5 situações em que mulheres ainda sofrem com a desigualdade de gênero

12/03/2022 às 12:003 min de leitura

Ser mulher é viver uma batalha permanente para ter seus direitos escutados. Algumas conquistas já foram obtidas, ainda que recentemente, como o direito ao voto e ao de participar das forças armadas, por exemplo. Mas existem vários aspectos da vida cotidiana em que as desigualdades ainda permanecem. Neste texto contamos alguns deles.

1. Mulheres ainda ganham menos que os homens

(Fonte: iStock)(Fonte: iStock)

Um dos principais aspectos da desigualdade de gênero é a questão da diferença salarial no mercado de trabalho. Estudos mostram que isso permanece: nos Estados Unidos, mulheres brancas ganham 82 centavos para cada dólar recebido por um homem. A situação é ainda pior para mulheres negras, que ganham 62 centavos a cada dólar que homens não hispânicos ganham. Já as mulheres latinas ganham 54 centavos para cada dólar.

No Brasil, a situação também é ruim. As mulheres recebem 79,5% do total da remuneração de um homem, de acordo com dados de 2018 do IBGE. Quando se pensa que, em países como o nosso, as mulheres tendem a acumular uma sobrecarga de trabalhos domésticos bem maior que a de seus parceiros, a situação fica ainda pior.

2. O Viagra não é taxado, diferente dos absorventes

(Fonte: Teahub)(Fonte: Teahub)

O que é um artigo básico de higiene pessoal? A resposta não é tão clara assim. Para se ter uma ideia, nos Estados Unidos, o Viagra (remédio usado para a disfunção erétil) não é taxado por impostos, mas os absorventes são. "As mulheres ainda têm que lutar pela cobertura de controle de natalidade no plano de saúde, enquanto os homens geralmente têm acesso a medicamentos para disfunção erétil. É um ultraje”, diz Kristin Anderson, professora de psicologia da Universidade de Houston-Downtown.

Os valores cobrados a mais às mulheres é um fenômeno que costuma ser chamado de "taxa rosa". Segundo uma pesquisa feita pela ESPM, produtos femininos que têm correspondentes masculinos (como, por exemplo, lâminas de barbear ou roupas) podem ter valor de até 100% a mais. A lógica desta cobrança é inacreditável: o marketing pressupõe simplesmente que as mulheres estão dispostas a gastar mais com seus bens.

3. Mulheres na política ainda são uma minoria

(Fonte: Pedro Ladeira/FolhaPress)(Fonte: Pedro Ladeira/FolhaPress)

Nos Estados Unidos, 51% dos americanos são mulheres, mas menos de 24% dos seus representantes políticos também são. Este quadro se repete também no Brasil, mas é ainda pior: apenas 15% dos cargos políticos são ocupados por elas.

É difícil precisar porque isso ainda acontece. Há quem acredite que o temperamento feminino não seria propício para a política. “Acho que se resume a duas coisas: falta de modelagem e estereótipos sobre o que as mulheres deveriam ser”, diz a psicóloga Elizabeth Lombardo.

Na avaliação de Noemia Porto, presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho, é obrigação dos poderes constituídos atuar na correção de desigualdades históricas. “O fato é que as políticas de ações afirmativas para a equidade de gênero na vida política não têm se mostrado suficientes. Para além do aspecto numérico das candidatas, é necessário levar a sério a participação efetiva durante o processo eletivo", afirma.

4. Apenas 20% dos líderes em empresa são mulheres

(Fonte: Freepik)(Fonte: Freepik)

A mulher, além de receber menos, também é menos propensa a subir de cargo dentro de uma empresa. Um estudo feito pela Lean In, que fomenta a inserção feminina no mercado de trabalho, mostrou que na entrada de uma empresa 52% dos funcionários são homens e 48% são mulheres. Mas quando se observa o nível de um gerente, 62% são homens e 38% são mulheres. Já quando se chega ao nível de CEO, o topo dos cargos, 80% são homens.

5. As mulheres ainda acumulam muito mais trabalho doméstico

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

Independente da idade, as mulheres tendem a fazer bem mais tarefas domésticas que seus parceiros. Um estudo da revista Work, Employment and Society descobriu que as mulheres fazem cerca de 16 horas de tarefas domésticas por semana, enquanto os homens fazem seis.

Quando os dois membros de um casal estão empregados em tempo integral, as mulheres têm cinco vezes mais chances de gastar pelo menos 20 horas semanais cuidando da casa. A psicóloga Elizabeth Lombardo opina: "não acho que seja uma questão de homens se recusando a ajudar — é só que eles não pensam muito nisso. As mulheres são multitarefas naturais e, por isso, automaticamente fazem as coisas que acham que precisam ser feitas, enquanto um homem pode passar por uma pia cheia de pratos e nem passar em sua mente que isso precisa ser resolvido." E você, o que acha?

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