Imagem de Por que Hiroshima e Nagasaki foram alvo de bombas atômicas? no megacurioso

Entenda por que as cidades japonesas foram alvos dos armamentos atômicos nos ataques que tiraram a vida de mais de 200 mil pessoas

<head></head><body>Em 1945, o mundo foi testemunha do poder destrutivo da&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121185-as-perturbadoras-sombras-criadas-pela-bomba-atomica-de-hiroshima.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bomba atômica</a>. Mais especificamente no dia 6 de agosto daquele ano, os Estados Unidos lançaram uma bomba atômica sobre&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/103176-fotos-mostram-hiroshima-antes-e-depois-da-explosao-da-bomba-atomica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hiroshima</a>, no Japão, praticamente tirando a província do mapa. Dias depois seria a vez de outra cidade, Nagasaki.Hoje (9), 77 anos depois dos ataques ao território japonês, muita gente ainda se pergunta por que os EUA cometeram tamanha violência, tirando a vida de mais de 200 mil pessoas, além do motivo que levou o país a escolher as cidades japonesas como alvos.<h2>Bomba atômica: por que Hiroshima e Nagasaki?</h2>Meses antes dos bombardeios, os Estados Unidos vinham <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121544-trinity-o-teste-da-bomba-atomica-que-matou-dezenas-nos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">testando suas novas e poderosas armas</a>: as bombas atômicas, frutos da pesquisa no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119975-projeto-manhattan-cientistas-injetaram-plutonio-em-pacientes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Projeto Manhattan</a>. Após determinarem que a nova arma estava pronta, cientistas liberaram seu uso para os militares, que queriam pôr um fim na Segunda Guerra Mundial.<a href="https://www.megacurioso.com.br/personalidades/98801-ha-alguma-verdade-por-tras-destes-9-mitos-sobre-hitler.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hitler</a> já havia sido derrotado, mas o Japão continuava combatendo os Aliados. Foi então que a atenção destes países se voltou para o Oceano Pacífico, na esperança de conseguir a rendição dos japoneses — que foi sumariamente recusada pelo Imperador Hirohito. Restava, então, continuar recorrendo ao combate.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/09/09102953604082.jpg" alt="Avião B29 sobrevoando o território japonês em 1945">Avião B29 sobrevoando o território japonês em 1945Buscando uma forma de acabar com a Segunda Guerra da maneira mais rápida possível, os EUA então decidiram que hora de demonstrar força não apenas para o Japão, mas também para o resto do mundo. Era hora de usar as bombas atômicas.Um comitê foi criado para escolher os potenciais alvos dos mísseis, que selecionou lugares como Kokura, Yokohama, Hiroshima, Nilgata e Quioto — esta última sendo removida da lista por ter grande importância cultural, sendo então substituída por Nagasaki. No fim das contas, ficou decidido que o alvo principal seria Hiroshima, com Kokura sendo o alvo secundário.<h3>Bombardeio</h3>Foi então que no dia 6 de agosto de 1945 o bombardeiro B-29 da Força Aérea norte-americana conhecido como&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/acontecimentos-historicos/75285-conheca-os-homens-que-lancaram-as-bombas-atomicas-sobre-o-japao-ha-70-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Enola Gay</a> sobrevoou Hiroshima e lançou o míssil Little Boy, que matou aproximadamente 70 mil pessoas instantaneamente. Milhares viriam a morrer posteriormente, vítimas de ferimentos e doenças causadas pela radiação.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/09/09103611760086.jpg" alt="Nuvem de cogumelo causada pela explosão da bomba atômica em Nagasaki">Nuvem de cogumelo causada pela explosão da bomba atômica em NagasakiO alvo seguinte, Kokura, seria atacado três dias depois, no dia 9 de agosto, mas foi poupado graças a condições climáticas. A segunda bomba atômica, apelidada Fat Man, foi então lançada sobre Nagasaki, causando a morte de 40 mil pessoas em alguns instantes. Outros milhares de pessoas feridas e doentes ainda perderiam a vida em seguida.Embora terrível, a demonstração de extremo poder acabou funcionando e seis dias depois o Imperador japonês anunciava a rendição do país, oficializando o acordo semanas depois, no dia 2 de setembro de 1945.</body>

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Por que Hiroshima e Nagasaki foram alvo de bombas atômicas?

