Imagem de Pessoas não amputadas também podem ter a dor do membro fantasma no megacurioso

A ilusão fantasma acontece quando o cérebro recebe um estímulo, mesmo quando ele não acontece diretamente no nosso corpo

<head></head><body>A dor do membro fantasma é uma síndrome bem conhecida na medicina e relativamente comum em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112024-protese-bionica-tem-resposta-mais-rapida-do-que-mao-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pessoas amputadas</a>. Porém, mesmo quem possui todos os membros pode sentir membros fantasmas e até dor quando facas são espetadas em mãos inexistentes.Mas por que isso acontece?<h2>A dor do membro fantasma</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/15/15120411192145.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)A primeira coisa é saber o que é esta síndrome e como ela acontece normalmente. Membros fantasmas ocorrem em 95% dos amputados que perdem um braço ou uma perna — em alguns casos, pode ocorrer em pessoas que perderam dedos, dentes, mamilos e pênis.A dor do membro fantasma acontece quando as pessoas que perderam uma parte do corpo continuam sentindo estímulos naquele membro como se nada tivesse acontecido. Ela pode ser caracterizada por uma sensação leve, como uma coceira, mas normalmente é acompanhada de dor em diferentes níveis.Isso acontece porque o cérebro tende a trabalhar de maneira bastante eficiente e, sempre que possível, poupando energia. Ou seja, alguns estímulos costumam acontecer de maneira mais "automática" no cérebro. Como ele está “acostumado” a receber estímulos de um braço, por exemplo, isso tende a continuar mesmo depois de uma amputação.De maneira geral, essas dores costumam passar depois de alguns dias ou meses, mas em casos extremos podem durar anos. Esse tipo de dor também é mais comum em adultos, pois crianças ainda estão formando esses estímulos no cérebro. Mas mesmo pessoas que nasceram sem um membro podem sofrer da síndrome. E isso ajuda a explicar como isso acontece em pessoas não amputadas.<h2>Ilusões fantasmas</h2><iframe class="instagram-media instagram-media-rendered" id="instagram-embed-0" src="https://www.instagram.com/reel/CeULUj-L9e9/embed/captioned/?cr=1&amp;v=14&amp;wp=594&amp;rd=https%3A%2F%2Fplataforma.nexperts.co&amp;rp=%2Fprojetos%2Fgerenciar%2Fedit%2FAnykY%2Fk5K1a#%7B%22ci%22%3A0%2C%22os%22%3A2853681.100000024%7D" allowtransparency="true" allowfullscreen="true" frameborder="0" height="1130" data-instgrm-payload-id="instagram-media-payload-0" scrolling="no" style="background: white; max-width: 540px; width: calc(100% - 2px); border-radius: 3px; border: 1px solid rgb(219, 219, 219); box-shadow: none; display: block; margin: 0px 0px 12px; min-width: 326px; padding: 0px;"></iframe>O vídeo acima mostra um experimento bem conhecido, de uma pessoa que possui os dois braços, mas quando recebe um estímulo em uma mão que não é a sua, <a href="https://www.megacurioso.com.br/neurociencia/36212-mao-invisivel-experimento-prova-como-estimulos-visuais-enganam-o-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sente como se fosse</a>. O mais curioso é que o experimento pode ser reproduzido mesmo sem a mão de borracha. Isso ocorre porque o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120815-6-mitos-sobre-o-cerebro-humano-que-voce-ainda-escuta-por-ai.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro</a> é estimulado nas mesmas regiões ativadas quando o corpo recebe o contato visual.Arvid Guterstam, neurocientista do Instituto Karolinska, em Estocolmo, fez um teste sem a mão de borracha, mas realizando os mesmos estímulos que o vídeo acima. Durante o experimento, os voluntários foram colocados em uma máquina de ressonância magnética que monitorava os seus cérebros."Quando provocamos a ilusão da mão invisível dentro de um scanner de ressonância magnética, descobrimos que experimentar a ilusão leva ao aumento da atividade cerebral nas chamadas regiões multissensoriais, que sabemos integrar sinais dos diferentes sentidos", explicou Guterstam. "Portanto, parece que essas áreas do cérebro associam automaticamente a visão do pincel movendo-se no espaço vazio com o toque sentido na mão real, levando à bizarra consequência de sentir o toque no ar e perceber ter uma mão invisível neste local".</body>

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Pessoas não amputadas também podem ter a dor do membro fantasma

Imagem de Dia dos Namorados: quel é o papel do cérebro no amor e na paixão? no megacurioso

Especialista explica o funcionamento do cérebro de uma pessoa apaixonada e detalha a diferença entre amor e paixão

