de fechar.<h2>Niède Guidon também acumulou controvérsias na carreira</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/18/18102248597100.jpg" alt="(Fonte: FUNDHAM/360Meridianos)">(Fonte: FUNDHAM/360Meridianos)Difícil imaginar algum grande cientista ou pesquisador que não tenha, em sua carreira, acumulado algumas controvérsias, em especial alguém do gabarito de Niède Guidon. Os estudos da arqueóloga reviraram as estruturas do que se pensava sobre a chegada do Homo sapiens às Américas.A convenção científica internacional aceita que os primeiros seres a habitarem o continente teriam cruzado o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117891-diomedes-2-ilhas-separadas-por-3-8-km-e-21-horas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estreito de Bering</a> há cerca de 13 mil a 14 mil anos antes do presente (ou AP, forma que a arqueologia, paleontologia e geologia marcam o tempo, tendo como base de referência o ano de 1950 d.C..), vindos da Rússia para os Estados Unidos.Niède e sua equipe encontraram vestígios de ferramentas e pinturas rupestres com datações de cerca de 59.000 AP a 5.000 AP. O material encontrado pela cientista e sua equipe passou por rigorosas análises em laboratórios de arqueologia na Europa e nos Estados Unidos, e, ainda assim, seguem sem aceitação plena da comunidade acadêmica americana.</body>

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Niède Guidon, a arqueóloga que elevou a pesquisa brasileira

Imagem de Hipátia: a filósofa e cientista de Alexandria assassinada por cristãos no megacurioso

Hipátia de Alexandria foi responsável pela invenção do astrolábio, ferramenta usada pelos portugueses nas grandes navegações

Hip&aacute;tia nasceu na cidade eg&iacute;pcia de Alexandria, por volta de 370 d.C. Era filha do matem&aacute;tico, fil&oacute;sofo e astr&ocirc;nomo Theon, &uacute;ltimo diretor do Museu de Alexandria. Mesmo sendo mulher, seu pai n&atilde;o lhe negou acesso &agrave; educa&ccedil;&atilde;o, o que n&atilde;o era comum na &eacute;poca. Isso foi fundamental para que ela se tornasse imortal na hist&oacute;ria das Ci&ecirc;ncias, principalmente da Matem&aacute;tica.
Hip&aacute;tia &eacute; considerada a primeira mulher a se destacar nas Ci&ecirc;ncias Exatas em toda a hist&oacute;ria. Contudo, a mesma intelig&ecirc;ncia que a imortalizou despertou a inveja de homens poderosos e a ira de um povo ignorante. Com tantos inimigos, essa c&eacute;lebre professora se tornou v&iacute;tima de um crime brutal, capaz de chocar as pessoas ainda hoje.
<h2 class="uk-text-justify">Vida e obra de Hip&aacute;tia de Alexandria</h2>
Influenciada pelo pai, Hip&aacute;tia estudou astronomia, religi&atilde;o, poesia, artes e ci&ecirc;ncias exatas. Ela tamb&eacute;m estudou em uma escola neoplat&ocirc;nica, em Atenas (Gr&eacute;cia). Ao retornar para Alexandria, tornou-se professora e depois diretora da Academia de Alexandria.
O racioc&iacute;nio dela era t&atilde;o admirado que pol&iacute;ticos costumavam consult&aacute;-la antes de tomar grandes decis&otilde;es. Um desses pol&iacute;ticos, Orestes, tornou-se um aliado e admirador.
Orestes era o representante do Imp&eacute;rio Romano em Alexandria, exercendo um cargo semelhante ao de um governador dos dias atuais. Antes de ser amigo de Hip&aacute;tia, ele havia sido aluno dela.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://s2.glbimg.com/trokgdP8WZzj15ZsfZFavB2HihM=/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2019/08/19/52dba785-b8c6-4c10-b52b-5cb35e96f7ac.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/14/14093052000060.jpg" alt="Desenho de Hip&aacute;tia feito por Jules Maurice Gaspard (1862&ndash;1919) (Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o Wikimedia Commons)" />Desenho de Hip&aacute;tia feito por Jules Maurice Gaspard (1862&ndash;1919). (Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o Wikimedia Commons)
Hip&aacute;tia era conhecida por n&atilde;o fazer distin&ccedil;&atilde;o entre seus alunos. Lecionava para crist&atilde;os, judeus e pag&atilde;os sem problemas. Muitas de suas aulas eram dadas de forma p&uacute;blica, disponibilizando sua sabedoria para quem quisessem ouvi-la.
O problema &eacute; que o contexto social de sua &eacute;poca estava mudando. A busca pela l&oacute;gica e pelo saber estavam deixando de ser ideais admirados pelos l&iacute;deres romanos. Se antes os crist&atilde;os eram perseguidos pelos <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109442-13-fatos-fascinantes-e-malucos-sobre-os-antigos-romanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">romanos</a>, agora, eram eles que mandavam no Imp&eacute;rio e tinham o poder de matar quem pensasse diferente.
<h2 class="uk-text-justify">Assassinato de Hip&aacute;tia de Alexandria</h2>
O clima tenso entre crist&atilde;os, judeus e pag&atilde;os gerava uma onda de viol&ecirc;ncia entre os moradores de Alexandria, al&eacute;m de indicar a decad&ecirc;ncia do Imp&eacute;rio Romano, incapaz de unificar os povos.
Em 395 d.C., o Imp&eacute;rio Romano se dividiu entre os romanos ocidentais <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120681-por-que-sao-pedro-e-considerado-o-primeiro-papa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">(cat&oacute;licos romanos)</a> e romanos orientais (cat&oacute;licos ortodoxos). Alexandria se tornou parte do Imp&eacute;rio Romano Oriental.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/14/14093301156062.jpg" alt="Cirilo de Alexandria (Fonte: Wikimedia)" />Cirilo de Alexandria (Fonte: Wikimedia)
Em 412 d.C., a cidade ganha um novo patriarca (bispo) ortodoxo: Cirilo. Ele n&atilde;o era um admirador de Hip&aacute;tia, pelo contr&aacute;rio: ele considerava os ensinamentos dela anticrist&atilde;os.
Sendo assim, o religioso passou a usar sua influ&ecirc;ncia para insuflar o &oacute;dio &agrave; estudiosa junto aos seus fi&eacute;is. O &uacute;nico aliado de Hip&aacute;tia era o prefeito Orestes, que tamb&eacute;m despertava a ira desse bispo.
Um dia, enquanto estava dentro de uma carruagem, Hip&aacute;tia foi <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121281-o-que-e-uma-reacao-em-manada-e-por-que-nos-a-seguimos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cercada por uma multid&atilde;o</a> de crist&atilde;os. A mulher foi arrastada at&eacute; o Kaisarion (ou Caesareum), um templo pag&atilde;o romano constru&iacute;do em homenagem ao filho de J&uacute;lio C&eacute;sar e Cle&oacute;patra, mas que j&aacute; tinha sido transformado em igreja crist&atilde; nessa &eacute;poca.
L&aacute; ela foi espancada, esfolada e seu corpo foi esquartejado. Os crist&atilde;os ainda queimaram a biblioteca de Alexandria, assim como todas as obras de Hip&aacute;tia e de outros pensadores. Nenhum livro de Hip&aacute;tia sobreviveu &agrave; ira dos religiosos. O cristianismo passou a ser a &uacute;nica religi&atilde;o permitida em Alexandria.
Ainda assim, sabemos que grandes inven&ccedil;&otilde;es como o planisf&eacute;rio, o hidr&ocirc;metro e o astrol&aacute;bio plano foram resultados de suas pesquisas matem&aacute;ticas. Ali&aacute;s, o astrol&aacute;bio s&oacute; seria usado pela humanidade mil anos depois, quando os portugueses deram origem &agrave;s grandes navega&ccedil;&otilde;es.

