Imagem de Esportes de alta performance e os cuidados com a saúde mental no megacurioso

A prática de esportes de forma profissional e com alta demanda de desempenho físico e mental torna necessário o acompanhamento especializado

A pr&aacute;tica de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/esportes" target="_blank" title="Esportes">esportes</a> &eacute; altamente indicada para a preven&ccedil;&atilde;o e tratamento de diversas doen&ccedil;as pelos seus in&uacute;meros benef&iacute;cios &agrave; sa&uacute;de, mas em alguns casos o esporte vem acompanhado de press&otilde;es por desempenho que podem prejudicar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119771-6-funcoes-de-um-psicologo-que-voce-provavelmente-nao-conhecia.htm" target="_blank" title="6 fun&ccedil;&otilde;es de um psic&oacute;logo que voc&ecirc; provavelmente n&atilde;o conhecia">sa&uacute;de mental dos atletas</a>.
Pensando nisso, resolvi me aprofundar nas t&eacute;cnicas usadas para melhorar o bem-estar mental dos atletas de alto rendimento e me deparei com dois principais tratamentos. Com base nas informa&ccedil;&otilde;es obtidas nessa pesquisa, escrevi o artigo &ldquo;O uso da psicologia e da psican&aacute;lise para alta performance esportiva&rdquo;, publicado pela Editora Atena na revista International Journal of Health Scienc.
Nele, apresento as press&otilde;es sofridas pelos atletas na busca de melhores resultados e no trato de emo&ccedil;&otilde;es que podem ser perigosas, como a culpa, a responsabiliza&ccedil;&atilde;o, necessidade de conviver em equipe, fama, les&otilde;es, exposi&ccedil;&atilde;o, dentre outras.
A psicologia pode auxiliar na&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119591-como-funciona-o-exame-antidoping-e-quais-criterios-sao-avaliados.htm" target="_blank" title="Como funciona o exame antidoping e quais crit&eacute;rios s&atilde;o avaliados?">performance do atleta</a> por meio do estabelecimento de limites, exerc&iacute;cios respirat&oacute;rios, defini&ccedil;&atilde;o de objetivos e relaxamento, mas recentemente tem se utilizado a tecnologia como aliada. No entanto, ela n&atilde;o trata todas as necessidades do esportista, sendo necess&aacute;rio us&aacute;-la em conjunto com a psican&aacute;lise.
O uso da psican&aacute;lise para ganho esportivo ainda &eacute; um pouco controverso devido &agrave;s suas ra&iacute;zes te&oacute;ricas n&atilde;o focarem na adapta&ccedil;&atilde;o do indiv&iacute;duo aos padr&otilde;es de performance e rendimento estabelecidos pelos esportes, mas, apesar disso, a t&eacute;cnica pode trazer ganhos no contexto esportivo, ajudando a lidar com as altas exig&ecirc;ncias e lidar com a rigidez dos treinos.
Outro ponto bastante perigoso e muito comum na pr&aacute;tica desse tipo de esporte &eacute; a fixa&ccedil;&atilde;o pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/boa-forma/78112-4-maneiras-bem-divertidas-de-perder-peso.htm" target="_blank" title="4 maneiras bem divertidas de perder peso">supera&ccedil;&atilde;o dos limites</a>, essa busca incessante pela perfei&ccedil;&atilde;o, a necessidade de estar no topo do p&oacute;dio, os sacrif&iacute;cios sociais feitos em nome da produtividade podem contribuir para moldar uma personalidade narcisista.
A competitividade, a responsabilidade do sucesso, a press&atilde;o por resultados e a tentativa incessante de superar os seus limites est&atilde;o presentes na rotina de atletas de alto rendimento e n&atilde;o podem ser dissociadas, mas podem ser trabalhadas de uma maneira mais saud&aacute;vel com o devido acompanhamento especializado.
***
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; PhD em Neuroci&ecirc;ncias; mestre em Psicologia; P&oacute;s Graduado em neuropsicologia, entre outras p&oacute;s gradua&ccedil;&otilde;es; licenciado em Biologia e em Hist&oacute;ria, tecn&oacute;logo em antropologia, jornalista, especializado em programa&ccedil;&atilde;o Python, Intelig&ecirc;ncia Artificial e tem forma&ccedil;&atilde;o profissional em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica. Atualmente, &eacute; diretor do Centro de Pesquisas e An&aacute;lises Her&aacute;clito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, professor e investigador cientista na Universidad Santander.

thumb-image-2024-02-29T14:06:20.972Z

Esportes de alta performance e os cuidados com a saúde mental

Imagem de Dia Internacional da Superdotação: veja mitos e verdades sobre a condição no megacurioso