No Dia dos Namorados o amor vem &agrave; flor da pele e reagimos de diferentes maneiras ao sentimento da paix&atilde;o. Muita gente o tal sente frio na barriga &mdash; tamb&eacute;m conhecido como &ldquo;<a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/98217-8-reacoes-do-seu-corpo-quando-voce-se-apaixona.htm" target="_blank" title="8 rea&ccedil;&otilde;es do seu corpo quando voc&ecirc; se apaixona">borboletas no est&ocirc;mago</a>&rdquo; &mdash;, sua frio perto da pessoa amada, sente nervosismo, etc. Mas tudo isso tem uma explica&ccedil;&atilde;o e o c&eacute;rebro tem um papel crucial para as rea&ccedil;&otilde;es corporais desse sentimento.&nbsp;Para entender melhor o funcionamento cerebral em um relacionamento, o Prof. Dr. Fabiano de Abreu &mdash; PhD em neuroci&ecirc;ncia e bi&oacute;logo &mdash; explica melhor os efeitos biol&oacute;gicos no c&eacute;rebro durante a paix&atilde;o.
&ldquo;Detalhar como o c&eacute;rebro funciona no relacionamento n&atilde;o &eacute; t&atilde;o simples, pois depende n&atilde;o s&oacute; do sentimento da pessoa, como tamb&eacute;m outros fatores como a personalidade e intelig&ecirc;ncia. Estes tamb&eacute;m interferem em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119028-como-funciona-o-cerebro-num-relacionamento.htm" target="_blank" title="Como funciona o c&eacute;rebro num relacionamento?">como o c&eacute;rebro funciona no relacionamento</a>. Portanto, qualquer receita de bolo para este t&iacute;tulo estaria equivocada. Mesmo assim, posso selecionar alguns fatores que possam acontecer em diferentes casos no relacionamento.&rdquo;, inicia.
"O neurotransmissor envolvido &eacute; a famosa dopamina, respons&aacute;vel pela sensa&ccedil;&atilde;o de recompensa [...] diversas regi&otilde;es do c&eacute;rebro est&atilde;o relacionadas &agrave; paix&atilde;o, entre elas, o c&oacute;rtex pr&eacute;-frontal e as demais que est&atilde;o localizadas nas regi&otilde;es do n&uacute;cleo da base e do sistema l&iacute;mbico".
<h2>C&eacute;rebro ou cora&ccedil;&atilde;o?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/12/a-12162202818055.jpg" alt="a" />O c&eacute;rebro &eacute; o &uacute;nico culpado pelo que sentimos quando estamos apaixonados. (Fonte: Shutterstock)
As emo&ccedil;&otilde;es est&atilde;o intimamente ligadas com o funcionamento cerebral que, quando est&aacute; &ldquo;apaixonado&rdquo;, apresenta altos n&iacute;veis de dopamina que pode levar o c&eacute;rebro a considerar o sentimento como um v&iacute;cio. Mas entre todas essas altera&ccedil;&otilde;es que ocorrem durante o amor, quais delas s&atilde;o respons&aacute;veis tamb&eacute;m pela paix&atilde;o e, biologicamente falando, h&aacute; diferen&ccedil;a entre os dois sentimentos?
"J&aacute; ouviu dizer que a paix&atilde;o &eacute; passageira? Porque &eacute; uma emo&ccedil;&atilde;o com prazo de validade e de alta intensidade. A paix&atilde;o ocasiona estados de hipermotiva&ccedil;&atilde;o, perda da raz&atilde;o, estresse, depend&ecirc;ncia, obsess&atilde;o e compuls&otilde;es [...], j&aacute; no amor, vamos falar do horm&ocirc;nio oxitocina, tamb&eacute;m liberado no parto ou no sexo. Ele est&aacute; relacionado a v&iacute;nculos mais duradouros. Assim como a vasopressina, este horm&ocirc;nio aumenta a press&atilde;o sangu&iacute;nea, por isso amar faz bem", explica o Dr. Fabiano.
O amor &eacute; um dos sentimentos mais desejados e um dos que proporciona mais rea&ccedil;&otilde;es prazerosas no c&eacute;rebro, mas e durante um t&eacute;rmino? Como o c&eacute;rebro reage? "Quando isso n&atilde;o acontece, a ansiedade aumenta e envolve constantemente a am&iacute;gdala cerebral que, com o passar do tempo, se n&atilde;o resolver, coloca a pessoa em um sentimento de infelicidade causando disfun&ccedil;&atilde;o generalizada em diversos neurotransmissores".

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Dia dos Namorados: qual é o papel do cérebro no amor e na paixão?

Imagem de Menino que nasceu com apenas 2% do cérebro surpreende médicos no megacurioso

Caso ilustra a complexa capacidade de neuroplasticidade do corpo humano, superior em crianças

<head></head><body>O cérebro humano é mesmo um órgão fascinante e muito da sua capacidade <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/58793-9-fatos-sobre-o-cerebro-humano-que-voce-ainda-desconhece.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ainda representa um verdadeiro mistério</a> para os cientistas. Um dos conceitos mais interessantes envolvendo o cérebro é a neuroplasticidade. Trata-se da habilidade que esse órgão tem de reorganizar suas células após um dano, fazendo com que a pessoa mantenha seu rendimento cerebral.Em alguns casos, a neuroplasticidade consegue fazer com que sérios danos sofridos por uma pessoa sejam superados de forma surpreendente — e essa característica é ainda mais presente nas crianças.Em 2018, um caso ganhou as manchetes dos jornais americanos. Um menino teve um sexto do seu cérebro removido em uma cirurgia e, ainda assim, preservou capacidades que os médicos acreditavam que seriam perdidas.A criança tinha 10 anos na época e não teve sua identidade divulgada. Ela sofria de graves convulsões desde os 6 anos causadas pela presença de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121788-tumor-benigno-sera-que-ele-e-mesmo-inofensivo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tumor benigno</a> em seu cérebro. A cirurgia foi a última possibilidade de tratamento, pois traria sequelas à criança.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/10/10111528081078.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)De fato, o menino perdeu a visão esquerda. Contudo, os médicos também acreditavam que ele não seria mais capaz de reconhecer rostos, já que a parte associada a essa capacidade teve que ser removida. Surpreendentemente, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120815-6-mitos-sobre-o-cerebro-humano-que-voce-ainda-escuta-por-ai.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro</a> do paciente conseguiu manter essa função, por meio da neuroplasticidade.Em entrevista à CBS News, o Dr. Steven Wolf, professor associado de neurologia e pediatria da Escola de Medicina Icahn em Mount Sinai, em Nova York, comentou o caso: “Se chegarmos a essas crianças quando são jovens o suficiente, antes de estabelecerem seus caminhos permanentes, o cérebro é plástico o bastante para se adaptar e superar”.<h2>Menino que só tinha 2% do cérebro sonha em jogar futebol</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/09/09180350969469.jpg" alt="Noah. (Fonte: Reprodução: Michelle Wall / SWNS)">Noah. (Fonte: Reprodução: Michelle Wall / SWNS)Um outro caso que ilustra a capacidade de regeneração do cérebro é a história do pequeno Noah Wall. Durante a gestação, os pais da criança foram informados que o feto apresentava uma série de doenças, como a espinha bífida, que afetaria a capacidade da criança andar, além da presença de um cisto no cérebro.Ao nascer, mais uma péssima notícia: Noah nasceu praticamente sem cérebro, com apenas 2% do órgão. Contudo, a capacidade de regeneração do corpo humano surpreendeu os médicos. Hoje, Noah tem 9 anos e consegue se comunicar, além de compreender conceitos matemáticos.Muitas funções corporais, como respirar, poderiam ter sido afetadas pelo grave dano cerebral, mas isso não ocorreu. Apesar de ainda precisar da ajuda de uma cadeira de rodas para se locomover, o pequeno Noah sonha em poder jogar futebol um dia — e, considerando sua história, quem poderá dizer que isso não será possível, não é mesmo?</body>

