Imagem de 6 fatos surpreendentes sobre a memória em diferentes espécies no megacurioso

Há muitos fatos interessantes sobre a memória mostrando que ela pode ser muito mais complexa do que você imagina!

A mem&oacute;ria &eacute; um dos mecanismos do c&eacute;rebro humano mais surpreendentes que existe, seja enquanto presente nos seres humanos, em outros <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122911-o-mundo-visto-pelos-olhos-desses-4-animais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">animais</a> ou mesmo nos demais seres. Apesar dos diversos estudos realizados at&eacute; ent&atilde;o nos permitirem entender melhor como a mem&oacute;ria funciona, ainda h&aacute; muito a ser desvendado sobre esse assunto.
Para matar a sua sede de saber, selecionamos seis fatos surpreendentes sobre a mem&oacute;ria em diferentes esp&eacute;cies!
<h2>1. C&eacute;lulas humanas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/13/fonte-unsplash-13171137989274.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
Nos humanos (e mesmo em muitos outros animais), a mem&oacute;ria est&aacute; intrinsecamente ligada &agrave; emo&ccedil;&atilde;o. Isso ajuda a explicar porque processos l&uacute;dicos de aprendizagem apresentam melhores resultados entre os estudantes. Ou seja, as brincadeiras e jogos s&atilde;o muito bem-vindos na hora de se aprender algo novo.
Mas indo al&eacute;m, voc&ecirc; sabia que as c&eacute;lulas humanas tamb&eacute;m apresentam mem&oacute;ria? Na pele, isso faz com que ela se regenere mais rapidamente quando h&aacute; uma ferida, buscando estar sempre pronta para responder de forma mais eficiente numa pr&oacute;xima vez, caso necess&aacute;rio.
<h2>2. Cachorros</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/13/fonte-unsplash-13171206821275.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
Animais tamb&eacute;m podem ter uma mem&oacute;ria surpreendente! E como um desses exemplos, temos o ador&aacute;vel Border Collie, uma ra&ccedil;a capaz de memorizar 100 comandos verbais. Um estudo demonstrou que os c&atilde;es tamb&eacute;m est&atilde;o muito atentos &agrave; forma com que falam com eles e possuem uma excelente capacidade de dedu&ccedil;&atilde;o.
Apesar de a ra&ccedil;a ser conhecida como uma das mais inteligentes, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122642-como-seu-cachorro-sabe-que-alguem-esta-chegando.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cachorros</a>, de forma geral, possuem &oacute;tima mem&oacute;ria e uma excelente capacidade de compreens&atilde;o, pois al&eacute;m de emp&aacute;ticos, s&atilde;o curiosos e adoram aprender coisas novas.
<h2>3. Tartarugas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/13/fonte-unsplash-13171232625276.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
E se quem pensava que a aparente lerdeza nos movimentos era ind&iacute;cio de uma atividade mental reduzida, se enganou: um experimento mostrou que as tartarugas s&atilde;o capazes tanto de aprender a seguir instru&ccedil;&otilde;es quanto de memorizar informa&ccedil;&otilde;es, como pegar uma bola de uma determinada cor para ganhar um petisco.
Al&eacute;m disso, elas s&atilde;o criaturas bastante atentas e observadoras, pois um estudo demonstrou que elas viram outras tartarugas seguirem comandos e, dessa forma, provaram estar cientes do que seria esperado delas em seguida.
<h2>4. Formigas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/13/fonte-unsplash-13171306700277.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
Estas criaturinhas tamb&eacute;m surpreenderam na forma em como a mem&oacute;ria &eacute; transmitida entre elas. Num estudo, um grupo de formigas foi submetido a uma situa&ccedil;&atilde;o de estresse, e os pesquisadores notaram que as demais formigas da col&ocirc;nia se comportavam de outra maneira por um per&iacute;odo, sem que tivessem vivenciado a situa&ccedil;&atilde;o.
Al&eacute;m disso, dados sobre a localiza&ccedil;&atilde;o de alimentos e trajetos percorridos s&atilde;o trocados entre as formigas constantemente, pois a col&ocirc;nia possibilita a transmiss&atilde;o de informa&ccedil;&otilde;es entre gera&ccedil;&otilde;es de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121468-6-coisas-incriveis-que-as-formigas-fazem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">formigas</a> por d&eacute;cadas.&nbsp;
<h2>5. Mosquitos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/13/fonte-unsplash-13171505240278.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
Aquele mosquitinho que acaba com as noites tranquilas de descanso sabe quem &eacute; voc&ecirc;! Isso explica o motivo dele procurar a mesma pessoa para atacar. E, claro, al&eacute;m de basear sua prefer&ecirc;ncia na do&ccedil;ura do sangue, ele tamb&eacute;m se lembra de quem tenta estragar seus planos com muito rancor!
Tirando esta &uacute;ltima parte, eles tamb&eacute;m evitam pessoas que tentam feri-los, mesmo quando seu sangue &eacute; mais doce. Quem diria, n&atilde;o &eacute; mesmo?
<h2>6. Plantas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/13/fonte-unsplash-13171528569279.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
Com as plantas, j&aacute; pode ser um pouco diferente, j&aacute; que elas definitivamente n&atilde;o possuem um c&eacute;rebro. No entanto, &eacute; poss&iacute;vel afirmar com seguran&ccedil;a que elas possuem mem&oacute;ria. Num experimento, a esp&eacute;cie Mimosa pudica, tamb&eacute;m conhecida como Dormideira, foi submetida a uma situa&ccedil;&atilde;o de aparente perigo, reagindo &agrave; queda encolhendo suas folhas, tentando se proteger. No entanto, ela n&atilde;o voltou a apresentar tal comportamento ap&oacute;s a experi&ecirc;ncia se repetir, mesmo ap&oacute;s alguns intervalos de tempo.
Ou seja, a mem&oacute;ria vai muito al&eacute;m da mera recorda&ccedil;&atilde;o de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122214-psicologia-das-cores-o-poder-dessas-6-cores-em-suas-emocoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">emo&ccedil;&otilde;es</a> e acontecimentos espec&iacute;ficos, j&aacute; que n&atilde;o &eacute; transmitida apenas de maneira 'consciente', como as plantas provaram ser poss&iacute;vel. Isso mostra tamb&eacute;m o papel das experi&ecirc;ncias negativas no processo de escolha e tomada de decis&atilde;o, conferindo um car&aacute;ter muito mais complexo e surpreendente ao processamento de informa&ccedil;&otilde;es entre os diversos seres existentes.

