Imagem de Giuseppe Greco: o serial killer mais brutal da máfia italiana no megacurioso

O mafioso foi um dos mais notórios nomes da década de 1970 e se destacou por matar brutalmente quase 300 pessoas

No fim dos anos 1970, o cl&atilde; Corleonesi, uma fam&iacute;lia proveniente da famosa cidade siciliana de Corleone, liderado pelo tenente Salvatore Riina (1930-2017), foi respons&aacute;vel por um exterm&iacute;nio em massa de seus grupos rivais com alguns registros hist&oacute;ricos incluindo a contagem de mais de mil corpos espalhados pelos territ&oacute;rios da Sic&iacute;lia, de Lazio e da Lombardia.
Um dos maiores respons&aacute;veis por essa onda de assassinatos foi o agente Giuseppe Greco (1952-1985), considerado uma esp&eacute;cie de serial killer italiano que vitimou cerca de 300 pessoas em pouco menos de 5 anos.
Nascido em 1952 na pequena cidade de Ciaculli, Greco era filho de um mafioso apelidado de "Scarpa" ("sapato", em tradu&ccedil;&atilde;o do italiano para o portugu&ecirc;s), por isso logo passou a ser conhecido carinhosamente como "Scarpuzzedda", um termo que significa sapatinho. Pouco se sabe sobre a inf&acirc;ncia de Giuseppe Greco, mas fontes hist&oacute;ricas indicam que era um jovem habilidoso em latim e grego, sendo considerado por muitos uma crian&ccedil;a-prod&iacute;gio.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/16/16092219770022.jpg" alt="(Fonte: Wikipedia / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Wikipedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O primeiro contato de Greco com a&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119411-operacao-husky-o-controverso-acordo-dos-eua-com-a-mafia-italiana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">m&aacute;fia</a> ocorreu em 1979, quando foi convidado a se juntar a seu tio Michele na Comiss&atilde;o da M&aacute;fia Siciliana. O que era para ser um neg&oacute;cio de fam&iacute;lia tornou-se uma oportunidade para que Pino Greco &mdash; como Giuseppe era conhecido por colegas &mdash; adquirisse influ&ecirc;ncia e fizesse amizade com pol&iacute;ticos e g&acirc;ngsteres, mantendo um perfil discreto que destacou os Grecos e possibilitou a escalada dos membros na organiza&ccedil;&atilde;o criminosa.
<h2>A guerra das m&aacute;fias</h2>
Entre 1981 e 1983, Salvatore "Toto" Riina, que passou a controlar o cl&atilde; Corleonesi ap&oacute;s ser declarado como fugitivo &mdash; por estar ligado ao assassinato de um procurador-geral da Sic&iacute;lia e ao&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119807-em-1710-os-franceses-sequestraram-o-rio-de-janeiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sequestro</a> de Antonino Caruso, filho do industrial Giacomo Caruso &mdash;, declarou guerra contra seus principais rivais da m&aacute;fia de Palermo: Stefano Bontade (1939-1981), Salvatore Inzerillo (1944-1981) e Tano Badalamenti (1923-2004).
Para isso, a Comiss&atilde;o da M&aacute;fia criou uma esp&eacute;cie de Esquadr&atilde;o da Morte liderado por ningu&eacute;m menos que Giuseppe Greco. Ao lado de seu AK-47 e dos aliados Giuseppe Lucchese (1959-), Mario Prestifilippo (1958-1987) e Giuseppe Marchese (1962-), o serial killer italiano assassinou cerca de 300 pessoas, com uma m&eacute;dia de 5 assassinatos por dia e o uso de m&eacute;todos de mutila&ccedil;&atilde;o e tortura.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/16/16092314067023.jpg" alt="(Fonte: Catawiki / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Catawiki/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Entre as elimina&ccedil;&otilde;es mais not&oacute;rias realizadas por Greco, chama aten&ccedil;&atilde;o o assassinato de Inzerillo e de seu filho, que na &eacute;poca tinha apenas 15 anos. Rumores apontam que o l&iacute;der do Esquadr&atilde;o da Morte cortou o bra&ccedil;o do garoto logo antes de atirar em sua cabe&ccedil;a, dissolvendo os restos em &aacute;cido e desovando-os em um barril.
Al&eacute;m disso, seus assassinatos faziam refer&ecirc;ncia aos "pared&otilde;es de guerra", quando capturados eram colocados na frente de muros para receber uma saraivada intermin&aacute;vel de balas.
<h2>O fim de Giuseppe Greco</h2>
A paix&atilde;o pela morte acabou tornando-se elemento-chave no cl&atilde; Corleonesi, e tanto inimigos quanto aliados eram assassinados diariamente sob as ordens de Riina, como uma esp&eacute;cie de teste de fidelidade entre membros de baixo escal&atilde;o e os altos n&iacute;veis hier&aacute;rquicos. Assim, nomes como Filippo Marchese (1938-1983), Rosario Riccobono (1929-1982) e os irm&atilde;os de Vincent Puccio (1945-1989), todos ligados ao Esquadr&atilde;o da Morte, tamb&eacute;m se tornaram v&iacute;timas da obsess&atilde;o pela causa da m&aacute;fia.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/16/16093022568027.jpg" alt="Salvatori Riina, l&iacute;der do cl&atilde; Corleonesi. (Fonte: Reuters / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Salvatori Riina, l&iacute;der do cl&atilde; Corleonesi. (Fonte: Reuters/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Outros integrantes foram entrando na lista de elimina&ccedil;&otilde;es de Riina, e logo chegou a vez de Greco, que se tornou descart&aacute;vel ap&oacute;s a morte de um investigador de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118786-steven-russell-o-vigarista-mais-temido-pela-policia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pol&iacute;cia</a> chamado Antonino Cassara (1947-1985). Em setembro de 1985, o Scarpuzzedda foi assassinado a tiros por seus dois companheiros e supostos amigos Vincenzo Puccio e Giuseppe Lucchese, em uma emboscada.
Mesmo morto, Greco recebeu uma senten&ccedil;a de pris&atilde;o perp&eacute;tua &agrave; revelia &mdash; quando o r&eacute;u n&atilde;o est&aacute; presente &mdash; e foi declarado culpado por 58 acusa&ccedil;&otilde;es de assassinato.

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Giuseppe Greco: o serial killer mais brutal da máfia italiana

Imagem de Quando impressões digitais se tornaram prova nos tribunais? no megacurioso

Em 19 de setembro de 1910, o caso de Thomas Jennings entrava para a história dos EUA