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Menino que nasceu com apenas 2% do cérebro surpreende médicos

Imagem de Participei do encontro de pessoas de alto QI mais restrito do mundo no megacurioso

Relato na coluna dessa semana como foi a minha experiência neste evento extremamente selecionado

O Mega Curioso relatou h&aacute; alguns dias <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122038-como-e-o-encontro-da-sociedade-de-alto-qi-mais-restrita-do-mundo.htm" target="_blank">como &eacute; o encontro da sociedade de pessoas de alto QI mais restrita do mundo</a>. Trata-se da Triple Nine Society, organiza&ccedil;&atilde;o da qual fa&ccedil;o parte, e&nbsp;participar deste tipo de encontro &eacute; sempre uma experi&ecirc;ncia que nos acrescenta! Um somat&oacute;rio de divers&atilde;o, estabelecer contatos, acumular experi&ecirc;ncias e conhecimento.
Neste evento tive a oportunidade de conhecer pessoas maravilhosas, cheias de hist&oacute;rias extraordin&aacute;rias e percursos de vida muito interessantes. Todos s&atilde;o inventores, pode ser de f&oacute;rmula ou n&atilde;o, mas inventores de ideias criativas. Todos s&atilde;o l&oacute;gicos, mas nem todos gostam de matem&aacute;tica ou jogar xadrez. Ali&aacute;s, n&atilde;o vi ningu&eacute;m jogar. Todos aprendem idioma f&aacute;cil, mas nem todos falam v&aacute;rias l&iacute;nguas. Somos livres, aprendemos e fazemos o que temos vontade. Seja num laborat&oacute;rio ou cortando relva. As personalidades divergem, assim como a capacidade de comunica&ccedil;&atilde;o, mas a intelig&ecirc;ncia e criatividade presentes ajudam a superar, a encontrar caminhos para que se sintam plenos.
O mais importante de tudo &eacute; a sensa&ccedil;&atilde;o de ser ouvido com interesse at&eacute; o final. Assim como podes escutar com vontade, j&aacute; que os temas s&atilde;o sempre curiosos e, por isso, interessantes.
<h2>Um mar de ideias</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/09/a-09165230627386.jpg" alt="a" />(Fonte: Arquivo pessoal)
Sabe aquelas ideias que parecem loucas, mas que h&aacute; enorme coer&ecirc;ncia se conseguirmos nos aprofundar nos detalhes tendo como refer&ecirc;ncia o conhecimento? Aquelas que em primeiro impacto parecem loucas, mas que apenas uma extraordin&aacute;ria capacidade &eacute; capaz de analisar os pormenores? Desde a f&oacute;rmula f&iacute;sica ou a raz&atilde;o daquela obra ser daquele jeito? Tudo pode ser tema de debate.
Foi principalmente essa intera&ccedil;&atilde;o que me fez sair do meu cotidiano, ter a oportunidade de desenvolver um racioc&iacute;nio de forma profunda sabendo que me escutavam, acompanhavam, sem necessidade de repetir ou moldar o discurso pela capacidade de racioc&iacute;nio do outro. &Eacute; muito gratificante ser entendido no imediato, num discurso em que o outro acrescenta pontos &agrave; nossa conversa e at&eacute; mesmo confirma pensamentos e ideias. Apesar de tudo, a inseguran&ccedil;a existe, em diferentes n&iacute;veis, e &eacute; sempre bom confirmar, saber que o outro pensa igual ou chegou nas mesmas conclus&otilde;es.
Aquelas conversas que outros poderiam n&atilde;o entender e suas palavras viajam num v&aacute;cuo? Isso n&atilde;o acontece neste encontro.&nbsp;Qualquer hist&oacute;ria &eacute; analisada nos m&iacute;nimos detalhes, independentemente da sua import&acirc;ncia.
<h2>Praticamente uma fam&iacute;lia</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/09/a-09165313378387.jpg" alt="a" />(Fonte: Arquivo pessoal)
Durante este encontro, senti que encontrei a minha &ldquo;fam&iacute;lia intelectual&rdquo;. Foi muito gratificante compreender que alguns dos meus comportamentos e formas de agir t&ecirc;m reflexo noutros seres, e sentir a integra&ccedil;&atilde;o foi extraordin&aacute;rio.
As pessoas que aqui se juntaram t&ecirc;m em comum a sua genialidade, mas divergem em &aacute;reas de interesse e hist&oacute;rias de vida, o que torna este tipo de encontro um po&ccedil;o sem fundo em oportunidades de partilhas e trocas de ideias de forma flu&iacute;da e ferventes em conhecimento.
Por vezes, breves momentos intensamente vividos podem modificar mais do que anos da nossa vida e essa foi a sensa&ccedil;&atilde;o que trouxe comigo ap&oacute;s o termino do encontro.
Pegando as palavras de Thorsten, su&iacute;&ccedil;o-alem&atilde;o organizador do evento, este &eacute; um dos eventos mais importantes e promissores para pessoas de alto QI, mas o mais importante &eacute; conseguirmos partilhar ideias de forma livre e feliz. Estar em contato com pessoas que conseguem terminar os nossos pensamentos e interessam-se genuinamente pelas nossas ideias.
Essa pode muito bem ser a palavra que elejo para descrever este evento: liberdade! Estar, ser, dizer, pensar sem nenhuma barreira com a consci&ecirc;ncia de que todo o pensamento fluido, toda a ideia partilhada iria encontrar um interlocutor interessado e, ainda mais importante, em plena sintonia, n&atilde;o pela concord&acirc;ncia, mas pelo entendimento.
***
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; PhD em Neuroci&ecirc;ncias; mestre em Psicologia; P&oacute;s Graduado em neuropsicologia, entre outras p&oacute;s gradua&ccedil;&otilde;es; licenciado em Biologia e em Hist&oacute;ria, tecn&oacute;logo em antropologia, jornalista, especializado em programa&ccedil;&atilde;o Python, Intelig&ecirc;ncia Artificial e tem forma&ccedil;&atilde;o profissional em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica. Atualmente, &eacute; diretor do Centro de Pesquisas e An&aacute;lises Her&aacute;clito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, professor e investigador cientista na Universidad Santander de M&eacute;xico, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neuroci&ecirc;ncias e da Society for Neuroscience, nos Estados Unidos; membro da Mensa International, Intertel e Triple Nine Society (TNS), associa&ccedil;&atilde;o e sociedades de pessoas de alto QI, esta &uacute;ltima TNS, a mais restrita do mundo; especialista em estudos sobre comportamento humano e intelig&ecirc;ncia com mais de 130 estudos publicados.