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6 fatos surpreendentes sobre a memória em diferentes espécies

Imagem de Videogame: vício de jovens brasileiros está acima da média mundial no megacurioso

Estudo feito por uma psicóloga brasileira indicou números considerados alarmantes

De&nbsp;Tennis For Two, desenvolvido em 1958 pelo f&iacute;sico nuclear William Higinbotham, a&nbsp;God Of War: Ragnarok, feito por um grupo de projetistas e lan&ccedil;ado por uma empresa multinacional, os&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121395-o-que-e-a-geracao-nintendo-e-por-que-ela-preocupa-o-pentagono.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">jogos de videogame</a>&nbsp;percorreram um longo caminho desde que se tornaram uma atra&ccedil;&atilde;o comercial na d&eacute;cada de 1970.
Entre 1972 e 1985, mais de 15 empresas surgiram para desenvolver jogos para o mercado em constante expans&atilde;o, alimentando uma das ind&uacute;strias de entretenimento que lucra cerca de US$ 130 bilh&otilde;es por ano, entre videogames de console tradicionais, port&aacute;teis, h&iacute;bridos, de realidade aumentada ou online.
Apesar de ser desfrutado por todas as pessoas das mais variadas idades, pesquisas constataram que homens possuem um tempo de jogo maior que as mulheres, passando uma m&eacute;dia de 98 minutos di&aacute;rios, em contraste com 77 minutos di&aacute;rios feito por elas. A faixa et&aacute;ria com maior probabilidade de se tornar viciada em jogos &eacute; entre 18 e 34 anos.
Foi o excesso de videogame que fez a plataforma ir de um benef&iacute;cio &agrave; sa&uacute;de a preju&iacute;zo severo. O estudo realizado por Lu&iacute;za Brand&atilde;o, doutora em Psicologia Cl&iacute;nica do Instituto de Psicologia (IP), identificou que a taxa dos jovens brasileiros que fazem uso abusivo de videogames est&aacute; acima da m&eacute;dia mundial.
<h2>Os 28,17%</h2>
<span data-fonte="(Fonte: CasarsaGuru/Getty Images)" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto/teenage-boy-playing-multiplayer-games-on-desktop-imagem-royalty-free/1219162009" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/16/casarsaguru-getty-images-16155002725068.jpg" alt="CasarsaGuru/Getty Images" />(Fonte: CasarsaGuru/Getty Images)
Atrav&eacute;s de um question&aacute;rio feito com milhares de adolescentes matriculados em escolas da rede p&uacute;blica do Brasil, Brand&atilde;o colheu que 85,85% dos entrevistados jogam videogames, e 28,17% desses fazem uso abusivo dele, configurando os crit&eacute;rios de Transtorno de Jogo pela Internet (TJI), como descrito no Manual Diagn&oacute;stico e Estat&iacute;stico de Transtornos Mentais &ndash; usado por profissionais da &aacute;rea de sa&uacute;de mental em todo o mundo para fazer diagn&oacute;sticos cl&iacute;nicos, conforme prev&ecirc; a Associa&ccedil;&atilde;o Americana de Psiquiatria.
O&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122908-depressao-conheca-os-6-tipos-mais-comuns-da-doenca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">transtorno&nbsp;</a>&eacute; caracterizado pelo uso excessivo de jogos online, podendo desestimular outras &aacute;reas da vida de uma pessoa, desde atividades escolares at&eacute; intera&ccedil;&otilde;es sociais, causando extrema abstin&ecirc;ncia.
Embora as pessoas tendam a olhar para os Estados Unidos e a China, por serem os pa&iacute;ses com mais jogadores e deterem o poderio da ind&uacute;stria mundial dos videogames, Brand&atilde;o apontou ao&nbsp;Jornal da USP&nbsp;que a preval&ecirc;ncia de jovens que jogam abusivamente encontrada no Brasil j&aacute; &eacute; maior que a de outros pa&iacute;ses.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/16/fonte-lacheev-getty-images-16155113813069.jpg" alt="(Fonte: Lacheev/Getty Images)" />(Fonte: Lacheev/Getty Images)
O que a fez defender a tese&nbsp;Fatores associados ao uso problem&aacute;tico de videogames entre adolescentes brasileiros, foi a percep&ccedil;&atilde;o no aumento de procura por ajuda psicol&oacute;gica por conta de problemas envolvendo uso excessivo de videogames pela popula&ccedil;&atilde;o de crian&ccedil;as e adolescentes &ndash; apesar de as pessoas consideraram que o v&iacute;cio &eacute; uma "bobagem" ou uma hist&oacute;ria &ldquo;chata&rdquo;.
Para isso, Brand&atilde;o utilizou os dados do #Tamojunto2.0, um programa do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de desenvolvido para a preven&ccedil;&atilde;o ao uso de &aacute;lcool e drogas pelos jovens, inspirado nos moldes do programa europeu&nbsp;Unplugged, feito com alunos que cursavam o oitavo ano de 73 escolas p&uacute;blicas de S&atilde;o Paulo, Eus&eacute;bio (CE) e Fortaleza.
Os alunos responderam ao question&aacute;rio sobre o uso de drogas, pr&aacute;ticas de bullying, classe socioecon&ocirc;mica, sintomas psiqui&aacute;trico e videogames de maneira an&ocirc;nima. O resultado foi que a faixa et&aacute;ria de v&iacute;cio em jogos ficou entre 12 e 14 anos, dos quais 50% dos jovens pertenciam &agrave; classe m&eacute;dia, dos 5.371 participantes.
<h2>Entendo o problema</h2>
<span data-fonte="(Fonte: Antonio_Diaz/Getty Images)" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto/tired-man-sleeping-because-of-a-boring-video-game-imagem-royalty-free/1345016980" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/16/antonio-diaz-getty-images-16155240392070.jpg" alt="Antonio_Diaz/Getty Images" />(Fonte: Antonio_Diaz/Getty Images)
A pesquisa de Brand&atilde;o entendeu que o motivo de os jovens brasileiros desenvolverem um v&iacute;cio t&atilde;o grande em jogos de videogame tem a ver com a falta de acesso a servi&ccedil;os de lazer e esportes p&uacute;blicos, e aos &iacute;ndices de viol&ecirc;ncia que distanciam cada vez mais eles dos encontros presenciais fora do &acirc;mbito residencial.
Al&eacute;m disso, o grupo considerado de risco, ou seja, mais propenso ao v&iacute;cio, est&aacute; associado a um perfil de jovens do sexo masculino, consumidores de cigarro e &aacute;lcool, que praticam ou s&atilde;o v&iacute;timas de bullying, com sintomas de hiperatividade, problemas de conduta e de relacionamento entre pares &ndash; aquele que acontece entre pessoas com caracter&iacute;sticas semelhantes, como idade e habilidades. 57% dos jovens tamb&eacute;m jogam obsessivamente procurando se descolar de sua realidade.
A obsess&atilde;o pelo videogame cria um problema extenso tanto para os jovens quanto para o seio familiar, uma vez que a maioria deles moram com suas fam&iacute;lias, podendo haver crescimento nos conflitos para que eles interrompam essa atividade de modo for&ccedil;ado. O resultado &eacute; a cria&ccedil;&atilde;o de uma percep&ccedil;&atilde;o ruim da imagem dos pais na mente do jovem, erup&ccedil;&otilde;es de revolta, e comportamento agressivo que enfraquece aos poucos os v&iacute;nculos afetivos.
Em meio a todo esse cen&aacute;rio, a psiquiatra Sylvia van Enck, especialista em depend&ecirc;ncias tecnol&oacute;gicas do Instituto de Psiquiatria da USP, deixa claro que os games n&atilde;o s&atilde;o nocivos, apenas seu uso descontrolado, a ponto de se tornar um substituto da vida real. &Eacute; cientificamente comprovado seus benef&iacute;cios estrat&eacute;gicos que estimulam o desenvolvimento cognitivo.
Uma vez que o v&iacute;cio come&ccedil;a quando as crian&ccedil;as passam a usar tecnologias &ndash; ultimamente cada vez mais cedo devido ao apelo moderno &ndash;, portanto, a especialista recomenda que a introdu&ccedil;&atilde;o das telas comece a partir dos 5 ou 7 anos como um substituto ocasional da presen&ccedil;a dos pais. Desse modo, a rela&ccedil;&atilde;o ao tempo de tela ser&aacute; mais sadia e controlada, e a crian&ccedil;a ou jovem tende a busc&aacute;-la apenas quando os pais n&atilde;o est&atilde;o dispon&iacute;veis para brincar ou dar aten&ccedil;&atilde;o.