Na madrugada de 19 de setembro de 1910, o afro-americano Thomas Jennings, que estava em liberdade condicional h&aacute; pouco mais de 1 m&ecirc;s, disparou 3 tiros no peito de Clarence Hiller, morador do bairro de South Side, em Chicago (EUA).
O epis&oacute;dio aconteceu ap&oacute;s a v&iacute;tima ser acordada pelo barulho que Jennings fez ao tentar invadir sua casa. Naquela &eacute;poca, a vizinhan&ccedil;a sofria com a "onda" de assaltos e crimes que aconteciam a qualquer hora do dia, mas principalmente durante a madrugada.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/07/07210242624015.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Os homens se envolveram em uma luta corpo a corpo antes de Jennings sacar um rev&oacute;lver e simplesmente encerrar o conflito com os disparos, abandonando o Hiller agonizando em meio a quantidade de sangue que lhe escapava pelos buracos causados pelos tiros.
Apesar de Jennings estar de m&atilde;os vazias quando foi parado a pouco mais de 800 metros da cena do crime, foram suas impress&otilde;es digitais em uma grade rec&eacute;m-pintada que ele usou para se i&ccedil;ar atrav&eacute;s de uma janela na casa da v&iacute;tima que o condenou &mdash; isso tamb&eacute;m foi respons&aacute;vel por revolucionar a hist&oacute;ria em v&aacute;rios aspectos.
<h2>A evid&ecirc;ncia</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Chicago Tribune&nbsp;" data-fonte-url="https://www.chicagotribune.com/resizer/8tLx9OY0BVBdbQlE6UsceftYepM=/1200x0/right/middle/arc-anglerfish-arc2-prod-tronc.s3.amazonaws.com/public/A64YBLI7UZFIFFGH4ZI4VDRD3Y.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/07/07210314890016.jpg" alt="(Fonte: Chicago Tribune/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Chicago Tribune/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A pol&iacute;cia fotografou e recortou um peda&ccedil;o da grade para tentar apresentar como prova de que Jennings era o criminoso que tirou a vida de Clarence Hiller, o qual deixou esposa e filha desamparadas.
A promotoria do tribunal de Chicago tentou provar um crime, pela primeira vez na hist&oacute;ria dos Estados Unidos, tendo impress&otilde;es digitais como evid&ecirc;ncia. A defesa do r&eacute;u, no entanto, colocou v&aacute;rios obst&aacute;culos na implementa&ccedil;&atilde;o das digitais no processo, uma delas foi questionar se a t&eacute;cnica rudimentar poderia ser legalmente apresentada ao tribunal.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;San Antonio Report&nbsp;" data-fonte-url="https://www.chicagotribune.com/resizer/8tLx9OY0BVBdbQlE6UsceftYepM=/1200x0/right/middle/arc-anglerfish-arc2-prod-tronc.s3.amazonaws.com/public/A64YBLI7UZFIFFGH4ZI4VDRD3Y.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/07/07210424734017.jpg" alt="(Fonte: San Antonio Report/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: San Antonio Report/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em uma tentativa de provar que as impress&otilde;es digitais poderiam ser iguais para tentar refutar a teoria, os advogados de Jennings solicitaram impress&otilde;es do p&uacute;blico. O advogado de defesa W. G Anderson se candidatou ao teste. Ele foi desbancado em frente ao j&uacute;ri quando suas impress&otilde;es ficaram vis&iacute;veis em um peda&ccedil;o de papel que havia tocado.
Sendo assim, o j&uacute;ri votou unanimemente pela condena&ccedil;&atilde;o de Jennings, que recebeu a pena de morte, sendo enforcado logo em seguida.
Contudo, n&atilde;o ficou claro o quanto o papel da ra&ccedil;a do r&eacute;u teve relev&acirc;ncia em seu julgamento. Isso porque todo homem negro era visto como um criminoso naquela &eacute;poca e ficou dif&iacute;cil de imaginar se um j&uacute;ri branco n&atilde;o seria mais c&eacute;tico em rela&ccedil;&atilde;o a um r&eacute;u branco que fosse tentado ser incriminado com uma t&eacute;cnica desconhecida.
<h2>Tentando provar a ra&ccedil;a</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;TimeToast&nbsp;" data-fonte-url="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcT2xg8V6wSzab9oxJwR5bQr5vxATukg9TbxQs7NSgB8pZt6DgJp4-ZEAvNeQHiz1RdwT5s&amp;usqp=CAU"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/07/07211007937018.jpg" alt="(Fonte: TimeToast/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: TimeToast/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A hip&oacute;tese partiu do princ&iacute;pio de que o pr&oacute;prio europeu Francis Galton, que escreveu um livro no final de 1880 em que consta o primeiro sistema de classifica&ccedil;&atilde;o de impress&otilde;es digitais, fez toda a determina&ccedil;&atilde;o da t&eacute;cnica baseada em cren&ccedil;as raciais pseudocient&iacute;ficas. Em seu livro Impress&otilde;es Digitais, Galton escreveu que &ldquo;parecia razo&aacute;vel esperar encontrar diferen&ccedil;a racial nas marcas dos dedos&rdquo;.
Para a jornalista Ava Kofman, que escreveu um artigo para o jornal The Public Domain Review, o pensamento de Galton e sua busca pela ci&ecirc;ncia das impress&otilde;es digitais combinava com a ideologia colonialista da &eacute;poca, visto que os europeus introduziram-nas para distinguirem os povos extraeuropeus que teriam digitais "indecifr&aacute;veis". E, ainda, Galton se envolveu na quantifica&ccedil;&atilde;o das diferen&ccedil;as raciais, inventando medi&ccedil;&otilde;es num&eacute;ricas pseudocient&iacute;ficas para categorizar os humanos por ra&ccedil;a, refor&ccedil;ando sua cruzada racista.
No final das contas, a pol&iacute;cia e a intelig&ecirc;ncia dos EUA apenas imitaram os europeus quando come&ccedil;aram a reunir impress&otilde;es digitais para fins de identifica&ccedil;&atilde;o no in&iacute;cio do s&eacute;culo XX. A t&eacute;cnica surgiu em solo norte-americano pela 1&ordf; vez durante a Feira Mundial de 1904, em St. Louis, quando agentes da Scotland Yard (pol&iacute;cia metropolitana de Londres) fizeram uma exposi&ccedil;&atilde;o para demonstrar a t&eacute;cnica que estava se tornando popular nos tribunais brit&acirc;nicos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/07/07211156672019.jpg" alt="(Fonte: History Daily/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: History Daily/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Conforme o&nbsp;Chicago Tribune, foi a partir do caso Jennings que a Suprema Corte de Illinois passou a inserir as impress&otilde;es digitais como base suficiente para um veredito de morte por enforcamento.
No entanto, o grau de subjetividade e a potencial margem para erro, por menor que seja, ainda &eacute; assunto debatido h&aacute; mais de 1 s&eacute;culo desde que ocorreu o caso. Em 2004, as t&eacute;cnicas de impress&atilde;o digital foram alvo de debate quando um advogado chamado Brandon Mayfield foi preso ap&oacute;s uma correspond&ecirc;ncia equivocada de uma impress&atilde;o digital parcial coletada de um trem onde aconteceu um ataque terrorista em Madri.
Apesar de o Departamento Federal de Investiga&ccedil;&atilde;o (FBI) ter-se desculpado publicamente, o caso colocou em pauta se outros erros n&atilde;o passaram despercebidos ao longo de milhares de processos, fomentando a mente daqueles que contestam a infalibilidade da t&eacute;cnica.

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Quando impressões digitais se tornaram prova em tribunais?

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Em 1911, o francês Joseph Jubert foi taxado de 'vagabundo' e 'subversivo' por suas práticas comunitárias