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Participei do encontro de pessoas de alto QI mais restrito do mundo

Imagem de A ciência garante: a falta de dinheiro afeta a nossa inteligência no megacurioso

Estudos mostram que a pobreza costuma afetar as capacidades cognitivas das pessoas pobres

<head></head><body>Pesquisadores da Universidade de Princeton publicaram recentemente um estudo surpreendente: eles mostraram que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121215-os-5-paises-mais-pobres-do-mundo-em-2021.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pobreza</a> é tão exaustiva mentalmente que as pessoas pobres têm pouca capacidade cerebral para se dedicar a outras áreas de sua vida.&nbsp;Por conta disso, as pessoas desfavorecidas economicamente estariam mais propensas a tomar más decisões que podem aumentar - e mesmo piorar - seus problemas financeiros, em uma espécie de bola de neve.Os cientistas sugerem algo muito impactante: o problema da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121559-projeto-quer-diminuir-a-pobreza-da-maneira-mais-simples-distribuindo-renda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pobreza</a> é muito grave porque, aos poucos, a pessoa vai perdendo as chances de sair dela. Isto porque sua <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120971-cognicao-uma-singela-percepcao-que-pode-mudar-uma-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">função cognitiva&nbsp;</a>é prejudicada por conta dos esforços mentais que ela gasta para procurar maneiras de pagar as contas e suprir suas necessidades mais básicas. Por conta disso, ela tem menos recursos cerebrais para investir em questões ligadas à sua <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">educação</a> ou ao aprimoramento profissional.<h2>Como o estudo foi feito</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/30/30160942457386.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)O estudo foi feito a partir de uma série de experimentos que constataram que as preocupações financeiras afetam profundamente a capacidade de um indivíduo de fazer raciocínios lógicos simples. De acordo com o que foi levantado, uma pessoa sem dinheiro tende a ter uma queda de 13 pontos no seu <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118090-nota-de-qi-define-inteligencia-veja-as-pessoas-mais-inteligentes-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">QI</a>, o equivalente ao impacto no cérebro de passar uma noite sem dormir.Por outro lado, quando as mesmas pessoas não estavam lidando com problemas financeiros, elas se saíam bem nos testes. “Essas pressões criam uma preocupação saliente na mente e atraem recursos mentais para o problema em si. Isso significa que não podemos nos concentrar em outras coisas da vida que precisam de nossa atenção”, explicou Jiaying Zhao, um dos autores da pesquisa.<h2>Outros estudos sobre os efeitos da pobreza</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/30/30160743566385.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)Mas não é a primeira vez que a ciência chega à conclusão de que a pobreza prejudica as funções cerebrais. Em 2013, o cientista comportamental Eldar Shafir e o economista Sendhil Mullainatha lançaram um livro chamado Escassez - Uma Nova Forma de Pensar a Falta de Recursos na Vida das Pessoas e nas Organizações.Na obra, eles usam a expressão "banda larga mental" para explicar o efeito do excesso de preocupações no cérebro dos endividados. Eles comparam o cérebro a um computador com vários programas abertos ao mesmo tempo: sua performance fica necessariamente prejudicada."A banda larga mental é muito limitada. Muitas vezes você precisa focar na urgência do agora e faz isso com competência: resolve o problema. Mas se esse movimento ocorrer o tempo inteiro nunca será suficiente. Vai negligenciar outras áreas da sua vida", explicou Shafir em entrevista à BBC.É um raciocínio semelhante ao desenvolvido no livro&nbsp;Rápido e Devagar: Duas Formas de Pensar, de <a href="https://www.megacurioso.com.br/neurociencia/40372-5-truques-comprovados-pela-ciencia-para-que-as-pessoas-gostem-de-voce.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Daniel Kahneman</a>, que já venceu o prêmio Nobel de economia. No livro, ele difundiu a ideia que tomadas de decisão feitas em situações de escassez levam a julgamentos apressados e equivocados.Todas estas constatações estão sendo úteis para esclarecer os mecanismos perversos da pobreza e da desigualdade social. O que se observa é que, quando um sujeito cai na miséria, vai ficando cada vez mais difícil sair dela. Deste modo, pode-se provar que os problemas econômicos vão muito além da irresponsabilidade de quem contraiu a dívida, como muitas pessoas costumam acreditar.</body>

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A ciência garante: a falta de dinheiro afeta a nossa inteligência

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As pessoas mais inteligentes do mundo se reuniram na Alemanha e temos um brasileiro entre eles