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Hipátia: a filósofa e cientista de Alexandria assassinada por cristãos

Imagem de 3 mulheres que tiveram seu trabalho roubado por homens no megacurioso

E morreram sem receber os devidos créditos

<head></head><body>De salários baixos a pouco reconhecimento e ocupação de cargos de poder, a figura da mulher sempre foi desvalorizada na estrutural social machista da sociedade, uma luta menosprezada que prevalece até hoje, apesar de todas as evoluções.Por outro lado, a representação do homem sempre prosperou como se fosse o único detentor de todo o tipo de conquista e espaço. Evolução, poder, inteligência e conquistas — ferramentas que constroem um país e impulsionam o mundo — sempre estiveram associadas às mãos masculinas, enquanto às mulheres era atribuído uma vassoura, a mão do próprio filho ou guardanapo de pano para enxugar a louça.Ainda que a estrutura patriarcal tenha tentado, por vezes com muito êxito, silenciar e limpar a mulher de vários contextos históricos, elas ainda assim continuaram desenvolvendo trabalhos em vários campos sociais, da ciência à medicina. Mas onde estão seus nomes ao longo da História? Em que momento os livros seculares as mencionam e lhes dão os devidos créditos?Essas são 3 mulheres, de uma lista imensa, que tiveram seu trabalho de contribuição para a humanidade roubado pelo privilégio, em sua maioria branco, de um homem.<h2>1. Rosalind Franklin</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/04/04061150974004.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Uma molécula de<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121199-o-que-e-o-dna-e-como-ele-se-parece.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;DNA</a> consiste em duas fitas que se enrolam como uma escada torcida, mantidas juntas por ligações entre as bases, com a adenina formando um par de bases com a timina, e a citosina formando um par com a guanina. Isso é chamado de dupla hélice, a estrutura de uma molécula de DNA, cuja descoberta por Rosalind Franklin trouxe melhores tratamentos médicos, novos medicamentos, melhores diagnósticos de doenças, e entre outros benefícios.Tudo isso por causa da química britânica envolvida no estudo do DNA no King’s College, em Londres, quando produziu uma imagem inovadora, em 1951. Mas todo o crédito da descoberta foi para James Watson e Francis Crick quando um colega dela mostrou seu trabalho, sem permissão, aos dois homens.Dois anos depois, Watson e Crick publicaram "suas" descobertas e deram apenas uma referência passageira às contribuições de Franklin. Eles receberam o Prêmio Nobel por isso e Franklin não recebeu nada.<h2>2. Elizabeth Magie</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/04/04061329755005.jpg" alt="(Fonte: Anspach Archives)">(Fonte: Anspach Archives)Em 1930, Charles Darrow foi de um mero vendedor de aquecedores desempregado a um dos maiores milionários dos Estados Unidos quando a empresa Parker Brothers apresentou para as famílias do país o jogo Monopoly.O homem se tornou o primeiro a ficar milionário com jogos de tabuleiro, se tornando a síntese de como era "vencer na América", fortemente importando o tão famoso "sonho americano" como se fosse uma realidade fácil ou alcançável para os imigrantes que chegavam na terra do Tio Sam.O que poucos sabem é que, 30 anos antes, Elizabeth Magie criou o The Landlord’s Game, e foi a partir dele que Darrow inventou seu Monopoly, da estrutura às estratégias, para qual a Parker Brothers comprou a patente de Magie, que arrecadou apenas US$ 500 e foi totalmente ofuscada pelo subsequente sucesso.<h2>3. Hedy Lamarr</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/12/12151918969000.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Ela foi bem mais do que uma estrela dos filmes da Era de Ouro dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119950-as-doentias-regras-contratuais-de-hollywood-em-1930.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estúdios de Hollywood</a>. Inventora muito à frente de seu tempo, Lamarr colaborou com o compositor George Antheil para criar um sistema de orientação para torpedos por rádio.A atriz teve sua mente brilhante subestimada pelos homens, que só a enxergavam pela sua beleza, até conhecer Howard Hughes, responsável por alimentar o fascínio dela pela ciência, chegando a dar um conjunto de ferramentas que a permitiam trabalhar em invenções do seu trailer nos sets de filmagens.Foi em meados de 1940 que Lamarr conheceu Antheil, durante um jantar em que ela se abriu sobre o caos da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/112268-entenda-como-comecou-a-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a> e como não se sentia confortável em não colaborar com nada para o seu país enquanto pessoas morriam a todo o momento. Foi assim que ela e Antheil começaram a discutir maneiras de combater as forças do Eixo, chegando à ideia de um sistema de comunicação por ondas de rádio usado com a intenção de guiar torpedos para seus alvos de guerra.A dupla apresentou a proposta para a Marinha dos EUA, que fingiu desinteresse apenas para roubar a ideia deles, classificarem a patente e, 20 anos depois, lançar a tecnologia que serviria de base para os sistemas de comunicação Wi-Fi, GPS e Bluetooth no futuro.</body>