Nascido na Fran&ccedil;a por volta de 1876, Joseph Jubert n&atilde;o fazia ideia do futuro que lhe aguardava quando chegou ao Brasil ainda crian&ccedil;a. Na &eacute;poca, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109459-a-historia-da-urna-eletronica-e-das-eleicoes-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Rep&uacute;blica Velha</a>, que durou de 1889 at&eacute; 1930, ainda era marcada pelos intensos conflitos e mudan&ccedil;as sociais no pa&iacute;s &mdash; o que suscitava um sentimento de insatisfa&ccedil;&atilde;o na classe trabalhadora.
Os grandes donos de terra haviam acabado de ser obrigados a substituir a m&atilde;o de obra escrava pela assalariada e rebeli&otilde;es estouravam por todas as partes. Apesar de n&atilde;o ser um nome muito lembrado pela hist&oacute;ria oficial, Jubert foi um dos grandes nomes de pessoas que lutaram pela justi&ccedil;a e at&eacute; mesmo desafiaram autoridades por melhores condi&ccedil;&otilde;es de trabalho.
<h2>Chegada ao Brasil e envolvimento pol&iacute;tico</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Universidade S&atilde;o Francisco/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://ichef.bbci.co.uk/news/800/cpsprodpb/70DB/production/_108019882_fotojubert.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/25/25100257626047.jpg" alt="(Fonte: Universidade S&atilde;o Francisco/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Universidade S&atilde;o Francisco/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Jubert chegou ao Brasil na mesma &eacute;poca que muitos imigrantes europeus vinham para a Am&eacute;rica do Sul para ocupar os cargos assalariados &mdash; a maioria enganada pelas reais condi&ccedil;&otilde;es de trabalho. Ao crescer vendo os abusos sofridos pelos colonos, o franc&ecirc;s decidiu se aproximar de grupos anarquistas. Mesmo assim, nunca se considerou parte deles.
Atuando como <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/37394-universidade-exibe-esqueletos-de-professor-com-seu-cachorro-favorito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">professor</a> e advogado, ele enfrentou seu primeiro conflito em Atibaia, no interior de S&atilde;o Paulo, quando contestou as condi&ccedil;&otilde;es de trabalho nas lavouras. Isso fez com que ele fosse processado pelo Judici&aacute;rio local em 1907 por n&atilde;o possuir emprego fixo, sendo tachado de &ldquo;vagabundo&rdquo; com base no artigo 399.
Apesar dos registros hist&oacute;ricos mostrarem que Joseph sempre esteve longe de qualquer ato de viol&ecirc;ncia, chegou a ser chamado de &ldquo;terr&iacute;vel anarquista&rdquo;. Ao longo da sua trajet&oacute;ria no Brasil, ele ainda seria alvo de muita persegui&ccedil;&atilde;o e responderia por outros processos como forma de intimida&ccedil;&atilde;o pelas suas atividades.
<h2>Tortura e morte</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Universidade S&atilde;o Francisco/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://ichef.bbci.co.uk/news/412/cpsprodpb/1FA6/production/_108020180_boletimanexoaoprocesso_portugues.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/25/25100158282046.jpg" alt="(Fonte: Universidade S&atilde;o Francisco/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Universidade S&atilde;o Francisco/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Tentando fugir de uma puni&ccedil;&atilde;o ap&oacute;s brigar com membros da Igreja Cat&oacute;lica por n&atilde;o concordar com seus ideais de educa&ccedil;&atilde;o, Jubert se viu obrigado a se mudar para Bragan&ccedil;a Paulista. L&aacute;, acabou fundando a Liga Oper&aacute;ria em 1912, cujo objetivo era educar e defender os trabalhadores locais quanto aos seus direitos.
Foi preso pelo crime de cal&uacute;nia e difama&ccedil;&atilde;o ap&oacute;s discutir com o advogado Oct&aacute;vio Guimar&atilde;es nas p&aacute;ginas do jornal A Lanterna, quando j&aacute; morava em Sorocaba. Nesse meio tempo, foi <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119025-touro-de-bronze-a-bizarra-maquina-de-tortura-usada-na-italia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">torturado</a> e desenvolveu artrite pelo fato dos carcereiros molharem o ch&atilde;o da cela para que ele n&atilde;o deitasse durante a noite.&nbsp;
Libertado quatro meses depois, Jubert decidiu retornar ao interior de SP, onde acabou falecendo em 1945. Apesar da sua grande hist&oacute;ria de lutas a favor dos trabalhadores brasileiros e em prol do desenvolvimento educacional do pa&iacute;s, o professor acabou tendo o nome apagado dos livros de hist&oacute;ria e teve seu enredo desapercebido por muitos anos.&nbsp;

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A história do professor perseguido por educar trabalhadores em SP

Imagem de Biopirataria: a prática que destrói o Brasil há séculos no megacurioso

Como pode não existir leis duras para a morte sistemática da natureza do país?

Com cerca de 22% das esp&eacute;cies nativas mundiais, o Brasil &eacute; considerado o pa&iacute;s com maior biodiversidade do planeta e, por sua abund&acirc;ncia vegetal e animal, ele &eacute; constantemente v&iacute;tima de ataques de biopiratas.
A biopirataria &eacute; qualquer explora&ccedil;&atilde;o, exporta&ccedil;&atilde;o ou manipula&ccedil;&atilde;o dos recursos biol&oacute;gicos para fins comerciais por meio de contrabando de esp&eacute;cimes da flora e da fauna e de seus princ&iacute;pios ativos &mdash; al&eacute;m da monopoliza&ccedil;&atilde;o desse conhecimento por meio do sistema de patentes.
No Brasil, a pr&aacute;tica n&atilde;o &eacute; tipificada como uma atividade il&iacute;cita criminal, mas apenas administrativa, com aplica&ccedil;&atilde;o de multas ao infrator. Considerado um crime de menor potencial ofensivo, o acusado autuado na Lei de Crimes Ambientais pode resolver sua situa&ccedil;&atilde;o com a lavratura de um termo circunstanciado, resultando em sua libera&ccedil;&atilde;o horas ap&oacute;s autua&ccedil;&atilde;o.
<h2>A jornada para morte</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/20/20154734152280.jpg" alt="(Fonte: Campo Grande News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Campo Grande News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Apesar de o Brasil ter assinado um documento em 1992 na Confer&ecirc;ncia das Na&ccedil;&otilde;es Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, visando estabelecer regras para proteger nossa biodiversidade e a sustentabilidade dos recursos naturais; o governo parecesse pouco se importar com os casos de biopirataria que destroem de maneira sistem&aacute;tica a natureza diariamente.
Conforme aponta o relat&oacute;rio final da Comiss&atilde;o Parlamentar de Inqu&eacute;rito (CPI) do tr&aacute;fico de animais silvestres, divulgada em fevereiro de 2003, a pr&aacute;tica da biopirataria movimenta cerca de US$ 10 bilh&otilde;es por ano no mundo todo, dos quais US$ 500 milh&otilde;es acontecem no mercado de hipertensivos com a extra&ccedil;&atilde;o do veneno de serpentes brasileiras, como a jararaca, para a produ&ccedil;&atilde;o em larga escala.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Meio Ambiente e Turismo&nbsp;" data-fonte-url="https://lh3.googleusercontent.com/proxy/sPwXzK5skt2n7h-LiH3Y4pgVS4V1pEh7-t-1UUAc6HOzwRKks4gsfvJsNrGpUc3kh7Gs-7OEYQUx8ualvXNW5g67-nPEk-gYcvRCgfB7XtY53q5DNXCKIYIVg17dTDdzlWfUB3fHKv7yBr5JjX1GUufR_YBa-vZCrQ"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/20/20154848028284.jpg" alt="(Fonte: Meio Ambiente e Turismo/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Meio Ambiente e Turismo/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Anualmente, estima-se que o Brasil perde mais de US$ 5 bilh&otilde;es com o tr&aacute;fico de extratos de plantas nativas, madeira, animais silvestres e outros recursos biol&oacute;gicos. Com 70% da biodiversidade do planeta, a Floresta Amaz&ocirc;nica &eacute; a principal v&iacute;tima dos ataques de biopiratas, apesar de o cerrado, a caatinga, o Pantanal e os manguezais brasileiros j&aacute; terem entrado na rota do tr&aacute;fico internacional desenfreado.
<h2>Danos seculares</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/20/20155006420285.jpg" alt="(Fonte: Sa&uacute;de Brasil/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Sa&uacute;de Brasil/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A ativista ambiental e indiana Vandana Shiva n&atilde;o &eacute; a &uacute;nica a comentar que a biopirataria no Brasil teve in&iacute;cio na &eacute;poca do descobrimento, quando os portugueses obtiveram o segredo da extra&ccedil;&atilde;o do pigmento vermelho do pau-brasil, subtraindo conhecimentos tradicionais dos povos ind&iacute;genas nativos. Os colonos levaram a subst&acirc;ncia para a Europa e a disseminaram em larga escala, dando in&iacute;cio a um sistema de explora&ccedil;&atilde;o intermin&aacute;vel.
Anos mais tarde, em 1876, o ingl&ecirc;s Henry Wickham contrabandeou cerca de 70 mil sementes da &aacute;rvore da seringueira para as col&ocirc;nias brit&acirc;nicas na Mal&aacute;sia, que se tornou a principal exportadora de l&aacute;tex, afetando catastroficamente o mercado de borracha no Brasil.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/20/20155110281286.png" alt="(Fonte: A Cr&iacute;tica/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: A Cr&iacute;tica/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Quando o "cupulate", doce feito com chocolate e cupua&ccedil;u, foi registrado por uma empresa japonesa, o Brasil n&atilde;o p&ocirc;de mais exportar o pr&oacute;prio produto utilizando o nome cupua&ccedil;u sem ter que pagar royalties &agrave; megacorpora&ccedil;&atilde;o &mdash; apesar de ele ter sido criado pela Embrapa muito antes.&nbsp;Por meio de uma grande mobiliza&ccedil;&atilde;o, a patente japonesa foi quebrada em 2004, mas n&atilde;o sem antes deixar muitos preju&iacute;zos econ&ocirc;micos, incluindo a desvaloriza&ccedil;&atilde;o internacional da imagem do produto.
No final das contas, al&eacute;m do roubo de patrim&ocirc;nio natural, a biopirataria tamb&eacute;m se apropria de conhecimentos acumulados por comunidades tradicionais, como a medicina da floresta e as pr&aacute;ticas da cultura ind&iacute;gena, resultando em preju&iacute;zos socioecon&ocirc;micos e no subdesenvolvimento de pesquisas cient&iacute;fica e tecnol&oacute;gica nacionais.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/20/20155257219287.png" alt="(Fonte: English Tenses/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: English Tenses/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
De setembro de 2003 at&eacute; 2021, foram criados diversos meios de repreens&atilde;o das atividades da biopirataria, por&eacute;m nenhuma delas se mostrou eficaz o suficiente para pelo menos desacelerar o atentado contra a natureza brasileira.
Para os ambientalistas, o combate da biopirataria s&oacute; ser&aacute; efetivo com aplica&ccedil;&otilde;es de leis que co&iacute;bam duramente as pr&aacute;ticas ilegais e tamb&eacute;m quando pa&iacute;ses, como os Estados Unidos e Jap&atilde;o, aderirem &agrave; Conven&ccedil;&atilde;o da Diversidade Biol&oacute;gica &mdash; tratado que protege o uso de patentes da diversidade biol&oacute;gica por outros pa&iacute;ses.