Entenda o que é verdade e mentira no comportamento de pessoas que QI muito alto

O Dia Internacional da Superdota&ccedil;&atilde;o &eacute; comemorado neste dia 10 de agosto de acordo com a Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial de Sa&uacute;de (OMS). Por fazer parte de 4 sociedades de alto QI, entre elas a International High IQ, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121698-como-e-o-cerebro-de-uma-pessoa-de-alto-qi.htm" target="_blank" title="Como &eacute; o c&eacute;rebro de uma pessoa de alto QI?">Mensa International</a>, Intertel e <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122466-presidente-da-triple-nine-society-fala-sobre-sociedades-mais-inteligentes.htm" target="_blank" title="Presidente da Triple Nine Society fala sobre sociedades de alto QI">Triple Nine Society</a>, esta &uacute;ltima a mais restrita do mundo onde seus membros t&ecirc;m 99,9 de percentil, tenho um contato real com essa condi&ccedil;&atilde;o, al&eacute;m de mais de 50 estudos publicados sobre o tema. Por tamb&eacute;m ser assessor e consultor de pessoas com alto QI, resolvi esclarecer v&aacute;rios mitos e pontuar verdades sobre a superdota&ccedil;&atilde;o.
<h2>1. Todo autista &eacute; superdotado</h2>
Mito. Na realidade, a maioria n&atilde;o &eacute;. O que acontece &eacute; que, como &eacute; comum que&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118256-autismo-entenda-o-que-e-quais-os-sintomas-e-as-causas.htm" target="_blank" title="Autismo: entenda o que &eacute;, quais os sintomas e as causas">pessoas autistas</a> fa&ccedil;am testes de QI, sempre v&atilde;o surgir mais entre eles.
<h2>2. Todo superdotado gosta de xadrez e &eacute; bom em matem&aacute;tica</h2>
Mito. Se a pessoa n&atilde;o gostar de matem&aacute;tica, ela n&atilde;o vai ser boa em matem&aacute;tica. Se ela n&atilde;o gostar de jogo, por exemplo, ela n&atilde;o vai ser bom no <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119125-os-5-jogos-de-xadrez-mais-antigos-ja-encontrados.htm" target="_blank" title="Os 5 jogos de xadrez mais antigos j&aacute; encontrados">xadrez</a>. Mas, obviamente, se a pessoa praticar vai ter uma facilidade maior.
As crian&ccedil;as talentosas adoram aprender. O problema &eacute; que, &agrave;s vezes, o que as crian&ccedil;as querem aprender e o que a escola est&aacute; oferecendo podem ser duas coisas muito diferentes. Se uma crian&ccedil;a n&atilde;o estiver disposta a jogar o jogo da escola, as notas podem n&atilde;o refletir sua habilidade.
<h2>3. Superdota&ccedil;&atilde;o &eacute; doen&ccedil;a?</h2>
Mito. A superdota&ccedil;&atilde;o n&atilde;o &eacute; doen&ccedil;a, muito pelo contr&aacute;rio, est&aacute; relacionada &agrave; evolu&ccedil;&atilde;o da esp&eacute;cie. Para praticamente todas as <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122441-como-o-litio-revolucionou-o-tratamento-para-transtornos-mentais.htm" target="_blank" title="Como o l&iacute;tio revolucionou o tratamento para transtornos mentais">doen&ccedil;as psiqui&aacute;tricas</a>, a intelig&ecirc;ncia &eacute; um fator protetivo. Pessoas mais inteligentes e mais bem educadas sofrem menos desses transtornos e, quando sofrem, o progn&oacute;stico &eacute; melhor.
<h2>4. O Brasil n&atilde;o reconhece e ampara seus g&ecirc;nios</h2>
Verdade. O Brasil &eacute; um pa&iacute;s que n&atilde;o tem muito amparo para crian&ccedil;as superdotadas. O pa&iacute;s deveria "enxergar" melhor esses talentos e investir neles. Uma crian&ccedil;a superdotada, por exemplo, precisa estar em s&eacute;ries mais avan&ccedil;adas e o processo de educa&ccedil;&atilde;o &eacute; individual e direcionado. A maioria das escolas n&atilde;o quer ou n&atilde;o consegue ter esse trabalho.
<h2>5. Todas as crian&ccedil;as superdotadas s&atilde;o peculiares</h2>
Verdade. Aqueles que ensinaram crian&ccedil;as superdotadas por algum tempo reconhecem que alguns de seus alunos podem ter certas peculiaridades.&nbsp;Essas peculiaridades variam desde falta de consci&ecirc;ncia social, tend&ecirc;ncia ao perfeccionismo e ficar estressado com coisas aparentemente pequenas, por exemplo.
Durante minha carreira, assessorei e consultei de mais de 30 fam&iacute;lias de crian&ccedil;as superdotadas, entre elas nomes como Laura B&uuml;chele, Caio Temponi, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120280-menino-de-8-anos-com-qi-de-140-bate-recorde-e-e-o-mais-novo-membro-da-mensa.htm" target="_blank" title="Brasileiro de 8 anos est&aacute; entre os mais inteligentes do mundo">Gustavo Saldanha</a>, Theo Ribeiro, Nicolle de Paula, Elio Henrique Dalferth, entre muitos outros. Fica mais f&aacute;cil ajudar algu&eacute;m quando se tem a mesma condi&ccedil;&atilde;o que ela.
***
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; PhD em Neuroci&ecirc;ncias; mestre em Psicologia; P&oacute;s Graduado em neuropsicologia, entre outras p&oacute;s gradua&ccedil;&otilde;es; licenciado em Biologia e em Hist&oacute;ria, tecn&oacute;logo em antropologia, jornalista, especializado em programa&ccedil;&atilde;o Python, Intelig&ecirc;ncia Artificial e tem forma&ccedil;&atilde;o profissional em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica. Atualmente, &eacute; diretor do Centro de Pesquisas e An&aacute;lises Her&aacute;clito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, professor e investigador cientista na Universidad Santander.

thumb-image-2024-02-29T14:06:20.150Z

Dia Internacional da Superdotação: veja mitos e verdades sobre a condição

Imagem de O importante papel do córtex pré-frontal na sua saúde mental no megacurioso

Essa importante região do cérebro regula comportamentos sociais e é importante para a saúde mental

