Imagem de Como teria sido, na realidade, a Última Ceia de Jesus Cristo? no megacurioso

Acredite: o que pode ter acontecido de verdade não tem nada a ver com a famosa pintura de Da Vinci

<head></head><body>Entre as religiões cristãs, tem-se por costume relembrar o último momento importante que <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122739-as-representacoes-mais-antigas-de-jesus-cristo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jesus Cristo</a> teve com seus discípulos: a Santa Ceia (ou Última Ceia, como algumas pessoas conhecem).Esse encontro que antecedeu a morte de Cristo é relatado nos Evangelhos, mas não traz um detalhe que certamente passa pela cabeça de muitas pessoas: afinal, como ele de fato aconteceu? Todos os participantes estavam realmente sentados ao redor de uma mesa suntuosa e elevada?<ul><li>Veja também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123808-4-reliquias-do-corpo-de-jesus-cristo-adoradas-pelos-cristaos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">4 relíquias do corpo de Jesus Cristo adoradas pelos cristãos</a></li></ul><h2>Como teria acontecido de fato a Última Ceia?</h2>Antes de falar como o último grande encontro de Cristo com seus discípulos aconteceu, é importante voltar um pouco no tempo para entender os costumes da época. O primeiro ponto a ser notado, por exemplo, é que naquela época as pessoas não se sentavam à mesa para comer — ao menos não como conhecemos atualmente.Alguns estudiosos relatam que, na época de Cristo, as mesas não eram "suspensas" ou tinham pernas altas como conhecemos já faz alguns séculos. Nesse período, elas ficavam mais próximas do chão, fazendo com que todos os participantes da refeição ficassem sentados, deitados ou reclinados próximos do local em que estava a comida.Dessa forma, a ideia mais próxima do que realmente aconteceu seria algo parecido com o que temos na imagem abaixo:<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/23/23141509164247.jfif" alt="Representação de como Jesus e seus discípulos estavam na Última Ceia. (Fonte: Quora/Reprodução)">Representação de como Jesus e seus discípulos estavam na Última Ceia. (Fonte: Quora/Reprodução)Outro ponto importante é que os textos bíblicos relatam apenas pão e vinho na refeição (que, após a bênção de Cristo, se tornaram seu corpo e sangue, ritual seguido até hoje em igrejas católicas), mas possivelmente o menu era um pouco mais extenso.Além do pão e vinho propriamente ditos, o cardápio também trazia carne de cordeiro, molho feito à base de peixe, algo parecido com um ensopado de feijão, azeitonas com ervas que lembram hortelã, frutas e pasta de nozes, que eram alimentos comuns à época.<h2>Qual a relação da pintura de Leonardo da Vinci e a Última Ceia?</h2>Não há dúvidas de que a imagem que muitos criaram da Santa Ceia está relacionada com a pintura do pintor italiano, mas a verdade é que ela não reflete praticamente nenhum detalhe do que realmente pode ter acontecido.Vamos observar alguns desses detalhes a seguir:<h3>Horário da refeição</h3>Quem observa a pintura tem a impressão de que a Santa Ceia aconteceu durante o dia, já que está claro do lado de fora. Porém, os textos bíblicos e até mesmo as tradições da época indicavam que essas refeições eram realizadas após o pôr do Sol, e muito provavelmente o momento mais importante (a partilha do pão) aconteceu de noite.<ul><li>Veja também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113319-5-curiosidades-sobre-a-obra-a-ultima-ceia-de-leonardo-da-vinci.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 curiosidades sobre a obra 'A Última Ceia', de Leonardo da Vinci</a></li></ul><h3>Menu</h3>Como mencionamos mais acima, o menu da última refeição de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121755-qual-era-a-altura-real-de-jesus-cristo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cristo</a> com seus discípulos tinha algumas opções de pratos, enquanto a pintura mostra basicamente pão. Nem mesmo o vinho mencionado nos Evangelhos aparece sobre a mesa na pintura.<h3>Vestimenta</h3>No período de Jesus Cristo, a tradição judaica pedia que os participantes do ritual (também conhecido como Pessach, que é a Páscoa dos judeus) feito pelo protagonista dos Evangelhos utilizassem um Talit, acessório religioso parecido com um xale feito de seda. Na pintura, ele não aparece.Não relacionados às vestimentas, mas no período em que a Santa Ceia aconteceu também era provável que muitos homens, se não todos, tivessem algum tipo de barba.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/23/23141754458248.jfif" alt="Pintura de Balage Balogh é tida como uma das representações mais acuradas no que diz respeito a como a Santa Ceia de fato aconteceu. (Fonte: Quora/Reprodução)">Pintura de Balage Balogh é tida como uma das representações mais acuradas no que diz respeito a como a Santa Ceia de fato aconteceu. (Fonte: Quora/Reprodução)<h3>Posicionamento à mesa</h3>Também mencionamos anteriormente que as chances de Jesus e seus discípulos estarem à mesa usando cadeiras era quase nula. O provável é que eles estivessem sentados no chão ou em pequenos bancos, ou até mesmo reclinados em almofadas.&nbsp;A pintura também mostra todos os apóstolos de Cristo à mesa naquele que seria o momento alto desse encontro (a partilha do pão). Porém, Judas Iscariotes, o traidor, já tinha deixado o local pouco antes para colocar em prática o seu plano de entregar o Messias ao poder romano.<h2>Outros rituais que aconteciam a época</h2>Ao ler os Evangelhos, vemos que um dos gestos de Cristo foi ter lavado os pés dos discípulos ao final da refeição. Para a época, o comum era lavar as mãos em algumas ocasiões, especialmente no início e no final de refeições que tinham pão no menu, antes de rezar e após acordar pela manhã.&nbsp;Já sobre os pés, a tradição indica que o gesto era comum antes de comer e antes de ir para a cama, e em muitos casos um criado era o responsável por essa tarefa - motivo que levou Pedro a se escandalizar com o gesto de Cristo num primeiro momento.<ul><li>Veja também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121604-entenda-como-foram-os-dias-da-semana-santa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que aconteceu nos 7 dias da Semana Santa?</a></li></ul><h2>Onde a Última Ceia aconteceu?</h2>Nos relatos dos Evangelhos, Jesus pede para que alguns de seus discípulos sigam até um lugar determinado e peçam para que o local seja preparado para a refeição sagrada. Alguns estudos indicam que esse lugar seria acima da tumba do Rei Davi, sala que ficou posteriormente conhecida como Sala da Última Ceia ou Cenáculo.Aliás, também foi neste lugar que o Espírito Santo desceu sobre Maria e os discípulos na festa de Pentecostes (realizada 50 dias depois da Páscoa). Por conta disso, é considerado um dos lugares mais sagrados de Jerusalém.</body>

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Como teria sido, na realidade, a Última Ceia de Jesus Cristo?

