Ciência
07/03/2022 às 10:00•3 min de leitura
Ao longo de séculos, as mulheres precisam lutar para alcançar seu lugar na sociedade. Entre vários protestos, elas foram às ruas diversas vezes ao longo da história para expor opiniões sobre a desigualdade de gênero e outras questões que pautam o movimento feminista.
Pensando nisso, nós fizemos uma lista com seis marchas do movimento feminista que foram extremamente relevantes para a conquista de direitos das mulheres. Veja a seguir.
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(Fonte: Wikimedia Commons)
Em 1789, a Revolução Francesa acabou sendo desencadeada graças a uma manifestação liderada por mulheres. Na época, o preço do pão havia disparado, e muitas famílias estavam vivendo uma situação de fome e extrema pobreza. Por esse motivo, cerca de 7 mil mulheres se reuniram em Paris e ocuparam a prefeitura local.
Elas exigiram que lojas de grãos fossem abertas para atender à crise de fome. Depois de serem ignoradas, elas caminharam 19 km até o Palácio de Versalhes para falar diretamente com o rei Luís XVI. Ao serem ignoradas mais uma vez, as manifestantes se tornaram violentas e ameaçaram a família real até que eles atendessem à vontade do povo.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Durante o século XX, manifestantes pelo mundo iniciaram passeatas para reivindicar o direito ao voto feminino. Em 1908, uma série de protestos organizados pela União Social e Política das Mulheres do Reino Unido reuniu cerca de 250 mil pessoas no chamado "Domingo das Mulheres" — a maior manifestação de todos os tempos na história britânica.
Já nos Estados Unidos, o desfile do sufrágio feminino aconteceu em 1913. Essa foi a 1ª manifestação dos direitos civis em Washington D.C. e atraiu cerca de 5 mil mulheres para protestar 1 dia antes da posse de Woodrow Wilson. Posteriormente, ambas as marchas geraram resultados positivos.
(Fonte: New-York Historical Society)
Após 50 anos da conquista do direito do voto feminino nos Estados Unidos, 50 mil mulheres desfilaram pela 5th Avenue (Nova York) para um novo protesto: a Greve das Mulheres pela Igualdade. O evento aconteceu no dia 26 de agosto de 1970 e é visto como um marco histórico para o estabelecimento do feminismo como uma força política.
Como resultado, 2 anos depois, o país acabou proibindo a discriminação com base no sexo em programas educacionais que recebiam assistência financeira federal. Reflexos desse protesto foram sentidos no mundo todo anos mais tarde.
(Fonte: Internet/Reprodução)
Um dos pontos de foco do movimento feminista sempre foi promover marchas que pregassem pela paz e pelo fim da violência. Um exemplo claro disso aconteceu em 1976, na Irlanda do Norte, quando milhares de mulheres se reuniram para protestar contra a época de crise que o país vivia.
Inclusive, as organizadoras da marcha, Mairead Corrigan e Betty Williams, ganharam o Prêmio Nobel da Paz naquele ano. Algo parecido aconteceu na Libéria em 2003, a Ação em Massa para a Paz das Mulheres da Libéria gerou protestos semanais que reuniram mulheres em todas as divisões étnicas e religiosas da região.
(Fonte: Wikimedia Commons)
O ano de 2017 viu acontecer provavelmente o maior protesto de 1 dia nos Estados Unidos e o maior protesto global pelos direitos das mulheres da história. A Marcha das Mulheres naquele ano reuniu um número de 3 a 5 milhões de mulheres pelo país e gerou pelo menos 261 marchas similares pelo mundo.
O evento serviu como anúncio de uma nova onda global de ativismo feminino e resultou em números históricos de mulheres concorrendo a cargos em todo o mundo.
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