O c&oacute;rtex pr&eacute;-frontal representa um avan&ccedil;o evolutivo fant&aacute;stico, foi a &uacute;ltima parte do c&eacute;rebro moderno a se desenvolver e &eacute; considerado a regi&atilde;o cerebral que nos torna &ldquo;mais humanos&rdquo;. Ela &eacute; respons&aacute;vel pelas chamadas "fun&ccedil;&otilde;es executivas", como planejamento, racionalidade, tomada de decis&otilde;es e <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121518-implante-cerebral-traduz-os-pensamentos-de-homem-paralisado.htm" target="_blank" title="Implante cerebral traduz os pensamentos de homem paralisado">controle de pensamentos</a>.
Ele &eacute; essencial para a vida em sociedade, pois &eacute; o respons&aacute;vel pelos &ldquo;freios sociais&rdquo; que permitem um bom conv&iacute;vio, sendo tamb&eacute;m muito importante para uma boa sa&uacute;de mental. &Eacute; sobre isso que escrevo no meu artigo C&oacute;rtex pr&eacute;-frontal:&nbsp; A intelig&ecirc;ncia orquestra a vida e determina o comportamento e personalidade.
<h2>Como a neuroplasticidade beneficia o c&oacute;rtex pr&eacute;-frontal?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/26/a-26191736429132.jpg" alt="a" />C&oacute;rtex pre-frontal. (Fonte: gettyimages)
Na pesquisa, eu exemplifico o importante papel dessa regi&atilde;o do c&eacute;rebro na sociabilidade, na sa&uacute;de mental e demonstro o papel importante de exercitar o c&eacute;rebro e os&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121381-neuroplasticidade-como-prevencao-contra-perda-de-memoria-por-doencas.htm" target="_blank" title="Neuroplasticidade como preven&ccedil;&atilde;o contra perda de mem&oacute;ria por doen&ccedil;as">benef&iacute;cios da neuroplasticidade</a> para o c&oacute;rtex pr&eacute;-frontal.
Um caso citado no artigo &eacute; o de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120725-phineas-gage-o-assombroso-caso-que-revolucionou-a-neurologia.htm" target="_blank" title="Phineas Gage: o assombroso caso que revolucionou a neurologia">Phineas Gage</a>, um jovem que sofreu um acidente trabalhando em uma ferrovia, onde uma haste&nbsp; atravessou o lado esquerdo do seu rosto, o que destruiu grande parte do seu c&oacute;rtex pr&eacute;-frontal esquerdo.
Ap&oacute;s o acidente, a personalidade e o comportamento dele mudaram drasticamente, apresentando mudan&ccedil;as bruscas de emo&ccedil;&atilde;o, pouca estima pelos amigos e o uso recorrente de palavr&otilde;es &mdash; o que n&atilde;o era seu costume. Apesar desses efeitos, com o tempo, o comportamento de Gage foi melhorando devido &agrave; neuroplasticidade.
<ul>
<li>Leia mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120725-phineas-gage-o-assombroso-caso-que-revolucionou-a-neurologia.htm" target="_blank">Phineas Gage: o assombroso caso que revolucionou a neurologia</a></li>
</ul>
A neuroplasticidade consiste na reorganiza&ccedil;&atilde;o das &aacute;reas do c&eacute;rebro para suprir necessidades cognitivas, moldando suas regi&otilde;es para executar novas tarefas de acordo com a necessidade.
O caso demonstra que mesmo ap&oacute;s graves <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/26296-ciencia-explica-por-que-criancas-nao-gostam-de-compartilhar-objetos.htm" target="_blank" title="Ci&ecirc;ncia explica por que crian&ccedil;as n&atilde;o gostam de compartilhar objetos">danos no c&oacute;rtex pr&eacute;-frontal</a>, o c&eacute;rebro pode se recuperar, mesmo que parcialmente. Isso nos abre a oportunidade de amenizar sintomas ou prevenir doen&ccedil;as mentais relacionadas a essa &aacute;rea do c&eacute;rebro.
<h2>Como estimular a neuroplasticidade cerebral?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/26/26191916273134.jpg" alt="a" />A leitura ajuda na neuroplasticidade. (Fonte: gettyimages)
Devido a suas fun&ccedil;&otilde;es ligadas a processos cognitivos emocionais, controle de impulsos, no&ccedil;&atilde;o de consequ&ecirc;ncias, concentra&ccedil;&atilde;o e racionalidade, essa regi&atilde;o cerebral est&aacute; fortemente relacionada com algumas disfun&ccedil;&otilde;es mentais, por isso exercit&aacute;-la &eacute; uma &oacute;tima forma de preveni-las.
Ao contr&aacute;rio do que muitos pensam, estimular a neuroplasticidade cerebral n&atilde;o &eacute; um processo complexo que exige necessariamente o acompanhamento de um profissional, mas, em alguns casos, apenas a ado&ccedil;&atilde;o de novos h&aacute;bitos j&aacute; &eacute; o suficiente para estimular o c&eacute;rebro. Inclua na sua rotina o costume de ler, pratique exerc&iacute;cios f&iacute;sicos regularmente, saia da sua zona de conforto e tenha um sono de qualidade.
***
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; PhD em Neuroci&ecirc;ncias; mestre em Psicologia; P&oacute;s Graduado em neuropsicologia, entre outras p&oacute;s gradua&ccedil;&otilde;es; licenciado em Biologia e em Hist&oacute;ria, tecn&oacute;logo em antropologia, jornalista, especializado em programa&ccedil;&atilde;o Python, Intelig&ecirc;ncia Artificial e tem forma&ccedil;&atilde;o profissional em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica. Atualmente, &eacute; diretor do Centro de Pesquisas e An&aacute;lises Her&aacute;clito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, professor e investigador cientista na Universidad Santander.

thumb-image-2024-02-29T14:06:18.831Z

O importante papel do córtex pré-frontal na sua saúde mental

Imagem de Por que não nos lembramos do nascimento e da primeira infância? no megacurioso

A ciência ainda busca explicações para a chamada 'amnésia infantil'