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Videogame: vício de jovens brasileiros está acima da média mundial

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Estudos tentam explicar porque sonhamos acordados e se isso é algo bom

<head></head><body>Você talvez já notou que uma das primeiras experiências mentais que se deu conta é de que sua mente tende a não ficar parada. Isto é, ela vagueia "por aí" com frequência, focando em coisas e lugares aleatórios.A maioria de nós está familiarizado com isso. Você pode estar em frente ao seu computador vendo um vídeo, assistindo uma aula ou lendo este artigo e, de repente, sua mente está em outra coisa inteiramente diferente, e ela parece ter chegado lá puramente por vontade própria.O “sonhar acordado”, ou como alguns pesquisadores preferem chamar, a perambulação ou divagação mental, é extremamente comum. Aliás, para a maioria de nós, isso acontece com tanta frequência que nem chegamos a pensar muito no assunto.Mas, será que deixar nossa mente vagar por aí é algo positivo ou negativo?<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/14/14141106205101.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)<h2>O que a ciência já sabe sobre a divagação mental?</h2>A perambulação não intencional da mente acontece quando nossos pensamentos vagueiam por coisas que não estão ligadas à tarefa que estamos realizando.Para alguns pesquisadores do tema, isso ocorre quando aquilo que estamos fazendo não é algo muito recompensador. Assim, nosso <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122528-o-importante-papel-do-cortex-pre-frontal-na-sua-saude-mental.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro</a> automaticamente procuraria coisas mais interessantes para se entreter.Embora existam estudos apontando que nossas mentes vagueiam metade do tempo que passamos acordados, é importante ressaltar que existem pessoas lutando ativamente contra a divagação crônica.&nbsp;Por exemplo, indivíduos com TDAH podem experimentar muitos problemas nesse aspecto, sendo necessária a intervenção e o acompanhamento médico. Mas, para a maioria das pessoas, a perambulação mental pode ser positiva.<h2>Tudo depende do conteúdo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/14/14141108919102.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Nos últimos anos, alguns pesquisadores começaram a estudar o tema com mais profundidade na busca de uma melhor compreensão sobre os pontos positivos e negativos. Atualmente, cientistas apontam que a relação entre a divagação mental e o nosso humor pode ser algo muito mais complexo do que se imaginava.Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade da Califórnia (EUA), da University of British Columbia (Canadá), do Instituto Max Planck de Ciências do Cérebro Cognitivo Humano (Alemanha) e da Universidade da Califórnia, em Berkeley (EUA), demonstra exatamente isso.Por meio de um sistema de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121698-como-e-o-cerebro-de-uma-pessoa-de-alto-qi.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">análise de ondas cerebrais</a>, os cientistas conseguiram acompanhar em que regularidade as mentes dos participantes estavam divagando, bem como o que estavam sentindo no momento. Assim como em estudos anteriores, foi verificado que as pessoas tendiam a ter um humor negativo quando divagavam.No entanto, quando os cientistas analisaram o conteúdo dos pensamentos dos participantes durante a perambulação mental, encontraram um aspecto interessante: se as mentes dos envolvidos estivessem voltadas para reflexões sobre o futuro ou em pensamentos gentis, seus humores ficavam mais positivos.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/14/14141112989103.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)E tem mais, essas pessoas apresentavam níveis maiores de ideias inspiradoras e criativas. Contudo, alguns especialistas apontam que o nosso estado de humor também pode influenciar no tipo de divagação. Por exemplo, se o indivíduo está feliz, é provável que sua mente viaje para temas felizes.<h2>Ainda sabemos muito pouco sobre a divagação mental</h2>O psicólogo Jonathan Smallwood, que estuda esse tema há mais de 25 anos, já havia identificado algo parecido. Em suas pesquisas, ele também descobriu que mentes mais felizes tendem a vagar e refletir sobre o futuro, enquanto as mais infelizes voltam para o passado.Smallwood ressalta que, mesmo considerando que determinados tipos de perambulação mental, especialmente os que envolvem assuntos negativos ou problemas não resolvidos, possam estar relacionados a determinados distúrbios mentais, &nbsp;como <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122908-depressao-conheca-os-6-tipos-mais-comuns-da-doenca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ansiedade e depressão</a>. Ainda assim, sonhar acordado não é uma perda de tempo como parte das pessoas pode imaginar.No entanto, o especialista destaca que mesmo com os últimos estudos esclarecedores, os dados ainda são poucos para termos uma compreensão sobre como tudo isso funciona.</body>

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Por que nossa mente vagueia?

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Deve-se tomar cuidado para não confundir a causa com a consequência, principalmente em se tratando da relação entre o cérebro e a sociedade

Quem veio primeiro, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121210-quem-veio-primeiro-o-ovo-ou-a-galinha.htm" target="_blank" title="Quem veio primeiro: o ovo ou a galinha?">o ovo ou a galinha</a>? Essa &eacute; uma quest&atilde;o cl&aacute;ssica que envolve a causa e a consequ&ecirc;ncia de uma determinada situa&ccedil;&atilde;o, que muitas vezes &eacute; dividida por uma linha t&atilde;o t&ecirc;nue que gera confus&otilde;es.
Digo isso pois recentemente li uma mat&eacute;ria sobre um livro chamado Desconstruindo a ansiedade,&nbsp;do neurocientista Judson Brewer. Nele, &eacute; apresentada a ideia de que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121412-crise-de-ansiedade-x-crise-de-panico-como-diferencia-las.htm" target="_blank" title="Crise de Ansiedade x Crise de P&acirc;nico: como diferenci&aacute;-las?">ansiedade</a>, um dos maiores males da atualidade, tem como um dos fatores de surgimento falhas da comunica&ccedil;&atilde;o entre o sistema l&iacute;mbico e o c&oacute;rtex pr&eacute;-frontal.
<h2>C&eacute;rebro perfeito</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/13/a-13172839753294.jpg" alt="a" />(Fonte: Gettyimages)
Minha linha de racioc&iacute;nio, por&eacute;m, n&atilde;o acompanha a do livro, pois nosso c&eacute;rebro, nosso organismo como um todo, &eacute; um mecanismo perfeito. Todos os milh&otilde;es de anos de evolu&ccedil;&atilde;o foram guiados pela perfei&ccedil;&atilde;o e autossufici&ecirc;ncia. &Eacute; no m&iacute;nimo contradit&oacute;rio afirmar que h&aacute; problemas em um sistema t&atilde;o fortemente moldado pelas necessidades do cen&aacute;rio.
No entanto, consigo entender as ra&iacute;zes dessa linha de pensamento, pois o c&eacute;rebro humano realmente est&aacute; tendo dificuldades para se adaptar &agrave;s grandes e r&aacute;pidas mudan&ccedil;as. A evolu&ccedil;&atilde;o do ser humano ocorreu em um processo bastante lento, ao contr&aacute;rio da&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107821-quanto-a-humanidade-pode-evoluir-tecnologicamente-em-5-000-anos.htm" target="_blank" title="Quanto a humanidade pode evoluir tecnologicamente em 5 mil anos? ">evolu&ccedil;&atilde;o tecnol&oacute;gica</a> que torna produtos obsoletos a cada ano. Essas mudan&ccedil;as r&aacute;pidas no ambiente n&atilde;o s&atilde;o absorvidas totalmente pelo c&eacute;rebro.
Ou seja, as dificuldades de comunica&ccedil;&atilde;o entre algumas partes do c&eacute;rebro apresentadas no livro n&atilde;o s&atilde;o causadas por fatores puramente biol&oacute;gicos, mas por fatores externos.&nbsp;N&atilde;o &eacute; o c&eacute;rebro que &eacute; incapaz de assimilar a sociedade e sim n&oacute;s que a tornamos inassimil&aacute;vel.
<h2>Como funciona a ansiedade?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/13/a-13172923575295.jpg" alt="a" />(Fonte: Gettyimages)
A ansiedade &eacute; uma esp&eacute;cie de pend&ecirc;ncia que ocorre em determinadas situa&ccedil;&otilde;es. O c&eacute;rebro, ent&atilde;o, busca nas suas mem&oacute;rias experi&ecirc;ncias passadas semelhantes a essa para encontrar uma solu&ccedil;&atilde;o que se encaixe. Logicamente, quando se passa por situa&ccedil;&otilde;es tristes ou estressantes, o c&eacute;rebro recorre a lembran&ccedil;as tristes e estressantes, o que causa uma atmosfera densa.
Para se livrar dessa atmosfera, recorremos a &ldquo;p&iacute;lulas de prazer&rdquo;, por isso, quanto maior a ansiedade, maior a necessidade e sensa&ccedil;&otilde;es prazerosas compensat&oacute;rias.&nbsp;Quando n&oacute;s buscamos essas &ldquo;boas sensa&ccedil;&otilde;es&rdquo;, programamos nosso c&eacute;rebro para busc&aacute;-las cada vez mais, criando um v&iacute;cio, sempre usando as pend&ecirc;ncias da ansiedade como pontap&eacute; inicial para esse ciclo, alterando assim a anatomia do c&eacute;rebro prejudicando a sa&uacute;de mental.
***
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; PhD em Neuroci&ecirc;ncias; mestre em Psicologia; p&oacute;s-graduado em neuropsicologia entre outras p&oacute;s-gradua&ccedil;&otilde;es; licenciado em Biologia e em Hist&oacute;ria, tecn&oacute;logo em Antropologia, jornalista, especializado em programa&ccedil;&atilde;o Python, Intelig&ecirc;ncia Artificial e tem forma&ccedil;&atilde;o profissional em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica. Atualmente, &eacute; diretor do Centro de Pesquisas e An&aacute;lises Her&aacute;clito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, e professor e investigador cientista na Universidad Santander.

