Imagem de Para que servem os balões de alta altitude? no megacurioso

Quais são as principais utilidades dos balões que ganharam a atenção da mídia após episódio de espionagem envolvendo China e Estados Unidos

<head></head><body>As últimas semanas têm sido bastante agitadas, com os Estados Unidos anunciando diversos&nbsp;avistamentos de objetos voadores não identificados — os famosos OVNIs — chegando até mesmo a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124382-por-que-os-eua-estao-subitamente-abatendo-tantos-ovnis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">derrubar alguns deles</a>.Mas todo esse rebuliço começou com algo muito mais simples: um balão chinês de alta atitude. Teriam os EUA agido precipitadamente? E para que servia o tal balão da China?<h2>O infame balão chinês</h2>Enquanto os Estados Unidos explodiram o imenso dispositivo sob a justificativa de se tratar de um balão espião, que estaria coletando informações sigilosas e enviando para o país rival, os chineses por outro lado afirmavam se tratar apenas de um aparelho de pesquisa&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/meteorologia/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">meteorológica</a>.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27150434326308.jpg" alt="Balão chinês sobrevoou os céus dos Estados Unidos por dias até ser finalmente derrubado">Balão chinês sobrevoou os céus dos Estados Unidos por dias até ser finalmente derrubadoIndependente de quem esteja certo ou errado nesta história, a situação abriu espaço para uma discussão diferente: para que realmente servem estes balões de alta altitude?<h3>Monitorando o clima</h3>De acordo com o National Weather Service, o serviço nacional de monitoramento do clima dos Estados Unidos, cerca de 100 balões similares são lançados duas vezes ao dia de seus diversos escritórios localizados em todo o país norte-americano. Estes dispositivos são usados para coletar dados que são encaminhados a meteorologistas, que os utilizam para gerar simulações de clima baseadas nas informações coletadas pelos balões.Estes aparelhos podem subir a alturas de até 30,4 mil quilômetros e chegam a ficar até duas horas flutuando no ar. Por muitos anos, estes balões sobrevoam os céus de diversas nações sem fazer alarde mas, desde o incidente com o suposto dispositivo espião chinês, o governo dos EUA vem tomando medidas drásticas contra seus próprios balões meteorológicos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27151209394311.jpg" alt="Nem mesmo os balões da NASA estão a salvo da nova onda de ataques contra OVNIs nos EUA">Nem mesmo os balões da NASA estão a salvo da nova onda de ataques contra OVNIs nos EUAFalando ao jornal The New York Times, o cientista Terry Deshler da Universidade do Wyoming se disse chocado com a atuação das forças armadas norte-americanas. "Por muitos anos não ouvíamos nada sobre balões... Agora, estamos caçando qualquer tipo de objeto voador," afirmou.Quem também costuma lançar balões imensos em direção aos céus é a própria <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115390-nasa-usara-balao-gigantesco-para-levar-telescopio-a-estratosfera.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">NASA</a>, que utiliza alguns muito maiores e mais duradouros do que os comumente usados por meteorologistas. Segundo o Smithsonian Magazine, todos os anos a NASA lança entre 10 e 15 balões do tamanho de estádios de futebol capazes de carregar pesos de mais de 3,6 mil quilos e voam a cerca de 23 quilômetros de altura.<h3>Outras fontes</h3>Além de cientistas e agências governamentais, existem ainda outras fontes lançando balões quase que diariamente nos céus dos Estados Unidos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27150906318310.jpg" alt="Centenas de balões de pesquisa são lançados diariamente nos céus dos EUA">Centenas de balões de pesquisa são lançados diariamente nos céus dos EUAEmpresas privadas muitas vezes lançam seus próprios aparelhos para monitorar os céus e coletar dados para seus produtos, por exemplo. Por fim, até mesmo pessoas normais como você e eu muitas vezes acabam soltando balões por puro hobby.Independentemente do dono, parece que&nbsp;balões agora estão definitivamente na mira dos EUA.</body>

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Para que servem os balões de alta altitude?

Imagem de Lei garante a mulheres vítimas de violência prioridade em vagas de cursos no megacurioso

Medida prevê que mulheres tenham prioridade em vagas de cursos profissionalizantes em São Paulo

<head></head><body>No último dia 20, foi sancionada uma nova lei que busca auxiliar mulheres que foram vítimas de violência doméstica e estejam com algum tipo de medida protetiva, garantindo que tenham preferência nas vagas de cursos profissionalizantes oferecidos pelo governo de São Paulo.A medida, materializada pela Lei 17.637/23, aponta na direção de oferecer meios para as mulheres terem apoio, autonomia e acesso a mais oportunidades de crescimento no mercado de trabalho, considerando todo o dano psicológico, físico e financeiro a que foram expostas.Ampliar a rede de proteção ao público feminino e também aos seus filhos e dependentes, que são comumente afetados pelo ambiente hostil, tem sido o objetivo de algumas outras propostas, como a prevista na Lei 13.882/19, que assegura aos filhos de mulheres violentadas a prioridade nas vagas de escolas de educação básica que estejam mais próximas.Nesse sentido, inclusive, também há o Projeto de Lei 1705/21 que visa assegurar esse mesmo direito em escolas particulares, no caso de falta de vagas em escolas da rede pública de ensino.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27104510140189.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Por dentro da Lei estadual 17.637/23</h2>Essa proposta havia sido aprovada em dezembro de 2022 pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), sendo de autoria conjunta dos deputados Marcio Nakashima (PDT) e Professor Kenny (PP).A medida cria também a Política Estadual de Qualificação Técnica e Profissional, sendo voltada para vítimas de violência familiar, e que visa promover a capacitação técnica das mulheres com a oferta de cursos desenvolvidos exclusivamente para elas.Além disso, 10% das vagas dos cursos já existentes poderão ser reservadas às mulheres vítimas de violência, sendo medidas já previstas na Lei Maria da Penha (Lei Federal n.º 11.340 de 2006).<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27103940155180.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Importante destacar também que a norma prevê que será dever do Executivo a promoção de campanhas de divulgação dos cursos oferecidos às vítimas de violência, além de reforçar continuamente a importância da denunciar tais atos violentos.Conforme divulgado pela Alesp, para os autores da proposta, a medida é necessária para promover a independência das vítimas da violência familiar. "Muitas dessas mulheres suportam porque não têm condições de se manterem financeiramente. O projeto traz perspectiva para que projetos sociais elaborarem práticas de enfrentamento e ajuda para mulheres em situação de vulnerabilidade".</body>