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3 mulheres que tiveram seu trabalho roubado por homens

Imagem de 5 situações em que mulheres ainda sofrem com a desigualdade de gênero no megacurioso

Mesmo que as mulheres tenham conquistado vários direitos nos últimos séculos, a verdade é que há muitas batalhas a serem combatidas

<head></head><body>Ser mulher é viver uma batalha permanente para ter seus direitos escutados. Algumas conquistas já foram obtidas, ainda que recentemente, como o direito ao voto e ao de participar das forças armadas, por exemplo. Mas existem vários aspectos da vida cotidiana em que as desigualdades ainda permanecem. Neste texto contamos alguns deles.<h2>1. Mulheres ainda ganham menos que os homens</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/09/09202005253753.jpg" alt="(Fonte: iStock)">(Fonte: iStock)Um dos principais aspectos da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121296-6-marchas-muito-importantes-para-o-movimento-feminista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desigualdade de gênero</a> é a questão da diferença salarial no mercado de trabalho. Estudos mostram que isso permanece: nos Estados Unidos, mulheres brancas ganham 82 centavos para cada dólar recebido por um homem. A situação é ainda pior para mulheres negras, que ganham 62 centavos a cada dólar que homens não hispânicos ganham. Já as mulheres latinas ganham 54 centavos para cada dólar.No Brasil, a situação também é ruim. As mulheres recebem 79,5% do total da remuneração de um homem, de acordo com dados de 2018 do IBGE. Quando se pensa que, em países como o nosso, as mulheres tendem a acumular uma sobrecarga de trabalhos domésticos bem maior que a de seus parceiros, a situação fica ainda pior.<h2>2. O Viagra não é taxado, diferente dos absorventes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/09/09202128253754.jpg" alt="(Fonte: Teahub)">(Fonte: Teahub)O que é um artigo básico de higiene pessoal? A resposta não é tão clara assim. Para se ter uma ideia, nos Estados Unidos, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110610-homem-toma-superdosagem-de-viagra-e-tem-efeito-colateral-inusitado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Viagra</a> (remédio usado para a disfunção erétil) não é taxado por impostos, mas os absorventes são. "As mulheres ainda têm que lutar pela cobertura de controle de natalidade no plano de saúde, enquanto os homens geralmente têm acesso a medicamentos para disfunção erétil. É um ultraje”, diz Kristin Anderson, professora de psicologia da Universidade de Houston-Downtown.Os valores cobrados a mais às mulheres é um fenômeno que costuma ser chamado de "taxa rosa". Segundo uma pesquisa feita pela ESPM, produtos femininos que têm correspondentes masculinos (como, por exemplo, lâminas de barbear ou roupas) podem ter valor de até 100% a mais. A lógica desta cobrança é inacreditável: o marketing pressupõe simplesmente que as mulheres estão dispostas a gastar mais com seus bens.<h2>3. Mulheres na política ainda são uma minoria</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/09/09202330268755.jpg" alt="(Fonte: Pedro Ladeira/FolhaPress)">(Fonte: Pedro Ladeira/FolhaPress)Nos Estados Unidos, 51% dos americanos são mulheres, mas menos de 24% dos seus representantes políticos também são. Este quadro se repete também no Brasil, mas é ainda pior: apenas 15% dos cargos políticos são ocupados por elas.É difícil precisar porque isso ainda acontece. Há quem acredite que o temperamento feminino não seria propício para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121300-4-brasileiras-que-lutaram-pelo-direito-ao-voto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">política</a>. “Acho que se resume a duas coisas: falta de modelagem e estereótipos sobre o que as mulheres deveriam ser”, diz a psicóloga Elizabeth Lombardo.Na avaliação de Noemia Porto, presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho, é obrigação dos poderes constituídos atuar na correção de desigualdades históricas. “O fato é que as políticas de ações afirmativas para a equidade de gênero na vida política não têm se mostrado suficientes. Para além do aspecto numérico das candidatas, é necessário levar a sério a participação efetiva durante o processo eletivo", afirma.<h2>4. Apenas 20% dos líderes em empresa são mulheres</h2><span class="img-fc" data-fonte="Freepik" data-fonte-url="https://br.freepik.com/fotos-gratis/mulher-com-terno-sentado-em-uma-mesa-com-os-parceiros-para-tras-e-os-bracos-cruzados_983488.htm#&amp;position=31&amp;from_view=detail#&amp;position=31&amp;from_view=detail"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/09/09202621175756.jpg" alt="(Fonte: Freepik)">(Fonte: Freepik)A mulher, além de receber menos, também é menos propensa a subir de cargo dentro de uma empresa. Um estudo feito pela Lean In, que fomenta a inserção feminina no mercado de trabalho, mostrou que na entrada de uma empresa 52% dos funcionários são homens e 48% são mulheres. Mas quando se observa o nível de um gerente, 62% são homens e 38% são mulheres. Já quando se chega ao nível de <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/82649-as-10-mulheres-mais-poderosas-do-mundo-da-tecnologia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">CEO</a>, o topo dos cargos, 80% são homens.<h2>5. As mulheres ainda acumulam muito mais trabalho doméstico</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/09/09202750018758.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Independente da idade, as mulheres tendem a fazer bem mais tarefas domésticas que seus parceiros. Um estudo da revista Work, Employment and Society descobriu que as mulheres fazem cerca de 16 horas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/85685-estudo-comprova-casal-que-divide-tarefas-domesticas-tem-melhor-vida-sexual.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tarefas domésticas</a> por semana, enquanto os homens fazem seis.Quando os dois membros de um casal estão empregados em tempo integral, as mulheres têm cinco vezes mais chances de gastar pelo menos 20 horas semanais cuidando da casa. A psicóloga Elizabeth Lombardo opina: "não acho que seja uma questão de homens se recusando a ajudar — é só que eles não pensam muito nisso. As mulheres são multitarefas naturais e, por isso, automaticamente fazem as coisas que acham que precisam ser feitas, enquanto um homem pode passar por uma pia cheia de pratos e nem passar em sua mente que isso precisa ser resolvido." E você, o que acha?</body>