<head></head><body>Talvez você nunca tenha ouvido falar sobre <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122255-memoria-fotografica-afinal-essa-habilidade-existe.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">amnésia infantil</a>. Mas, provavelmente, já deve ter se perguntando porque você (ou seu filho) não consegue se lembrar de coisas marcantes de quando era criança&nbsp;como, por exemplo, os primeiros passos, as primeiras palavras, do que tinha medo ou a festinha de aniversário de um ano de vida.O fenômeno de não termos memória da primeira infância é o que a ciência chama de amnésia infantil, ou seja, a perda gradual e natural das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121006-esquecer-pode-ser-sinal-de-uma-memoria-saudavel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">memórias obtidas nos primeiros anos de vida</a>.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Getty Images)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto/happy-indian-mother-having-fun-with-her-daughter-imagem-royalty-free/1325578537"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/21/21184819541702.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)<h2>Por que perdermos nossas memórias?</h2>Para estudiosos da psicologia, a amnésia infantil constitui uma parte importante e normal do desenvolvimento do cérebro, em que aquelas memórias que não são reforçadas ou repetidas se perdem com o tempo.Quando consideramos a memória, geralmente a ligamos a capacidade humana de recordar experiências vividas. Essas experiências pontuais são chamadas memórias episódicas e tem relação com o hipocampo, uma parte de nosso cérebro situada no lobo temporal.A questão é que a área do hipocampo não está desenvolvida por completo no nascimento. Já faz algum tempo que a neurociência sabe que o hipocampo se forma, ou melhor, se desenvolve por volta dos 4 anos, período em que as crianças tendem a se lembrar de coisas de forma mais consistente. &nbsp;Isso pode ajudar a entender porque não lembramos de quase nada de nossos primeiros anos de vida.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/21/21184904807703.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)<h2>O papel da linguagem</h2>Pesquisas feitas nos últimos tempos também demonstraram que a linguagem tem um papel importante no nosso processo de formação de memórias. Entre um e seis anos, na chamada primeira infância, saímos do estágio de pronunciar apenas uma palavra para o patamar de nos tornamos fluentes em nossa língua nativa.Sendo assim, quanto mais velha a criança fica, melhor ela vai se lembrar de suas experiências, já que as mudanças em sua habilidade verbal são significativas e se sobrepõem ao período de amnésia infantil (antes dos 4 anos).Em 2005, uma equipe de pesquisadores conduziu um trabalho, publicado posteriormente no American Psychological Association, tentando elucidar alguns aspectos entre a linguagem e a memória infantil.Eles entrevistaram crianças que sofreram alguma lesão típica da infância, como um machucado no joelho. Segundo os dados levantados, aquelas com cerca de 3 anos que conseguiam verbalizar sobre o ocorrido na época em que ele aconteceu, conseguiam se lembrar do evento até cinco anos depois.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/21/21185019432704.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Já aquelas com menos de 3 anos que não conseguiam verbalizar sobre o incidente, não se lembravam de nada ou de muito pouca coisa. Ou seja, existe a possibilidade de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118691-quais-os-tipos-de-memoria-usados-pelo-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">perdermos nossas memórias infantis</a> porque não conseguimos traduzi-las em palavras.<h2>Mesmo assim, as experiências são importantes</h2>A doutora Rachael Elward, especialista em neurociência cognitiva da memória e amnésia infantil, afirma que ela não deve ser motivo para os pais não criarem memórias com seus filhos pequenos. Segundo a especialista, mesmo que não se lembrem mais tarde, as experiências ajudam as crianças a aprender mais sobre o mundo.&nbsp;Por exemplo, embora uma criança não se recorde de uma visita específica a um zoológico, ela ter ido pode ajudar com que se lembre dos nomes dos animais ou do que é um zoológico. Além disso, existe o aspecto fundamental da criação de laços entre os pais os filhos pequeninos e do aprendizado sobre as interações sociais.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:18.337Z

Por que não nos lembramos do nascimento e da primeira infância?

Imagem de Presidente da Triple Nine Society fala sobre sociedades mais inteligentes no megacurioso

Thorsten Heitzmann, presidente da Triple Nine Society conversa com o colunista do Mega Curioso Fabiano de Abreu

&Eacute; comum surgirem interroga&ccedil;&otilde;es sobre as diferen&ccedil;as que existem acerca de algumas associa&ccedil;&otilde;es para pessoas com alto QI. Um dos membros dessas associa&ccedil;&otilde;es, o PhD neurocientista luso-brasileiro Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela, afirmou que as que mais se destacam s&atilde;o a Mensa e a TNS &mdash; Triple Nine Society. Fabiano, que tamb&eacute;m &eacute; jornalista, esclareceu alguns destes t&oacute;picos por meio de uma entrevista com o su&iacute;&ccedil;o-alem&atilde;o Thorsten Heitzmann, presidente da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122038-como-e-o-encontro-da-sociedade-de-alto-qi-mais-restrita-do-mundo.htm" target="_blank" title="Como &eacute; o encontro da sociedade de alto QI mais restrita do mundo?">sociedade de alto QI TNS</a>.
Segundo Abreu, o primeiro questionamento foi a respeito do que&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121698-como-e-o-cerebro-de-uma-pessoa-de-alto-qi.htm" target="_blank" title="Como &eacute; o c&eacute;rebro de uma pessoa de alto QI?">torna a Mensa mais famosa</a> sob a sua perspectiva. "A Mensa &eacute; mais vis&iacute;vel aos olhos do p&uacute;blico porque dois dos seus tr&ecirc;s objetivos oficialmente declarados s&atilde;o dirigidos ao mundo (para identificar e fomentar a intelig&ecirc;ncia humana em benef&iacute;cio da humanidade; incentivar a investiga&ccedil;&atilde;o sobre a natureza, as caracter&iacute;sticas e os usos da intelig&ecirc;ncia); e apenas um dos objetivos &eacute; dirigido aos seus membros (proporcionar um ambiente intelectual e social estimulante aos seus membros). Portanto, penso que a Mensa, pela forma como se molda, tem muito mais presen&ccedil;a do que a TNS, onde os nossos objetivos s&atilde;o mais introvertidos", respondeu Thorstens.
Para o presidente da TNS, isso favorece a Mensa porque mais pessoas buscam o ingresso nela, mais pessoas falam sobre ela e mais pessoas ouvem falar dela. Fabiano questionou-o tamb&eacute;m por que existem diferen&ccedil;as nos testes para aprova&ccedil;&atilde;o da entrada de novos membros das duas associa&ccedil;&otilde;es.
"Este n&atilde;o &eacute; um t&oacute;pico em que eu seja muito indicado para responder, mas h&aacute; uma s&eacute;rie de testes populares, f&aacute;ceis de aplicar e baratos&nbsp; que n&atilde;o discriminam bem na &aacute;rea acima do 3SD. Estes testes n&atilde;o podem ser utilizados para TNS &mdash; e o outro problema &eacute; quando as solu&ccedil;&otilde;es dos testes s&atilde;o divulgadas na internet; por essa raz&atilde;o j&aacute; n&atilde;o podemos aceitar o antigo HAWIE III", argumentou o presidente.
<h2>Os segredos do "superQI"</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/20/a-20174222715214.jpg" alt="a" />Thorsten Heitzmann, presidente da TNS. (Fonte: Acervo pessoal)
Outra pergunta de Fabiano na entrevista foi sobre o que pode distinguir pessoas de QI 99,9 de outras que tamb&eacute;m possuem superdota&ccedil;&atilde;o, mas em grau mais baixo. Sobre isso, Thorstens respondeu que esse &eacute; outro t&oacute;pico dif&iacute;cil:&nbsp;"Porque, em parte, as diferen&ccedil;as percebidas podem ter a sua causa subjacente na forma como as coisas s&atilde;o estabelecidas. Muito frequentemente, as pessoas dizem-me que a atmosfera dentro da TNS &eacute; mais cordial e menos competitiva do que na Mensa &mdash; e eu n&atilde;o penso que isto esteja relacionado com o QI", afirmou o presidente da TNS.
"Mas penso que quando algu&eacute;m se junta &agrave; Mensa, h&aacute;, muitas vezes, a sensa&ccedil;&atilde;o de ter encontrado o seu lugar, de ter conseguido algo. Na TNS, as pessoas sentem-se frequentemente impostores e os outros membros descobrir&atilde;o em breve que testar t&atilde;o alto foi provavelmente algum erro. Claro que n&atilde;o &eacute; este o caso, mas as pessoas ficam frequentemente surpreendidas com o QI muito elevado e se d&atilde;o conta de que h&aacute; outros que far&atilde;o muito melhor em muitos aspectos e que cada pessoa &eacute; bastante &uacute;nica. Isto muda um pouco a perspectiva, sinto eu", concluiu Thorstens.