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Lei garante a mulheres vítimas de violência prioridade em vagas de cursos

Imagem de Romana Didulo: a 'rainha' do Canadá que manda matar migrantes no megacurioso

Com mais de 60 mil seguidores, a mulher vive de teorias da conspiração, propaga mentiras e se autodenomina rainha do país

<head></head><body>Ela é chamada de “rainha do Canadá”, não porque evoca algum tipo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124403-cartas-encriptadas-da-rainha-maria-da-escocia-foram-decodificadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">majestade</a>, mas porque seus seguidores e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122661-5-teorias-da-conspiracao-esdruxulas-com-base-cientifica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">teóricos da conspiração</a> realmente acreditam que ela seja. Ainda assim, Romana Didulo não possui nenhum título acompanhando seu nome, apenas o legado torpe da realeza de querer a destruição do que considera minoria e escória.Em um trailer coberto por uma bandeira canadense, a mulher viaja pelo país em uma comitiva, cumprimentando apoiadores em cidades pequenas por onde passa, enquanto os convoca para executar profissionais de saúde e políticos que apoiam, por exemplo, as campanhas de vacinação em massa, como aconteceu no apogeu da pandemia da COVID-19.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/23/23133547967004.jpg" alt="Romana Didulo. (Fonte: The Official Kingdom of Canada Channel/Youtube/Reprodução)">Romana Didulo. (Fonte: The Official Kingdom of Canada Channel/Youtube/Reprodução)Didulo possui mais de 60 mil seguidores em suas redes sociais, em que se autodenomina "Rainha do Canadá". Ela é considerada um ícone, líder de um movimento marginal associado ao Q-Anon, uma teoria da conspiração criada pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123284-ecofascismo-a-falsa-luta-pelo-meio-ambiente-da-extrema-direita.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extrema-direita</a> norte-americana que alega a existência de uma cabala secreta formada por adoradores de Satanás, pedófilos e até canibais.Didulo reivindicou a soberania sobre o Canadá, ganhando popularidade em meio à erosão da confiança nas instituições democráticas e civis do país. Para as autoridades policiais e de segurança nacional, Romana Didulo representa a ameaça de que teóricos da conspiração conseguem infligir muitos danos no mundo real.<h2>Um problema crescente</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/23/23141431324020.jpg" alt="(Fonte: Patrick Doyle/Reuters/Reprodução)">(Fonte: Patrick Doyle/Reuters/Reprodução)Em agosto de 2022, Didulo ganhou as manchetes nacionais depois que seus seguidores tentaram prender um departamento inteiro de policiais em Peterborough, uma cidade de Ontário a quase 300 km a sudoeste de Ottawa, despertando um alerta máximo nas autoridades sobre o poder e influência desses grupos ideológicos online que crescem a cada dia.Sob influência dela, como se fosse sob o mesmo efeito que Wiliam Miller causou em 1844, as pessoas pararam de pagar suas contas e hipotecas, acabando despejadas e desempregadas. E como se essa arquitetação não fosse o suficiente, Didulo foi mais longe, encorajando-as a atirar em migrantes.A líder alegou que enfrenta uma guerra contra o Estado paralelo, emitindo um aviso a seus seguidores, em 6 de fevereiro de 2022, sobre caravanas de migrantes da América do Sul atravessando as fronteiras do Canadá. Didulo implorou aos seus seguidores para "agirem por conta própria" se encontrassem algumas dessas pessoas insistindo em cruzar a fronteira para o "Reino do Canadá".<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/23/23141538890022.jpg" alt="(Fonte: @eatsfood2/Twitter/Reprodução)">(Fonte: @eatsfood2/Twitter/Reprodução)Por meio de mensagens em grupos do Telegram, Didulo observou que os migrantes são pagos pelos Cabals do Estado paralelo para criarem o caos e desestabilizar o reino, como aconteceu com a União Europeia. Apesar de alguns poucos terem se inclinado para a violência proposta, ficaram satisfeitos com o aval para tal e por Didulo proteger o país deles.“Fico feliz em aceitar um emprego na fronteira, atirando em ilegais”, escreveu um de seus seguidores em resposta. “Homens, mulheres ou crianças, eu atiraria em todos”, observou.<h2>O rosto por trás da loucura</h2><span class="img-fc" data-fonte="Patrick Doyle/Reuters/Reprodução" data-fonte-url="https://www.alamy.com/romana-didulo-the-self-declared-queen-of-canada-and-a-leading-canadian-qanon-figure-speaks-on-parliament-hill-as-truckers-and-supporters-continue-to-protest-coronavirus-disease-covid-19-vaccine-mandates-in-ottawa-ontario-canada-february-3-2022-reuterspatrick-doyle-image459444277.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/23/23142349486029.jfif" alt="(Fonte: Patrick Doyle/Reuters/Reprodução)">(Fonte: Patrick Doyle/Reuters/Reprodução)É, no mínimo, irônico o ódio de Didulo por migrantes, visto que ela imigrou das Filipinas para o Canadá quando tinha apenas 15 anos, após se tornar órfã. Em meados de 2007, ela montou uma empresa de recrutamento e consultoria de engenharia e uma consultoria de saúde – ambas com sucesso limitado.Demorou até 2021 para que Didulo fundasse seu próprio partido político nacionalista, o Canada1st, com a promessa de acabar com a "escravização" dos canadenses e retirar o país das alianças internacionais.Engana-se quem imagina que Didulo não fatura nada com sua ideologia. Há mais de um ano em turnê por pequenas cidades do Canadá em um comboio de trailers, flanqueada por seus assessores pessoais, a mulher extraiu milhares de dólares de seus discípulos.Nem mesmo aqueles que trabalham com ela escaparam de suas falcatruas. Seguidores antigos alegaram abusos nas mãos de sua líder, como o uso de suas contas bancárias, ameaças de morte, privação do sono e alimentação precária.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/24/24154739226594.jpg" alt="(Fonte: Doug McLean/Shutterstock)">(Fonte: Doug McLean/Shutterstock)Essa conduta violenta é o cerne do verdadeiro culto que Didulo criou. Diariamente, seus seguidores pedem execuções de figuras políticas, jornalistas ou outros inimigos, comemorando aqueles que Didulo os convenceu de que ela executou, como o presidente Joe Biden.Essa alucinação é a mesma que sustenta a ideia de que a Rainha Elizabeth II foi executada por crimes contra a humanidade em 2022, e de que tropas aliadas globais e seus governos ajudaram a instalar Didulo como soberana do "Grande Branco Norte", outra maneira para se referirem ao Canadá.Além disso, ela concorda com teorias da conspiração como o movimento dos cidadãos soberanos, uma crença infundada de que políticos norte-americanos fazem parte de uma cabala de tráfico de crianças, e a alegação de que alienígenas visitaram o planeta há 300 mil anos.O que mais assusta em meio a tudo isso, porém, é o mínimo crédito que as autoridades dão à capacidade desse tipo de grupo sob a desculpa de que dar atenção seria o mesmo que estender uma lona sobre um circo.</body>

