Imagem de TOC: 6 mitos comuns sobre o transtorno no megacurioso

O transtorno obsessivo-compulsivo é uma doença mental grave e que muitas vezes requer tratamento; Aprenda a separar o mito do fato

De acordo com a Funda&ccedil;&atilde;o Internacional do TOC, uma pessoa a cada 50 brasileiros sofre de transtorno obsessivo-compulsivo, recorrentemente chamado de TOC. Dentro disso, 30% dessas pessoas se recusam a passar por algum tipo de tratamento e acabam tendo o quadro agravado.
O <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/105030-sofre-de-toc-se-prepare-para-sentir-ondas-de-satisfacao-com-estas-imagens.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">TOC</a>, embora seja visto apenas como "supersti&ccedil;&atilde;o" ou "excesso de controle" por alguns, &eacute; uma doen&ccedil;a s&eacute;ria definida por uma variedade de obsess&otilde;es e manias que o indiv&iacute;duo apresenta durante sua rotina. Para desmistificar esse tema, conhe&ccedil;a seis conceitos err&ocirc;neos que as pessoas costumam desenvolver sobre esse transtorno.
<h2>1. Todas as pessoas loucas por limpeza t&ecirc;m TOC</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/28/28153101892484.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Um sinal comum entre a maioria das pessoas que sofre por TOC &eacute; a obsess&atilde;o por limpeza &mdash; indiv&iacute;duos que lavam as m&atilde;os excessivamente ou limpam os utens&iacute;lios dom&eacute;sticos toda hora. No entanto, complexos de limpeza tamb&eacute;m podem ser tra&ccedil;os de personalidade nem um pouco atrelados ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121452-conheca-6-transtornos-mentais-dos-mais-assustadores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">transtorno</a>.
Se esse for o caso, a pessoa ter&aacute; controle sobre suas a&ccedil;&otilde;es e poder&aacute; optar quando quer realizar o ato de limpeza ou n&atilde;o. Pessoas com transtorno obsessivo-compulsivo possuem essa tend&ecirc;ncia por conta de uma ansiedade debilitante implac&aacute;vel que afeta sua vida diariamente.
<h2>2. TOC est&aacute; relacionado com a inf&acirc;ncia</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/28/fonte-shutterstock-28153305033494.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Muitas pessoas acreditam que a maioria dos indiv&iacute;duos com TOC desenvolveu o transtorno por crescer em um lar disfuncional, gerando baixa autoestima como resultado. No entanto, estudos indicam que o desenvolvimento de uma crian&ccedil;a pouco tem a ver com os casos dessa doen&ccedil;a.
A maior quest&atilde;o, por&eacute;m, pode ser a gen&eacute;tica. O transtorno obsessivo-compulsivo acaba sendo uma tend&ecirc;ncia entre familiares e pode se espalhar dentro de um n&uacute;cleo familiar.
<h2>3. Crian&ccedil;as quase nunca tem TOC</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/28/fonte-shutterstock-28153447111497.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Embora os casos de TOC sejam mais comuns em adultos, isso n&atilde;o significa que os mais jovens n&atilde;o podem desenvolver esse transtorno com certa facilidade. De acordo com a Funda&ccedil;&atilde;o Internacional do TOC, 1 a cada 200 crian&ccedil;as e adolescentes possui o transtorno obsessivo-compulsivo.&nbsp;
Essa &eacute; uma doen&ccedil;a que pode acontecer a partir dos 4 anos e tem os mesmos n&uacute;meros que o diabetes infantil &mdash; que nunca foi considerado t&atilde;o raro assim. Logo, em um col&eacute;gio de pequeno ou m&eacute;dio porte, voc&ecirc; conseguiria identificar pelo menos cinco alunos com TOC.
<h2>4. TOC &eacute; causado pelo estresse</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/28/fonte-shutterstock-28153620064499.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Muitas pessoas acreditam que a cura para o TOC seria apenas "relaxar e ser menos estressado" em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s manias, como se fosse f&aacute;cil para quem sofre do transtorno. A verdade, no entanto, &eacute; que essa &eacute; uma doen&ccedil;a que incita medo e ansiedade incontrol&aacute;veis.
Apesar de situa&ccedil;&otilde;es estressantes contribu&iacute;rem para que a intensidade dos sintomas do transtorno fiquem ainda piores, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/103425-7-alertas-que-indicam-que-voce-esta-se-estressando-mais-do-que-deveria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estresse</a> n&atilde;o pode ser considerado a causa por si s&oacute;.
<h2>5. O TOC afeta mais mulheres do que homens</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/28/28153808283501.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Muitas pessoas tendem a julgar o TOC como uma doen&ccedil;a que afeta muito mais mulheres do que homens. No entanto, a Funda&ccedil;&atilde;o Internacional do TOC garante que o transtorno afeta homens, mulheres e crian&ccedil;as de todas as origens &eacute;tnicas, raciais e econ&ocirc;micas na mesma propor&ccedil;&atilde;o.
Embora os primeiros sintomas possam aparecer em qualquer idade, a tend&ecirc;ncia &eacute; que eles sejam normalmente vistos entre as idades de 10 a 12 anos ou entre o final da adolesc&ecirc;ncia e o come&ccedil;o da vida adulta.
<h2>6. TOC n&atilde;o tem tratamento</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/28/fonte-shutterstock-28154329018508.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Muitas pessoas acabam n&atilde;o procurando qualquer tipo de tratamento para o TOC por sentirem vergonha ou acharem que simplesmente faz parte da sua personalidade &mdash; o que faria disso algo imposs&iacute;vel de ser tratado. No entanto, essa definitivamente &eacute; uma doen&ccedil;a com tratamento.
Em um primeiro momento, o paciente passar&aacute; por uma terapia de exposi&ccedil;&atilde;o e preven&ccedil;&atilde;o de resposta, enfrentando seus medos. Al&eacute;m disso, outras pessoas tamb&eacute;m precisar&atilde;o de uma combina&ccedil;&atilde;o da terapia comportamental com o aux&iacute;lio de medicamentos. O TOC n&atilde;o tem cura, mas pode ser controlado.&nbsp;

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TOC: 6 mitos comuns sobre o transtorno