thumb-image-2024-02-29T14:06:18.070Z

Presidente da Triple Nine Society fala sobre sociedades de alto QI

Imagem de Prosopagnosia: condição de Brad Pitt dificulta a identificação de pessoas no megacurioso

A doença que acomete o ator Brad Pitt pode ser socialmente incapacitante e impedir o indivíduo de reconhecer o próprio rosto

Parece ironia, mas um dos homens mais bonitos da hist&oacute;ria pode n&atilde;o reconhecer mais o pr&oacute;prio rosto. Explico: a prosopagnosia ganhou destaque ap&oacute;s as declara&ccedil;&otilde;es do&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118193-10-curiosidades-de-bastidores-de-filmes-que-voce-nao-conhecia.htm" target="_blank" title="10 curiosidades de bastidores de filmes que voc&ecirc; n&atilde;o conhecia">ator Brad Pitt</a> de que seria portador da doen&ccedil;a. Ele alega buscar o diagn&oacute;stico desde 2013 e que a condi&ccedil;&atilde;o gera constrangimento e transtornos que o fizeram se isolar.
Tamb&eacute;m conhecida como &ldquo;cegueira facial&rdquo; ou &ldquo;agnosia facial&rdquo;, a prosopagnosia &eacute; uma doen&ccedil;a que&nbsp;afeta a percep&ccedil;&atilde;o de est&iacute;mulos visuais do indiv&iacute;duo e prejudica a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121981-como-nossos-genes-determinam-a-aparencia-do-nosso-rosto.htm" target="_blank" title="Como nossos genes determinam a apar&ecirc;ncia do nosso rosto?">identifica&ccedil;&atilde;o de rostos</a>, mesmo de pessoas do conv&iacute;vio do paciente. Em casos mais graves, o paciente n&atilde;o consegue distinguir um rosto de um objeto, por exemplo.
A condi&ccedil;&atilde;o ainda possui muitos pontos em aberto, dificultando uma s&eacute;rie de medidas para o tratamento da doen&ccedil;a. Atualmente, seu tratamento se baseia apenas em estrat&eacute;gias compensat&oacute;rias, no desenvolvimento de outros meios para reconhecer os indiv&iacute;duos, como voz, roupas e outros <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/43012-estudo-indica-que-da-para-saber-se-um-homem-e-inteligente-so-pelo-rosto.htm" target="_blank" title="Estudo indica que d&aacute; para saber se um homem &eacute; inteligente s&oacute; pelo rosto">atributos f&iacute;sicos</a>. Entretanto, essas t&eacute;cnicas n&atilde;o s&atilde;o t&atilde;o eficazes quanto reconhecer um rosto.
Acredita-se que a condi&ccedil;&atilde;o resulte de anormalidades, danos ou defici&ecirc;ncias no giro fusiforme direito, uma dobra no c&eacute;rebro que parece coordenar os sistemas neurais que controlam a percep&ccedil;&atilde;o facial e a mem&oacute;ria.
<h2>Consequ&ecirc;ncias da prosopagnosia</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/12/a-12162524435455.jpg" alt="a" />C&eacute;rebro humano com giro fusiforme destacado. (Fonte: gettyimages)
A prosopagnosia n&atilde;o gera preju&iacute;zos cognitivos, como perda ou altera&ccedil;&otilde;es da mem&oacute;ria, ou d&eacute;ficit no aprendizado, no entanto pode resultar de doen&ccedil;as neurodegenerativas, les&otilde;es cerebrais e at&eacute; Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Nota-se com frequ&ecirc;ncia algum grau de prosopagnosia em crian&ccedil;as com autismo e s&iacute;ndrome de Asperger, podendo ser um fator que colabora para as dificuldades de desenvolvimento social desses pacientes.
A prosopagnosia cong&ecirc;nita parece ocorrer em fam&iacute;lias, o que torna prov&aacute;vel que seja o resultado de uma muta&ccedil;&atilde;o ou exclus&atilde;o gen&eacute;tica, mas em alguns casos &eacute; um dist&uacute;rbio cong&ecirc;nito, presente ao nascimento na aus&ecirc;ncia de qualquer dano cerebral.
A doen&ccedil;a gera muitos transtornos a seus portadores e pode ser socialmente incapacitante, dificultando o reconhecimento de amigos e familiares. Quando ocorre em crian&ccedil;as, muitas vezes elas j&aacute; nascem com a defici&ecirc;ncia e nunca tiveram um momento sequer em que pudessem reconhecer rostos.&nbsp;
Atualmente a doen&ccedil;a &eacute; bastante negligenciada, o que resulta em poucos estudos sobre a condi&ccedil;&atilde;o e situa&ccedil;&otilde;es que dificultam o reconhecimento de fei&ccedil;&otilde;es. Para colaborar com os conhecimentos sobre a capacidade do c&eacute;rebro de reconhecer rostos, estou realizando um estudo que avaliar&aacute; a raz&atilde;o de brasileiros de grandes cidades reconhecerem menos rostos que europeus de cidades pequenas.
***
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; PhD em Neuroci&ecirc;ncias; mestre em Psicologia; P&oacute;s Graduado em neuropsicologia, entre outras p&oacute;s gradua&ccedil;&otilde;es; licenciado em Biologia e em Hist&oacute;ria, tecn&oacute;logo em antropologia, jornalista, especializado em programa&ccedil;&atilde;o Python, Intelig&ecirc;ncia Artificial e tem forma&ccedil;&atilde;o profissional em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica. Atualmente, &eacute; diretor do Centro de Pesquisas e An&aacute;lises Her&aacute;clito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, professor e investigador cientista na Universidad Santander.