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5 situações em que mulheres ainda sofrem com a desigualdade de gênero

Imagem de Por que a pandemia de covid-19 afetou mais as mulheres? no megacurioso

Durante a pandemia, mulheres no mundo todo sofreram mais com questões de instabilidade profissional, sobrecarga de trabalho e violência doméstica

<head></head><body>A pandemia de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120882-covid-19-5-duvidas-sobre-a-pandemia-que-ainda-nao-desvendamos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a>, que enfrentamos desde 2020, tem sido prejudicial a todo mundo. Mas há um grupo que foi especialmente afetado pelos danos causados durante todo este tempo: as mulheres. Elas ficaram mais sobrecarregadas, perderam postos no mercado de trabalho ou cogitaram sair do emprego para cuidar de suas famílias.O Instituto McKinsey, que faz um acompanhamento do impacto da presença feminina no mercado de trabalho, fez constatações estarrecedoras. A primeira: a pandemia afetou diretamente no emprego das mulheres, 1 em cada 4 mulheres pensou ou está pensando em sair do trabalho — enquanto homens, 1 a 5 cinco. Os subgrupos mais impactados, conforme os dados, são as trabalhadoras que são mães, mulheres que ocupam cargos de gerência e as <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119685-6-mulheres-negras-brasileiras-que-fizeram-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mulheres negras</a>.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/08/08130854629212.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Historicamente, as mulheres trabalhadoras têm médias menores de salário em relação aos homens, e estão mais propensas a aceitar subempregos. Por isso mesmo, elas são mais vulneráveis à dispensa de seus trabalhos em momentos de crise, como uma <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/230455-tendencias-manter-pandemia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pandemia</a>.Já a tendência a sair do mercado de trabalho reflete múltiplos fatores. O mais óbvio deles é o acúmulo de funções: na pandemia, as mulheres tiveram que assumir mais responsabilidades com os filhos e com atividades dentro de casa. Outro aspecto é que as oportunidades de trabalho pioraram, especialmente para as mulheres. Neste quesito, entra a sobrecarga de trabalho (assumindo funções de profissionais desligados, por exemplo) e a falta de perspectiva de crescimento dentro de uma empresa.Outra constatação é que, no caso das mães, quanto menor é o filho, mais impactada foi a sua rotina de trabalho. Mulheres com filhos com menos de dez anos têm 10% de chance a mais de saírem do emprego do que os homens. Isto porque, com a pandemia e os fechamentos de serviços e instituições, como as escolas, as trabalhadoras tiveram um acúmulo de atividades profissionais e domésticas muito maior do que seus parceiros.<h2>A saúde mental das mulheres</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/06/06183441043002.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)A sobrecarga de trabalho (externo à família e dentro da própria casa) é um sintoma nítido de outro problema agravado neste período: a saúde mental. Além do estresse envolvendo os riscos causados pela COVID-19, aparecem aqui outros fatores tangenciais que aumentam a propensão ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120960-janeiro-branco-por-que-tantos-problemas-da-saude-mental.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sofrimento mental</a>, como o aumento do isolamento nas relações sociais e no próprio ambiente de trabalho.Um dado interessante que ilustra bem essa situação são as pesquisas mais feitas no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/104110-25-curiosidades-fascinantes-sobre-os-19-anos-do-google.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Google</a> durante esse período. Segundo o relatório do Google Trends, os últimos 12 meses bateram recorde na procura dos termos "cansada psicologicamente" e "cansada mentalmente".<h2>Aumento da violência contra as mulheres</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/06/06183815794003.jpg" alt="(Fonte: Freepik)">(Fonte: Freepik)Outro fato triste diz respeito ao aumento da violência contra as mulheres neste período — provocada, em parte, pela maior permanência das pessoas dentro de casa durante os lockdowns e a crise econômica. O Global Protection Cluster (rede ligada à <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118411-o-que-e-o-conselho-de-seguranca-da-onu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ONU</a> que fornece proteção às pessoas afetadas por crises humanitárias) observou um aumento de 90% da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119822-maria-da-penha-a-historia-do-combate-a-violencia-contra-a-mulher.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">violência contra as mulheres</a> em alguns países, como o Afeganistão, Síria e Iraque.&nbsp;A informação é reiterada por um fato curioso: enquanto a violência sofrida pelas mulheres nas ruas caiu (provavelmente por conta da diminuição da circulação de pessoas com as restrições sanitárias), ela aumentou nas casas. No Brasil, a pesquisa "Visível e Invisível: A Vitimização de Mulheres no Brasil", encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública ao Instituto Datafolha, mostrou que 24,4% das mulheres relatam ter sofrido algum tipo de violência ou agressão durante o período da pandemia de covid-19.O mesmo relatório do Google Trends também constatou um crescimento exponencial nas buscas relacionadas à violência doméstica. No Brasil, por exemplo, perguntas como "o que entra na agressão doméstica" e "como denunciar violência doméstica" atingiram o pico mais alto de pesquisa nos últimos 17 anos.</body>