Imagem de Como os animais sentem dor? no megacurioso

Uma das maiores complexidades da natureza é entender como os animais sentem dor

&Eacute; bem prov&aacute;vel que voc&ecirc; saiba como &eacute;&nbsp;sentir dor. Mas j&aacute; parou para pensar se um gato ou um c&atilde;o sentem dor da mesma forma que voc&ecirc;? Ou um polvo? E <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/37225-afinal-os-peixes-sentem-dor-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">que tal uma lagosta</a>?
<h2>A complexidade da dor nos animais</h2>
Robyn J. Crook &eacute; um bi&oacute;logo evolucionista que h&aacute; algum tempo deu algumas perspectivas sobre esse assunto em um v&iacute;deo do TED-Ed (que voc&ecirc; pode conferir ao final deste artigo com legendas em portugu&ecirc;s).
Para Crook, &eacute; fundamental que continuemos tentando entender a dor animal, afinal, eles est&atilde;o presentes em nossas vidas como bichos de estima&ccedil;&atilde;o, em testes de novos medicamentos e em nossa alimenta&ccedil;&atilde;o.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/29/29125010449187.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Em seu v&iacute;deo, Crook explica que at&eacute; mesmo os animais com sistemas nervosos b&aacute;sicos sentem, por meio dos nervos da pele, que existe algo prejudicial. Ent&atilde;o, comunicam essa informa&ccedil;&atilde;o de amea&ccedil;a &agrave; medula espinhal. Por sua vez, os neur&ocirc;nios motores causam os movimentos de fuga da amea&ccedil;a. Esse processo &eacute; chamado "reconhecimento f&iacute;sico do dano", ou nocicep&ccedil;&atilde;o.
Mas, al&eacute;m disso, ainda existe o reconhecimento consciente do dano. Crook diz que nos seres humanos isso ocorre quando neur&ocirc;nios sensoriais em nossa epiderme fazem uma esp&eacute;cie de segunda ativa&ccedil;&atilde;o das conex&otilde;es da medula espinhal para o c&eacute;rebro.
Em n&oacute;s, o reconhecimento consciente da dor &eacute; algo muito complexo. Por exemplo, pode estar relacionado com o estresse, p&acirc;nico e medo. E n&oacute;s podemos comunicar isso &agrave;s outras pessoas.
<h2>Os animais e a percep&ccedil;&atilde;o consciente da dor</h2>
O jornalista cient&iacute;fico Ed Yong, em seu livro An Imense World, aponta ser algo extremamente dif&iacute;cil dizer como um animal sente dor. Ele destaca alguns aspectos importantes nesse sentindo.
Por exemplo, um animal pode experimentar a realidade f&iacute;sica da dor de uma forma completamente diferente dos humanos: campos el&eacute;tricos, cheiros e at&eacute; mesmo correntes de &aacute;gua. Ou seja, a percep&ccedil;&atilde;o de dor de um animal &eacute; moldada pelos sentidos que ele desenvolveu no ambiente em que habita.
J&aacute; Crook ressalta em seu v&iacute;deo do TED que na natureza os animais feridos costumam se cuidar, se isolar e at&eacute; <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/99735-os-animais-sentem-a-morte-de-seus-entes-queridos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">emitem barulhos sobre sua ang&uacute;stia</a>.
O bi&oacute;logo tamb&eacute;m cita que animais como ratos e galinhas aprendem a administrar em si mesmos analg&eacute;sicos em testes de laborat&oacute;rio quando est&atilde;o sofrendo. J&aacute; outros animais, tendem a evitar situa&ccedil;&otilde;es que geraram dor anteriormente.
No entanto, a maioria desses comportamentos est&aacute; associado a animais vertebrados. Com os animais invertebrados, muitos dos quais possuem complicados sistemas nervosos, a situa&ccedil;&atilde;o &eacute; ainda mais dif&iacute;cil de ser entendida.
O polvo, um animal invertebrado e considerado um dos mais inteligentes da Terra, quando machuca um de seus bra&ccedil;os o enrola para proteg&ecirc;-lo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/29/29125013309188.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
No entanto, ele usa esse mesmo bra&ccedil;o ferido se precisar para capturar uma presa. Nesse caso, Crook diz que esse comportamento sugere que alguns animais podem fazer julgamentos de valor sobre o ponto de entrada dor (o machucado) em vez de somente reagir de forma reflexiva ao dano.&nbsp;
Embora saibamos pouco sobre a dor nos animais, algumas descobertas j&aacute; ajudam (ou tentam) a causar menos sofrimento a eles. Em alguns pa&iacute;ses, <a href="https://www.megacurioso.com.br/culinaria/41782-conheca-8-animais-que-sao-comidos-vivos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">comer polvo vivo</a> j&aacute; se tornou proibido. Outros t&ecirc;m regras sobre o consumo de caranguejos e lagostas: apesar de n&atilde;o sabermos exatamente como eles sentem dor, devem ser atordoados com eletricidade ou esfaqueados (mortos) antes de irem para a panela para que, teoricamente, n&atilde;o sintam tanta dor ao serem fervidos.
<iframe width="730" height="411" src="https://www.youtube.com/embed/5j9Syov0AAw" title="How do animals experience pain? - Robyn J. Crook" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>

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Como os animais sentem dor?

Imagem de Criatividade e inteligência: Qual a relação entre elas? no megacurioso

A criatividade foi um fator crucial para o desenvolvimento da sociedade humana e é alvo de diversos estudos que buscam compreendê-la