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A evolução cerebral e seu papel nas suas conexões neurais

Imagem de Brasil é o país com maior número de superdotados da América do Sul no megacurioso

A superinteligência costuma acompanhar um alto índice de doenças mentais

Na edi&ccedil;&atilde;o de 2022 da Global Child Prodigy Initiative, que listou as 100 crian&ccedil;as prod&iacute;gios ao redor do mundo, a brasileira Nicole de Oliveira Lima, de apenas 9 anos, entrou para o ranking por identificar 7 asteroides &ndash; atualmente investigados pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122827-programa-artemis-a-missao-da-nasa-para-enviar-humanos-de-volta-a-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">NASA</a> &ndash; que podem coloc&aacute;-la no Guiness Book&nbsp;como "a pessoa mais jovem a descobrir um asteroide".
No entanto, a pequena j&aacute; tem no curr&iacute;culo conquistas consideradas al&eacute;m de sua idade, como um tricampeonato na Olimp&iacute;ada Brasileira de Astronomia e Astron&aacute;utica, de 2020 e 2021. Al&eacute;m disso, Nicole conta com 30 certificados de cursos especializados em astronomia, mat&eacute;ria que estuda desde os 6 anos, quando concluiu o primeiro curso de inicia&ccedil;&atilde;o na &aacute;rea. A partir desse momento, ela passou a ensinar outras crian&ccedil;as pelas redes sociais.
Ainda que algumas pessoas possam n&atilde;o acreditar, o Brasil &eacute; o pa&iacute;s com o maior n&uacute;mero de pessoas superdotadas da Am&eacute;rica do Sul.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121698-como-e-o-cerebro-de-uma-pessoa-de-alto-qi.htm" target="_blank">Como &eacute; o c&eacute;rebro de uma pessoa de alto QI?</a>
<h2>Descobrindo g&ecirc;nios</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/01/01143420351249.jpg" alt="(Fonte: Writing the Brain/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Writing the Brain/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
No ranking mundial, nosso pa&iacute;s se encontra na 30&ordf; posi&ccedil;&atilde;o, sendo que os Estados Unidos lideram com 52 mil pessoas com o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118090-nota-de-qi-define-inteligencia-veja-as-pessoas-mais-inteligentes-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">QI elevado</a>; seguido pelo Reino Unido, com 19 mil pessoas; e depois a Alemanha, com 16 mil.
A pesquisa feita pela Associa&ccedil;&atilde;o Mensa Brasil &ndash; uma organiza&ccedil;&atilde;o cujo objetivo &eacute; identificar e promover a intelig&ecirc;ncia humana, estimular pesquisas sobre a natureza e promover um ambiente intelectual socialmente estimulante para seus associados &ndash;, determinou que 984 pessoas superinteligentes est&atilde;o localizadas na cidade de S&atilde;o Paulo; seguida pelo Rio de Janeiro, com 229 pessoas; Distrito Federal, com 135; Paran&aacute;, com 134; e Rio Grande do Sul, com 94.
Atualmente, 2.090 pessoas integram a Mensa Brasil, um dos bra&ccedil;os da Mensa Internacional, que re&uacute;ne 150 mil membros pelo mundo todo. Em julho, a entidade brasileira completou 20 anos de exist&ecirc;ncia. Para integrar a associa&ccedil;&atilde;o, &eacute; necess&aacute;rio que a pessoa possua um QI acima de 98% da popula&ccedil;&atilde;o geral, comprovado por meio de um teste comprobat&oacute;rio de intelig&ecirc;ncia.
Gustavo Saldanha, de apenas 8 anos, integrou o Mensa ap&oacute;s receber um resultado de QI de 140 durante o processo, quando ele apresentou os primeiros sinais de que era uma "crian&ccedil;a diferente". Segundo a m&atilde;e do menino, Luciane Saldanha, em entrevista ao Correio Braziliense, assim que nasceu, ele desenvolveu uma habilidade muito peculiar para a m&uacute;sica.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/01/01143550602250.jpg" alt="(Fonte: Mensa Org/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Mensa Org/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Para uma apresenta&ccedil;&atilde;o de Dia das M&atilde;es em sua antiga escola, antes de ser tutorado pelo Mensa, ele conseguiu cantar e tocar mais de 50 m&uacute;sicas dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/117654-helter-skelter-a-musica-dos-beatles-que-fez-manson-matar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Beatles</a>, sem nunca ter tido contato, sendo que precisava aprender apenas 5 delas. Na &eacute;poca, ele tinha somente 5 anos.
A partir desse momento, os pais perceberam como o filho era persistente quando decidia aprender algo. Em pouco tempo, ele aprendeu a tocar guitarra, baixo, viol&atilde;o, ukelele, bateria, teclado e outros instrumentos. A<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120882-covid-19-5-duvidas-sobre-a-pandemia-que-ainda-nao-desvendamos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;pandemia do coronav&iacute;rus</a> aprimorou a capacidade de Gustavo, que virou especialista em sistemas operacionais e passou a dominar todas as funcionalidades existentes nos aplicativos de reuni&otilde;es online, do Zoom ao Google Duo. Antes do&nbsp;lockdown, ele n&atilde;o tinha quase nenhum contato com <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122801-5-alternativas-de-mobilidade-sustentavel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tecnologia</a>.
Os pais do garoto decidiram ingress&aacute;-lo no Mensa para que ele pudesse estar cercado de alunos iguais, e tamb&eacute;m para que desfrutasse de um aprendizado optimizado para suas necessidades.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122142-participei-do-encontro-de-pessoas-de-alto-qi-mais-restrito-do-mundo.htm" target="_blank">Participei do encontro de pessoas de alto QI mais restrito do mundo</a>