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Biopirataria: a prática que destrói o Brasil há séculos

Imagem de Assalto ao Trem Pagador: o lendário crime que chocou o Reino Unido no megacurioso

De tão ardilosa, a operação virou até roteiro de filme

At&eacute; aquela fat&iacute;dica madrugada de 8 de agosto de 1963, o Reino Unido fazia quest&atilde;o de enaltecer seu orgulho por anos operando uma rede ferrovi&aacute;ria postal sem epis&oacute;dios de roubo em seu hist&oacute;rico &mdash; mal sabendo que isso estava prestes a mudar e de maneira absurda.
Por volta das 19h de 7 de agosto daquele ano, o comboio postal que partiu de Glasgow, na Esc&oacute;cia, com destino a Esta&ccedil;&atilde;o Euston, em Londres, tinha apenas tr&ecirc;s policiais em meio aos 70 funcion&aacute;rios distribu&iacute;dos pelos v&aacute;rios vag&otilde;es.
Naquela noite em especial, gra&ccedil;as a um feriado banc&aacute;rio na Esc&oacute;cia, a carga era um banquete para criminosos com as quantias mais altas do que de costume. Para a surpresa das autoridades banc&aacute;rias, eles n&atilde;o eram os &uacute;nicos que sabiam disso.
<h2>A intersec&ccedil;&atilde;o</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Social Deal&nbsp;" data-fonte-url="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRYgWPXLbJu94N0V8WoW55sS1NUBYX4P40mdOokp7eqv4BP1KKqZedZ_HO0USc_kiA-Mgc&amp;usqp=CAU"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/19/19194653757404.jpeg" alt="(Fonte: Social Deal/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Social Deal/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Um trio aguardava o trem pagador naquela madrugada. Liderado pelo famoso ladr&atilde;o de joias londrino Bruce Reynolds, estavam Ronnie Biggs e Buster Edwards. A 45 quil&ocirc;metros de uma intersec&ccedil;&atilde;o que o trem passaria, Reynolds esperava que seus 10 anos realizando roubos lucrativos valessem a pena para conseguir executar o feito que o eternizaria na Hist&oacute;ria.
&Agrave;s 3h15 da manh&atilde;, a gangue armada deu in&iacute;cio a opera&ccedil;&atilde;o ao for&ccedil;ar a parada do comboio da Royal Mail adulterando o sinal da ferrovia na altura de Cheddington, perto de Leighton Buzzard.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Steemit&nbsp;" data-fonte-url="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQKVtnkn-iG3clUzSk9PH1zZ7tLFf6fODqVAvecWOrQmHNRzQLUkIj3-Cygtx4-R6eQ7oY&amp;usqp=CAU"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/19/19194917056405.jpg" alt="Bruce Reynolds. (Fonte: Steemit/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Bruce Reynolds. (Fonte: Steemit/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Foi o foguista David Whitby que pulou da composi&ccedil;&atilde;o e seguiu para o telefone ferrovi&aacute;rio mais pr&oacute;ximo; voltando instantes depois para comunicar ao maquinista Jack Mills que os fios telef&ocirc;nicos haviam sido cortados.
Foi nesse instante que Whitby foi atacado pelas costas por um dos membros da gangue. Mills nem sequer teve tempo para entender o que estava acontecendo quando foi gravemente ferido na cabe&ccedil;a com o cabo de uma machadinha.
Enquanto seu mundo &ldquo;virava de cabe&ccedil;a para baixo&rdquo;, um dos criminosos j&aacute; estava no teto da locomotiva para desacopl&aacute;-la da composi&ccedil;&atilde;o com o vag&atilde;o que transportava os pacotes de dinheiro.&nbsp;
Mills foi obrigado a lev&aacute;-los at&eacute; a Ponte Bridego, onde o resto da quadrilha os aguardava para pegar o dinheiro, visto que os homens n&atilde;o sabiam conduzir aquele modelo de trem.
<h2>&ldquo;&Eacute; uma invas&atilde;o!&rdquo;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/19/19195041964406.jpg" alt="(Fonte: Nostalgia Central/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Nostalgia Central/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Quando os policiais viram os dois vag&otilde;es com a locomotiva desacoplados do resto do comboio, eles pensaram que o cabo de conex&atilde;o havia se partido acidentalmente. Foi s&oacute; quando uma das janelas foi quebrada no vag&atilde;o onde estavam os malotes, e um dos oficiais gritou &ldquo;&Eacute; uma invas&atilde;o!&rdquo;, que eles tentaram agir. Mas j&aacute; era tarde.
Os policiais foram imobilizados pelos criminosos, que transferiram os malotes para fora do trem atrav&eacute;s de uma corrente humana.
Os sete homens que trabalhavam no trem pagador s&oacute; puderam soar o alarme depois que os assaltantes j&aacute; haviam sumido pela noite com o equivalente a 50 milh&otilde;es de euros em 120 dos 128 malotes contendo 636 pacotes de dinheiro, em uma opera&ccedil;&atilde;o que durou 20 minutos.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Mentality&nbsp;" data-fonte-url="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTZwc8RZ_w5_Rr-hjVVqlP2Yp662vLRviY68gRpjBRVxLmtyd4iZ5P8bBE_G_ZnsIY6UBE&amp;usqp=CAU"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/19/19195232575407.jpg" alt="(Fonte: Mentality/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Mentality/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Com a conspira&ccedil;&atilde;o e frenesi da m&iacute;dia, o diretor-geral dos Correios alimentou a possibilidade de que os tr&ecirc;s trens de alta seguran&ccedil;a foram adulterados, possivelmente por algu&eacute;m que havia trabalhado na companhia. O Departamento de Investiga&ccedil;&atilde;o da institui&ccedil;&atilde;o deu in&iacute;cio a uma megaopera&ccedil;&atilde;o para vasculhar a vida de todos os funcion&aacute;rios dos Correios que trabalhavam no trem naquela noite.
Em paralelo, os investigadores tentavam descobrir a quantidade de dinheiro roubado para ajudar a rastrear os culpados, conter as informa&ccedil;&otilde;es escandalosas da imprensa e informar quanto os bancos haviam perdido.
Foi estabelecida uma recompensa de 260 mil euros para quem encontrasse os ladr&otilde;es, sendo 10 mil oferecidos pelos Correios. O alto valor desencadeou uma verdadeira &ldquo;ca&ccedil;a &agrave;s bruxas&rdquo; pelo p&uacute;blico, resultando em milhares de den&uacute;ncias.
<h2>At&eacute; o &uacute;ltimo homem</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/19/19195321779408.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em 13 de agosto daquele ano, o ex-policial John Wooley averiguou uma den&uacute;ncia feita por John Maris, vizinho da fazenda Leatherslade. No dia anterior, Maris ligou para informar que os novos ocupantes da fazenda estavam se comportando de maneira comprometedora.
A pol&iacute;cia estava t&atilde;o desacreditada que enviou apenas uma viatura, guiada por Wooley. No entanto, para a surpresa de todos, o policial descobriu um fosso semelhante a uma sepultura cavado atr&aacute;s de uma cerca com v&aacute;rios sacos vazios dos Correios.&nbsp;
Na casa, ele encontrou mais malotes, e no por&atilde;o uma pilha deles com a inscri&ccedil;&atilde;o &ldquo;Banco Nacional Provincial&rdquo;, uma das institui&ccedil;&otilde;es que tinha seu dinheiro transportado pelo comboio rendido.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/19/19195359982409.jpg" alt="(Fonte: Britannica/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Britannica/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Foram as impress&otilde;es digitais espalhadas por toda a casa que ajudaram a pol&iacute;cia a ca&ccedil;ar os criminosos. Os primeiros localizados e presos foram Roger Cordrey e Willian Boal, que viviam em um apartamento modesto sobre uma loja de flores em Londres. Em abril de 1964, a pol&iacute;cia j&aacute; havia conseguido prender 11 acusados, condenados a penas de 20 a 30 anos de pris&atilde;o.
No entanto, a pol&iacute;cia s&oacute; conseguiu sossegar quando o &uacute;ltimo integrante, Bruce Reynolds, estivesse atr&aacute;s das grades. O homem ficou foragido at&eacute; maio de 1968, quando foi pego e sentenciado a 25 anos de pris&atilde;o.
Do assalto ao trem pagador, o maior roubo da Hist&oacute;ria da Inglaterra, apenas cerca de 300 mil euros foram recuperados da quantia total.