A criatividade &eacute; sempre um ponto intrigante entre as incr&iacute;veis&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120164-e-possivel-ensinar-o-cerebro-a-nao-sentir-dor.htm" target="_blank" title="&Eacute; poss&iacute;vel ensinar o c&eacute;rebro a n&atilde;o sentir dor?">capacidades que o c&eacute;rebro humano possui</a> e a habilidade de correlacionar diferentes fatos para criar ideias inovadoras j&aacute; foi alvo de diversos estudos que buscaram entender melhor o funcionamento dessa compet&ecirc;ncia.
<h2>O estudo da criatividade</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/28/a-28192653261690.jpg" alt="a" />(Fonte: Shutterstock)
Em um artigo escrito por mim e publicado pela F&eacute;d&eacute;ration Internationale d&rsquo;Education Physique (FIEP), intitulado A criatividade precisa ser trabalhada constantemente, com treinos e desafios para desenvolver suas habilidades, esse fen&ocirc;meno &eacute; analisado mais profundamente.
Nele, analisei o funcionamento cerebral que leva &agrave;s habilidades criativas. Elas ocorrem devido &agrave; fun&ccedil;&atilde;o, principalmente, de duas &aacute;reas do c&eacute;rebro, o c&oacute;rtex frontal &mdash; respons&aacute;vel pela mem&oacute;ria de curto prazo, flexibilidade cognitiva, planejamento e diversas fun&ccedil;&otilde;es que colaboram para o&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119167-6-invencoes-que-mudaram-completamente-o-mundo.htm" target="_blank" title="6 inven&ccedil;&otilde;es que mudaram completamente o mundo">processo criativo</a> &mdash; e o hipocampo &mdash; conhecido por armazenar e recuperar mem&oacute;rias, bem como relacionar experi&ecirc;ncias para a formula&ccedil;&atilde;o de novas ideias.
Em um estudo bastante interessante realizado em 2018, que analisou a&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119979-como-o-cerebro-define-a-qualidade-das-nossas-memorias.htm" target="_blank" title="Como o c&eacute;rebro define a qualidade das nossas mem&oacute;rias?">atividade cerebral de pacientes</a> durante a cria&ccedil;&atilde;o e a lembran&ccedil;a de ideias originais, foi observada uma ativa&ccedil;&atilde;o de regi&otilde;es para-hipocampais &mdash; regi&otilde;es pr&oacute;ximas ao hipocampo &mdash; e do c&oacute;rtex pr&eacute;-frontal bilateral, mostrando que a gera&ccedil;&atilde;o de ideias ocorre por meio da lembran&ccedil;a de ideias originais e refor&ccedil;ando a a&ccedil;&atilde;o do c&oacute;rtex frontal e do hipocampo na criatividade.
<h2>A criatividade pode ser estimulada?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/28/a-28192759433692.jpg" alt="a" />(Fonte: Shutterstock)
O pensamento criativo se d&aacute; baseado na capacidade imaginativa do ser humano e na habilidade de visualiza&ccedil;&atilde;o de possibilidades que ainda n&atilde;o aconteceram. A mesma regi&atilde;o cerebral ligada &agrave; imagina&ccedil;&atilde;o do futuro tamb&eacute;m est&aacute; relacionada &agrave;&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118967-como-formamos-memorias-falsas-nas-quais-acreditamos-sem-saber.htm" target="_blank" title="Como formamos mem&oacute;rias falsas nas quais acreditamos sem saber?">lembran&ccedil;a do passado</a> &mdash; a rela&ccedil;&atilde;o entre os dois contrapontos favorece a capacidade imaginativa e, portanto, a criatividade.
Esse processo pode ser aprimorado por meio de alguns h&aacute;bitos simples como:
<ul>
<li>Exerc&iacute;cios f&iacute;sicos: alguns neurotransmissores importantes s&atilde;o liberados com o exerc&iacute;cio f&iacute;sico e auxiliam no desenvolvimento criativo;</li>
<li>Curiosidade: estimule a busca por conhecer campos ainda n&atilde;o explorados, a curiosidade e a criatividade andam lado a lado;</li>
<li>Desafios: quando o c&eacute;rebro &eacute; movido por atividades desafiantes a realizar tarefas complexas, a criatividade &eacute; estimulada para a realiza&ccedil;&atilde;o da metaproposta.</li>
<li>Exerc&iacute;cio cerebral: jogos que desafiam e exercitam o c&eacute;rebro e o estimulam a criar estrat&eacute;gias s&atilde;o &oacute;timos para fortalecer a criatividade.</li>
</ul>
<h2>Criatividade e intelig&ecirc;ncia: existe rela&ccedil;&atilde;o?</h2>
Alguns estudos apontam que pessoas que possuem um&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122038-como-e-o-encontro-da-sociedade-de-alto-qi-mais-restrita-do-mundo.htm" target="_blank" title="Como &eacute; o encontro da sociedade de alto QI mais restrita do mundo?">QI elevado</a> possuem as regi&otilde;es do c&eacute;rebro respons&aacute;veis pela criatividade mais desenvolvidas, no entanto, n&atilde;o s&atilde;o habilidades que andam sempre juntas &mdash; o tamanho da criatividade n&atilde;o possui rela&ccedil;&atilde;o com o tamanho do QI.
A personalidade &eacute; outro fator importante no processo criativo, atua como uma facilitadora aliada ao n&iacute;vel de conhecimento que, juntamente com experi&ecirc;ncias, interferem na criatividade, mas n&atilde;o a determinam totalmente.
***
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; PhD em Neuroci&ecirc;ncias; mestre em Psicologia; P&oacute;s Graduado em neuropsicologia, entre outras p&oacute;s gradua&ccedil;&otilde;es; licenciado em Biologia e em Hist&oacute;ria, tecn&oacute;logo em antropologia, jornalista, especializado em programa&ccedil;&atilde;o Python, Intelig&ecirc;ncia Artificial e tem forma&ccedil;&atilde;o profissional em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica. Atualmente, &eacute; diretor do Centro de Pesquisas e An&aacute;lises Her&aacute;clito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, professor e investigador cientista na Universidad Santander

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Criatividade e inteligência: qual a relação entre elas?

Imagem de Narcisismo patológico: a epidemia "invisível" que afeta as pessoas no megacurioso

Neurocientista alerta para os perigos do uso de redes sociais em esconder o narcisismo patológico