<h2>As pessoas nascem superinteligentes?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/01/01143700663251.jpg" alt="(Fonte: Folha PE/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Folha PE/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Muito embora o quociente de intelig&ecirc;ncia (QI) seja um dos estudos como medida para determinar o qu&atilde;o inteligente uma pessoa &eacute;, ainda &eacute; um desafio cient&iacute;fico estudar e entender a origem da intelig&ecirc;ncia, porque ela pode ser influenciada por fatores gen&eacute;ticos &ndash; como a maioria dos aspectos do comportamento humano e da cogni&ccedil;&atilde;o &ndash;, e ambientais.
Pessoas mais inteligentes do que as demais seguem sendo um debate espinhoso que vai desde igualdade social a<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/113046-acao-t4-o-holocausto-dos-esquecidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;eugenia</a>, endossando a discuss&atilde;o de que intelig&ecirc;ncia &eacute; algo com o qual voc&ecirc; nasce e que nada pode influenci&aacute;-la.
Contudo, anos de pesquisa chegaram &agrave; conclus&atilde;o de que a intelig&ecirc;ncia &eacute; herdada em certo grau. Robert Plomin, do King&rsquo;s College London, que liderou o estudo acerca desse assunto, disse que 50% da diferen&ccedil;a de intelig&ecirc;ncia entre as pessoas "comuns" &eacute; devido &agrave; gen&eacute;tica.
Essa conclus&atilde;o levou a anos de buscas por genes espec&iacute;ficos de intelig&ecirc;ncia, at&eacute; que fosse descoberto que cada gene associado &agrave; capacidade tem apenas um efeito min&uacute;sculo isoladamente. O efeito combinado de 500 genes identificados at&eacute; agora &eacute; bastante substancial, mas os pesquisadores ainda est&atilde;o muito longe de contabilizar toda a herdabilidade.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/01/01143911147253.jpg" alt="(Fonte: NewScientist/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: NewScientist/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
&ldquo;A gen&eacute;tica nos d&aacute; um modelo, e ela define os limites. No entanto, &eacute; o ambiente que determina onde uma pessoa se desenvolve dentro desses limites&rdquo;, disse o psic&oacute;logo Russe Warne, da Utah Valley University, em mat&eacute;ria &agrave; New Scientist.
Todo o potencial de intelig&ecirc;ncia pode ser afetado, por exemplo, por uma dieta menos nutritiva que, inclusive, est&aacute; relacionada ao crescimento &ndash; uma caracter&iacute;stica altamente heredit&aacute;ria. A defici&ecirc;ncia de<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121618-pilulas-de-iodeto-de-potassio-ajudariam-em-caso-de-ataque-nuclear.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;iodo</a> durante a inf&acirc;ncia est&aacute; associada a um QI mais baixo, e abrir esse debate ajudou os pa&iacute;ses em desenvolvimento a aumentarem as habilidades cognitivas.
A intelig&ecirc;ncia encontra influ&ecirc;ncias fortes do ambiente em que a pessoa est&aacute; inserida quando crian&ccedil;a, atravessando aspectos dom&eacute;sticos, parentalidade, educa&ccedil;&atilde;o, disponibilidade de recursos de aprendizagem e sa&uacute;de.
Ou seja, os genes s&atilde;o importantes, mas n&atilde;o determinam tudo, tampouco o destino.
<h2>O outro lado da moeda</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/01/01144029474256.jpg" alt="(Fonte: Benefits Canada/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Benefits Canada/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Do outro lado da moeda que oferece oportunidades melhores, vantagens e uma vida com maiores estimativas, a superdota&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m pode ser um fardo psicol&oacute;gico. Um estudo liderado por Ruth Karpinski, do Pitzer College, que entrevistou mais de 3.700 membros do Mensa Internacional, descobriu que transtornos de humor e de ansiedade s&atilde;o extremamente comuns entre os superinteligentes.
Entre a popula&ccedil;&atilde;o geral, cerca de 10% das pessoas possuem transtornos de humor e ansiedade, com algum grau de sobreposi&ccedil;&atilde;o entre os dois. J&aacute; no Mensa, esse percentual se mostrou muito maior, visto que cerca de 20% dos entrevistados relataram ter sido diagnosticados com transtorno de ansiedade e quase 27% com um transtorno de humor, como depress&atilde;o maior ou transtorno bipolar.
A pesquisadora acredita que o motivo tenha a ver com a superexcitabilidade psicol&oacute;gica, que inclui uma maior tend&ecirc;ncia a preocupa&ccedil;&atilde;o em excesso, caracter&iacute;stica diretamente associada ao humor e ansiedade. Uma pessoa muito inteligente tende a superanalisar um coment&aacute;rio cr&iacute;tico, tentando antecipar as poss&iacute;veis consequ&ecirc;ncias que isso pode prever.
O estudo de Karpinski serviu tamb&eacute;m para tra&ccedil;ar a possibilidade de que os genes associados &agrave; intelig&ecirc;ncia possam tornar uma pessoa mais propensa a desenvolver doen&ccedil;as mentais, embora a intelig&ecirc;ncia em si n&atilde;o aumente o risco. O mundo nichado de um superdotado pode aumentar a tend&ecirc;ncia para o isolamento social, levando a caminhos que encontram a depress&atilde;o e ansiedade.

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Brasil é o país com maior número de superdotados da América do Sul

Imagem de O que os bebês entendem quando seus pais cantam para eles? no megacurioso

Aquelas canções bobinhas que os pais inventam para se comunicar com seus filhos tem muito mais poderes do que parece