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Romana Didulo: a 'rainha' do Canadá que manda matar migrantes

Imagem de Como o presidente Kennedy se preparou para o fim do mundo? no megacurioso

Governo dos EUA construiu abrigos radioativos e incentivou que cidadãos fizessem o mesmo em suas casas

<head></head><body>Hoje, quem estuda a Guerra Fria pode não ter dimensão da sua importância e dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124194-6-vezes-em-que-o-relogio-do-juizo-final-foi-alterado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">riscos que as trocas de ameaças</a> entre EUA e URSS trouxeram ao mundo. As duas potências protagonizaram uma corrida no desenvolvimento de armas nucleares que apavorou as pessoas — e a prova disso foi o incentivo para a construção de um cômodo específico nas casas estadunidenses: os bunkers.A partir da metade da década de 1950, o risco iminente de uma guerra nuclear motivou a elite americana, o governo e a classe média a se planejarem para os dias que sucederiam esse desastre.O governo do presidente Kennedy distribuiu projetos para a construção de abrigos. Dessa forma, qualquer cidadão dos EUA poderia construir seu próprio bunker, no subsolo de sua casa.Apesar dessa construção ser inútil protegendo as pessoas de uma explosão, ela poderia ajudar os sobreviventes a lidarem com a radiação que estaria no ambiente após o impacto.<h2>Rockefeller exigiu medidas de Kennedy</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reprodução: kit nobre&nbsp;" data-fonte-url="https://th-thumbnailer.cdn-si-edu.com/0xlDZWyJnYEEI-QxYZo9ne0VfA4=/fit-in/1072x0/filters:focal(1992x1328:1993x1329)/https://tf-cmsv2-smithsonianmag-media.s3.amazonaws.com/filer_public/e7/f3/e7f3ecca-7bcf-49d1-a34d-964bfaf4556b/dsc08861.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/24/24153336419588.jpg" alt="Vista interna de um abrigo radioativo. (Reprodução: kit nobre)">Vista interna de um abrigo radioativo. (Reprodução: kit nobre)Nelson Rockefeller vinha de uma das famílias mais ricas do mundo e sonhava em ser nomeado candidato à presidência pelo Partido Republicano. Portanto, o presidente democrata Kennedy o via com desconfiança.Em 1961, Nelson Rockefeller conversou com o presidente Kennedy sobre o risco de uma guerra nuclear com os soviéticos, sugerindo um programa nacional para a construção de abrigos. Os Rockefeller garantiriam US$ 207 milhões em financiamento para que o programa saísse do papel.Kennedy temia que ao ignorar o pedido de Rockefeller estaria fortalecendo um adversário político que poderia usar o tema como principal assunto da campanha. Logo, ele iniciou o programa nacional de abrigos radioativos.Escolas e outros prédios públicos foram reformados para se tornarem abrigos. As crianças também passaram por treinamentos para que soubessem o que fazer em caso de bombardeio nuclear. Como não havia muito o que ser feito, as recomendações sugeriam que os pequenos se abaixassem e se cobrissem com algo para se proteger.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Digital Public Library of America&nbsp;" data-fonte-url="https://th-thumbnailer.cdn-si-edu.com/seJFPBCFe9OvWL2Y2TB0iLzM9pE=/fit-in/1072x0/filters:focal(2432x1969:2433x1970)/https://tf-cmsv2-smithsonianmag-media.s3.amazonaws.com/filer_public/24/60/2460b558-79ae-4426-a721-60b0ef3cc1f2/commonwealth_h128rv80s_access_full.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/24/24152947473578.jpg" alt="(Fonte: Biblioteca Nacional dos EUA/Domínio Público)">(Fonte: Biblioteca Nacional dos EUA/Domínio Público)Os manuais do governo ainda listavam itens que não podiam faltar nos abrigos, como comida enlatada, carne seca, baralho, livros, água sanitária e a companhia de um bichinho de estimação.O governo liberou linhas de financiamento para que as pessoas construíssem seus abrigos. Embora só uma parcela da população tenha tido acesso ao crédito.Pesquisas da época afirmaram que 93% dos americanos não tinham a intenção de construir os abrigos. Muitos afirmavam que não valia a pena sobreviver em um mundo devastado pela guerra nuclear.<h2>Kennedy tinha o seu próprio mega abrigo nuclear</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reprodução: Willy Volk via Flickr under CC BY-NC-SA 2.0&nbsp;" data-fonte-url="https://th-thumbnailer.cdn-si-edu.com/Nn7XiJV8lXMUM0m8Cc7DmwukfQI=/fit-in/1072x0/filters:focal(1023x682:1024x683)/https://tf-cmsv2-smithsonianmag-media.s3.amazonaws.com/filer_public/a0/82/a0823594-209d-405b-881a-7be8e8959034/3881006187_243d7016d5_k.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/24/24153219114587.jpg" alt="Entrada do abrigo de Kennedy. (Reprodução: Willy Volk via Flickr under CC BY-NC-SA 2.0)">Entrada do abrigo de Kennedy. (Reprodução: Willy Volk via Flickr under CC BY-NC-SA 2.0)Considerando que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/115031-a-familia-kennedy-e-sua-maldicao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">família Kennedy</a> precisava ser protegida em caso de ataques nucleares, o governo construiu bunkers nas casas de veraneio em que se hospedavam os filhos e a esposa do então presidente estadunidense.O plano era levar o presidente, sua família e 20 pessoas do gabinete aos bunkers. Para a viagem, seriam usados submarinos ou aeronaves. Lá, os sobreviventes ficariam por 30 dias, até que a precipitação nuclear diminuísse.Kennedy nunca visitou os abrigos. O presidente dos EUA foi assassinado em 22 de novembro de 1963. A tensão com a URSS foi amenizada após a crise dos mísseis em Cuba, quando os soviéticos concordaram em retirar armas da ilha latina se os americanos tirassem seus mísseis da Turquia.</body>