O Brasil j&aacute; enfrentou diversas epidemias &mdash; de dengue, zika, covid-19 etc. Mas existe uma epidemia &ldquo;silenciosa&rdquo;, ocultada pela aceita&ccedil;&atilde;o social, que afeta cada vez mais pessoas e compromete o comportamento e a personalidade: o narcisismo patol&oacute;gico.
&Eacute; o que alerta o neurocientista PhD Dr. Fabiano de Abreu Agrela, autor de diversos estudos publicados sobre o assunto. Segundo ele, os &iacute;ndices de ansiedade e uso de eletr&ocirc;nicos no Brasil facilitam a instala&ccedil;&atilde;o da patologia: "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119473-brasil-e-o-pais-mais-ansioso-da-contemporaneidade.htm" target="_blank" title="Brasil &eacute; o pa&iacute;s mais ansioso da contemporaneidade">A sociedade brasileira &eacute; a mais ansiosa do mundo</a>, tamb&eacute;m &eacute; a que mais passa tempo nas telas. A ansiedade leva a sensa&ccedil;&otilde;es de pend&ecirc;ncias que colocam o sujeito em uma atmosfera negativa de amea&ccedil;a e o comportamento rotineiro de redes sociais mascara o narcisismo patol&oacute;gico, tornando-o uma epidemia normalizada pela aceita&ccedil;&atilde;o".
<h2>Problema verdadeiro</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/28/a-28145331296444.jpg" alt="a" />(Fonte: Shutterstock)
H&aacute; quem duvide da classifica&ccedil;&atilde;o do narcisismo como um transtorno, qualificando-o apenas como um tra&ccedil;o de personalidade. No entanto, de acordo com o Dr. Fabiano de Abreu, o narcisismo patol&oacute;gico, principalmente por ser culturalmente aceito, representa um perigo para o futuro da sociedade.
"Na tentativa de impedir seu avan&ccedil;o, s&atilde;o criados mecanismos mais salutares de exposi&ccedil;&atilde;o nas redes sociais. A recompensa instant&acirc;nea retira-o dessa sensa&ccedil;&atilde;o, mas torna-se viciante, iniciando um c&iacute;rculo vicioso e acionando um gatilho intermin&aacute;vel de dor e prazer. O processo molda o c&eacute;rebro e acarreta comportamentos que se tornam culturais e desenvolvem a patologia", explica o neurocientista.
"Estamos falando de narcisismo patol&oacute;gico, que formata um c&eacute;rebro e um DNA, que ser&aacute; passado de gera&ccedil;&atilde;o para gera&ccedil;&atilde;o, enraizado em comportamentos culturalmente aceitos, por&eacute;m trazendo consequ&ecirc;ncias s&eacute;rias para o futuro, promovendo psicopatologias futuras que se tornaram epid&ecirc;micas", ele conclui.
<h2>O que &eacute; narcisismo patol&oacute;gico?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/28/a-28145728923457.jpg" alt="a" />(Fonte: Shutterstock)
O narcisismo patol&oacute;gico &eacute; uma admira&ccedil;&atilde;o e uma valoriza&ccedil;&atilde;o extrema por si mesmo. No entanto, em n&iacute;veis mais elevados, o comportamento torna-se uma patologia que gera um grande autoapego e uma necessidade de admira&ccedil;&atilde;o e reconhecimento.
As pessoas que sofrem da patologia podem ser manipuladoras e abusivas com terceiros para conseguir aclama&ccedil;&otilde;es, comumente usam de dissimula&ccedil;&atilde;o para n&atilde;o passar a ideia de desequil&iacute;brio, podendo dificultar a identifica&ccedil;&atilde;o do transtorno e at&eacute; torn&aacute;-lo socialmente aceito.

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Narcisismo patológico: a epidemia 'invisível' que afeta as pessoas

Imagem de É possível pensar sem usar linguagem? no megacurioso

Entenda como o nosso cérebro funciona quando estamos em silêncio e quais mecanismos utilizamos para raciocinar

A linguagem &eacute; uma das habilidades que mais define a nossa esp&eacute;cie. Afinal, os seres humanos s&atilde;o verdadeiros artistas da comunica&ccedil;&atilde;o e desenvolvemos centenas de idiomas para conseguir expressar tudo que queremos e nossos sentimentos para nossos equivalentes.&nbsp;
Inclusive, esse &eacute; um talento t&atilde;o bizarro nosso que at&eacute; mesmo as nossas vozes tendem a continuar operando dentro da nossa cabe&ccedil;a enquanto estamos em sil&ecirc;ncio. Portanto, at&eacute; mesmo o nosso <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/36565-pesquisa-comprova-que-pensar-demais-nos-deixa-fisicamente-cansados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pensamento</a> utiliza linguagem para nos ajudar a colocar tudo no papel. Mas seria poss&iacute;vel pensar sem usar nenhum tipo de linguagem? Veja s&oacute; o que diz a ci&ecirc;ncia at&eacute; ent&atilde;o!
<h2>Linguagem entre humanos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/24/a-24175157473450.jpg" alt="a" />(Fonte: Shutterstock)
Os humanos expressam pensamentos atrav&eacute;s da linguagem h&aacute; dezenas de milhares de anos. Essa &eacute; uma marca registrada da nossa esp&eacute;cie e provavelmente a nossa principal diferen&ccedil;a com o restante dos animais no mundo. Por&eacute;m, como &eacute; poss&iacute;vel a ci&ecirc;ncia estudar algo que est&aacute; dentro da cabe&ccedil;a de outro indiv&iacute;duo como a rela&ccedil;&atilde;o entre pensamento e linguagem?
Para isso, foram necess&aacute;rias v&aacute;rias d&eacute;cadas de estudos. Foi assim que pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa Cient&iacute;fica (CNRS) da Fran&ccedil;a descobriram em 2019 que algumas pessoas simplesmente n&atilde;o incapazes de ter um mon&oacute;logo interno &mdash; o que significa que elas n&atilde;o conseguem falar com elas mesmas dentro de suas cabe&ccedil;as.
Al&eacute;m disso, outros estudos analisando a atividade cerebral durante um pensamento mostram que as pessoas n&atilde;o usam as regi&otilde;es lingu&iacute;sticas do <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/37120-4-mitos-sobre-o-cerebro-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">c&eacute;rebro</a> quando trabalham em problemas de l&oacute;gica que n&atilde;o utilizam palavras. No entanto, n&oacute;s passamos d&eacute;cadas acreditando que uma pessoa s&oacute; poderia desenvolver um pensamento inteligente se utilizasse sua capacidade de formar frases.
<h2>Processos cognitivos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/24/a-24175215020451.jpg" alt="a" />(Fonte: Shutterstock)
Durante muito tempo, a maioria dos pesquisadores defendeu que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/114255-linguagem-humana-pode-ter-surgido-ha-25-milhoes-de-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">linguagem</a> basicamente surgiu para que os seres humanos pudessem elaborar pensamentos mais complexos. Essa era uma teoria bastante defendida por pensadores lend&aacute;rios como Noam Chomsky e Jerry Fodor durante o s&eacute;culo XX, mas come&ccedil;ou a cair em desuso com estudos mais recentes.
De acordo com as novas evid&ecirc;ncias que v&ecirc;m surgindo no campo cient&iacute;fico, o papel da linguagem no racioc&iacute;nio l&oacute;gico &eacute; bem diferente do que se acreditava. Foi ent&atilde;o que os pesquisadores criaram o termo "pensamento n&atilde;o simbolizado", um processo cognitivo que ocorre sem qualquer uso de palavras.&nbsp;
No entanto, estudar essa parcela do nosso pensamento pode ser extremamente complexo. "A maioria das pessoas n&atilde;o sabe que se envolve em pensamentos n&atilde;o simbolizados, at&eacute; mesmo aquelas que se envolvem nisso com frequ&ecirc;ncia", afirmou o psic&oacute;logo pesquisador Russell Hurlburt ao site Live Science.&nbsp;
Al&eacute;m disso, como as pessoas passam todo o tempo presas dentro das pr&oacute;prias mentes, &eacute; comum imaginarmos que os mesmos processos cognitivos que valem para n&oacute;s seriam universais &mdash; mas o mundo n&atilde;o &eacute; bem assim. Portanto, &eacute; bem prov&aacute;vel que voc&ecirc; tenha usado diversos recursos n&atilde;o-lingu&iacute;sticos para resolver uma s&eacute;rie de problemas l&oacute;gicos em sua vida, mas simplesmente n&atilde;o percebeu que estava pensando sem usar nenhum tipo de linguagem!