thumb-image-2024-02-29T14:06:17.519Z

Prosopagnosia: condição de Brad Pitt dificulta a identificação de pessoas

Imagem de Transtornos de neurológicos são de nascença ou os desenvolvemos? no megacurioso

Nunca tivemos tantos diagnósticos de transtornos como TDAH e autismo. Mas será que estas situações podem ser desenvolvidas ao longo da vida, ou já nascem com a pessoa?

<head></head><body>Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121452-conheca-6-transtornos-mentais-dos-mais-assustadores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">transtornos de neurodesenvolvimento</a> são problemas neurológicos que causam impactos na aquisição, retenção ou aplicação de habilidades ou informações. Estes distúrbios costumam ser associados a problemas nas habilidades sociais, cognitivas e emocionais das pessoas que os possuem.Os mais conhecidos são o transtorno do espectro do autismo (TEA) e o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/232505-tdah-tda-principais-diferencas-entre-eles.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">TDAH</a>), que têm sido diagnosticados em cada vez mais pessoas - especialmente crianças.Isto leva muita gente a pensar: é possível "desenvolver" estes transtornos ao longo da vida, ou eles já são natos dos indivíduos? Neste texto, explicamos o que a ciência tem a dizer sobre isso.<h2>Os transtornos de neurodesenvolvimento podem ser adquiridos?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/05/05230708387605.jpg" alt="(Fonte: Cannabis e Saúde)">(Fonte: Cannabis e Saúde)Não há consenso definitivo sobre isso. O que há são visões diferentes. Alguns estudiosos afirmam que há fatores <a href="https://www.megacurioso.com.br/genetica/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">genéticos</a> que favorecerem que os transtornos se manifestem; contudo, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120461-as-origens-e-a-incrivel-historia-da-genetica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hereditariedade</a> não explica totalmente estes problemas.É preciso também considerar questões ambientais - ou seja, o contexto em que a pessoa nasce e se desenvolve. Os pesquisadores listam alguns aspectos que podem interferir: fatores como exposição ao estresse, uso de medicamentos, nascimento prematuro, baixo peso ao nascer, gestação difícil, etc.Os traumas e a negligência (com crianças, por exemplo) também podem desencadear os transtornos. A explicação biológica tem a ver com os hormônios que são liberados no corpo da pessoa que enfrenta situações traumáticas. Há estudos que sugerem ainda que a poluição também pode afetar o cérebro e favorecer estas situações.Normalmente, os sintomas de algum transtorno de neurodesenvolvimento aparecem nos primeiros anos de vida. Eles se manifestam mais em homens que em mulheres - o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/105270-13-fatos-interessantes-sobre-o-autismo.htm#:~:text=1%20%E2%80%93%20Em%20todo%20o%20mundo,sua%20licen%C3%A7a%20m%C3%A9dica%20por%20isso." rel="noopener noreferrer" target="_blank">autismo</a>, por exemplo, é mais presente no sexo masculino.<h2>O aumento dos diagnósticos dos transtornos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/05/05230444887603.jpg" alt="(Fonte: Mais Saúde Revista)">(Fonte: Mais Saúde Revista)Os transtornos mais conhecidos (TEA e TDAH) têm sido mais identificados entre a população. O Brasil, por exemplo, é o segundo país do mundo que mais utiliza o metilfenidato, princípio ativo do medicamento recomendado para o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. Entre 2009 e 2011, o consumo deste remédio aumentou em 75% entre crianças.Será que realmente as crianças estão sofrendo mais de TDAH, ou haveria uma incompreensão do transtorno por conta dos médicos? Haveria também uma influência aqui da <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122141-5-remedios-que-funcionam-mas-nao-sabemos-por-que.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">indústria farmacêutica&nbsp;</a>em um lobby em prol destes remédios?Esta é uma questão complexa, que abrange várias interpretações. Segundo a visão do médico Paulo Azevedo, há de se considerar que estes diagnósticos são feitos por psiquiatras - área médica que, diferente das outras, não trabalha com marcadores biológicos.Isto significa que não há um "exame" que decrete biologicamente se alguém tem <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/100658-8-sinais-sutis-de-que-voce-pode-estar-com-depressao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">depressão</a>, autismo ou transtorno de ansiedade. Por isso, o diagnóstico é sempre clínico, voltado à análise que o médico faz dos relatos do paciente e de sua família.O que inspira outra pergunta: será que há hoje um superdiagnóstico de TDAH nas crianças brasileiras? É difícil pontuar com total segurança uma resposta sobre a questão. Paulo Azevedo explica: "vivemos uma situação claramente paradoxal no mundo e, especificamente, no Brasil. Temos um superdiagnóstico e um subdiagnóstico. O diagnóstico é clínico, a maldição da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122075-nise-da-silveira-a-pioneira-da-psiquiatria-brasileira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">psiquiatria</a> é não ter marcadores biológicos. O que não quer dizer que os problemas não existam", declarou ao Jornal da UFG.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:17.073Z

Transtornos de neurológicos são de nascença ou os desenvolvemos?