Alguma vez na nossa vida j&aacute; paramos para imaginar como seriamos se tiv&eacute;ssemos capacidades acima do comum. Isto &eacute; ponto certo: todos n&oacute;s em algum momento j&aacute; tivemos esse tipo de pensamento. Mas ent&atilde;o o que pensar&iacute;amos se reun&iacute;ssemos numa mesma sala mais de 60 pessoas que t&ecirc;m o QI n&atilde;o apenas de superdotados, mas sim de g&ecirc;nios? Como encarar&iacute;amos toda essa din&acirc;mica?
Pois bem, no mais recente final de semana, uma pequena cidade chamada Aschaffenburg, na regi&atilde;o administrativa da Baixa Franc&ocirc;nia, estado da Baviera, na Alemanha, foi palco desse encontro. O nome do evento? egg999!
<h2>Os assuntos da Triple Nine Society</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/30/a-30125703268224.jpg" alt="a" />Palestra na egg999. (Fonte: Arquivo pessoal/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Mais de 60 pessoas pertencentes &agrave;&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120899-cientista-brasileiro-entra-na-sociedade-mais-restrita-do-mundo-de-qi-alto.htm" target="_blank" title="Cientista brasileiro entra na sociedade mais restrita do mundo de QI alto">Triple Nine Society</a> (TNS; a sociedade de alto QI mais restrita do mundo onde s&oacute; pode entrar quem atinge 99,9 de percentil em testes de QI espec&iacute;ficos com pontua&ccedil;&otilde;es de acordo, diferentes dos testes tradicionais) juntaram-se num final de semana divertido, de partilha de conhecimento, descontra&ccedil;&atilde;o e, acima de tudo, oportunidade de se debater e trocar ideias com os seus pares.
E se engana quem achar que estas reuni&otilde;es s&atilde;o chatas: entre as palestras, como uma sobre import&acirc;ncia do bordado japon&ecirc;s para&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121381-neuroplasticidade-como-prevencao-contra-perda-de-memoria-por-doencas.htm" target="_blank" title="Neuroplasticidade como preven&ccedil;&atilde;o contra perda de mem&oacute;ria por doen&ccedil;as">plasticidade cerebral</a> e uma maior concentra&ccedil;&atilde;o, houve karaoke, m&uacute;sica, brindes com champagne e muitos workshops divertidos.
As pessoas que&nbsp; se juntaram t&ecirc;m em comum a sua genialidade, mas divergem em &aacute;reas de interesse e hist&oacute;rias de vida, o que torna este tipo de encontro um po&ccedil;o sem fundo em oportunidades de partilhas e trocas de ideias de forma flu&iacute;da e ferventes em conhecimento.
<h2>Os participantes do encontro</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/30/a-30125902018225.jpg" alt="a" />Participantes do egg999. (Fonte: Arquivo pessoal/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Entre os participantes, estava Jeanne Prickett, uma diretora escolar americana que sentiu a necessidade de aprender uma nova l&iacute;ngua apenas para se comunicar melhor com a comunidade hisp&acirc;nica, sendo a primeira da regi&atilde;o onde ensina; podemos citar tamb&eacute;m Ulf Pralle, empres&aacute;rio alem&atilde;o que n&atilde;o suporta realizar tarefas repetitivas, mas que considera ser capaz de fazer com que as pessoas mostrem a sua melhor vers&atilde;o.
Outra das pessoas presentes foi &nbsp;Viviana M&uuml;ller, uma alem&atilde; que trouxe &agrave; conversa a import&acirc;ncia das escolas diferenciadas. Ela contou que as escolas especiais para&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121670-menino-de-5-anos-e-o-brasileiro-mais-novo-em-clube-de-alto-qi.htm" target="_blank" title="Menino de 5 anos &eacute; o brasileiro mais novo em clube de alto QI">superdotados</a> na Alemanha s&atilde;o eficientes, que o m&eacute;todo &eacute; totalmente diferente das demais escolas e que as crian&ccedil;as aprendem desde cedo na pr&aacute;tica o que fazem os adultos. Como exemplo, disse que teve uma obra perto da escola e tudo foi feito pelas crian&ccedil;as, desde a decis&atilde;o de que material comprar, como us&aacute;-lo, os c&aacute;lculos das medidas e at&eacute; mesmo os valores gastos e impostos. Cada detalhe feito por crian&ccedil;as de 11 anos de idade.
Fabiano de Abreu, neurocientista luso-brasileiro, tamb&eacute;m membro da TNS, marcou sua presen&ccedil;a referindo que o que mais apreciou foi a partilha saud&aacute;vel sem nenhum raio de competi&ccedil;&atilde;o ou compara&ccedil;&atilde;o. Inclusive, conheceu pessoas com as quais firmou conex&atilde;o e espera manter contato, entre elas Marie Bellot, francesa que tamb&eacute;m trabalha num campo relacionado &agrave; neuroci&ecirc;ncia.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/30/a-30130832846228.jpg" alt="a" />O neurocientista luso-brasileiro Fabiano de Abreu marcou presen&ccedil;a no egg999. (Fonte: Arquivo pessoal/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Como referiu Abreu, &ldquo;todos s&atilde;o inventores, pode ser de f&oacute;rmula ou n&atilde;o, mas inventores de ideias criativas. Todos s&atilde;o l&oacute;gicos, mas nem todos gostam de matem&aacute;tica ou de jogar xadrez. Ali&aacute;s, n&atilde;o vi ningu&eacute;m jogar. Todos aprendem idiomas facilmente, mas nem todos falam v&aacute;rias l&iacute;nguas. Somos livres, aprendemos e fazemos o que temos vontades. Seja num laborat&oacute;rio ou cortando grama. N&atilde;o havia cubos m&aacute;gicos e pessoas com caracter&iacute;sticas de nerd, &eacute; uma pequena minoria&rdquo;.
<h2>De olho nos mais altos QIs</h2>
Thorsten Heitzmann, su&iacute;&ccedil;o-alem&atilde;o organizador do evento e presidente da Triple Nine Society, afirmou que este &eacute; um dos eventos mais importantes e promissores para pessoas de alto QI, mas que o mais importante &eacute; conseguir partilhar ideias de forma livre e feliz. Estar em contato com pessoas que conseguem terminar os nossos pensamentos e interessam-se genuinamente pelas nossas ideias.

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Como é o encontro da sociedade de alto QI mais restrita do mundo?