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Por que a pandemia de covid-19 afetou mais as mulheres?

Imagem de Emily Davison: a mulher que se sacrificou publicamente pelo direito ao voto no megacurioso

Em 1913, Emily se jogou na frente do cavalo do rei para chamar atenção ao grupo que fazia parte

As&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119096-amelia-bloomer-foi-massacrada-por-defender-o-uso-de-calcas-no-sec-xix.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sufragistas</a> foram um grupo de mulheres que lutaram, na Gr&atilde; Bretanha, pelo&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119700-por-que-os-direitos-das-mulheres-estao-em-risco-no-afeganistao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">direito ao voto feminino</a> &mdash; conquista obtida em 1918. A luta das sufragistas inspirou pessoas no mundo inteiro, que usaram o seu exemplo para pleitear a mesma revolta em seus pa&iacute;ses.
At&eacute; hoje, estas mulheres s&atilde;o reverenciadas por sua import&acirc;ncia dentro do movimento feminista. Uma das mais importantes foi a governanta Emily Davison, que sacrificou sua vida enquanto fazia um protesto: ela morreu ap&oacute;s pular na frente do cavalo do rei da Inglaterra, com uma bandeira do Women's Social and Political Union (WSPU) costurada em sua jaqueta, durante o tradicional evento Epsom Derby.
<h2>A hist&oacute;ria de Emily Davison</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/06/06194253055014.jpg" alt="(Fonte: Wikipedia)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Emily Wilding Davison nasceu no sudeste de Londres em outubro de 1872. Ela obteve forma&ccedil;&atilde;o acad&ecirc;mica no Royal Holloway College e na Universidade de Oxford. Filha de uma fam&iacute;lia de classe m&eacute;dia baixa, ap&oacute;s a morte de seu pai n&atilde;o teve como pagar as mensalidades e teve que deixar a faculdade.
Em 1906, aos 34 anos, ela se juntou &agrave; Women's Social and Political Union, grupo fundado por <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/51322-we-can-do-it-estas-35-mulheres-ajudaram-a-mudar-o-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Emmeline Parkhurst</a>, considerada a l&iacute;der do movimento sufragista. Na &eacute;poca, Emily trabalhava como governanta, mas largou seu emprego para dedicar-se ao movimento. Era uma militante ruidosa: foi presa v&aacute;rias vezes por conta de atos p&uacute;blicos que participou.
Presa em 1909 por jogar pedras na carruagem de um chanceler, Emily Davison foi enviada a um m&ecirc;s de trabalhos for&ccedil;ados na pris&atilde;o Strangeways, em Manchester. &nbsp;Na pris&atilde;o, chegou a fazer greve de fome e, ao ser solta, processou os diretores de Strangeways. O envolvimento de Emily com o movimento sufragista s&oacute; aumentou depois de sua pris&atilde;o. Sua jornada nesta luta se encerraria no dia 4 de junho de 1913, durante o Epsom Derby, uma tradicional corrida brit&acirc;nica de cavalos.
<h2>A morte durante o protesto</h2>
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/8qkU_imbFoE?start=6" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Emily estava decidida a chamar a aten&ccedil;&atilde;o para o movimento sufragista, n&atilde;o importa o que custasse. Ela acreditava que, se voltasse a ser presa, acabaria sendo morta de forma obscura pelos guardas. Ent&atilde;o encontrou um evento com muita visibilidade para se manifestar: o Epsom Derby, que estaria lotado de pessoas, incluindo o rei George V e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/105865-a-macabra-historia-da-decapitacao-de-maria-stuart-rainha-da-escocia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rainha Mary.</a>
As circunst&acirc;ncias de sua morte n&atilde;o s&atilde;o totalmente esclarecidas at&eacute; hoje. Mas acredita-se que Emily Davison tenha planejado pular na frente do cavalo do rei, Anmer, quando ele passasse na sua frente no hip&oacute;dromo. Ele era facilmente identific&aacute;vel pois o j&oacute;quei que o montava estava vestindo as cores do rei.
Emily abriu caminho entre a multid&atilde;o e passou por baixo de uma prote&ccedil;&atilde;o que separava as pessoas dos cavalos que corriam. Quando Anmer entrou na curva final, Emily se jogou na frente dele, com a bandeira sufragista costurada em sua roupa. O j&oacute;quei caiu do cavalo e s&oacute; sofreu ferimentos leves. J&aacute; Emily foi levada &agrave;s pressas para o hospital, mas morreu quatro dias depois.
<h2>Um s&iacute;mbolo do movimento sufragista</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/07/07183454159506.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
O plano de Emily Davison deu certo, visto que sua morte trouxe muita repercuss&atilde;o para o movimento que participava. Seu funeral foi organizado pelo pr&oacute;prio Women's Social and Political Union e reuniu milhares de pessoas em Londres. O lema da WSPU, "a&ccedil;&otilde;es, n&atilde;o palavras", foi gravado em sua l&aacute;pide.
Sua hist&oacute;ria e seu sacrif&iacute;cio s&atilde;o lembrados at&eacute; hoje. Ela, inclusive, foi retratada no filme As Sufragistas&nbsp;(2015),&nbsp;dirigido por Sarah Gravon e estrelado por atrizes como Meryl Streep, Carey Mulligan e Helena Bonham Carter. No filme, Emily &eacute; interpretada pela atriz Natalie Press.