<head></head><body>Mesmo que você não seja um cantor muito afinado ou que nem goste muito de cantar, é provável que já tenha criado uma musiquinha boba para se comunicar com um bebê (ou com um pet). Pesquisas apontam que o ato de cantar para crianças pequenas cria uma forma de comunicação que é transcultural, ou seja, existe em todo o mundo e oferece padrões para que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122840-por-que-os-pais-sovieticos-deixavam-seus-filhos-dormindo-na-neve.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bebês</a> compreendam cada situação.<h2>"Parentês": uma língua quase universal</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/06/06183907879060.jpg" alt="Cantar para bebês é um ato encontrado em culturas do mundo todo. (Fonte: Shutterstock)">Cantar para bebês é um ato encontrado em culturas do mundo todo. (Fonte: Shutterstock)Cientistas de diversas universidades se uniram para analisar 1615 gravações de voz de 410 pais de 6 continentes e avaliar se havia semelhanças na forma como eles se comunicavam com seus bebês. Os resultados, publicados na revista Nature Human Behavior, mostram que em todas as culturas analisadas os adultos se comunicam com crianças de forma diferente daquela usada para falar com adultos.Mas o mais interessante é que essa forma de comunicação voltada apenas para os pequenos era muito semelhante entre todas as culturas, por isso recebeu até um nome: parentese, que é uma derivação da palavra parent em inglês, que significa pais.Segundo Courtney Hilton, psicóloga da Universidade de Yale e principal autora do estudo, nós falamos num <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122844-qual-e-a-diferenca-entre-som-e-ruido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tom mais alto</a>, com mais repetições e variações de entonação com os bebês. E esse padrão de canto e fala com os pequenos é idêntico em todos os lugares.<h2>Vantagens do canto</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/06/06183909897061.jpg" alt="Canto cria laços e é benéfico tanto para o bebê quanto para os pais. (Fonte: Shutterstock)">Canto cria laços e é benéfico tanto para o bebê quanto para os pais. (Fonte: Shutterstock)Um estudo publicado na revista Child Development aponta que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122219-o-que-acontece-quando-um-bebe-respira-pela-primeira-vez.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bebês</a> exibem maior sinal de alerta, felicidade ou calma quando as mães cantam para eles ao invés de falar normalmente. Outro estudo indicou que não é só o canto da mãe que chama mais atenção dos bebês, pais que cantam para seus filhos também conseguem criar maior interação com eles.Do lado oposto, o ato de cantar também ajuda os pais a se sentirem mais competentes. Pesquisadores da Universidade Paris Ouest Nanterre La Défense, descobriram que mães que cantaram para seus filhos enquanto eles estavam internados na UTI neonatal tiveram melhora nos sintomas de depressão pós-parto e aumento da autoestima. Além disso, segundo a pesquisadora Elise Piazza, da Universidade de Rochester, cantar cria um ciclo de feedback onde o prazer que o bebê expressa ao ouvir os pais cantando, motiva os pais a cantarem ainda mais e aumenta sua confiança no desempenho da paternidade e maternidade.É como se a música criasse um mundo a parte habitado apenas pelos pais e seu bebê. Um estudo publicado no Journal of Cognitive Neuroscience aponta que a música cria um ponto de encontro entre pais e filhos, no qual eles estão tão sincronizados emocionalmente que até mesmo seus batimentos cardíacos se igualam.</body>

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O que os bebês entendem quando seus pais cantam para eles?

Imagem de Dia do sexo: como funciona nosso cérebro durante a relação? no megacurioso

A relação sexual pode provocar reações diversas no corpo humano, mas como nosso cérebro reage a essa atividade?

O dia 6 de setembro &eacute; marcado pela comemora&ccedil;&atilde;o do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120047-sexo-animal-apenas-reproducao-ou-prazer-envolvido.htm" target="_blank" title="Sexo animal: apenas reprodu&ccedil;&atilde;o ou prazer envolvido?">Dia do Sexo</a>. A palavra guarda muitos sentimentos e por que n&atilde;o dizer segredos? Pois &eacute;, a rela&ccedil;&atilde;o sexual pode provocar rea&ccedil;&otilde;es diversas no corpo humano.&nbsp;Mas para al&eacute;m do cora&ccedil;&atilde;o, como ser&aacute; que outros &oacute;rg&atilde;os do nosso corpo reagem aos impulsos do sexo? Fa&ccedil;o quest&atilde;o de explicar como o c&eacute;rebro reage a uma rela&ccedil;&atilde;o sexual.
O <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121940-6-dicas-eficazes-para-saber-se-estao-mentindo-para-voce.htm" target="_blank" title="6 dicas eficazes para saber se est&atilde;o mentindo para voc&ecirc;">sistema l&iacute;mbico</a>, uma regi&atilde;o mais primitiva do c&eacute;rebro relacionada a emo&ccedil;&atilde;o, &eacute; ativado durante o sexo. Outras &aacute;reas do c&oacute;rtex cerebral que governam o racioc&iacute;nio superior, no entanto, "desligam". Como consequ&ecirc;ncia, o ato sexual em si &eacute; impulsionado mais pelo instinto e emo&ccedil;&atilde;o do que pelo pensamento racional. Na mulher, &aacute;reas ligadas &agrave; autoconsci&ecirc;ncia e &agrave; autoinibi&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m s&atilde;o desativadas. &Eacute; essa desinibi&ccedil;&atilde;o que ajuda as mulheres a atingir o orgasmo.
<h2>Enxurrada de neurotransmissores</h2>
O sexo faz com que o c&eacute;rebro libere n&iacute;veis muito mais altos de neurotransmissores que ajudam a regular as atividades sexuais. O hipot&aacute;lamo, que tamb&eacute;m regula a fome, a sede e as respostas emocionais, al&eacute;m da temperatura corporal, &eacute; respons&aacute;vel pelo aumento da dopamina. A ocitocina &eacute; um horm&ocirc;nio que atua como um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121985-jejum-de-dopamina-e-so-mais-uma-invencao-de-marketing-incoerente.htm" target="_blank" title="Jejum de dopamina &eacute; s&oacute; mais uma inven&ccedil;&atilde;o de marketing incoerente">neurotransmissor no c&eacute;rebro</a>, que aumenta com a excita&ccedil;&atilde;o sexual e o orgasmo. Dito isso, vale lembrar que as mulheres podem ser mais conectadas emocionalmente ap&oacute;s o orgasmo gra&ccedil;as &agrave; oxitocina e vasopressina.
Ainda sobre as subst&acirc;ncias, sempre falo como a vasopressina promove sonol&ecirc;ncia. Isso pode refletir as diferen&ccedil;as de g&ecirc;nero, por isso, os homens, onde &eacute; mais significativa as mudan&ccedil;as desse horm&ocirc;nio, sentem mais sono ap&oacute;s o sexo. Como a serotonina aumenta durante a rela&ccedil;&atilde;o, ela pode levar a sentimentos de felicidade e paz ap&oacute;s a atividade. Pode ser &uacute;til no processo de qualidade cognitiva, principalmente se o sexo for feito de manh&atilde;.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/05/a-05182212131319.jpg" alt="a" />(Fonte: Gettyimages)
J&aacute; a norepinefrina aumenta a excita&ccedil;&atilde;o, a aten&ccedil;&atilde;o e a energia, ativando o sistema nervoso simp&aacute;tico no c&eacute;rebro. Ela &eacute; liberada para aumentar nossos batimentos card&iacute;acos e nos despertar. J&aacute; no p&oacute;s-sexo, ou seja, ap&oacute;s o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122538-clitoris-nao-serve-apenas-para-dar-prazer-aponta-estudo.htm" target="_blank" title="Clit&oacute;ris n&atilde;o serve apenas para dar prazer, aponta estudo">orgasmo</a>, o c&eacute;rebro libera a prolactina neuroqu&iacute;mica e diminui a dopamina. Essa mudan&ccedil;a p&oacute;s-sexo pode explicar por que algumas pessoas t&ecirc;m disforia p&oacute;s-coito, ou sentimentos de tristeza ap&oacute;s o sexo que s&atilde;o distintos de sentimentos de arrependimento ou solid&atilde;o.
As mudan&ccedil;as qu&iacute;micas no c&eacute;rebro n&atilde;o apenas tornam a experi&ecirc;ncia mais prazerosa, mas tamb&eacute;m t&ecirc;m valor evolutivo. O sexo &eacute; vital para nossa sobreviv&ecirc;ncia como esp&eacute;cie. Ent&atilde;o faz sentido que o ato seja gratificante, prazeroso e nos torne menos vulner&aacute;veis ao desconforto f&iacute;sico que pode interromper o ato.
***
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; PhD em Neuroci&ecirc;ncias; mestre em Psicologia; P&oacute;s Graduado em neuropsicologia, entre outras p&oacute;s gradua&ccedil;&otilde;es; licenciado em Biologia e em Hist&oacute;ria, tecn&oacute;logo em antropologia, jornalista, especializado em programa&ccedil;&atilde;o Python, Intelig&ecirc;ncia Artificial e tem forma&ccedil;&atilde;o profissional em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica. Atualmente, &eacute; diretor do Centro de Pesquisas e An&aacute;lises Her&aacute;clito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, professor e investigador cientista na Universidad Santander.