Imagem de Música clássica pode deixar crianças mais inteligentes? no megacurioso

Você já ouviu dizer que tocar Mozart para bebês os ajuda no desenvolvimento cognitivo? Pois é... Não é tão simples assim

Voc&ecirc; j&aacute; ouviu falar sobre o &ldquo;efeito Mozart&rdquo;? A base dessa ideia &eacute; de que beb&ecirc;s expostos &agrave; m&uacute;sica cl&aacute;ssica desde o &uacute;tero de suas m&atilde;es experimentam um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118662-cientistas-reavaliam-a-relacao-entre-tamanho-do-cerebro-e-inteligencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">relativo aumento no QI</a>, al&eacute;m de melhorias em outros componentes do processo de desenvolvimento cognitivo.
A ideia de usar algo t&atilde;o simples para aumentar a intelig&ecirc;ncia&nbsp;&eacute; interessante. Mas qual &eacute; a verdade nisso?
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/26/26150038023394.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
<h2>M&uacute;sica cl&aacute;ssica torna beb&ecirc;s mais inteligentes?</h2>
N&atilde;o existe nenhuma evid&ecirc;ncia s&oacute;lida de que a m&uacute;sica cl&aacute;ssica possa influenciar significativamente a intelig&ecirc;ncia das crian&ccedil;as. Por outro lado, h&aacute; estudos que demonstram que esse tipo de m&uacute;sica consegue aliviar o estresse, assim como reduzir o ritmo card&iacute;aco.
Tamb&eacute;m existem estudos sugerindo que a m&uacute;sica cl&aacute;ssica pode ajudar no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118090-nota-de-qi-define-inteligencia-veja-as-pessoas-mais-inteligentes-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desenvolvimento do c&eacute;rebro</a>, especialmente os de beb&ecirc;s prematuros. Mas sobre aumentar a intelig&ecirc;ncia, ainda &eacute; tudo bastante question&aacute;vel.
Essa hist&oacute;ria come&ccedil;ou em 1993 com o psic&oacute;logo Francis Rauscher. Ele descobriu que estudantes universit&aacute;rios se saiam melhor em alguns testes ap&oacute;s ouvirem uma sonata de Mozart. Ent&atilde;o, a m&iacute;dia, interpretando mal as coisas, come&ccedil;ou a espalhar que o estudo de Francis Rauscher apontava que a m&uacute;sica cl&aacute;ssica deixava as crian&ccedil;as mais inteligentes, de modo geral.
Anos mais tarde, em 1999, o psic&oacute;logo Christopher Chabiris, da Union College em Schenectady (Nova York), deu in&iacute;cio a uma meta-an&aacute;lise abrangendo 16 estudos baseados no efeito Mozart com o intuito de verificar sua efic&aacute;cia geral.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/26/26150806226398.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Shutterstock/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Para os defensores da ideia, a pesquisa de Chabris foi bastante desanimadora. Primeiro, porque foi poss&iacute;vel observar uma melhoria de apenas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121704-como-surgiu-a-inteligencia-no-ser-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um ponto e meio no QI</a>. Segundo, porque tal melhoria n&atilde;o vai al&eacute;m de uma tarefa simples e b&aacute;sica, como dobrar papel.
Para Chabris, existe outro ponto que deve ser considerado: a melhoria no racioc&iacute;nio pode ser apenas o resultado de um processo natural do c&eacute;rebro entre uma sess&atilde;o de testes e outra; e n&atilde;o algo especificamente relacionado ao estilo musical.
Por enquanto, ao menos uma coisa parece estar clara: assim como os adultos, crian&ccedil;as tamb&eacute;m gostam de m&uacute;sica. E se a m&uacute;sica cl&aacute;ssica faz o beb&ecirc; experimentar sensa&ccedil;&otilde;es de excita&ccedil;&atilde;o, tranquilidade ou alegria, nada impede que ela seja usada!

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Música clássica pode deixar crianças mais inteligentes?

Imagem de Jejum de dopamina é só mais uma invenção de marketing incoerente no megacurioso

Para começar que jejum é sobre comida - e dopamina é um neurotransmissor liberado pelo cérebro