Imagem de Como surgiram os abrigos nucleares? Eles eram seguros? no megacurioso

Talvez você estivesse melhor fora de um nos anos 1950

<head></head><body>Abrigos nucleares são daquelas coisas que esperamos ver apenas nos filmes e nunca ter que usar na vida. Mas coisas como a recente <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121529-se-a-russia-iniciar-uma-guerra-nuclear-qual-arma-ela-pode-usar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">guerra entre a Rússia e a Ucrânia</a>, além das preocupações com o clima ou a economia global, podem fazer muita gente começar a pensar na possibilidade de ter um.No entanto, você sabe como eles começaram a ser construídos? E será mesmo que em caso de uma guerra nuclear eles dariam conta do recado?<h2>Abrigos para todos</h2>A ideia de construir abrigos antibombas teve início nos anos 1940, pouco depois dos fatídicos ataques com bombas atômicas dos EUA contra as cidades japoneses de Hiroshima e Nagasaki.Com o passar dos anos cada país se virou como pôde e reagiu culturalmente de forma diferente a perspectiva de uma bomba nuclear ser jogada em seu território. Nos EUA dos anos 1950, a Administração Federal de Defesa Civil achou melhor convencer a população de que poderiam sobreviver a um possível ataque nuclear.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/12/12112816995148.jpg" alt="Diagrama de 1950 de um abrigo para quatro a seis pessoas. (Fonte: Digital Public Library of America/ Reprodução)">Diagrama de 1950 de um abrigo para quatro a seis pessoas. (Fonte: Digital Public Library of America/ Reprodução)Obviamente, o plano era tentar acalmar o povo ante o temor de uma guerra nuclear com a União Soviética.Nesse cenário de tensão no pós-Segunda Guerra Mundial e <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120180-quando-o-mundo-quase-entrou-numa-guerra-nuclear-em-1983.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">decorrer da Guerra Fria</a>, o governo estadunidense decidiu criar milhares de abrigos antibombas espalhados dos grandes centros, como Nova York, a cidades do interior.Além disso, tratou de “educar a população” com campanhas e exercícios nas escolas. A bomba nunca chegou e muitos desses abrigos resistem até hoje, alguns desaparecem, outros viraram outras coisas ou servem para turistas.Mas, e se os soviéticos tivessem lançado uma bomba atômica em alguma cidade dos EUA, será que a população estaria segura?<h2>Pura enganação</h2>Ainda hoje não sabemos muito sobre <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121707-bunkers-apocalipticos-o-negocio-que-fatura-milhoes-por-ano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">abrigos construídos pela União Soviética</a>, nem como são a maioria dos existentes em várias das nações de “primeiro mundo”. Mas, nos EUA, os abrigos nucleares viraram uma febre que saber sobre eles é bem fácil, inclusive, a partir de publicações da época.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/12/12113134464151.jpg" alt="O governador Robert Stafford, de Vermont, corta uma fita na frente de um protótipo de abrigo antiaéreo construído em uma casa em Montpelier. (Fonte: Digital Public Library of America/ Reprodução)">O governador Robert Stafford, de Vermont, corta uma fita na frente de um protótipo de abrigo antiaéreo construído em uma casa em Montpelier. (Fonte: Digital Public Library of America/ Reprodução)No auge da Guerra Fria, a população dos EUA viu uma proteção desse tipo pela primeira vez em janeiro de 1962. Foi a partir desse ano que avisos sobre os abrigos começaram a se espalhar pelo país.Mas, os problemas com as construções eram tão gritantes que poucos meses após o início do programa, vários relatos começaram a surgir sobre instalações com vazamentos nos reservatórios de água, enquanto outros nunca foram abastecidos com alimentos.Numa reportagem de 11 de junho de 1963 do New York Times uma moradora do Harlem, um bairro de Manhattan, na cidade de Nova York, questionava quem queria ir para um abrigo desses.A mulher se referia ao porão sujo e fétido destinado às pessoas do cortiço onde morava. Segundo ela, no tal abrigo, os ratos eram tão grandes quanto cachorros. E, caso um ataque ocorresse, ela simplesmente correria.Antes mesmo de serem abertos, a insustentabilidade dos abrigos dos EUA já era de conhecimento público. Em novembro de 1961, o The Washington Post, estampava em sua primeira página uma matéria lamentando que a maioria dos abrigos era um “espaço frio e desagradável, com ventilação ruim e saneamento ainda pior”.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Underwood Archives / Getty Images/ Smithsonianmag/Reprodução)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.smithsonianmag.com/history/digging-up-the-history-of-the-nuclear-fallout-shelter-180979956/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/12/12113606573160.jpg" alt="(Fonte: Underwood Archives / Getty Images/ Smithsonianmag/Reprodução)">(Fonte: Underwood Archives / Getty Images/ Smithsonianmag/Reprodução)Um problema ainda mais grave era a localização dos abrigos nucleares: dois terços deles foram construídos pelo governo em áreas impróprias. Isto é, em bairros tão próximos de possíveis alvos que quem se escondesse neles, provavelmente, morreria grelhado. Aí vem a pergunta: “como não pensaram nisso?”Ao menos as pessoas não demoraram a considerar que, apesar das imagens bonitas e da aparente segurança passada pela publicidade do governo dos EUA na época, boa parte das construções não passava de ilusão.</body>

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Como surgiram os abrigos nucleares? Eles eram seguros?

Imagem de Os animais radioativos que espalham a radiação de Chernobyl no megacurioso

Vida selvagem faz com que autoridades se preocupem com os índices de radiação, mesmo a milhares de quilômetros da antiga usina

<head></head><body>Quase quatro décadas depois do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117223-chernobyl-cientistas-reanalisam-doses-de-radiacao-30-anos-depois.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">acidente nuclear de Chernobyl</a>, a radiação ainda é um problema. A explosão, que aconteceu no dia 26 de abril de 1986, obrigou a URSS a estabelecer uma zona de segurança de 30 quilômetros ao redor da usina. Milhares de pessoas tiveram que deixar o local, e com a cidade abandonada, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118761-chernobyl-por-que-o-desastre-nuclear-foi-bom-para-a-natureza.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a vida selvagem pode voltar a se estabelecer por ali</a>.Enquanto isso, a quase dois mil quilômetros de onde ficava a usina nuclear, <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/45103-javalis-contaminados-por-cesio-137-sao-descobertos-no-norte-da-italia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">javalis selvagens têm se tornado um problema</a> cada vez mais comum na Alemanha. Isso porque eles se alimentam de cogumelos que absorveram parte da radiação que foi espalhada pelo ar. E se em Chernobyl a vida selvagem não precisa disputar espaço com as pessoas, em outro lugares os animais têm cada vez menos floresta e precisavam invadir cidades para conseguir comida.<h2>Radiação acumulada</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/06/06112230195139.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)A explosão do reator 4 da usina de Chernobyl espalhou césio-137 pelo ar, que atravessou uma boa parte do continente europeu. Com o tempo esse material chegou ao solo, e contaminou plantas e fungos. E é dos cogumelos contaminados que os javalis se alimentam, gerando um problema de saúde e econômico para vários países.Isso acontece porque a carne de javali é muito consumida em países como a Alemanha e a República Tcheca. Todos os anos, os governos desses países precisam ressarcir caçadores que abatem javalis contaminados, para evitar que essa carne chegue à população. Mas o problema vai muito além do consumo da carne.Em busca de comida, os javalis chegam às cidades em grupos, vasculhando lixeiras de parques e residências. Hoje, esses animais servem como um alerta para os riscos do material radioativo, que continuará sendo um problema para os europeus por muitos anos. Como o tempo de meia-vida do césio-137 é de aproximadamente 30 anos, somente em 2016 a sua concentração caiu pela metade. E apenas em 2046 ela chegará em 25% do total despejado pela usina.<h2>Um problema mundial</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/06/06112741289140.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Mas não são apenas os europeus que sofrem com a radiação sendo disseminada por animais selvagens. Nos Estados Unidos, antigas instalações nucleares também serviram para contaminar o solo, rios, a flora e a fauna. Um exemplo particularmente preocupante é o da usina nuclear de Hanford, no estado de Washington. Hanford é o local do primeiro reator nuclear e foi a instalação que forneceu plutônio à bomba lançada em Nagasaki, no Japão.&nbsp;Em 1988, o reator de Hanford foi desativado, mas deixou para trás milhões de toneladas de resíduos sólidos e galões de resíduos líquidos de suas décadas de produção de plutônio. Atualmente, este material radioativo está enterrado no subsolo em poços escuros e reservatórios. O problema é que os resíduos líquidos penetram no solo.&nbsp;Para entender a dimensão do problema, armadilhas são instaladas nas imediações de onde ficava a usina. Os animais apanhados são analisados e a sua condição é igualmente alarmante. Eles mostram que a radiação em alguns deles é superior aos níveis considerados seguros, o que significa que eles também podem espalhar radiação pelos Estados Unidos. Mas mais do que isso, eles servem de alerta para os perigos a longo prazo que usinas nucleares podem oferecer, quando seus dejetos são descartados de qualquer maneira.</body>