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Dia do sexo: como funciona nosso cérebro durante a relação?

Imagem de Tecnologia que lê mentes está cada dia mais perto de existir no megacurioso

Pesquisadores de uma universidade holandesa utilizaram inteligência artificial para recriar imagens vistas por voluntários

<head></head><body>Uma equipe de pesquisadores da Universidade Radbound, na Holanda, realizou um estudo no qual dois voluntários tiveram as áreas do cérebro responsáveis pela visão escaneadas por ressonância magnética. Após esse escaneamento, os dados foram passados por um algoritmo e inteligência artificial (IA) para que recriasse as imagens vistas pelos voluntários. Os resultados foram impressionantes.<h2>A pesquisa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/01/01171833463408.jpg" alt="A pesquisa combinou ressonância magnética com inteligência artificial. (Fonte: Shutterstock)">A pesquisa combinou ressonância magnética com inteligência artificial. (Fonte: Shutterstock)Os dois voluntários foram colocados dentro de um equipamento scanner de ressonância magnética funcional de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/39532-cientistas-ja-podem-ler-pensamentos-relacionados-as-quantidades-numericas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">leitura cerebral</a>, conhecido como fMRI. Esse equipamento capta a atividade cerebral através das alterações no fluxo sanguíneo.Dentro do equipamento, os voluntários visualizaram imagens de rostos. A atividade da área do cérebro responsável pela visão foi então lida pelo scanner e enviada para uma inteligência artificial. O papel da IA foi o de recriar as imagens visualizadas pelos participantes.<h2>Os resultados</h2>As imagens mostradas aos voluntários são as que estão dentro do quadro tracejado. As que estão ao lado destas são as que foram criadas pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107304-5-vitorias-da-inteligencia-artificial-contra-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inteligência artificial</a>.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/30/30103741922066.jpg" alt="Semelhança de algumas das imagens recriadas pela IA impressiona. (Fonte: Gizmodo / Reprodução)">Semelhança de algumas das imagens recriadas pela IA impressiona. (Fonte: Gizmodo / Reprodução)<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/30/30103838489067.jpg" alt="Imagens à direita foram criadas pela IA a partir de ondas cerebrais dos voluntários. (Fonte: Gizmodo / Reprodução)">Imagens à direita foram criadas pela IA a partir de ondas cerebrais dos voluntários. (Fonte: Gizmodo / Reprodução)<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/30/30104147799068.jpg" alt="Essa tecnologia pode ter diversos usos no futuro. (Fonte: Gizmodo / Reprodução)">Essa tecnologia pode ter diversos usos no futuro. (Fonte: Gizmodo / Reprodução)<h2>Usos futuros</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/01/01171835229409.jpg" alt="A leitura de mentes pode ser uma realidade no futuro. (Fonte: Shutterstock)">A leitura de mentes pode ser uma realidade no futuro. (Fonte: Shutterstock)A neurocientista coordenadora da pesquisa, Thirza Dado, apontou que os resultados obtidos abrem margem para usos tanto na medicina quanto em outras áreas no futuro. Ela sugere que o algoritmo poderia ler tanto rostos que você está vendo quanto aqueles que você está imaginando.Exemplos do uso da tecnologia seriam a comunicação com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121767-pessoas-em-coma-ainda-podem-escutar-o-que-acontece-ao-seu-redor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pacientes em coma</a> profundo, a construção de retrato falados mais fiéis de criminosos e até mesmo a restauração da capacidade de visão de pessoas que ficaram cegas após uma doença ou acidente.</body>

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Tecnologia que lê mentes está cada dia mais perto de existir

Imagem de Por que nossos cérebros têm dobras? no megacurioso

Entenda qual o motivo do órgão que comanda nosso corpo ser feito de várias dobras e ranhuras curiosas

<head></head><body>É muito provável que você tenha aprendido ainda criança qual é o formato de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/37120-4-mitos-sobre-o-cerebro-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro</a> e simplesmente começou a aceitar que ele se parece bem com um pacote de macarrão instantâneo antes de ir para a panela, certo? Porém, você já se questionou por que um dos órgãos mais importantes do nosso corpo possui essas dobras esquisitas?O córtex, ou a superfície externa do nosso cérebro — chamada corriqueiramente de "massa cinzenta" — se expande e se dobra à medida que nossos cérebros se desenvolvem dentro do útero de nossas mães, mas qual a necessidade de todo esse processo? Nós falaremos mais sobre isso ao longo dos próximos parágrafos. Olha só!<h2>Expansão do cérebro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/23/23030448579013.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Ao passo que o nosso cérebro aumenta de tamanho quando ainda somos fetos, existe consequentemente um aumento de pressão na superfície externa do órgão. Portanto, as dobras são uma forma de mitigar essa situação. Logo, é como se duas placas tectônicas colidissem, criando tamanha pressão que eventualmente causaria uma dobra geológica.Inclusive, essas inúmeras dobras que temos no cérebro é o que nos permite ter mais neurônios, o que também representa intelectos mais avançados e com habilidades cognitivas aumentadas. Curiosamente, essa é uma das características que mais difere os humanos de outros animais na natureza, uma vez que o cérebro da maioria das criaturas não possui dobras.&nbsp;O córtex de camundongos e ratos, por exemplo, não consegue se expandir o suficiente para que se crie uma pressão grande o bastante que levaria ao dobrando. Por consequência, esses animais têm cérebros com superfície completamente lisa. Em geral, dobramentos só existem em criaturas de cérebros maiores.&nbsp;<h2>Particularidades da natureza</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/23/23030513591014.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Apesar de o cérebro grande ser um dos principais fatores de dobramento, nem sempre isso é um padrão. O exemplo mais gritante disso é o peixe-boi, que possui muito menos dobras do que o tamanho do seu cérebro indicaria. A principal razão disso é porque as propriedades físicas do córtex também possuem grande influência.&nbsp;Para se ter ideia, o cérebro humano até parece ter cumes e vales — nomes dados para os padrões de dobra — aleatórios, mas isso costuma ser bastante consistente entre os indivíduos e até mesmo em algumas espécies. Isso mostra que esses padrões não existem por um acaso e têm um significado maior.Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/45501-20-fatos-interessantes-que-voce-talvez-desconheca-sobre-os-elefantes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">elefantes</a>, por exemplo, possuem mais dobras no cérebro do que nós, mas não é isso que os torna mais inteligentes do que os humanos. Apesar desses animais terem mais rugas do que a nossa espécie, a função do nosso córtex é mais avançada do que demais espécies selvagens, algo que nos permite ter um maior impulso intelectual na mesma quantidade de espaço do <a href="https://www.megacurioso.com.br/aliens/100091-mito-ou-verdade-cranio-alienigena-de-800-anos-intriga-os-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crânio</a>.Então, agora você já sabe que as curiosas dobras no nosso cérebro não são apenas parte da "decoração interior", mas também uma peça fundamental da nossa existência e da forma como pensamos.&nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:21.763Z

Por que nossos cérebros têm dobras?