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É possível pensar sem usar linguagem?

Imagem de O que acontece com o cérebro quando estamos em movimento? no megacurioso

Saiba o que é ineferência causal e como ela pode abrir portas para o futuro da ciência

<head></head><body>Imagine esse cenário: você está sentado em um ônibus quando olha pela janela e vê outro veículo aparentemente se movimentando. Será que o seu ônibus parou e outro está se movendo ou é você que está andando enquanto o automóvel está parado?&nbsp;Para resolver essa ambiguidade e perceber corretamente o mundo, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/37120-4-mitos-sobre-o-cerebro-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro humano</a> inicia um processo conhecido como inferência causal.Em um novo artigo publicado na revista eLife, os pesquisadores descrevem um novo mecanismo neural envolvido na inferência causal que ajuda o cérebro a detectar um objeto em movimento enquanto você também está se mexendo.Os cientistas descobriram um tipo de neurônio que possui uma combinação única de resposta, o que o torna adequado para contribuir na tarefa de distinguir entre o movimento próprio e o de outros objetos.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">Inferência causal</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/20/20084742320022.jpg" alt="Entenda o que é a inferência causal">Entenda o que é a inferência causalA inferência causal envolve um circuito complicado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121394-acredite-e-possivel-criar-novos-neuronios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neurônios</a> e outros mecanismos sensoriais que ainda não são completamente compreendidos. Os sinais sensoriais são cheios de ruídos e incompletos. Além disso, existem diferentes eventos que poderiam produzir padrões semelhantes.Por exemplo, quando um ponto de luz se move através da <a href="https://www.megacurioso.com.br/bizarro/44505-chines-tem-descolamento-de-retina-apos-usar-o-celular-no-escuro-por-horas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">retina do olho</a>, essa mesma entrada visual pode ser o resultado de várias situações: um objeto que se move enquanto o espectador permanece parado, uma pessoa parada em uma janela e observando a luz de uma ambulância em movimento, um observador em movimento com objeto parado e mais.Nesses casos, o cérebro tem um problema difícil para resolver: tirar conclusões sobre o que causou o padrão de sinais sensoriais que recebeu e planejar ações apropriadas em resposta.O próximo passo dos cientistas é entender como o cérebro gera a visão consistente da realidade por meio das interações entre as partes que processam estímulos sensoriais e as que tomam decisões e planejam ações.<h2 style="text-align: justify;">Descobertas úteis para o futuro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/20/20085230794024.jpg" alt="Entender melhor a inferência causal pode ter impacto direto no desenvolvimento de piloto automático para aviões">Entender melhor a inferência causal pode ter impacto direto no desenvolvimento de piloto automático para aviõesReconhecer a forma como o cérebro usa a inferência causal para separar o automovimento do movimento do objeto pode ser um passo importante no projeto de inteligência artificial e dispositivos de piloto automático.De acordo com os pesquisadores, entender como o cérebro entende o movimento próprio e de objetos pode fornecer inspiração para melhorar os algoritmos existentes em dispositivos de piloto automático em aviões e veículos autônomos.&nbsp;Essas descobertas também podem ter aplicações importantes nos tratamentos de distúrbios neurais, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/106631-4-pessoas-com-autismo-que-inovaram-na-ciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">autismo</a> e <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/104569-conheca-a-esquizofrenia-um-pouco-melhor-com-estes-13-fatos-interessantes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esquizofrenia</a>, condições em que a inferência causal provavelmente é prejudicada.</body>

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O que acontece com o cérebro quando estamos em movimento?