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Os animais radioativos que espalham a radiação de Chernobyl

Imagem de 5 perturbadoras revelações de "Chernobyl: The Lost Tapes" no megacurioso

Documentário 'Chernobyl: The Lost Tapes' traz surpreendentes relatos e imagens do acidente nuclear

<head></head><body>Não existe na história da humanidade outro acidente nuclear que tenha sido tão devastador quanto o de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118761-chernobyl-por-que-o-desastre-nuclear-foi-bom-para-a-natureza.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Chernobyl</a>. Os livros de história narram este capítulo aterrador da antiga União Soviética, assim como muitos filmes e documentários fizeram sua parte em retratar esse momento ímpar da corrida nuclear.Depois da minissérie Chernobyl, a HBO apresenta um novo produto, o documentário Chernobyl: The Lost Tapes, com cenas reais e raras dos desdobramentos após a explosão do reator. O projeto dá novos contornos e traz revelações perturbadoras sobre os momentos seguintes ao acidente. Confira algumas delas.<h2>1. A real Lyudmila Ignatenko&nbsp;</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/aRFkmFLl4zA" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Quem assistiu à minissérie da HBO Chernobyl deve se lembrar da personagem Lyudmila Ignatenko, mulher que estava grávida de um bombeiro, uma das primeiras vítimas do incêndio. Vasily, seu falecido marido, foi um dos homens que tentou evitar que outro reator explodisse, mas acabou exposto a uma enorme radiação.Ele ficou internado na Instituição Número Seis, um hospital de referência em <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121280-4-epicos-desastres-militares-russos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Moscou</a> e lá passou seus últimos dias. Lyudimila acompanhou todo o tormento do marido. O bebê que ela esperava nasceu dois meses após a morte do companheiro, mas não resistiu e também partiu dias após o parto.Lyudimila foi uma das grandes responsáveis por fazer a HBO levar o projeto da série adiante, mas optou por ficar fora dos holofotes quando o sucesso bateu à porta. Em The Lost Tapes, sua voz é uma das que conduz o espectador pelo caminho do horror que foram os dias que se seguiram ao pior acidente nuclear da história da humanidade.<h2>2. O destino dos bebês de Chernobyl</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/05/05182245585531.jpg" alt="(Fonte: HBO/Divulgação)">(Fonte: HBO/Divulgação)Uma das grandes tristezas quando se pensa no acidente diz respeito à vida das pessoas, mas em especial a das crianças. Chernobyl: The Lost Tapes também lança olhar sobre este aspecto, mostrando alas de maternidades e bebês que nasceram com defeitos congênitos causados pela radiação.Há, também, espaço para se ver o resultado de pesquisas conduzidas ao longo dos primeiros anos com crianças nascidas antes e depois do acidente na usina nuclear. Nota-se como as pessoas sofreram o peso de terem sido contaminadas com radiação e as dificuldades trazidas para suas vidas em virtude disso. Um dos dados mais desoladores revelados pelo filme.<h2>3. Os efeitos ainda persistentes da radiação</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/ldqQTe_8OkM" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Como é sabido hoje, o governo soviético fez de tudo para tentar apagar o fracasso das medidas de contenção do acidade em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121389-longe-dos-humanos-animais-se-multiplicam-em-chernobyl.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Chernobyl</a>, eliminando provas, prendendo pessoas e ameaçando quem fosse necessário.O documentário da HBO mostra as primeiras medidas de Gorbachev, sua visita à cidade para responder perguntas dos trabalhadores, a relação de desconfiança gerada entre a população local e as lideranças e outros atos que ajudaram a levar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/120813-uniao-sovietica-veja-5-motivos-que-levaram-a-potencia-ao-fim.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">URSS</a> ao colapso. Ou que foram sintoma de que esse momento já havia sido ultrapassado.<h2>4. As vidas por trás dos "liquidadores"</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/05/05182524398535.jpg" alt="(Fonte: HBO/Divulgação)">(Fonte: HBO/Divulgação)Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118491-os-liquidadores-de-chernobyl-os-700-mil-civis-que-se-sacrificaram.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">liquidadores</a> eram as pessoas que recebiam a tarefa quase mortal de remover o material radioativo que havia sido deixado para trás, em especial o grafite. Essa missão ingrata é retratada na minissérie Chernobyl, mas fica ainda mais evidente no novo documentário, com sequências de filmagens mostrando as cenas destes homens trabalhando.A remoção do grafite era feita de maneira apressada, com muitos dos liquidadores nervosos, talvez nem mesmo cientes do perigo que aquilo representava. Ainda que nada horripilante seja mostrado na tela, é o mais próximo que o público chega de entender quem foram aqueles homens e quão trágico também foi o fim de muitos deles.<h2>5. A radiação estava em toda parte</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/05/05182706429538.jpg" alt="(Fonte: HBO/Divulgação)">(Fonte: HBO/Divulgação)Os relatos são explícitos e há tanta documentação (mesmo com muito material perdido) que sabemos a dimensão dos estragos. Porém, uma das revelações mais surpreendentes de The Lost Tapes é como a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/235070-chernobyl-russia-impede-cientistas-monitorem-radiacao-diz-revista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">radiação</a> estava em todo o local, não apenas próxima ao reator, à área de explosão ou nos primeiros quarteirões.Trechos do filme são interrompidos por flashes brancos, resultado dos efeitos da radiação na película em que foram registrados. O contraste do efeito com muitas cenas triviais sendo exibidas, como se a vida pudesse transcorrer normalmente sem nenhum perigo - até porque ele era invisível - é verdadeiramente angustiante.</body>

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5 perturbadoras revelações de 'Chernobyl: The Lost Tapes'

Imagem de Coisas radioativas realmente ficam verdes brilhantes? no megacurioso

Já parou para pensar o que faz elementos radioativos brilharem?