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Como o presidente Kennedy se preparou para o fim do mundo?

Imagem de Guantánamo: 120 anos de domínio dos EUA na baía cubana no megacurioso

Saiba mais sobre a região dominada há mais de um século pelo país norte-americano, onde foi construída uma prisão cheia de histórias de maus-tratos e tortura

No come&ccedil;o dos anos 2000, o mundo ficou chocado quando terroristas atacaram os Estados Unidos, derrubando as <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119877-11-de-setembro-ataque-as-torres-gemeas-completa-20-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Torres G&ecirc;meas do World Trade Center</a> e at&eacute; mesmo tentando destruir o Pent&aacute;gono.
Em resposta a estes terr&iacute;veis crimes, o governo do pa&iacute;s norte-americano bolou uma estrat&eacute;gia tamb&eacute;m terr&iacute;vel: a constru&ccedil;&atilde;o do Campo de Deten&ccedil;&atilde;o da Ba&iacute;a de Guant&aacute;namo, uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/policia/40041-conheca-5-dos-piores-presidios-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pris&atilde;o</a> onde as leis dos EUA n&atilde;o t&ecirc;m nenhuma validade.
<h2>O inferno de Guant&aacute;namo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/23/a-23153842017077.jpg" alt="a" />O campo de Sandoval, em Guant&aacute;namo, na &eacute;poca da Guerra Hispano-Americana. (Fonte: Getty Images)
A hist&oacute;ria da pris&atilde;o, tamb&eacute;m conhecida simplesmente como Guant&aacute;namo, GTMO ou Gitmo, est&aacute; baseada em um dom&iacute;nio de 120 anos dos Estados Unidos sobre uma ba&iacute;a na ponta sudeste da ilha cubana.
Exatamente em 23 de fevereiro de 1903, com o fim da guerra entre os EUA e a Espanha, os norte-americanos libertaram Cuba do controle espanhol exigindo para si o acesso &agrave; &aacute;rea da Ba&iacute;a de Guant&aacute;namo. Assim, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119173-5-fatos-sobre-cuba-entenda-como-funciona-a-ilha-socialista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cuba</a> permanecia sendo um pa&iacute;s soberano, mas devia ceder aos EUA aquele pequeno territ&oacute;rio.
Tudo foi acertado em um contrato, o Acordo de Arrendamento de 1903, sem data de validade, assinado nesse fevereiro de 1903 com uma segunda parte sendo firmada cinco meses depois. Segundo ele, a rec&eacute;m-independente Rep&uacute;blica de Cuba cederia a ba&iacute;a de Guant&aacute;namo para a constru&ccedil;&atilde;o de esta&ccedil;&otilde;es navais dos EUA e definiria as fronteiras e outros usos do territ&oacute;rio, al&eacute;m de um valor de "aluguel" pela ocupa&ccedil;&atilde;o: 2 mil d&oacute;lares em moedas de ouro anualmente.
Um novo tratado, esse de 1934, refor&ccedil;ou o arrendamento de Guant&aacute;namo e atualizou o valor anual pago pela ocupa&ccedil;&atilde;o para US$ 4.083, o que nunca mais foi corrigido. Ap&oacute;s a Revolu&ccedil;&atilde;o Cubana de 1959, o governo de Fidel Castro passou a pedir a devolu&ccedil;&atilde;o do territ&oacute;rio, o que nunca aconteceu. Cuba nunca mais aceitou receber o valor &mdash; simb&oacute;lico, nessa altura &mdash; pago pelos EUA.
<h2>120 anos de opress&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/23/a-23153924690079.jpg" alt="a" />Mapa de Cuba com a ba&iacute;a de Guant&aacute;namo. (Fonte: Getty Images)
Como apontou o historiador Jos&eacute; S&aacute;nchez Guerra durante o Encontro Te&oacute;rico: 120 Anos da Presen&ccedil;a Militar Ianque em Guant&aacute;namo, residentes da regi&atilde;o ainda hoje demonstram resist&ecirc;ncia aos 120 anos de ocupa&ccedil;&atilde;o estadunidense e t&ecirc;m tal comportamento como parte de sua pr&oacute;pria identidade.
Segundo o Granma &mdash; o jornal oficial do Comit&ecirc; Central do Partido Comunista Cubano &mdash;, o encontro, que aconteceu na Universidade de Ci&ecirc;ncias M&eacute;dicas de Guant&aacute;namo, reuniu professores, pesquisadores de ci&ecirc;ncias sociais e estudantes para discutir os danos causados pelo dom&iacute;nio dos EUA sobre aquela regi&atilde;o.
Dentre algumas observa&ccedil;&otilde;es, os participantes apontaram que os Estados Unidos n&atilde;o constru&iacute;ram na ba&iacute;a de Guant&aacute;namo apenas uma base naval, mas, tamb&eacute;m, uma pris&atilde;o ilegal. Al&eacute;m disso, tamb&eacute;m foram ressaltados os impactos que a atua&ccedil;&atilde;o norte-americana no local vem causando problemas &agrave; fauna e &agrave; flora da regi&atilde;o.