Imagem de Memória fotográfica: afinal, essa habilidade existe? no megacurioso

<head></head><body>Você consegue se lembrar com clareza de certas situações? A habilidade de reter informações tão claras e certas como uma foto é popularmente conhecida como “memória fotográfica”.&nbsp;Apesar de figuras importantes da história, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/personalidades/52392-7-curiosidades-que-voce-talvez-desconheca-sobre-nikola-tesla.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nikola Tesla</a> e John von Neumann afirmarem ter esse “dom”, muitos psicólogos e neurologistas não acreditam que o fenômeno realmente exista. Vamos conhecer mais sobre ele?<h2 style="text-align: justify;">O caso Solomon Shereshevsky</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/19/19214245829021.jpg" alt="Solomon Shereshevsky é um caso clássico de &quot;memória fotográfica&quot;">Solomon Shereshevsky é um caso clássico de "memória fotográfica"Em abril de 1929, um editor de jornal estava passando tarefa para os repórteres quando reparou que um deles, Solomon Shereshevsky, não fez nenhuma anotação. Quando questionado, o repórter disse que tem uma memória perfeita e por isso não precisa anotar nada. Antes que o editor pudesse argumentar, Shereshevsky recitou tudo o que aconteceu na reunião, até o último detalhe.Percebendo que a situação poderia dar uma boa matéria, o editor sugeriu que o homem participasse de um estudo científico. Durante os próximos 15 anos, Shereshevsky passou por vários testes de memórias, desde gravar longos discursos até poemas em línguas estrangeiras.<h2 style="text-align: justify;">Memória fotográfica e os três grupos</h2>Muita gente acredita que as habilidades de Solomon Shereshevsky podem ser descritas como "memória fotográfica", mas será que é bem assim? Na realidade, esse fenômeno pode ser dividido em três grupos.<h3 style="text-align: justify;">Grupo 1: Savants Excepcionais</h3><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/19/19214949895037.jpg" alt="Dustin Hoffman interpreta um savant excepcional em Rain Man">Dustin Hoffman interpreta um savant excepcional em Rain ManOs primeiros são chamados de savants excepcionais, sendo <a href="https://www.megacurioso.com.br/super-humanos/36561-mutantes-da-vida-real-conheca-a-historia-de-6-pessoas-superpoderosas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Kim Peek</a> o membro mais famoso. A inspiração para o personagem de Dustin Hoffman em <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/169119-5-personagens-de-series-que-ajudam-a-entender-o-autismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Rain Man</a>, Peek memorizou mais de 12 mil livros.&nbsp;Outros savants famosos incluem o artista <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes/36346-artista-com-autismo-reproduz-a-cidade-de-nova-york-depois-de-breve-sobrevoo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Stephen Wiltshire, que pode desenhar paisagens precisas após um breve voo de helicóptero</a>, e o músico Derek Paravicini, que pode tocar qualquer música depois de ouvi-lá apenas uma vez.Contudo, esses indivíduos costumam sofrer com algum tipo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/106631-4-pessoas-com-autismo-que-inovaram-na-ciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">autismo</a> ou outra deficiência intelectual, ou social. Suas habilidades são geralmente limitadas a uma área específica, enquanto outras são diminuídas.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">Grupo 2: Hipertimesia</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Freepik/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://www.freepik.com/free-photo/brain-writes-with-white-chalk-is-hand-draw-concept_6170400.htm#query=memory&amp;position=7&amp;from_view=search"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/19/19220136946041.jpg" alt="Eles se lembram perfeitamente do passado, mas não de informações do cotidiano">Eles se lembram perfeitamente do passado, mas não de informações do cotidianoEssa condição faz com que o indivíduo se <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/102441-esta-mulher-se-lembra-de-todos-os-dias-de-sua-vida-desde-quando-era-bebe.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lembre de situações do passado</a>, de forma detalhada e precisa. Apesar de parecer uma habilidade interessante, ela pode se tornar um fardo ao reviver com detalhes memórias negativas e traumáticas.&nbsp;A hipertimesia é extremamente rara com menos de 30 pessoas diagnosticadas ao redor do mundo.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">Grupo 3: Mnemonistas</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Freepik/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://www.freepik.com/free-photo/intelligent-ethnic-female-person-with-dark-skin_13761612.htm#query=study&amp;position=15&amp;from_view=search"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/19/19220502618046.jpg" alt="Mnemonistas estudam para aperfeiçoar a memória">Mnemonistas estudam para aperfeiçoar a memóriaO terceiro e último grupo é dos mnemonistas. São pessoas de inteligência e habilidade social comum ou acima da média capazes de gravar informações rapidamente.Contudo, ao contrário da crença popular, os mnemonistas não possuem capacidades extraordinárias. Eles simplesmente aprenderam a usar algumas <a href="https://www.megacurioso.com.br/neurociencia/22147-aprenda-a-desenvolver-a-memoria-fotografica-em-apenas-um-mes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">técnicas de memorização</a>. Esse é o grupo mais conhecido. Inclusive, Solomon Shereshevsky é um exemplo de mnemonista.&nbsp;Ou seja, apesar de comum na cultura pop, a "memória fotográfica" não é assim tão usual no mundo real.</body>

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Memória fotográfica: afinal, essa habilidade existe?

Imagem de Peaky Blinders: Tomas Shelby tem inteligência DWRI no megacurioso

Dr. Fabiano de Abreu explica o que é inteligência DWRI e porque o personagem de Peaky Blinders possui essa habilidade

Algumas pessoas possuem habilidades excepcionais em realizar c&aacute;lculos num&eacute;ricos, outras incr&iacute;vel poder de articula&ccedil;&atilde;o de discurso, muitas t&ecirc;m altos &iacute;ndices de QI, mas poucas s&atilde;o dotadas de capacidades m&aacute;ximas em todas as &aacute;reas da intelig&ecirc;ncia, essas pessoas possuem a chamada intelig&ecirc;ncia DWRI.
Esse tipo de intelig&ecirc;ncia n&atilde;o &eacute; medida pelos testes comuns de QI, tanto que algu&eacute;m poder deter&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122038-como-e-o-encontro-da-sociedade-de-alto-qi-mais-restrita-do-mundo.htm" target="_blank" title="Como &eacute; o encontro da sociedade de alto QI mais restrita do mundo?">altas pontua&ccedil;&otilde;es de QI</a> e possuir defici&ecirc;ncias em outros tipos mais espec&iacute;ficos de intelig&ecirc;ncia.
DWRI significa Development of Wide Regions of Intellectual Interference ("amplas regi&otilde;es de interfer&ecirc;ncia intelectual desenvolvidas", em portugu&ecirc;s) e &eacute; desenvolvida desde o per&iacute;odo embrion&aacute;rio, uma condi&ccedil;&atilde;o heredit&aacute;ria e que atribui caracter&iacute;sticas como equil&iacute;brio emocional, alta percep&ccedil;&atilde;o, capacidade de controle emocional, dentre outras, a quem a possui.
<h2>A intelig&ecirc;ncia DWRI em Peaky Blinders</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/21/21184015483151.jpg" alt="a" />(Fonte: Shutterstock)
H&aacute; algum tempo pensei, inclusive, em escrever um artigo sobre a personalidade de Thomas Shelby, da s&eacute;rie <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122140-quem-foram-os-verdadeiros-peaky-blinders.htm" target="_blank" title="Quem foram os verdadeiros Peaky Blinders?">Peaky Blinders</a>, analisar sua personalidade e suas habilidades que somente uma pessoa com a intelig&ecirc;ncia DWRI poderia ter.
Ele pode ser considerado uma pessoa fria, quando na verdade essa sua aparente frieza decorre da sua capacidade de regular a atividade de seu&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121940-6-dicas-eficazes-para-saber-se-estao-mentindo-para-voce.htm" target="_blank" title="6 dicas eficazes para saber se est&atilde;o mentindo para voc&ecirc;">sistema l&iacute;mbico</a> por meio de seu c&oacute;rtex pr&eacute;-frontal, minimizando a interfer&ecirc;ncia de emo&ccedil;&otilde;es em seu julgamento, tornando-o extremamente racional.
<ul>
<li>Leia mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122140-quem-foram-os-verdadeiros-peaky-blinders.htm" target="_blank">Quem foram os verdadeiros Peaky Blinders?</a></li>
</ul>
Sua capacidade de an&aacute;lise de terceiros tamb&eacute;m &eacute; clara, mas o mais interessante &eacute; que, apesar de identificar as emo&ccedil;&otilde;es de outras e ter consci&ecirc;ncia de suas altas habilidades, ele mant&eacute;m a calma e usa da introspec&ccedil;&atilde;o para uma melhor reflex&atilde;o, mesmo em situa&ccedil;&otilde;es desordenadas.
Outro tra&ccedil;o de sua personalidade, t&iacute;pico de uma pessoa com esse tipo de intelig&ecirc;ncia &eacute; sua aptid&atilde;o para lideran&ccedil;a e cria&ccedil;&atilde;o de v&iacute;nculos com as pessoas, que desenvolvem depend&ecirc;ncia e admira&ccedil;&atilde;o para com ele.
***
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; PhD em Neuroci&ecirc;ncias; mestre em Psicologia; P&oacute;s Graduado em neuropsicologia, entre outras p&oacute;s gradua&ccedil;&otilde;es; licenciado em Biologia e em Hist&oacute;ria, tecn&oacute;logo em antropologia, jornalista, especializado em programa&ccedil;&atilde;o Python, Intelig&ecirc;ncia Artificial e tem forma&ccedil;&atilde;o profissional em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica. Atualmente, &eacute; diretor do Centro de Pesquisas e An&aacute;lises Her&aacute;clito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, professor e investigador cientista na Universidad Santander