Imagem de Banquete das Castanhas: a noite de prostituição da Igreja Católica no megacurioso

O episódio infame envolveu o papa e todo o mais alto escalão da Igreja em uma orgia com 50 prostitutas

Em 1880, o alemão Heinrich Lossow pintou a tela Die Versündigung (O Pecado) retratando um padre com as mãos nos seios avantajados de uma freira, enquanto a penetrava com uma expressão de prazer inigualável. O artista conseguiu ser ferrenhamente criticado pela sociedade por seu ato de blasfêmia, bem como a Igreja, que o acusou de todos os pecados mortais possíveis.Contudo, a tela de Lossow não era apenas fruto de sua liberdade criativa ou alguma espécie de crítica social – ainda que pudesse ser –, mas a retratação de uma das festas mais infames da história medieval: o Banquete das Castanhas, quando o mais alto escalão da Igreja Católica se reuniu no Palácio Papal da família Bórgia para se refocilar em uma noite com prostitutas, entretenimento nudista e jogos sexuais noturnos.<h2>Luxúria e poder</h2><span class="img-fc" data-fonte="(Fonte: Wikimedia Commons)" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/c4/Portrait_of_Pope_Alexander_VI_Borgia_%28Vatican_Museums_-_Musei_Vaticani%2C_Vatican%29.jpg/732px-Portrait_of_Pope_Alexander_VI_Borgia_%28Vatican_Museums_-_Musei_Vaticani%2C_Vatican%29.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/30/fonte-wikimedia-commons-30185020181414.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)"><span class="img-fc desc" data-fonte="(Fonte: Wikimedia Commons)" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/c4/Portrait_of_Pope_Alexander_VI_Borgia_%28Vatican_Museums_-_Musei_Vaticani%2C_Vatican%29.jpg/732px-Portrait_of_Pope_Alexander_VI_Borgia_%28Vatican_Museums_-_Musei_Vaticani%2C_Vatican%29.jpg">Papa Alexandre VI. (Fonte: Wikimedia Commons)A <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122527-conheca-as-esquisitices-da-vida-cotidiana-dos-romanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Roma&nbsp;</a>do século XVI foi um período de vaidade e autoindulgência, regida pela influência da controversa família Bórgia, que dominou todos os aspectos da grande cidade renascentista, ocupando todos os cargos de poder, inclusive o de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124511-sinodo-do-cadaver-o-papa-retirado-de-sua-sepultura-e-julgado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">papa</a>. Alexandre VI, nascido Rodrigo Bórgia, foi o 214º papa da Igreja Católica, e o filho César Bórgia, representaram a corrupção e devassidão escancarada do período, com seus eventos sociais luxuosos para grupos privilegiados com uma lista de convidados bastante restrita.Do século XV ao XVI, a Casa dos Bórgia, de Aragão, na Espanha, se envolveu com assuntos políticos da Igreja e ascenderam como o pilar social da época, principalmente depois que o Papa Calixto III, nascido Alfonso de Bórgia, se tornou autoridade papal e governou de 1455 a 1458. Demorou até 1492 para que Rodrigo Lanzol Bórgia se tornasse Papa Alexandre VI. Em apenas 11 anos de reinado, ele conseguiu deixar um rastro de infâmia por onde passou, sendo a noite de 30 de outubro de 1501 o ponto mais alto.Naquela noite, os Bórgia organizaram um banquete no Palácio Papal apenas para os funcionários da Igreja Católica, com direito a todos os tipos de pecado da carne que eles repudiavam – ou deveriam.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/29/29142605074249.jpg" alt="&quot;Die Versündigung&quot;, por Heinrich Lossow. (Fonte: Narrative Painting/Reprodução)">"Die Versündigung", por Heinrich Lossow. (Fonte: von Zezschwitz/Web Archive/Wikimedia Commons)Os anfitriões garantiram que tivesse comida durante o Banquete das Castanhas, com carnes assadas, frutas secas, todos os tipos de iguarias doces, e o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124495-sapa-romanos-antigos-se-envenenaram-com-acucar-de-chumbo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">melhor vinho que Roma</a> tinha a oferecer. Enquanto faziam uma refeição em nada frugal, os convidados podiam aproveitar as 50 prostitutas inclusas na festa.O evento ganhou a alcunha de Banquete das Castanhas porque, quando os empregados colocaram os candelabros no chão para dar início a segunda parte da noite, as cortesãs começaram a dançar sedutoramente e a se despirem enquanto castanhas eram espalhadas pelo chão. As mulheres se arrastavam pelo piso, pegando castanhas com as bocas ou com os seios, e colocando-as em suas genitálias.<h2>Os "homens de Deus"</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/29/29142733722250.jpg" alt="(Fonte: The Raven Report/Reprodução)">(Fonte: National Gallery of Ireland/Wikimedia Commons)O Papa Alexandre VI anunciou que aqueles que mais ejaculassem durante a festa ganhariam prêmios, como túnicas de seda e enfeites de ouro. No entanto, ainda que não ganhassem nada, apenas a festa já era o suficiente para os padres, bispos e cardeais aproveitarem.O banquete aconteceu bem no dia do Halloween, então chamado All Hallows, uma estação de fartura e um feriado sagrado para a Igreja e relação com os mortos. Nessa época, os cemitérios eram abertos, cadáveres vestidos elegantemente e exibidos, com fazendeiros comemorando o fim de um ano produtivo onde suas despensas estavam cheias, em um espírito de abundância.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/29/29142842105254.jpg" alt="(Fonte: Everett Collection/Reprodução)">(Fonte: Everett Collection/Bridgeman Images/Reprodução)Além do tom sobrenatural, a última ação da autoridade papal determinava o sucesso do próximo período de férias, de quem a sociedade esperava mais folia e festividade – obviamente que não nos termos que aconteceu a festa na morada dos Bórgia.Até hoje, o Banquete das Castanhas é contestado pela Igreja Católica, cujas bases afirmam que o episódio foi uma tentativa de deslegitimar a unidade de fé e sua relevância daquele tempo.&nbsp;O protonotário apostólico e mestre de cerimônias Johann Buchard foi quem escreveu o documento que denunciou a imoralidade do ofício papal, sobretudo ao redor do governo dos Bórgia, com o qual não possuía uma boa relação. Buchard colocou em cheque a natureza dúbia e imperfeita da autoridade religiosa, reforçando que os ditos "homens de Deus" – ele incluso – ainda são homens mundanos, e que estão longes de serem puros.

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Banquete das Castanhas: a noite de prostituição da Igreja Católica

Imagem de Por que a Etiópia está 7 anos atrasada? no megacurioso

No país, a virada do milênio foi comemorada em 2007!