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Guantánamo: 120 anos de domínio dos EUA na baía cubana

Imagem de Cartas encriptadas da rainha Maria da Escócia foram decodificadas no megacurioso

Escritas enquanto a rainha estava presa, as cartas contam um pouco mais sobre a conturbada história britânica.

<head></head><body>Uma equipe de pesquisadores internacionais decodificou uma coleção de cartas enigmáticas que pertenciam a Maria da Escócia. Escritas entre 1578 e 1584, as cartas eram parte de um sofisticado sistema de cifras que combinava letras e símbolos, e foram trocadas entre <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122959-4-casamentos-chocantes-que-entraram-para-a-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Maria, rainha da Escócia</a>, e Michel de Castelnau Mauvissière, o embaixador francês na Inglaterra.&nbsp;As cartas foram encontradas pelos pesquisadores nos arquivos da Bibliothèque Nationale de France, em Paris. A decodificação das 57 cartas revelou informações inéditas sobre a vida e o cativeiro da rainha, incluindo detalhes sobre suas condições de saúde e sua luta para ser liberta.<h2>Quem foi Maria da Escócia?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/16/16103753221087.jpg" alt="Maria da Escócia foi uma figura controversa da história britânica. (Fonte: Wikipédia)">Maria da Escócia foi uma figura controversa da história britânica. (Fonte: Wikipédia)Maria Stuart, ou Maria I, foi uma importante figura histórica do século XVI na Europa, sendo rainha da Escócia de 1542 a 1567. Ela herdou o trono com apenas seis dias de vida após a morte de seu pai, o rei James V, e enfrentou uma série de desafios políticos e religiosos ao longo de seu reinado, incluindo a pressão para se casar e produzir um herdeiro. Ela foi forçada a abdicar em favor de seu filho, James VI da Escócia, em 1567 e, posteriormente, foi presa por sua prima Elizabeth I da Inglaterra durante quase 20 anos.&nbsp;Maria acabou sendo executada por conspiração em 1587 e se tornou uma figura trágica e <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122915-por-que-a-monarquia-britanica-ainda-tem-tanto-poder.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">controversa da história britânica</a>. Sua vida continua a intrigar estudiosos e o público em geral até hoje. A decodificação das cartas que ela escreveu enquanto estava presa, adiciona mais um capítulo ao já complexo legado da rainha.<h2>A decodificação</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/16/16104215006089.jpg" alt="Exemplo de uma das cartas criptografadas escritas por Maria Stuart. (Fonte: Bibliothèque Nationale de France)">Exemplo de uma das cartas criptografadas escritas por Maria Stuart. (Fonte: Bibliothèque Nationale de France)O trabalho de decodificação das cartas envolveu uma equipe de pesquisadores internacionais liderada pelo cientista da computação e criptógrafo George Lasry, membro do DECRYPT Project, uma organização que se dedica à decodificação de manuscritos históricos. O projeto envolveu o uso de técnicas de computação e a comparação manual do texto com outros manuscritos históricos para decifrar o sistema de cifras.As cartas decifradas revelaram detalhes sobre a saúde da rainha e as péssimas condições em que ela estava presa. Além disso, elas também revelaram as <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122912-4-grandes-escandalos-da-familia-real-britanica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">negociações entre Maria e Elizabeth I</a> para garantir sua libertação.Os escritos agora decodificados fornecem um vislumbre do que a rainha estava pensando e sentindo durante seu cativeiro e oferecem uma oportunidade única para entender melhor a história e o papel de Maria Stuart no contexto da Europa do século XVI.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:42.228Z

Cartas encriptadas da rainha Maria da Escócia foram decodificadas

Imagem de Pablo Neruda morreu envenenado, sugere análise forense no megacurioso

Especialistas internacionais chegaram à conclusão após analisar os restos mortais do poeta chileno