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Peaky Blinders: Thomas Shelby tem inteligência DWRI

Imagem de 6 equívocos que cometemos sobre os serial killers no megacurioso

Algumas pensamentos comuns sobre serial killers estão totalmente errados. Descubra quais deles

<head></head><body>Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/serial-killers-e-psicopatas/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">serial killers</a>&nbsp;sempre despertaram muita curiosidade nas pessoas. Afinal, parece difícil entender o que levaria alguém a cometer assassinatos em série.Mas o que será que a ciência fala sobre estas pessoas? A partir de estudos científicos, descobriu-se que muitas ideias que se tinha sobre estes criminosos podem estar erradas. Neste texto, contamos seis destes equívocos.<h2>1. Os&nbsp;serial killers não são super inteligentes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/13/13191730488464.jpg" alt="(Fonte: Orion Pictures/Reprodução)">(Fonte: Orion Pictures/Reprodução)Culpe o doutor <a href="https://www.megacurioso.com.br/memes-e-virais/44730-hannibal-montagem-retrata-suarez-como-canibal-protagonista-do-filme.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hannibal Lecter</a>, de O&nbsp;Silêncio dos Inocentes&nbsp;(1991), pela concepção de que serial killers são sempre pessoas com inteligência muito acima da média — afinal, é assim que eles conseguiriam enganar suas vítimas e escapar ilesos dos crimes.&nbsp;Mas não é bem assim. Pesquisadores se deram o trabalho de avaliar o intelecto de alguns serial killers e chegaram à conclusão de que eles têm, em média, um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118090-nota-de-qi-define-inteligencia-veja-as-pessoas-mais-inteligentes-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">QI</a> 95 — ficando dentro da média mundial, que é entre 90 e 110.<h2>2. Serial killers não são apenas pegos quando querem</h2><span class="img-fc" data-fonte="Bettmann/Getty Images/Reprodução" data-fonte-url="https://www.gettyimages.ie/detail/news-photo/chi-omega-murder-suspect-theodore-bundy-walks-forward-and-news-photo/515421342"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/13/13191556300463.jpg" alt="(Fonte: Bettmann/Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Bettmann/Getty Images/Reprodução)Existe um mito de que serial killers seriam tão geniais que só seriam capturados por vontade própria. Isso também não é verdade — e quem garante é o FBI.Segundo o conhecido órgão da polícia americana, quando estes matadores em série cometem vários assassinatos sem serem pegos, eles tendem a ficar mais confiantes e encorajados. Por consequência, se tornam menos cuidadosos em seus métodos.&nbsp;Isso quer dizer que a frase correta talvez fosse: não é que os&nbsp;serial killers&nbsp;queiram ser pegos, e sim que eles acreditam que nunca serão.<h2>3. A maior parte deles não sofre de transtornos mentais comuns</h2><span class="img-fc" data-fonte="Mirrorpix/Getty Images/Reprodução" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornal%C3%ADstica/american-criminal-charles-manson-the-man-who-foto-jornal%C3%ADstica/876995010?"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/13/13192825926476.jpg" alt="(Fonte: Mirrorpix/Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Mirrorpix/Getty Images/Reprodução)É bem comum imaginar que serial killers tenham transtornos mentais seríssimos, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/104569-conheca-a-esquizofrenia-um-pouco-melhor-com-estes-13-fatos-interessantes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esquizofrenia</a> e o <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/89236-conheca-5-casos-famosos-e-fascinantes-de-multiplas-personalidades.htm#:~:text=Na%20verdade%2C%20o%20problema%20%C3%A9,no%20lugar%20da%20personalidade%20principal." rel="noopener noreferrer" target="_blank">transtorno dissociativo de identidade</a>. O problema desta pré-concepção é justamente trazer prejuízos às pessoas que, de fato, têm essas doenças e não cometem assassinatos.A maior parte dos criminosos têm noção do impacto de seus crimes — o que seria um quesito fundamental para categorizar uma pessoa dentro de um transtorno. E, quando eles têm algum distúrbio, dificilmente é alguma doença psicótica (ou seja, que se caracteriza por uma desconexão da realidade).<h2>4. Eles não são "viciados" em matar</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/13/13191926863465.jpg" alt="(Fonte: FX)">(Fonte: FX)Há uma ideia de que o assassinato funcionaria quase como um "<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121828-vicio-em-opio-tambem-assolou-as-sociedades-ancestrais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vício</a>" na mente dessas pessoas (e se você assistiu à série <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/229456-dexter-new-blood-serial-killer-critica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Dexter</a>, sabe do que estou falando). Inclusive, há histórias sobre serial killers que largaram os velhos hábitos.Um exemplo disso é o assassino conhecido como "BTK Killer", retratado na série <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/mindhunter" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mindhunter</a> — que acompanha o início dos estudos da psique dos assassinos em série. O homem, que se chamava Dennis Rader, matou 10 pessoas entre 1974 e 1991, e daí parou. Ele foi preso em 2005, 15 anos depois de sua última morte.Por que ele parou? Especialistas dizem que, às vezes, uma mudança na vida de um assassino em série pode fazer com ele ache outras formas de canalizar seus impulsos violentos. Pode ser um casamento, um divórcio, uma mudança de cidade.<h2>5. Os&nbsp;serial killers&nbsp;não são sempre pessoas solitárias</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/13/13193215926482.jpg" alt="(Fonte: WI Dept. of Corrections/Reprodução)">(Fonte: WI Dept. of Corrections/Reprodução)Tendemos a imaginar que estes criminosos agem assim pois já estavam marginalizados na sociedade. Por conta disso, costumam viver de forma muito solitária.A verdade é que, enquanto cometiam crimes, muitos desses assassinos viviam vidas bem normais, com famílias, amigos e colegas que nem desconfiavam que eles eram capazes de cometer tais atos.<h2>6. Mulheres são capazes de matar em série</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/13/13192112129467.jpg" alt="(Fonte: K/W Productions/Reprodução)">(Fonte: K/W Productions/Reprodução)O terreno de atuação dos serial killers é quase exclusivamente masculino, certo? Na verdade, há mais mulheres assassinas do que as pessoas tendem a acreditar. Um estudo feito em 2015 na Universidade da Florida concluiu que 16% do serial killers são mulheres. Uma vez que, na média geral de assassinatos, 10% são cometidos por mulheres, o dado é bem mais alto do que poderíamos pensar.O que as difere dos homens são os métodos: as mulheres estão mais propensas a matar por envenenamento, e costumam agir em grupo.</body>