<head></head><body>Foi no fim do quarto milênio a.C., durante a Idade do Bronze, que os humanos começaram a usar <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/114526-como-quase-tivemos-um-calendario-racional-com-13-meses.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">calendários</a> para marcar a passagem do tempo, sendo os povos sumérios os primeiros a fazerem isso. Naquela época, cada mês possuía 29 ou 30 dias, dependendo se o primeiro dia tinha ou não Lua cheia. Esses calendários antigos geralmente tinham como base as fases da Lua e o ano solar.De lá para cá, várias culturas desenvolveram calendários e nem todos os países seguem o mesmo tipo de cronograma. Israel funciona pelo calendário judeu, enquanto a Arábia Saudita opera pelo calendário islâmico.&nbsp;E é por isso que, com relação a boa parte do mundo, a Etiópia está 7 anos atrasada.<h2>O tempo diferente</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/29/29164658680364.jpg" alt="(Fonte: The Fantastic Worlds/Reprodução)">(Fonte: The Fantastic Worlds/Reprodução)Nesse momento, o ano na Etiópia é 2015, que foi há 8 anos para as pessoas, incluindo os brasileiros, que usam o calendário gregoriano ocidental, em que cada ano possui 12 meses. Mas o país do Chifre da África, que possui mais de 120 milhões de habitantes, usa um calendário com 13 meses por ano.Os etíopes marcam o tempo por meio do antigo calendário Bahere Hasab ("mar de pensamentos" em português) em que a data de nascimento de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122739-as-representacoes-mais-antigas-de-jesus-cristo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jesus Cristo</a> foi em 7 a.C., ou seja, 5.500 anos após a promessa de Deus em salvar Adão e Eva quando se arrependeram de seus pecados e foram expulsos do Jardim do Éden.Muito diferente do que acontece no calendário gregoriano que, apesar de também se basear no nascimento de Cristo, faz os cálculos a partir de 1 d.C.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/30/30081600782011.gif" alt="(Fonte: NIST/Reprodução)">(Fonte: NIST/Reprodução)O Bahere Hasab possui 13 meses em um ano, dos quais 12 possuem 30 dias. O último mês, chamado Pagume, normalmente com 5 dias, fica com 6 dias em um ano bissexto, em contraste com o gregoriano, que possui meses que podem ter menos ou mais de 30 dias.Os etíopes comemoram o início de um novo ano a cada 11 de setembro, ou 12 de setembro, em caso de ano bissexto. E isso significa também que eles comemoraram a virada do milênio deles no nosso 11 de setembro de 2007.Apesar das diferenças em datas e feriados, os turistas dificilmente experimentam inconvenientes porque a maioria dos nativos conhece o calendário gregoriano. O mesmo, porém, não se aplica às horas.<h2>O problema das horas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/30/30081742073012.jpg" alt="(Fonte: Unsplash/Reprodução)">(Fonte: Unsplash/Reprodução)Existem duas maneiras de contar as horas na Etiópia, uma vez que a luz do dia é muito forte pelo país estar próximo da linha do Equador. A maioria dos etíopes usa um relógio de 12 horas, com um ciclo de 12 a 12 horas, ou seja, do amanhecer ao anoitecer, e depois outro do anoitecer ao amanhecer.Portanto, 7h, conforme o fuso horário da Etiópia, é 1h, enquanto 19h é 13h em seu horário local. Para o professor Wudu Tafete, a maneira que os etíopes contam as horas é simplesmente prática e funcional para a região.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Freepik&nbsp;" data-fonte-url="https://img.freepik.com/free-photo/shocked-punctual-man-checking-time-clock-running-late-work-feelibng-stressed-about-deadline-delay-suprised-person-hurry-looking-hours-minutes-watch-instrument_482257-42057.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/30/30082450547018.jpg" alt="(Fonte: Freepik/Reprodução)">(Fonte: Freepik/Reprodução)Até porque, como as horas de luz solar no país são consistentes ao longo do ano, faz sentido começar o dia à 1h, quando o sol nasce. Muito diferente do que acontece na Europa, por exemplo, onde os dias de inverno são mais curtos e as noites bem longas, sendo que no verão acontece o oposto.&nbsp;“O dia tem 12 horas porque a Etiópia fica três graus ao norte do Equador”, explicou Tafete.O método é confuso para os estrangeiros no começo, mas é uma questão de tempo até entenderem como tudo funciona na Etiópia.</body>

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Por que a Etiópia está 7 anos atrasada?

Imagem de Huitzilopochtli: o deus asteca do Sol envolvido com sacrifícios humanos no megacurioso

Relacionado a uma lenda sangrenta, Huitzilopochtli teria conduzido o povo asteca à cidade de Tenochtitlan, onde a capital foi estabelecida

<head></head><body>Huitzilopochtli, um dos deuses mais importantes do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/106410-23-megacuriosidades-sobre-o-imperio-asteca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Império Asteca</a>, deixou sua marca na civilização na forma de um verdadeiro banho de sangue. Segundo as lendas, o “Guerreiro Ressuscitado do Sul”, após conduzir seu povo para a futura capital de Tenochtitlan, teria realizado práticas violentas de sacrifícios humanos, obrigando seus seguidores a praticarem rituais de adoração onde corpos e órgãos eram descartados.Frequentemente retratado com pintura facial de listras amarelas, pintura corporal azul, cocar com penas coloridas de colibri e uma capa esvoaçante, Huitzilopochtli é mais conhecido como deus do Sol e da guerra, estando relacionado a duas histórias de origem conflitantes. Na primeira, ele seria filho do casal Ometecuhtli e Omecihuatl, vindo ao mundo “com apenas ossos e sem carne”.Após 600 anos, ele teria sido direcionado, pelos deuses criadores <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120770-quetzalcoatlus-como-voava-o-maior-dinossauro-alado-ja-existente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quetzalcoatl</a>, Tezcatlipoca e Xipe Totec, para fundar o mundo. No momento inicial, nasceu um Sol bastante fraco, e os seres humanos foram obrigados a povoar o novo planeta sob condições relativamente inviáveis para a vida. Essa seria a versão "romantizada" de sua origem e contaria como a civilização passou a idolatrar e fortalecer o astro nos céus a partir de suas práticas ritualísticas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/30/30135030887222.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)Na segunda história, Coatlicue, a deusa Mãe-Terra, recolheu um tufo de penas que caiu do céu, durante uma varredura na Montanha da Serpente (Coatepec). Após colocá-lo em seu seio, ela engravidou milagrosamente e despertou a fúria de Coyolxauhqui e de seus 400 filhos, que juraram matar a mãe por supostamente desonrar a família. Dentro do ventre, Huitzilopochtli, ainda prestes a nascer, acalmou Coatlicue e disse: “Não tenha medo, eu já sei o que vou fazer sobre isso!”O deus asteca da guerra emergiu de Coatlicue “magnificamente vestido” em um conjunto completo de armadura, assumiu o comando de uma cobra turquesa da montanha e decidiu atacar Coyolxauhqui, decapitando-a com dois movimentos rápidos. Em seguida, ele se virou para seus irmãos, os perseguiu em uma caçada intensa e eliminou um a um. Como resultado, uma enorme nuvem de fumaça e destruição coroou a divindade como o ídolo do Sol.<h2>A conquista de Tenochtitlan e os sacrifícios</h2>Lendas documentadas revelam que Huitzilopochtli foi uma figura central na criação do centro do Império Asteca. As histórias contam que sua irmã, Malinalxochitl estava envolvida com crimes e em atividades de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121957-6-formas-que-eram-usadas-para-identificar-uma-bruxa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bruxaria</a>, e acabou sendo abandonada em Aztlán, de acordo com um decreto oficial emitido pelo líder. Com isso, Copil, filho de Malinalxochitl, deu início a uma campanha ofensiva contra os mexicas, resultando na revolta do deus Sol e em uma consequente reação.Huitzilopochtli instruiu seus soldados a capturarem seu sobrinho, matá-lo e trazer seu coração para si. Com o músculo de seu parente em mãos, ele decidiu que ele deveria ser jogado o mais longe possível no lago Texcoco. Segundo a divindade, esse evento daria início ao crescimento de um cacto de pera espinhosa "tão alto e exuberante" que serviria de ninho para uma "bela águia". Isso daria início a um período de prosperidade, onde descanso, conforto e grandeza seriam os pilares para o desenvolvimento social.Foi então que, após passar por tribulações e por conflitos contra chefes hostis, Huitzilopochtli encontrou a águia e construiu, sob seu ninho, a cidade de Tenochtitlan, que mais tarde se tornaria capital do Império Asteca. Em seu centro, o Templo Mayor foi levantado e acabou institucionalizado como um centro de adoração e de respeito a quem guiou seu povo para o ápice.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/30/30135156409223.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)Desde então, o tempo se tornou uma estrutura espiritual importante em Tenochtitlan. Como deus associado ao Sol e à guerra, Huitzilopochtli passou a exigir sacrifícios humanos para fortalecer não apenas os esforços coletivos, mas também a própria origem relacionada à morte de Copil. Praticamente todos os rituais e festas envolviam essa abordagem, com equipes de acólitos subjugando pessoas com pedras e retratando a derrota de Coyolxauhqui.Os sacrifícios mais importantes ocorreram no Festival de Toxcatl, realizado em maio como forma de pedir boas chuvas para o ano seguinte. Porém, por volta de 1520, o comandante espanhol Pedro de Alvarado descobriu rumores sobre o uso do festival para estimular uma revolta contra os estrangeiros. Com isso, ele determinou o massacre de milhares de fiéis e iniciou a cadeia de eventos que culminaria com a derrota do Império Asteca.</body>