Voc&ecirc; j&aacute; percebeu que, nos filmes e em muitas imagens que circulam na internet, os materiais radioativos&nbsp;s&atilde;o sempre caracterizados com uma colora&ccedil;&atilde;o verde brilhante?&nbsp;Muitas pessoas at&eacute; acreditam que, para <a href="https://www.megacurioso.com.br/radiacao/39213-chelyabinsk-40-cidade-secreta-russa-e-o-lugar-mais-radioativo-do-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">saber se algo &eacute; radioativo</a>,&nbsp;basta observar se ela brilha dessa maneira. Mas ser&aacute; que os elementos radioativos realmente brilham dessa forma?
<h2 class="uk-text-justify">O brilho dos elementos radioativos</h2>
A primeira informa&ccedil;&atilde;o que voc&ecirc; precisa entender &eacute; que o decaimento radioativo (nome dado ao processo que ocorre quando os n&uacute;cleos inst&aacute;veis dos is&oacute;topos s&atilde;o rompidos devido &agrave; instabilidade at&ocirc;mica) produz f&oacute;tons bastante leves.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/22/a-22193909915555.jpg" alt="a" />(Fonte: Shutterstock)
Contudo, esses f&oacute;tons&nbsp;n&atilde;o se encontram em uma por&ccedil;&atilde;o vis&iacute;vel do espectro, ou seja, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119614-por-que-as-coisas-de-marie-curie-continuam-radioativas-apos-100-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">elementos radioativos</a> n&atilde;o brilham em nenhuma cor que a vis&atilde;o humana consiga identificar.&nbsp;No entanto, existem alguns elementos radioativos que s&atilde;o capazes de transmitir energia a materiais fluorescentes ou fosforescentes. Sendo assim, aparentam brilhar, inclusive em muito mais cores do que apenas o verde.
Por exemplo, o plut&ocirc;nio parece brilhar em uma cor avermelhada. Isso acontece porque a superf&iacute;cie do plut&ocirc;nio queima na presen&ccedil;a do oxig&ecirc;nio no ar, tal como acontece com uma brasa de carv&atilde;o.&nbsp;Outro exemplo &eacute; o r&aacute;dio e o is&oacute;topo de hidrog&ecirc;nio tr&iacute;tio.
Esses elementos conseguem emitir part&iacute;culas que mexem e excitam os el&eacute;trons de materiais fosforescentes ou fluorescentes. Nesse caso, temos o estereotipado brilho esverdeado que tem a origem em um f&oacute;sforo, com quase sempre o sulfeto de zinco dopado.&nbsp;Tamb&eacute;m temos o rad&ocirc;nio, outro elemento radioativo que pode apresentar brilho e, como se trata de um g&aacute;s, fica amarelo fosforescente conforme &eacute; resfriado.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/22/a-22194022540556.jpg" alt="a" />(Fonte: Shutterstock)
&Agrave; medida que ele vai ficando cada vez mais frio, isto &eacute;, abaixo de seu ponto de congelamento, come&ccedil;a a ter uma cor vermelha brilhante.&nbsp;Rea&ccedil;&otilde;es nucleares tamb&eacute;m produzem brilho, e um dos exemplos mais conhecidos, neste caso, &eacute; o brilho azul muito associado aos reatores nucleares. Essa luz azul recebe o nome de Efeito Cherenkov ou Radia&ccedil;&atilde;o Cherenkov.
<h2 class="uk-text-justify">Outras situa&ccedil;&otilde;es</h2>
Em algumas situa&ccedil;&otilde;es muito incomuns e raras, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/radiacao/68307-bizarro-conheca-5-produtos-de-uso-comum-que-sao-radioativos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">materiais radioativos</a> tamb&eacute;m podem emitir part&iacute;culas carregadas que viajam em altas velocidades. Pode acontecer de essas part&iacute;culas interagirem com o ambiente para criar um brilho.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/22/a-22194145509559.jpg" alt="a" />(Fonte: Shutterstock)
Esse ambiente pode conter, por exemplo, mol&eacute;culas de &aacute;gua, nitrog&ecirc;nio ou oxig&ecirc;nio, mas precisam estar no ar imediatamente ao redor do elemento.&nbsp;Outras situa&ccedil;&otilde;es podem incluir mol&eacute;culas de &aacute;gua absorvidas pelos materiais radioativos ou a &aacute;gua dos tanques de armazenamento nuclear.
<h2 class="uk-text-justify">O mito do brilho verde</h2>
Sobre o brilho verde, essa hist&oacute;ria come&ccedil;ou por volta dos anos 1910 e perdurou at&eacute; a d&eacute;cada de 1970.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/22/22193658978554.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Na &eacute;poca, usava-se muito o elemento r&aacute;dio&nbsp;para uma s&eacute;rie de finalidades, de itens dom&eacute;sticos a equipamentos militares. O r&aacute;dio, por si s&oacute;, n&atilde;o emite luz verde brilhante, mas, quando misturado com o f&oacute;sforo (feito de sulfeto de zinco e prata), fica mais interessante.
As part&iacute;culas alfa emitidas pelo r&aacute;dio atingem os &aacute;tomos do f&oacute;sforo. Ent&atilde;o, as part&iacute;culas alfa for&ccedil;am os el&eacute;trons desses &aacute;tomos a pular para um n&iacute;vel de energia mais alto. Quando os el&eacute;trons caem de volta ao n&iacute;vel de energia original, eles irradiam um brilho esverdeado.