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Assalto ao Trem Pagador: o lendário crime que chocou o Reino Unido

Imagem de Brasil já teve maioridade penal de 7 anos no megacurioso

Até 1830, a legislação fez crianças simplesmente 'pularem' a adolescência por serem tratadas como adultas pela sociedade

Em 1830, foi estabelecido o primeiro C&oacute;digo Criminal do Imp&eacute;rio no Brasil, em que ficou previsto no artigo 10 de seu texto que, aos 14 anos, o indiv&iacute;duo j&aacute; era capacitado a responder judicialmente &mdash; muito diferente dos 18 anos determinados pelo C&oacute;digo Penal de 1940 e que est&aacute; em vigor at&eacute; hoje.
O c&oacute;digo distinguia os menores de idade em 4 classes quanto a sua responsabilidade criminal: os menores de 14 anos seriam presumidamente irrespons&aacute;veis, salvo se provassem terem agido com discernimento; os menores de 14 anos que tivessem agido com discernimento seriam recolhidos &agrave; casa de corre&ccedil;&atilde;o pelo tempo que o juiz determinasse, contanto que o recolhimento n&atilde;o excedesse a idade de 17 anos; os maiores de 14 anos e menores de 17 estariam sujeitos &agrave;s penas de cumplicidade, ou seja, seria 2 ter&ccedil;os da que caberia ao adulto se ao juiz parecesse justo; o maior de 17 anos e menor de 21 anos receberia um atenuante da menoridade.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Folha de Franca&nbsp;" data-fonte-url="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcT0Cu_V061GYGv_-c9lSx6o3l41zahNrzkn0UEgzv1IYzGCCXfUFKKZV8iM2IoSkFtofeSAyvaOmXo&amp;usqp=CAU"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/22/22163427531336.jpg" alt="(Fonte: Folha de Franca/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Folha de Franca/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O c&oacute;digo republicano desenvolvido em 1890 fez algumas altera&ccedil;&otilde;es quanto &agrave; legisla&ccedil;&atilde;o ent&atilde;o vigente, chegando a reduzir a maioridade penal para crian&ccedil;as de 9 anos, deixando expresso que elas j&aacute; tinham responsabilidade psicol&oacute;gica o suficiente para responder pelos seus atos.&nbsp;Al&eacute;m disso, o c&oacute;digo criou instala&ccedil;&otilde;es disciplinares industriais para os maiores de 9 anos e menores de 14, uma esp&eacute;cie de Febem, para onde seriam enviados se praticassem atos il&iacute;citos.
<h2>Sem adolesc&ecirc;ncia</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Ag&ecirc;ncia Brasil&nbsp;" data-fonte-url="https://imagens.ebc.com.br/z_hzUUFTYZKZmOLYjkX6M4RmbiY=/1170x700/smart/https://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/files/atoms/image/adolescente_infrator.jpg?itok=UOo3FnQN"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/22/22163540171337.jpg" alt="(Fonte: Ag&ecirc;ncia Brasil/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Ag&ecirc;ncia Brasil/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Se essas legisla&ccedil;&otilde;es j&aacute; pareciam absurdas, elas em nada se comparam com a &eacute;poca do Brasil Col&ocirc;nia, quando as leis estavam sob a vig&ecirc;ncia das Ordena&ccedil;&otilde;es Filipinas, as mesmas de Portugal, as quais determinaram que a maioridade penal do indiv&iacute;duo acontecia aos 7 anos.
Crian&ccedil;as e jovens eram severamente punidos pelos seus atos, sem fazer muita distin&ccedil;&atilde;o do tipo de puni&ccedil;&atilde;o que os adultos recebiam, podendo at&eacute; serem condenados &agrave; morte. As penas consideradas mais leves envolviam aplica&ccedil;&atilde;o de chicotadas em pra&ccedil;a p&uacute;blica.&nbsp;At&eacute; o s&eacute;culo XVIII, as crian&ccedil;as eram educadas para obedecer exclusivamente &agrave; figura paterna e masculina em casa, e n&atilde;o eram resguardadas de maus-tratos por nenhuma lei.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Justificando&nbsp;" data-fonte-url="https://lh3.googleusercontent.com/proxy/3DHpuIGcMRFaB3Y8--NcwBrdB38iAguPWfa4upnCeDeZl2A1JdkkpqOuVjkvX_0AxSCHxCG5XMZDX3tHuadkbqaptRqjz-CHVEiY7EUD3v6_nnD9BQwA6YCw"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/22/22163709357340.jpg" alt="(Fonte: Jusitficando/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Jusitficando/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Al&eacute;m disso, as Ordena&ccedil;&otilde;es Filipinas tamb&eacute;m serviram para moldar a maneira como as crian&ccedil;as viviam, com muitas simplesmente n&atilde;o vivenciando o per&iacute;odo da adolesc&ecirc;ncia e seguindo logo para a vida adulta ainda aos 8 anos, envolvendo desde o modo de se vestir at&eacute; a maneira de levar a vida. Uma das consequ&ecirc;ncias disso foi que as crian&ccedil;as se prostitu&iacute;am e eram abusadas por adultos porque j&aacute; eram vistas como um.
Foi apenas no s&eacute;culo XX, em 1924, que a Declara&ccedil;&atilde;o de Genebra definiu que as crian&ccedil;as e os adolescentes precisavam de leis que os protegessem. O Brasil instaurou o C&oacute;digo de Menores cerca de 3 anos depois.