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Huitzilopochtli: o deus asteca do Sol envolvido com sacrifícios humanos

Imagem de 5 mitos nórdicos que ainda ressoam hoje no megacurioso

Relembre algumas das principais lendas nórdicas que continuam despertando grande internacional nos dias atuais

<head></head><body>Embora diversas tradições humanas, como as religiões politeístas, não representam mais o que é a modernidade, isso não significa que tudo que rolou no passado tornou-se insignificante para quem vive na atualidade. Afinal, os seres humanos vivem num eterno ciclo de extrair muitas ideias antigas e ressignificá-las para nossas tradições contemporâneas.E uma cultura que continua tendo forte influência até mesmo na cultura pop do século XXI é a cultura nórdica, que traz consigo uma riqueza de detalhes e histórias mirabolantes, as quais seguem despertando grande atenção de pessoas pelo mundo todo. Pensando nisso, nós separamos uma lista com cinco mitos nórdicos que ainda ressoam hoje em dia. Olha só!<h2>1. Fama eterna</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/21/21005545466000.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Segundo as lendas nórdicas, todo grande guerreiro falecido em batalha teria direito a um lugar em Valhalla, o magnífico salão governado pelo deus <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124580-odin-descoberta-a-mais-antiga-mencao-ao-deus-nordico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Odin</a>. Esse era um hall da fama de uma sociedade heroica, onde somente os mais bravos guerreiros poderiam entrar. E isso teve repercussão por séculos.Nas sociedades pré-cristãs, a única forma de sobreviver após a morte era alcançando a fama. Por esse motivo, muitas pessoas seguem acreditando até hoje que a única forma de entrar no "céu" seria criando uma fama enquanto ainda estamos vivos e deixando um "legado" para a humanidade.&nbsp;<h2>2. Busca pela sabedoria</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/21/21005744372005.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Embora Odin, pai de Thor e criador do mundo nórdico, seja o deus da guerra, da poesia, das runas, da magia e dos mortos, ele não é um deus onisciente. Portanto, a lenda nórdica diz que ele vaga pelo mundo humano e divido em busca de sabedoria. Mas isso tem um preço: para saborear a água da sabedoria, ele deve sacrificar um olho.Esse inclusive é o motivo pelo qual Odin é retratado sem um dos seus olhos nos filmes da Marvel — uma figura sábia com um ponto cego. Até hoje, a lenda de Odin deixa um retrato para os seres humanos que devem continuar em busca de conhecimento.<h2>3. Cuidados com o meio ambiente</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/21/21005820475006.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Segundo a cultura nórdica, Yggdrasill é uma versão da árvore da vida, com galhos que alcançam o céu e raízes que descem para o mundo dos gigantes mortos e gelados. Os animais que vivem nela prosperam, mas danificam ela por dentro. Ao chegar no fim do mundo, Yggdrasill cambaleia, porém é incerto se um dia cairá.Esse é um conto que até hoje pode ser usado de alerta para a humanidade sobre como lidar com a natureza. Se os humanos, assim como os animais nórdicos, continuarem depredando a sua fonte de existência, um dia esse recurso natural irá acabar e nós estaremos fadados ao fim.&nbsp;<h2>4. Fim dos tempos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/21/21005850930008.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Falando em fim do mundo, a cultura nórdica costuma citar os eventos do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123579-ragnarok-a-catastrofe-da-mitologia-nordica-do-novo-god-of-war.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ragnarok</a> — a condenação dos deuses — como a data que marca o apocalipse. Nessa mitologia, existe uma batalha final entre os deuses, demônios e gigantes, que termina com a morte de Odin e todos os seus companheiros. Dessa forma, o mundo acaba em fogo e gelo.Essa temática não só inspirou algumas coisas dentro da série da HBO Game of Thrones, como também ecoou no Armagedom cristão, uma versão diferente do fim dos tempos.&nbsp;<h2>5. Super-heróis</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/21/21005929457010.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121935-6-diferencas-entre-o-thor-da-marvel-e-o-da-mitologia-nordica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Thor</a> é um dos deuses mais proeminentes da cultura nórdica e associado à proteção da humanidade, o que o tornou um modelo de super-herói para a modernidade. Reinventado pela Marvel, ele aparece nas telonas empunhando o martelo que patrulha as fronteiras do mundo humano e mantém os gigantes afastados.&nbsp;Logo, a lenda de Thor foi transformada em tempos modernos na história de um grande aventureiro que representa os valores de defender os francos e manter sua palavra.&nbsp;</body>

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5 mitos nórdicos que ainda ressoam hoje