<head></head><body>A misteriosa morte do poeta Pablo Neruda, em 1973, teria sido causada por <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123244-3-teorias-sobre-as-misteriosas-mortes-de-empresarios-russos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">envenenamento</a> e não pelas complicações relacionadas ao câncer de próstata, como informado oficialmente no atestado de óbito dele. É o que sugere um novo relatório forense, cujos resultados foram revelados na última quarta-feira (15).Conduzida por especialistas do Canadá, Dinamarca e Chile, a investigação toxicológica compreendeu a análise dos restos mortais de Neruda e concluiu que o ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 1971 foi envenenado. A informação foi divulgada pelo sobrinho do escritor, Rodolfo Reyes, que teve acesso ao documento.Os investigadores forenses analisaram ossos e dentes em busca de quaisquer assinaturas químicas de venenos, toxinas ou outros tipos de sinais. Durante os testes, eles encontraram altos níveis de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/39488-cientistas-encontram-a-substancia-mais-mortal-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Clostridium botulinum</a> na região da boca do famoso opositor da ditadura chilena.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/18/18174507299029.jpg" alt="Pablo Neruda. (Fonte: Wikimedia Commons)">Pablo Neruda. (Fonte: Wikimedia Commons)Esta neurotoxina, associada ao botulismo, é conhecida por causar a paralisia dos músculos e do sistema nervoso, podendo eventualmente levar à morte. O corpo de Neruda foi exumado há 10 anos, por ordem judicial, após uma denúncia de que o poeta havia sido assassinado.<h2>Infecção intencional ou acidental?</h2>Com a divulgação do relatório, foi levantada a hipótese de que a bactéria causadora do botulismo teria ido parar no corpo do poeta chileno após a sua morte. No entanto, especialistas britânicos e dinamarqueses, que não participaram da análise, descartaram a possibilidade de contato acidental dos restos mortais com a toxina.Os participantes do estudo mais recente também afirmaram que o envenenamento foi intencional, ou seja, a bactéria foi injetada no corpo de Neruda. A possibilidade de infecção bacteriana já havia sido mencionada em uma investigação divulgada em 2017, que no entanto não soube determinar se a fonte era endógena ou exógena.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/18/18175254764033.jpg" alt="Restos mortais de Neruda em Isla Negra, no Chile. (Fonte: Wikimedia Commons)">Restos mortais de Neruda em Isla Negra, no Chile. (Fonte: Wikimedia Commons)Suspeitas sobre a possibilidade de envenenamento de Pablo Neruda existem há décadas, apesar de provas forenses nunca terem sido encontradas, pelo menos até então. A família do escritor acredita que ele tenha sido infectado em uma ação de militares chilenos ligados ao general <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119666-como-o-governo-militar-brasileiro-apoiou-o-golpe-de-pinochet-no-chile.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Augusto Pinochet</a>.Pinochet comandou o golpe militar que depôs o presidente do Chile, Salvador Allende, de quem o poeta e diplomata era amigo. A morte de Neruda ocorreu 12 dias após a instauração da ditadura no país, em setembro de 1973, período em que já estava gravemente doente.<h2>Investigação criminal</h2>Com a divulgação do relatório que detalha o envenenamento de Pablo Neruda, familiares querem a abertura de investigação criminal sobre a morte do poeta, pedido também feito pelo Partido Comunista do Chile. Os resultados da análise forense já chegaram à justiça local.Segundo a juíza Paola Plaza, os documentos serão analisados pelo tribunal antes que seja dada qualquer resposta a respeito da possibilidade de abertura da investigação criminal. A magistrada não disse quando divulgará as próximas atualizações do caso.</body>

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Pablo Neruda morreu envenenado, sugere análise forense

Imagem de A tribo que doou 14 vacas para os EUA após o 11 de setembro no megacurioso

Um membro do povo Maasai, do Quênia, estudou nos Estados Unidos e contou sobre a tragédia para seus compatriotas, que resolveram ajudar

<head></head><body>O que vacas podem ter a ver com o 11 de setembro? Como um povo nativo do Quênia ficou sabendo da tragédia a ponto de resolver ajudar? E em que eles achavam que suas 14 vacas poderiam colaborar?&nbsp;Esse título sobre doação de vacas <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121350-3-situacoes-problematicas-criadas-apos-o-11-de-setembro-nos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">após o 11 de setembro</a> traz muitas perguntas, né? Mas tudo faz bastante sentido, depois que você conhece a história.<h2>De volta para minha terra</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/04/04001234483025.jpg" alt="(Fonte: Josh Haner/9/11 Memorial &amp; Museum)">(Fonte: Josh Haner/9/11 Memorial &amp; Museum)O povo Maasai vive entre o interior do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108759-monumento-de-5-mil-anos-no-quenia-ocultava-quase-600-corpos-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quênia</a> e da Tanzânia, relativamente separados do resto da sociedade desses países. Mas um membro de uma das tribos desse povo, Kimeli Naiyomah, saiu do país para estudar medicina nos Estados Unidos.Quando voltou, Kimeli descobriu que sua tribo sabia pouco sobre esse desastre que chocou o mundo. Alguns tinham ouvido vagamente pelo rádio e poucos tinham visto algo pela TV — até porque muitas tribos do povo Maasai são nômades, sem residência fixa.&nbsp;Mas se tem algo em que eles acreditam, é na tradição oral. Então, Kimeli se sentou com sua tribo e contou os horrores que acompanhou naquela terra tão distante, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119442-excepcionalismo-americano-porque-os-eua-se-acham-o-centro-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Estados Unidos</a>. Os compatriotas do jovem queniano ficaram chocados, mas aliviados porque ele voltou bem.&nbsp;A partir disso, eles resolveram demonstrar seu apoio aos Estados Unidos da melhor maneira que sabem: doando vacas, o animal sagrado.<h2>Um presente sagrado</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/15/15083149656022.jpg" alt="(Fonte: Thomas Gonzalez/New York Times/Reprodução)">(Fonte: Thomas Gonzalez/New York Times/Reprodução)Em junho de 2002, a tribo de Kimeli organizou uma cerimônia em uma vila remota, perto da fronteira entre o Quênia e a Tanzânia. O embaixador dos Estados Unidos no país foi até essa aldeia para receber o presente: 14 das melhores vacas da tribo.Os anciões vestiam suas melhores vestes vermelhas e joias, além de carregar faixas com mensagens de apoio: "Ao povo da América, damos essas vacas para ajudar vocês".&nbsp;Kimeli explica que as vacas são o centro de tudo para os povos Maasai. "É sagrado. É mais que uma propriedade. Eu não sei se vocês tem uma comida sagrada na América, algo que traz um sentimento sobrenatural quando você come. Essa é a vaca para nós", explicou ele, na época.O embaixador, William Brencick, disse que o presente dos Maasai era "a mais alta expressão de consideração e empatia".&nbsp;<h2>O que fazer com as vacas?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/04/04001330215026.jpeg" alt="&quot;Ao povo da América, com compaixão dos Maasai.&quot; (Fonte: Matt Flynn/9/11 Memorial &amp; Museum)">"Ao povo da América, com compaixão dos Maasai." (Fonte: Matt Flynn/9/11 Memorial &amp; Museum)Por mais maravilhosa que a história pareça, havia um problema prático: o que a embaixada dos Estados Unidos no Quênia poderia fazer com os animais? Restrições logísticas e de saúde animal impediam o transporte das vacas para os Estados Unidos.Diversas hipóteses foram levantadas, como levar os animais para o zoológico do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118266-seneca-village-a-historia-oculta-da-construcao-do-central-park.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Central Park</a>. Outra pessoa sugeriu vender as vacas e usar o dinheiro para comprar joias Maasai de presente para os nova-iorquinos — mas isso pareceu meio insensível com o significado do presente.Três anos depois, as 14 vacas continuavam na tribo, estavam engordando e os Maasai estavam começando a sentir que seu presente tinha sido esnobado. Então, o novo embaixador sugeriu que as vacas continuassem na tribo, trazendo recursos para o povo, e os Estados Unidos iria agradecer o presente oferecendo bolsas de estudo para crianças Maasai. Um final feliz.A história rendeu uma pintura, feita por Kimeli e um amigo, que é exposta no Memorial do 11 de setembro, em Nova York. Também foi transformada em um livro infantil, usado para falar sobre a tragédia de uma forma sensível — focando na união de dois povos tão diferentes.&nbsp;</body>