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6 equívocos que cometemos sobre os serial killers

Imagem de Como a música afeta e estimula o nosso cérebro? no megacurioso

A música estimula diferentes regiões do cérebro e pode afetar a memória e maneira como nos comunicamos

A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122014-musica-classica-pode-deixar-criancas-mais-inteligentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">m&uacute;sica</a> afeta o nosso <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119232-cuide-da-saude-do-cerebro-para-ter-uma-vida-sustentavel-e-mais-feliz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">c&eacute;rebro</a> de diferentes maneiras, estimulando-o e at&eacute; mesmo fazendo com que ele se exercite. Hoje, boa parte dessas rea&ccedil;&otilde;es do c&eacute;rebro para a m&uacute;sica j&aacute; s&atilde;o bastante conhecidas. E a cada dia a neuroci&ecirc;ncia descobre novos impactos na atividade cerebral quando estamos escutando alguma melodia.
<h2>Como a m&uacute;sica afeta o nosso c&eacute;rebro</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/17/17140816867262.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Para entender como isso acontece, a primeira coisa importante saber &eacute; que n&atilde;o existe apenas uma regi&atilde;o do c&eacute;rebro estimulada pelas m&uacute;sicas. Na verdade, o que acontece &eacute; que o c&eacute;rebro inteiro pode ser afetado e diferentes regi&otilde;es respondem a diferentes est&iacute;mulos provocados pela m&uacute;sica. &Eacute; por isso que ela tem um poder t&atilde;o grande em n&oacute;s, sendo celebrada em todas as culturas humanas.
O l&oacute;bulo frontal, por exemplo, &eacute; respons&aacute;vel pela tomada de decis&atilde;o e pelo planejamento, e ao ouvir alguma can&ccedil;&atilde;o a regi&atilde;o &eacute; estimulada e podemos aprimorar suas fun&ccedil;&otilde;es. J&aacute; a &aacute;rea de broca, a regi&atilde;o do c&eacute;rebro respons&aacute;vel pela express&atilde;o da linguagem, &eacute; estimulada ao tocar uma m&uacute;sica. Isso implica que tocar um instrumento pode melhorar sua capacidade de se comunicar.
Outro est&iacute;mulo importante acontece no l&oacute;bulo occipital, a parte que processa o que enxergamos, localizada na parte de tr&aacute;s do c&eacute;rebro. M&uacute;sicos profissionais estimulam esta regi&atilde;o (para as pessoas que n&atilde;o s&atilde;o profissionais, apenas o l&oacute;bulo temporal, respons&aacute;vel por compreender os sons, &eacute; estimulado). Isso sugere que eles podem visualizar uma partitura quando est&atilde;o ouvindo m&uacute;sica.
Um dos exemplos mais not&aacute;veis do poder da m&uacute;sica no nosso c&eacute;rebro acontece no hipocampo. Esta &eacute; a principal regi&atilde;o respons&aacute;vel por produzir e recuperar nossas mem&oacute;rias, al&eacute;m de regular respostas emocionais. A m&uacute;sica, al&eacute;m de estimular essa regi&atilde;o, pode aumentar a neurog&ecirc;nese no hipocampo, permitindo a produ&ccedil;&atilde;o de novos neur&ocirc;nios e melhorando a mem&oacute;ria.
Talvez voc&ecirc; se recorde do caso da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116715-bailarina-com-mal-de-alzheimer-relembra-coreografia-por-meio-da-musica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bailarina espanhola Marta C. Gonz&aacute;lez</a>, que possui Alzheimer, e lembrou dos passos de uma dan&ccedil;a ao ouvir O Lago dos Cisnes. A m&uacute;sica &eacute; capaz de ativar determinadas regi&otilde;es do c&eacute;rebro que respondem ao est&iacute;mulo ativando mem&oacute;rias espec&iacute;ficas.
<h2>Quem n&atilde;o usa, perde?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/17/fonte-shutterstock-17140915461265.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
O nosso c&eacute;rebro &eacute; um &oacute;rg&atilde;o extremamente eficiente. Isso significa que ele &eacute; &oacute;timo em poupar energia, evitando coisas que n&oacute;s n&atilde;o aproveitamos. Conforme voc&ecirc; estimula determinadas &aacute;reas do c&eacute;rebro com uma atividade &mdash; ouvir m&uacute;sica, por exemplo &mdash;, ele vai manter essas regi&otilde;es ativas.
Por outro lado, caso voc&ecirc; n&atilde;o tenha o h&aacute;bito de ouvir m&uacute;sica, o c&eacute;rebro usar&aacute; os neur&ocirc;nios nesse caminho para outras coisas. Um exemplo que ilustra bem esse fato &eacute; a fala de outro idioma. Se voc&ecirc; aprendeu uma l&iacute;ngua estrangeira quando crian&ccedil;a, mas ficou anos sem praticar, vai ser dif&iacute;cil para o seu c&eacute;rebro conseguir reproduzir esse "caminho de neur&ocirc;nios" novamente. Com a m&uacute;sica acontece algo parecido e est&iacute;mulos que poderiam ativar o c&eacute;rebro, com o tempo ser&atilde;o utilizados para outros fins.

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