Imagem de 5 pessoas incríveis que fizeram ciência na Idade Média no megacurioso

Ao contrário das expectativas, avanços científicos continuaram sendo feitos mesmo durante a Era Medieval 

<head></head><body>Você provavelmente já ouviu falar durante alguma aula de história que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/120995-conheca-6-leis-ridiculas-da-idade-media.htm#:~:text=Muita%20gente%20pensa%20na%20Idade,o%20nariz%20at%C3%A9%20jogar%20futebol." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade Média</a> também era chamada de Idade das Trevas, época em que o progresso humano foi interrompido e o mundo foi tomado por violência, ignorância e superstição por mil anos. No entanto, não era exatamente assim que as coisas funcionavam.Embora esse realmente seja um período histórico marcado por guerras e disputas religiosas, a ciência também prosperou na Idade Média — mesmo que em proporções menores do que em outros tempos. Então, para ressaltar esse momento, nós separamos uma lista com cinco pessoas que fizeram a ciência acontecer durante esse período. Olha só!<h2>1. Santo Agostinho</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/20/20102449144075.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Embora os cristãos fundamentalistas sempre terem rejeitado a ideia de evolução por causa de sua leitura literal do Gênesis, teólogos como Santo Agostinho de Hipona tinham uma visão um pouco diferente das coisas. Em sua vida, ele chegou a escrever sobre os seis dias de criação e propusesse uma espécie de evolução teísta 1,4 mil anos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120288-charles-darwin-e-sua-obra-sobre-psicologia-que-poucos-conheceram.htm#:~:text=Embora%20Charles%20Darwin%20tenha%20ficado,se%20manifestava%20em%20escala%20global." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Charles Darwin</a> aparecer na cena científica.Agostinho especulou que foi das águas primitivas que "todos os tipos de animais, plantas e árvores nasceram e se desenvolveram no tempo, cada um de acordo com a sua natureza". Portanto, ele seguia a ideia de que Deus teria criado a forma primitiva de tudo no mundo, mas que as coisas foram evoluindo biologicamente — o que anos mais tarde viraria uma verdade científica.&nbsp;<h2>2. Eilmer de Malmesbury</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/20/20102404692074.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Nascido em 980, Eilmer de Malmesbury nunca se apresentou como um monge qualquer. Por volta de 1005, ele acabou se tornando o primeiro aviador da Grã-Bretanha. Durante sua empreitada, ele decidiu saltar da torre de 25 metros da Abadia de Wiltshire utilizando asas improvisadas, deslizando 200 metros antes de cair.Embora tenha sobrevivido a queda, Eilmer fraturou as duas pernas. Porém, foi esse salto que fez com que ele percebesse que seu fracasso se devia à falta de cauda. O precursor do "Padre do Balão", no entanto, não pode ser considerado um fracasso total. Afinal, sua história inspirou outros gênios inventivos a continuarem sonhando com a possibilidade de humanos voarem.<h2>3. Alberto Magno</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/20/20102341924072.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)No passado, era comum que os seres humanos voltassem todo o seu foco científico para ciências com aplicações imediatas. Por esse motivo, o estudo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124636-por-que-certos-animais-gostam-de-receber-carinho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">animais</a> nunca foi algo de muita relevância por alguns bons anos, sendo superstições as principais fontes de "informação". No entanto, o teólogo alemão Alberto Magno foi responsável por criar as bases para a zoologia.Ele foi o primeiro a traçar observações reais da natureza de outros seres vivos. Magno dissecou diversas espécies para encontrar uma ligação entre estruturas anatômicas e comportamento. Assim, foi capaz de agrupar os animais com base em suas capacidades fisiológicas e até mesmo diferencias animais sociais de solitários.&nbsp;<h2>4. Jean Buridan</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/20/20102143739071.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Antes mesmo que Galileu e Isaac Newton fizessem qualquer proposta científica, Jean Buridan foi uma das primeiras pessoas a falar sobre leis de movimento. Como precursor da lei da inércia, Buridan afirmava que um objeto em movimento continuaria se movendo para sempre, a menos que uma força externa o impedisse.Porém, para que o movimento existisse, um motor seria necessário para transmitir a velocidade inicial. Esse ímpeto seria proporcional ao peso e à velocidade do corpo em movimento — tudo gerado por Deus ao criar as esferas celestes. A ideia de Buridan fez outros filósofos perceberem que apenas um conjunto de leis governava os reinos até então separados do movimento celeste e terrestre.<h2>5. Nicolau de Oresme</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/20/20101954595069.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Copérnico, no Século XVI, seria condenado por dizer que a Terra não era o centro do universo. Porém, suas ideias foram antecipadas no século XIV pelo filósofa e cientista Nicolau de Oresme, que argumentou que as referências bíblicas a uma Terra estacionária não deveriam ser interpretadas literalmente.&nbsp;Ele se tornou conhecido por usar a matemática para refutar a validade da astrologia, além de ter se oposto ao próprio rei, Carlos V da França, que era um crente fanático. Em uma época de superstição, Oresme se mostrou desconfiado de eventos ocultos e um precursor de uma série de pensamentos críticos.&nbsp;</body>

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5 pessoas incríveis que fizeram ciência na Idade Média

Imagem de Roger Bacon: o frade "mago" que contribuiu para a ciência moderna no megacurioso

Roger Bacon instituiu que argumentos lógicos também podem conter erros — e isso foi revolucionário