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A tribo que doou 14 vacas para os EUA após o 11 de setembro

Imagem de Grito dos Excluídos: as manifestações dos marginalizados pela Independência no megacurioso

Fundada em 1995, mobilização popular leva pessoas às ruas para lutar por democracia, visibilidade e inclusão

<head></head><body>Nesta semana, a organização da Beija-Flor de Nilópoles, tradicional academia de samba do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124360-carnaval-inclusivo-capitais-garantem-a-folia-para-pessoas-com-deficiencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Carnaval</a> no Rio de Janeiro, confirmou que fará sua apresentação na edição 2023 sob o hino do Grito dos Excluídos. A canção, adaptada em 1995 como forma de manifestação da democracia, da visibilidade e da inclusão das minorias, surge para convocar o povo à sua liberdade e traz raízes profundas sobre conceitos que ganharam forças nos últimos anos.Tradicional mobilização brasileira, o Grito dos Excluídos é formalizado como maneira de protestar contra o 7 de setembro, data que se celebra o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122889-200-anos-da-independencia-do-brasil-toda-a-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Dia da Independência</a> — ou Dia da Pátria Nacional. Com o intuito de promover reflexões sobre o modelo de soberania implantado pelo sistema, e de gerar ações que envolvam o interesse comum em uma sociedade justa e inclusiva, milhares de pessoas vão anualmente às ruas para lutar por quem se encontra às margens.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/17/17003116927000.jpeg" alt="(Fonte: Grito dos Excluídos/Reprodução)">(Fonte: Grito dos Excluídos/Reprodução)Organizadores se reúnem na tentativa de denunciar as estruturas vigentes, que agem com ampla opressão diante de grupos desprestigiados. Assim, eles convocam participantes para ocupar espaços públicos e, democraticamente, levantar cartazes a favor dos direitos básicos. Todas essas ações estampam o lema “Por direitos e democracia, a luta é todo dia”, retratando as injustiças, os preconceitos, as agressões físicas e simbólicas, e a perpetuação de um passado que por séculos ofuscou os excluídos.“A cada 7 de setembro, o Grito dos Excluídos vem para lembrar que o Brasil ainda não garantiu os direitos de cidadania à maioria da nação. São pessoas que fazem parte da sociedade, mas não usufruem dos direitos básicos de cidadania”, diz a secretária de Mobilização e Relação com os Movimentos Sociais da CUT Nacional, Janeslei Albuquerque. "Os direitos nunca foram concessões das elites do país e sim fruto de muita luta da classe trabalhadora e dos povos excluídos."A cada edição, um novo tema é explorado para ser o foco central das manifestações. O primeiro, por exemplo, trouxe um cartaz de “A fraternidade e os excluídos”, enquanto a edição de 2022 espalhou as palavras "Independência para quem?", e ocorreu em 25 estados brasileiros. Segundo os idealizadores, o objetivo é refletir sobre questões atuais a cada ano, mas sempre tendo em mente a trajetória do povo brasileiro e o processo histórico e social que resultou nos níveis de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122277-espartilho-de-opressao-a-simbolo-de-empoderamento-feminino.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">opressão</a> e marginalização nos tempos presentes.<h2>Saiba mais sobre o Grito dos Excluídos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/17/17003158659002.jpeg" alt="(Fonte: Grito dos Excluídos/Reprodução)">(Fonte: Grito dos Excluídos/Reprodução)O Grito dos Excluídos se propõe a superar um patriotismo passivo tendo em vista a construção de uma sociedade justa, solidária, plural e fraterna. Com movimentos em todo o Brasil, visa-se tornar o Dia da Pátria não apenas uma celebração pelo processo histórico nacional, mas também em uma data de consciência política, onde cada um possa refletir sobre como é possível contribuir com a promoção de um mundo inclusivo.Durante os encontros, membros promovem espaços de diálogo e de trocas de experiências, onde histórias de lutas, mudanças e resistência popular são pautas essenciais. Além disso, conceitos como a privatização dos recursos naturais e as reformas que reduzem os direitos dos trabalhadores são constantes alvos de críticas, com direito a ações organizadas para se fundar um novo projeto de sociedade.Para saber mais sobre o Grito dos Excluídos e conhecer sobre manifestações em sua região, notícias, colunas, instituições parceiras e outros assuntos atuais, basta acessar o <a href="https://www.gritodosexcluidos.com" rel="noopener noreferrer" target="_blank">site oficial</a>.</body>