Imagem de Pessoas com mesmo cheiro tendem a virar amigos, diz estudo no megacurioso

De acordo com pesquisadores, nós sentimos inconscientemente o aroma das pessoas ao nosso redor e detectamos aqueles que sejam semelhantes

Amigos s&atilde;o "a fam&iacute;lia que n&oacute;s escolhemos". Mas e se eu te dissesse que <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/106871-7-caracteristicas-que-pessoas-acham-atraentes-de-acordo-com-a-ciencia.htm" target="_blank" title="7 caracter&iacute;sticas que pessoas consideram atraentes">essa escolha pode ser mais inconsciente do que pens&aacute;vamos</a>? De acordo com pesquisadores do Weizmann Institute of Science, indiv&iacute;duos com odores corporais semelhantes est&atilde;o mais propensas a desenvolver uma amizade instant&acirc;nea do que o contr&aacute;rio.
Em uma s&eacute;rie de experimentos sociais, a organiza&ccedil;&atilde;o de Israel concluiu que o aroma parecido faz com que nossos c&eacute;rebros "cliquem", criando o sentimento de que j&aacute; conhecemos aquela pessoa h&aacute; anos. Toda essa rea&ccedil;&atilde;o, por sua vez, s&oacute; &eacute; poss&iacute;vel porque cheiramos os outros de maneira natural em nossas primeiras intera&ccedil;&otilde;es.
<h2>La&ccedil;os de amizade</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/04/04175921087516.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Para m&eacute;ritos de obten&ccedil;&atilde;o de dados, a equipe comandada pela pesquisadora Inbal Ravreby reuniu 20 pares de amigos do mesmo sexo e sem interesse rom&acirc;ntico &mdash; sendo metade mulheres e metade homens &mdash;, os quais afirmaram ter criado um la&ccedil;o de amizade assim que se encontraram pela primeira vez.
Em seguida, os pesquisadores contaram com a ajuda de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107561-nariz-eletronico-ja-consegue-reconhecer-cheiros-especificos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nariz eletr&ocirc;nico</a>, dispositivo que detecta diferentes componentes qu&iacute;micos em odores &mdash; para "cheirar" as roupas que cada um dos participantes estava usando na hora do experimento. A ferramenta descobriu que o&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/nojento/90634-13-inacreditaveis-e-nojentas-praticas-de-higiene-da-idade-media.htm" target="_blank" title="13 inacredit&aacute;veis e nojentas pr&aacute;ticas de higiene da Idade M&eacute;dia">odor corporal</a> era mais semelhante entre os pares de amigos do que entre pares aleat&oacute;rios formados ao embaralhar as cobaias.
Al&eacute;m da tecnologia, o estudo tamb&eacute;m pediu para que um grupo de 25 adultos independentes cheirassem as pe&ccedil;as de vestimenta dos participantes. Para a surpresa de todos, os resultados foram extremamente parecidos e os humanos tamb&eacute;m conseguiram identificar que amigos possu&iacute;am odores mais parecidos entre si.
<h2>Aprofundando os dados</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/04/04175923977517.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Para a parte final do estudo, Ravreby e seus colegas escolheram mais 17 pessoas que nunca haviam se encontrado anteriormente e colocaram o nariz eletr&ocirc;nico para analisar seus odores corporais. Ent&atilde;o, cada indiv&iacute;duo se revezou jogando um jogo n&atilde;o-verbal com outros participantes do mesmo sexo.
Como esperado, os dados foram consistentes com os experimentos anteriores: pares que tinham <a href="https://www.megacurioso.com.br/cotidiano/75712-como-e-produzido-o-cheiro-da-chuva-ou-de-terra-molhada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">odor</a> parecido estiveram mais propensos a relatar a sensa&ccedil;&atilde;o de ter se dado bem com o outro participante logo de cara. Logo, a descoberta mostra que muitos dos nossos la&ccedil;os afetivos t&ecirc;m rela&ccedil;&atilde;o com a nossa capacidade olfativa &mdash; sempre em busca de indiv&iacute;duos que s&atilde;o mais parecidos conosco.
Na natureza, outros mam&iacute;feros tamb&eacute;m usam o olfato para ajudar a decidir quem &eacute; amigo e quem &eacute; inimigo. Um exemplo disso s&atilde;o os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119003-por-que-os-cachorros-pequenos-sao-tao-bravos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">c&atilde;es</a>, que cheiram os traseiros uns dos outros quando se encontram pela primeira vez. Em contraste, pessoas heterossexuais parecem ser atra&iacute;das amorosamente por membros do sexo oposto que cheiram diferente para elas.
Anteriormente, outros estudos j&aacute; haviam mostrado que as mulheres eram mais atra&iacute;das por homens que tinham genes imunol&oacute;gicos diferentes, o que provavelmente tamb&eacute;m indica que nossa esp&eacute;cie est&aacute; em busca constante por aprimorar o sistema imunol&oacute;gico de nossos descendentes.&nbsp;

thumb-image-2024-02-29T14:06:16.741Z

Pessoas com mesmo cheiro tendem a virar amigos, diz estudo

Imagem de Memórias reprimidas: o que são e como nos influenciam? no megacurioso

Conceito de 'memórias reprimidas' está associado aos traumas e foi popularizado por Freud