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Coisas radioativas realmente ficam verdes brilhantes?

Imagem de Armas nucleares táticas: as bombas atômicas pequenas e perigosas no megacurioso

Versões menores e de alcance inferior às tradicionais, as armas nucleares táticas foram construídas para proteção de um ataque soviético na década de 1960

<head></head><body>No dia 24 de março, exatamente um mês após <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121719-campos-de-filtragem-o-metodo-russo-para-roubar-ucranianos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a Rússia lançar sua invasão militar à Ucrânia</a>, a Casa Branca anunciou a formação de uma equipe de especialistas para informar à OTAN sobre planos de contingência em caso de acionamento de qualquer tipo de "armas nucleares táticas". Mas, o que são exatamente esses artefatos que, mais de 30 anos após o fim da Guerra Fria, ainda persistem nos arsenais tanto dos EUA quanto da Rússia?Uma reportagem publicada no The New York Times dá uma pista do que são essas “pequenas” bombas atômicas. Segundo a publicação, são “armas de curto alcance, geralmente com pequenos rendimentos”. Construídas na mesma época em que eram desenvolvidas ogivas poderosas para ataques nucleares de longo alcance, essas armas nucleares de menor alcance formariam uma superartilharia contra eventual ataque soviético à Europa.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/06/06214910359001.jpg" alt="Canhão atômico M65, o &quot;Atomic Annie&quot;. (Fonte: myself, Mark Pellegrini/Wikimedia Commons/Reprodução.)">Canhão atômico M65, o "Atomic Annie". (Fonte: myself, Mark Pellegrini/Wikimedia Commons/Reprodução.)<h2>Como surgiram as armas nucleares táticas?</h2>Pesados investimentos feitos pelos EUA e Rússia desde o início da Guerra Fria na década de 1940 até a década de 1980 ultrapassaram milhares de vezes o poder de destruição da bomba atômica americana que destruiu Hiroshima em agosto de 1945. A perspectiva de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119983-holocausto-nuclear-como-seria-a-aniquilacao-da-civilizacao-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma potencial destruição mútua garantida</a>, conhecida como MAD, gerou uma barreira psicológica na qual que eventuais ataques nucleares de grande porte se tornaram impensáveis. &nbsp;Quando a OTAN começou a se organizar, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121681-3-experimentos-militares-considerados-absurdos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nas décadas de 1950 e 1960</a>, a distância física das forças armadas norte-americanas fragilizava os países europeus que, em sua maioria, fazia fronteira com as nações do Pacto de Varsóvia. A solução encontrada para evitar uma iminente invasão soviética foi&nbsp;a implantação de armas nucleares táticas de curto alcance no caminho de qualquer avanço da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). &nbsp;<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Vitaly V. Kuzmin/Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/2f/Army2016demo-075.jpg/1599px-Army2016demo-075.jpg?20161012041734"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/06/06235642994000.jpg" alt="A base de lançamento móvel 9K720 Iskander para mísseis balísticos está sendo usada na guerra da Ucrânia. (Fonte: Vitaly V. Kuzmin/Wikimedia Commons/Reprodução.)">A base de lançamento móvel 9K720 Iskander para mísseis balísticos está sendo usada na guerra da Ucrânia. (Fonte: Vitaly V. Kuzmin/Wikimedia Commons/Reprodução.)<h2>Antigas e novas ameaças</h2>Uma das primeiras armas nucleares táticas implantadas na Europa foi a "Atomic Annie', uma grande peça de artilharia que, em 1950, podia disparar uma ogiva nuclear de 15 quilotons (o equivalente à bomba de Hiroshima) a uma distância de mais de 29 quilômetros. Mas havia armas menores, como a ogiva Dacy Crockett, de apenas 20 toneladas de TNT com alcance de quatro quilômetros e a Munição de Demolição Atômica Especial, que ficava em uma mochila.Mais tarde, o Exército dos EUA substituiu essas peças de artilharia por ogivas nucleares em foguetes de curto alcance. Ao tornar essas armas nucleares menores, porém com direcionamento mais preciso, seu uso acaba se tornando mais factível. No entanto, se ilude quem pensa que um “pequeno rendimento” de 0,3 quilotons produziria pequenos danos. Os mesmos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121618-pilulas-de-iodeto-de-potassio-ajudariam-em-caso-de-ataque-nuclear.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">horrores de Hiroshima</a> estariam presentes, embora em menor escala.</body>

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Armas nucleares táticas: as bombas atômicas pequenas e perigosas

Imagem de Fluoroscópio: a máquina que ajustava sapatos usando radiação no megacurioso

O equipamento foi uma sensação na década de 1920 durante a escolha de um sapato, até que as pessoas descobriram seus malefícios