O polo tecnol&oacute;gico do Vale do Sil&iacute;cio &eacute; centro de diversas inven&ccedil;&otilde;es &mdash; mas nem tudo o que sai dali promove benef&iacute;cios para a sociedade. Uma das mais novas pr&aacute;ticas advindas do Vale do Sil&iacute;cio &eacute; o jejum de dopamina, que consiste em abdicar de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/69601-como-descobrir-se-alguem-sofre-de-depressao-confira-5-sinais-a-seguir.htm" target="_blank" title="Como descobrir se algu&eacute;m sofre de depress&atilde;o? Confira 5 sinais a seguir">atividades prazerosas</a> (at&eacute; mesmo de alimenta&ccedil;&atilde;o), adotado por empreendedores e estudantes da regi&atilde;o que buscam melhorar o bem estar e a produtividade.
A pr&aacute;tica vai na contram&atilde;o do que promete. O erro j&aacute; come&ccedil;a pelo nome, j&aacute; que jejum &eacute; referente &agrave; comida e a dopamina &eacute; um&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120918-como-neurotransmissores-definem-tracos-de-personalidade-primarios.htm" target="_blank" title="Como neurotransmissores definem tra&ccedil;os de personalidade prim&aacute;rios">neurotransmissor</a> sintetizado a partir do amino&aacute;cido tirosina na gl&acirc;ndula suprarrenal e em quatro regi&otilde;es do c&eacute;rebro: nigroestriatal, mesol&iacute;mbica, mesocortical e t&uacute;bero infundibular.
Este neurotransmissor promove sentimentos de prazer, motiva&ccedil;&atilde;o e recompensa. Logo, um "jejum" desta subst&acirc;ncia iria trazer sensa&ccedil;&otilde;es opostas, podendo desencadear precursores que afetam as condi&ccedil;&otilde;es de ordem psicol&oacute;gica que geram comprometimento na vida normal de uma pessoa, podendo levar &agrave; depress&atilde;o.
<h2>Parar com o qu&ecirc;?</h2>
Os adeptos do jejum de dopamina acreditam que o ser humano passa muito tempo com atividades improdutivas devido ao fato de buscar cada vez mais os efeitos desse neurotransmissor. O v&iacute;cio de dopamina existe e est&aacute; tamb&eacute;m na facilidade, onde para se obter a "recompensa" n&atilde;o &eacute; necess&aacute;rio gastar muita energia. Mas a solu&ccedil;&atilde;o para isso n&atilde;o &eacute; um jejum de dopamina: &eacute; interromper atividades que j&aacute; se sabe das consequ&ecirc;ncias ruins e adotar mudan&ccedil;as no modo de vida para ter uma sa&uacute;de mental e produtividade melhor.
H&aacute; indiv&iacute;duos que praticam o jejum de dopamina e suspendem a alimenta&ccedil;&atilde;o, ingerindo apenas &aacute;gua &mdash; a&iacute; j&aacute; est&aacute; outro erro, porque se trata de deixar de ingerir nutrientes essenciais para o funcionamento do organismo. Outra pr&aacute;tica &eacute; evitar interagir com outras pessoas e abdicar do uso do smartphone.
De todas as pr&aacute;ticas, somente&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/102479-viciados-em-redes-sociais-tem-mais-chances-de-desenvolver-depressao.htm" target="_blank" title="Viciados em redes sociais t&ecirc;m mais chances de desenvolver depress&atilde;o">suspender o uso do celular</a> &eacute; vantajoso. J&aacute; se sabe que &eacute; mal&eacute;fico o uso abusivo do celular, portanto devemos usar o aparelho com sabedoria e podemos obter benef&iacute;cios de per&iacute;odos sem smartphone, enquanto suspender a ingest&atilde;o de nutrientes essenciais para o corpo&hellip; isso &eacute; cientificamente prejudicial para o organismo.
<h2>Entender o c&eacute;rebro &eacute; essencial</h2>
<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121381-neuroplasticidade-como-prevencao-contra-perda-de-memoria-por-doencas.htm" target="_blank" title="Neuroplasticidade como preven&ccedil;&atilde;o contra perda de mem&oacute;ria por doen&ccedil;as">Nosso c&eacute;rebro &eacute; pl&aacute;stico</a>, molda-se mediante &agrave;s circunst&acirc;ncias duradouras. Pessoas com depress&atilde;o, por exemplo, t&ecirc;m a anatomia do c&eacute;rebro modificada, apresentando uma redu&ccedil;&atilde;o de tamanho no hipocampo, a am&iacute;gdala e o c&oacute;rtex pr&eacute;-frontal. Quando nos colocamos em uma atmosfera negativa, desmotivada, sem prazer, com o passar do tempo o c&eacute;rebro &eacute; moldado da mesma maneira.
Quando a pr&aacute;tica de jejum de dopamina &eacute; recorrente, uma das poss&iacute;veis consequ&ecirc;ncias &eacute; alterar a personalidade da pessoa, gerar comportamentos mal&eacute;ficos recorrentes e tamb&eacute;m depress&atilde;o. As coisas n&atilde;o podem ser analisadas de forma superficial: &eacute; preciso ter muita cautela antes de adotar m&eacute;todos da &ldquo;moda&rdquo; sem qualquer tipo de respaldo cient&iacute;fico. Caso contr&aacute;rio, o resultado pode ser justamente o contr&aacute;rio do que se espera &mdash; como &eacute; o caso do jejum de dopamina.
***
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; PhD em Neuroci&ecirc;ncias; mestre em Psicologia; P&oacute;s Graduado em neuropsicologia, entre outras p&oacute;s gradua&ccedil;&otilde;es; licenciado em Biologia e em Hist&oacute;ria, tecn&oacute;logo em antropologia, jornalista, especializado em programa&ccedil;&atilde;o Python, Intelig&ecirc;ncia Artificial e tem forma&ccedil;&atilde;o profissional em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica. Atualmente, &eacute; diretor do Centro de Pesquisas e An&aacute;lises Her&aacute;clito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, professor e investigador cientista na Universidad Santander de M&eacute;xico, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neuroci&ecirc;ncias e da Society for Neuroscience, nos Estados Unidos; membro da Mensa International, Intertel e Triple Nine Society (TNS), associa&ccedil;&atilde;o e sociedades de pessoas de alto QI, esta &uacute;ltima TNS, a mais restrita do mundo; especialista em estudos sobre comportamento humano e intelig&ecirc;ncia com mais de 130 estudos publicados.

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Jejum de dopamina é só mais uma invenção de marketing incoerente

Imagem de Por que colocamos a língua para fora quando estamos concentrados? no megacurioso

Hábito é bastante comum entre crianças que estão aprendendo a escrever ou bebês que estão imitando seus pais