<head></head><body>Quando falamos do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124586-beguinas-as-comunidades-feminina-que-desafiavam-a-inquisicao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">impacto da religião sobre o desenvolvimento científico</a> na Idade Média, é comum que pensemos que todos os religiosos eram fanáticos que ignoravam o pensamento crítico. Isso não é verdade, pois grandes cientistas da história, como Roger Bacon, eram sacerdotes cristãos.Isso significa que além de serem pessoas talentosas, eles eram corajosos, uma vez que precisavam desafiar a autoridade de seus superiores para conduzirem seus estudos — e tentarem deixar um legado de conhecimento para o mundo.Roger Bacon (1214–1294), frade franciscano do século XIII, nascido na cidade inglesa de Ilchester, Somerset, alcançou esse feito, mas não sem pagar um preço alto por isso.<h2>Um dos pioneiros do pensamento científico moderno</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/22/22151953573240.jpg" alt="Fonte: GettyImages">Fonte: GettyImagesNo século XIII, os cientistas acreditavam que só um argumento lógico poderia ser verdadeiro. Essa premissa foi dada pelo filósofo grego Aristóteles. Séculos depois, quando os estudiosos foram tomando conhecimento dos escritos aristotélicos, eles tomaram esse argumento como verdade absoluta.Bacon era um grande admirador de Aristóteles. Portanto, acreditava que se um argumento era lógico, ele só poderia estar correto. Contudo, ao aplicar esse conhecimento em suas experiências, elas tinham resultados negativos, fora do esperado.Então, Roger Bacon percebeu que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124667-como-funciona-o-cerebro-dos-genios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">até mesmo um gênio</a> como Aristóteles poderia errar — e isso o desapontou, pois se um argumento lógico levar ao erro, no que se deveria acreditar?Foi aí que ele formulou um método para tentar encontrar a verdade. Esse método, apesar de datar do século XIII, continua muito atual e pode lhe ajudar a não cometer erros de julgamentos.<ul><li>Autoridade falha: Bacon acreditava que crer cegamente em um argumento apenas porque ele foi dado por uma autoridade levaria ao erro, pois autoridades podem falhar ou não serem dignas de credibilidade;</li><li>Costumes e tradições obsoletos: as tradições orientam a forma como uma pessoa deve pensar. Mas elas também envelhecem. Fazer algo de uma forma só porque é tradição poderia resultar em erro;</li><li>Opinião do público ignorante: muitas pessoas concordando sobre algo que não conhecem podem condicionar um ouvinte desatento ao erro, segundo o filósofo.</li><li>Ignorância disfarçada de conhecimento: um argumento errado, construído de forma culta, ainda está errado. O problema é que nem sempre nos damos conta disso.</li></ul><h2>Método científico</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/22/22152106841241.jpg" alt="Fonte: GettyImages">Fonte: GettyImagesEssas orientações são consideradas fundamentais para o que chamamos hoje de “método científico”, que incluem observar fenômenos, questioná-los, levantar hipóteses, fazer experiências e analisar resultados.Apesar de Bacon não são ser considerado oficialmente o criador desse método, os cientistas concordam que sua crítica ao método usado na época foi fundamental para o desenvolvimento da ciência.<h2>Prisão</h2>Roger Bacon se tornou frade franciscano e após ter estudado e lecionado em Oxford, ele decidiu dar aulas na Universidade de Paris. Alguns historiadores argumentam que ele teria sido preso por 10 anos após ser <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122448-cadeira-de-judas-o-metodo-de-tortura-que-empalava-pelas-genitalias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">acusado de heresia</a>. Ele dizia que o currículo escolar deveria ser revisado, defendia o estudo da alquimia e da astronomia, além de defender ideias aristotélicas que eram consideradas incompatíveis com o ensino da época.A lista de feitos de Roger Bacon é gigantesca. Ele contribuiu para o estudo de fenômenos naturais, como o arco-íris, descreveu com precisão que a Via-Láctea era formada por um conjunto de estrelas e até previu a criação de máquinas modernas, como os carros.</body>

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Roger Bacon: o frade 'mago' que contribuiu para a ciência moderna

Imagem de Culto de Blackburn: a bizarra história de anjos, crimes e escândalos no megacurioso

De revelações angelicais a desaparecimentos suspeitos, a história do Culto de Blackburn chocou os Estados Unidos na década de 1920

<head></head><body>Na década de 1920, os segredos de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123795-5-fatos-misteriosos-sobre-seitas-e-cultos-antigos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">culto</a> abalaram a Califórnia, nos Estados Unidos, ao tecerem uma história chocante envolvendo profecias, sacrifícios animais, desaparecimentos suspeitos e o corpo mumificado de uma jovem de 16 anos.Conhecido oficialmente como a Ordem Divina das Armas Reais das Grandes Onze, ou simplesmente depois como Culto de Blackburn, esse movimento religioso criado por uma mãe e uma filha afirmava seguir revelações recebidas diretamente de anjos, porém, sua metodologia peculiar não poderia estar mais distante do celestial.<h2>Atrizes, arcanjos e o apocalipse</h2>A Ordem Divina, ou Clube das Grande Onze, foi fundada por Matilda May Otis Blackburn e sua filha, Ruth, duas atrizes fracassadas que moravam em um bairro no centro de Los Angeles. Na época, Ruth trabalhava como uma "dançarina de táxi", uma versão do início do século XX das dançarinas eróticas, isso é claro, até ela e a mãe receberem uma suposta visita dos arcanjos Gabriel e Miguel, que teriam afirmado que as duas eram as testemunhas descritas pelo bíblico Livro do Apocalipse.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/14/14121657238167.jpeg" alt="(Fonte: Coleções Digitais da Biblioteca da UCLA/Reprodução)">(Fonte: Coleções Digitais da Biblioteca da UCLA/Reprodução)De acordo com a dupla, os seres angelicais as direcionaram a escrever uma obra repleta com o conhecimento divino, que deveria ser chamada A Sétima Trombeta de Gabriel, mas que depois teve o nome alterado para O Grande Sexto Selo.