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Emily Davison: a mulher que se sacrificou publicamente pelo direito ao voto

Imagem de 4 brasileiras que lutaram pelo direito ao voto no megacurioso

Nesse Dia Internacional das Mulheres, conheça como o direito ao voto feminino foi incluído na Constituição de 1932

Em 2022, comemora-se uma data importante para as mulheres: h&aacute; 90 anos, conquistava-se o direito ao voto feminino, obtido durante o governo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121169-getulio-vargas-a-vida-do-polemico-presidente-brasileiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Get&uacute;lio Vargas</a>. Esse direito foi reconhecido em 24 de fevereiro de 1932 e homologado pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120010-as-6-constituicoes-mais-antigas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Constitui&ccedil;&atilde;o</a> de 1934.
Embora o&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119603-voto-impresso-ou-eletronico-vantagens-e-desvantagens-de-cada-um.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">voto</a> feminino fosse facultativo, ele se tornou obrigat&oacute;rio em 1965 e foi uma vit&oacute;ria extremamente importante do movimento feminista, que lutava pela equipara&ccedil;&atilde;o dos direitos de homens e mulheres. O processo para essa conquista foi obra de muito trabalho de algumas brasileiras. Neste texto, contamos a hist&oacute;ria de quatro dessas mulheres.
<h2>1. N&iacute;sia Floresta</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/03/03182548621794.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Um dos nomes mais conhecidos nesta luta &eacute; o de uma mulher que nasceu e morreu antes que o voto feminino fosse reconhecido no Brasil. Dion&iacute;sia de Faria Rocha, ou simplesmente&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/75585-21-mulheres-incriveis-que-mudaram-o-mundo-para-melhor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">N&iacute;sia Floresta</a>, foi uma educadora, escritora e poetisa nascida em Papari (Rio Grande do Norte), em 1810.
Ao longo de sua vida, escreveu mais de 14 obras &mdash; a maioria delas defendendo os direitos das mulheres. Para muitos, N&iacute;sia foi a 1&ordf; feminista do Brasil e seu reconhecimento hoje &eacute; internacional.
Em 1838, aos 28 anos, N&iacute;sia abriu uma escola para <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116774-conheca-8-mulheres-que-foram-apagadas-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mulheres</a> e causou pol&ecirc;mica por incluir mat&eacute;rias como Gram&aacute;tica, Matem&aacute;tica, M&uacute;sica, Ci&ecirc;ncias Sociais e Naturais. Muito &agrave; frente de seu tempo, N&iacute;sia Floresta defendeu o direito &agrave; educa&ccedil;&atilde;o e &agrave; participa&ccedil;&atilde;o na vida pol&iacute;tica, deixando um legado para as gera&ccedil;&otilde;es de mulheres que a sucederam.
<h2>2. Leolinda de Figueiredo Daltro</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/03/03185919631818.jpg" alt="(Fonte: Catechese dos &iacute;ndios no Brasil &mdash; Not&iacute;cias e documentos para a Hist&oacute;ria/Livro)" />(Fonte: Catequese dos &iacute;ndios no Brasil &mdash; Not&iacute;cias e documentos para a Hist&oacute;ria/Livro)
Nascida em 1859, a baiana Leolinda de Figueiredo Daltro tamb&eacute;m era professora. Sua atua&ccedil;&atilde;o no magist&eacute;rio estava voltada aos ind&iacute;genas: ela defendia que eles tivessem direito &agrave; educa&ccedil;&atilde;o, pela intermedia&ccedil;&atilde;o de um estado laico, ou seja, sem interfer&ecirc;ncia da Igreja.
Leolinda, ent&atilde;o, atuava em tr&ecirc;s frentes: lutava pela educa&ccedil;&atilde;o, pelos direitos dos ind&iacute;genas e pelo direito das mulheres ao voto. Tudo isso, obviamente, n&atilde;o era visto com "bons olhos": em 1909, ela foi chamada de "a mulher do diabo", pois era desquitada e circulava em ambientes masculinos.