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Brasil já teve maioridade penal de 7 anos

Imagem de O Brasil já teve pena de morte? no megacurioso

Atualmente, existem 74 pa&iacute;ses que ainda mant&ecirc;m a pena de morte como condena&ccedil;&atilde;o para um crime. Segundo as estat&iacute;sticas fornecidas pela Anistia Internacional, o ano passado apresentou o terceiro ano consecutivo com redu&ccedil;&atilde;o no n&uacute;mero de execu&ccedil;&otilde;es pela pena capital, registrando a menor quantidade em 10 anos.
Sem contar com a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115959-china-lanca-missao-misteriosa-com-espaconave-reutilizavel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">China</a>, que ainda lidera o ranking como a na&ccedil;&atilde;o que tem milhares de execu&ccedil;&otilde;es anuais, os demais pa&iacute;ses s&atilde;o: Ir&atilde; (246 mortes), Egito (107), Iraque (45) e Ar&aacute;bia Saudita (27).
<h2>Um controverso debate</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Senado Federal&nbsp;" data-fonte-url="https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2016/04/04/ha-140-anos-a-ultima-pena-de-morte-do-brasil/arquivo_S___Sketches-4.jpg/@@images/image/imagem_materia"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/22/22164441773345.jpg" alt="(Fonte: Senado Federal/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Senado Federal/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O Brasil ainda se divide entre a parcela que apoia a pena de morte para determinados crimes, como pedofilia, e outros que condenam totalmente a pr&aacute;tica. De qualquer forma, desde o estabelecimento da Constitui&ccedil;&atilde;o de 1988, est&aacute; previsto que uma pessoa s&oacute; pode ser condenada &agrave; morte em solo brasileiro por crimes militares como assassinato, trai&ccedil;&atilde;o, genoc&iacute;dio, crimes contra a humanidade, crimes de guerra e terrorismo.
De 1969 a 1978, ao longo do regime militar que aconteceu a partir do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/118211-ditadura-militar-como-e-por-que-aconteceu-o-golpe-de-1964.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">golpe de Estado de 1964</a>, a pena de morte foi reconsiderada pela Lei de Seguran&ccedil;a Nacional e pelo Ato Institucional n.&ordm; 14 como m&eacute;todo de puni&ccedil;&atilde;o por crimes pol&iacute;ticos. Apesar de n&atilde;o existirem registros oficiais das execu&ccedil;&otilde;es ocorridas, estima-se que pelo menos 300 dissidentes pol&iacute;ticos foram assassinados de maneira extrajudicial pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119441-ditadura-militar-confira-8-casos-de-censura-em-novelas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Regime Militar</a>.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Lumos Jur&iacute;dico&nbsp;" data-fonte-url="https://lh3.googleusercontent.com/proxy/lEtDYcPt9WCEEltqtEcEVOa1fB6GxRkLimeehycUZk624vv4vA_Mn7WE6QzhuOrHgqrDn30fS5p5yTyCqqJERMzSeucumkUWePgpuPIPwPUxCw_pvcodg4mRGnOQH8O-8ogmFyiiZSQ"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/22/22164614244346.jpg" alt="(Fonte: Lumos Jur&iacute;dico/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Lumos Jur&iacute;dico/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A &uacute;ltima execu&ccedil;&atilde;o que n&atilde;o por crimes pol&iacute;ticos aconteceu no munic&iacute;pio de Pilar, Alagoas, em 1876. Em 28 de abril, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/116561-3-fotos-coloridas-que-mostram-o-terror-da-escravidao-ha-160-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escravizado</a> Francisco foi morto por enforcamento. O &uacute;ltimo homem livre executado foi Jos&eacute; Pereira de Sousa, em Santa Luzia (atual Luzi&acirc;nia), Goi&aacute;s. Ele foi enforcado em 30 de outubro de 1861.
Em Sabar&aacute;, Minas Gerais, as escravizadas Peregrina e Rosa foram as &uacute;ltimas mulheres a serem executadas pela pena de morte, em 14 de abril de 1858, pelas m&atilde;os do carrasco escravizado Fortunato Jos&eacute;.
Conforme a constitui&ccedil;&atilde;o brasileira, a pena de morte pode voltar a ser aplicada em casos de guerra declarada. Atualmente o Brasil faz parte da Conven&ccedil;&atilde;o Americana de Direitos Humanos para a Aboli&ccedil;&atilde;o da Pena de Morte.

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O Brasil já teve pena de morte?

Imagem de Operação Husky: o controverso acordo dos EUA com a Máfia italiana no megacurioso

Para obter informações, o governo fez alianças com os criminosos que foram além do que qualquer um possa imaginar

Em tempos de crise, a ajuda pode surgir de maneiras inesperadas. E foi exatamente o que aconteceu com os pa&iacute;ses Aliados durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119091-jasper-maskelyne-o-magico-que-enganou-a-todos-na-2-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a> quando receberam aux&iacute;lio de Lucky Luciano, o ent&atilde;o chefe da m&aacute;fia italiana que operava nos Estados Unidos.
Naquela &eacute;poca, o governo do pa&iacute;s estava preocupado com a quantidade de cidad&atilde;os americanos com heran&ccedil;a japonesa, italiana ou alem&atilde; e o quanto seus v&iacute;nculos poderiam desenvolver um sentimento de simpatia pelos pa&iacute;ses do Eixo, transformando sua cidadania em uma poss&iacute;vel amea&ccedil;a &agrave; seguran&ccedil;a nacional.
Em meados de 1942, as suspeitas e o medo aumentaram depois que o navio de transporte de tropas dos Estados Unidos, o SS Normandie, pegou fogo e naufragou ainda no Porto de Manhattan, deixando claro que parecia uma obra de sabotagem.
<h2>Alian&ccedil;a duvidosa</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/15/15163738207415.jpg" alt="Lucky Luciano. (Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Lucky Luciano. (Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Os membros do Escrit&oacute;rio de Intelig&ecirc;ncia Naval sabiam que a m&aacute;fia controlava as orlas mar&iacute;timas, por isso entrou em contato com Luciano (que na &eacute;poca cumpria senten&ccedil;a de 50 anos na Pris&atilde;o Clinton) e ofereceram uma comuta&ccedil;&atilde;o de sua pena em troca de informa&ccedil;&otilde;es e assist&ecirc;ncia em uma miss&atilde;o chamada "Opera&ccedil;&atilde;o Husky". O mafioso concordou.
Al&eacute;m de se comprometer ao fornecimento de intelig&ecirc;ncia privilegiada &agrave; Marinha, Luciano tamb&eacute;m garantiu que n&atilde;o haveria greve entre os estivadores durante todo o conflito. Essa parte da negocia&ccedil;&atilde;o ficou conhecida como Opera&ccedil;&atilde;o Submundo e tem sua efic&aacute;cia debatida at&eacute; hoje apesar de os criminosos terem cumprido com sua parte no acordo, aparentemente.
Desse modo, essa alian&ccedil;a representou apenas o in&iacute;cio da sociedade entre os Estados Unidos e a m&aacute;fia italiana, pois, conforme a guerra avan&ccedil;ava, os Aliados formulavam um plano para invadir a It&aacute;lia.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/15/15163855019416.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Luciano tinha seus motivos para odiar o ditador <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118755-domenico-leccisi-o-jornalista-que-roubou-o-cadaver-de-mussolini.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Benito Mussolini</a>, visto que ele havia reprimido a organiza&ccedil;&atilde;o e a enviado para a clandestinidade no pa&iacute;s. O mafioso tinha contatos sicilianos que tinham as melhores informa&ccedil;&otilde;es, al&eacute;m de apoio log&iacute;stico necess&aacute;rio para a invas&atilde;o.
O governo americano pediu aos seus associados que fornecessem desenhos e fotos dos portos da Sic&iacute;lia, cruciais para lan&ccedil;arem o anf&iacute;bio Aliado em julho de 1943. O acordo deu t&atilde;o certo que, pouco mais de 1 m&ecirc;s ap&oacute;s o in&iacute;cio da invas&atilde;o, os Aliados conseguiram expulsar o inimigo da Sic&iacute;lia, encerrando a batalha.
Essa colabora&ccedil;&atilde;o ainda &eacute; motivo de pol&ecirc;mica sobre at&eacute; que ponto Lucky Luciano e a m&aacute;fia ajudaram o governo dos Estados Unidos na Opera&ccedil;&atilde;o Husky. Segundo o colunista Walter Winchell, a lista de contribui&ccedil;&otilde;es era t&atilde;o longa que o governo e a Marinha consideraram dar ao criminoso uma medalha de honra.