&nbsp;Aparentemente, esse trabalho mudaria o mundo, revelando riquezas e depósitos de petróleo escondidos e assim que fosse concluído, o sétimo selo seria rompido no Paraíso, dando início a um evento apocalíptico.No fim, o livro nunca foi publicado, mas isso não impediu Matilda e sua filha de criarem o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124340-como-funcionava-o-culto-aos-touros-do-egito-antigo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">culto</a> da Ordem Divina das Armas Reais das Grandes Onze, nomenclatura ligada a uma proclamação feita pela mulher mais velha que, após o fim do mundo, a população restante seria comandada por onze rainhas em mansões na região de Hollywood.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/14/14122937380173.jpg" alt="(Fonte: Samuel Fort/Reprodução)">(Fonte: Samuel Fort/Reprodução)Ambas passaram a se autodenominar rainhas e sacerdotisas supremas, e utilizando seus charmes e talentos afiados pelo seu tempo no ramo de entretenimento, conseguiram não só fazer as pessoas acreditarem em sua história mirabolante como também pagar para ouvir "informações privilegiadas", com a taxa supostamente servindo para auxiliar na produção do livro e pagar a afiliação na Ordem.Conforme os seguidores aumentavam, as duas começaram a exigir tributos maiores em dinheiro e propriedades para financiar seu "trabalho celestial", e no fim, o Clube das Grande Onze finalmente saiu da populosa Los Angeles para construir uma comunidade e pregar suas verdades em área mais isolada no sul da Califórnia, composta por 164 acres de terra doados por Clifford Dabney, sobrinho de um magnata do petróleo.<h2>Desaparecimentos e forno da cura</h2>Entre os encantados pelo charme das Blackburns estava Sam Rizzio, que após se casar com Ruth em 1924, supostamente acabou percebendo o quão intensa as coisas estavam se tornando no <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120571-por-que-uma-pessoa-entra-para-um-culto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">culto</a> e implorou para que a esposa partisse com ele.A situação teria aparentemente virado uma discussão grave entre o casal, que resultou no marido golpeando a mulher com força o bastante para tirar sangue, levando os seguidores a formarem uma parede ao redor de sua adorada rainha para protegê-la.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/14/14123302888179.jpg" alt="(Fonte: Samuel Fort/Reprodução)">(Fonte: Samuel Fort/Reprodução)Depois dessa briga, o esposo de Ruth nunca mais foi visto, com um bilhete para sua mãe afirmando que ele havia se tornado "um sumo sacerdote, invisível para olhos menos espirituais". Porém, o irmão mais novo do homem, Frank, achou a história muito estranha e decidiu investigar, se infiltrando na Ordem como motorista de Matilda, apenas para descobrir que as roupas e as malas de Sam ainda estavam no local, levantando a suspeita que ele poderia ter sido envenenado sob o comando das duas mulheres.Contudo, a própria família Rizzio tinha crimes que queriam esconder, como o fato de seu patriarca ser procurado por um triplo homicídio em Chicago, então as ameaças de levar o caso à polícia nunca foram concretizadas, mas acredita-se que outros membros do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122984-ser-fa-e-participar-de-um-culto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">culto</a> que também desapareceram em circunstâncias misteriosas tenham sido igualmente envenenados por contrariarem as sacerdotisas.Além dos sumiços, outro caso assustador teria ocorrido com Frances Turner, uma mulher paralítica que fazia parte da Ordem e teria sido colocada em um forno caseiro improvisado por dois dias como uma forma de cura, mas que obviamente acabou resultando em seu falecimento.<h2>A ressurreição da princesa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/14/14122616427172.jpg" alt="(Fonte: Samuel Fort/Reprodução)">(Fonte: Samuel Fort/Reprodução)Os desejos das criadoras do culto eram a lei para os seus seguidores, não importava o quão estranhos os rituais pudessem ser, mesmo se envolvessem o sacrifício de mulas, dançar sem roupa ou se preparar para a ressurreição de uma jovem.No Ano Novo de 1925, uma adolescente de 16 anos chamada Willa Rhodes morreu de uma infecção dentária severa. Porém, Matilda afirmou para os pais enlutados que a verdadeira causa seriam "crenças erradas", sugerindo que o falecimento era uma espécie de sacrifício para salvar o mundo e que a menina voltaria à vida como uma princesa 1.260 dias após O Sexto Grande Selo ser publicado.Seguindo as palavras de sua sacerdotisa, os Rhodes preservaram o corpo da filha, colocando-o em uma banheira cheia de gelo, especiarias e sal. Então, 14 meses depois, o casal decidiu voltar para Venice, em Los Angeles, e levar os restos basicamente mumificados de Willa, que foram então descobertos pela polícia em um caixão de metal sob o assoalho da casa, juntamente com sete filhotes de cachorro sacrificados, representando os toques da trombeta do Anjo Gabriel, e que supostamente iriam garantir seu retorno à vida.<h2>O fim do sonho</h2>Em 1929, os membros da Ordem já estavam cansados de esperar a conclusão do tal livro que traria riquezas e o apocalipse, apresentando acusações de fraude e roubo contra May e Ruth em um valor de US$ 200 mil (cerca de US$ 3 milhões atualmente).<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/14/14122427530171.jpeg" alt="(Fonte: Jason Horton/Reprodução)">(Fonte: Jason Horton/Reprodução)Foi isso que acabou chamando a atenção das autoridades, revelando não apenas o caso dos Rhodes, mas também as situações bizarras e misteriosas que cercavam mãe e filha. Porém, a falta de evidências concretas impediram que a dupla fosse julgada pelos desaparecimentos e até mesmo pelo tal "forno curador".Em 1930, as duas tiveram que responder no tribunal por oito acusações de roubo e enquanto o caso contra Ruth foi retirado, Matilda foi considerada originalmente culpada e sentenciada a um mínimo de oito anos de prisão. Obviamente, a mulher apelou do veredito, apontando que as histórias sobre Rizzo e Willa tinham chocado o júri e influenciado a decisão.Um ano depois, a Suprema Corte da Califórnia anulou a condenação de Blackburn, alegando que era impossível comprovar que ela tinha mesmo recebido dinheiro de má-fé. No fim, as artistas fracassadas que se tornaram rainhas sacerdotisas não foram presas, mas toda a propaganda negativa acabou impedindo que as Grande Onze continuassem com toda sua glória. O Grande Sexto Selo&nbsp;nunca foi publicado e as aspirações das Blackburns não mudaram o mundo ou trouxeram seu fim, mas se tornaram uma parte obscura da História.</body>