<head></head><body>Segundo a&nbsp;Solo Science, a substituição dos tênis ou sapatos é muito importante para manter uma boa saúde dos pés, evitando dor, disfunções e estresse nas articulações inferiores, incluindo tornozelo, joelhos, quadris e a coluna.Estima-se, como regra geral, que uma pessoa deve trocar seu tênis casual a cada 8 ou 12 meses de uso, ou a cada 700 quilômetros percorridos em caso de tênis de corrida. Mas obviamente que a maioria das pessoas não faz isso, visto que basta olhar o valor dos tênis atualmente no Brasil. Em média, um sapato bom e de marca confiável custa no mínimo R$ 200, um preço que nem todos podem se dar ao luxo de gastar em um tempo tão pequeno.Além disso, para muitos, a vida útil de um tênis só começa a terminar quando apresenta sinais de desgastes que podem torná-lo esteticamente feio ou desconfortável, como rasgos e furos.No entanto, esse pensamento era muito diferente em meados do século XX, sobretudo com o surgimento de uma máquina que não só alavancou o mercado de sapatos, como proporcionou uma espécie de entretenimento para os clientes ávidos pelo encanto da tecnologia.<h2>A sensação de uma era</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Syracuse&nbsp;" data-fonte-url="https://www.syracuse.com/resizer/lHBzylxekws5WbgOCC3-BtyBcu4=/1280x0/smart/arc-anglerfish-arc2-prod-advancelocal.s3.amazonaws.com/public/QL2D6Z4GYNGVNPW2YZTN4G5FSA.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/13/13195916009650.jpg" alt="(Fonte: Syracuse/Reprodução)">(Fonte: Syracuse/Reprodução)Não foram só os soldados que deitaram na maca dos hospitais de campanha durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119905-como-teria-sido-o-mundo-sem-a-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira Guerra Mundial</a> que se beneficiaram da engenhoca construída por Marie Curie: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119407-petites-curies-os-carros-que-salvaram-vidas-durante-a-guerra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">as máquinas de raio-X portáteis</a>.Na década de 1920, os clientes que ainda não estavam preparados para trocar de sapatos e aqueles que queriam um que ficasse no tamanho certo de seu pé, passaram pelo fluoroscópio. Pensando em atrair mais clientes, os comerciantes de sapatos acertaram quando decidiram instalar em suas lojas a máquina que “escolheria” o melhor sapato ou o ajustaria, afinal, as pessoas daquela época achavam genial que a tecnologia facilitasse algum aspecto de sua vida.Para isso, era necessário que a pessoa subisse em uma plataforma e posicionasse seus pés em uma grande caixa de madeira onde um gerador de raios X produzia um feixe de radiação que "escaneava" os pés dos clientes através dos sapatos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/13/13200005322651.jpg" alt="(Fonte: Antiquated Antidotes/Reprodução)">(Fonte: Antiquated Antidotes/Reprodução)O fluoroscópio foi uma tacada de marketing certeira do mercado para fazer as pessoas lotarem as lojas e adquirirem novos sapatos apenas para terem o prazer de passar pela máquina, que não era muito boa, tampouco proporcionava um ajuste preciso, mas desempenhava bem seu papel em deslumbrar o público-alvo.O equipamento também se aproveitou da tendência da "maternidade científica", um movimento do início do século XX que fez as mulheres se educarem mais sob os holofotes da ciência para poderem criar seus filhos de maneira mais saudável. Não é para menos que a industrialização colocou o fluoroscópio cada vez mais nos departamentos feminino e infantil das lojas, onde as vendas eram mais pesadas.<h2>Da ascensão à queda</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/13/13200052932652.jpg" alt="(Fonte: Click Americana/Reprodução)">(Fonte: Click Americana/Reprodução)Demorou até 1948, já entrando no período atômico dos Estados Unidos, para que cientistas começassem a estudar o quanto o fluoroscópio emitia de radiação, visto que os malefícios de se esbanjar nessas ondas eletromagnéticas começavam a ser levado a sério pelo mundo.Uma pesquisa feita em Detroit, no Michigan (EUA), indicou que 43 em cada 200 máquinas estavam emitindo cerca de 75 R de radiação por minuto, uma taxa extremamente alta, podendo causar várias doenças a longo prazo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/13/13200155135653.jpg" alt="(Fonte: Flickr/Reprodução)">(Fonte: Flickr/Reprodução)Assim que avisos sobre os perigos foram colocados no equipamento, a empolgação e opinião dos clientes sobre usá-lo azedou vertiginosamente. Nenhuma mãe queria deixar seu filho se aproximar de uma máquina que poderia causar câncer.Sem público, aos poucos os comerciantes foram se livrando do fluoroscópio, até que os estados começassem a proibir o uso, a começar pela Pensilvânia, que o fez em 1960.Até o final de 1970, o equipamento que havia sido uma obra comercial, foi parar em lixões, brechós e porões, se tornando apenas história e um item de temor.</body>

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Fluoroscópio: a máquina que ajustava sapatos usando radiação

Imagem de Pílulas de iodeto de potássio ajudariam em caso de ataque nuclear no megacurioso

Mas existe um plano governamental para sua distribuição?

<head></head><body>Só entre 1950 e 1990, o mundo teve que segurar a respiração por pelo menos 14 vezes diante a um iminente ataque nuclear que poderia causar mil vezes o estrago testemunhado no final da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/112268-entenda-como-comecou-a-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial&nbsp;</a>com a&nbsp;Little Boy&nbsp;e&nbsp;Fat Man devastando <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119302-taramae-e-matsuo-duas-sobreviventes-de-hiroshima-e-nagasaki.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hiroshima e Nagasaki</a>, respectivamente.Com as armas nucleares permeando todos os aspectos da Guerra Fria, com as tensões esticadas a ponto de ruptura, sempre estivemos perigosamente próximos ao temido <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119983-holocausto-nuclear-como-seria-a-aniquilacao-da-civilizacao-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">apocalipse nuclear</a>. Mas será que existe um plano para distribuir pílulas de iodo para proteger as pessoas do raio de impacto da radiação?Essa questão entrou mais em debate com o lançamento da minissérie da HBO Chernobyl&nbsp;(2019), em que a física nuclear soviética Ulana Khmyuk toma uma pílula de iodo assim que vê a queima de material radioativo escapando do reator 4 da usina. Ela ainda encoraja outras pessoas que encontra pelo seu caminho a fazerem o mesmo, visto que a pílula muda a maneira como seu corpo se comporta com a radiação, visando reduzir o risco que os materiais representam, ainda que não os repila ou crie uma espécie de resistência para o seu organismo.<h2>Procurando uma solução</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/30/30134224952303.jpg" alt="(Fonte: Miracle 2 of Utah/Reprodução)">(Fonte: Miracle 2 of Utah/Reprodução)Fontes da Newsweek&nbsp;informaram que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121222-russia-e-ucrania-teremos-uma-3-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">invasão da Ucrânia pela Rússia</a>, em fevereiro desse ano, e o anúncio de que Vladimir Putin havia colocado seu imenso arsenal nuclear em alerta máximo para bombardear qualquer país que intervisse militarmente em ajuda ao seu inimigo — fizeram as pessoas correrem farmácias não só para estocar produtos básicos, como também para tentar encontrar as pílulas de iodeto de potássio.Também chamado KI, o iodeto de potássio é útil apenas na prevenção dos efeitos nocivos da radiação no que se refere à tireoide. As pílulas bloqueiam a absorção de radioiodeto se tomadas imediatamente antes ou após a exposição.A glândula da tireoide precisa de uma dose adequada do iodeto de potássio, em média 130 miligramas para um adulto, para absorver o suficiente do iodeto não radioativo e não consiga absorver nada do radioiodeto radioativo. Ou seja, com a tireoide absorvendo tudo o que precisa da pílula, o iodo radioativo não será absorvido pelo corpo, mas excretado principalmente pela urina, reduzindo os ricos de câncer de tireoide.<h2>Uma questão controversa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/30/30134312171308.jpg" alt="(Fonte: Universo Racionalista/Reprodução)">(Fonte: Universo Racionalista/Reprodução)Foi no acidente de nuclear da usina de Three Mile Island, na Pensilvânia, em 28 de março de 1979, que as pílulas de iodeto de potássio foram usadas como proteção da tireoide contra a radiação, quando um dos reatores sofreu um colapso parcial e pequenas quantidades de radiação foram liberadas no ar.Conforme a Comissão Reguladora Nuclear dos Estados Unidos, não houve efeitos detectáveis na saúde dos trabalhadores da fábrica ou dos moradores próximos. O caso serviu para alertar as autoridades sobre o quão necessárias as pílulas poderiam ser em caso de incidentes ou desastres futuros envolvendo radiação, porém a quantidade de iodeto de potássio disponível no mercado não era meramente suficiente para abarcar a população.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/31/31084946952051.jpg" alt="(Fonte: WHYY/Reprodução)">(Fonte: WHYY/Reprodução)A Food and Drug Administration (FDA) supervisionou a fabricação e armazenamento de iodeto de potássio suficiente para proteger até 1 milhão de pessoas no caso de um incidente nuclear em larga escala, porém isso é ínfimo perto de ameaças maiores, como um ataque balístico nuclear.Alguns especialistas criticam que, mesmo em face a esse tipo de cenário perigoso, nunca houve um plano de mobilização por parte das agências de saúde para ao menos instruir a população acerca dos benefícios das pílulas de iodeto de potássio, tampouco uma produção em escala um pouco maior para ser estocada.</body>