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Grito dos Excluídos: as manifestações dos marginalizados pela Independência

Imagem de O maior calote da indústria automotiva foi dado pela Coreia do Norte no megacurioso

Nos anos 1970, o regime de Kim Il Sung encomendou 1000 carros Volvo à Suécia — e nunca pagou por eles

<head></head><body>Ter um carro roubado é difícil, né? Agora, imagine como é ter mil carros roubados, de uma só vez. Sim, isso é possível e aconteceu com a Volvo. A fabricante sueca vendeu 1000 carros do modelo 144 para o governo da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/120235-coreia-do-norte-o-pais-planejado-para-que-ninguem-consiga-escapar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Coreia do Norte</a>, nos anos 1970, e até hoje nunca recebeu por eles. Acredita-se que esse seja o maior calote da indústria automotiva.&nbsp;Sendo um país tão fechado, a Coreia do Norte estimula todo tipo de boato — e nem todos têm fundamento. Porém, essa história é confirmada por jornalistas que andaram nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/carros/39151-homem-rodou-o-equivalente-a-120-voltas-no-mundo-com-um-carro-de-1966.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Volvo</a> 144 em Pyongyang e pela própria embaixada da <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/59909-proxima-parada-suecia-um-belo-e-encantador-pais-no-norte-da-europa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Suécia</a> no país. Até hoje eles mandam a conta para o governo, duas vezes ao ano, sem sucesso.Mas de onde a Suécia achou que era uma boa ideia fazer negócios com a Coreia do Norte?&nbsp;<h2>Coreia do Norte: um novo mercado em potencial</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/03/03211631022002.jpeg" alt="(Fonte: Volvo Car Group/Reprodução)">(Fonte: Volvo Car Group/Reprodução)A história dos mil Volvos roubados começa nos anos 1960 — quando o Ocidente sabia ainda menos sobre a Coreia do Norte, provavelmente. Após a <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/116302-vila-da-paz-a-cidade-fantasma-entre-as-coreias-do-norte-e-do-sul.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra da Coreia</a>, o país estava sendo reconstruído e a economia sob o regime de Kim Il-Sung estava em franco crescimento. Havia uma indústria em ascensão e um mercado com milhões de pessoas.&nbsp;As perspectivas de negócio pareciam promissoras. Por isso, políticos de esquerda e direita da Suécia entraram num acordo para aproveitar essa oportunidade e enviaram os carros, além de maquinários para indústrias. O 144 estava saindo de linha, em 1974, mas ainda era um modelo executivo intermediário na linha da Volvo, com bom nível de conforto e equipamentos. Kim Il-Sung ficou muito bem embarcado.E com tantos negócios no país, a terra do ABBA também foi o primeiro estado ocidental a abrir uma embaixada em Pyongyang, em 1975.&nbsp;O diplomata Erik Cornell foi o primeiro embaixador da Suécia na Coreia do Norte. À rede NPR, ele conta que "o país era vazio, tinha neve, vento e frio". Bom... <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122289-aurora-boreal-buraco-azul-chama-atencao-para-vila-na-suecia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sendo sueco</a>, ele não poderia reclamar do clima, né? Mas ele também diz que não havia cafés ou restaurantes para visitar — então tudo que tinha para fazer era dar um rolê no seu Volvo.<h2>Então veio o calote...</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/03/03213420790003.jpeg" alt="(Fonte: Tanya Procyshyn/Flickr/Reprodução)">(Fonte: Tanya Procyshyn/Flickr/Reprodução)Além de passear com seu Volvo, Erik Cornell também foi encarregado de entender a situação econômica da Coreia do Norte e cuidar dos interesses de seu país na região. Ele notou que a conta não estava fechando: o regime de Kim Il-Sung tinha superestimado a capacidade de sua indústria e não estava faturando tanto quanto pretendia.Logo, os negócios da Coreia do Norte com o ocidente cessaram. O país não estava pagando o que já tinha comprado e ficou claro que eles não tinham condição de fazer isso. Ninguém mais vendeu para eles, mas também não recebeu pelo que já tinha vendido.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/14/14170707834319.jpg" alt="(Fonte: Roman Harak/Flickr/Reprodução)">(Fonte: Roman Harak/Flickr/Reprodução)Até hoje, os modelos Volvo 144 circulam pelas ruas vazias de Pyongyang e funcionam como táxis no interior do país. Como o carro vendeu mais de 1,2 milhão de exemplares pelo mundo, não é difícil encontrar peças de reposição para manter a frota rodando.A Suécia ainda manda a conta para o neto de Kim Il-Sung. Com juros, o valor dos mil carros já passa de US$ 320 milhões (1,6 bilhão de reais). <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121498-5-coisas-que-voce-jamais-ouvira-de-um-especialista-em-dinheiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pague suas contas em dia</a>, caro leitor.Mesmo assim, o país nórdico não rompeu relações com a Coreia do Norte. Na verdade, é um dos estados ocidentais mais próximos do regime de Kim Jong-Un. Inclusive, intervém quando outros países que não mantém relações diplomáticas, como os Estados Unidos ou a Austrália, precisam de ajuda. Em 2009, por exemplo, os diplomatas suecos ajudaram a negociar a saída de uma jornalista estadunidense presa pelos norte-coreanos.</body>

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