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Operação Husky: o controverso acordo dos EUA com a máfia italiana

Imagem de Técnica revolucionária resolve desaparecimento de 30 anos nos EUA no megacurioso

Após passar anos sem informações sobre o caso, família de Shawna Beth Garber pode enfim realizar o enterro de garota assassinada

A cidade de Bucklin, nos Estados Unidos, finalmente pode enterrar uma de suas habitantes ap&oacute;s 30 anos de investiga&ccedil;&atilde;o. Em junho de 2021, 20 pessoas foram at&eacute; o cemit&eacute;rio local para sepultar Shawna Beth Garber, uma v&iacute;tima de <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/117731-caso-daniella-perez-o-marcante-assassinato-de-uma-atriz-global.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">assassinato</a> que vinha sendo procurada pela sua fam&iacute;lia desde que desapareceu em 1990.
Entretanto, s&oacute; foi poss&iacute;vel resolver o caso da mo&ccedil;a gra&ccedil;as a uma revolu&ccedil;&atilde;o no rastreamento de DNA em casos criminais nos Estados Unidos, o que tem feito o pa&iacute;s reduzir consideravelmente uma s&eacute;rie de casos arquivados. Por conta disso, mais uma fam&iacute;lia conseguiu um ponto final para sua hist&oacute;ria ap&oacute;s tr&ecirc;s d&eacute;cadas.
<h2>Irm&atilde;os separados</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/22/22110825530111.jpg" alt="(Fonte: Rob Ringwald/Arquivo Pessoal)" />(Fonte: Rob Ringwald/Arquivo Pessoal)
Shawna e seu irm&atilde;o Rob cresceram em uma fam&iacute;lia problem&aacute;tica. Em entrevista para a BBC,&nbsp;o homem de 56 anos, descreveu sua m&atilde;e biol&oacute;gica como uma pessoa "m&aacute;". Desacostumado a falar sobre a inf&acirc;ncia, ele ainda sofre com mem&oacute;rias turbulentas e lembra de como sofria abusos f&iacute;sicos quando crian&ccedil;a.
Quando ele tinha 7 anos e sua irm&atilde; 5, a viol&ecirc;ncia da m&atilde;e passou a aumentar. Rob lembra que ele era o alvo da maior parte das agress&otilde;es, mas sobretudo tem forte mem&oacute;ria do dia em que foi separado de sua fam&iacute;lia. Na &eacute;poca, a respons&aacute;vel pelas crian&ccedil;as chegou a jogar flu&iacute;do de isqueiro em Shawna e depois colocou fogo nela.&nbsp;
Isso levou os dois jovens a serem colocados sob cuidados da assist&ecirc;ncia social e depois enviados para fam&iacute;lias diferentes. Desde ent&atilde;o, o menino passou a utilizar o sobrenome Ringwald. A &uacute;ltima vez que viu sua irm&atilde; foi em seu anivers&aacute;rio de 8 anos, logo ap&oacute;s ela sair do hospital.&nbsp;
Durante a d&eacute;cada de 1990, Rob despertou o interesse de reencontr&aacute;-la. Lembrava-se de Shawna muito bem, mas tamb&eacute;m tinha ouvido falar na exist&ecirc;ncia de outros meios-irm&atilde;os. Ent&atilde;o, decidiu entrar em contato com as autoridades locais para tentar descobrir mais informa&ccedil;&otilde;es sobre o caso.&nbsp;
<h2>Em busca por Shawna</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/22/the-pirate-bay-22110913139112.jpg" alt="(Fonte: Rob Ringwald/Arquivo Pessoal)" />(Fonte: Rob Ringwald/Arquivo Pessoal)
Ao falar com a pol&iacute;cia, Rob tomou conhecimento de Danielle Pixler, uma meia-irm&atilde; de 48 anos, que tamb&eacute;m morava no estado do Kansas e com quem formou uma amizade duradoura. Juntos, eles demonstraram forte interesse em descobrir mais informa&ccedil;&otilde;es sobre o passado de Shawna.&nbsp;
Danielle afirmou &agrave; imprensa que chegou a colocar folhetos espalhados pela cidade de Topeka na tentativa de encontrar a meia-irm&atilde; que nunca conheceu. Segundo Pixler, ela passou tantas horas buscando no Facebook pela garota <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/117192-misterio-em-portland-o-curioso-desaparecimento-dos-martin.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desaparecida</a> que algumas pessoas chegaram a achar que ela estava perseguindo-a.&nbsp;
Por&eacute;m, sem ter nenhum tipo de lembran&ccedil;a sobre qual seria o sobrenome de Shawna, os dois esbarraram em uma enorme dificuldade para encontrar mais informa&ccedil;&otilde;es. Mesmo com um arquivo pr&oacute;prio sobre o caso, o esfor&ccedil;o n&atilde;o estava dando resultados.
<h2>O Caso 'Grace Doe'</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/22/22110728093109.jpg" alt="(Fonte: Rob Ringwald/Arquivo Pessoal)" />(Fonte: Rob Ringwald/Arquivo Pessoal)
Em dezembro de 1990, as autoridades norte-americanas encontraram o corpo de uma mulher em uma fazenda abandonada no Missouri. De acordo com a aut&oacute;psia, ela havia sido assassinada e deixada no local por seis semanas. O cad&aacute;ver tinha sido amarrado com seis cordas e os restos mortais estavam t&atilde;o decompostos que era dif&iacute;cil encontrar algu&eacute;m capaz de reconhec&ecirc;-la.
A pol&iacute;cia chegou a apelid&aacute;-la de Grace (Gra&ccedil;a, em portugu&ecirc;s), visto que "somente pela gra&ccedil;a de Deus algu&eacute;m descobriria quem ela era". Durante 14 anos, o tenente Mike Hall, vice-xerife do condado de McDonald, n&atilde;o conseguiu coletar nada que mostrasse quem a pessoa era ou sequer o respons&aacute;vel pelo assassinato.
Com o passar do tempo, o caso foi ficando esquecido e entrou para lista de 250 mil assassinatos n&atilde;o resolvidos nos EUA.
<h2>Per&iacute;cia com DNA</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/22/22113823102128.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112548-duas-pessoas-podem-ter-o-mesmo-dna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">DNA</a> &eacute; usado pela pol&iacute;cia norte-americana desde 1980 para a resolu&ccedil;&atilde;o de crimes, mas as t&eacute;cnicas tradicionais dependem de um banco de dados e t&ecirc;m limita&ccedil;&otilde;es. Entretanto, em 2018 as autoridades decidiram usar uma t&eacute;cnica inovadora: o DNA coletado passaria a ser combinado com sites de ancestralidade usados para desenhar &aacute;rvores geneal&oacute;gicas.
Normalmente, esse &eacute; um recurso usado por fam&iacute;lias para encontrar entes separados h&aacute; muito tempo. Atrav&eacute;s desse m&eacute;todo, a pol&iacute;cia desejava encontrar algu&eacute;m que fosse pr&oacute;ximo do assassino &mdash; o que j&aacute; seria um grande salto na investiga&ccedil;&atilde;o. Em 2020, essa t&eacute;cnica seria respons&aacute;vel por solucionar o Caso Grace.
<h2>Ponto final</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/22/22114012272129.png" alt="(Fonte: Rob Ringwald/Arquivo Pessoal)" />(Fonte: Rob Ringwald/Arquivo Pessoal)
Ao analisar o DNA de Grace, as autoridades encontraram o contato de Danielle Pixler. Foi ent&atilde;o que ela recebeu uma liga&ccedil;&atilde;o sobre uma poss&iacute;vel irm&atilde; que havia sido assassinada e encontrada atrav&eacute;s de um teste. Ap&oacute;s ser convencida pelo Tenente Hall a realizar um exame de DNA, Danielle descobriu que Grace era, de fato, Shawna.
Ent&atilde;o, a fam&iacute;lia decidiu providenciar um funeral. O enterro foi uma mistura de sentimentos para Rob e Danielle, que agora sabiam quem era a irm&atilde; e onde vivia, mas que infelizmente teve um desfecho triste. De alguma forma, eles deram um final para a hist&oacute;ria dela.
A identifica&ccedil;&atilde;o de Shawna &eacute; um grande passo para a reabertura do caso. Ap&oacute;s as novas informa&ccedil;&otilde;es, a pol&iacute;cia pretende descobrir quais eram os movimentos da mulher antes de morrer ou encontrar outras pessoas que a conheceram quando adulta. Depois, &eacute; poss&iacute;vel que isso os leve at&eacute; o criminoso respons&aacute;vel pelo assassinato.&nbsp;