Imagem de Por que é tão difícil mudar de opinião? no megacurioso

A ciência explica por que é tão difícil abrir mão das nossas crenças e mudar de opinião

Em pleno <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122726-6-praticas-proibidas-em-redes-sociais-durante-o-periodo-eleitoral.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">per&iacute;odo eleitoral</a>, uma verdade parece ainda mais evidente: &eacute; muito dif&iacute;cil mudar aquilo que j&aacute; achamos. Estudos realizados pela psicologia cognitiva e pela neuroci&ecirc;ncia demonstram que algo presente na pol&iacute;tica se estende para todos os ramos da nossa vida: n&oacute;s costumamos formar nossa opini&atilde;o muito mais por conta das <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122423-5-dicas-para-lidar-com-as-emocoes-em-conversas-dificeis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">emo&ccedil;&otilde;es</a> (como a raiva e o desprezo) do que por conta dos fatos.
&Eacute; por isso mesmo que "saber a verdade" n&atilde;o &eacute; sempre suficiente para mudar uma opini&atilde;o. Em outras palavras, mudar a pr&oacute;pria mente n&atilde;o &eacute; nada f&aacute;cil. Mas n&atilde;o &eacute; imposs&iacute;vel. Neste texto, explicamos por que, para n&oacute;s, &eacute; t&atilde;o dif&iacute;cil mudar de ideia.
<h2>1. O confronto com as cren&ccedil;as</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/26/26123858582180.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Idealmente, imaginamos que vivemos em um mundo regido pela racionalidade. Quando novas evid&ecirc;ncias desmentem as nossas <a href="https://www.megacurioso.com.br/mito-ou-verdade/98184-investigamos-8-crencas-populares-para-descobrir-se-ha-fundamento-cientifico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cren&ccedil;as</a>, n&oacute;s avaliar&iacute;amos esses fatos e mudar&iacute;amos de ideia. Mas n&atilde;o &eacute; assim que costuma acontecer.
A <a href="https://www.megacurioso.com.br/neurociencia/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neuroci&ecirc;ncia</a> explica que a culpa &eacute; um sentimento que costuma entrar em a&ccedil;&atilde;o quando nos confrontamos com evid&ecirc;ncias que desmontam o que j&aacute; ach&aacute;vamos. Este fen&ocirc;meno tem at&eacute; nome: &eacute; chamado de "perseveran&ccedil;a da cren&ccedil;a".
Quando algo (como not&iacute;cias ou mesmo conversas com os outros) sugerem que nossas cren&ccedil;as est&atilde;o erradas, n&oacute;s nos sentimos amea&ccedil;ados. Quando isso envolve quest&otilde;es ligadas &agrave; nossa identidade pessoal ou pol&iacute;tico, sentimo-nos ainda mais atacados.&nbsp;
Curiosamente, o confronto com algu&eacute;m com a vis&atilde;o de mundo diferente pode se tornar "um tiro que sai pela culatra": as cren&ccedil;as originais se tornam ainda mais arraigadas que antes.
<h2>2. A busca pelo que confirma as cren&ccedil;as</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/26/26123901318181.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Outra tend&ecirc;ncia cognitiva que temos &eacute; de buscar aquilo que a ci&ecirc;ncia define como "vi&eacute;s de confirma&ccedil;&atilde;o". Ou seja, naturalmente, nosso primeiro movimento &eacute; buscar novas informa&ccedil;&otilde;es que ajudem a confirmar aquilo que j&aacute; pens&aacute;vamos.
Fazemos isso de v&aacute;rias formas, como conversando com pessoas que pensam como n&oacute;s ou procurando uma m&iacute;dia tendenciosa. O problema do vi&eacute;s de confirma&ccedil;&atilde;o &eacute; que ele nos impede de olhar para uma situa&ccedil;&atilde;o de forma objetiva, analisando v&aacute;rios &acirc;ngulos &mdash; e, desta forma, descobrindo que estamos errados.
<h2>3. A quest&atilde;o dos horm&ocirc;nios</h2>
<span data-fonte="(Fonte: alashi/Getty Images)" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/ilustracao/woman-and-man-are-debating-standing-behind-a-ilustracao-royalty-free/1265103851" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/26/fonte-alashi-getty-images-26124327695184.jpg" alt="(Fonte: alashi/Getty Images)" />(Fonte: alashi/Getty Images)
A verdade &eacute; que o funcionamento do nosso c&eacute;rebro tamb&eacute;m n&atilde;o ajuda para que estejamos abertos &agrave;s mudan&ccedil;as. O <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/58793-9-fatos-sobre-o-cerebro-humano-que-voce-ainda-desconhece.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">c&eacute;rebro</a> est&aacute; preparado para nos proteger, o que envolve refor&ccedil;ar nossas opini&otilde;es mesmo quando elas est&atilde;o equivocadas.
A explica&ccedil;&atilde;o &eacute; cient&iacute;fica: vencer uma discuss&atilde;o faz ocorrer no c&eacute;rebro uma enxurrada de horm&ocirc;nios, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121985-jejum-de-dopamina-e-so-mais-uma-invencao-de-marketing-incoerente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dopamina</a> e adrenalina. Estas subst&acirc;ncias nos trazem as sensa&ccedil;&otilde;es de prazer presentes nos atos de comer, andar, fazer sexo &mdash; e sim, vencer um debate. &Eacute; um sentimento t&atilde;o bom que muita gente fica viciado nele.
Por outro lado, quando temos alto n&iacute;vel de estresse, o corpo libera cortisol, um horm&ocirc;nio que nos tira de nosso centro e desconstr&oacute;i nossa racionalidade. &Eacute; o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/234058-cientistas-criam-smartwatch-mede-niveis-cortisol-suor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cortisol</a>, por exemplo, que nos d&aacute; o impulso para fugir quando sentimos que estamos correndo perigo.
Por isso, o desejo de estar certo &eacute; tamb&eacute;m um desejo de fugir do <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122725-6-formas-simples-de-reduzir-o-estresse-com-a-faculdade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estresse</a>, e o nosso c&eacute;rebro nos protege a todo custo para evitar que isso aconte&ccedil;a.
<h2>4. Como treinar o c&eacute;rebro para sair desta situa&ccedil;&atilde;o?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/26/26124005356183.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Embora seja muito dif&iacute;cil lidar com isso, a longo prazo, ter a mente aberta &eacute; mais vantajoso para a sa&uacute;de. Mas, para isso, &eacute; preciso "religar" o c&eacute;rebro e refazer nossos h&aacute;bitos mentais.
O fato &eacute; que, para isso, precisamos de treinamento. Podemos, por exemplo, buscar aprender coisas novas, e tentar analisar um problema por meio de perspectivas diversas. Outra sugest&atilde;o &eacute; fazer um exerc&iacute;cio de tentar solucionar problemas apenas usando evid&ecirc;ncias objetivas, identificando o que &eacute; fato e o que &eacute; opini&atilde;o.
Uma forma de fazer isso &eacute; analisar quais s&atilde;o as suas fontes de informa&ccedil;&atilde;o. S&atilde;o especialistas respeitados dentro do seu ramo? Como voc&ecirc; sabe disso?
Outra dica &eacute; treinar a maneira pela qual voc&ecirc; comunica suas certezas. &Agrave;s vezes, o melhor jeito de convencer algu&eacute;m de que est&aacute; errado, tem a ver com sabermos apresentar isso de uma maneira n&atilde;o confrontativa, evitando passar a sensa&ccedil;&atilde;o de ataque. Ao inv&eacute;s isso, tente fazer perguntas que fa&ccedil;am a pessoa questionar aquilo que acredita.
Por fim, fuja da arrog&acirc;ncia: lembre-se que todos n&oacute;s temos nossas convic&ccedil;&otilde;es, n&atilde;o s&oacute; aqueles que consideramos estar errados.

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