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Pílulas de iodeto de potássio ajudariam em caso de ataque nuclear

Imagem de Trinity: o teste da bomba atômica que matou dezenas nos EUA no megacurioso

Antes de fazer os famosos ataques em Hiroshima e Nagasaki, os americanos lançaram bombas atômicas em seu próprio território

Essa história você provavelmente já conhece: em agosto de 1945, o exército dos EUA lançaram duas bombas atômicas sobre as cidades de <a href="http://Fotos%20mostram%20Hiroshima%20antes%20e%20depois%20da%20explos%C3%A3o%20da" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hiroshima e Nagasaki</a>, deixando um rastro enorme de destruição, matando milhares de pessoas e colocando um ponto final à Segunda Guerra Mundial.&nbsp;O que muitos não sabem é que, antes disso, os norte-americanos também soltaram as temidas bombas em seu próprio território. O objetivo não era atingir alvos, destruir coisas, muito menos matar pessoas inocentes, mas, sim, fazer um teste. Mesmo assim, essas coisas horríveis acabaram acontecendo nos vilarejos próximos ao local do teste "Trinity".<h2>O caos na manhã de 16 de julho</h2>Os militares envolvidos no "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119975-projeto-manhattan-cientistas-injetaram-plutonio-em-pacientes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">projeto Manhattan</a>", que criou a bomba atômica, precisavam de um local para fazer uma detonação de teste — e observar a real dimensão da arma que criaram. O local precisava ser no próprio território dos EUA, mas distante de tudo, para não gerar nenhuma destruição, nem "estragar o segredo".Entre opções na Califórnia, Texas e Novo México, eles acabaram se decidindo por este último estado, marcando o teste para julho de 1945, em meio ao deserto de "Jornada del Muerto". Ali não havia nenhuma cidade... Porém, a alguns quilômetros, existiam alguns vilarejos rurais, com famílias que viviam das próprias plantações e animais.&nbsp;Essas poucas famílias foram pegas completamente de surpresa por um estouro ensurdecedor, um clarão mais forte que o sol e muita fumaça nos céus. Era o começo da manhã de 16 de julho de 1945. Nos dias seguintes, uma substância branca começou a cair — teve quem achasse que era neve, mesmo o local sendo muito quente. Mas era cinza <a href="https://www.megacurioso.com.br/radiacao/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">radioativa</a>.<h2>Sem qualquer aviso ou evacuação</h2>Ao contrário das pessoas em Hiroshima e Nagasaki, que foram dizimadas instantaneamente pelo impacto colossal da bomba atômica, os atingidos pelo teste Trinity levaram décadas para saber o que estava matando suas famílias.&nbsp;Isso porque eles nunca foram evacuados nem ao menos comunicados sobre o que tinha ocorrido na região. Havia preocupação de que o projeto da bomba atômica acabasse "vazando" para os adversários dos Estados Unidos — e este era o maior trunfo do país, na guerra. Então, a história oficial era de que um depósito de munições havia explodido.Porém, a enorme bomba era a responsável por chamas 10 mil vezes mais quentes que o sol, uma nuvem de fumaça com 20 km de altura e uma onda de choque que quebrou janelas até 150 km do local da explosão. Os relatórios do teste Trinity afirmam que apenas 1,2 dos 6 kg de plutônio na bomba sofreu fissão — o restante se dispersou em cinzas pelo ambiente.Mesmo com o perigo de contaminação, os moradores da região do teste Trinity continuaram vivendo normalmente: consumiram a mesma água das cisternas, mataram os mesmos animais e colheram das mesmas plantações cobertas de partículas radioativas. &nbsp;<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/fJRP4TCA4Q8" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe><h2>A morte lenta de famílias inteiras</h2>Apesar da negligência do governo em não avisar sobre o teste e inventar histórias, a verdade é que mesmo a ciência não tinha noção dos efeitos em longo prazo da radiação no organismo. Por isso, também não houve tanto acompanhamento para os atingidos pelo teste.Contudo, nos anos e décadas seguintes, as consequências foram muito claras. A incidência de câncer nos moradores da região é extremamente maior, com famílias inteiras dizimadas por ele desde então. Genoveva Purcella contou à rede britânica BBC que seu pai e sua mãe morreram de câncer cerca de dez anos depois do teste Trinity, assim como oito de seus nove irmãos, nas décadas seguintes. Ela própria teve um câncer de mama, mas conseguiu se tratar.Outra mulher entrevistada pela reportagem conta que sobreviveu a um tumor na tireoide, mas viu seu pai, sua mãe, uma irmã, duas tias e um primo enfrentarem algum tipo de câncer.&nbsp;Foi só nos anos 2000 é que as extensões do dano causado pelo teste Trinity começaram ser notadas pela mídia e pelas autoridades. Até hoje, as famílias dessa região não foram incluídas no programa de compensação, que indenizou mais de 45 mil pessoas envolvidas em testes e fabricação de bombas nucleares. São as vítimas mais desconhecidas dessa arma.