Em 1910, Leolinda fundou o Partido Republicano Feminino (PRF), o primeiro partido de mulheres no Brasil. O partido, claro, n&atilde;o foi reconhecido oficialmente &mdash; at&eacute; porque as mulheres n&atilde;o tinham direito ao voto, o que era uma das reivindica&ccedil;&otilde;es das afiliadas.
As integrantes realizavam passeatas, solicitavam audi&ecirc;ncias e participavam de atos no Plen&aacute;rio para tentar pressionar a cria&ccedil;&atilde;o de leis que garantissem a igualdade de mulheres e homens.
Em 1916, Leolinda apresentou um requerimento solicitando direito ao voto das mulheres. O pedido foi negado, mas abriu espa&ccedil;o para que o assunto come&ccedil;asse a ser debatido.
<h2>3. Bertha Lutz</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/03/03190015506820.jpg" alt="(Fonte: Arquivo ONU)" />(Fonte: Arquivo ONU)
Bertha Lutz &eacute; considerada a maior l&iacute;der na luta pelo direito ao voto das mulheres. Nascida em 1894, ela foi criada na Europa, mas retornou ao Brasil em 1918, onde se engajou no movimento <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119700-por-que-os-direitos-das-mulheres-estao-em-risco-no-afeganistao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">feminista</a>.&nbsp;
Junto a outras pioneiras, Bertha fundou em 1919 a Liga para a Emancipa&ccedil;&atilde;o Intelectual da Mulher &mdash; que mais tarde se tornou a Federa&ccedil;&atilde;o Brasileira para o Progresso Feminino (FBPF).
Um dos grandes objetivos do grupo era aprovar o direito ao voto. &Agrave; frente do FBPF, Bertha organizou o 1&ordm; congresso feminista do pa&iacute;s, em 1922. Uma das ideias do evento era levantar a discuss&atilde;o sobre o voto e ajudar a fazer press&atilde;o sobre os pol&iacute;ticos da &eacute;poca.
Oito anos depois, em 1930, um golpe de Estado colocou <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121169-getulio-vargas-a-vida-do-polemico-presidente-brasileiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Get&uacute;lio Vargas</a> no poder. No ano seguinte, as sufragistas brasileiras conseguiram um encontro com o presidente e, finalmente, em 1932, o voto feminino apareceu no novo C&oacute;digo Eleitoral. No entanto, o voto ainda estava restrito aos cidad&atilde;os alfabetizados, ent&atilde;o as pessoas pobres estavam exclu&iacute;das desse direito.
<h2>4. Almerinda Gama</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Hist&oacute;ria de Alagoas&nbsp;" data-fonte-url="https://i0.wp.com/www.historiadealagoas.com.br/wp-content/uploads/2021/03/Almerinda-Farias-Gama-votou-em-1933-para-a-escolha-dos-representantes-classistas-para-a-Assembleia-Nacional-Constituinte.jpg?ssl=1"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/03/03185548145816.jpg" alt="(Fonte: FGV/CPDOC)" />(Fonte: FGV/CPDOC)
Em 1899, nasceu&nbsp;Almerinda Gama, outra mulher que teve grande participa&ccedil;&atilde;o no movimento sufragista brasileiro. Datil&oacute;grafa, escritora e sindicalista, ela centralizou a sua atua&ccedil;&atilde;o no direito das mulheres negras na pol&iacute;tica.
Almerinda nasceu em Alagoas, morou no Par&aacute; e, por fim, no Rio de Janeiro. L&aacute;, aproximou-se do movimento feminista e da FBPF. As pesquisadoras do feminismo no Brasil contam que Almerinda tinha um papel "social" muito forte, pois ela atuava na interlocu&ccedil;&atilde;o entre a federa&ccedil;&atilde;o e a imprensa, que n&atilde;o costumava ver essas mulheres com "bons olhos".
Al&eacute;m de atuar na FBPF, ela desenvolvia uma jornada importante como sindicalista. Foi a primeira dirigente do Sindicato dos Datil&oacute;grafos e Taqu&iacute;grafos do Distrito Federal e tamb&eacute;m a &uacute;nica mulher a votar como delegada eleitora na Assembleia Nacional Constituinte de 1933.

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4 brasileiras que lutaram pelo direito ao voto

Imagem de 6 mulheres inspiradoras que foram pioneiras na aviação no megacurioso

Desbravando um universo majoritariamente masculino, as mulheres conquistaram seu espaço e marcaram época dominando os céus