<head></head><body>A memória humana é incrível. Existem lembranças que nos fazem rir, lembranças que nos entristecem e até lembranças que nos apavoram. Contudo, existe uma categoria de lembranças que é fascinante, pois pode moldar o nosso comportamento: as lembranças reprimidas.As lembranças reprimidas estão associadas à “repressão”. Trata-se de um termo psicanalítico que se tornou popular pelo trabalho de <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/61953-freud-grande-influencia-para-a-psicologia-atual-era-viciado-em-cocaina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Freud, pai da psicanálise</a>. Ele percebeu que o sofrimento relatado por alguns de seus pacientes tinha origem em memórias reprimidas. Isso significa que a mente fazia com que a pessoa se esquecesse de momentos traumáticos de propósito. Mas por quê?<h2>Repressão de memórias é um mecanismo de defesa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/04/04170338123463.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)A psicanálise explica que alguns momentos vividos trazem tanto sofrimento às pessoas que lembrar deles tornaria a vida muito difícil. É por isso que a nossa mente, sem nos consultar, resolve reprimir essas memórias.Elas não são apagadas. É como se elas fossem arquivadas em uma pasta com senha, mas o indivíduo não sabe que senha é essa. <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121686-o-que-e-a-mente-inconsciente-e-como-ela-molda-nossos-habitos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A mente não dá a ele acesso às memórias reprimidas.</a>Freud descobriu que essas memórias estavam associadas a traumas e que tratá-los traria alívio aos pacientes. O problema era acessá-las. O psicanalista achou uma forma de hackear a mente humana: usando hipnose.A hipnose fazia com que os pacientes verbalizassem as memórias reprimidas. O problema é que eles se esqueciam delas em seguida e mesmo quando Freud explicava do que se tratavam os traumas, isso não trazia nenhuma melhora. A mente entendia que o sofrimento desses episódios era tão grande que reprimi-los era a única saída.<h2>O problema da repressão das memórias</h2>Ainda que nossa mente consciente (àquela que conseguimos acessar) não saiba das memórias reprimidas, de vez em quando, resquícios dessas lembranças emergem e influenciam nosso comportamento.Por exemplo: aos 8 anos, João viu um acidente de carro na rodovia. Aquilo o traumatizou. Agora, já adulto, ele tem crises de ansiedade quando entra em um carro e não entende o porquê. Ele nem se lembra que um dia viu esse acidente.Mesmo que seus pais se lembrem da cena e contem para João, isso não seria suficiente para ajudá-lo. É preciso que ele acesse as lembranças da sua própria mente, conscientemente, e as analise.<h2>O trabalho da análise</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/04/04170342842464.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)“Análise” é o termo usado por quem vai ao analista. O analista não é um psicólogo, mas um psicanalista. Esse profissional segue a linha proposta por Freud, <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/89392-a-psicologia-explica-12-razoes-que-fazem-com-que-as-pessoas-se-apaixonem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">enquanto os psicólogos</a>, em resumo, usam outras teorias e ferramentas.Independentemente de qual profissional a pessoa procure, é consenso na comunidade científica de que as memórias reprimidas existem e que acessá-las pode ajudar o paciente a lidar com sintomas de traumas. O avanço na neurociência tem ajudado a compreender as teorias freudianas no cérebro humano.No entanto, ainda é comum que a pessoa procure ajuda para se livrar de um sintoma, como uma fobia, e se depare com memórias reprimidas. Esse processo não é simples e nem rápido, mas é importante fazê-lo para tentar superar esse episódio incômodo.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:16.708Z

Memórias reprimidas: o que são e como nos influenciam?

Imagem de Covid-19 aumenta risco de Alzheimer, Parkinson e AVC no megacurioso

Informações surgiram em um estudo desenvolvido por pesquisadores dinamarqueses com mais de um milhão de voluntários

<head></head><body>Não há dúvidas de que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/covid-19" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a> tem sido bastante falada e estudada nos últimos meses. Ainda existem elementos envolvendo essa doença que serão descobertos ao longo do tempo, e um deles é o fato de que os afetados pelo coronavírus são mais propensos a desenvolver outros problemas neurológicos posteriormente.Durante o 8º Congresso da Academia Europeia de Neurologia, um estudo dinamarquês revelou que pessoas que testaram positivo para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122036-por-que-algumas-pessoas-nunca-pegaram-covid.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a> têm mais chances de desenvolver outros problemas de saúde, como Alzheimer, Parkinson e AVC.Para chegar a esse resultado, o time observou a base de dados de saúde da metade da população dinamarquesa, além de aproximadamente um milhão de pessoas que fizeram o teste de detecção para covid-19 entre fevereiro de 2020 e novembro de 2021.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/04/04123116213265.jpg" alt="Maior chance de desenvolver Alzheimer pode ser um dos resultados para os que testaram positivo para covid-19.">Maior chance de desenvolver Alzheimer pode ser um dos resultados para os que testaram positivo para covid-19. <h2>Risco aumentado de doenças</h2>Após analisar o dado, os cientistas concluíram que, das 43.375 pessoas que testaram positivo para <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120882-covid-19-5-duvidas-sobre-a-pandemia-que-ainda-nao-desvendamos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a>, estas possuem 3,5 vezes mais chances de desenvolver Alzheimer. Já para Parkinson esse número é de 2,6 vezes, acidente vascular cerebral isquêmico com 2,7 vezes e 4,8 vezes para sangramento no cérebro.“Encontramos suporte para um risco aumentado de ser diagnosticado com distúrbios neurodegenerativos e cerebrovasculares em pacientes positivos para covid-19, que devem ser confirmados ou refutados por grandes estudos de registro em um futuro próximo”, comentou Dr. Pardis Zarifkar, do departamento de neurologia do hospital Riget, na Dinamarca."Mais de dois anos após o início da pandemia da covid-19, a natureza precisa e a evolução dos efeitos da doença em desordens neurais permanece sem caracterização. Estudos prévios estabeleceram uma associação (da doença) com síndromes neurológicas, mas até agora ainda é incerto se a covid-19 também é a influência de problemas neurológicos específicos e quando isso se diferencia de outras infecções respiratórias", concluiu o doutor.</body>

Neurociência

Novidades