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Técnica revolucionária resolve desaparecimento de 30 anos nos EUA

Imagem de Pablo Escobar: 9 fatos insanos sobre a vida do traficante no megacurioso

Um dos criminosos mais temidos do mundo era também conhecido como Robin Hood

<head></head><body>Nascido na <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/105311-por-que-este-rio-na-colombia-esta-sendo-considerado-o-mais-belo-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Colômbia</a>, Pablo Escobar ficou conhecido como um dos maiores traficantes do mundo. Chefe do Cartel de Medellín, Escobar adotava a política “plata o plomo” (em tradução livre, prata ou chumbo).Temido pelos seus inimigos, o criminoso costumava ajudar a população carente de seu país, ganhando o apelido de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/108958-o-heroi-de-muitas-geracoes-conheca-5-curiosidades-sobre-robin-hood.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Robin Hood</a> e o apoio de boa parte dos colombianos.Confira agora 9 fatos insanos sobre a vida de <a href="https://www.megacurioso.com.br/mega-no-youtube/56645-conheca-a-vida-e-obra-de-pablo-escobar-em-nova-animacao-do-mega-curioso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pablo Escobar</a>.<h2 style="text-align: justify;">1. Zoológico particular</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Art Films/Reprodução&nbsp;" data-fonte-url="https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/almanaque/paranoia-fuga-implacavel-e-misterio-os-momentos-finais-de-pablo-escobar.phtml"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/06/21/21150430231240.jpeg" alt="Fonte: Art Films/Reprodução">Fonte: Art Films/ReproduçãoEm sua extravagante casa na cidade de Puerto Triunfo, Escobar construiu um zoológico particular. Entre os animais havia <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/108435-hipopotamo-pablo-escobar-tornaram-grande-problema-colombia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hipopótamos</a>, girafas, elefantes e mais.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">2. Responsável por milhares de mortes</h2>O criminoso é tido como o responsável pela morte de cerca de 4 mil pessoas, incluindo uma média de 200 juízes e 1 mil policiais, jornalistas e funcionários do governo.<h2 style="text-align: justify;">3. Rei da cocaína nos EUA</h2>&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/06/21/21150728479241.jpg" alt="Fonte: Eric Vandeville/Gamma-Rapho">Fonte: Eric Vandeville/Gamma-RaphoNos anos 1980, o Cartel de Medellín dominava o mercado de cocaína nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/44802-proxima-parada-estados-unidos-vamos-viajar-pelas-terras-do-tio-sam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Estados Unidos</a>, sendo responsável por 80% da droga traficada no país.<h2 style="text-align: justify;">4. Queimou dinheiro para proteger a filha</h2>Enquanto sua família estava escondida, a filha de Pablo, Manuela, ficou doente. Para mantê-la aquecida, o traficante queimou cerca de 2 milhões de dólares.<h2 style="text-align: justify;">5. Pagamento pela dívida da Colômbia</h2>Para tentar mudar as leis de extradição, Escobar ofereceu pagar a dívida da <a href="https://www.megacurioso.com.br/bizarro/42598-cao-e-flagrado-dirigindo-moto-na-colombia-video-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Colômbia</a>, estimada em 10 bilhões de dólares. Apesar do valor exorbitante, o dinheiro não devia fazer tanta falta para ele, que tinha um lucro de 30 bilhões de dólares.<h2 style="text-align: justify;">6. Dono de submarinos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/06/21/21151050179243.jpg" alt="Fonte: AP/Reprodução">Fonte: AP/ReproduçãoO negócio do criminoso era tão grande que para manter o mercado funcionando ele era dono de aviões, helicópteros, carros, caminhões, barcos e até mesmo dois <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/105595-cia-encontra-submarino-de-pablo-escobar-que-pode-esconder-r-222-bilhoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">submarinos</a>.&nbsp;Para se ter uma ideia do tamanho da frota de Escobar, no fim dos anos 1980 o governo colombiano apreendeu parte de suas posses, incluindo 142 aviões, 20 helicópteros, 32 iates e 141 residências e escritórios.<h2 style="text-align: justify;">7. Robin Hood</h2>O traficante era conhecido por ajudar os pobres, o que garantiu-lhe o apelido de <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/37590-10-personagens-influentes-que-nunca-existiram-de-verdade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Robin Hood</a>. Escobar financiou uma série de programas para ajudar os colombianos, doou dinheiro para igrejas e hospitais, construiu parques e estádios de futebol e estabeleceu programas de alimentação.<h2 style="text-align: justify;">8. La Catedral</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/06/21/21150928008242.jpg" alt="Fonte: Netflix/Reprodução">Fonte: Netflix/ReproduçãoA prisão luxuosa de Pablo Escobar era conhecida como “La Catedral” (em tradução livre, A Catedral) e contava com cassino, boate e até mesmo um spa.<h2 style="text-align: justify;">9. Funeral lotado</h2>Escobar foi morto a tiros aos 44 anos de idade e o seu <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/106228-8-historias-de-funerais-que-vao-te-emocionar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">funeral</a> contou com cerca de 25 mil pessoas.</body>

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