<head></head><body>Colocar a língua para fora em um momento de concentração máxima é um hábito que os seres humanos desenvolveram com o passar do tempo. Inclusive, essa é uma ação que podemos ver com certa frequência em crianças que começaram a aprender a escrever agora ou em bebês que viram seus pais fazendo e desejaram imitar.Pressionar a língua no céu da boca é uma prática recorrente em tarefas difíceis e algo completamente instintivo para nós. Mas de onde é que isso surgiu? Apesar de parecer uma prática para aumentar a concentração, é muito mais um reflexo do que estamos fazendo do que qualquer outra coisa. Entenda mais sobre o assunto nos próximos parágrafos!<h2>Estudos aprofundados</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/23/23183019272608.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)A ação de colocar a língua para fora em momentos de maior atenção foi um tema tão intrigante que virou objeto de estudo de pesquisadores da Universidade de Londres. Comandados pelo professor cognição comparativa Gillian Forrester, os cientistas tentaram buscar mais respostas sobre o assunto.Uma das teorias criadas pelos especialistas é que o gesto acontece devido um "transbordamento" do nosso sistema motor. Através de neuroimagens, foi possível constatar que a parte do <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119232-cuide-da-saude-do-cerebro-para-ter-uma-vida-sustentavel-e-mais-feliz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro humano</a> dedicada à linguagem está altamente sobreposta pelas redes neurais dedicadas à destreza e ao uso de ferramentas.Com isso, nossos neurônios que estão ligados à destreza são ativados e transbordam para uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/105629-redes-neurais-vao-adivinhar-o-que-voce-falara-em-uma-conversa-ou-texto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rede neural</a> vizinha — que termina ativando a nossa boca. Portanto, quando você está profundamente focado em uma tarefa motora de alto calibre, uma grande quantidade de conexões neurais fazem com que você use sua boca e sua língua durante determinadas ações.<h2>Ligação entre mãos e língua</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/23/23183022225609.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Segundo Forrester em entrevista à Live Science, as mãos e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/104084-xixi-azul-e-lingua-preta-5-efeitos-bizarros-que-podem-acontecer-com-voce.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">língua</a> são os “únicos articuladores finos em nossos corpos e são controlados por partes sobrepostas de nosso cérebro” no hemisfério esquerdo. Logo, os autores concluíram que o uso de ferramentas — habilidades motoras — e da linguagem compartilham o mesmo processo cognitivo.Porém, os pesquisadores não estão convencidos de que essa é a única coisa envolvida. Forrester e seu colega sugeriram que a maneira como nossas bocas imitam nossas mãos é porque essa é a forma que os seres humanos aprenderam durante a evolução. Com isso, podemos ver exemplos similares em outros primatas.Os macacos usam principalmente gestos para se comunicar, e é possível que os primeiros humanos também se comunicassem principalmente com as mãos até começarem a usar ferramentas mais complexas. Ao passo que as mãos foram ficando mais ocupadas, nossas bocas e línguas a se tornarem o meio dominante de comunicação.De acordo com um estudo de 2001 publicado no Journal of Neurophysiology, pesquisadores notaram que nós abrimos mais a boca quando usavam objetos maiores. Em objetos menores, a ação se torna diminuta e a língua entrava mais em jogo. Atualmente, é difícil dar um veredito se o uso da boca no manejo dos objetos é mais uma herança histórica ou um processo cognitivo complexo, mas a tendência é que as pesquisas continuem.&nbsp;</body>

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Por que colocamos a língua para fora quando estamos concentrados?

Imagem de Quais são os efeitos da positividade tóxica no trabalho ou na escola? no megacurioso

Apesar de todos os benefícios que nos podem ser trazidos pelo otimismo, é preciso estar atento ao fato de que a positividade tóxica ignora emoções ruins e pode trazer muitas consequências negativas

Apesar de todos os benef&iacute;cios que nos podem ser trazidos pelo otimismo, no pensamento positivo que libera neurotransmissores que causam euforia, recompensa e satisfa&ccedil;&atilde;o, &eacute; preciso estar atento ao fato de que, muitas vezes, a positividade t&oacute;xica ignora emo&ccedil;&otilde;es ruins e pode trazer muitas consequ&ecirc;ncias sem&acirc;nticas, negativas.
Culpa, vergonha, falta de empatia, desenvolvimento e crescimento profissional prejudicado, incluindo consequ&ecirc;ncias, como aumento de ansiedade e seus reflexos na sa&uacute;de mental, podem ser encarados como efeito espelhado do comportamento na escola e at&eacute; mesmo no trabalho, j&aacute; que emo&ccedil;&otilde;es negativas nos levam a dimens&otilde;es curativas sobre nossos comportamentos.
Quando entramos em contato com nossa realidade e o que podemos fazer para performarmos melhor, a tend&ecirc;ncia &eacute; de amplia&ccedil;&atilde;o de nossa &ldquo;biblioteca comportamental&rdquo; tendo um maior e melhor repert&oacute;rio de a&ccedil;&otilde;es para a vida.
Precisamos aprender a lidar com experi&ecirc;ncias ruins e dolorosas, pois senti-las e trat&aacute;-las resulta em experi&ecirc;ncia e melhores op&ccedil;&otilde;es para melhores resultados.&nbsp;A percep&ccedil;&atilde;o do outro sobre si e at&eacute; de si mesmo e como se v&ecirc; de verdade.
A rede social traz a sem&acirc;ntica fantasiosa causadora do ego&iacute;smo, falta de empatia e outros ind&iacute;cios narc&iacute;sicos.&nbsp;Refor&ccedil;o que o mais importante &eacute; tentar alertar amigos e familiares a n&atilde;o ca&iacute;rem nas armadilhas da positividade t&oacute;xica. O mais importante &eacute; entender os limites do outro.
Lembre que uma pessoa com olhar de extrema positividade acaba ignorando os riscos envolvidos. A intelig&ecirc;ncia deriva principalmente da capacidade de an&aacute;lise de todo um panorama, seja negativo e positivo para o processo individual, levando a evolu&ccedil;&atilde;o da sociedade, que retorna e reflete em si mesmo.
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Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; PhD em Neuroci&ecirc;ncias; mestre em Psicologia; P&oacute;s Graduado em neuropsicologia, entre outras p&oacute;s gradua&ccedil;&otilde;es; licenciado em Biologia e em Hist&oacute;ria, tecn&oacute;logo em antropologia, jornalista, especializado em programa&ccedil;&atilde;o Python, Intelig&ecirc;ncia Artificial e tem forma&ccedil;&atilde;o profissional em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica. Atualmente, &eacute; diretor do Centro de Pesquisas e An&aacute;lises Her&aacute;clito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, professor e investigador cientista na Universidad Santander de M&eacute;xico, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neuroci&ecirc;ncias e da Society for Neuroscience, nos Estados Unidos; membro da Mensa International, Intertel e Triple Nine Society (TNS), associa&ccedil;&atilde;o e sociedades de pessoas de alto QI, esta &uacute;ltima TNS, a mais restrita do mundo; especialista em estudos sobre comportamento humano e intelig&ecirc;ncia com mais de 130 estudos publicados.

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