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Trinity: o teste da bomba atômica que matou dezenas nos EUA

Imagem de Se a Rússia iniciar uma guerra nuclear, qual arma ela pode usar? no megacurioso

Terrivelmente, o país possui as 'melhores' opções

<head></head><body>Em 27 de outubro de 1962, o vice-comandante<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/116183-vasili-arkhipov-o-homem-que-salvou-o-mundo-de-uma-guerra-nuclear.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;Vasili Arkhipov</a> estava no mar do Caribe a bordo do B-59, um submarino soviético equipado com um torpedo nuclear da mesma potência da bomba <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115482-bomba-de-hiroshima-completa-75-anos-e-ameaca-nuclear-ainda-assombra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Little Boy lançada em Hiroshima em 1945</a>, quando impediu que acontecesse uma guerra nuclear entre os Estados Unidos e a então União Soviética apenas por não ceder à pressão do capitão Vitali Savitsky.Em 1983, outra guerra nuclear quase aconteceu durante a realização do exercício de Able Archer, feito pelas forças militares da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que visava simular um ataque comunista na Europa Ocidental, ao qual a OTAN responderia com um ataque nuclear sobre a União Soviética e os países do Pacto de Varsóvia.Mas naquele ano, os soviéticos se armaram fortemente porque imaginavam que não seria apenas um exercício, como acontecia anualmente, mas sim um ataque surpresa. Eles entraram em alerta geral, reforçando postos de comando em todo o bloco, suspendendo voos de rotina e até colocando uma bomba nuclear em cada esquadrão de caça-bombardeiros, que deveriam atacar em 30 minutos assim que recebessem o sinal, em caso de traição da OTAN.Em 24 de fevereiro desse ano, com a invasão da Rússia na Ucrânia, após as declarações do presidente russo Vladimir Putin de que "reagiria a qualquer ajuda militar de qualquer país" e o alinhamento perigoso da China com ele — é inevitável passar pela cabeça a possibilidade de uma Terceira Guerra Mundial, assim como um conflito nuclear, por se tratar das três potências com maior reserva de dispositivos nucleares do mundo.Mas em quais circunstâncias essas armas de destruição em massa podem ser usadas e quais são as chances?<h2>A mais provável</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/17/17224044854434.jpg" alt="(Fonte: DW/Reprodução)">(Fonte: DW/Reprodução)De acordo com Alexandra Bell, especialista nuclear do Centro de Controle de Armas e Não-Proliferação em entrevista à Vox, as chances de as armas de destruição em massa serem usadas não são zero porque elas existem. “O dano seria incalculável. Basta apenas um ataque para matar centenas de milhares de pessoas em minutos e talvez milhões nos próximos dias, semanas e anos”, ressaltou Bell.Um ataque nuclear causa um efeito dominó na natureza, destruindo ecossistemas, plantações, podendo levar à fome generalizada; alteração de vários aspectos do clima, como causar um resfriamento rápido em todo o globo devido aos detritos acumulados na atmosfera da Terra, longe do alcance das chuvas, bloqueando o Sol e causando uma noite de 24 horas. As consequências podem ser ainda piores porque outros países, como a China e Coreia do Norte, poderiam entrar no conflito com suas armas.Acredita-se que se a Rússia for usar algum tipo de arma de destruição em massa será uma arma química, visto que possui o maior estoque dela do mundo, contando com dispositivos com cápsulas de agentes nervosos como Sarin, VX e o gás tóxico fosgênio.<h2>Destruição sem precedentes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/17/17230342831000.jpg" alt="(Fonte: NPR/Reprodução)">(Fonte: NPR/Reprodução)As autoridades de inteligência e proteção americanas e aliadas suspeitam que Putin possa estar planejando ou considerando valer mão de uma "operação de bandeira falsa", como <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118008-unity-mitford-a-britanica-obcecada-por-adolf-hitler.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Adolf Hitler</a> fez em 1 de setembro de 1939 durante a invasão à Polônia, após o <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/115756-o-homem-que-comecou-a-guerra-o-incidente-de-gleiwitz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Incidente de Gleiwitz</a>.Isso seria o suficiente para Putin alegar que os ucranianos os atacaram primeiro para poder usar, possivelmente, uma pequena parte de suas forças de armas químicas para "justificar" uma resposta ou coibir a ação inimiga.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/17/17230502846003.jpg" alt="(Fonte: History/Reprodução)">(Fonte: History/Reprodução)Ou ainda, ele pode forjar um estoque de armas químicas ucranianas e usar uma justificativa de invasão post-hoc (causa e efeito: se um evento aconteceu após o outro, acredita-se que um é a causa do outro), como os EUA fizeram para endossar a invasão do Iraque na Segunda Guerra do Golfo, em 2003.Ainda que seja especulação, o risco é grande, principalmente pela possibilidade de utilização de armas nucleares táticas ou estratégicas. A Rússia detém o maior arsenal desse tipo de dispositivo do mundo, com um total de 4.447 armas nucleares, das quais 1.912 são consideradas táticas.As armas táticas são usadas apenas no campo de batalha, implantadas usando sistemas de curto alcance, como artilharia, mísseis balísticos de curto alcance, aeronaves ou mísseis de cruzeiro. Por outro lado, as armas estratégias são programadas para destruir alvos específicos, como cidades.A única diferença entre elas é o impacto e nível de destruição.</body>

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