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Culto de Blackburn: a bizarra história de anjos, crimes e escândalos

Imagem de 5 fatos intrigantes sobre as práticas funerárias em Nova Orleans no megacurioso

Conhecida como uma cidade assombrada e mística, Nova Orleans possui práticas e tradições peculiares no que diz respeito aos enterros

<head></head><body>Nova Orleans não é um município qualquer nos Estados Unidos, mas um dos que guarda uma história rica e recheada de mitologias, contos e histórias assombradas. O passado escravocrata ajuda a alimentar o imaginário da cidade, conhecida como a mais mal-assombrada do mundo.O assunto é tão sério que já alimentou a ficção, com filmes, livros e até uma temporada de American Horror Story. Mas a terra da sádica <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120888-as-terriveis-historias-de-tortura-e-morte-da-mansao-lalaurie.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Delphine LaLaurie</a> também é composta de peculiaridades quando o assunto são as práticas funerárias. Com características muito próprias, a morte por ali é, no mínimo, intrigante<h2>1. Procissão fúnebre envolve música</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/06/06180920515399.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Chamada popularmente de Jazz Funerals, a procissão fúnebre em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113407-carnaval-americano-estados-unidos-conheca-mardi-gras-nova-orleans.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nova Orleans</a> é considerada um fenômeno cultural integrante da identidade da cidade, tendo sido criada ali a partir da influência de elementos culturais afro-americanos. Quando uma pessoa morre, um cortejo segue a família, amigos e membros da igreja, chamada de Second Line.Ele é um cortejo musical, com bandas animadas, usando roupas coloridas e tocando canções alegres e divertidas. Tornou-se um elemento tão forte da tradição local que, hoje em dia, é parte das mais diferentes celebrações do município. Segundo os locais, é uma maneira ímpar de reverenciar e celebrar a vida dos que se foram.<h2>2. Dia de Todos os Santos é data importantíssima</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/06/06181117149400.jpeg" alt="(Fonte: YouTube/Reprodução)">(Fonte: YouTube/Reprodução)O Dia de Todos os Santos, data que se celebra a honra de quem já foi julgado e está na "vida eterna", é um feriado praticado com muito afinco em Nova Orleans. Todo dia 1º de novembro, as famílias tomam conta dos cemitérios da cidade com o objetivo de deixar o túmulo de seus entes queridos limpos.Mas não é só isso: na data as famílias também levam presentes para os mortos, que podem incluir fotografias, flores, alimentos e até bebida alcoólica. Lembra bastante a celebração do Dia de Finados, mas com muito mais pompa e um dia antes.<h2>3. Tumbas foram inspiradas nos columbários romanos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/06/06181307551401.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Os columbários dos cemitérios da Roma Antiga foram inspiração para a forma como os túmulos em Nova Orleans foram construídos. A estrutura é bastante semelhante, mas, ao invés de guardar restos cremados, servem como túmulos completos.Outra diferença é que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123517-os-5-templos-religiosos-mais-excentricos-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">columbários</a> romanos ficavam abaixo do solo, esculpidos em rocha calcária, enquanto as câmaras funerárias da cidade norte-americana ficam acima do solo. Elas também não são adornadas como as romanas, mas mostram a mesma engenhosidade na técnica de construção.<h2>4. Túmulos acomodam diferentes mortos</h2><span class="img-fc" data-fonte="Wikimedia Commons" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/27/Tombs_at_Lafayette_Cemetery_No_1_Garden_District_New_Orleans_16.JPG/640px-Tombs_at_Lafayette_Cemetery_No_1_Garden_District_New_Orleans_16.JPG"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/06/06181424858402.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Outra característica curiosa das criptas de Nova Orleans é que elas podem acomodar até dez pessoas dentro. Quando os terrenos disponíveis para sepultamento começaram a ficar escassos na cidade, o governo tomou como medida fazer as tumbas acima da terra. Era uma maneira mais barata e eficiente, além de impedir o acúmulo de corpos ao ar livre, o que poderia gerar diversas doenças.Quando diferentes epidemias assolaram a cidade, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124451-por-que-a-tumba-do-primeiro-imperador-da-china-ainda-nao-foi-aberta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tumbas</a> acima do solo e com capacidade para muitos corpos também ajudaram. Assim, quando uma família perdia muitas pessoas por uma mesma doença, os corpos ficavam juntos na mesma tumba. Até hoje, as famílias donas dos espaços os reutiliza.<h2>5. Enterros subterrâneos já foram proibidos</h2><span class="img-fc" data-fonte="Wikimedia Commons" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/be/All_Saints_Day_in_New_Orleans_--_Decorating_the_Tombs.jpg/640px-All_Saints_Day_in_New_Orleans_--_Decorating_the_Tombs.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/06/06181600706404.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Enterrar os mortos no subsolo dos cemitérios de Nova Orleans é permitido, desde que você tenha um espaço. Todavia, houve um tempo em que não era bem assim. A cidade foi fundada em uma margem elevada ao lado do <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/113762-sultana-o-desastre-esquecido-dos-estados-unidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rio Mississippi</a>. Na época das cheias, a água fazia com que os caixões (e os corpos) saíssem do solo e os restos mortais ficassem espalhados pelas ruas.A maneira de resolver foi proibir enterros subterrâneos. Assim surgiram as tumbas citadas no item 3, inspiradas nos columbários romanos. Quando diferentes epidemias tomaram conta da cidade, a prática se mostrou positiva. Ainda por cima, impulsionou o surgimento de quase todos os cemitérios de Nova Orleans.</body>

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5 fatos intrigantes sobre as práticas funerárias em Nova Orleans

Imagem de Beguinas: as comunidades feminina que desafiavam a inquisição no megacurioso

Essas mulheres dividiam sua vida entre a fé e a vida em comunidade, mas acabaram perseguidas pela inquisição

<head></head><body>As beguinas foram mulheres que, durante a Idade Média, dedicaram suas vidas à devoção, mas sem <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123375-o-que-sao-as-ordens-medicantes-da-igreja-catolica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fazer votos de pobreza ou castidade perpétua</a>, ou se fecharem em conventos, mantendo-se firmemente independentes da autoridade eclesiástica institucional.Essas mulheres, também conhecidas como "mulheres santas" (em latim vulgar: mulieres sanctae ou mulieres religiosae), eram frequentemente oriundas de famílias nobres e começaram a surgir em Liège, na atual Bélgica, no final do século XII.<h2>Comunidades femininas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/01/01145147679171.jpg" alt="As beguinas dedicavam sua vida à fé. (Fonte: Getty Images)">As beguinas dedicavam sua vida à fé. (Fonte: Getty Images)O movimento beguinal rapidamente se espalhou pela Bélgica, Holanda, Alemanha e França, tornando-se uma opção popular para mulheres urbanas. Além de satisfazer as necessidades espirituais das adeptas ao movimento, ele também buscava resolver problemas socioeconômicos decorrentes de um excesso de mulheres que não se casavam, mas também não queriam ser freiras. Vale lembrar que as Cruzadas levaram milhares de homens à morte, então muitas mulheres não tinham com quem se casar. &nbsp;Ao contrário das freiras, as beguinas viviam em comunidades autônomas conhecidas como beguinagens, que chegavam a ter dezenas de moradoras. Além disso, diferentemente das religiosas de ordens católicas, essas mulheres eram livres para se casar ou deixar a beguinagem quando quisessem, mas muitas permaneceram por toda a vida.A vida das beguinas era dedicada à oração e contemplação, mas elas também trabalhavam em empregos que lhes permitiam se sustentar. Algumas se dedicavam à produção de tecidos ou rendas, enquanto outras trabalhavam como enfermeiras.<h2>Contribuições culturais e perseguição da inquisição</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/01/01145303364175.jpg" alt="Algumas beguinas eram acusadas de heresia por causa de suas obras literárias. (Fonte: Getty Images)">Algumas beguinas eram acusadas de heresia por causa de suas obras literárias. (Fonte: Getty Images)Como eram geralmente bem-educadas, muitas beguinas também escreviam textos espirituais em sua língua nativa, desempenhando um papel importante na criação e disseminação da literatura vernácula, ou seja, a literatura escrita em línguas diferentes do latim, que era a linguagem padrão para se escrever textos literários. Justamente por isso, muitos suspeitavam que as beguinas estavam promovendo ideias religiosas não ortodoxas e algumas até mesmo foram <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121702-como-o-cristianismo-transformou-curandeiras-em-bruxas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">acusadas de heresia e executadas</a>.Marguerite Porete, uma beguina do século XIII, foi queimada em Paris por causa de sua obra mística Miroir des simples âmes (O espelho das almas simples em tradução livre), um diálogo entre o Amor, a Razão e a Alma que é considerado um dos maiores tratados religiosos escritos em francês antigo. Além de ter <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123512-perseguicao-aos-livros-conheca-a-historia-das-leituras-proibidas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escrito o livro</a>, Marguerite costumava lê-lo em voz alta em diversas localidades e isso contribuiu para a sua condenação, já que as autoridades temiam que sua atitude demonstrasse que não era preciso um padre para expressar o amor à Deus.As acusações de heresia tomaram uma proporção tão grande que o Concílio de Viena, em 1311, ordenou a dissolução das beguinagens. Embora a política oficial em relação às beguinas tenha variado ao longo dos séculos, muitas beguinagens foram eventualmente suprimidas ou dissolvidas, e muitas beguinas se juntaram a ordens religiosas estabelecidas. Algumas comunidades ainda existem, principalmente na Bélgica, onde a maioria opera instituições de caridade.O equivalente masculino das beguinas era conhecido como beghards. Eles nunca alcançaram a mesma proeminência e as poucas comunidades que sobreviveram na Bélgica foram suprimidas durante a Revolução Francesa.</body>

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