Setor tradicionalmente visto como masculino, a evolu&ccedil;&atilde;o da participa&ccedil;&atilde;o das mulheres na avia&ccedil;&atilde;o j&aacute; &eacute; uma realidade para al&eacute;m das aeromo&ccedil;as. Ainda incipiente, a participa&ccedil;&atilde;o feminina no comando de aeronaves tem crescido de forma exponencial.
Esse aumento &eacute; fundamental, pois contribui para quebrar preconceitos culturais e expandir as possibilidades de atua&ccedil;&atilde;o para as mulheres. No entanto, para que cheg&aacute;ssemos aos n&uacute;meros de hoje, muitas mulheres precisaram enfrentar desafios, desbravando esse universo que n&atilde;o as via como aptas ao trabalho.
Para prestar uma homenagem a essas grandes profissionais, apresentamos as hist&oacute;rias inspiradoras de 6 mulheres pioneiras na avia&ccedil;&atilde;o mundial.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121206-4-curiosidades-sobre-como-era-viajar-de-aviao-na-decada-de-1970.htm" target="_blank">4 curiosidades sobre como era viajar de avi&atilde;o na d&eacute;cada de 1970</a>
<h2>1. Jacqueline Cochran</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/22/22095432687072.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Jacqueline Cochran &eacute; uma das pioneiras da avia&ccedil;&atilde;o e iniciou na carreira de piloto em 1932. Entre v&aacute;rios feitos, estabeleceu recordes no ramo e foi a primeira aviadora a quebrar a barreira do som, em um voo realizado em maio de 1953.
Ao competir na corrida a&eacute;rea Bendix, estabeleceu um novo recorde de velocidade transcontinental, al&eacute;m de obter os mais altos &iacute;ndices de altitude. &Agrave; &eacute;poca de seu falecimento, nenhum outro piloto, homem ou mulher, detinha mais recordes de velocidade, dist&acirc;ncia ou altitude na hist&oacute;ria da avia&ccedil;&atilde;o. Por esta raz&atilde;o, ganhou a alcunha de "Rainha da Velocidade".
<h2>2. Amelia Earhart</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/22/22095547032074.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Amelia Earhart &eacute; outra importante pioneira dos c&eacute;us. Foi a primeira mulher a voar sozinha atrav&eacute;s do <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/210116-oceano-atlantico-expandindo-gradativamente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Oceano Atl&acirc;ntico</a> e a primeira aviadora da hist&oacute;ria a realizar viagens a&eacute;reas comerciais. Ao se tornar a primeira mulher a voar pela Am&eacute;rica do Norte, Earhart garantiu uma fama eterna.
Ambiciosa, seu objetivo era completar uma volta de ponta a ponta no globo utilizando a rota mais longa. Na segunda tentativa de concretizar esse sonho, seu avi&atilde;o desapareceu pr&oacute;ximo &agrave; Nova Guin&eacute;. Mais de 80 anos depois, as causas do sumi&ccedil;o n&atilde;o foram definidas e seu avi&atilde;o nunca foi encontrado.
<h2>3. Bessie Coleman</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/22/22095705485078.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Bessie Coleman &eacute; um caso &agrave; parte. Foi a primeira mulher negra e ind&iacute;gena a obter uma licen&ccedil;a para voar, e a primeira pessoa negra a conseguir uma licen&ccedil;a de piloto internacional, em um curso realizado na Fran&ccedil;a.
Popularmente conhecida como "Queen Bess", retornou aos EUA e se tornou piloto de shows a&eacute;reos. Infelizmente, morreu em um acidente de avi&atilde;o no ano de 1926.
<h2>4. H&eacute;l&egrave;ne Dutrieu</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/22/22100428878084.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
A francesa H&eacute;l&egrave;ne Dutrieu, antes da avia&ccedil;&atilde;o, teve uma carreira muito bem-sucedida no ciclismo, chegando a deter o recorde mundial feminino de dist&acirc;ncia pedalada no tempo de uma hora. At&eacute; se tornar a primeira aviadora a realizar um voo com passageiros, em abril de 1910, ainda foi dubl&ecirc; e atriz.
Ganhou o apelido de "Girl Hawk" no per&iacute;odo em que trabalhou com shows a&eacute;reos. Al&eacute;m dos muitos torneios de avia&ccedil;&atilde;o ganhos, tamb&eacute;m foi a primeira mulher a pilotar um hidroavi&atilde;o. Vale citar que ela aprendeu a voar em um Demoiselle, avi&atilde;o projetado por <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/112891-serie-santos-dumont-da-hbo-traz-olhar-profundo-sobre-o-inventor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Santos Dumont</a>.
<h2>5. Raymonde de Laroche</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/22/22100653628086.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Esta lista n&atilde;o existiria sem a francesa Raymonde de Laroche. Ela foi a primeira mulher da hist&oacute;ria a pilotar um avi&atilde;o e a primeira aviadora licenciada. E se voc&ecirc; acha pouco, seu primeiro voo &eacute; considerado um marco, j&aacute; que foi a primeira vez que uma mulher conduziu uma embarca&ccedil;&atilde;o mais pesada que o ar.
Chegou a possuir dois recordes femininos de altitude e dist&acirc;ncia de voo. Infelizmente, faleceu &nbsp;em 1919 ap&oacute;s um acidente no pouso quando co-pilotava uma aeronave experimental.
<h2>6. Harriet Quimby</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/22/22101221081092.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Poucas pessoas influenciaram tanto a presen&ccedil;a feminina na avia&ccedil;&atilde;o do que Harriet Quimby. Foi, em 1911, a primeira mulher americana a obter uma licen&ccedil;a de piloto. Menos de um ano depois, marcou seu nome ao se tornar a primeira mulher a cruzar o Canal da Mancha.
&Agrave; &eacute;poca, seu feito recebeu pouca aten&ccedil;&atilde;o da imprensa, j&aacute; que, um dia antes, o transatl&acirc;ntico <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119582-7-fatos-essenciais-sobre-a-historia-do-naufragio-do-titanic.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Titanic</a> havia naufragado. Faleceu ainda em 1912, v&iacute;tima de um acidente com o avi&atilde;o que pilotava.

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